Osteologia

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INTRODUÇÃO

CRÂNIO

OSSOS DA FACE

COLUNA
VERTEBRAL

OSSOS DO TÓRAX

MEMEBRO

OSTEOLOGIA SUPERIOR

O ESTUDO DOS OSSOS


MEMBRO
O Sistema Esquelético
INFERIOR
O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos
ligamentos e tendões. O esqueleto sustenta e dá forma ao corpo,
além de proteger os órgãos internos e atua em conjunto com os
sistemas muscular e articular para permitir o movimento. Outras
funções são a produção de células sanguíneas na medula óssea ANATOMIA ONLINE
e armazenamento de sais minerais, como o cálcio. Nesta apostila Rua Maria Angélica 171
você irá aprender os detalhes de cada osso, o nome de todos os Lagoa, Rio de Janeiro
acidentes e sua relação espacial.
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Agosto 2017
Introdução
Osteologia é a parte da anatomia que estuda os ossos. Os ossos constituem a parte passiva do sistema
locomotor e o seu conjunto, representado por aproximadamente 208 ossos, forma o esqueleto. O
número exato de ossos vai depender principalmente da idade do indivíduo, em maior numero nas
crianças e em menor nos adultos. Fatores individuais e de critérios de contagem também podem influir.
Alguns anatomistas desconsideram os ossos sesamóides e os ossículos do ouvido, outros os incluem na
contagem.

Os ossos além de constituírem a parte passiva do sistema locomotor têm outras finalidades, a saber:
função hematopoiética (produzir células sanguíneas), sustentação e manutenção de posição das partes
moles do corpo e proteção de outros sistemas como, por exemplo, o sistema nervoso central. Observa-
se que o Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinhal) está, em toda sua extensão, envolto por
estruturas ósseas, o encéfalo pelo crânio e a medula espinhal pela coluna vertebral. Por outro lado, com
os ossos pode-se estudar o desenvolvimento físico do homem no tempo. É o único tecido que pode
atravessar séculos e mais séculos com desgastes muitas vezes insignificantes.

Embriologia
Assim como todos os tecidos conjuntivos, os tecidos ósseos e cartilaginosos se originam do mesênquima.
As células do mesênquima se multiplicam, diferenciam-se e migram para as regiões apropriadas para
a formação do esqueleto.

Nesse sitio a formação dos ossos se faz a partir da ossificação das cartilagens. Então para formar ossos
é preciso que primeiro se formem as cartilagens. Condensação das células do mesênquima dá origem a
um tecido pobre em matriz extracelular, conhecido como pré-cartilagem. Com o tempo ocorre um
acumulo progressivo de substancias extracelulares que afasta as células, elas retraem seus
prolongamentos, adquirem forma esferóide e transforma-se em condrócitos.

Nesses tecidos cartilaginosos ocorre o processo de ossificação endocondral, responsável pela formação
da maioria dos ossos do corpo humano. Existe também o processo de ossificação membranosa, que é a
origem de osso a partir de um tecido membranoso ou fibroso, um exemplo é a ossificação das fontanelas
na criança.

A coluna vertebral tem origem do esclerótomo. As células mesenquimais dessa região do somito
migram em direção ao notocórdio, envolvendo-o, formando a vértebra primitiva.

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Corte transversal de um embrião.

As costelas originam-se de expansões ventrolaterais dos esclerótomos. O esterno forma-se a partir de


duas barras cartilaginosas que se unem na linha média ventral. Simultaneamente, as extremidades
ventrais dos 7 primeiros pares de costelas juntam-se ao esterno em formação.

Os ossos do crânio originam-se de processo de ossificação tanto intramembranosa quanto endocondral


a partir do mesênquima presente na região cefálica do embrião e nos arcos branquiais. O crânio é
dividido em neurocrânio, que constitui a caixa óssea que envolve e protege o cérebro, e o vicerocrânio,
representado pelos ossos da face.

Os ossos do esqueleto apendicular se originam do mesênquima presente no broto dos membros. Por
volta da 7º semana esse mesênquima origina varias peças cartilaginosas com formas semelhantes aos
ossos que irão constituir. Na 8º semana ocorre processo de ossificação endocondral (intracartilaginosa)
dessas peças em sentido proximal-distal para formação dos membros.

