Cultura das danças do Brasil por Regiões

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Cultura das danças do Brasil por Regiões

Região Sul:

A cultura da região sul é formada pela influência dos imigrantes portugueses, alemães
e italianos. A primeira dança a chegar foi o fandango e, por meio dele, as demais. Tem como
características principais o sapateado forte e movimentos velozes e ágeis. A seguir temos sete
exemplos de danças nessa região.

Chula: Hoje, ela é conservada como patrimônio gaúcho. Interpretada por vários grupos
de dança e entidades culturais. Grande destaque nas competições e festivais. Sua valorização é
muito importante para manter viva a cultura brasileira e do povo sulista.

Vanera: Tem origem do ritmo cubano habanera em Havana, Cuba. É primeira música
Afro-latino-americana. Foi adaptada na Europa e trazida pelos portugueses e espanhóis aqui
para o sul.

Mazurca: É dançada por casais, tem origem polonesa, um ritmo rápido e envolvente. A
vestimenta é com roupas medievais e é tocada por violinos e gaitas gaúchas.

Chimarrita: Dança de origem portuguesa, trazida do século XIX com passos parecidos
com o da valsa. Depois o peão e a prenda começam a dançar separados e em direções opostas.
Hoje é marcada pelo sapateado e pelas palmas dos casais em fila.

Milonga: é caracterizada pelo romantismo, similar ao tango, tocada normalmente em


uma viola. Surgiu no Uruguai e na Argentina.

Fandango: Tem origem portuguesa com alguns traços indígenas. Nela os dançarinos se
organizam em roda e depois começar a dançar uma valsa. Depois começam a bater palmas e
sapatear.

Marchinha: Tem ritmos muito característicos da cultura alemã, utilizando teclados e


saxofones. Pertence ao gênero bandanejo. Quem nunca ouviu “Talvez esteja em Jaraguá,
Joinville ou Blumenal, lá por Santa Catarina.”.

Região Sudeste:

A cultura da região sudeste é muito ampla, são vários imigrantes, mas se destacam os
portugueses, italianos, japoneses e africanos. Além de ter grande influência indígena. Na dança
é principalmente influenciada pelos africanos e indígenas.

Mineiro Pau: O Mineiro Pau tem origem nas lavouras de café cultivadas por
escravizados africanos em cidades na divisa entre Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Cana Verde: Ela chegou no Brasil na época do ciclo da cana-de-açucar, no século XVI, e
possui origem portuguesa com influência espanhola. Aqui no Brasil, ela é muito conhecida e
praticada nas regiões sul, sudeste e nordeste.

Xiba: Com origem no litoral norte do estado de São Paulo, a dança Xiba se assemelha a
uma dança de quadrilha, de modo que os participantes se organizam em uma formação
circular. Também chamada de “dança de roça ao ar livre”, seu ritmo é ao som de violas, violão,
pratos, pandeiros, cavaquinhos e até sapateados.

Bate Flechas: A dança Bate Flecha é uma expressão cultural presente em vários
municípios capixabas, a arte mistura elementos dos rituais indígenas, da cultura africana e do
catolicismo.

Funk: O funk é um estilo musical que surgiu através da música negra norte-americana
no final da década de 1960. Na verdade, o funk se originou a partir da soul music, tendo uma
batida mais pronunciada e algumas influências do R&B, rock e da música psicodélica.

Jongo: O jongo, ou caxambu é um ritmo que teve suas origens na região africana do
Congo-Angola. Chegou ao Brasil-Colônia com os negros de origem bantu trazidos como
escravos para o trabalho forçado nas fazendas de café do Vale do Rio Paraíba, no interior dos
estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

Samba: O samba é um gênero musical com origem na cultura africana presente em


nosso país. A primeira ligação sobre as origens do samba está relacionada com rodas de dança
realizadas pelos escravos africanos no Brasil. Entre as danças praticadas estão o lundu, o coco,
o fandango, entre outras.

Região Nordeste:

A cultura do Nordeste apresenta características próprias herdadas da interação da


cultura dos colonizadores portugueses, dos negros e dos índios.

Frevo: O frevo tem origem no século XIX na cidade de Recife, em Pernambuco. Foi
decorrência da rivalidade entre as bandas militares e os escravizados que tinham se tornado
livres. A palavra frevo surge como uma corruptela do verbo ferver (frever) isso porque o frevo
é uma dança frenética, de ritmo muito acelerado.

