Manual+Para+Fazer+Fotos+Incri_veis

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Sobre O Autor

Klarck Lansing é um renomado Fotojornalista


FineArt de Casamentos, com mais de 7 anos de
experiência e uma bagagem de mais de 400.000
fotos clicadas. Já foi premiado diversas vezes
nas maiores e mais disputadas Associações de
Fotógrafos do Mundo! Conta com selos na Bride,
FineArt e Inspiration. E em 2019, recebeu o
prêmio Top Of Mind Brazil.

Depois de formar diversos alunos em seus


Workshops presenciais, decidiu partir para o meio
digital, formando dezenas de profissionais todos
os anos pela Universidade Fotográfica.

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Sumário
Introdução
Capítulo 01 - O Primeiro Passo
Capítulo 02 - Escolhendo A Ferramenta
Capítulo 03 - Modo Profissional
Capítulo 04 - Nossa Matéria Prima
Capítulo 05 - Montando Esquemas
Capítulo 06 - Criando Criatividade
Capítulo 07 - Cores
Capítulo 08 - Capacete do Astronauta
Capítulo 09 - Enquadramentos de Cinema
Capítulo 10 - Os 5 Ângulos
Capítulo 11 - Poses Anatômicas
Capítulo 12 - Os 4 Passos da Espontaneidade
Capítulo 13 - Curadoria
Capítulo 14 - Edição Avançada
Capítulo 15 - Manipulação no PS
Capítulo 16 - Backup Seguro
Conclusão
Bibliografia

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Introdução

Primeiramente eu queria agradecer por


você estar aqui comigo. Fico muito feliz de ver
que a cada dia que passa mais pessoas
querendo fazer fotos criativas.

Quase todo mundo que conheço tem algum


tipo de contato com a fotografia. Entretanto,
poucos querem melhorar suas imagens. Por
isso te dou meus mais sinceros parabéns. Espero
que o Manual Para Fazer Fotos Incríveis faça
fazer parte desta jornada!

Simplifiquei este livro ao máximo para que a


leitura fique fácil, e ao mesmo tempo prática —
que a cada nova página eu consiga mudar seu
olhar.

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Os conceitos aqui ensinados se aplicam em
todas as áreas de fotografia - seja com celular ou
câmera.

Sucesso e boas fotos!

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Primeiro Passo

A coisa mais importante na fotografia é ter


em mente a mensagem que desejamos passar.
Afinal de contas fotografia significa escrever
com a luz.

Assim como para escrever uma história com


palavras existe um planejamento, onde o escritor
quer levar o leitor numa história com tramas,
emoções e surpresas…

A nossa fotografia precisa contar também


lindas histórias!

Eu particularmente sou contra simplesmente


apontar o celular ou a câmera para qualquer
coisa e fotografar. É preciso usar o cérebro e o
coração antes da câmera.

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Precisamos entender a mensagem que
queremos passar. Quando temos uma mensagem
definida, fica mais fácil definir todos os outros
detalhes.

Eu vejo que a facilidade em criar fotos pode


tornar isso banal. Afinal esculpir uma estátua,
escrever uma música ou pintar um quadro requer
muito trabalho. Mas a fotografia é fácil!

E as pessoas acabam fotografando por


intuição e se esquecendo da parte técnica.

No Manual Para Fazer Fotos Incríveis


vou te mostrar as 5 etapas do Sistema
Universal da Criatividade:

- Setagem
- Composição
- Iluminação
- Pose
- Edição

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Mas antes de entrarmos a fundo em cada um
dos cinco pilares, quero que você tenha em
mente que uma boa fotografia precisa responder
6 perguntas:

1) Por quê?
2) Onde?
3) Quem?
4) O que?
5) Como?
6) Quando? (Se possível)

Uma “foto perfeita” mostraria os 6 pontos


acima usando com maestria os 5 pilares da
página anterior.

Mas sabemos que não existem fotos


perfeitas, mas sim fotografias bonitas de
momentos perfeitos. E esse é o nosso objetivo
por aqui!

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Ferramentas

Agora temos a nossa primeira tarefa:


escolher a ferramenta correta para o tipo de
fotografia desejada.

E a boa notícia é que para fazer boas fotos


incríveis você não precisa de equipamentos caros,
mas sim dominar o que você já tem - seja um
celular ou uma câmera.

Assim como você primeiro decide a refeição


para depois comprar os ingredientes, primeiro
temos que saber o que queremos fotografar para
depois decidir qual o melhor equipamento.

Por isso que neste capítulo vou te apresentar


o mundo dos equipamentos fotográficos.

Mas não fique preocupado com comprar


novos equipamentos. Use seu celular para treinar
e se aperfeiçoar - mesmo que você tenha uma
câmera.

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Câmeras

Atualmente existem 3 tipos de câmeras:


- Semi-Profissional
- DSLR
- Mirrorless

Pelo custo-benefício eu não recomendo


comprar câmeras semi-profissionais - dessas que
não te permite trocar de lente.

Então vamos começar pelas Câmeras DSLR


, que são maiores, mais pesadas e contam com
mais qualidade.

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Elas contam com um conjunto de espelhos
que te permite enxergar a imagem com maior
nitidez e em tempo real.

Apesar de ser uma tecnologia mais antiga,


ainda entrega mais qualidade de fotografia (não
por muito tempo)

Veja um exemplo de câmera DSLR sem


lente:

As melhores marcas de câmeras DSLR hoje


são Canon e Nikon.

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Atualmente eu uso este tipo de câmera pois
são mais resistentes, entregam mais qualidade
têm maior durabilidade.

Outro tipo de câmera que cresceu muito


desde 2016 são as Câmeras Mirrorless. Contam
com todas as funções de uma DSLR, porém com
menos peso e mais tecnologia.

Neste tipo de câmera não temos o


pentaprisma, apenas o visor digital - semelhante
a um celular.

Veja um exemplo de uma câmera Mirrorless


sem lente:

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As melhores marcas de câmeras Mirrorless
são Sony e Fujifilm.

Outra coisa importante para se levar em


conta é o tamanho do sensor - isso influencia
muito na qualidade da fotografia, da câmera e no
preço final.

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Sensores

Temos dois tipos de sensores - Full Frame e


Cropado. Em outras palavras: inteiro ou cortado.

Na Câmera Full Frame temos um sensor


inteiro e com mais qualidade e tecnologia. Seu
tamanho é de 36x24mm, por isso o valor do
equipamento é maior.

Por outro lado, numa Câmera Cropada


(APS-C) temos um sensor menor e com menos
qualidade. Isso acontece porque ela corta a
imagem que a lente entrega para a câmera. Seu
tamanho é de apenas 22x15mm.

Na imagem a seguir vemos no lado esquerdo


uma câmera com sensor inteiro (Full Frame) e no
lado direito uma câmera com sensor cortado
(APS-C)

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Nas câmeras com sensor cropado nós temos
um Fator de Corte, isto é, uma parte da
imagem captada pela lente não é registrada no
sensor.

Em outras palavras, uma parte da imagem é


perdida por que o sensor é pequeno.

Na próxima imagem a fotografia foi feita


com a mesma lente, na mesma distância, mas
com câmeras diferentes:

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Lentes

Toda lente de uma câmera é um conjunto de


elementos ópticos (como vidros, espelhos e
outros elementos reflexivos).

É como se fossem os olhos de sua câmera.


Mas diferente dos seus olhos que tem apenas um
ângulo de visão, as câmeras podem trocar de
“olhos” e obter vários ângulos de visão.

Esses ângulos são chamados de distâncias


focais, e são classificados por milímetros. Quanto
maior o número, maior a aproximação.

E por uma convenção global, classificamos


as distâncias focais em grupos.

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Lentes Grande-Angulares

Lentes abaixo de 35mm e que


conseguimos enquadrar todo o cenário. A
abertura dessas lentes é maior que a área nítida
de visão do olho humano.

Lentes grande-angulares são ideais


para fotografar: ambientes, arquitetura,
paisagem, espaços apertados, etc.

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Essas lentes costumam causar grande
distorção nas bordas e nos colocam na imagem
de um modo imersivo. Por exemplo, as câmeras
GoPro e a câmera frontal do seu celular usam
lentes grande angulares

Na foto da página anterior foi usada uma


Lente 19mm. Percebeu como conseguimos
mostrar o ambiente inteiro? Apesar de ser um
espaço relativamente pequeno e eu estar a cerca
de 4 metros do casal, consegui enquadrar o local
inteiro.

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Lentes Normais

As lentes entre 35mm e 85mm são


chamadas de normais pois são as mais similares
ao nosso ângulo de visão humano.

Lentes normais são ideais para


fotografar: pessoas, animais, objetos, tudo que
conseguimos enxergar com facilidade com nosso
olho humano.

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Apesar de enxergarmos quase que 180
graus, temos um epicentro de visão com maior
nitidez e foco. Esse ponto central se assemelha
ao ângulo e distorção entre 35mm e 85mm.

Na imagem da página anterior, feita com


uma Lente 50mm, note como temos uma
distância regular com o casal.

Conseguimos ver um pouco do cenário,


assim como eu provavelmente estaria enxergando
com meus olhos.

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Lentes Tele-Angulares

São chamadas de Tele-Angulares as lentes


acima de 85mm e que trazem uma grande
aproximação da cena.

Lentes tele-angulares são ideais para


fotografar: coisas distantes, como paisagens,
esportes, vida selvagem e retratos fechados
(close-up)

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São lentes mais específicas, com maior
dificuldade para fotografar por causa do tamanho
e peso. Muitas vezes vai ser obrigatório o uso de
tripé.

Enquanto que as grandes angulares trazem


maior distorção (bordas tortas) as lentes tele-
angulares trazem maior compressão de planos
(elementos distantes se aproximam, quase que
“colando” visualmente).

Por exemplo, duas pessoas a 3 metros de


distância fotografadas com uma lente 300mm
pareceriam estar numa distância de 80
centímetros.

A imagem da página anterior foi feita com


uma lente 135mm. Perceba como temos uma
grande aproximação e uma compressão de
planos: eles parecem estar encostados no fundo.
Mas na verdade havia cerca de 4 metros!

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Vamos revisar?

Lentes Grande-angulares são objetivas


abaixo de 35mm e abrangem grande parte da
imagem com alta distorção.

