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AGRO WACO – SOCIEDADE AGRÍCOLA, COMERCIAL E

INDUSTRIAL, S.A.

PROJECTO DE INVESTIMENTO DE
AGRICULTURA
PROJECTO DE
INVESTIMENTO DE
AGRICULTURA

Promotor:

AGRO WACO – Sociedade Agrícola, Comercial e Industrial, S.A.


NIF: 5403109749
Endereço: Rua Comandante Valódia, Município da Cela, Casa n.º 58, Cuanza Sul, Telemóveis:
929 027 739
E-mail: agrowaco1@gmail.com

Consultor:

MAIS VALIA, LDA


Consultoria, Contabilidade, Auditoria e Formação
Telemóvel: 952 079 760
E-mail: amadeuvictoriano@hotmail.com

Luanda, 2024

Projecto de Investimento Agrícola da Firma: AGRO WACO – Sociedade Agrícola, Comercial e Industrial, S.A
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SUMÁRIO EXECUTIVO

PARTE I: APRESENTAÇÃO DO PROMOTOR

1. Breve resumo da actividade da Empresa/Empresário


1.1. Nome e direcção do promotor
1.2. Classificação da actividade
1.3. Evolução histórica
1.4. Descrição das actividades principais
1.5. Mercados
1.6. Principais clientes
1.7. Principais concorrentes
1.8. Quota de mercado
1.9. Programa de produção/comercialização
1.10. Política comercial adoptada

PARTE II: CARACTERIZAÇÃO DO PROJECTO

2. Apresentação do Investimento
2.1. Caracterização da envolvente
2.2. Análise do Mercado
2.3. Localização
2.4. Tecnologia
2.5. Organização
2.6. Planeamento da Implementação

PARTE III: AVALIAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA

3. Anexos: Quadros da Análise Económica e Financeira


3.1. Considerações Finais

PARTE IV: ANEXOS – DOCUMENTAÇÃO LEGAL

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1. BREVE RESUMO DA ACTIVIDADE DA EMPRESA/EMPRESÁRIO

Cada decisão de investimento deve ser baseada num Plano de Investimento estruturado, com adequada
avaliação do mercado potencial e da concorrência, dos recursos tecnológicos, logísticos e humanos
necessários, das parcerias e apoios disponíveis e, em síntese, das vantagens competitivas do novo
negócio e do modelo adequado à sua exploração; reunidos estes elementos e entendemos estar em
condições de elaborar as projecções financeiras que permitem avaliar o investimento e tomar a decisão
final – realização ou rejeição.

Com o presente projecto pretendemos atingir os seguintes objectivos:

1. Contribuir para a melhoria das condições de vida das populações (erradicar a fome e a
pobreza).
2. Contribuir na melhoria da condição de saúde das populações.
3. Aumentar o rendimento familiar.
4. Contribuir na diminuição do índice de desemprego e no fortalecimento da economia
nacional.
5. Diminuir a importação de produtos alimentares;
6. Fomentar a produção nacional, deste modo contribuindo na diversificação da economia.
7. Participar no desenvolvimento socioeconómico da Província do Cuanza Sul e do país em
geral.
8. Incentivar o uso dos produtos nacionais, valorizando deste modo a produção interna.

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1.1. Nome e Direcção do Promotor

A AGRO WACO – Sociedade Agrícola, Comercial e Industrial, S.A sociedade por quotas, com
sede na Rua Comandante Valódia, Município da Cela, Casa n.º 58, Cuanza Sul, constituída a 15 de
Fevereiro de 2023, NIF 5403109749 de capitais integralmente angolanos sendo X% do capital detido
pela Sócia Vanya Correia e outra de X% detida pelo socio xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx; não
obstante, a mesma terá iniciado as suas actividades de exploração agrícola desde 2020, na altura de
forma informal.

1.2. Classificação da actividade

A AGRO WACO, S.A é uma empresa cujo seu foco é a actividade agrícola, comercialização de
equipamentos de bens e prestação de serviços; porém, com a crise que se tem vindo a verificar a nível
global, com especial enfase para Angola, a AGRO WACO, S.A a decidiu efectuar uma análise
profunda à sua actividade e às novas oportunidades de negócio existentes. Resolveu após essa análise
iniciar actividade no sector agrícola mecanizada em grande escala, com foco principal na produção e
transformação da mandioca e seus derivados sendo uma actividade Primária da actividade económica
do país e do mundo.

1.3. Evolução histórica

Sendo a empresa dedica-se ao fornecimento de bens e prestação de serviços, há algum tempo no


mercado, na comercialização de equipamentos e construção já um bom tempo no mercado, isto é, cerca
de xxxxxxxx (x) anos, actualmente urge a necessidade de contribuir no aumento da produção local no
sector Agrícola, visando a contribuição para o desenvolvimento da economia, como uma das variantes
chaves da política de diversificação económica que Angola, pois é fruto de um pensamento
empreendedor, a fim de evoluir a empresa, e quiçá a internacionalização da mesma através da
exportação dos produtos produzidos.