Torém: O Torém é um ritual sagrado e ancestral considerado um símbolo de


resistência. Muitos de seus cantos estão na língua nativa e foram baseados na vivência do
povo Tremembé, na sua relação com a natureza, inspirando-se em animais, plantas e no
período da colheita do caju azedo, base da bebida sagrada Mocororó.
Cacuriá: O Cacuriá, ou Cacuriá de Dona Tetê, é uma dança típica do estado do
Maranhão. Embora já seja parte constituidora do folclore brasileiro, sua origem não remonta
mais do que quarenta anos atrás. Essa dança é apresentada durante a Festa do Divino Espírito
Santo da região.

Caboclinho: Caboclinhos é uma manifestação folclórica de rua, na qual os participantes


saem dançando pelas ruas da cidade com o objetivo de levar alegria e euforia por onde
passam. Inicialmente, foi criada como uma homenagem aos primeiros habitantes
de Pernambuco, mas posteriormente passou a ser incorporada por outros estados
nordestinos, como o Rio Grande do Norte e Alagoas.

Ciranda: A ciranda é muito conhecida no país inteiro, sendo um dos mais populares
tipos de danças típicas da região Nordeste do Brasil. Tem sua origem no estado de
Pernambuco, e foi criada por esposas de pescadores que dançavam na vila enquanto
aguardavam a chegada dos mesmos. Os dançarinos de ciranda formam um círculo, seguindo
em um ritmo simples e agradável.

Pastoril: O Pastoril é um tipo de dança portuguesa, trazida pelos imigrantes europeus à


região Nordeste por volta do século XVI. É uma mistura de danças, músicas e atuações, na qual
conta-se a história do nascimento do menino Jesus. Por conta da temática, é geralmente
apresentado na época do Natal.

Forró: A história do forró data do final do século XIX. Segundo consta, durante as
construções das ferrovias nordestinas, engenheiros e trabalhadores da empresa Great
Western – empresa britânica que atuava no ramo ferroviário – realizavam bailes para os
trabalhadores e moradores locais. Tais bailes eram denominados Dance for all, (que em
português significa “dança para todos”) mas acabavam-na por chamar de “for all”.

Região Centro Oeste:

Tem influência indígena, espanhola, africana, portuguesa e de territórios vizinhos.

Cotira: O catira – também conhecido como cateretê – é uma dança folclórica de


influencias indígenas, afro e europeias. A catira surgiu na época dos Bandeirantes: quando eles
paravam e erguiam o acampamento, os carregadores reuniam-se em dançavam o cateretê.

Siriri: O siriri é um dos tipos de danças populares que trazem os violeiros como grupo
de apoio. É de origem europeia e traz coreografias diversas. As mulheres utilizam vestido longo
e colorido, o qual seguram com as duas mãos enquanto estão dançando. Os homens usam
camisas coloridas e chapéus com fitas amarradas.
Dança do Chupim: O chupim é uma famosa dança típica da região centro-oeste do
Brasil. Ela tem esse nome por conta do pássaro homônimo, pois seus dançarinos realizam
movimentos que lembram as batidas de asas do mesmo. Por ser um tipo de dança originário
do Paraguai, tem bastante influencia nas danças espanholas e utilizam-se castanholas para a
composição do ritmo.

Cururu: O cururu é uma das mais típicas danças folclóricas da região Centro Oeste.
Entretanto, cabe aqui uma curiosa observação: o cururu na verdade é de origem paulistana; os
padres jesuítas dançavam com os indígenas locais quando os estavam catequizando. Esse foi
um dos tipos de danças que foram levados até a região Centro Oeste, fazendo com que se
tornasse parte de seu folclore regional.

Cirandinha: A cirandinha (ou sarandi) é sem dúvida uma das mais populares danças
típicas da região centro-oeste. Na cirandinha, os dançarinos se posicionam em uma formação
circular, iniciando assim uma dança de roda. Todos dançam de mãos dadas, fazendo com que a
roda gire em torno do próprio eixo.

Xote Carreirinho: O xote carreirinho é um tipo de dança de salão que, apesar de muito
popular e atribuída a região Centro Oeste, tem suas origens na Alemanha. Trazido ao Brasil
pelos imigrantes europeus, o xote original foi se adaptando à cultura e costumes regionais. O
xote carreirinho é acompanhado por tocadores de gaita, e os passos são bem fieis ao xote
alemão.

Xote Bragantino: O xote bragantino é uma variação do xote alemão, e difere


consideravelmente do carreirinho. Trazido ao Brasil pelos imigrantes portugueses da região de
Bragança (interior de Portugal), possui uma coreografia própria, mesclando elementos
das danças africanas.