Lentes Normais são objetivas entre 35mm


e 85mm e são as mais indicadas, pois se
assemelham ao campo de visão humano.

E por fim as Lentes Tele-angulares são as


lentes acima de 85mm, que trazem grande
aproximação e compressão de planos.

Agora que você já entendeu as Distâncias


Focais, vamos falar sobre os tipos de lentes:
Zoom ou Fixa.

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Zoom X Fixas
Lentes zoom são objetivas que nos permitem
termos várias distâncias focais numa única lente.

Por exemplo, uma lente Canon 24-105mm


f/4 têm vários “ranges” de ângulos, iniciando em
Grande-Angular (de 24mm até 35mm) passando
por todos os considerados Ângulos Normais (de
35mm até 85mm) e passando pelas primeiras
fases de uma lente Tele-Angular (de 85mm até
105mm).

O lado bom de comprar lentes zoom é a


versatilidade, pois com uma única lente é possível
fazer vários tipos de serviços.

O lado ruim de comprar lentes zoom é


que elas são maiores, mais pesadas, têm menor
durabilidade e entregam menos qualidade.

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Enquanto isso, as lentes fixas são objetivas
com uma única distância focal. Por exemplo, uma
lente Canon 50mm f/1.2 L têm uma única
distância focal - 50mm.

A grande vantagem das lentes fixas é que


normalmente elas contam com grandes aberturas,
como f/1.4.

O lado bom de comprar lentes fixas é a


maior qualidade, menor peso, maior durabilidade
e melhor e mais congruente discurso visual.

O lado ruim de comprar lentes fixas é a


necessidade de ter mais de uma lente,
carregando assim mais equipamentos e muitas
vezes precisando desembolsar um montante
financeiro maior para aquisição.

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Configuração Manual

Existem três pilares que comandam o


processo de captação de luz:

- Abertura do Diafragma
- Velocidade do Obturador
- Sensibilidade ISO

Ao ajustar cada um teremos um efeito


diferente, formando uma infinidade de
possibilidades.

Cada vez que mexemos num pilar, teremos


um efeito - que pode ser bom ou ruim,
dependendo do objetivo.

Mas uma coisa é fato: quanto mais luz,


mais qualidade.

Quando fotografamos no modo automático a


imagem nunca fica muito clara ou muito escura,
pois o processo é feito digitalmente.

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Por outro lado, para jogar no time dos
profissionais, é necessário aprender a foto-
grafar no modo manual.

E precisamos dominar esses três pilares para


conseguir que a foto fique com a quantidade de
luz que desejamos.

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Quando combinamos a Velocidade de
Abertura, a Abertura do Diafragma e a
Sensibilidade ISO, obtemos uma certa
quantidade de luz que é chamada de exposição.

Se a fotografia ficar mais escura que o


correto dizemos que a imagem ficou sub-
exposta. E se o problema for luz demais,
costumamos dizer que ela ficou super-exposta.

Efeitos de composição como Panning, Star


Trail ou Moving exigem o domínio técnico de
funções manuais.

Esses três pilares devem ser tratados como


uma gangorra: quando subimos um, devemos
descer um dos outros dois ou ambos.

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Sensibilidade Iso
O primeiro pilar é a sensibilidade do
sensor fotográfico para a luz. Ele se chama
ISO, e determina o grau de intensidade que o
sensor vai receber a luz.

Quando usamos níveis mais baixos de


ISO, principalmente abaixo de 800, temos
menos sensibilidade. Desse modo temos uma
foto de maior qualidade, com mais nitidez, cores
mais vivas e tons mais fiéis. Mas precisamos de
mais luz para isso.

Quando subimos o ISO, temos mais sensi-


bilidade, assim fica mais fácil captar as baixas
luzes - mas isso vai nos trazer ruído.

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Por isso o ideal é manter o ISO o mais baixo
possível, não passando da metade do máximo.

Por exemplo, se a sua câmera vai com ISO


até 6400, use 3200 como seu limite.

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Velocidade Do Obturador

Assim como o ISO, a velocidade do obtu-


rador é controlada pela câmera. É o tempo
que o sensor vai ficar exposto a luz, medido
geralmente em frações de segundos.

Pense em três torneiras abertas na mesma


potência enchendo três baldes: a Torneira A por 3
segundos, a Torneira B por 15 segundos, e a
Torneira C por 35 segundos. Ao final, qual balde
vai ter mais água?

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Lógico que a última, pois ficou aberta por
mais tempo. O mesmo ocorre com a luz.

O obturador, também chamado de cortina, é


como uma porta, que abre ou fecha o sensor para
a luz. Quanto mais tempo ele ficar aberto,
mais luz o sensor vai receber.

Em outras palavras, a velocidade do obtura-


dor é o tempo que o sensor vai ficar aberto
recebendo luz.

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Quando usamos velocidades maiores,
congelamos os movimentos. Ao optar por
velocidades menores, criamos um rastro de
movimento - o famoso “borrão”.

Por exemplo, quando clicamos numa super


velocidade de 1/4000s (um quatro mil avos de
segundos) nós conseguimos congelar até o
movimento mais intenso.

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A partir de 1/100s (um centésimo de segun-
do) começa-mos a chegar perto do olho humano.

Velocidades baixas como 1/30s (um


trigésimo de segundo) vão criar um borrão de
movimento, e até a sua respiração poderá tremer
a imagem.

LEMBRE-SE: Como o número é medido em


fração, a velocidade 1/100s é maior que 1/1000s,
e não ao contrário.

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Abertura Do Diafragma

Enquanto o ISO interfere no ruído e a Veloci-


dade do Obturador interfere no movimento, a
Abertura do Diafragma altera a profundidade de
campo - criando assim mais ou menos desfoque.

E isso é importante: quanto menor o


número, maior a abertura de luz.

Uma abertura do diafragma de f/2.8 é maior


que uma de f/5.6. Ou seja, em f/2.8 entra mais
luz do que em f/5.6.

Esse efeito de profundidade de campo


menor é muito usado por fotógrafos e cineastas
para conseguir os efeitos de desfoque.

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Isso acontece porque quando abrimos o
obturador da nossa lente, a profundidade de
campo diminui. Com isso, temos uma área de
nitidez curta, e assim maior desfoque.

Por exemplo, se você fotografar o olho de


uma pessoa em f/1.4, o nariz dela não terá foco!

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Enquanto isso, ao fecharmos o nosso obtu-
rador, teremos menos luz, mas também teremos
uma alta profundidade de campo. Ou seja, a área
de nitidez será mais longa e teremos tudo em
foco.

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Juntando As Peças:
Agora que você já entendeu cada um dos
pilares de modo individual, é possível fazermos
algumas observações mais avançadas.

Em via de regra, para conseguimos mais


qualidade em uma imagem precisamos:

1) ISO baixo
(como ISO 100, ISO 200)

2) Velocidade do Obturador rápida


(como 1/4000s, 1/1000s)

3) Abertura do Diafragma fechada


(como f/22 ou f/16)

Mas para conseguirmos uma exposição


assim, precisaríamos de muita luz - como em um
Estúdio ou na luz do sol.

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Mas como isso nem sempre é possível, o
segredo está em subir proporcionalmente
todos ao mesmo tempo. Ou seja, “sacrificar” a
qualidade proporcionalmente.

Por isso, se for possível descer um pilar,


tente subir proporcionalmente os outros dois.

Chegou a hora de colocarmos esse


conhecimento em prática! Separei algumas
imagens para você comparar a fotografia com as
configurações usadas:

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1/125s, f/4.0, ISO 20.000

Perceba como essa imagem tem bastante


ruído e granulado. Ela foi feita a noite, num local
escuro e com baixa iluminação.

Mesmo com edição para remover o ruído,


temos a presença dele.

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1/1250s, f/1.8, ISO 1600

Nessa imagem temos um desfoque, mesmo


com uma lente grande-angular (é mais difícil
conseguir desfoque com ela).

Isso aconteceu por causa da abertura f/1.8.

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1/4s, f/11, ISO 160

Nessa imagem temos o movimento borrado e


desfocado por causa da baixa velocidade. Em
1/4s qualquer movimento do fotógrafo ou do
fotografado será o suficiente para criar um
borrão.

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Qual foi a velocidade usada nesta foto?

( ) 1/2s
( ) 1/30s
( ) 1/250s
( ) 1/5000s

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Qual ISO desta imagem?

( ) ISO 50
( ) ISO 1250
( ) ISO 12800
( ) ISO f/2.8

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Bônus: Balanço De Brancos

Klarck, você não tinha dito que eram apenas


3 pilares? E o que é o Balanço de Brancos (ou
White Balance, em Inglês)?

Como já vimos existem 3 pilares de


controle de luz - processos mecânicos que
acontecem no corpo da câmera para controle de
luz.

Agora, quando o assunto é balanço de


brancos, estamos falando de uma configuração de
cor dentro do software da câmera.

Existe a luz quente (amarelada) e a luz fria


(azulada). A câmera entende o que é luz, mas
não consegue diferenciar se ela é quente ou fria.
O balanço de brancos faz esse ajuste para você.

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Ele é medido em escala Kelvin e recomendo
usar no automático. Depois se precisar corrigir é
fácil na edição.

Para luzes mais frias, use uma escala kelvin


mais baixa para que a luz fique branca. E para
luzes quentes, o oposto.

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Fotometria
Antes de existir as câmeras digitais que
vemos o resultado da foto na hora, tínhamos as
câmeras analógicas.

E como poderia saber, naquela época, se


uma foto estava com a exposição correta? Foi
para isso que inventaram o fotômetro.

Ele é um “leitor” da luz e que vai te dizer se


ela está muito escura, muito clara ou no ponto
certo. Esse aqui é o fotômetro:

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Você geralmente vai encontrar ele na parte
de baixo do visor da sua câmera. E para setar ele,
existem 4 modos de fotometria.

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Na Medição Matricial o fotômetro mede a
luz em toda a imagem, te dando uma média.
Ele é indicado apenas quando toda a sua imagem
tem a mesma quantidade de luz - como ao ar
livre num dia intensamente nublado.

Temos a Medição Central, que faz uma


medição da luz em todo o centro da imagem.
Essa é a mais usada pelos fotógrafos, onde você
centraliza o objeto, faz a fotometria, e depois
volta para o enquadramento desejado.

