AP7 Modelo

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Física Experimental 1 - 2023.

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A experiência do Pêndulo Simples

Integrantes:

MODELO DE RESPOSTA

Objetivo: Determinação da aceleração da gravidade via a experiência do Pêndulo Simples com o Método dos
Mínimos quadrados

Nesta Atividade Prática temos como objetivo obter a melhor estimativa experimental para a aceleração da gravidade local
utilizando um pêndulo simples. Dentre as práticas realizadas em sala de aula, esta é a metodologia experimental mais

propícia para obter um resultado com boa precisão e exatidão. Vamos adotar como referência |𝑔| = 9. 81m/s².

Para pequenas amplitudes de oscilações, o período de oscilação 𝑇 de um pêndulo simples, de comprimento 𝐿 é dado por:

𝐿
𝑇 = 2π 𝑔
(Eq. 1)

1. Tomada de dados
Seguindo a discussão e a Atividade Pré-aula disponibilizada no capítulo 7 da apostila, monte pêndulos com os
comprimentos especificados e obtenha os dados solicitados na Tabela 1. Utilize o sensor para obter os períodos de uma
oscilação.

Questão 1. Como você irá expressar a medida experimental para repetições da tomada de dados com o mesmo
comprimento do pêndulo? Não esquecer de mencionar a incerteza.
R.: O resultado experimental para o período de oscilação do pêndulo de comprimento L é a média da tomada de dados.
Sua incerteza é o desvio padrão da média ou a resolução do instrumento, o que for maior.

Questão 2. Os resultados experimentais, para os diversos comprimentos do pêndulo, estão próximos da previsão teórica?
Como é feita a comparação entre um valor experimental e um valor de referência?
R.: Considerando o critério de 1 incerteza, os resultados experimentais não são compatíveis com a previsão teórica para 8
dos 9 comprimentos do pêndulo simples.

2. Linearização
Questão 3. Considerando a relação teórica entre o período de oscilação e o comprimento do pêndulo simples, indique
uma parametrização de forma a se obter um gráfico Y contra X linearizado. Preencha a Tabela 2.
R.: Considerando
4π²
𝑇² = 𝑔 𝐿,
uma parametrização possível é adotar a variável X = L e Y = T².

OBS.: Há outras alternativas para a parametrização das variáveis X e Y.

Questão 4. Como se calcula a incerteza na variável Y? Demonstre a propagação de incerteza.


R.: Considerando 𝑌 = 𝑇²,
( )
∂𝑌
σ𝑦² = σ𝑇² ∂𝑇 ² = σ𝑇²(2𝑇)² → σ𝑦 = σ𝑇(2𝑇).

3. Planilha de cálculos
Usando uma planilha eletrônica, construa um gráfico de dispersão com os dados da Tabela 2.
OBS.: Ver gráfico na última página.
4. Ajuste de reta com o Método dos Mínimos Quadrados
Nesta etapa vamos utilizar uma planilha para realizar as contas associadas ao método dos mínimos quadrados. Verifique a
vídeo-aula disponibilizada no Classroom e complete a Tabela 3. Tenha atenção para as incertezas dos valores das
variáveis que vocês indicam na Questão 3, e a incerteza da variável Y calculada conforme a Questão 4. Calcule os valores
para os coeficientes linear (A) e angular (B) e suas respectivas incertezas utilizando as equações abaixo (também
disponível na apostila da disciplina).

Formulário:

( ) ( ) ( ) ( ) ( )
𝑁 𝑁 𝑥𝑖 𝑁 𝑦𝑖 𝑁 𝑥𝑖𝑦𝑖 𝑁 2
𝑥𝑖
1
𝑆σ = ∑ 2 ; 𝑆𝑥 = ∑ 2 ; 𝑆𝑦 = ∑ 2 ; 𝑆𝑥𝑦 = ∑ 2 ; 𝑆𝑥² = ∑ 2
𝑖=1 σ𝑖 𝑖=1 σ𝑖 𝑖=1 σ𝑖 𝑖=1 σ𝑖 𝑖=1 σ𝑖
2
𝐴=
1
∆ (𝑆𝑥²𝑆𝑦 − 𝑆𝑥𝑆𝑥𝑦); 𝐵=
1
∆ (𝑆σ𝑆𝑥𝑦 − 𝑆𝑥𝑆𝑦); ∆ = 𝑆𝑥²𝑆σ − 𝑆𝑥

𝑆𝑥² 𝑆σ
σ𝐴 = ∆
; σ𝐵 = ∆

Questão 5. Determine os coeficientes linear e angular, usando o método dos mínimos quadrados, para a reta que ajusta os
dados da Tabela 2. Indique também as respectivas incertezas dos coeficientes.
A= -0.016 ± 0.016 unidade: s²

B= 4.097 ± 0.026 unidade: s²/m

Calcule os resíduos dados por


[ (
Δ𝑦 = 𝑦𝑒𝑥𝑝 − 𝐴 + 𝐵 · 𝑥𝑒𝑥𝑝 /σ𝑌 , )]
e termine o preenchimento da Tabela 3 (colunas 10 e 11).