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Desenvolvimento do crânio no embrião.

A- Vista superior da base do crânio de um embrião de 6 semanas.

B - Vista superior da base do crânio de um embrião de 7 semanas.

C - Vista superior da base do crânio de um feto de 12 semanas.

D - Vista lateral da cabeça de um feto de 20 semanas.

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Processo de ossificação de um osso longo.

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Classificação dos Ossos
Consideram-se para a classificação dos ossos suas dimensões e formato.

Ossos Longos: Uma das dimensões excede


as demais. O osso longo apresenta duas
extremidades, as epífises e um corpo,
denominado diáfise. Entre a epífise e a
diáfise encontra-se a metáfise. Nas crianças
encontramos a linha epifisária composta
pela cartilagem epifisária, localizada na
epífise. Essa cartilagem permite o
crescimento ósseo no eixo longitudinal.
Exemplo: Úmero e Fêmur.

Ossos Chatos, Planos ou Laminares:


Apresentam pequena espessura e
equivalência entre o comprimento e a
largura. Exemplo: ossos da calota craniana.

Ossos Curtos: Suas dimensões, em todos


os sentidos, são semelhantes. Exemplo: os
pequenos ossos do carpo ou do tarso.

Ossos Irregulares: Possuem uma


caracterização muito específica, não
havendo relação nenhuma entre suas
dimensões. Exemplo: Vértebras.

Ossos Pneumáticos: Apresentam em seu


interior cavidade aerífera. São eles: maxilar,
etmóide, esfenóide e frontal.

Ossos Alongados: São longos, porém


achatados e não apresentam canal medular.
Exemplo: costelas.

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Composição dos Ossos

Otecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e material extracelular
calcificado, a matriz óssea. As células são: os osteócitos que são células ósseas maduras, os osteoblastos
que são células produtoras da parte orgânica da matriz óssea e os osteoclastos que são células gigantes,
móveis e fagocitárias de tecido ósseo.

São distinguíveis duas formas de osso: o osso compacto e o osso esponjoso. O osso compacto é uma
massa sólida e contínua, na qual se pode apenas ver espaços com auxilio do microscópio. Na região de
junção do osso compacto com o osso esponjoso observa-se uma gradual substituição de uma forma por
outra, sem uma delimitação nítida. O osso esponjoso é constituído por uma trama tridimensional de
espículas ósseas ramificadas (trabéculas), que delimitam o espaço ocupado pela medula óssea.

Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são formadas por osso esponjoso com uma delgada
camada superficial compacta. A diáfise é quase totalmente compacta, com pequena quantidade de osso
esponjoso na sua parte profunda delimitando o canal medular.

Os ossos curtos têm o centro esponjoso, sendo recobertos em toda sua periferia por uma camada
compacta.

Nos ossos chatos existem duas camadas de osso compacto, as tábuas interna e externa, separadas por
osso esponjo, que nessa localização recebe o nome de díploe.

Na cavidade do osso esponjoso e no canal medular dos ossos longos encontramos a medula óssea. No
recém-nascido toda sua medula óssea tem cor vermelha, devido a sua intensa hematopoiese (formação
de células sanguíneas). Com o passar da idade a medula óssea vai sendo infiltrada por tecido adiposo.
Formando a medula óssea amarela.

Revestindo os ossos pela face externa encontramos o periósteo, uma fina camada de tecido conjuntivo
que está em contato direto com o osso. Possui duas camadas, uma profunda e outra superficial. A
camada profunda é também conhecida como folheto osteogênico, por participar da formação óssea pela
diferenciação de suas células em osteoblastos.

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Corte coronal da extremidade de um osso longo, evidenciando o osso esponjoso e o osso compacto.

Acidentes Ósseos

Os ossos apresentam saliências, depressões e aberturas que são os acidentes ósseos.

As saliências ósseas podem ser articulares ou não, assim como as depressões.

Saliências articulares
São elevações nos ossos que se articulam com outras estruturas. São as cabeças, côndilos, capítulos e
trócleas.

Exemplo: cabeça do fêmur e tróclea do úmero.

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Saliências não articulares
São elevações nos ossos que não se articulam com outras estruturas. São as bordas, cristas, espinhas,
linhas, apófises ou processos, tuberosidades e tubérculos.