E por fim temos a Medição Pontual -


aquela que eu uso. Onde ela faz a medição
apenas num pequeno ponto central, tendo
assim a maior precisão de todas. Assim como o
anterior, só mede o que está no meio da imagem.

E algumas câmeras usam a opção Matricial


Ponderada Ao Centro - que é uma mistura
inteligente entre a Matricial e a Central.

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Luz
Dominar corretamente o entendimento e o
uso da luz é o processo chave para o fotógrafo de
sucesso.

Assim como um bom assador precisa


entender de carne (a sua matéria prima), um
fotógrafo profissional que leva a sério seu
trabalho precisa dominar a luz.

Mas não se preocupe com a parte teórica da


luz, mas com os conceitos básicos de
iluminação.

Ao invés de te ensinar 3 ou 4 esquemas, vou


te ensinar os conceitos que vão permitir você
criar centenas de esquemas de iluminação.

Antes de tudo você vai entender como a luz


se comporta. Quando a luz atinge uma superfície
três coisas podem acontecer. Ela pode ser
absorvida, refletida ou dissolvida.

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#1 - Absorvida

Isso acontece em geral quando temos uma


superfície extremamente escura.

Se nós tirarmos tods as cores do espectro,


teremos a cor preta. Ou melhor dizendo, preto
não é uma cor, mas sim a completa ausência
de cores.

Nesse caso, não é possível refletir nenhuma


cor, e então teremos a luz e as cores retidas na
superfície.

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#2 - Refletida

Quando a superfície ainda é expressa mas


clara o fenômeno é outro.

Enquanto que uma pequena parte da luz fica


absorvida na superfície, uma grande parte da luz
é refletida no sentido oposto.

Isso acontece porque o branco é a cor que é


a soma de todas as cores que existem. Se
juntarmos todas as cores do mundo na sua matiz
máxima, encontraremos a cor branca.

Página 57
Qualquer cor que por ali passar, será
refletida, ou rebatida.

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#3 - Dissolvida

Imagine agora que temos uma superfície tão


fina que é incapaz de absorver ou refletir a luz.
Nesse caso, a luz ultrapassará a superfície, mas
será difundida.

A luz passa por aquela superfície, mas se


dissipa.

O melhor exemplo disso é pensar num dia


nublado. O sol ainda está presente, mas ao invés
de termos um ponto único e inteiro de
iluminação, temos uma grande iluminação mais
fraca. A luz parte de todas as nuvens com uma
forma uniforme e integral, por isso temos a
ausência de sombra.

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Isso pode acontecer com papel, vidro,
isopor, diversos tipos de tecidos e plásticos em
geral.

Outra coisa importante é você entender a


diferença entre luz dura e luz difusa.

Página 60
A luz dura é aquela luz que tem um peque-
no ponto único e intenso de iluminação, que
causa sombra. Esse ponto geralmente é bem
claro e perceptível.

Exemplos de luz dura: sol, lâmpada, flash,


farol de um carro, etc.

Outra característica da luz dura é que ela


gera SOMBRA, e não penumbra.

Página 61
A luz difusa é aquela iluminação suave com
vários pequenos pontos de iluminação e que
causa penumbra.

Sempre será criada por uma luz refletida ou


dissolvida. É a luz ideal que devemos procurar na
maioria das vezes.

Exemplos de luzes difusas: nuvens,


paredes, reflexos, areia, etc.

Página 62
Em resumo: luz dura gera sombra e luz
difusa gera penumbra.

Sombra é aquela parte escura que segue


você num dia ensolarado e é bem delimitado seu
início e fim.

Penumbra é aquela sombra mais opaca,


onde é mais difícil vermos seu início e seu fim.

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Exemplos De Luzes Duras Com Sombras:

Página 64
Página 65
Exemplos De Luzes Difusas Com Penumbras:

Página 66
Página 67
Página 68
Encaixando Tudo

Você pode usar a luz de diversas formas


numa fotografia e para diversos fins.

Os conceitos que vou apresentar agora


indiferem de suas origens. Você pode usar
iluminação natural (aquela disponível num
ambiente, como a luz do sol ou de uma janela),
assim como pode usar a iluminação artificial
(aquela que você cria com o objetivo de clicar
uma foto, como com um flash ou Led).

Apesar do resultado final sofrer diferenças,


os conceitos são os mesmos se você usar luz dura
ou luzes difusas para montar seu esquema.

E em todos os casos, sempre é possível


mesclar origens (natural ou artificial) com forma-
tos (dura ou difusa).

Página 69
Luz Principal é aquela luz maior e mais
forte, onde vamos iluminar a maior parte da
cena e do modelo. Na maioria das vezes, essa luz
é natural ou ambiente.

Geralmente é usada num ângulo diagonal e


levemente inclinado em 45 graus superior.

Página 70
Luz de Preenchimento é a segunda maior
fonte de luz, e que normalmente será colocada no
sentido oposto da luz principal. Seu objetivo é
iluminar os pontos que a Luz Principal não
conseguiu, geralmente com grau menor de potên-
cia ou com mais distância.

Geralmente é usada igual a Luz Principal,


porém no lado oposto e com menor intensidade.

Página 71
Luz de Recorte tem por objetivo separar a
pessoa ou objeto do fundo. Isso é muito
importante quando temos a pessoa ou objeto na
mesma cor ou tom do fundo, assim a luz criará o
efeito de separação.

Ela é encaixada atrás do modelo em direção


às suas costas. Pode ser no ângulo da câmera ou
diagonal, em ângulo inclinado inferior, reto ou
inclinado superior.

Página 72
Esses são os três tipos de luzes principais
num esquema de iluminação comum: Luz Princi-
pal, Luz de Preenchimento e Luz de Recorte.

Isso não quer dizer que você precise


necessariamente usar as três luzes.

Na imagem abaixo foi usada apenas a Luz


Principal e o resultado ficou bacana:

Página 73
E depois, temos mais dois tipos de ilumina-
ção secundária, que podem vir a ser úteis em
alguns casos.

As combinações destes 5 pontos de luz


podem formar mais de 1000 esquemas de ilumi-
nação. Por isso você deve entender o conceito e
não tentar decorar diversas opções de iluminação.

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Luz de Cabelo é uma luz mais pontual e
detalhada, no sentido superior reto e que usamos
para dar volume no cabelo - em especial quando
o fundo e o cabelo são de cores parecidas.

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Luz Cenográfica é a iluminação que
usamos para o ambiente. Tem como objetivo
destacar a decoração e dar amplitude ao
ambiente.

Deve ser uma iluminação fraca e leve,


sem jamais chamar a atenção.

Página 76
Página 77
Criatividade

Já passamos bastante na parte técnica,


agora vamos ser criativos!

Mas antes deixa eu te mostrar a fórmula do


sucesso:

TEORIA - PRÁTICA = ILUSÃO


PRÁTICA - TEORIA = BRINCADEIRA
TEORIA + PRÁTICA = SUCESSO

Eu não acredito que criatividade seja um


dom ou uma habilidade, mas a junção da teoria
com a prática.

No meu Curso Fotografia Na Prática eu


bato muito nessa tecla: precisamos estudar e
praticar.

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E é com as técnicas de composição que
você vai aprender agora que você vai conseguir
ser criativo.

Página 79
Regra Dos Terços

A regra dos terços é a regra básica e mais


importante na fotografia. Ela é tão conhecida e
aceita que até mesmo no manual das câmeras
está registrada.

Pense no quadro de sua imagem, com três


colunas verticais e três colunas horizontais do
mesmo tamanho todas, dividindo uniformemente
sua foto:

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Agora, existem duas formas de você usar
essa regra para compôr. As duas são simples e
você vai aprender agora.

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#1 - Pontos de Interseção

A forma mais fácil e intuitiva de usar a Regra


dos Terços é por colocar os pontos de interes-
se dentro dos quatro pontos de encontro das
quatro linhas.

Enquadrar objetos, momentos ou pessoas


dentro destes pontos vai ajudar você a ter uma
imagem mais harmônica, fluída e sincera.

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Ainda sobre isso, damos destaque em
especial ao ponto de interseção direito supe-
rior.

Como nossa leitura é feita da esquerda para


a direita, nosso olho tende a começar do lado
esquerdo e correr até o lado direito.

Por isso, quando criamos composição neste


ponto, tendemos a fixar mais o olhar do especta-
dor.

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#2 - Dividir os terços

Outra ferramenta ótima e funcional desta


técnica é enquadrar um elemento em dois ter-
ços e outro elemento distinto no último terço.

Podemos fazer como na imagem abaixo,


onde temos o rapaz e a parte clara da imagem
nos terços esquerdos, e temos a parte escura
com a moça no último terço direito.

Página 84
Outra opção é dividir os terços horizontal-
mente. Utilizo muito esta técnica ao fotografar na
praia, onde temos o horizonte bem delimitado.

Assim, podemos dividir areia, mar e céu nos


terços e criar várias composições.

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Outra coisa importante é que devemos
manter todas as linhas horizontais num ângulo de
zero graus.

Ou como eu gosto de dizer: “O horizonte


deve ficar na horizontal” Isso traz um senso
de ordem e organização para a sua imagem.

Ou seja, segundo a regra, não podemos


fazer fotos “tortas”.

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Isso deixa a imagem desconfortável, com a
sensação de “algo errado”. Por isso que é tão
usado em filmes de suspense ou de terror.

Existem ocasiões onde vamos poder quebrar


estas regras, mas como costumo dizer: para
quebrar regras, você precisa conhecer regras.
Caso contrário, é apenas desleixo.

Muitas vezes isso não vai ser possível no


clique, mas podemos ajustar na edição.

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Linhas De Condução Do
Olhar

Usar as Linhas de Condução do Olhar é


fácil para quem está iniciando, mas ao mesmo
tempo é uma técnica poderosa!

A ideia é simples: usar linhas que vão ser


como uma estrada, levando o espectador a olhar
para um ponto específico da imagem.

Podemos compor linhas retas usando elas


em três formatos: horizontal, vertical e diagonal.

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#1 -Linhas Horizontais

As linhas retas horizontais nos ajudam a


criar imagens pacíficas, harmônicas e sere-
nas. São linhas contínuas e eternas.

Sabe aquela sensação de paz e tranquilidade


que temos num grande campo ou numa linda
praia? Um dos motivos que isso acontece é
porque as linhas horizontais estão presentes!