Questão 6. Faça o gráfico de resíduos (página 73 da Apostila), usando os dados da Tabela 3. Cite pelo menos uma
informação que pode ser obtida do gráfico dos resíduos e sua aplicabilidade na análise do ajuste. O que você conclui a
partir do seu gráfico de resíduos?
R.: Os dados experimentais estão distribuídos em torno da reta ajustada, isto é, aproximadamente metade dos dados estão
abaixo e acima da reta.
OBS.: veja o gráfico dos resíduos no final deste modelo de respostas.

5. Interpretação da análise e dos resultados


Questão 7. Explique com palavras (sem equações) como o MMQ obtém os coeficientes da melhor reta que se ajusta aos
dados. Compare a reta que você obteve via MMQ com aquela obtida via ajuste gráfico do relatório 6.
R.: A ideia central do MMQ consiste em obter a reta com coeficientes linear A e angular B que minimizam a soma das
distâncias quadráticas entre os pontos experimentais (xi,yi) e a reta ajustada.
OBS.: Ler apostila pag. 93.

Questão 8. Na reta de ajuste linear que você obteve, e com base no que você esperava obter da teoria, o que representa o
coeficiente linear?
R.: O coeficiente linear ajustado pelo MMQ deve ser compatível com ZERO. No caso dos dados apresentados neste
modelo de resposta e considerando o critério de 1 incerteza, o coeficiente linear A = -0.016 ± 0.016 é compatível com
zero. Neste experimento, coeficientes lineares não compatíveis com ZERO sugerem a existência de erros sistemáticos na
tomada de dados.

Questão 9. De acordo com o MMQ que você implementou na tabela 2, quanto vale a aceleração da gravidade local?
4π² 4π² 4π²
R.: Como 𝐵 ≡ 𝑔 → 𝑔 = 𝐵 = 4.097 = 9. 64 m/s².
A incerteza é obtida por propagação da incerteza de B:
( )∂𝑔
(
−4π²
σ𝑔² = σ𝐵² ∂𝐵 ² = σ𝐵² 𝐵² ² → σ𝑔 = σ𝐵) ( ) = σ ( ).
4π²
𝐵² 𝐵
𝑔
𝐵

2
Tabela 1. OBS.: Aqui, o critério adotado para a compatibilidade é de 1 incerteza.
Medida L(m) Tteo(s) T1(s) T2(s) T3(s) T4(s) T5(s) Texp(s) = T ± δT Texp(s) é compatível com Tteo(s)?

1 0,150 0,777 0,782 0,788 0,786 0,785 0,785 0,785 ± 0,001 NÃO

2 0,200 0,897 0,898 0,895 0,897 0,896 0,897 0,897 ± 0,001 SIM

3 0,250 1,003 1,006 1,005 1,004 1,006 1,004 1,005 ± 0,001 NÃO

4 0,400 1,269 1,271 1,271 1,271 1,273 1,271 1,271 ± 0,001 NÃO

5 0,450 1,346 1,351 1,351 1,351 1,350 1,350 1,351 ± 0,001 NÃO

6 0,500 1,419 1,423 1,420 1,420 1,420 1,420 1,421 ± 0,001 NÃO

7 0,600 1,554 1,565 1,565 1,565 1,565 1,565 1,565 ± 0,001 NÃO

8 1,000 2,006 2,009 2,009 2,005 2,008 2,008 2,008 ± 0,001 NÃO

9 1,200 2,198 2,223 2,224 2,223 2,227 2,220 2,223 ± 0,001 NÃO

Tabela 1

3
Tabela 2.
Medida variável X Unidade da grandeza X variável Y incerteza variável Y Unidade da grandeza Y

1 0,150 m 0,617 0,002 s²

2 0,200 m 0,804 0,001 s²

3 0,250 m 1,010 0,001 s²

4 0,400 m 1,616 0,001 s²

5 0,450 m 1,824 0,001 s²

6 0,500 m 2,018 0,002 s²

7 0,600 m 2,449 0,003 s²

8 1,000 m 4,031 0,003 s²

9 1,200 m 4,944 0,005 s²

Tabela 2

4
TABELA 3. Utilizando o método dos mínimos quadrados não-ponderado pelas incertezas experimentais.
x y σy 1 x x² y x*y Δy Δy^2

1 0,150 0,617 0,002 1 0,15 0,02 0,62 0,09 0,018 0,000338

2 0,200 0,804 0,001 1 0,20 0,04 0,80 0,16 0,001 0,000001

3 0,250 1,010 0,001 1 0,25 0,06 1,01 0,25 0,002 0,000005

4 0,400 1,617 0,001 1 0,40 0,16 1,62 0,65 -0,006 0,000035

5 0,450 1,824 0,001 1 0,45 0,20 1,82 0,82 -0,003 0,000010

6 0,500 2,018 0,002 1 0,50 0,25 2,02 1,01 -0,014 0,000196

7 0,600 2,449 0,001 1 0,60 0,36 2,45 1,47 0,007 0,000055

8 1,000 4,031 0,003 1 1,00 1,00 4,03 4,03 -0,049 0,002433

9 1,200 4,944 0,005 1 1,20 1,44 4,94 5,93 0,043 0,001889

Σ= 4,750 19,3 9,0 4,8 3,5 19,3 14,4

5
6
7

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