Aula 01- Propriedades Mecanicas 2024 2

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Universidade Federal de Viçosa

Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica

MEC 111 - Ciências e Tecnologia dos Materiais


Prof. Joseph Kalil Khoury Junior
Aula - Propriedades Mecânicas

Parte I - Ciências e Engenharia de Materiais


Parte II -Resistência dos Materiais
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS

Mecânicas : Resistência Mecânica; Elasticidade;


Físicas Plasticidade; Ductilidade; Fragilidade; Dureza;
Tenacidade; Densidade.

Térmicas : Ponto de Fusão (Fusibilidade); Ponto


de Ebulição; Dilatação Térmica; Condutividade
térmica e difusividade térmica.

Elétricas :Condutividade e Resistividade elétrica.

Óticas : Resposta a radiação eletromagnética no


visível
Magnéticas: Fenômeno relacionado aos
materiais em se atrair ou repelir, como os
ferromagnéticos.
Químicas Resistência à corrosão e degradação
01
Anisotropia – Os valores das propriedades físicas dos
monocristais de algumas substâncias dependem da direção
cristalográfica na qual as medidas são tomadas.
As propriedades como, resistência mecânica, rigidez, refração,
condutividade elétrica, podem ter valores diferentes em certas
direções. Materiais como compósitos e madeira são anisotrópicos.
Substâncias Isotrópicas, as propriedades medidas são
independentes da direção.
Para maioria dos materiais policristalinos as orientações
cristalográficas dos grãos são aleatórias. Assim uma amostra
composta pelo agregado de grãos se comporta de maneira
isotrópica.
Formação aleatória de
grãos na solidificação-
resulta em propriedades
isotrópicas
Propriedades mecânicas
• Definem o comportamento de um material
quando sujeito a esforços mecânicos.
• Tipos de esforços:
– Estático: aplicação esforço lentamente – tração,
compressão, flexão, cisalhamento, torção e
dureza
– Dinâmico: Considera o tempo de aplicação da
força - esforço por impacto e acelerações
– Fadiga: esforços repetidos ou variáveis
Solicitações dinâmicas
Energia potencial
Norton, R.L., Projeto de Máquinas, , 2013
Solicitações dinâmicas
Mecanismo de barras articuladas
Norton, R.L., Projeto de Máquinas, , 2013
Propriedades dinâmicas
Came seguidor
Norton, R.L., Projeto de Máquinas, , 2013
Propriedades mecânicas padrões

 Resistência a tração, a compressão e ao cisalhamento


 Resistência a Fadiga
 Módulo de elasticidade–medida de rigidez na região elástica
 Ductilidade – grande deformação na zona de escoamento
 Fragilidade – pequena deformação na zona de escoamento
 Elasticidade – capacidade de deformar e voltar a forma original
 Resiliência – capacidade de suportar grandes cargas dentro da zona elástica
 Plasticidade – capacidade de deformar e manter a forma sem romper
 Tenacidade – capacidade do material absorver energia sem ruptura
 Dureza - resistência a penetração
 Massa especifica
Sede de carga

Propriedades mecânicas
Extensômetro
Ensaios: Corpo de
prova
1)Tração
2)Compressão
3) Cisalhamento direto e Torção
Cabeçote
4) Flexão móvel

São representados pela curva de Tensão x Deformação


Máquina de ensaio de tração
para corpos de prova e para
peças em tamanho real
Videos:
http://youtu.be/wgoU-UJpj90
Propriedades mecânicas - Ensaio de Tração ou Compressão
Limite de Resistência (S) - Medida da tensão (σ) requerida para deformar o material até a falha:

Tensão uniforme em uma seção

1)Tensões de Tração Pura (+): Força axial de tração em uma única direção, N = x

σx σx
F F

FN – Força normal a AN
AN - Área da seção perpendicular ao corpo de prova antes de deformar
(TENSÃO DE ENGENHARIA, NÃO CONSIDERA STRICÇÃO DA SEÇÃO)

