Legislação (Vade Mecum) Missão Semob 2024.1-1

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LEGISLAÇÃO AGENTE DE MOBILIDADE URBANA – JOÃO PESSOA

➢ CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO


➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 24/98 - IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 26/98 - TRANSPORTE DE CARGA EM VEÍCULOS DESTINADOS AO TRANSPORTE
DE PASSAGEIROS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 36/98 - SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 108/99 - RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DE MULTAS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 110/00 - CALENDÁRIO RENOVAÇÃO LICENCIAMENTO
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 242/07 - INSTALAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS GERADORES DE
IMAGENS NOS VEÍCULOS AUTOMOTORES
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 432/13 - FISCALIZAÇÃO DE ALCOOLEMIA
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 508/14 - REQUISITOS DE SEGURANÇA PARA A CIRCULAÇÃO, A TÍTULO
PRECÁRIO, DE VEÍCULO DE CARGA OU MISTO TRANSPORTANDO PASSAGEIROS NO COMPARTIMENTO DE
CARGAS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 581/16 - ALTERAR A RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 24, DE 21 DE MAIO DE 1998, QUE
ESTABELECE O CRITÉRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS, A QUE SE REFERE O ART. 114, DO CTB
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 811/20 - PROCEDIMENTOS PARA INTEGRAÇÃO DOS MUNICÍPIOS AO SISTEMA
NACIONAL DE TRÂNSITO (SNT)
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 819/21 - TRANSPORTE DE CRIANÇAS MENORES DE 10 ANOS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 900/22 - PADRONIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA APRESENTAÇÃO DE
DEFESA PRÉVIA E DE RECURSO, EM 1ª E 2ª INSTÂNCIAS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 911/22 - TRÂNSITO DE VEÍCULOS NOVOS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 914/22 - UTILIZAÇÃO DE SEMIRREBOQUES POR MOTOCICLETAS E MOTONETA
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 918/22 - PROCEDIMENTOS PARA A APLICAÇÃO DAS MULTAS POR INFRAÇÕES
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 919/22 - EXTINTORES DE INCÊNDIO DE INSTALAÇÃO OBRIGATÓRIA OU
FACULTATIVA NOS VEÍCULOS AUTOMOTORES
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 930/22 - CURSO ESPECIALIZADO OBRIGATÓRIO DESTINADO AOS
PROFISSIONAIS EM TRANSPORTE DE PASSAGEIROS (MOTOTAXISTA) E EM ENTREGA DE MERCADORIAS
(MOTOFRETISTA)
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 940/22 - CAPACETE
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 955/22 - TRANSPORTE DE CARGA NAS PARTES EXTERNAS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 958/22 - LIMITES DE EMISSÕES DE GASES E PARTÍCULAS PELO ESCAPAMENTO
DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 965/22 - DEFINE E REGULAMENTA AS ÁREAS DE SEGURANÇA E DE
ESTACIONAMENTOS ESPECÍFICOS DE VEÍCULOS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 967/22 - CRITÉRIOS PARA A BAIXA DO REGISTRO DE VEÍCULOS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 969/22 - SISTEMA DE PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 976/22 - REFERENDA A DELIBERAÇÃO CONTRAN Nº 259, DE 26 DE MAIO DE
2022, QUE ALTERA A RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 886, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2021
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 985/22 - MANUAL BRASILEIRO DE FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 991/23 - ALTERA A RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 918, DE 28 DE MARÇO DE 2022
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 993/23 - ESTABELECE OS EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA A FROTA DE
VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO E RELACIONA O ÍNDICE DE REGULAMENTAÇÕES SOBRE SEGURANÇA
VEICULAR APLICÁVEIS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 996/23 - CICLOMOTORES, BICICLETAS ELÉTRICAS E EQUIPAMENTOS DE
MOBILIDADE INDIVIDUAL AUTOPROPELIDOS
➢ CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO CAPÍTULO II
(LEI N° 9.503/97) Do Sistema Nacional De Trânsito
Seção I
CAPÍTULO I Disposições Gerais
Disposições Preliminares
Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias conjunto de órgãos e entidades da União, dos
terrestres do território nacional, abertas à Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que
circulação, rege-se por este Código. tem por finalidade o exercício das atividades de
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por planejamento, administração, normatização,
pessoas, veículos e animais, isolados ou em pesquisa, registro e licenciamento de veículos,
grupos, conduzidos ou não, para fins de formação, habilitação e reciclagem de condutores,
circulação, parada, estacionamento e operação de educação, engenharia, operação do sistema
carga ou descarga. viário, policiamento, fiscalização, julgamento de
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um infrações e de recursos e aplicação de
direito de todos e dever dos órgãos e penalidades.