1.4. Descrição da actividade principal e objectivos da aplicação do financiamento Actualmente a


principal actividade da empresa está voltada a agricultura e pequena produção de ração animal e
outras ligadas ao comércio de bens e prestação de serviços.
Os recursos solicitados destinam-se ao projecto de PRODUÇÃO, PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
DA RAIZ DA MANDIOCA, E RAÇÃO ANIMAL; tal é um projecto de implantação que será
executado pela empresa ExcelenteGita, Lda, com sede na província de Luanda, na base do estudo
realizado no mercado, o orçamento do projecto ascende o montante total de AOA 3.250.000.000; em
conformidade com o quadro de investimentos, os recursos financeiros solicitados neste projecto serão
aplicados nas seguintes rubricas:

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a) Imobilizado fixo corpóreo: construção de infraestruturas produtivas, máquinas e
equipamentos, meios de transporte de carga, matéria-prima e insumos agrícola. Estes meios
fixos vão permitir a realização do projecto e atingir os objectivos prévios;
b) Imobilizado fico incorpóreo: pagamento dos custos de elaboração do projecto, assistência
técnica, formação e treinamento do pessoal técnico-operacional, Estudo de Impacto
Ambiental – EIA e desmatação e nivelamento do terreno;
c) Fundo de maneio: a variação do fundo de maneio é indispensável para custear as despesas
de FST na fase de implantação do projecto, continuação de aquisição de sementes até ao
segundo ano do projecto, fertilizantes, pesticidas, embalagens e outros, também com o fundo
de maneio poderão custear as despesas de equipa técnica operacional, salário, alimentação,
outros custos operacionais durante o período que o projecto espera a sua maturidade.

1.5. Mercados

Os principais mercados de actuação serão os municípios da província do Cuanza Sul e Luanda, bem
como a internacionalização dos seus produtos através do Corredor do Lobito para a República
Democrática do Congo e entre outras localidades onde haver pedido de clientes.

1.6. Principais clientes

Os principais clientes serão todos os distribuidores grossistas e retalhistas comerciantes. A população


da Província do Cuanza Sul é de cerca de x milhões de habitantes estimados, correspondendo a uma
densidade demográfica na ordem dos xxx km. Desta feita prevemos distribuir o produto em todo o
território nacional e a nível internacional.

Dentre os clientes alvos vale destacar empresas como hipermercado Kero, supermercado Shoprite,
supermercado Nosso Super, supermercado Max, Supermercado Kibabo, Supermercado Angomart,
Hotéis, Restaurantes, grossistas, retalhistas.

1.7. Principais concorrentes


Existem concorrentes na produção do mesmo produto, na provincia do Cuanza Sul, com uma
capacidade Agroindustrial aceitável, facto este que nos impõe o desafio de alcançar a diferenciação
por via da adopção de práticas de gestão coerentes e consistentes, bem como uma política comercializar
alicerçada em preços baixos e produto da melhor qualidade possível e uma produção a escala.
1.8. Quota de mercado
A nossa quota no mercado, estimamos atingir em primeira produção uma quota de 97% tendo em conta
o facto de sermos uma das poucas empresas a produzir este produto com uma elevada qualidade e a um
custo de produção relativamente baixo, em todo Município.

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Não obstante, apesar das boas condições climáticas da Província do Cuanza Sul em particular o
Município da Cela, a produção agrícola não atende a demanda do Mercado de Consumo de bens
alimentares. Entre os factores se destacam o crescimento natural da população, êxodo rural e
persistência na agricultura de subsistência.
1.9. Programa de produção/comercialização
1.9.1. Produção de Mandioca

A unidade de produção de Mandioca vai obedecer as seguintes fases do ciclo de produção:

Fase 1. Seleção e preparo do material de plantio (manivas)

Fase 2. Desenvolvimento da planta

Subfase 2.1. Brotação e emergência

Subfase 2.2. Início do desenvolvimento da parte aérea e


formação do sistema radicular fibroso.

Subfase 2.3. Desenvolvimento da parte aérea e início do


acúmulo de amido nas raízes.

Subfase 2.4. Translocação expressiva de carboidratos da parte aérea


às raízes

Subfase 2.5. Florescimento e produção de sementes

Subfase 2.6. Dormência

Fase 1. Seleção e Preparo do Material de Plantio (Manivas)

Nesta fase e como característicos na região do Cuanza Sul, as plantas de mandioca entram em
dormência fisiológica no inverno. Com a diminuição da temperatura do ar (inferior a 13-17°C), ocorre a
paralisação da emissão de novas folhas e a queda progressiva, de baixo para cima, das folhas existentes,
caracterizando a dormência. Nesse momento, as ramas serão colhidas e armazenadas para obtenção de
manivas para novo plantio, pois elas não toleram o frio intenso e a geada. Um segmento dormente e
viável de rama (maniva) apresenta gemas meristemáticas e reservas (carboidratos e minerais) para
originar uma nova planta. Há uma gema em cada axila do caule com a cicatriz da base do pecíolo da
folha (Figura 7A). A viabilidade da rama é observada pela liberação de seiva após um pequeno corte
(Figura 7A). O corte transversal da rama (Figura 7B) mostra internamente um tecido mais claro e tenro
denominado medula que apresenta alto teor de água. Ao redor da medula encontra- se o córtex que
apresenta mais reservas do que água. Uma boa maniva deverá ter um diâmetro da
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medula igual ou menor que 50% do diâmetro total da maniva será isso é obtido utilizando-se os terços
mediano e inferior das ramas (Figura 8), tamanho mínimo de 20 cm, 5 a 7 gemas, boa sanidade (livre
de danos mecânicos, por insectos ou moléstias) e corte transversal recto para distribuição mais
uniforme das raízes nas regiões de corte.

Figura 7. A) Maniva de mandioca com a cicatriz da inserção do pecíolo da folha no caule, gema meristemática e corte com a liberação
de seiva, e B) Corte transversal da maniva de mandioca mostrando medula e córtex.

Figura 8. Posição da maniva na rama de mandioca. A) Superior, B) Mediana, e C) Inferior. No corte transversal, destaque para a
proporção medula/córtex.