Exemplo: crista ilíaca e espinha esquiática.

Depressões articulares
São reentrâncias nos ossos que se articulam com outras estruturas. Temos as cavidades, as fóveas, as
incisuras (essas podem ser ou não articulares) e os alvéolos.

Exemplo: cavidade glenoide da escápula, a fóvea costal das vértebras e os alvéolos dentários da
mandíbula.

Depressões não articulares


São reentrâncias nos ossos que se não articulam com outras estruturas. São os sulcos e as fossas.

Exemplo: sulco do nervo radial do úmero, fossa intercondilar do fêmur.

Forames e canais
São aberturas nos ossos que permitem a passagem de qualquer estrutura anatômica. Essas aberturas
podem ser formadas por um único osso ou por mais de um osso.

Exemplo: forame nutrício dos ossos e canal óptico do osso esfenóide.

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Os Ossos

O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes.

Esqueleto axial: formado pelo crânio, coluna vertebral, costelas e


esterno.

Esqueleto apendicular: compreendido pelos ossos dos membros.


Membro superior com a cintura escapular (formada pelas
escápulas e clavículas) e os outros ossos do membro superior. E
o membro inferior com a cintura pélvica (formada pelos ossos
ilíacos) e os outros ossos do membro inferior.

No estudo dos ossos é importante sabermos sua localização


espacial em relação ao corpo humano. Para colocar um osso em
posição anatômica precisamos utilizar os acidentes ósseos como
referência e orientá-los em relação as planos anatômicos. Então,
quando descrevermos os ossos neste capítulo, dizemos qual
acidente ósseo você deve utilizar e como deve orientá-lo em
ralação ao plano anatômico. Para os ossos impares utilizamos
apenas dois acidentes ósseos e para os ossos pares utilizamos
três. Isso porque precisamos de mais um acidente ósseo para
identificarmos o lado o qual esse osso pertence.

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O Crânio

Divide-se, para estudo, em ossos da face e ossos do crânio propriamente dito.

Os ossos que compõe o crânio são: Frontal, Occipital, Esfenóide, Etmóide (ímpares)*, Parietal e
Temporal (pares)*.

O crânio pode ser dividido em calota craniana ou calvária e base do crânio. A calvária é a parte superior
do crânio e é formada pelos ossos: Frontal, Occipital, e Parietais.

A base do crânio forma o assoalho da cavidade craniana e pode ser dividida em três fossas ou andares:

A fossa anterior, também chamada de andar superior da base do crânio, é formada pelas lâminas
orbitais do frontal, pela lâmina crivosa do etmóide e pelas asas menores e parte anterior do esfenóide.

A fossa média, também chamada de andar médio da base do crânio, é formada anteriormente pelas
asas menores do esfenóide, posteriormente pela porção petrosa do osso temporal e lateralmente pelas
escamas do temporal, osso parietal e asa maior do esfenóide.

A fossa posterior, também chamada de andar inferior, é constituída pelo dorso da sela e clivo do
esfenóide, pelo occipital e parte petrosa e mastóidea do temporal. Essa é a maior fossa do crânio e
também abriga o maior forame do crânio, o forame magno

Os ossos que compõe a face são: Mandíbula, Vômer, Hióde (ímpares)*, Maxilar, Palatino, Zigomática,
Concha nasal inferior, Lacrimal e Nasal (pares)*.

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*Ossos ímpares são ossos situados na linha média e que não possuem outro semelhante no corpo. Ossos pares são ossos
situados lateralmente e que possuem outro semelhante do lado oposto.

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Crânio - vista anterior

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Crânio - vista anterior

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Crânio – vista lateral esquerda
* Em antropologia são empregados como pontos de mensuração.

15
Crânio – vista posterior
* Em antropologia são empregados como pontos de mensuração.

Obs: nem todos possuem os ossos suturais

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Calvária - vista superior
* Em antropologia são empregados como pontos de mensuração.

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Calvária - vista inferior ou interna

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Base do crânio, face interna – vista superior

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Base do crânio, sem a mandíbula – vista inferior

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Crânio – corte sagital
* Em antropologia são empregados como pontos de mensuração.