2) Tensões de Compressão Pura (-): Força axial de compressão


σx σx

F F
Propriedades mecânicas - Diagrama de ensaio de Tração ou Compressão
B
Su

Sr
R
Se B

A
lf − l 0
Tração Compressão ε=
l0
o Deformação especifica (ε) ε

No intervalo de OA  Ocorre a deformação elástica, tensão é diretamente proporcional a


deformação, em que:  = E . 
E = modulo de rigidez (constante de proporcionalidade na fase elástica)
No intervalo de AB Ocorre ainda deformação elástica, porém não proporcional, Sesc.
No intervalo de BR  Ocorre a deformação plástica
S – Resistência a tração (u =última; r = ruptura e e=escoamento)
Propriedades mecânicas - Ensaio de Tração ou Compressão

Diagrama Tensão-Deformação
• Materiais Frágeis (não apresenta escoamento) Para materiais onde não aparece
• A – limite de proporcionalidade o fenômeno de escoamento
σαε claramente, usa-se o “limite
• B – limite de elasticidade (além convencional n”.
desse ponto a deformação é plástica e
entre A e B a linha não é perfeitamente
reta)
• C- Resistência ao escoamento D
convencional – deformação
0,2% - para os aços C R

• D – Resistência a tração
(última)
• R – Resistência a ruptura
A
F = força aplicada lentamente no
corpo de prova
E
AN=área inicial da seção do corpo
de prova
Propriedades mecânicas - Ensaio de Tração ou Compressão

Diagrama Tensão-Deformação

Limite escoamento convencional n

• n = 0,2% é o mais comum


• n = 0,1%, aços de médio a C
alto teor de carbono ou
ligas não-ferrosas duras
• n = 0,5%, cobre e suas
ligas (perpendicular ao E
eixo y)
• Citar o método ou a norma
Deformação especifica
Propriedades mecânicas - Ensaio de Tração ou Compressão

Diagrama Tensão-Deformação
• Materiais dúcteis
quando apresenta a fase de escoamento
D
• A – limite de proporcionalidade
R
• B – limite de elasticidade A=B=C Fe
S esc =
AN
• C- Resistência ao escoamento
• D – Resistência a tração última
• R – Resistência a ruptura
• E - modulo de rigidez – medido na E
zona elástica

Zona Zona
Zona
elástica plástica
escoamento
Diagrama Tensão-Deformação Verdadeiro
A deformação real é uma sequência de etapas de carregamento onde o corpo alonga-se de um valor Δl.
Tomados intervalos Δli muito pequenos, ou seja, aumentando indefinidamente o número de etapas i, ou
seja, o corpo alonga-se de um intervalo li muito pequenos, aumentando o numero de etapas i, a
deformação pode ser definida como (https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6534-tensao-e-
deformacao-verdadeiras):

Tensão Verdadeira

Tensão Convencional

ε = deformação específica convencional (ENGENHARIA)= (l-lo)/lo


real = deformação específica real
lo = comprimento inicial corpo de prova
l = comprimento do corpo de prova a uma determinada carga
Diagrama Tensão-Deformação Verdadeiro
Admitindo que durante a deformação, o volume da amostra permaneça constante,
volume inicial = volume final, Vo=V
So lo = S l = constante,

logo : (1)

 = deformação específica
convencional
real = deformação específica real
So = área da seção transversal original
S = área da seção transversal real sob
uma determinada carga
 = Tensão de engenharia
Propriedades mecânicas - Ensaio de Tração ou Compressão

Diagrama Tensão-Deformação

Ductibilidade e fragilidade – capacidade do material se deformar


sem romper, sofre grandes deformações plásticas – material ideal
para processos de fabricação por conformação – estampagem,
dobramento, forjamento etc.
medidas – alongamento εmax = (L-Lo)/Lo ou estricção (S-So)/So
> 5 % de alongamento máximo – considerado material dúctil.
Propriedades mecânicas - Ensaio de Tração ou Compressão