Página 89
#2 - Linhas Verticais

Traços verticais retos são vivos, humanos


e alongados. Quando repetidos, podem demons-
trar continuísmo e longevidade.

Não estão presentes em tantos lugares


quanto os traços horizontais, e acabam criando
mais força para o ambiente do que para condu-
zir o olhar.

Fotografia: Tony Cavalcante

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Funciona bem com imagens com bastante
teto, e geralmente tende a expandir o lugar.

Procure alinhá-los à borda da imagem.

Estas linhas humanizadas lembram o


nosso inconsciente de formato de um homem -
uma linha reta na sua forma mais abstrata.

Árvores e construções também contam com


este tipo de traçado.

Página 91
#3 - Linhas Diagonais

Quando o assunto é conduzir o olhar, as


linhas diagonais são de longe as mais fortes.
Elas são dinâmicas, intensas, e muitas vezes
inéditas.

Use lentes grande angulares para criar um


novo ponto de visão da câmera, podemos
facilmente transformar linhas horizontais e
verticais comuns em linhas diagonais poderosa

Foto: Steve McCurry

Página 92
Formas Geométricas

As formas geométricas estão presentes no


nosso dia a dia. Onde pisamos ou sentamos, o
que comemos ou vestimos, aquilo que vemos ou
tocamos.

As formas geométricas são usadas até


mesmo para descrever comportamentos -
como um círculo vicioso, um triângulo amoroso
ou uma mentalidade quadrada.

O ponto é que cada forma geométrica tem


uma forma, e podem ser usadas de diversas
formas na fotografia.

Use essas formas geométricas em suas


composições para passar mensagens específicas.
Vamos ver os exemplos mais comuns agora.

Página 93
Círculo

Círculos dão uma impressão de eternidade


e de plenitude. Eles representam grupo ou
unidade.

Eles trazem movimento para sua fotografia,


pois não tem um ponto de início ou fim. Ou seja,
um looping.

Às vezes, o círculo se assemelha a um


emblema, apresentando portanto uma aparência
mais tradicional e autêntica.

Página 94
Triângulo

Em razão da sua forte identificação com a


religião, triângulos dão um ar de poder e
energia em qualquer composição.

Triângulos representam igualmente equilí-


brio, em função dos seus três lados.

E, finalmente, como dois lados convergem


para o centro, o triângulo pode significar também
movimento, em direção ao lado em que aponta
o triângulo.

Página 95
Quadrado/Retângulo

Formas retas como quadrados e retângulos


inspiram segurança e ordem.

Sendo a forma padrão para papéis e proje-


tos, os retângulos representam conformidade,
igualdade e estrutura.

Além disso, uma vez que essas formas se


parecem com bases, elas dão um ar de solidez e
estabilidade à sua fotografia.

Contrariamente aos círculos, as formas


quadradas geralmente parecem mais sérias.

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A fotografia abaixo é um exemplo de uso de
uma forma geométrica:

E nessa outra foto, você consegue enxergar


a forma geométrica?

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Página 98
Entendendo As Cores

Entender as cores na fotografia é tão


importante quanto entender a luz.

Mesmo se desejar fazer fotos


monocromáticas (preto e branco) deverá
entender os conceitos mais primitivos da
cor. Isso é o que vai dar a base para a captação
e tratamento de imagens em tons de cinza.

Página 99
Cores Primárias

Existem três tonalidades de luz específicas


que são chamadas de “cores verdadeiras”:
vermelho, verde e azul.

Elas são chamadas de cores primárias, pois


são as cores que iniciam a criação do espectro.

E a soma dessas três cores formam o branco


- o espectro completo.

Página 100
Cores Secundárias
Quando misturamos as cores primárias
entre si, chegamos ao segundo nível de tons do
espectro: cores derivativas, chamadas de cores
secundárias.

Página 101
Quando juntamos as cores primárias
(vermelho, verde e azul) com as cores
secundárias (ciano, magenta e amarelo)
chegamos em todas as cores e tonalidades do
espectro.

Por exemplo:

Amarelo + Vermelho = Laranja


Ciano + Magenta = Púrpura

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Mas Klarck…

Agora você vai me dizer que aprendeu no


primário que a soma de todas as cores é preto, e
não branco…

E que as cores primárias são ciano,


magenta e amarelo…

E isso é verdade quando trabalhamos com


PIGMENTO!Ou seja, quando você mistura
TINTAS você tem o preto.

Mas na fotografia trabalhamos com luz,


lembra?

O sistema de tintas é o CMYK, que é o que


você provavelmente aprendeu na escola -
chamado de COR-PIGMENTO.

Suas fotografias serão impressas usando


este sistema.

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Mas, como você deve imaginar, a tela de um
computador não usa pigmentos para reproduzir
cores - mas usa LUZ!

Isso acontece porque o sistema de cor-


pigmento CMYK funciona por subtração - para
conseguir a cor branca, basta não usar nenhum
pigmento.

Entretanto, quando usamos um sistema


cor-luz trabalhamos com adição.

Para conseguirmos a cor branca, precisamos


iluminar somando as cores Vermelhas, Verde e
Azul.

Em Inglês: Red, Green e Blue. Por isso


chamamos este sistema de RGB.

Página 104
Em outras palavras, na tela é preciso
acrescentar todas as cores-luz primárias para
obter o branco-luz primário.

É assim que funciona um Pixel de seu celular


ou televisão. Ele é um quadradinho minúsculo
que emite luz - como a lâmpada de seu quarto.

E ao se misturarem, somando todas as


possibilidades, chegamos ao espectro completo:
mais de 65 milhões de cores!

Esse é o modo que a sua câmera capta a


luz, e assim que vamos mesclar luzes coloridas
para criar imagens diferenciadas.

Página 105
Hsl : Amigo Ou Vilão?

Agora vamos entrar num assunto mais


técnico e aprofundado…

Toda cor-luz têm três principais aspectos:


tonalidade, intensidade e brilho.

Quando falamos do primeiro aspecto esta-


mos falando em matiz - o tom da cor. Se refere à
gradação ou nuance de uma ou mais cores.

Por exemplo, lembra que se misturarmos


Vermelho com Azul obtemos a cor Roxa?

Para conseguir o Roxo Absoluto precisa-


mos ter 50% de Vermelho e 50% de Azul.

Agora imagine que decidimos modificar essa


percentagem, colocando 40% de Vermelho e 60%
de Azul. Ainda teremos o Roxo, mas com uma
nova gradação - ou tonalidade.

Página 106
Esse nuance que inicia em 25% de Vermelho
com 75% de Azul e finaliza em 75% de Vermelho
e 25% de Azul se chama MATIZ (em Inglês,
Hue)

A segunda letra do HSL se refere a


Saturação - ou a intensidade da cor. Como você
deve imaginar, existe um limite para o quão
intensa uma cor pode ser.

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Por exemplo, o vermelho pode ser 100%
intenso, onde ele é tão puro que não existem
traços de Laranja ou Amarelo nele.

Ou ele pode ser 0% intenso, onde o


Vermelho não tem nenhum traço nem mesmo de
vermelho e deixa totalmente de existir, se
tornando uma Escala De Cinza.

Página 108
Por isso, que se você tirar a Saturação de
todas as cores de uma imagem vai ter uma
imagem totalmente Cinza (ou seja, preto e
branco)

O que permite tantas diferenças de tons


numa imagens Preto e Branco são as diferenças
de luz numa imagem, e assim chegamos ao
último ponto - Luminância.

Luminância significa o quão intenso é a luz


em determinada tonalidade.

Podemos comparar facilmente com a


Saturação.

Porém, quando tiramos toda a Saturação


temos o Cinza Neutro. Enquanto isso, ao tirar
toda a Luminância de um tom, temos o Preto
Absoluto - a claridade ou luminosidade
mínima de qualquer cor.

Página 109
Por outro lado, ao subir toda a Luminância
de um tom, alcançamos assim o Branco Absoluto
- a claridade ou luminosidade máxima de qual-
quer cor.

No diagrama abaixo da página a seguir vou


resumir tudo isso. Vire seu dispositivo para
melhorar a visualização.

Página 110
Página 111
Além disso, você sabia que cada cor
específica tem uma influência no cérebro
humano?

Não é preconceito dizer que Rosa é Feminino


enquanto o Azul é Masculino. Isso é chamado de
Psicologia das Cores. E têm muito mais nesse
mundo!

Veja a partir de agora o significado de


cada cor!

Página 112
Vermelho

O simbolismo do vermelho possui associação


forte ao fogo e ao sangue, os quais possuem
um caráter existencial em todas as culturas.

O vermelho é a cor que representa as


paixões, do amor ao ódio, das boas às más
intenções. É também a cor do erotismo e da
sedução. Não à toa, também é associado a
coisas proibidas e imorais.

O fogo, embora possa ter diversas cores, é


tido como vermelho. Quando um metal fica
quente, ele fica vermelho. Por isso o vermelho
está tão associado ao calor.

Não à toa, o vermelho é adotado por grande


parte dos movimentos reformistas, entre
comunistas, socialistas, sindicalistas e partidos
de esquerda em geral, e nunca por partidos
conservadores ou pautas reacionárias.

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Página 114
Azul

O azul é associado à harmonia e ao


equilíbrio, pois do ponto de vista psicológico fica
distante do vermelho, que representa a paixão e
os sentimentos radicais.

Não à toa, o azul é uma das cores associa-


das à paz.

É também percebido como a cor do frio,


porque nossa pele fica azulada quando estamos
com nosso corpo gelado.

O gelo e a neve também apresentam uma


cintilação que beira ao azul.

Nos ambientes, o azul causa uma sensação


de espaço aberto, pois as montanhas ficam
azuladas no horizonte e esta também é a cor do
céu.

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Verde

O verde é a cor da natureza, principal-


mente associada como a cor da primavera.

Por ser a cor de muitas coisas que crescem


no mundo natural, também é associada à rique-
za. Por isso, o dinheiro é associado ao verde,
mesmo não existindo cédulas verdes no Brasil.

As frutas que não estão maduras são


chamadas de “verdes”, independente de sua cor
real. Assim, o verde é também a cor da juven-
tude – uma vez que o estágio da imaturidade é
associado a esta cor. Aquilo que denominamos
como “profissional verde” ou “aluno verde” é
aquele que ainda tem muito o que aprender.