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Calvária de recém-nascido – vista superior

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Ossos do Crânio

Frontal
É um osso pneumático, ímpar, que constitui o limite anterior da calota craniana e o assoalho do andar
superior da base do crânio.

Posição anatômica:

Anteriormente: borda supra-orbitária

Inferiormente: espinha nasal

Frontal - vista anterior

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Parietal
É um osso par. Os dois ossos parietais formam os lados e teto da calota craniana. É aplanado,
quadrangular e apresenta uma superfície externa convexa e uma interna côncava.

Posição anatômica:

Anteriormente: borda frontal

Inferiormente e lateralmente: borda escamosa

Frontal - vista inferior


* Fossa da glândula lacrimal, onde está situada a glândula lacrimal.

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Parietal direito - vista lateral

Parietal direito, face interna - vista medial

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Occipital
É um osso ímpar que constitui o limite posterior e dorsocaudal do crânio. Tem uma forma trapezóide e
conformação de uma taça. Possui uma grande abertura, o forame magno, que se continua com o canal
vertebral.

Posição anatômica:

Dorsalmente: protuberância occipital externa

Inferiormente: forame magno

Occipital - vista inferior

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Occipital - vista anterior

Esfenóide
É um osso ímpar que se encontra no andar médio da base do crânio. Assemelha-se a um morcego de
asas abertas.

Posição anatômica:

Anteriormente: face orbitária

Lateralmente: asa maior

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Esfenóide – vista anterior

Esfenóide – vista posterior

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Temporal
É um osso par situado entre o occipital e o esfenóide, formando a base do crânio e sua parede lateral.

Posição anatômica:

Lateralmente, dorsalmente e inferiormente: processo mastóide

Superiormente: porção escamosa

Temporal direito – vista lateral

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Temporal direito, face interna – vista medial

Temporal direito – vista inferior

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Etmóide
É um osso ímpar, pneumático, excessivamente leve e esponjoso que forma parte do assoalho do andar
superior da base do crânio. Situa-se entre as duas órbitas, forma a maior parte da parede superior da
cavidade nasal e constitui parte do septo nasal.

Posição anatômica:

Anteriormente: processos alares

Superiormente: crista gali

Etmóide – vista postero-superior (esquerda) e vista lateral (direita)

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Ossos da Face

Mandíbula
É um osso ímpar que forma a porção ventrocaudal da face e contém os alvéolos dentários inferiores.

Posição anatômica: Anteriormente: eminência mentoniana ; Cranialmente: côndilos

Mandíbula – vista anterior Mandíbula – vista lateral

Mandíbula – vista medial Mandíbula – vista posterior

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Vômer
Osso ímpar, plano, quadrilátero e alargado que forma as porções posteriores e inferiores do septo
nasal.

Posição anatômica:

Inferiormente: borda palatina

Dorsalmente: asas

Vômer – vista lateral Vômer - vista posterior

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Maxila
É um osso par e pneumático que tem a forma cubóidea e que se comunica com a cavidade nasal. São os
maiores ossos da face, com exceção da mandíbula, e pela sua união forma todo o maxilar superior.
Formam parte do teto da cavidade oral e do assoalho da cavidade nasal. Contêm os alvéolos dentários
superiores.

Posição anatômica:

Anteriormente: espinha nasal

Cranialmente: processo frontal

Lateralmente: processo zigomático

Maxila – vista lateral Maxila e Palatino – vista medial

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Palatino
É um osso par que forma a parte posterior do palato duro, parte do assoalho e da parede lateral da
cavidade nasal. Sua forma lembra a letra L.

Posição anatômica:

Dorsalmente: processo piramidal

Inferiormente: lâmina horizontal

Medialmente: crista nasal

Palatino – vista lateral Palatino – vista posterior

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Zigomático
É um osso par que está situado na parte lateral do esqueleto facial formando a proeminência da face,
parte lateral e assoalho da órbita e parte das fossas temporais e infratemporais.

Posição anatômica:

Anteriormente: forame zigomáticofacial

Cranialmente: processo frontal

Medialmente: face orbital

Zigomático – vista lateral Zigomático – vista posterior

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Concha Nasal Inferior ou Corneto Inferior
É um osso par que se estende ao longo da parede lateral da cavidade nasal. Consiste de uma lamina de
osso esponjoso que enrola sobre si mesmo.