entidades componentes do Sistema Nacional Art. 6º São objetivos básicos do Sistema
de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das Nacional de Trânsito:
respectivas competências, adotar as medidas I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de
destinadas a assegurar esse direito. Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez, ao
§ 3º Os órgãos e entidades componentes do conforto, à defesa ambiental e à educação para o
Sistema Nacional de Trânsito respondem, no trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;
âmbito das respectivas competências, II - fixar, mediante normas e procedimentos, a
objetivamente, por danos causados aos padronização de critérios técnicos, financeiros e
cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na administrativos para a execução das atividades de
execução e manutenção de programas, projetos e trânsito;
serviços que garantam o exercício do direito do III - estabelecer a sistemática de fluxos
trânsito seguro. permanentes de informações entre os seus
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito diversos órgãos e entidades, a fim de facilitar o
pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito processo decisório e a integração do Sistema.
darão prioridade em suas ações à defesa da vida,
nela incluída a preservação da saúde e do meio- Seção II
ambiente. Da Composição e da Competência do Sistema
Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as Nacional de Trânsito
ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos,
as passagens, as estradas e as rodovias, que Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito
terão seu uso regulamentado pelo órgão ou os seguintes órgãos e entidades:
entidade com circunscrição sobre elas, de acordo I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN,
com as peculiaridades locais e as circunstâncias coordenador do Sistema e órgão máximo
especiais. normativo e consultivo;
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN
são consideradas vias terrestres as praias abertas e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal -
à circulação pública, as vias internas pertencentes CONTRANDIFE, órgãos normativos, consultivos e
aos condomínios constituídos por unidades coordenadores;
autônomas e as vias e áreas de estacionamento III - os órgãos e entidades executivos de trânsito
de estabelecimentos privados de uso coletivo. da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis Municípios;
a qualquer veículo, bem como aos proprietários, IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários
condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
e às pessoas nele expressamente mencionadas. Municípios;
Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos V - a Polícia Rodoviária Federal;
para os efeitos deste Código são os constantes do VI - as Polícias Militares dos Estados e do
Anexo I. Distrito Federal; e
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Art. 10-A. Poderão ser convidados a participar de
Infrações - JARI. reuniões do Contran, sem direito a voto,
Art. 7°-A. A autoridade portuária ou a entidade representantes de órgãos e entidades setoriais
concessionária de porto organizado poderá responsáveis ou impactados pelas propostas ou
celebrar convênios com os órgãos previstos no matérias em exame.
art. 7°, com a interveniência dos Municípios e Art. 12. Compete ao CONTRAN:
Estados, juridicamente interessados, para o fim I - estabelecer as normas regulamentares
específico de facilitar a autuação por referidas neste Código e as diretrizes da Política
descumprimento da legislação de trânsito. Nacional de Trânsito;
§ 1° O convênio valerá para toda a área física do II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de
porto organizado, inclusive, nas áreas dos Trânsito, objetivando a integração de suas
terminais alfandegados, nas estações de atividades;
transbordo, nas instalações portuárias públicas de IV - criar Câmaras Temáticas;
pequeno porte e nos respectivos estacionamentos V - estabelecer seu regimento interno e as
ou vias de trânsito internas. diretrizes para o funcionamento dos CETRAN e
Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os CONTRANDIFE;
Municípios organizarão os respectivos órgãos e VI - estabelecer as diretrizes do regimento das
entidades executivos de trânsito e executivos JARI;
rodoviários, estabelecendo os limites VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das
circunscricionais de suas atuações. normas contidas neste Código e nas resoluções
Art. 9º O Presidente da República designará o complementares;
ministério ou órgão da Presidência responsável VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos
pela coordenação máxima do Sistema Nacional para o enquadramento das condutas
de Trânsito, ao qual estará vinculado o expressamente referidas neste Código, para a
CONTRAN e subordinado o órgão máximo fiscalização e a aplicação das medidas
executivo de trânsito da União. administrativas e das penalidades por infrações e
Art.10. O Contran, com sede no Distrito Federal, para a arrecadação das multas aplicadas e o
é composto dos Ministros de Estado responsáveis repasse dos valores arrecadados;
pelas seguintes áreas de competência: IX - responder às consultas que lhe forem
III - ciência, tecnologia e inovações; formuladas, relativas à aplicação da legislação de
IV - educação; trânsito;
V - defesa; X - normatizar os procedimentos sobre a
VI - meio ambiente; aprendizagem, habilitação, expedição de
XXII - saúde; documentos de condutores, e registro e
XXIII - justiça; licenciamento de veículos;
XXIV - relações exteriores; XI - aprovar, complementar ou alterar os
XXVI - indústria e comércio; dispositivos de sinalização e os dispositivos e
XXVII - agropecuária; equipamentos de trânsito;
XXVIII - transportes terrestres; XIII - avocar, para análise e soluções, processos
XXIX - segurança pública; e sobre conflitos de competência ou circunscrição,
XXX - mobilidade urbana. ou, quando necessário, unificar as decisões
§ 3º-A O Contran será presidido pelo Ministro de administrativas; e
Estado ao qual estiver subordinado o órgão XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e
máximo executivo de trânsito da União. competência de trânsito no âmbito da União, dos
§ 4º Os Ministros de Estado poderão fazer-se Estados e do Distrito Federal.