Fase 2. Desenvolvimento da Planta

Nesta fase a planta da mandioca necessitará de um clima quente (temperatura média diária superior a
20ºC) e solos bem drenados para potencializar seu desenvolvimento e rendimento de raízes.

A espécie apresenta ciclo longo (8 meses, um ciclo, para desenvolver raízes para o consumo humano e
10 meses, dois ciclos, para utilização na indústria de farinha e fécula). O ciclo iniciará com o plantio e a
brotação da maniva. No solo, ocorrerá o desenvolvimento dos sistemas radiculares de absorção
(fibroso) e de reserva, e na parte aérea, o desenvolvimento da(s) haste(s), folhas e, em algumas
situações, o florescimento com formação de sementes. A colheita ocorrerá quando a planta entrar em
dormência induzida pelo frio e/ou seca.

Subfase 2.1. Brotação e emergência

Nesta subfase a temperatura do solo tem grande influência sobre a velocidade de brotação da maniva e
emergência da planta; com efeito, a temperatura óptima para acelerar a brotação está no intervalo
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entre 28°C e 30ºC, já temperaturas inferiores a 17ºC e superiores a 37ºC atrasam este processo.

A partir do plantio da maniva iniciaremos o processo de desenvolvimento da planta de mandioca. Sete


a dez dias após o plantio iniciará o desenvolvimento de raízes adventícias ou nodais (origem no
periciclo) na base das gemas e o início da brotação das gemas (Figura 9).

Posteriormente ocorrerá o desenvolvimento de raízes basais (origem no câmbio vascular),


principalmente, no calor formado na região de corte da maniva onde os brotos apresentam menor
desenvolvimento (Figuras 10 e 11); Após 15 a 20 dias ocorrerá a emergência da parte aérea.

Figura 9. Início da brotação da maniva de mandioca. A) Vista lateral e B) Vista frontal, mostrando o desenvolvimento de brotos e de
raízes adventícias.

Figura 10. Vista frontal da distribuição das raízes basais no calo formado na região de corte da maniva de mandioca, onde os
brotos apresentam menor desenvolvimento.

Figura 11. Vista lateral do desenvolvimento de raízes basais no calo formado na região de corte da maniva de mandioca, onde os brotos
apresentam menor desenvolvimento.

Subfase 2.2. Início do desenvolvimento da parte aérea e formação do sistema radicular fibroso.

Após a emergência, a planta de mandioca desenvolverá a parte aérea (hastes e folhas) e as raízes
fibrosas (nada mais são que as raízes adventícias ou nodais e as raízes basais) (Figura 12). As folhas

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produzem fotoassimilados e as raízes fibrosas absorvem água e nutrientes para o desenvolvimento da
planta, sendo que algumas dessas raízes irão se transformar em raízes de armazenamento.

Figura 12. Início do desenvolvimento da parte aérea e formação do sistema radicular fibroso da mandioca.

2.3. Subfase do desenvolvimento da parte aérea e início do acúmulo de amido nas raízes

Dependendo do genótipo e das condições de cultivo, de 25 a 40 dias após o plantio iniciará o acúmulo
de amido em alguma raiz fibrosa (Figura 13).

O acúmulo de amido nas raízes fibrosas ocorrerá quando a actividade fotossintética exceder o
requerimento para o crescimento da parte aérea (folhas e hastes); nessa fase será estabelecida a
arquitetura da planta com o desenvolvimento da(s) haste(s), folhas e ramificações.

2.4. Subfase da translocação expressiva de carbohidratos da parte aérea às raízes

A translocação expressiva de carbohidratos da parte aérea às raízes (Figura 14) ocorrerá quando o
desenvolvimento da parte aérea atinge o seu máximo índice de área foliar (IAF) que fica entre 2,5 e
3,5. Para isto ocorrer, a planta deverá ter suas exigências ambientais como fertilidade do solo,
disponibilidades hídrica e térmicas atendidas.

Figura 13. Início do acúmulo de amido em raízes Figura 14. Engrossamento das raízes de reserva da
fibrosas da mandioca mandioca, pela translocação expressiva
de carbohidratos da parte aérea.

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2.5. Subfase do florescimento e produção de sementes

A mandioca, ao longo do tempo, vem sendo propagada vegetativamente pela interferência humana,
contudo manteve a reprodução sexuada ativa, promovendo a amplificação da variabilidade genética e
possibilitando aos melioristas a seleção de genótipos de maior importância agronômica (Silva et al.,
2001). O florescimento (Figura 15) da mandioca é influenciado pelo genótipo, umidade e fertilidade
do solo, fotoperíodo e temperatura do ar (Fukuda et al., 2002). O desenvolvimento da inflorescência
não interfere no rendimento de raízes.

Figura 15. A) Inflorescência e frutos verdes e B) Fruto maduro aberto e sementes de mandioca.

2.6. Subfase da dormência

A dormência da planta ocorre quando o desenvolvimento é paralisado pelo frio (temperaturas do ar


inferiores a 13-17ºC, depende do genótipo) e/ou deficiência hídrica prolongada.