Posição anatômica:

Medialmente: face convexa

Superiormente: borda das eminências

Dorsalmente: extremidade opilada

Viscerocrânio – Corte frontal através do meio da órbita em vista anterior

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Lacrimal
É uma delgada lamina óssea, par, de forma quadrangular alargada que se encontra situada na porção
anterior da parede medial e interna da cavidade orbitária.

Posição anatômica:

Medialmente: canal lacrimal

Superiormente: borda articular para o osso frontal

Dorsalmente: gancho lacrimal

Órbita. Sonda no canal infra-orbital – vista antero-lateral

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Nasal
É um osso par, oblongo que forma o dorso do nariz.

Posição anatômica:

Anteriormente e lateralmente: face convexa

Superiormente: bordo dentado

Parede lateral da cavidade nasal, após remoção da concha nasal média

Vista medial

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Hióide
É um osso particular, pois é o único que não se articula com nenhum outro e que não é considerado
pertencente à face. Recebe esse nome por ser semelhante à letra U grega. É o osso da base da língua,
pois nele ela se insere. Pode ser considerado osso da face como também osso do pescoço.

Posição anatômica:

Anteriormente: convexidade do corpo

Cranialmente: cornos

Hióide – vista ântero-superior Hióide – vista lateral

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A Coluna vertebral

A coluna vertebral se estende desde a base do crânio até a extremidade caudal do tronco. É constituída
de 33 ou 34 vértebras superpostas e intercaladas por discos intervertebrais. As vértebras sacras soldam-
se entre si, constituindo um único osso, o sacro, assim como as coccígeas, que formam o cóccix. Divide-
se em coluna vertebral cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea.

Cervicais: 7 vértebras.

Torácicas: 12 vértebras.

Lombar: 5 vértebras.

Sacro: 5 vértebras.

Cóccix: 4 a 5 vértebras.

Vértebras Cervicais
São as menores vértebras e se distinguem das demais por um forame no processo transverso. A primeira,
a segunda e sétima vértebra cervical apresentam características especiais e serão estudadas
separadamente.

Posição anatômica: o processo espinhoso é posterior e inferior.

Atlas
É a primeira vértebra cervical e recebe esse nome por sustentar, assim como o titã da mitologia grega,
o globo da cabeça. Sua característica mais marcante é não possuir corpo vertebral. Funciona como um
apoio ao crânio, é a vértebra responsável por ser articular com o Áxis e permitir os amplos movimentos
que possuímos entre a cabeça e a coluna vertebral.

Posição anatômica: fóvea dental é anterior; face articular superior é superior.

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Áxis
È a segunda vértebra cervical e tem esse nome por formar um eixo de rotação para a cabeça, através do
Atlas, ao redor do seu dente. Sua característica mais marcante é o seu dente. Graças a esse tipo de
articulação podemos fazer o movimento de rotação da cabeça. Também conhecido vulgarmente como
movimento de “não”, quando dizemos “não” com a rotação da cabeça.

Posição anatômica: o dente é anterior e superior.

Sétima vértebra cervical


É bem parecida com as demais, mas possui um processo espinhoso longo e bem proeminente, sendo
esta sua característica especial. Por isso recebe o nome de vértebra proeminente. Note na mesma figura
que a 5º vértebra cervical apresenta um processo espinhoso bífido, bifurcado. Na maioria das pessoas
esse é o padrão mais encontrado.

Posição anatômica: o processo espinhoso é posterior e inferior.

Vértebras torácicas
Distinguem-se das demais pela presença de fóvea costal no corpo vertebral onde se articulam as
cabeças das costelas.

Posição anatômica:

Os processos espinhosos são posteriores e inferiores

Vértebras Lombares
Podemos diferenciá-las das demais por não possuir forame no processo transverso e fóveas costais no
corpo vertebral. Possuem um processo transverso alongado podendo ser chamado de processo costal e
seu corpo vertebral é grande e largo.