representar por servidores de nível hierárquico XV - normatizar o processo de formação do
igual ou superior ao Cargo Comissionado candidato à obtenção da Carteira Nacional de
Executivo (CCE) nível 17, ou por oficial-general, Habilitação, estabelecendo seu conteúdo didático-
na hipótese de tratar-se de militar. pedagógico, carga horária, avaliações, exames,
§ 5º Compete ao dirigente do órgão máximo execução e fiscalização.
executivo de trânsito da União atuar como § 1º As propostas de normas regulamentares de
Secretário-Executivo do Contran. que trata o inciso I do caput deste artigo serão
§ 6º O quórum de votação e de aprovação no submetidas a prévia consulta pública, por meio
Contran é o de maioria absoluta. da rede mundial de computadores, pelo período
mínimo de 30 (trinta) dias, antes do exame da II - elaborar normas no âmbito das respectivas
matéria pelo CONTRAN. competências;
§ 2º As contribuições recebidas na consulta III - responder a consultas relativas à aplicação da
pública de que trata o § 1º deste artigo ficarão à legislação e dos procedimentos normativos de
disposição do público pelo prazo de 2 (dois) trânsito;
anos, contado da data de encerramento da IV - estimular e orientar a execução de campanhas
consulta pública. educativas de trânsito;
§ 3º Em caso de urgência e de relevante interesse V - julgar os recursos interpostos contra
público, o Presidente do CONTRAN poderá editar decisões:
deliberação, ad referendum do Plenário, para fins a) das JARI;
do disposto no inciso I do caput. b) dos órgãos e entidades executivos estaduais,
§ 4º A deliberação de que trata o § 3º deste artigo: nos casos de inaptidão permanente constatados
I - na hipótese de não ser aprovada pelo nos exames de aptidão física, mental ou
Plenário do CONTRAN no prazo de 120 (cento e psicológica;
vinte) dias, perderá sua eficácia, com VI - indicar um representante para compor a
manutenção dos efeitos dela decorrentes; e comissão examinadora de candidatos portadores
II - não está sujeita ao disposto nos §§ 1º e 2º de deficiência física à habilitação para conduzir
deste artigo, vedada sua reedição. veículos automotores;
§ 5º Norma do CONTRAN poderá dispor sobre o VIII - acompanhar e coordenar as atividades de
uso de sinalização horizontal ou vertical que administração, educação, engenharia,
utilize técnicas de estímulos comportamentais fiscalização, policiamento ostensivo de trânsito,
para a redução de sinistros de trânsito. formação de condutores, registro e licenciamento
Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos de veículos, articulando os órgãos do Sistema no
vinculados ao CONTRAN, são integradas por Estado, reportando-se ao CONTRAN;
especialistas e têm como objetivo estudar e IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e
oferecer sugestões e embasamento técnico competência de trânsito no âmbito dos Municípios;
sobre assuntos específicos para decisões X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento
daquele colegiado. das exigências definidas nos §§ 1º e 2º do art.