Na mesma linha, fantasmas e almas


penadas muitas vezes são retratadas como verde.
O que é sujo, como esgoto, pode ser associado
ao verde.

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Amarelo

No que se refere ao significado, o Amarelo é


uma cor ambígua. Ao mesmo tempo em que é
associada à recreação, à jovialidade e ao
otimismo, também é ao ciúme e à hipocrisia.

A cor dos otimistas é o amarelo, pois pos-


sui uma disposição ensolarada. Além disso, esta
cor é lúdica e irradia como um sorriso. Mas, ao
mesmo tempo, o Amarelo também é a cor da
cobiça desmedida e de sentimentos que
causam a raiva.

O nojo e o impuro também podem ser


amarelos. Dizemos que a pessoa que está sem
graça tem um sorriso Amarelo.

Por outro lado, o Amarelo também é a cor


do ouro e do sol, podendo trazer mensagens
semelhantes a estas.

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Laranja

Muito usada neste livro, a cor Laranja é


exótica e penetrante. Por estar entre o
Amarelo e o Vermelho, este tom acaba desempe-
nhando um papel de menor destaque.

Laranja é a cor da diversão, da sociabi-


lidade e do lúdico. Além disso, é a cor de um
caráter chamativo e intrusivo.

Essas características fizeram com que, até


há pouco tempo, o laranja fosse exaustivamente
usado na publicidade.

O laranja é também a cor das coisas que


não se levam a sério, perceba que o laranja
quase nunca é a cor de produtos caros, de pres-
tígio.

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Página 122
Roxo

De natureza ambígua, o Roxo consegue


transmitir um grande leque de associações, mui-
tas vezes opostas.

Por exemplo, é associado à tecnologia e à


ciência; ao mesmo tempo em que o é comum
em itens de ocultismo, fantasia ou magia.

O Roxo nunca é visto como humilde ou


recatado; ao contrário, o tom violeta passa o sinal
de extravagância.

Atualmente é a cor mais comumente asso-


ciada ao movimento gay.

A cor possui grande associação a desejos


sexuais, principalmente quando usado em
conjunto com o vermelho.

Por outro lado, o violeta está também


vinculado à espiritualidade e à abstinência.

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Rosa

Esta cor simboliza a união da força e da


inteligência, do fogo e da calma, da atividade e
da passividade.

Em outras palavras, o rosa está associado à


sensibilidade e às virtudes do meio-termo.

O Rosa possui grande personalidade própria,


sendo que alguns sentimentos só se descrevem
com o rosa, com grande predominância de
associações positivas, tais como o doce, a
cortesia, o charme e a ternura.

Atualmente o Rosa tende a ser associado ao


feminino, assim como o Vermelho, mas com
uma dose de delicadeza vinda do Branco.

O rosa é também a cor dos confeitos. Doce


e suave, não há cor que melhor combine com as
sobremesas. Já o aroma dessa cor é associado ao
das rosas, o qual também é doce.

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Preto

No âmbito das ciências, muito já se discutiu


sobre o preto ser ou não uma cor, uma vez que
em termos de espectro luminoso o preto é a
ausência de cores. Vamos aqui nos ater aos
significados do tom e não a sua terminologia.

Jovens costumam associar o preto a carros


caros, sofisticação, poder e roupas da moda.
Poe outro lado, pessoas adultas e idosas tendem
a associá-lo à escuridão e à morte - como em
enterros e velórios.

É a cor da noite e da penumbra. Por isso,


o preto é associado às coisas proibidas, ao
mistério, ao místico e também às coisas que se
fazem em segredo.

A grande maioria das organizações secretas


e fora da lei possui o preto como cor. Podemos
ver isso nas bandeiras dos anarquistas e dos
piratas.

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Branco

Aqui temos o mesmo dilema sobre ser


chamada de “Cor”. Sabemos que de acordo com a
Teoria da Óptica o branco é na verdade a soma
de todas as cores do espectro luminoso.

O significado do branco remete à inocência,


do bem e dos espíritos bons. Branco é a cor do
silencioso.

Tanto a limpeza quanto a pureza estão


associadas ao branco. Por isso profissionais de
saúde usam roupas brancas. O branco também é
associado à virgindade.

Em várias obras de arte e filmes, o branco é


a cor do bem, da luz, do lado bom e é a cor
mais usada para representar anjos e paraísos
em geral.

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Quando envelhecemos nossos cabelos e
barbas ficam brancos, por isso o branco também
é associado a experiência de vida.

O branco também pode ter a conotação de


vazio, e como o vazio é leve, logo, o branco é a
cor mais leve de todas.

Em sentido metafórico, o vazio pode


representar ainda a ausência de sentimentos.

Página 130
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Página 132
Capacete Do Astronauta

Esta técnica tem por objetivo deixar a sua


foto mais limpa e de mais fácil assimilação
para o espectador.

O rosto e a cabeça são sempre os elemen-


tos principais em uma imagem com pessoas, e
eles devem estar sempre em destaque - com um
fundo neutro e discreto.

Evite ter imagens com galhos, linhas,


objetos ou outros itens atrás da cabeça!

Página 133
Para tornar isso uma regra, criei o que eu
chamo de Técnica do Capacete do Astronau-
ta.

Imagine sempre que a pessoa que você está


fotografando esteja usando um Capacete Ima-
ginário grande e redondo, igual que os Astro-
nautas usam.

É como se tivesse uma cápsula protetora


que envolvesse a cabeça da pessoa que você está
fotografando.

Não deixe que nada entre neste Capacete,


nem mesmo o atravesse.

Veja dois exemplos de como encaixei os


noivos em espaços vazios para seguir esta
técnica:

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Página 136
Enquadramentos

Ser capaz de enquadrar corretamente


uma imagem é um dos maiores desafios de um
bom fotógrafo.

A primeira dica que quero te dar é para


cuidar com os espaços vazios na cena. Aproveite
seu enquadramento ao máximo!

Mas use espaços vazios de modo


proposital para criar um espaço de respiro:

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Note que cerca de 70% da imagem que o
casal aparece, eles estão próximos e em
destaque?

Temos apenas do lado esquerdo um espaço


vazio, neutro e parcialmente desfocado que serve
como respiro. Isto é: não acrescenta nem faz
falta.

Eu particularmente recomendo que você


procure usar o máximo possível do quadro com
seu elemento principal. Certamente é a melhor
maneira de se enquadrar.

Vamos falar agora sobre as partes principais


de um enquadramento.

Página 138
Teto
Representa toda a parte vazia acima do
fim da cabeça (ou do último elemento em
destaque) da pessoa fotografada até a parte final
do quadro. Gosto bastante de usar, em especial
em paisagens.

Uma boa referência disso é a série Pine Gap


da Netflix- o diretor de fotografia faz um uso
exagerado, mas elegante, de teto.

Página 139
Chão
Se refere a toda a parte vazia inferior do
quadro, abaixo dos pés (ou do último elemento
em destaque) da pessoa fotografada até a parte
final do quadro.

Menos comum de conseguir encaixar sem


parecer um erro, mas funciona muitas vezes
quando equilibramos com o uso do teto também.

Na imagem acima, temos um exemplo de


como eu consegui quebrar a regra e obter uma
composição harmônica!

Página 140
Lateral

Se refere a toda a parte vazia do lado direito


ou esquerdo do elemento, sujeito ou objeto
principal da imagem até a parte final de ambos os
lados do quadro.

Essa parte lateral vazia funciona muito bem


para dar respiro e espaçamento para a imagem.

Funciona muito bem dos dois lados.

Página 141
Dito isto, quero te passar agora o padrão de
enquadramento do cinema.

Existem algumas variáveis, mas vou te


mostrar as principais. Não se preocupe em
decorar cada nome, mas em entender como cada
enquadramento funciona.

Página 142
Plano Aberto
Como o próprio nome sugere, a ideia deste
plano é mostrar a pessoa de corpo inteiro e boa
parte do ambiente.

Geralmente este plano de enquadramento


conta com bastante teto e/ou chão e lateral.

É muito comum usar este plano na fotografia


de paisagens, de moda e de pessoas caminhando.

Página 143
Plano Americano

Um enquadramento mais próximo que o


Plano Aberto, que se inicia do joelho para cima.

Normalmente teremos um pouco de teto e


bastante lateral, visto que estamos enquadrando
abaixo da cintura.

Página 144
Se enquadramos com pouco ou nada de
teto, aparentemente o enquadramento terá sido
mal sucedido. Em outras palavras, use este
enquadramento com um pouco de teto.

Esse tipo de enquadramento é muito comum


no cinema e televisão, mas menos comum na
fotografia em geral.

Sugiro primeiro você optar entre abrir para


um Plano Aberto ou fechar para um Plano Médio.
Depois, tente este enquadramento que é mais
elaborado.

Página 145
Plano Médio

Acredito que este é o plano mais comum e


intuitivo para a maioria das pessoas.

Envolve enquadrar da cintura para cima,


até imediatamente acima da cabeça. A partir
daqui, sugiro termos muito cuidado com o teto -
sempre cortando-o o máximo possível.

Página 146
Acredito que algo em torno de 90% das
imagens devem funcionar com este enquadra-
mento. Básico, porém completo.

Página 147
Primeiro Plano

Aqui temos um enquadramento muito mais


próximo, onde o começa na região do peito,
ombros ou clavícula e vai até o fim da cabeça ou
até metade da testa apenas.

Um enquadramento com mais detalhes, que


tendem a funcionar melhor com tele-
angulares por causa da distorção.

Página 148
Esse enquadramento é muito usado na
fotografia de retratos ou para enfatizar senti-
mentos e detalhes.

Quando contamos uma história, esse


enquadramento pode ser útil para agregar
informações no montante. Ou seja, use ele para
fotografias complementares.

Isso porque capturar imagens assim o tempo


todo pode ser perigoso. Acabamos eliminando
fatores importantes - como cenário, por exemplo.

Página 149
Close-Up (Plano Detalhe)

Se você já ouviu essa palavra, já imagina


como é este enquadramento.

Basicamente, é um enquadramento de
apenas um detalhe, como um olho, uma boca,
uma orelha, etc…

Página 150
Geralmente este enquadramento é bem
próximo dos modelos, mas nessa imagem
consegui quebrar o padrão usando o Close-Up
dentro de uma enorme moldura de estante +
livros.