Posição anatômica:

Os processos espinhosos são posteriores e inferiores

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vista anterior vista posterior vista lateral

Coluna vertebral

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Atlas – vista superior

Atlas – vista inferior Atlas e Áxis – corte medial

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Áxis – vista anterior Áxis – vista postero-superior

5º Vértebra cervical – vista superior 7º Vértebra Cervical – vista superior

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2º-7º Cervicais – vista anterior 1º-7º Cervicais – vista posterior

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10º vértebra torácica

vista superior vista anterior

6º vértebra torácica – vista lateral 12º vértebra torácica – vista lateral

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Sacro
O sacro é constituído por cinco vértebras fundidas (podem ser seis). Porém, na juventude se encontram
separadas. É um grande osso triangular situado na parte posterior da pelve. Sua face ventral é côncava
e a face dorsal convexa caracterizando uma cifose.

Posição anatômica:

Superiormente a base e posteriormente a crista sacral média.

Sacro – vista posterior

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Sacro – Vista ântero-inferior

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Sacro – vista lateral Sacro após corte mediano – vista medial

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Cóccix
É um pequeno osso triangular situado na extremidade caudal da coluna vertebral, sendo formado por
quatro ou cinco vértebras fundidas.

Posição anatômica:

Inferiormente – extremidade afilada

Anteriormente – face côncava

Cóccix – vista anterior Cóccix – vista posterior

Costelas
São finos arcos ósseos de convexidade externa que formam o gradil costal. Há doze de cada lado
existindo particularidades entre elas. As sete primeiras são verdadeiras, pois estão unidas ao esterno
por cartilagem costal. A 8º, a 9º e a 10º são chamadas de falsas, pois só alcançam o esterno através da
7º cartilagem costal. A 11º e 12º são flutuantes, pois não se articulam anteriormente e por isso flutuam.

Primeira costela: é a menor e a mais encurvada. Além disso, é chata e larga.

Décima primeira e décima segunda: não possuem colo nem tubérculo e se estreitam em sua
extremidade anterior. A décima segunda é menor e não possui ângulo nem sulco costal.

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Gradil Costal ou Caixa Torácica

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Costelas – vista lateral direita
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Esterno
É uma placa óssea alargada que forma a porção média da parede ventral do tórax. Consiste de três
partes:

Manúbrio: é a porção mais superior e tem formato quadrangular.

Corpo: é mais longo, mais fino e mais achatado que o manúbrio.

Processo xifóide: é a menor das três partes. No jovem é uma peça cartilaginosa que se ossifica ao
longo do desenvolvimento.

Posição anatômica:

Lateralmente: face convexa

Inferiormente: sulco costal

Dorsalmente: cabeça

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Esterno – vista anterior Esterno – vista lateral esquerda

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O Esqueleto Apendicular

É formado pelos ossos dos membros inferiores e pelos ossos dos membros superiores.

O conjunto de ossos que ligam o esqueleto apendicular ao esqueleto axial recebe o nome de cíngulo ou
cintura.

O cíngulo do membro superior pode ser chamado de cintura escapular e é formado pela clavícula e pela
escapula. Possuímos duas cinturas escapulares, uma de cada lado do corpo.

O cíngulo do membro inferior pode ser chamado de cintura pélvica e é formado pelo osso ilíaco, também
conhecido como osso do quadril. É importante lembrar que o sacro não faz parte da cintura pélvica, ele
se articula com os dois ossos do quadril, unindo os dois cíngulos do membro inferior.

Ossos do Membro Superior

Clavícula
É um osso longo e robusto com uma curvatura que lembra a letra S. Forma a parte ventral da cintura
escapular.

Posição anatômica:

Medialmente: extremidade esternal

Posteriormente: tubérculo conóide

Inferiormente: sulco do m. subclávio

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Escápula
É um osso chato e triangular com uma ampla concavidade ventral. Forma a parte dorsal da cintura
escapular.

Posição anatômica:

Posterior e superiormente: espinha da escápula

Lateralmente: cavidade glenóidea

Úmero
É um osso longo e o maior do membro superior. Possui uma cabeça que se articula com a cavidade
glenóide da escápula.

Posição anatômica:

Proximal e medialmente: cabeça

Posteriormente: fosso do olecrano

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Ulna
Forma a parte medial do esqueleto do antebraço. É um osso longo que possui uma extremidade
proximal mais larga e que vai se afilando até sua extremidade distal.

Posição anatômica:

Lateral e proximalmente: incisura radial

Anteriormente: processo conóide.