A planta perde todas as folhas ou mantém poucas no ápice da(s) haste(s) (Figura 16), atingindo o
máximo acúmulo de amido nas raízes de reserva. É o período de colheita das raízes, que acontece de 8
a 10 meses após o plantio, no caso de mandioca de um ciclo. 3. Rebrote para o segundo ciclo de
desenvolvimento Caso o plantio da mandioca ocorra em uma área com solo bem drenado (evita
podridões no sistema radicular) e onde não ocorram geadas (matam a parte aérea) a planta de mandioca
rebrotará quando o fator limitante (frio e/ou seca) for superado. O rebrote ocorre pelo desenvolvimento
de gemas merismáticas situadas na base da haste da planta (Figura 17). A energia advém da
remobilização dos carboidratos acumulados nas raízes de reserva. Inicia-se um novo ciclo da planta,
com crescimento vegetativo da parte aérea, acúmulo de amido nas raízes de reserva e dormência. Na
mandioca de dois ciclos o desenvolvimento inicial da parte aérea é mais rápido, tendo em vista que os
sistemas radiculares (de absorção e de reserva) já estão presentes. Normalmente, é utilizada para
produção de farinha e fécula, pois o rendimento de raízes e o teor de amido nas mesmas é maior do que
na mandioca de um ciclo.

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Figura 16. Planta de mandioca em dormência. Figura 17. Rebrote da parte aérea de mandioca a partir
de gemas merismáticas situadas na base das hastes.

1.9.2. Produção/cultivo de Mandioca

A unidade de produção de Milho vai obedecer as seguintes fases do ciclo de produção:

Fase 1. Análise do Solo.

Fase 2. Preparo e adubação de plantio.

Fase 3. Controle de plantas daninhas.

Fase 4. Adubação de cobertura.

Fase 5. Monitoramento de pragas e doenças

Fase 6. Colheita

Fase 1. Análise do Solo


Precisamos de um solo equilibrado e cheio de nutrientes, condição essencial na etapa inicial de cultivo,
por isso a análise do solo será essencial para fins de fertilidade, para o bom teor de granulometria e
para ter um bom tecido vegetal.
Assim sendo, o solo deverá estar quimicamente balanceado e com todas as correções através de
calagem (aplicação de substâncias para aumentar o teor de cálcio e enxofre, a fim de haver mais
interação e absorção de nutrientes), para que o mesmo esteja em dia; com efeito a análise do solo
obedecerá a etapas tais como a definição da época de análise, a divisão da fazenda em porções, a
colecta das amostras de solo, o envio das amostras para o laboratório e a interpretação dos
resultados da análise.

Para a interpretação da análise do solo seguiremos alguns parâmetros, conforme abaixe descritos:

 pH – Indica a acidez dos solos, solos ácidos possuem baixa disponibilidade de nutrientes e
prejudica o desenvolvimento radicular. Eleva-se o pH do solo com a aplicação de calcário).

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 Al+³ – É a presença do alumínio tóxico, sua presença em quantidades indesejáveis, também
prejudica o desenvolvimento radicular e inibe a absorção de nutrientes. Elimina-se o alumínio
toxico do solo com a aplicação de calcário.

 Nitrogênio, embora esse parâmetro não esteja diretamente apresentado na análise de solo,
podemos inferir que solos com maiores teores de matéria orgânica, possuem maior
disponibilidade de nitrogênio durante o ano. Quando maior for a diversificação de cultivos
(leguminosas e gramíneas), melhor será a disponibilidade de nitrogênio.

 Cálcio (Ca+²) e Magnésio (Mg+²), a disponibilidade está relacionada diretamente ao pH do


solo. Assim sendo, consideraremos os níveis de acidez do solo e a disponibilidade desses
nutrientes. Devendo-se considerar elevar-se os teores de cálcio e magnésio com a aplicação de
calcário para os casos aplicáveis.

Vale dar nota, que os calcários encontrados no mercado angolano possuem diferentes concentrações de
cálcio e magnésio em sua composição. Portanto, levaremos em consideração a relação cálcio/magnésio do
solo, sendo indicado (em geral) a relação de 3-5/ 1.

 Potássio (k+), é um nutriente de alta absorção pelas plantas de milho, a sua correção é
realizada pela Potassagem correctiva ou através de adubações de plantio e cobertura.

 Fósforo (P), é um Nutriente de alto ponto de atenção. Solos ácidos fixam o fosforo nas suas
partículas de argila. Sua eficiência está diretamente ligada ao pH. Sua correção é realizada
pela fosfatagem corretiva ou através de adubações de plantio.

 Micronutrientes (Boro, Zinco, Manganês, Cobre e Ferro), embora exigidos em


quantidades menores que os macronutrientes, são importantes para crescimento e
desenvolvimento da planta. Estão relacionados a vários processos enzimáticos da planta.

 Matéria Orgânica do Solo (MOS), sua avaliação está diretamente relacionada ao manejo.
Reduções dos valores de matéria orgânica ano pôs ano, indica manejo inadequado.

A adoção de plantios conservacionista, rotação de culturas, sucessão de culturas e plantio de cobertura


com espécies adaptadas a cada região deverão ser implementadas para incrementos de matéria orgânica
no solo.

A presença de matéria orgânica no solo, favorece a maior retenção de água no solo e maior estabilidade
da estrutura física, reduzindo a possibilidade de erosão.

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Para uma correcta interpretação de análise de solo para milho em 20 – 40cm focaremos a nossa
atenção a dois (2) pontos abaixo mencionados:

 Al+³ – Presença do alumínio tóxico em 20 – 40 cm, a sua presença em quantidades


indesejáveis, prejudica o desenvolvimento radicular. A eliminação do alumínio tóxico em
camadas mais profundas, melhora o desenvolvimento radicular em profundidade, tendo como
consequência, maior aproveitamento de água e nutrientes. A neutralização deste alumínio será
feita com a gessagem.

 Cálcio (Ca+²) em 20- 40cm, a sua disponibilidade está relacionada diretamente a presença
do alumínio toxico. A utilização do gesso agrícola além de corrigir cálcio em profundidade e
neutralizar alumínio tóxico, fornece enxofre ao sistema (SO–⁴ ).