Diagrama Tensão-Deformação

Resiliência (elasticidade) – é a característica do material em suportar grandes cargas


dentro da zona elástica ou capacidade de absorver energia sem deformação
permanente – para aços carbono varia de 35 a 120 MJ/m3

Medida -
Propriedades mecânicas - Ensaio de Tração ou Compressão

Diagrama Tensão-Deformação

Tenacidade - é a característica do material em suportar grandes cargas


incluindo a deformação plástica ou a capacidade do material absorver
energia até a ruptura

Inclui a energia gasta na deformação plástica (área do


trapézio)

S esc + S ruptura
ε f joules/ m3
2
Propriedades mecânicas - Ensaio de Tração ou Compressão

Diagrama Tensão-Deformação
Resiliência e Tenacidade Resiliência

Se

http://www.marcoscassiano.com/eng/index.php/painel/resistencia-dos-materiais/)
Diagrama Tensão-Deformação
Utilização prática
Diferentes limites de resistência para ligas de Fe-C(Aços)

baixo carbono – dúctil e tenaz

alto carbono – Se mais elevado que o de baixo C, porém baixa tenacidade, difícil deformação plástica.

E(rigidez) manteve constante


Tensão admissível all = Se/ C (materiais dúcteis) all = Sr / C (materiais frágeis)
http://www.marcoscassiano.com/eng/index.php/painel/resistencia-dos-materiais/)
(2)Tratamentos
térmicos

Q (quenched)
T (tempered)

Temperado e revenido

Normalizados

Recozido

(8) – Dureza Brinell

(1) Especificação Temperatura revenido Resist.Tração Resist. ao Alongamento Redução Dureza


Máxima Escoamento Máximo Seção Brinell
Outros – tabelas para ferro fundido, madeira (Long, Tang, Radial) etc.
Características Mecânicas à temperatura Ambiente de Alguns dos polímeros mais comuns.tab916.1
Obs.Ensaio de tração Dens. relativa Modulo de Rigidez Resist Tração Resist.Escoamento Along. max.

Polietileno

Cloreto de polivinila

Politetroafluoroetileno

Polipropileno

Poliestileno

Polimetil metacrilato

Formol-formaldeído
Gráfico de Tensão X Deformação para Polímeros

Sr
Se

Figura 1 – Comportamento tensão X Figura 2 - Curva esquemática de tensão


deformação para polímeros: x deformação para um polímero
plástico mostrando como os limites de
Polímeros frágeis (curva A), polímero elasticidade (Se) e de resistência à
plásticos (curva B) e polímero ruptura (ou máxima) são determinados
altamente elástico (elastômeros -curva (Sr).
C).
Variação das propriedades mecânicas do polimetil
metacrilato (acrílico) com a temperatura.
Gráfico de Tensão X Deformação para Cerâmicos
Propriedades Mecânicas típicas de vários metais e
ligas em estado recozido
Ligas metálicas Limite de escoamento Limite de Tração(última) Alongamento em %

Alumínio
Cobre
Latão (Cobre + Zn)
Ferro
Níquel
Aço 1020 - 10 liga pura Fe – C
20 – 0,2 % C
Titânio
Molibdênio
Metais X Polímeros
Módulo de Elasticidade (E):
Metais : varia entre 48 e 410 GPa
Polímeros: varia entre 0,007 GPa e 4 GPa

Limite de Resistência à tração Sr (σmax):


Metais : máximo atingido entorno de 4100 MPa;
Polímeros: máximo atingido estão na ordem de 100 MPa;