§ 1º Cada Câmara é constituída por especialistas 333.
representantes de órgãos e entidades executivos XI - designar, em caso de recursos deferidos e na
da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e hipótese de reavaliação dos exames, junta
dos Municípios, em igual número, pertencentes ao especial de saúde para examinar os candidatos à
Sistema Nacional de Trânsito, além de habilitação para conduzir veículos automotores.
especialistas representantes dos diversos Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V,
segmentos da sociedade relacionados com o julgados pelo órgão, não cabe recurso na esfera
trânsito, todos indicados segundo regimento administrativa.
específico definido pelo CONTRAN e designados Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do
pelo ministro ou dirigente coordenador máximo do CONTRANDIFE são nomeados pelos
Sistema Nacional de Trânsito. Governadores dos Estados e do Distrito Federal,
§ 2º Os segmentos da sociedade, relacionados no respectivamente, e deverão ter reconhecida
parágrafo anterior, serão representados por experiência em matéria de trânsito.
pessoa jurídica e devem atender aos requisitos § 1º Os membros dos CETRAN e do
estabelecidos pelo CONTRAN. CONTRANDIFE são nomeados pelos
§ 3º A coordenação das Câmaras Temáticas será Governadores dos Estados e do Distrito Federal,
exercida por representantes do órgão máximo respectivamente.
executivo de trânsito da União ou dos Ministérios § 2º Os membros do CETRAN e do
representados no Contran, conforme definido no CONTRANDIFE deverão ser pessoas de
ato de criação de cada Câmara Temática. reconhecida experiência em trânsito.
Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de § 3º O mandato dos membros do CETRAN e do
Trânsito - CETRAN e ao Conselho de Trânsito do CONTRANDIFE é de dois anos, admitida a
Distrito Federal - CONTRANDIFE: recondução.
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade
normas de trânsito, no âmbito das respectivas executivos de trânsito ou rodoviário funcionarão
atribuições; Juntas Administrativas de Recursos de Infrações -
JARI, órgãos colegiados responsáveis pelo delegação aos órgãos executivos dos Estados e
julgamento dos recursos interpostos contra do Distrito Federal;
penalidades por eles impostas. VIII - organizar e manter o Registro Nacional de
Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, Carteiras de Habilitação - RENACH;
observado o disposto no inciso VI do art. 12, e IX - organizar e manter o Registro Nacional de
apoio administrativo e financeiro do órgão ou Veículos Automotores - RENAVAM;
entidade junto ao qual funcionem. X - organizar a estatística geral de trânsito no
Art. 17. Compete às JARI: território nacional, definindo os dados a serem
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; fornecidos pelos demais órgãos e promover sua
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de divulgação;
trânsito e executivos rodoviários informações XI - estabelecer modelo padrão de coleta de
complementares relativas aos recursos, informações sobre as ocorrências de sinistros de
objetivando uma melhor análise da situação trânsito e as estatísticas de trânsito;
recorrida; XII - administrar fundo de âmbito nacional
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos destinado à segurança e à educação de trânsito;
de trânsito e executivos rodoviários informações XIII - coordenar a administração do registro das
sobre problemas observados nas autuações e infrações de trânsito, da pontuação e das
apontados em recursos, e que se repitam penalidades aplicadas no prontuário do infrator, da
sistematicamente. arrecadação de multas e do repasse de que trata
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de o § 1º do art. 320;
trânsito da União: XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema
I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito Nacional de Trânsito informações sobre registros
e a execução das normas e diretrizes de veículos e de condutores, mantendo o fluxo
estabelecidas pelo CONTRAN, no âmbito de suas permanente de informações com os demais
atribuições; órgãos do Sistema;
II - proceder à supervisão, à coordenação, à XV - promover, em conjunto com os órgãos
correição dos órgãos delegados, ao controle e à competentes do Ministério da Educação, de
fiscalização da execução da Política Nacional de acordo com as diretrizes do CONTRAN, a
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; elaboração e a implementação de programas de
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas educação de trânsito nos estabelecimentos de
Nacionais de Trânsito, de Transporte e de ensino;
Segurança Pública, objetivando o combate à XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos
violência no trânsito, promovendo, coordenando e para a educação de trânsito;
executando o controle de ações para a XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos
preservação do ordenamento e da segurança do sobre o trânsito;
trânsito; XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos
IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de e entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e
improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a submeter à aprovação do CONTRAN, a
administração pública ou privada, referentes à complementação ou alteração da sinalização e
segurança do trânsito; dos dispositivos e equipamentos de trânsito;
V - supervisionar a implantação de projetos e XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar
programas relacionados com a engenharia, os manuais e normas de projetos de
educação, administração, policiamento e implementação da sinalização, dos dispositivos e
fiscalização do trânsito e outros, visando à equipamentos de trânsito aprovados pelo
uniformidade de procedimento; CONTRAN;
VI - estabelecer procedimentos sobre a XX - expedir a permissão internacional para
aprendizagem e habilitação de condutores de conduzir veículo e o certificado de passagem nas
veículos, a expedição de documentos de alfândegas mediante delegação aos órgãos
condutores, de registro e licenciamento de executivos dos Estados e do Distrito Federal ou a
veículos; entidade habilitada para esse fim pelo poder
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira público federal;
Nacional de Habilitação, os Certificados de XXI - promover a realização periódica de reuniões
Registro e o de Licenciamento Anual mediante regionais e congressos nacionais de trânsito, bem
como propor a representação do Brasil em § 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito
congressos ou reuniões internacionais; e executivos rodoviários da União, dos Estados,
XXII - propor acordos de cooperação com do Distrito Federal e dos Municípios fornecerão,
organismos internacionais, com vistas ao obrigatoriamente, mês a mês, os dados
aperfeiçoamento das ações inerentes à segurança estatísticos para os fins previstos no inciso X.