Fase 2. Preparo e adubação de plantio


Essa fase será muito importante para verificar a viabilidade do cultivo dependendo da época do ano,
além de reduzir ataques de nematoides e de insectos; entretanto, um solo bem adubado é essencial.
Caso seja realizado o plantio directo (SPD) a adubação e preparo do solo será feito após a colheita da
cultura anterior. Fundamentalmente nas condições em que o milho for feito em sede de segunda safra, e
será semeado em um solo com boa fertilidade e com nível de nutriente adequado e alto.

A adubação em si será feita a base de fósforo e potássio; porém, em pequenas quantidades.


Dependendo do nível deste no solo, analisaremos a viabilidade do plantio, para o caso de haver
possibilidade de sérios ataques de insectos e outros predadores na fase inicial de desenvolvimento.

Fase 3. Controle de plantas daninhas.

O controle de plantas daninhas tem como objectivo mitigar e evitar os prejuízos causados por sua
disseminação no ambiente.

As plantas daninhas competem com outras plantas por espaço, nutrientes e água, o que dificulta o
desenvolvimento da espécie que se pretende cultivar.

Para realizar um controle correcto das espécies invasoras é preciso identificar a espécie, nível de
infestação, momento para intervenção e o tipo do manuseio que será adoptado; assim, em função das
épocas do ano em que mais atingem a safra, e se ocorrem de modo anual ou plurianual, procuraremos
adoptar formas de restringir a sua infestação na área e definir o momento correcto, os produtos
apropriados e a calibração das máquinas para fazer o controlo.

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Assim sendo, para esta fase prevemos estabelecer o controlo e de eliminação das plantas daninhas
através de alguns mecanismos como a rotação de cultura; manuseio, rotação e de herbicidas; utilização
de cultivares competitivas; pouco espaçamento; uso de cobertura mortal e controle biológico.
Fase 4. Adubação de cobertura.

A adubação de cobertura é um método aplicado para manter o nível de nutrientes do solo durante a
produção da lavoura, esta fase representa um dos fatores técnicos mais importantes da produção. O
processo poderá ser feito de maneira mineral ou orgânica, introduzindo processos como a adubação de
plantio, adubação de crescimento e adubação de produção.
Fase 5. Monitoramento de pragas e doenças

A Adubação desequilibrada (plantas mal nutridas são normalmente mais susceptíveis ao ataque
de pragas), pois, o uso inadequado de praguicidas (má dosagem, qualidade do produto, época de
aplicação e metodologia inadequa) constituem factores críticos de sucesso; assim, esta fase irá consistir
no monitoramento constante de pragas, avaliando a lavoura, a definição de pontos pré- estabelecidos
para o efeito, para detecção de pragas que podem vir a causar danos económicos se não controladas e
deste modo assegurar o sucesso do processo de produção objectivando assim o mínimo de prejuízos, a
redução de custos, o aumento da produtividade, a optimização do uso de inseticidas químicos,
preservar inimigos naturais, manter a biodiversidade e reduzir perdas da lavoura.
Assim, com vista a minimizamos os vários factores de risco, o controle dessas pragas deverá ser feito
com o apoio periódico de empresas especializadas autorizadas/credenciadas pelas autoridades
competentes.

Fase 6. Colheita

A colheita é uma etapa importante no ciclo agrícola que marca o término do cultivo e o início da
utilização de produtos agrícolas. Esse processo desempenha um papel essencial na produção de
alimentos e materiais primários para diversos sectores.
Para a colheta da mandioca, sendo que na maioria das vezes, o tubérculo está pronto para ser colhido
entre 14 e 16 meses após o plantio. Contudo, tal pode acontecer de a planta passar por um ciclo precoce,
ou seja, ter o desenvolvimento acelerado, permitindo que a colheita seja antecipada

O processo da colheita da mandioca será primordialmente mecanizado, pois tal procedimento é


vantageoso por poder assegurar o aumento substancial da eficiência operacional, com processos
rápidos e automatizados, permitindo assim que se agilize tarefas sem comprometer a qualidade dos

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produtos; subsidiariamente, a colheta será igualmente feita de forma manual e/ou com auxílio de
implementos constando de duas etapas, designadamente a poda das ramas, a ser efectuada a uma altura
de 20 a 30 cm acima do nível do solo, e o arranque das raízes, com a ajuda de ferramentas.

1.9.3. Produção da Farinha de Mandioca

De modo geral, 40% das raízes produzidas será destinada à produção de farinha, 20% para produção
de amido e o restante destinado a comercialização de ração para alimentação animal.

O processo de produção da farinha da mandioca, consistirá nas etapas tais como:

 Lavagem e descascamento das raízes, processo através do qual a mandioca será


mergulhada em água para soltar a sujeira e depois escovada para remover a matéria
orgânica aderida; neste processo é feita a primeira sanitização das raízes com casca,
utilizando-se solução de hipoclorito de sódio (200 ppm de cloro ativo), por 15 minutos;

 Ralação para a desintegração das células e liberação dos grânulos de amido, aqui a
mandioca descascada é cortada em pedaços menores e moída para liberar o amido. Apos
a liberação do amido, será feita a separação da polpa e das fibras por meio de
centrifugação ou decantação;

 Separação das fibras e do material solúvel, nesta esta a mandioca será submersa em
água para fermentação por determinado período. Assim que amolece, ela será descascada,
ralada, prensada, seca (em forno sob alta temperatura) e peneirada.