Deformação (ε):
Metais : Raramente se alongam de maneira plástica além de 100%
(Aços – 8 a 30 %);
Polímeros : Polímeros muito elásticos podem apresentar
alongamentos até 1000 %.
Seleção de materiais no projeto mecânico / Michael Ashby, 2012, Tradução- Arlete Simille)
Seleção de materiais no projeto mecânico / Michael Ashby, 2012, Tradução- Arlete Simille)
Seleção de materiais no projeto mecânico /
Michael Ashby, 2012, Tradução- Arlete
Simille)
Seleção de materiais no projeto mecânico / Michael Ashby, 2012, Tradução- Arlete Simille)
Seleção de materiais no projeto mecânico / Michael Ashby, 2012, Tradução- Arlete Simille)
Seleção de materiais no projeto mecânico / Michael Ashby, 2012, Tradução- Arlete Simille)
Seleção de materiais no projeto mecânico / Michael Ashby, 2012, Tradução- Arlete Simille)
Seleção de materiais no projeto mecânico / Michael Ashby, 2012, Tradução- Arlete Simille)
Seleção de materiais no projeto mecânico / Michael Ashby, 2012, Tradução- Arlete Simille)
Modulo de Elasticidade (E) e de cisalhamento (G), e Coeficiente
de Poisson (μ) para várias ligas metálicas a temperatura ambiente

(E) (G) (µ)

Latão (Cobre + Zn)

Aço (Fe + C)

E=2G(1+μ )
em que:
Modulo de Poisson, μ, é definido como sendo a razão entre as deformações lateral e axial
Propriedades - Exercício
Um aço carbono tratado termicamente (têmpera e resfriamento na água) foi submetido ao ensaio de tração
(quadro abaixo). O diâmetro original da amostra era 12,5 mm e o diâmetro final 11,6 mm. Usando
um instrumento de medida de 50 mm, obtiveram-se os seguintes dados (alongamento abaixo
corresponde ao ΔL): Carga Alongamento Carga Alongamento
(kN) (mm) (kN) (mm)
25,9 0,051 88,6 0,508
36,0 0,071 93,4 0,711
46,6 0,092 98,8 1,016
54,4 0,107 107,2 1,524
70,8 0,152 113,5 2,032
74,8 0,203 117,5 2,541
80,5 0,305 121,0 3,048
85,0 0,406 123,3 3,560

Faça o diagrama tensão (MPa) x deformação(%) em um gráfico de coordenadas


perpendiculares e determine as propriedades abaixo em unidades do SI :
1)Limite de escoamento convencional a 0,2%; yield strength
2)Módulo de elasticidade; modulus of elasticity
3)Limite de tração ou tensão última (máxima); tensile strength
4)Limite de tensão de ruptura;
5)Ductilidade pela área;
6)Ductilidade pelo alongamento;
7)Resiliência;
8)Tenacidade;
9)Material é dúctil ?
Propriedades mecânicas
Resistência ao Cisalhamento (Ss)
• Ensaios cisalhamento puro:
– Cisalhamento direto, ou
– Torção

• Quando não se dispõe deste ensaio:


– Dúcteis: 75% da resistência a tração
– Frágeis: 10 a 20% superior a resistência a tração

Cisalhamento direto e Torção

Fx
Fx

τyx τyx
Ao

τxy τxy
τyx τyx
Propriedades mecânicas - Ensaio de Cisalhamento puro
Limite de Resistência ao cisalhamento (Ss) - Medida
da tensão (τ) requerida para deformar material até a
falha:

Fx – Força tangente a A0
Ao - área da seção transversal ao corpo de prova
Na fase elástica a tensão cisalhante é diretamente proporcional a
deformação angular (γ)

Fx Fx

F
τyx
d
h τxy τxy

τyx
Propriedades mecânicas - Ensaio de Cisalhamento por torção
Limite de Resistência ao cisalhamento por torção (Ss) - Medida da tensão (τ) requerida
para deformar material até a falha:
Resistência ao cisalhamento(Ss) τyx

τxy τxy

τyx

T = Torque ou momento torçor


r = distância radial do centro do corpo de prova à superfície
J = momento de inércia de área polar

