Antropologua
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Introdução
A ciência, como “missão civilizadora” mobiliza o altruísmo individual e colectivo como base
moralda colonização, tornando-se esta perspectiva mais acentuada especialmente após a I
Guerra Mundial.
O colonialismo não é uma máquina de pensar, não é um corpo dotado de razão. É a violência
em estado de natureza(FENON,)
Iniciado em 1415 com a conquista de Ceuta, o Império Colonial Português estendeu-se pela
África, pela Ásia e pela América do Sul. Pelo meio de inúmeras vicissitudes, chegou até à
segunda metade do século XX. A formação do Império Colonial Português iniciou-se com a
conquista de Ceuta em 1415, obedecendo a propósitos geo-estratégicos, políticos,
económicos e religiosos.
2.3.Colonialismo em África
E difícil, se não impossível, falar do colonialismo sem invocar a África, pois se trata do
continente onde mais se fez notar a presença colonial na história.
Até 1880, em cerca de 80% do Seu território, a Àfrica era governada por seus próprios Reis,
Rainha, chefes de clãs e de linhagens. Estava organizada em impérios, reinos de comunidades
ou unidades políticas de Porte e natureza variados. Já no período entre 1880-1910, a África
foi assaltada na sua soberania, independência e valores culturais.
Num sentido mais amplo, o colonialismo passa a ser entendido como um evento que alcançou
os domínios mais insólitos das práticas cotidianas, os mais recônditos cantos da vida social.
Como produto de um complexo encontro que alterou a tudo e a todos (Comaroff & Comaroff,
1997). Trata-se de “um processo histórico totalizante, instituidor de uma hegemonia
orientadora da percepção e da experiência social” (Trajano Filho, 2004:23).
No século XIX, as nações europeias, como Inglaterra, França, Bélgica, Holanda e Alemanha,
começaram a explorar de maneira efetiva o continente africano e o asiático. A Revolução
Industrial motivou esses países a explorar matérias-primas, especialmente minérios, dentre os
quais podemos destacar o ferro, cobre, chumbo, além de produtos de origem agrícola, como
algodão e borracha; todos fundamentais para a produção industrial. Segundo HUBSON, a
ocupação da África deveu-se aos excedentes de capitais, pois os Europeus pretendiam áreas
para investir.
Outra atividade desenvolvida foi o extrativismo mineral, com destaque para a extração de
ouro, ferro, chumbo, diamante, entre outros. Assim, os europeus conseguiram garantir por um
bom tempo o fornecimento de matéria-prima para abastecer as indústrias existentes nos
países europeus industrializados.
2.4.Colonialismo em Moçambique
Nos primeiros dias do ano de 1498 da era cristã, os habitantes da costa sul de Moçambique,
em algum lugar situado entre as atuais cidades de Inharrime e Inhambane, viram chegar
estranhas embarcações, enormes em relação às que até então já tinham visto. Delas desceram
outros barcos menores transportando gente de pele pálida e vestida de modo insólito. Não se
compreendeu o que eles diziam, mas não pareceram agressivos pelo que as gentes locais os
acolheram sem animosidade. Os forasteiros recolheram água fresca, trocaram alguns objetos
e regressaram às grandes embarcações que voltariam a desaparecer no mar profundo.
Ninguém sabia quem eram os visitantes, muito menos podia imaginar que testemunhava um
momento histórico: os primeiros contatos da África oriental com a Europa na viagem de
Vasco da Gama em demanda da rota do Oriente
O mesmo cristianismo servia como um método de adormecer o oprimido de modo com que o
mesmo não fique lúcido o suficiente ao ponto de pensar na resistência. Tal como afirma o
Karl Marx "A religião é o ópio do povo", pois dá ao oprimido a possibilidade de projectar um
futuro distante-A via após a morte- e a não se importar com as coisas terrenas. Nem se
importando com a felicidade, Paz, Dignidade que têm Direito ainda em vida.
2.4.2Religiões Africanas
Segundo P.Miguel de Olivera Gomes apud Couceiro (2004), define feitiçaria como acusação
moral, em qualquer sociedade, que funda uma relação social de desconfiança entre pessoas
que se sentem prejudicadas por alguém que elas acusam de lhes fazer mal, com auxílio de
poderes mágicos. A origem das religiões tradicionais africanas é datada de um tempo
longínquo. Não tendo fundadores estas são uma herança dos antepassados passada de geração
em geração através da oralidade, portanto, se fundam num tempo ancestral.
Com influências das teorias antropológicas clássicas do século XIX, as religiões tradicionais
africanas foram denominadas pejorativamente de “animistas”, “feiticismo” (feitiçaria),
superstição, magia, e demais classificações preconceituosas (Martinez, 2009; Altuna, 2014).
E tais teorias antropológicas serviram em parte para legitimar a colonização européia no
continente africano sob o argumento de cristianizar e civilizar os africanos.
John Iliffe, encarar o colonialismo como um agente destruidor de toda a tradição Africana é
subistimar a resistência dos próprios Africanos. Por outro lado, vê-lo como um simples
episódio na longa história do continente é subistimar todas as mudanças que ele proporcionou
na vida dos mesmos Africanos.