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1.10. Política comercial adoptada
Comercialização:
 A empresa fará a distribuição da mercadoria nos mercados das províncias do Cuanza Sul,
Luanda, República Democrática do Congo e entre outras localidades onde haver pedido de
clientes.
 Para concretização da actividade de comercialização far-se-ão envio de cartas, convites para as
empresas como hipermercado Kero, supermercado Shoprite, supermercado nosso super,
supermercado Max, restaurante e hotéis, grossistas, retalhistas em todo o território nacional, a
fim de se estabelecerem contractos de fornecimento.
 A publicidade junto de órgãos de difusão massiva (jornais, rádios e televisão) será igualmente
considerada no âmbito da actividade de comercialização.

A nossa política comercial irá se basear na satisfação dos nossos clientes no fornecimento de produtos
de alta qualidade; na procura de proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável aos nossos
funcionários em todas as instalações em que estes estejam alocados, tomando medidas adequadas a
fim de impedir acidentes e danos à saúde dos indivíduos, minimizando, tanto quanto possível, a causa
de danos inerentes ao ambiente de trabalho.
Neste sentido, a empresa tem por política:
1. Demonstrar conhecimento e competência na prática da suinicultura; em saúde e segurança do
trabalho, de forma que todos saibam da importância de um trabalho saudável e livre de
acidentes, em todos os níveis funcionais.
2. Gerenciar os riscos em cada estágio do ciclo do serviço que esteja sendo prestado, onde o
atendimento aos padrões estabelecidos representa o requisito mínimo.
3. Garantir que normas e procedimentos de emergência e um sistema de gestão de crise estejam
implementados.
4. Garantir que a análise e a prevenção no processo de produção das culturas estejam
implementadas.
5. Assegurar análises de rotina sobre o desenvolvimento das culturas e da segurança feitas pelos
gerentes e supervisores, reportando-as aos níveis superiores e garantindo a divulgação dos
resultados que contribuam para a melhoria dos padrões de segurança e produtividades
esperada, a fim de atingimos um óptimo rendimento.
6. Investimento no processo de investigação e desenvolvimento (I&D), a fim de aplicarmos a
qualidade necessária para que o produto final se adeque as necessidades dos nossos clientes.

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PARTE II: CARACTERIZAÇÃO DO PROJECTO
2. Apresentação do Investimento
O investimento se baseará no cultivo, a transformação e distribuição de produtos do campo, com enfase
para a mandioca, o milho e seus farináceos, incluindo a ração animal, resultante de resíduos e
desperdícios dos produtos principais. O mesmo se insere no programa da diversificação da economia
nacional para Micro, Pequenas e Médias Empresas, desenvolvido pelo Estado Angolano, tendo em
conta a situação de difícil que atravessa a economia nacional, para apoiar o investimento privado e os
17 objectivos do desenvolvimento sustentável (ODS) em conjunto com ECOSOC.

Para o financiamento do projecto foi custeado pela empresa 100.000,00AKZ (Cem mil kwanzas), ou
seja, para as despesas inerentes a constituição da sociedade e a formação do capital social
desembolsado pelos sócios, bem como o desembolso de cerca de AOA 60.000.000,00 (Sessenta
Milhões de Kwanzas) despendidos para aquisição de vários hectares de terra, incluídas as despesas
necessárias para o processo de legalização dos mesmos.

Adicionalmente os promotores da ideia de negócio compreendem que em função do plano de


investimentos e dos custos de operação incluídos no presente Estudo de Viabilidade Técnico-
Economico e Financeiro faz-se necessário obter um financiamento bancário estimado em cerca de
AOA 2.569.224.144,00 (Dois Bilhões e Quinhentos e Sessenta e Nove Milhões Duzentos e Vinte e
Quatro Mil e Cento e Quarenta e Quatro Kwanzas), para dar início e executar o projecto.
Nota: Para as nossas projecções financeiras, começamos por espelhar a partir do primeiro ano de
produção efectiva do investimento.

2.1. Caracterização da envolvente


Até ao momento considera-se exíguo o número de projectos similar tendo em conta a tecnologia a
aplicar. A inflação1 acumulada de preços actualmente está em 26,09% inflação acumulada referente
ao mês de Abril de 2024; também surge como um entrave, mas para as nossas projecções financeiras
adoptamos uma abordagem mais pessimista, considerando uma taxa de inflação de 28,09% ao ano.
Dado o facto de que o mercado nacional ser vasto e os recursos iniciais de produção serem poucos,
este factor se demonstra como um dos principais entraves na execução do projecto; mas que desde já
serão ultrapassados frutos das políticas comerciais a adoptar pela empresa.
Com base nos dados do censo populacional efectuado em 2023, a população Angolana estima-se em
cerca de 33,1 milhões de habitantes, sendo 48% de sexo masculino e 52% de sexo feminino. Dessa
população total 62% viviam em áreas urbanas, o que reflecte bem o êxodo das populações do meio

1
Banco Nacional de Angola, no seu sítio da internet: http://www.bna.ao, datada de 2024.
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rural para as cidades, onde não encontram o mínimo de condições de vida (habitação, higiene básica,
condições de saneamento, alimentação, etc.) pelo que o Investimento Privado, pode ter um papel
importante na Educação das Populações quanto aos cuidados primários de saúde e outros programas
comunitários, pois este é um grande desafio para o presente e para o futuro, pois a população jovem
foge do campo e o campo vai perdendo a sua força de trabalho mais activa (juventude), daí que, o
campo vai produzindo também menos porque tem pouca mão-de-obra, para além da falta de outros
inputs necessários para o processo produtivo no campo.
De referir que essa tendência é Mundial, pese embora o facto de cada País ter a sua realidade concreta,
pois a actividade económica se encontra concentrada nos grandes centros urbanos e não no campo.
Assim, a província de Luanda detém 27% da população total do País, seguindo a província da Huila
com 10%, Benguela com 9%, Huambo com 8%, Cuanza Sul com 7%, Bié com 5,7% e Cuanza Sul
com 5,2%. Assim, 7 Províncias detêm 72% da população total do País reflectindo claramente as
assimetrias regionais que o futuro deverá corrigir, particularmente a imigração para a capital do país,
com todas consequências negativas que essa imigração desordenada acarreta.