É bem interessante usarmos o Close-Up para


mostrarmos algo característico e inédito, mas
se usado em ex-cesso perde sua força.

Em resumo, são muitas as opções que temos


para explorar!

Mas além dos enquadramentos, precisamos


prestar atenção nos ângulos. E é isso que vamos
ver no próximo capítulo!

Página 151
Página 152
Ângulos

Para quem começa na fotografia, encontrar o


ângulo perfeito pode ser um desafio. Mas
depois com o tempo se torna corriqueiro e
comum.

Existem cinco ângulos, mas usamos a maior


parte do tempo apenas três.

Página 153
Não se preocupe em gravar nomes, mas sim
em entender os conceitos.

Página 154
Zenith

O ângulo superior reto chamado de Zenith


é um dos que eu mais gosto, pois trás um novo
olhar para a fotografia.

Afinal de contas, nós não estamos tão


acostumados a ver as coisas de cima num ângulo
reto.

Página 155
É importante que ele fique totalmente reto
em todos os sentidos (horizontal, vertical e
diagonal).

Ao fotografar pessoas, a forma mais natural


de usar este ângulo é por pedir para os
modelos deitarem. Assim vamos mostrar a
pessoa e não apenas sua cabeça e ombros.

Porém, alguns cuidados temos de ter com


fotos deitadas: em especial com a cabeça e com
o pescoço. Se a pessoa tentar erguer a cabeça,
isso vai deixar o pescoço comprimido.

Mas, se ela tentar deixar a cabeça muito


para trás, a nuca fica comprimida.

Página 156
Plongée

Plongée significa “mergulho” em Francês.

Esse nome foi escolhido pois o ângulo da


fotografia (45 graus de cima para baixo) se
assemelha ao ângulo que um nadador profissional
pula numa piscina olímpica no início da prova.

Página 157
Este ângulo é muito bom, e é de longe o que
eu mais uso. Um dos motivos é porque sou alto,
mas esse não é o principal.

Gosto também pois a distorção superior


causa um efeito de falso emagrecimento.

Outro motivo é que aqui no Brasil quando


fotografamos na rua temos muitos fios, placas e
elementos que distraem a atenção.

Quando forçamos este ângulo levemente


superior, conseguimos esconder isso tudo.

Página 158
Reto

O Ângulo Reto é o mais comum aos nossos


olhos. Sempre olhamos para frente, no nível
dos olhos.

Ele nos dá um ar de familiaridade, por ser


comum, e em geral não vai trazer nada de
inédito em relação ao ângulo.

Página 159
Por ser familiar, ele tende a funcionar
quase sempre e é o ângulo mais fiel que
existe.

Por via de regra, tende a funcionar melhor


quando a câmera está na altura dos olhos.

Mas cuidado para não cair na mesmice, por


isso invista em outros elementos de composição
para surpreender a pessoa que vê a sua foto.

Página 160
Contra-Plongée

Agora que você já sabe o que é Plongée,


deve deduzir o que é o Contra-Plongée, que
significa mergulho ao contrário. Imagine o
mesmo ângulo, porém de baixo para cima.

Este ângulo conta com algumas


peculiaridades que precisamos tomar cuidado.

Página 161
A parte mais importante da pessoa será a
que vai ficar mais longe da câmera: o rosto!

Minha sugestão é você pedir para a pessoa


se inclinar em direção a você. Percebe como na
foto de exemplo, o casal parece estar na linha
dos olhos?

Mas na verdade não estão, pois ao fundo


temos a copa de uma árvore.O casal fez o mesmo
que diagrama abaixo ilustra:

Se eles não fizessem isto, a cintura ficaria


maior que a cabeça e seria estranho.

Página 162
Enquanto seu primo, o Plongée, emagrece e
diminui a pessoa, esse ângulo é interessante para
enfatizar e engrandecer o modelo. Isto é, você
vai deixar a pessoa maior e mais importante!

Por isso que ele funciona muito bem para


retratos, onde queremos enfatizar a pessoa.

Página 163
Nadir

De longe o Ângulo mais difícil de ser apli-


cado na fotografia de pessoas é o Nadir. Pense no
Zenith, mas agora de baixo para cima.

A menos que seu objetivo seja fotografar


debaixo da saia de alguma moça(o que eu não
recomendo), vai ser difícil encaixar este ângulo
na fotografia.

Esse ângulo é bastante usado com Lentes


Grande Angulares na fotografia de
arquitetura - para mostrar um prédio alto ou um
teto decorado, por exemplo.

Eu procurei nos meus registros, e nas mais


de 500 mil fotos que fiz na minha carreira, não
consegui encontrar nenhum exemplo.

Mas achei uma imagem de um casal de


fotógrafos canadenses que me inspiram muito, o
Two Mann Studios.

Página 164
Essa foi a foto que encontrei e que ilustra
bem o ângulo.

Fotografia: Two Mann Studios

Como pode ver, é um ângulo


extremamente inédito e que na maioria das
vezes não vamos conseguir encaixar os rostos.

Página 165
Página 166
Poses E Direção

Uma das maiores dificuldades mesmo dos


fotógrafos experientes é conseguir criar Poses
Espontâneas.

Muitos tentam imitar e copiar outras fotos,


mas a verdade é que raramente o resultado fica
interessante.

Enquanto isso, outros descobrem como fazer


UMA POSE legal e ficam presas a ela para
sempre.

Sendo sincero com você, não tenho como te


ensinar aqui tudo sobre poses e anatomia, eu
precisaria escrever uns outros dois livros só sobre
isso.

Mas resumi aqui os principais pontos de


atenção para criar poses espontâneas.

Página 167
Postura

Sempre que você for fotografar uma pessoa,


comece prestando atenção à postura.

Estar com a coluna esticada corretamente


é essencial para uma boa pose.

Segundo pesquisas, 40% dos brasileiros têm


má postura. Por isso, mesmo durante um ensaio
fotográfico, é normal termos uma postura torta
ou desnatural.

Cabe ao fotógrafo tomar a frente em


cuidar destes detalhes, e alertar o fotografado
sobre a sua postura.

O diagrama da próxima página resume bem


como devemos usar as partes da coluna para ter
uma postura correta.

Página 168
Vamos ver agora como posar cada parte da
coluna para conseguir uma postura correta!

Página 169
#1 - Coluna Cervical

A parte superior da coluna é chamada de


Cervical, e ela é responsável pelo movimento do
crânio como um todo.

Ela deve estar sempre esticada para trás e


para cima.

Se precisar movimentar a cabeça, apenas a


coluna cervical deve se mexer, e não a coluna
inteira.

Quando posada corretamente, a Coluna


Cervical deixa o modelo mais alto, mais magra
e mais elegante.

Página 170
#2 - Coluna Torácica

A maior parte da coluna vertebral é chamada


de Coluna Torácica.

Ela normalmente é a maior culpada pela


má postura.

O modo correto de posar a coluna torácica é


por deixar ela o mais esticada possível.

A grande maioria das pessoas (e eu me


incluo nesta estatística) têm o hábito de sentar e
deitar com a coluna torácica torta.

Por isso, ao fotografar alguém, preste muita


atenção especial nesta parte!

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#3 - Coluna Lombar

A pequena parte inferior da coluna, a


chamada Lombar, recebeu um apelido carinhoso
aqui na Universidade Fotográfica: Coluna Sexy.

Essa é a parte responsável por dar curvatura


ao corpo feminino.

Por isso sempre jogue a parte final da


coluna, perto do bumbum, para trás.

Isso deixará o corpo melhor desenhado,


além de mais magro.

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Respiração

Agora outro ponto importante de atenção é


a respiração.

Inspirar e expirar corretamente pode fazer


uma grande diferença em nossa fotografia.

Quando inspiramos, o ar entra em nossos


pulmões, deixando assim nosso tórax maior.

Na inspiração os homens ficam com o


peitoral maior e as mulheres ficam com os seios
maiores e com formato mais arredondado.

Nesse processo o ar do diafragma é


expelido, assim deixando a região abdominal
menor. Ou seja, a barriga diminui, o que é legal
para quem tem uns pneuzinhos sobrando.

Página 173
Por outro lado, quando expiramos, o
processo é ao contrário.

A região abdominal fica maior, pois entra


mais ar no diafragma. Enquanto isso, o peito e os
seios diminuem com a saída de ar do pulmão.

Página 174
Articulações

Joelhos, tornozelos, cotovelos, pulsos e


dedos podem estragar a sua fotografia se não
forem posados corretamente.

Quando prestamos
atenção nas
articulações, o segredo
está no ponto médio.

O erro mais co-


mum é deixar as
articulações retas. Isso
denota extrema
rigidez.

Página 175
Outro erro é dobrar
exageradamente
uma articulação.

Uma olhada rápida


nos faz pensar que
o pulso (ou outro
membro) está que-
brado.

Por isso o segredo está no meio termo.


Levemente flexionado, mas não dobrado.

Página 176
10 Dicas Bônus:
Separei dez dicas rápidas que dou no Curso
Fotografia Na Prática

Dica #01

Os olhos são a janela da alma. Garanta que


o foco esteja sempre neles.

Dica #02

Distribuia o peso do corpo sobre um dos


pés. Isso deixa a pose mais elegante e informal.

Dica #03

Evite cruzar os dedos quando pedir para


duas pessoas darem as mãos. Ao invés, uma mão
deve abraçar a outra.

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Dica #04

Desloque um dos ombros em direção a


câmera e o outro no sentido oposto. Além de
modelar melhor seu corpo, tem um estilo mais
jovial e elegante.

Dica #05

Mulheres: Puxem os ombros e clavículas em


direção ao chão. Isso vai alongar seu pescoço e
deixar você mais alta, magra e elegante.

Dica #06

Crie um contexto para braços e mãos.


Segurar, apoiar ou emoldurar pessoas e objetos é
uma maneira simples e eficaz de criar poses para
as mãos.

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Dica #07

Na fotografia de casais, olhos fechados


demonstram forte impacto emocional e conexão!

Dica #08

Deixe sempre um espaço entre braços e


cintura. Isso ajuda a desenhar melhor o corpo.

Dica #09

Quando fotografar casais, cruzar o nariz do


homem no sentido oposto ao da mulher em
formato de xis geralmente funciona bem.