Tensão cisalhante
Na fase elástica a tensão cisalhante é diretamente proporcional a
deformação angular ()

Deformação angular

Deformação angular
Tensões normais() em vigas sob flexão pura (M)
Considerações

• Flexão pura
• Material isotrópico e homogêneo
• Material obedece a lei de Hooke
• A seção transversal é constante ao longo do
comprimento
• A viga tem um eixo de simetria
• As proporções da viga são tais que esta falharia por
flexão, mas não por esmagamento
• As seções transversais planas da viga permanecem
planas durante a flexão.
Viga reta em flexão positiva

Formulação das tensões em vigas sob flexão


- Viga experimenta momento fletor positivo
- Eixo y é de simetria e o eixo x coincide com um plano (xz) denominado plano neutro
- Os elementos pertencentes ao plano (xz), que contém o eixo neutro, as tensões são nulas
- Retas AB, antes da flexão, e A’B’, depois da flexão, inclina-se em dø.
-  é o raio de curvatura do eixo neutro.
Viga reta
em flexão
positiva

Momento de reação é igual a soma y dF

Segundo momento de área

Utiliza-se em Curvatura de curvas


deflexão de vigas planas
Tensões de flexão pura:

Tensões de flexão pura:


Deflexão em Vigas
Assim, integrando
duas vezes a função
momento tem-se a
deflexão em vigas.

Serão utilizadas funções


singularidades nas
integrações.
Tensões de flexão pura:

Z é outra maneira de representar  da forma I/y sendo y=c


Tensões de flexão pura:

O segundo momento de
inércia para eixos
passando no centróide
de área (linha neutra) de
seções simétricas são:
Propriedades mecânicas - Ensaio de flexão
Limite de Resistência a flexão (Sfl) - Medida da tensão (σ) requerida para deformar material até a falha

σx σx

σx σx
Propriedades mecânicas - Ensaio de flexão

Na fase elástica o deslocamento vertical (y) ou flexão de uma viga se relaciona com o momento fletor (M), módulo de
rigidez elástico (E) e momento de inércia de área (I), com a seguinte equação diferencial, sendo  a curvatura de flexão.

Para um ensaio em que o corpo de prova esta bi-apoiado e submetido a uma força F aplicada em seu centro, o
momento fletor é dado por M = F.x / 2 de [ 0 L /2 ].
Integrando a equação diferencial acima e substituindo x = L/2, cujo M é máximo, tem-se o deslocamento (y) da
viga em x=L/2, respectivamente:

x = [0 L/ 2 ]
Tensão Normal

O valor de E é calculado nesta região a partir


da equação de y em f(F,x,E,I)
Y
y(x=L/2)
X
Deformação vertical (y)
Resistência a ruptura na flexão e módulo de elasticidade para dez materiais
Cerâmicos Usuais:

Resistência a flexão Módulo de rigidez

= kpsi
Módulo de elasticidade para alguns materiais usuais na
engenharia:
Propriedades mecânicas - Ensaios
Exercícios: Determinem na fase elástica (antes do escoamento) os valores máximos de
deformação: (1) linear (Δl=lf - li ); (2) ângulo de torção ( ); e (3) deflexão (y), nas condições de
esforços abaixo em uma barra de 50 cm de comprimento e D= 2 cm, cujo material tem rigidez
elástica de E =80 GPa.
Sabe-se que E e G relacionam-se da seguinte formal:

li = 500 mm
1) F=400 N

2)
T= 80 N.m

y
F=400 N
3)
x

Momento fletor é dado por: M= F.(x - l) ; x = [0 l ]

Determine a flexão(y) máximo, ou seja, para x= l

Respostas 1,2 e 3, respectivamente: 0,00796 mm; 0,083 rad; - 27 mm.


Sistemas de Classificação de Aços
• ABNT1
• SAE2, ASTM3 e AISI4 (Americano)
• DIN(Alemanha); EN(Europa); NF (França) etc.