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Rádio
É um osso longo que forma a parte lateral do esqueleto do antebraço. Sua extremidade proximal é
pequena e sua extremidade distal é larga.

Posição anatômica:

Proximalmente: cabeça

Medialmente: margem interóssea

Anteriormente: tuberosidade do rádio

Úmero – vista anterior Úmero – vista posterior

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Ossos da mão
O esqueleto da mão pode ser dividido em três partes: ossos do carpo, ossos do metacarpo e falanges
(ossos dos dedos).

Ossos do carpo: em numero de oito, são distribuídos em duas fileiras.

Fileira proximal, do rádio à ulna: escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme

Fileira distal, do rádio à ulna: trapézio, trapezóide, capitato e hamato

Ossos do metacarpo: são cinco ossos delgados numerados a partir do lado radial.

Falanges: são quatorze. Três para cada dedo e duas para o polegar.

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Ossos do Membro Inferior

Ilíaco ou Osso do Quadril


É um osso par, grande, chato e irregular formado pela união de três ossos: o ílio, o ísquio e o púbis.
Esses três ossos se unem em uma grande cavidade articular, o acetábulo.

O ílio é superior e constitui a maior parte do osso do quadril. É dividido em duas partes pela linha
arqueada em asa e corpo.

O ísquio forma a parte inferior e posterior do quadril. É divido para o estudo em corpo e ramo.

O púbis é menor e a mais anterior porção do quadril. É dividido em corpo e dois ramos, um inferior e
outro superior.

Posição anatômica:

Superiormente: crista ilíaca

Anteriormente: púbis

Lateralmente: acetábulo

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Cíngulo do membro inferior – vista superior

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Osso do quadril ou Ilíaco – vista medial

70
Osso do quadril ou Ilíaco – vista anterior

71
Osso do quadril ou Ilíaco – vista látero-posterior

Fêmur
É um osso longo, o maior e mais forte do corpo humano. É ligeiramente encurvado, estando sua
convexidade voltada ventralmente.

Posição anatômica:

Proximal e medialmente: cabeça

Dorsalmente: côndilos

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Fêmur – vista anterior Fêmur – vista posterior

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Fêmur; extremidade proximal – vista posterior

Vista lateral vista inferior

Fêmur; extremidade distal

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Patela
É um osso chato, arredondado e triangular formando uma base e um ápice. Localiza-se no interior do
tendão do quadríceps femoral.

Posição anatômica:

Dorsal e medialmente: face articular para o côndilo medial

Inferiormente: ápice

Patela – vista anterior Patela – vista posterior

Tíbia
È um osso longo situado do lado medial da perna. Sua extremidade superior é ampla e funciona como
uma base para a articulação do fêmur, recebendo o nome de platô tibial. E sua extremidade distal é
menor e ligeiramente escavada para formar a articulação do tornozelo.

Posição anatômica:

Proximalmente: côndilos

Anteriormente: tuberosidade da tíbia

Medialmente: maléolo

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Fíbula
É um osso longo e fino situado do lado lateral da perna .

Posição anatômica:

Proximalmente: cabeça

Medialmente: margem interóssea

Dorsalmente: fossa maleolar

Tíbia – vista anterior vista lateral vista posterior

76
Platô tibial e fíbula – vista superior

Tíbia e fíbula – vista inferior

77
Fíbula – vista medial vista lateral vista posterior

78
Ossos do pé – vista superior vista plantar

Ossos do pé
O esqueleto do pé pode ser dividido em três partes: ossos do tarso, ossos do metatarso e falanges
(ossos dos dedos).

Ossos do carpo: em numero de sete, são distribuídos em duas fileiras.

Fileira proximal: calcâneo e tálus

Fileira distal: cubóide, navicular e três cuneiformes.

Ossos do metacarpo: são cinco ossos, são numerados a partir do Hálux.

Falanges: são quatorze. Três para cada dedo e duas para o Hálux.

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Ossos do pé – vista medial

80
Ossos do pé – vista lateral

81
Tálus – vista superior vista plantar

Calcâneo – vista medial

82
Calcâneo – vista lateral

83
Osso do tarso e metatarso; as distâncias entre os ossos foram aumentadas para fins idáticos – vista superior

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