"A constituição de uma identidade social é um ato de poder (...) pois se uma identidade
consegue se afirmar é apenas por meio da repressão daquilo que a ameaça”.(Hall, 2000,
p.110)
A cultura Africana actual tem as suas raízes irrigadas pela cultura Europea pelo colonialismo,
isto é, o colonialismo tem um grande impactos n'oque a África é hoje(sócio-cultura), a partir
da religião, a religião cristã é a principal praticada no continente Africano actualmente, mas
não que o Africano não tenha raízes religiosas, mas porque o mesmo sofreu transformações
durante o colonialismo e bebeu muito da cultura Europea sem se esquecer da maneira de
vestir , a gastronomia, a estrutura organizacional das sociedades Africanas actuais, a
tendência do Africanos é de europeizar-se, aos poucos, mesmo sem se aperceber.
Os próprios nomes, os nomes dos Africanos Sao nomes de origem Europeia, e nota-se
também a tendência de europeizar-se os nomes de origem Africana como no caso de Mandla-
>Mandate.
3.Diversidade Cultural
As culturas diversificam-se por vários motivos, mas por ab initiu, divisionismo, isto é, por
separação de uma cultura,(antes) maior deja por rivalidade, permanência, etc... Actualmente
verifica-se um fenômeno contrário à diversidade cultural, a homogeinização cultural, que se
traduz na integração entre sociedades que resulta na aculturação e assimilação de culturas
assimilação oque é realizado na adocção de usos e custumes entre diferentes culturas.
As diferenças são bastante visíveis mesmo entre as diferentes regiões do país: norte, nordeste,
centro-oeste, sudeste e sul.
Na região centro-oeste, onde predomina o Pantanal, existe ainda uma grande presença da
diversidade cultural indígena, com forte influência da culinária mineira e paulista.
No sudeste e sul destacam-se costumes de origem europeia, com colônias portuguesas,
germânicas, italianas e espanholas que, ainda hoje, mantêm a cultura típica de seus países de
origem.
No Brasil, por exemplo, a diversidade religiosa está na presença das várias crendices
coabitando em um mesmo território, como os católicos, judeus, muçulmanos, hindus, etc.
Moçambique, e como a maioria dos países da África, não possui uma identidade cultural
específica, apresentando aspectos que o ligam a outros países vizinhos e mesmo a outros
continentes (Santiago, 2019). Ao conquistar a independência, em 1975, após quase onze anos
de guerra contra os portugueses, os líderes moçambicanos buscaram eliminar a língua do
colonizador, mas isso se tornou impraticável línguas presentes no país, que possuem
importância regional, mas não alcance nacional (UNESCO, 2010).
Os Yao, também conhecidos por Ajaua, ocupam a região junto ao lago Niassa e o norte da
província com o mesmo nome, são encontrados no Malawi e no sul da Tanzânia, eram povos
bastante activos no comércio à distância, ligando as regiões do interior com a costa do Índico:
Quílua, na Tanzânia, e Ilha de Moçambique. Antes dos finais do século XVIII eram os
principais fornecedores de marfim e no primeiro quartel do século XIX transformaram-se nos
maiores fornecedores de escravos exportados para Mossuril (Ferreira, 1982). Tendo se
islamizados mais cedo que outros povos do interior devido o seu contacto regular com a
costa.Os Makhuwa, por vezes considerados como duas entidades diferentes, constituem a
etnia de Moçambique dispersa por um vasto território que no passado se estendia, do rio
Zambeze ao rio Messalo, a Sul e Norte, respectivamente, do Oceano Índico, a Este, até à
actual fronteira com o Malawi, a Oeste. Na actualidade, com o centro em Nampula, os
Makhuwa-Lomwe espalham-se para partes das províncias de Cabo Delgado, Niassa e
Zambézia. Importantes agrupamentos se encontram também no Madagáscar, no sul da
Tanzânia e no Malawi, também a sul (Ferreira, 1982).
Pode se dizer seguramente, que cultura se torna mais rica quando passa da colonização, pois
o povo tem a possibilidade de provar o quão forte e culto e e quão oportuno é quanto ao
aproveitamento dos modos de ser. Tal como afirma o John Iliffe, encarar o colonialismo
como um agente destruidor de toda a tradição Africana é subistimar a resistência dos próprios
Africanos. Por outro lado, vê-lo como um simples episódio na longa história do continente é
subistimar todas as mudanças que ele proporcionou na vida dos mesmos Africanos. Claro, em
termos culturais o colonialismo enriqueceu oque já era rico, trazendo novos hábitos, costumes
e usos. Sobretudo na África, hoje o Africano Se identifica como os outros por ter sido
elucidado e monstrado o mundo "lá fora". Pode-se, Também, afirmar que o colonialismo foi a
melhor forma de mostrar ao outro oque vale e oque não vale <<so valorizamos quando
perdemos>> .
A Diversidade cultural chega a ser um factor vantajoso no que concerne a esfera cultural de
um povo tendo diversas culturas e consequentemente muito à explorar e conhecer. E que com
o tempo verifica-se o fenômeno de homogeinização cultural que se traduz na integração
entre sociedades de culturas que resulta na aculturação e assimilação de uma cultura.
Referências Bibliográficas