Dica #10

Regras de composição deixam as poses mais


fortes.Invista nelas!

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Espontaneidade
Sorrisos naturais e espontâneos podem ser
conquistados. E extrair um bom sorriso é
responsabilidade do fotógrafo, e não de quem
está sendo fotografado.

Assim como um humorista consegue extrair


gargalhadas das pessoas, o bom fotógrafo deve
saber extrair sorrisos sinceros.

Na verdade não apenas sorrisos, mas


qualquer expressão facial ou corporal. Mas vamos
nos concentrar no sorriso, que é o mais fácil.

Vamos ver quatro passos para conseguir


criar fotos espontâneas.

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PASSO 01 - Deixe a pessoa a vontade

Crie um ambiente agradável para o


ensaio.

As pessoas tendem a se sentir envergo-


nhadas em frente a uma câmera, e saber que
você está sendo fotografado por um profissional
geralmente não ajuda.

Silêncio também causa constrangimento,


então tenha conversas agradáveis entre uma foto
e outra.

Assim a pessoa vai “baixar a guarda” e se


entregar verdadeiramente para sua câmera.

Página 182
PASSO 02 - Crie Movimento

Não crie poses estáticas.

Gere movimento, afinal é impossível se


movimentar de maneira “posada”.

Imagine dois fotógrafos: Mateus e Pedro.

Mateus diz assim: “Coloque a mão na


cintura, levante o queixo, olhe para mim e sorria
por 3 minutos”

Enquanto isso, Pedro diz: “Vamos caminhar


por aqui e enquanto conversamos faço algumas
fotos”

Qual fotógrafo você preferiria que


fotografasse você? Seja como Pedro! Invés de
poses estáticas e fixas, crie ações para conseguir
registrar reações.

Página 183
PASSO 03 - Use o Gráfico Das Emoções

Entenda como funciona uma expressão


facial ou corporal.

Quando ouvimos algo, nosso cérebro


entende aquilo como engraçado (ou não) e
reagimos a favor (ou contra) o que ouvimos.

Em poucos segundos, a gente ouve a piada…


entende ela… dá um sorriso ou uma risada.. e
volta ao estágio normal.

Isto tudo acontece em poucos segundos,


como um gráfico:

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É nesse pico que se encontram as emoções
naturais e espontâneas, ou seja, é ali que
precisamos fazer o clique.

Conte algo engraçado. Faça uma


brincadeirinha interna, uma piada curta ou até
um elogio sincero para que a pessoa dê um
sorriso verdadeiro para a câmera.

No Curso Fotografia Na Prática eu faço um


ensaio do início ao fim para os alunos verem
como é o meu processo de criação de fotos.

Página 185
PASSO 04 - Faça Disparos Sequenciais

As micro-expressões ocorrem em
frações de segundo, e a chance de capturar
elas em um único clique é baixíssima.

Não queremos apenas um sorriso, mas a


parte mais intensa de um sorriso sincero.E só
vamos conseguir isso por clicar várias vezes

Isso vai fazer com que você tenha uma


grande quantidade de imagens para escolher, e é
sobre isso que vamos falar no próximo capítulo.

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Página 187
Curadoria

A curadoria envolve identificar as fotografias


boas e excluir as fotos ruins.

Também sou a favor de excluir as fotografias


medianas, deixando apenas as boas.

Prefiro ter 100 fotos boas do que 300 fotos,


sendo 100 boas e 200 parecidas com as 100
boas.

É um trabalho difícil excluir fotos que muitas


vezes são boas também - mas é melhor qualidade
do que quantidade.

Todo fotógrafo faz fotos boas e ruins. Mas o


profissional sabe apagar as ruins e mostrar as
boas - enquanto o amador mistura tudo.

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Veja a minha realidade como fotógrafo
profissional de casamentos.

Num evento eu fotografo em média 12 mil


fotos. Mas entrego cerca de 600 imagens.

Em um ensaio fotográfico, eu clico cerca de


4 mil fotografias e entrego no máximo 120
arquivos.

Ou seja, entrego só a cereja do bolo!

E qual programa usar para isso? Vamos


usar o Adobe Lightroom.

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Adobe Lightroom

Esse programa é o meu queridinho para


curar e editar fotos.

O módulo Biblioteca foi desenvolvido


especialmente para fazer a curadoria de muitas
imagens de modo rápido e fácil.

Ao importar, escolha Visualizações Padrão se


desejar velocidade ou por Visualizações 1:1 se
procura qualidade (mas isso vai deixar sua
importação lenta)

Eu costumo optar pela 1:1, e faço a importa-


ção a noite enquanto durmo.

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Galeria Nativa

Organize suas imagens em álbuns e pastas


para encontrar facilmente cada fotografia.

Lembre-se de apagar selfies e fotos


duplicadas, assim como Prints e imagens do
WhatsApp. Quanto mais organizado, melhor.

Se você deixar para depois o trabalho fica


pior e você corre o risco de perder imagens
importantes!

Seu celular já está uma bagunça? Então


use aplicativos como o Smart Cleaner para apagar
prints, imagens duplicadas ou arquivos sem
importância.

Página 191
Página 192
Edição

Depois de selecionada, passamos para a


edição!Muita gente pensa que FOTO BOA NÃO
PRECISA DE EDIÇÃO. Mas isto está ERRADO!

Fazer correções de cor, tom, luminosidade,


contraste, nitidez e saturação numa fotografia faz
parte do trabalho do fotógrafo.Veja como eram
feitas as edições nos anos 20:

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Hoje temos outras opções mais tecnológicas
para criar um laboratório fotográfico digital.
Conseguimos criar tudo dentro de seu
computador, celular ou tablet - e ainda sincronizar
um com o outro.

E o melhor programa e aplicativo para isso é


o Adobe Lightroom.

Em resumo, 50% da fotografia é feita


durante o clique e os outros 50% no processo de
Pós-Produção - que envolve Edição e
Manipulação.

Vamos entender a diferença:

Página 194
Editar uma fotografia envolve cortar uma
imagem, corrigir coisas como nitidez, contraste,
exposição, saturação, tons claros e escuros, e
tudo que for relacionado a cor e brilho.

Por outro lado, manipular uma imagem


significa alterar o real sentido dela. Pode envolver
acrescentar, eliminar, mesclar ou distorcer um ou
mais elementos da fotografia. Uma montagem é
sempre uma manipulação.

Página 195
Agora que você já entendeu que editar
fotografias faz parte do processo, e não um
luxo desnecessário, vamos precisar entender
sobre os formatos de imagem.

O melhor e mais completo formato de com-


pressão de imagens é o Arquivo RAW. A palavra
raw em inglês significa cru.

Quando fotografamos em RAW, nosso


arquivo fica maior e mais pesado. Ele não salva
nenhuma informação de cor, nitidez, contraste e
outros no arquivo. Ele fica literalmente CRU.

É como um frango cru - que você pode


assar, fritar, empanar, cozinhar, desfiar, ou fazer o
que quiser!

Da mesma forma, o arquivo RAW permite


que você crie muitas possibilidades de cores e
tons na edição.

Página 196
Eu recomendo que você sempre fotografe
em RAW.

Do outro lado, temos o seu irmão caçula: o


JPEG.

Um arquivo JPEG é o formato universal


das imagens. Celulares, computadores e
impressoras geralmente leem apenas arquivos
JPEG.

Você jamais conseguirá postar no Instagram


um arquivo RAW. Ele precisa ser processado -
isto é: editado. Depois disso ele será exportado
em JPEG.

O Arquivo RAW está para um Arquivo .doc


assim como o Arquivo JPEG está para um Arquivo
.pdf.

Vamos ver agora os conceitos por trás das


ferramentas universais de edição:

Página 197
BALANÇO DE BRANCOS

Esse é o processo de calibrar as luzes de


uma imagem. O objetivo é ajudar a câmera a
mostrar como brancos os objetos que são de fato
brancos.

A luz pode se comportar como quente - isto


é, amarelada. Ou a luz pode ser fria, no caso
azulada.

O equipamento interpreta a luz do ambiente


do seu jeito, e quando ajustamos o Balanço de
Brancos estamos dizendo o que ela realmente é.

Porém, quando fotografamos em RAW -


conforme já recomendei - poderemos facilmente
ajustar isso na Edição.

Por isso sugiro sempre fotografar no


automático, e depois fazer os ajustes finos.

Página 198
Eu gosto de fazer uma coisa que seria
“teoricamente errado”. Gosto de deixar a
imagem um pouco mais amarelada, dando esse
tom mais quente.

Mas claro, isso é gosto pessoal.

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NÍTIDEZ

Nitidez é um tipo de ajuste de contraste


extremamente pequeno que é aplicado à nível de
pixel. Quando é bem feito ele traz à tona
detalhes para melhorar a imagem.

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Quando usado em excesso, pode trazer um
aspecto áspero chamado de ruído.

Eu gosto de usar imagens com bastante


nitidez.

Costumo usar nitidez entre 80 e 120. Claro


que cada equipamento muda, mas para o tipo de
foto que eu faço funciona muito bem.

Página 201
CONTRASTE

Na fotografia, contraste refere-se à


diferença entre os tons de preto e de branco.

O nível de contraste de uma foto pode


afetar o humor, a quantidade de detalhes, a
quantidade de saturação na cor, e também pode
ser usado para realçar o contorno e as formas

O contraste negativo busca aproximar o


preto do branco, deixando a imagem mais
acinzentada.

Enquanto isso, o contraste positivo busca


afastar o preto do branco, deixando a imagem
sem tons de cinza.

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E agora veja a imagem real, com o contraste
que ganhou um prêmio na FineArt Association em
2019.

Página 203
CLARIDADE (ESTRUTURA)

A claridade ou estrutura é uma forma de


contraste inteligente com nitidez.

Enquanto o contraste comum trabalha com


as diferenças de preto e branco e a nitidez
trabalha com o contraste do Pixel, a claridade
ajusta partes específicas da imagem, criando
contraste ao redor do Pixel escuro.

Em alguns apps, como no Editor Nativo do


Instagram, a Claridade é chamada de Estrutura.

Essa ferramenta é muito boa para suavizar


ou intensificar texturas.

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A diferença entre o antes e depois é sutil,
mas ao usar a ferramenta você conseguirá
entender melhor.