Se tivermos ainda em conta que cerca de 54% da população tem idades compreendidas entre os 0 e 21
anos, tal facto reflecte bem em como a maioria da população é jovem, o que significa um grande
esforço para os progenitores ou educadores alimentarem as suas famílias e as necessidades de
investimentos para a formação desses filhos, daí, o facto de existir ainda um número elevado de
crianças fora dos sistema de ensino e faz com que a os empresários realizem mais investimentos em
escolas, como forma de minimizar os problemas de educação escolar para os seus membros; saúde;
agricultura e pesca para suprir as necessidades de alimentação.

2.2. Análise do Mercado


O Mercado em estudo para aplicação do projecto é estabelecido para o mercado do Cuanza Sul num
total de 1.7 milhões de habitantes estimados. Dado o fluxo da demanda por esses produtos por parte
de particulares, empresas e não só. De salientar que os mesmos produtos não têm substitutos mas sim
similares, da qual a empresa dentro da sua política de investigação e desenvolvimento (I&D) aplicará a
qualidade necessária para que o produto final (serviço) se adeqúe as necessidades dos clientes.
Relativamente as questões fiscais, (na rubrica impostos), a empresa encontra-se sujeita à tributação
em sede de Imposto Industrial (Regime Simplificado). O imposto é calculado com base no lucro
tributável (resultado contabilístico corrigido para efeitos fiscais) utilizando uma taxa nominal de 10%,
de acordo a Lei nº 26/20, de 20 de Julho, que aprova o Código do Imposto Industrial).
Impostos á pagar:
 Imposto Predial (IP);
 Imposto sobre Aplicação de Capital (IAC);
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 Segurança Social
Actualmente o mercado cambial apresenta uma taxa de câmbio2 de 834,06 AOA/USD, sendo esses
valores praticados pelo Banco Nacional de Angola. A diversificação da economia não depende apenas
dos esforços de quem governa, mas também e em grande medida, da capacidade que o sector privado
tiver em aumentar a produção agropecuária, da pesca, e da sua capacidade em fazer nascer a indústria,
particularmente na Agroindústria.

2.3. Localização

A exploração vai ser instalada na Província do Cuanza Sul, Município da Cela, mais propriamente na
zona de Massango, Fazendas Médias, o local é servido pela estrada nacional xxxxx, que liga Luanda,
Cuanza Sul, Benguela, Huambo ….

2
Banco Nacional de Angola, no seu sítio da internet: http://www.bna.ao, datada a 15/12/2020.
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O clima da região é propício para as culturas que os promotores do projecto alinharam em cultivar,
pois o solo é natural e sem nenhum vestígio de químicos que danificariam a produção da mandioca,
assim como a proximidade de linha de água também importante para o bom desempenho da actividade.

2.4. Tecnologia
O equipamento a utilizar estão voltados ao sistema mecânico com acessórias de ferramentas
reconhecidos internacionalmente, para fazer face as necessidades dos clientes.

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2.5. Organização Funcional
Esta secção apresenta a estrutura orgânica funcional do projecto, com a identificação dos órgãos
estratégicos e de gestão, a estrutura administrativa e operacional, funções e atribuições, assim como o
quadro de pessoal.
A empresa AGRO WACO, S.A. vai aplicar o modelo da “organização funcional”, que consiste num
modelo de gestão que aplica o princípio funcional do mercado, isto é, especializar os órgãos de modos a
tornarem-se capazes de proporcionar inovações e dar respostas as exigências do momento face a
concorrência imposta pelo mercado.

Organização funcional do projecto

Encarregado
Geral (1)

Encarregado
Adjunto (1)
Assistente de
Direcção (1)

Secção de
Secção de Secção de Secção de Secção de
Administração e
Campo (5) Produção (46) qualidade (4) Comercialização (3)
Finanças (3)

 Secção de campo: encarregue da gestão do pessoal de campo, logística de campo,


organização da fazenda;

 Secção de produção: se encarga da conjugação dos factores de produção (energia, matéria-


prima, mano de obra, capital) e produtos finais (bens);

 Secção de qualidade: responsável pelo cumprimento dos protocolos de qualidade dos


produtos;

 Secção comercial: responsável pelas actividade de comercialização, marketing e


comunicação, incluindo a administração da política comercial

 Secção de administração e finanças: se encarga das compras, da contabilidade, finanças,


recursos humanos.

Prevemos um total de sessenta e oito (68) funcionários, distribuídos da seguinte forma:


 Um (1) Encarregado geral;
 Um (1) Encarregado Adjunto (Agrónomo);
 Um (1) Assistente de Direcção;
 Um (1) Chefe de secção de campo (Agrónomo);
 Quatro (4) técnicos de campo;
 Um (1) Chefe de secção de Produção (Agrónomo);
 Dois (2) Chefes de equipa de campo;
 Quarenta e três (43) operários;
 Um (1) Chefe de secção de Qualidade (Agrónomo);
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 Três (3) técnicos de qualidade;
 Um (1) Chefe de secção de Comercialização (Comercial);
 Dois (2) técnicos de comercialização;
 Um (1) Chefe de secção de Administração e Finanças (Gestor);
 Dois (2) técnicos de administração e finanças.