1 Associação Brasileira de Normas Técnicas


2 Society of Automotive Engineers

3 American Society for Testing and Materials

4 American Iron and Steel Institute


Aços ABNT
• Baseou-se no sistema americano (SAE e
AISI) • Exemplo:
Os dois primeiros algarismos o tipo de aço
(composição) e os dois últimos o teor de carbono
– 1120 – aço de usinagem
multiplicado por 100 fácil, ao enxofre, com
0,20% de carbono médio
• Até 1% de carbono: – 3130 – aço liga
– 4 algarismos
0,30% de carbono
– 10xx – Aço-carbono, com 0,xx % de C
1,75% Ni – 1,0% Cr
– 20xx – Aço Níquel, com 0,xx % de C e 0,5 Ni
- 31xx – Aço Ni-Cr, com 0,xx % de C e 1,75 Ni –
1,0 Cr –Inoxidável - 52100 - 1,5% Cr e 1% de
carbono
• Acima de 1% de carbono:
- 52xxx –Aço cromo, com x,xx % de carbono
– Tabelas
www.diferro.com.br/saiba_tipos.asp
Sistemas de classificação de Ferro Fundido ASTM e ABNT

20 kPSI
Ferro Fundido Cinzento
Classificação ABNT
• FC seguidos de algarismos indicativos dos
limites mínimos de resistência à tração
• A resistência depende da dimensão da peça
• Tabelas
Ferro Fundido Cinzento - ABNT
Ferro Fundido Cinzento
ABNT NBR 6916
Ferro Fundido Nodular - ABNT
Ferro fundido nodular
ABNT - NBR 6916
FE (esferoidal) 38017
FE 50007 – ferro fundido nodular Sr 500 MPa
e 7% de alongamento
Ferro Fundido Maleável - ABNT

Exemplo:
FMBF-3204 –Ferro fundido maleável de núcleo branco
FMPF-3006 - Ferro fundido maleável de núcleo preto
Mudança das Propriedades Mecânicas
com a Temperatura (NBR 14323)
Propriedades mecânicas
Ensaio de Fadiga
Propriedades mecânicas
Ensaio de Fadiga
Propriedades mecânicas
Ensaio de Fadiga
(kpsi)
Ensaio de Fadiga
Relação entre resistência última a tração e limite de fadiga

Aços carbono
Aços ligas
Ferros
forjados
Limite de
Resistência
a fadiga

Sn’, kpsi

Resistência última a tração, Sut, kpsi ( = Srt)


* Aços:
S’n = 0,50 Srt Srt  1.400 MPa
S’n = 700 MPa Srt > 1.400 MPa

* Ferro Fundido * Ligas de Aluminio (Srt ~= 330MPa) e cobre (280 MPa)


S’n = 0,40Srt Sf’= 0,3 a 0,4 Srt (n = 5*108 ciclos)
Ensaio de Fadiga de um Al para diversas razão de tensão (Tmin/Tmax), os coeficientes de Marin são baseados na
RT = 1, correspondente a tensões totalmente reversa ou alternada, Tmin=Tmax.
A RT=0 corresponde tensões pulsante, Tmin=0, Tmax=Tensão pulsante. Quando tem-se a RT correspondente ao
esforço, não estima-se o Sn’=0,5xSr. Utiliza-se o valor real.
Ensaio de Fadiga
Gráfico log - log
Limite de Fadiga – Sn’ – Vida infinita
Resistência à fadiga – Sf’ - Vida finita

Sf’
Resis-
tência a
fadiga Sn’
Limite de Fadiga
Ensaio de Fadiga

Às vezes é ineficiente projetar


a peça para uma vida infinita
(Sn’), pois a peça será
submetida a um número finito
de ciclos (Sf’).