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SATURAÇÃO x VIBRAÇÃO

Quando falamos sobre cor, expliquei que


saturação é a intensidade da cor, que quando
em zero se torna cinza.

Por outro lado, temos a vibração - um tipo


de saturação inteligente.

Enquanto na saturação alteramos todas as


cores do espectro, na vibração não alteramos
as cores da pele.

Nossa pele é composta por uma mistura de


pigmentos laranja, amarelo e por último verme-
lho. E ela permanece intacta ao aplicar a
vibração.

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Também na saturação temos um aumento
linear, enquanto na vibração a alteração é
irregular.

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PRETOS/BRANCOS e REALCES/
SOMBRAS

Quando editamos os Brancos e Pretos, além


de alterar o Branco puro ou o Preto puro,
alteramos os tons claros e tons escuros da
imagem como um todo. Quase como se fosse um
ajuste personalizado da exposição.

Por outro lado, nem sempre precisamos


modificar todos os tons claros ou escuros da
imagem. Às vezes, não queremos tirar toda a
claridade ou mexer no branco absoluto. Nesse
caso vamos usar os Realces e Sombras.

Em resumo:

BRANCOS: Tons claros.


REALCES: Tons de alta luz.
PRETOS: Tons escuros.
SOMBRAS: Tons de baixa luz.

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CURVAS DE TONS

Existe uma maneira mais avançada de


trabalhar com sombras e realces, que são as
Curvas de Tons.

É um gráfico que permite criar ajustes


personalizados na sua imagem, usando o
Histograma.

O histograma é a representação gráfica


da luz na sua câmera e no seu aplicativo de
edição.

Página 210
No quadrante esquerdo temos a quantidade
de tons escuros, nos do meio os tons médios, e
no último quadrante a quantidade de tons
escuros.

Veja alguns exemplos:

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Note como praticamente todo o gráfico está
do lado esquerdo. Isso acontece pois a imagem
é praticamente toda Preta.

Página 212
Aqui temos o outro lado da moeda: uma
imagem com o histograma concentrado do lado
direito - e como a cor predominante dele é o
Branco e tons claros!

Perceba como praticamente todo o


histograma se concentra do lado direito.

Página 213
Enquanto o Histograma é a Representação
Gráfica da luz na fotografia, a Curva de Tons é a
Ferramenta que Altera o Histograma.

Quando alteramos para cima, adicionamos


luz. Quando puxamos para baixo, subtraímos
luz.

Divida a curva em 3 etapas.

Página 214
A primeira coluna, parte A, representa os
tons escuros. Ao mover para cima, os tons
escuros ficam mais claros. Ao mover para baixo,
ficam mais escuros.

A segunda etapa, Parte B, representa os


tons médios. Ao alterar essa parte estaremos
mantendo os tons claros e escuros e alterando
apenas os tons intermediários - para cima
clareando e para baixo escurecendo eles.

A terceira e última coluna, Parte C,


representa os tons claros. Ao criar um Ponto de
Alteração e mover para cima, clareamos os
realces. Ao descer, escurecemos os realces.

Faça muitos testes em muitas fotos para


entender na prática. Parece complicado, mas não
é!

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TONALIZAÇÃO DIVIDIDA

Você provavelmente já viu isso aqui no


editor do Instagram:

Isso é a Tonalização Dividida.

Nos permite acrescentar uma cor nos tons


claros ou escuros.

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Veja abaixo algumas simulações com
tonalizações extremas nos realces:

Agora a mesma simulação (ainda nos


realces) com o efeito mais ameno:

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Podemos fazer a mesma coisa nas sombras:

E por último, numa versão mais amena:

Página 218
GRANULADO

Este efeito cria um aspecto áspero, que


ajuda na simulação de nitidez e traz um efeito
artístico para a imagem.

Logicamente o efeito deve ser usado no


mínimo e serve mais como um ajuste fino. A
imagem a seguir traz um efeito exagerado para
fins didáticos:

Página 219
Página 220
Manipulação

Uma outra parte menos usada da Pós-


Produção é a manipulação.

Os conceitos sobre o assunto são bem


diversos. Cada fotógrafo tem a sua maneira de
pensar, e você tem toda a liberdade em escolher
usar ou não a manipulação.

Existem dois tipos de manipulação, a


clássica e a artística.

A manipulação artística é aquela que se


usa com o fim de criar algo claramente irreal ou
de criar um efeito inédito.

Veja alguns exemplos:

Página 221
Página 222
São fotos abstratas e todos sabemos que é
montagem.

Ou seja, ela não tenta te convencer de que


aquilo é real. Na verdade, o objetivo é justamente
o oposto: mostrar o irreal.

Enquanto isso, do outro lado temos a


manipulação clássica. Nela alteramos discreta-
mente alguns elementos, fazemos pequenas
melhorias e implementos para melhorar a foto.

No meu ponto de vista, não devemos fazer


nenhum tipo de manipulação de imagem que
altere o sentido real da história ou que altere
aspectos físicos permanentes.

Imagine tirar a pinta icônica da Marilyn


Monroe no Photoshop.

Por isso eu removo espinhas e machucados,


mas não altero características únicas da pessoa.

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A ideia é valorizar e não alterar.

Por exemplo: uma vez uma noiva me pediu


se eu conseguiria editar todas as fotos para
deixar ela 20kg mais magra em todas as imagens
do seu casamento.

Eu disse que seria possível, mas que além de


que seria caríssimo eu aconselhava ela a não
fazer. Porque ela casou com aquele corpo,
daquele modo, e isso faz parte da história
dela.

Meu trabalho é CONTAR histórias e não


inventar. Além do mais, todo mundo que estava lá
saberia que aquilo é mentira. Só que usando
Pixels invés de palavras.

Eu como profissional tenho um compromis-


so em contar a história do modo mais verdadeiro
possível.

Página 224
Por isso eu faço algumas vezes no
Photoshop uma manipulação discreta.

Uma boa edição é aquela que ninguém


percebe que foi alterada.

Por exemplo, algumas vezes removo extin-


tores, pratos de comida suja, cabos de energia,
placas de saída ou até algum inseto.

Afinal isso não ALTERA a história, apenas


deixa ela mais bonita!

Veja alguns exemplos de manipulações que


fiz:

Página 225
Por exemplo, eu não vejo problema nenhum
em remover esta placa que está atrapalhando a
composição a chamando a atenção.

Isso não afeta a história…

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Outra manipulação que eu fiz foi remover
esses transeuntes na praia da foto do casal:

Novamente, a presença deles aqui somente


atrapalha a imagem e são apenas pessoas
desconhecidas.

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Para fazer as edições vamos usar o Adobe
Lightroom e para fazer as manipulações vamos
usar o Adobe Photoshop.

São programas fáceis de usar e mexer, e no


Curso Fotografia na Prática mostro o passo a
passo de como usar cada um deles.

Página 228
Página 229
Backup
Agora que você já criou fotos lindas e
editou, está na hora de fazer cópias de
segurança delas.

Além da segurança contra assaltos, panes e


quedas, ter uma boa estrutura de backup te
permite organizar e encontrar imagens de um
modo fácil e rápido.

Um bom backup se baseia em 3 pilares


essenciais: Organização, Tamanho e
Segurança.

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#1 - Organização

Suas cópias de segurança precisam ser


organizadas para fácil acesso e consulta a
qualquer momento!

Para isso, eu sempre recomendo usar


NÚMERO e não palavras. Isso ajuda a criar uma
sequência em ordem de eventos ou por datas.

Eu gosto também de usar as etiquetas para


categorizar: Vermelho para “Em Edição”,
Amarelo para “Enviado para Aprovação do
Cliente” e Verde para “Entregue”

Você pode separar por categorias e criar


uma pasta de Favoritas, com atalhos para suas
melhores fotos.

Página 231
#2 - Leve

Agora não adianta seus backups serem


muito pesados, pois isso tudo torna caro e lento o
trabalho.

A melhor maneira de compactar arquivos


RAW é o programa DNG Converter.

Esse software gratuito da Adobe transforma


RAW bruto em DNG em poucos segundos.

E após a edição sempre recomendo que


exporte em DNG sem dados incorporados.

Página 232
#3 - Segurança

E por fim o seu backup precisa ser


extremamente seguro! Segue algumas ideias de
onde armazenar suas imagens.

NUVEM: Provedores como Google One,


Dropbox ou Amazon Storage entregam um alto
grau de armazenamento por um preço super
acessível.

HD EXTERNO: Tenha certeza que guardá-


los em um local seguro contra roubos, incêndios,
enchentes ou quedas. Se possível, tenha cópias
duplicadas.

DVD/PEN DRIVE: Essas são tecnologias


que se tornarão obsoletas em pouco tempo, por
isso não recomendo investir nisso.

Página 233
Página 234
Conclusão

Parabéns! Você deu o primeiro passo na sua


jornada da fotografia.

Lembre-se de continuar a praticar e treinar


tudo que foi explicado aqui. Com certeza depois
de ler o Manual Para Fazer Fotos Incríveis a
qualidade da sua fotografia vai evoluir de modo
absurdo.

Tenha em mente que o que você aprendeu


aqui foi apenas o básico, a porta de entrada.

Então não pare por aqui. Continue


aprendendo. Faça outros Cursos da
Universidade Fotográfica e com outras escolas
de fotografia.

Aprender com livros é um investimento


muito acessível por um conhecimento de alta
qualidade.

Página 235
Deixo o convite aqui também para você
conhecer o nosso Curso Fotografia Na Prática
- um treinamento completo de A a Z onde você
vai me acompanhar na jornada de Setar, Compôr,
Iluminar, Posar e Editar fotos como um
profissional.

Te desejo tudo de bom, e muito obrigado


por ter chego até aqui. Um grande abraço no seu
coração e boas fotos!

Klarck Lansing

Página 236
Página 237
Bibliografia

Livro Poses Perfeitas - Roberto Valenzuela


Livro Manual do Speedliter - Sal Arena
Livro O Olho do Fotografo - Michael Freeman
Livro Visão do Fotógrafo - Michael Freeman
http://www.matildefilmes.com.br/
https://pt.freelogodesign.org/
https://www.infoescola.com/
http://escolazion.com/
https://lightroombrasil.com.br/
https://flaticon.com.br
https://freepik.com
https://pexels.com
http://www.dicasdefotografia.com.br/
https://waltermattos.com
https://mccursos.com.br

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