De salientar que a empresa também poderá contratar trabalhadores eventuais sempre que for necessário
o fazer.
Em suma, o projecto prevê empregar numa primeira fase Sessenta e Oito (68) funcionários,
proporcionando deste modo uma qualidade de vida, a esses funcionários e a garantia de um salário
para a sua sustentabilidade.
Estimamos um gasto anual com o pessoal em cerca de AOA 93.452.800,00 montante sobre o qual
serão aplicadas a taxa de 11% a título de contribuição para o fundo de financiamento a segurança
social, resultando numa contribuição em cerca de AOA 10.279.808,00 e cerca de AOA 7.476.224,00 a
título de Imposto Sobre o Rendimento de trabalho por conta de outrem ao abrigo da Lei n.º 28/20 de
22 de Julho).

2.6. Planeamento da Produção Produtividade média de 39 toneladas por dia


O projecto prevê transformar em média 39 toneladas por dia, o seu processamento primário basear-
se-á em tecnologia moderna e de modo a elevar os índices de qualidade dos produtos e com uma
produtividade mínima estimada de 39 toneladas por dia, diante do grande objectivo de processar toda a
produção da fazenda.
Processamento mínimo da raiz da mandioca
O processamento mínimo consiste em submeter a raiz da mandioca a um ou mais alterações físicas,
como descasque, lavagem, fatiamento, e nalguns casos às transformações químicas, tornando-os
prontos para a trituração em fuba-de-bombo, para o consumo direito ou preparo. Após serem
processados, os produtos deverão apresentar atributos de qualidade, mantendo o máximo das suas
características nutritivas e sensoriais, como a frescura, aroma, cor e sabor.

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Todo o processo produtivo será efectuado respeitando escrupulosamente as normas aplicáveis a
actividade agrícola, sobretudo no processamento e utilização da energia eléctrica, no abastecimento,
armazenamento de agua, na definição das instalações, maquinas e equipamentos necessários, na
definição dos fornecimentos e serviços de terceiros a contratar, incluindo as matérias-primas e
similares, bem com o todos os inputs indispensáveis à produção; pretendermos igualmente prestar uma
atenção especial no processo de contratação e engajamento da mão-de-obra em termos de número e
qualificação.

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PARTE III: AVALIAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA
3. Anexos: Quadros da Análise Económica e Financeira

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3.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim concluído este trabalho de apresentação e de análise efectuada ao projecto, dando a credibilidade e
seriedade com que tem estado a ser realizado nas várias vertentes internas: Humana, Técnica, Comercial e
Financeira, e onde se pode verificar por todas as demonstrações anteriores que o projecto materializa toda
a sua capacidade produtiva, denotando uma grande auto sustentabilidade e equilíbrio financeiro, pese
embora a existência de alguns riscos, mas como tal esses também fazem parte de qualquer negócio o
importante consiste em saber gerencia-los; sendo que a emissão do presente parecer ao Estudo de
Viabilidade Económica e Financeira, comprova a importância em se levantar o máximo de riscos possíveis
para o investimento, pois através deles é possível simular dados para que os gestores tomem decisões e/ou
possam agir em situações mais específicas, minimizando os gastos; sendo que os resultados acima
demonstrados e em função dos seguintes indicadores, podemos aferir da viabilidade do projecto:

1. A actividade a ser desenvolvida pelos promotores do projecto, permite remunerar o financiamento


às instituições financeiras e accionistas e, simultaneamente, gerar lucros após o cumprimento das
obrigações fiscais;

2. A Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) obtida de 48% que representa a taxa de rentabilidade
esperada para este investimento, vem claramente demonstrar a viabilidade do projecto, pois o custo
do capital (taxa de juro do financiamento de 7,5% ao abrigo do Aviso 10 do BNA utilizada para
projectar este investimento) está largamente abaixo da TIR obtida.
3. O Valor Actual Líquido que representa a entrada e saída de recursos durante a vida útil do projecto,
evidencia que o financiamento de AOA 2.569.224.144,00 permitirá no final de seis (6) anos gerar
um VAL de AOA 2.574.360.711,00 assegurando deste modo, que o projecto cobrirá tanto o
investimento inicial, bem como a remuneração mínima exigida pelo investidor, gerando ainda um
excedente financeiro. Assim sendo, dado o nível de risco associado e aceitável evidenciando,
igualmente, que a taxa de actualização reflecte o custo de oportunidade de capital, o projecto é
viável e será gerador de mais recursos.

4. A actualização dos valores utilizados no Estudo de Viabilidade, tendo em consideração a


actualização cambial, a actualização dos valores que se referem a importações deve ser exacta. Já
quanto aos valores de venda dos produtos, entendemos que devem ser actualizados
progressivamente, de acordo com uma previsão da evolução do mercado, mas sem colocar em causa
a exequibilidade do projecto; sendo que para o caso em apreço, uma variação da quantidade de
produção e vendas, continuam a assegurar a viabilidade do projecto.
Por tudo que foi acima evidenciado e mais o que vier a se apurar, temos plena convicção e segurança que,
respeitando-se todos os paramentos avançados no presente Estudo de Viabilidade Técnico-Economico e
Financeiro e a manutenção de quatro (4) pilares de sustentação do bom desempenho operacional,
designadamente, “Segurança, Comunicação, Integridade e Qualidade”, estamos perante um projecto
economicamente viável, e recomendamos a materialização do mesmo.

Mais Valia, em Luanda aos 13 de Agosto de 2024 A equipa Técnica de


Projecto

Osvaldo Victoriano Amadeu Caculo


= Economista = = Contabilista =

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