Região Norte:

A cultura do Norte é marcada por elementos que representam a diversidade da


população e a riqueza de recursos naturais vistos na arte, nas lendas e nas festividades da
região.

Maçarico: A dança do maçarico é uma das mais populares danças típicas do Amazonas.
De acordo com o que se tem conhecimento, tal dança foi batizada com esse nome em alusão
ao pássaro “maçarico”, muito comum na fauna regional. A comparação é feita pois os
movimentos realizados pelos dançarinos os fazem parecem com o pássaro caminhando, que
possui pernas longas e finas e as quais movimenta muito rapidamente.
Marujada: a Marujada de Bragança é um tipo de dança originária do estado do Pará.
Foi criada pelos escravos africanos que habitavam a região, é reconhecida pela disciplina e
organização. A Marujada de Bragança foi criada para a celebração da festa de São Benedito, na
qual a “marujada”, composta principalmente por mulheres, sai às ruas em homenagem ao
santo.

Bumba Meu Boi: O bumba meu boi é uma festa popular, com predominância nas
regiões Norte e Nordeste, que teve origem no folclore brasileiro. A festividade é Patrimônio
Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco).

Referências:

1. Diana, Daniela. Cultura da Região Sul:


Festas, Danças e Muito Mais. Toda Matéria [s.d.]. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/cultura-da-regiao-sul/. Acesso em: 05 abr. 2024.
2. Dino. Barbaridade, tchê! Qual a origem da dança gaúcha?. Terra, 2018. Disponível
em: https://www.terra.com.br/noticias/dino/barbaridade-tche-qual-a-origem-da-
danca-gaucha,d4fd151b9206f0ab32ba54bee35c0d7d3xge3i1h.html. Acesso em:
05 abr. 2024.

3. Rotas de Viagens. 10 danças típicas da Região Sul do Brasil – conheça e pratique!.


Rotas de Viagens, 2020. Disponível em: https://rotasdeviagem.com.br/dancas-
tipicas-da-regiao-sul-do-brasil/. Acesso em: 05 abr. 2024.
4. Beltrame, Jéssica. Na Marcha das Bandinhas. Medium, 2017. Disponível em:
https://beltramejessica.medium.com/na-marcha-das-bandinhas-7c1f925ef705.
Acesso em: 05 abr. 2024.
5. Wikilivros. Cultura do Brasil/Região Sudeste. Wikilivros, 2023. Disponível em:
https://pt.wikibooks.org/wiki/Cultura_do_Brasil/Regi%C3%A3o_Sudeste#:~:text=A
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6. Secretaria da Cultura. 31º Encontro de Bate Flecha é destaque em Alegre. Governo
do Espírito Santo, 2019. Disponível em:
https://secult.es.gov.br/Not%C3%ADcia/31o-encontro-de-bate-flecha-e-destaque-
em-alegre#:~:text=A%20dan%C3%A7a%20Bate%20Flecha%20%C3%A9,Janeiro
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7. Dantas. Tiago. Funk. Brasil Escola, [s.d.]. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/artes/funk.htm#:~:text=O%20funk
%20%C3%A9%20um%20estilo,rock%20e%20da%20m%C3%BAsica%20psicod
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8. Silva, Daniel Neves. Samba. Brasil Escola, [s.d.]. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/cultura/samba.htm#:~:text=O%20samba
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2024.
9. Diana, Daniela. Cultura do Nordeste. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/cultura-do-nordeste/#:~:text=As%20manifesta
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10. Danças Típicas. 7 Danças Típicas da Região Nordeste do Brasil | Danças


Nordestinas. Danças Típicas, 2018. Disponível em:
https://www.dancastipicas.com/brasileiras/dancas-regiao-nordeste/. Acesso em:
05 abr. 2024.
11. Danças Típicas. 7 Danças Típicas da Região Centro Oeste do Brasil. Danças Típicas,
2018. Disponível em: https://www.dancastipicas.com/brasileiras/dancas-regiao-
centro-oeste/. Acesso em: 05 abr. 2024.
12. Danças Típicas. 5 Danças Típicas da Região Norte do Brasil. Danças Típicas, 2018.
Disponível em: https://www.dancastipicas.com/brasileiras/dancas-regiao-norte/.
Acesso em: 05 abr. 2024.
13. Campos, Lorraine Vilela. Bumba Meu Boi. Brasil Escola, [n.d.]. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/folclore/bumbameuboi.htm. Acesso em: 05 abr.
2024.

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