Sn’
Exemplo:
O limite de resistência à fadiga de uma peça é 112 MPa e sua resistência a
tração é 385 MPa. Qual será a resistência à fadiga correspondente a uma vida
finita de 70 x1000 ciclos?
Falha por Fadiga
Falha por Fadiga
Falha por Fadiga
Redutores de limite de resistência a fadiga
Sn = ka.kb.kc.kd.ke. k.kg S’n
Sn = Limite à fadiga da peça; S´n = Limite à fadiga do corpo de prova;
ka = Fator de superfície;
kb = Fator de tamanho;
kc = Fator de carga;
kd = Fator de temperatura;
ke = Fator de concentração de tensão;
k = Fator de confiabilidade
kg = Fator do ambiente (corrosão) - redução da resistência também para
cargas estáticas.
(Shigley, 2005)
Falha por Fadiga

a)Fator de superfície
Corpo de prova = superfície altamente polida e um polimento final na direção axial

Srt = limite de ruptura à tração;


a, b = constantes que dependem do tipo de superfície (Tabela 1).
Tipo de Acabamento Fator a Fator b
Mpsi MPa

Retificado 1,34 1,58 -0,085


Usinado ou laminado a frio 2,70 4,51 -0,265
Laminado a quente 14,4 57,7 -0,718
Forjado 39,9 272 -0,995
Falha por Fadiga
b) Fator de tamanho
Corpo de prova = diâmetro igual a 7,62 mm

Para seções não circulares


Considere d como a menor dimensão da seção reta
Falha por Fadiga

c) Kc= Fator de carregamento


Corpo de prova = flexão alternada pela rotação
Falha por Fadiga
d)Fator de temperatura kd
Temperatura,
oC

20 1,000
50 1,010
100 1,020
150 1,025
200 1,020
250 1,000
300 0,975
350 0,927
400 0,922
450 0,840
500 0,766
550 0,670
600 0,546
Falha por Fadiga

Sensibilidade ao entalhe (q) – Tabelas em função do material e raio de entalhe para metais.
q = 1,0 (para raios de curvatura superior a 0,16 pol. e não ter dados confiáveis dessa grandeza )
q = 0,2 (Os ferros fundidos tem baixa sensibilidade a entalhe)

O fator de concentração de tensão (Kf ) deve ser aplicado ao limite de resistência


estática somente quando os materiais são frágeis.
Falha por Fadiga - Sensibilidade ao entalhe
Falha por Fadiga - Sensibilidade ao entalhe
Concentração de Tensão (Kt)

Falha por fadiga (esforço de tração – furo em seção retangular)

d/w
Falha por fadiga (momento fletor - furo em seção retangular)

Falha por fadiga (força de tração - entalhe em seção retangular)


Falha por fadiga (momento fletor e torçor - entalhe em seção circular)
Falha por fadiga
Eixo redondo com
rebaixamento com
raio de entalhe D/dD/d

r/dr/d
Falha por fadiga

Esforços de momento
fletor e torçor
Falha por Fadiga
f)Fator de confiabilidade

α = probabilidade
cv = coeficiente de variação em decimal , para aços pode-se considerar cv= 8%
Z α = variável padronizada
Falha por Fadiga
Exemplo: Uma barra de aço AISI 1015, laminado a frio, resistência à
ruptura de 390 MPa, possui seção quadrada de 1 polegada e um furo
de 1/10 pol atravessando a seção.
A)Determine o limite à fadiga da peça submetida a tração alternada, a
uma temperatura ambiente de 50 oC e para uma confiabilidade de
95%.

Sn = (0,93)x(0,85)x(0,923)x(1,0)x(0,37)x(0,87) 195 MPa= 45,1 Mpa

B) Considerando um fator de segurança de n=1,8. Qual a força


máxima admissível nesta barra para o esforço estático ou fadiga?
Propriedades mecânicas
Dureza

• Diversas definições
– Resistência à penetração
– Resistência à ação do risco
– Resistência à abrasão
– Resistência ao corte

• É um teste não destrutivo – é muito usado para


controle de qualidade
Propriedades
mecânicas
Dureza
Penetrador Impressão na peça
Ensaios de Dureza
• Dureza Brinell
• Boa relação com o ensaio de
tração 2P 2
H= kgf /mm
πD( D − √D − d )
2 2
• Representada por H
• 0,3D < d < 0,6D
• O valor de P e D são
constantes
• Mede-se d
P/D2 = constante

Mede-se d (diâmetro da impressão) ! desde que, 0,3D < d < 0,6D


Para aços e suas ligas uma estimativa prática pode ser relacionada:
St(limite de resistência a tração) MPA= 3,6 x HB kgf/mm2
St(limite de resistência a tração) MPA = 0.36 x HB MPa
Ensaios de Dureza
• Dureza Rockwell • Escalas Rockwell
– É o mais utilizado • Escala A
– O valor da dureza é um
• Escala B
número proporcional à
profundidade de penetração • Escala C
– Leitura no mostrador do
aparelho
– Penetrador é menos 
destrutivo • Escala H
– Apropriado para materiais
com acabamento
Dureza
Rockwell Diamante
Cone 120º

Exemplo - 45 HR C Diamante
Cone 120º

Diamante
Cone 120º
Ensaios de Dureza
• Utilizado em controle de qualidade: condições
de fabricação, tratamentos térmicos,
uniformidade de materiais, análise em peças
fraturadas etc.
• Para peças usinadas e acabadas - Rockwell
.
Propriedades (Dureza, Resistência tração, Alongamento) x
% C em ligas Fe-C
Propriedades X Elementos de liga
Propriedades x Tratamento Térmico
Ensaio de Impacto
• O “impacto” ou “choque” representa um esforço de
natureza dinâmica, ou seja, a carga é aplicada repentina e
bruscamente.

• Mede-se a energia absorvida por uma amostra do material,


quando submetida à ação de um esforço de choque de
valor conhecido
Ensaio de Impacto
• Os ensaios mais comuns são de Charpy e de Izod, dependendo da
configuração geométrica do entalhe e do modo de fixação do corpo-de-
prova em um martelo pendular.
Ensaio de Impacto
• Maquinas de ensaio instrumentadas possibilitando relacionar o
comportamento de força e energia em função do tempo
Ensaio de Impacto
• Aplicação importante deste ensaio é a caracterização do comportamento dos materiais, na
transição da propriedade dúctil para a frágil como função da temperatura, muito utilizado em
indústrias bélicas e navais, e, em estruturas submetidas a grande variação de temperaturas.
• Fratura frágil (baixa absorção de energia) X Fratura dúctil (alta absorção de impacto)

Região
de
transição
Ensaio de Impacto
• Efeitos de concentração de tensão são maiores em materiais frágeis. Algumas
uniões de chapas soldadas foram trocadas por uniões por rebites ou parafusos,
pois defeitos de soldagem nas uniões forma-se maior concentração de tensões
e iniciasse a falha em materiais frágeis.
Ensaio de Impacto
• Variação da temperatura X Energia de Impacto de Charpy
para aços de diferentes % de carbono
Bibliografia

• Callister, W. D., Ciências e Engenharia de Materiais Uma


Introdução. 5a edição, Editora LTC, Rio de Janeiro, RJ, 2002.(
620.11 C162C).
• Garcia, A. et al. Ensaios dos Materiais. Editora LTC, 2000.
• Tecnologia Mecânica, Vol. 1, 2 e 3. Vicente Chiaverini. McGraw-
Hill. 1977.
• SHIGLEY, Joseph. E.; MISCHKE, C.R.; BUDYNAS, R. G.
Projeto de Engenharia Mecânica. Bookman Companhia Editora.
2005;
• Norton, R. L. Projeto de Máquinas, Artmed Editora S.A. 2004.

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