e educação de trânsito; Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal,
XXIII - elaborar projetos e programas de formação, no âmbito das rodovias e estradas federais:
treinamento e especialização do pessoal I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as
encarregado da execução das atividades de normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições;
engenharia, educação, policiamento ostensivo, II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando
fiscalização, operação e administração de trânsito, operações relacionadas com a segurança pública,
propondo medidas que estimulem a pesquisa com o objetivo de preservar a ordem,
científica e o ensino técnico-profissional de incolumidade das pessoas, o patrimônio da União
interesse do trânsito, e promovendo a sua e o de terceiros;
realização; III - executar a fiscalização de trânsito, aplicar as
XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao penalidades de advertência por escrito e multa e
trânsito interestadual e internacional; as medidas administrativas cabíveis, com a
XXV - elaborar e submeter à aprovação do notificação dos infratores e a arrecadação das
CONTRAN as normas e requisitos de segurança multas aplicadas e dos valores provenientes de
veicular para fabricação e montagem de veículos, estadia e remoção de veículos, objetos e animais
consoante sua destinação; e de escolta de veículos de cargas
XXVI - estabelecer procedimentos para a superdimensionadas ou perigosas;
concessão do código marca-modelo dos veículos IV - efetuar levantamento dos locais de sinistros
para efeito de registro, emplacamento e de trânsito e dos serviços de atendimento, socorro
licenciamento; e salvamento de vítimas;
XXVII - instruir os recursos interpostos das V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e
decisões do CONTRAN, ao ministro ou dirigente adotar medidas de segurança relativas aos
coordenador máximo do Sistema Nacional de serviços de remoção de veículos, escolta e
Trânsito; transporte de carga indivisível;
XXVIII - estudar os casos omissos na legislação VI - assegurar a livre circulação nas rodovias
de trânsito e submetê-los, com proposta de federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário a
solução, ao Ministério ou órgão coordenador adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo
máximo do Sistema Nacional de Trânsito; cumprimento das normas legais relativas ao direito
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, de vizinhança, promovendo a interdição de
administrativo e financeiro ao CONTRAN. construções e instalações não autorizadas;
XXX - organizar e manter o Registro Nacional de VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos
Infrações de Trânsito (Renainf). sobre sinistros de trânsito e suas causas,
XXXI - organizar e manter o Registro Nacional de adotando ou indicando medidas operacionais
Sinistros e Estatísticas de Trânsito (Renaest). preventivas e encaminhando-os ao órgão
§ 1º Comprovada, por meio de sindicância, a rodoviário federal;;
deficiência técnica ou administrativa ou a prática VIII - implementar as medidas da Política Nacional
constante de atos de improbidade contra a fé de Segurança e Educação de Trânsito;
pública, contra o patrimônio ou contra a IX - promover e participar de projetos e programas
administração pública, o órgão executivo de de educação e segurança, de acordo com as
trânsito da União, mediante aprovação do diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
CONTRAN, assumirá diretamente ou por X - integrar-se a outros órgãos e entidades do
delegação, a execução total ou parcial das Sistema Nacional de Trânsito para fins de
atividades do órgão executivo de trânsito estadual arrecadação e compensação de multas impostas
que tenha motivado a investigação, até que as na área de sua competência, com vistas à
irregularidades sejam sanadas. unificação do licenciamento, à simplificação e à
§ 2º O regimento interno do órgão executivo de celeridade das transferências de veículos e de
trânsito da União disporá sobre sua estrutura prontuários de condutores de uma para outra
organizacional e seu funcionamento. unidade da Federação;
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do
ruído produzidos pelos veículos automotores ou Sistema Nacional de Trânsito para fins de
pela sua carga, de acordo com o estabelecido no arrecadação e compensação de multas impostas
art. 66, além de dar apoio, quando solicitado, às na área de sua competência, com vistas à
ações específicas dos órgãos ambientais. unificação do licenciamento, à simplificação e à
XII - aplicar a penalidade de suspensão do direito celeridade das transferências de veículos e de
de dirigir, quando prevista de forma específica prontuários de condutores de uma para outra
para a infração cometida, e comunicar a aplicação unidade da Federação;
da penalidade ao órgão máximo executivo de XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e
trânsito da União. ruído produzidos pelos veículos automotores ou
XIII - realizar perícia administrativa nos locais de pela sua carga, de acordo com o estabelecido no
sinistros de trânsito. art. 66, além de dar apoio às ações específicas
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades dos órgãos ambientais locais, quando solicitado;
executivos rodoviários da União, dos Estados, XIV - vistoriar veículos que necessitem de
do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de autorização especial para transitar e estabelecer
sua circunscrição: os requisitos técnicos a serem observados para a
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as circulação desses veículos.
normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições; XV - aplicar a penalidade de suspensão do direito
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o de dirigir, quando prevista de forma específica
trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e para a infração cometida, e comunicar a aplicação
promover o desenvolvimento da circulação e da da penalidade ao órgão máximo executivo de
segurança de ciclistas; trânsito da União.
III - implantar, manter e operar o sistema de Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades
sinalização, os dispositivos e os equipamentos de executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
controle viário; Federal, no âmbito de sua circunscrição:
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as
sinistros de trânsito e suas causas; normas de trânsito, no âmbito das respectivas
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de atribuições;
policiamento ostensivo de trânsito, as respectivas II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de
diretrizes para o policiamento ostensivo de formação, de aperfeiçoamento, de reciclagem e de
trânsito; suspensão de condutores e expedir e cassar
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, Licença de Aprendizagem, Permissão para Dirigir
aplicar as penalidades de advertência, por escrito, e Carteira Nacional de Habilitação, mediante
e ainda as multas e medidas administrativas delegação do órgão máximo executivo de trânsito
cabíveis, notificando os infratores e arrecadando da União;
as multas que aplicar; III - vistoriar, inspecionar as condições de
VII - arrecadar valores provenientes de estada e segurança veicular, registrar, emplacar e licenciar
remoção de veículos e objetos, e escolta de veículos, com a expedição dos Certificados de
veículos de cargas superdimensionadas ou Registro de Veículo e de Licenciamento Anual,
perigosas; mediante delegação do órgão máximo executivo
VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e de trânsito da União;
medidas administrativas cabíveis, relativas a IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias
infrações por excesso de peso, dimensões e Militares, as diretrizes para o policiamento
lotação dos veículos, bem como notificar e ostensivo de trânsito;
arrecadar as multas que aplicar; V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no aplicar as medidas administrativas cabíveis pelas
art. 95, aplicando as penalidades e arrecadando infrações previstas neste Código, excetuadas
as multas nele previstas; aquelas de competência privativa dos órgãos e
X - implementar as medidas da Política Nacional entidades executivos de trânsito dos Municípios
de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; previstas no § 4º do art. 24 deste Código, no
XI - promover e participar de projetos e programas exercício regular do poder de polícia de trânsito;
de educação e segurança, de acordo com as VI - aplicar as penalidades por infrações previstas
diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN; neste Código, excetuadas aquelas de
competência privativa dos órgãos e entidades
executivos de trânsito dos Municípios previstas no II - a infração previr a penalidade de suspensão
§ 4º do art. 24 deste Código, notificando os do direito de dirigir de forma específica e a
infratores e arrecadando as multas que aplicar; autuação tiver sido efetuada pelo próprio órgão
VII - arrecadar valores provenientes de estada e executivo estadual de trânsito.
remoção de veículos e objetos; § 2º Compete privativamente aos órgãos ou
VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da entidades executivos de trânsito dos Estados e do
União a suspensão e a cassação do direito de Distrito Federal executar a fiscalização de trânsito,
dirigir e o recolhimento da Carteira Nacional de autuar e aplicar as medidas administrativas e
Habilitação; penalidades previstas nos arts. 165-D, 233, 240,
IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos 241, 242 e 243 e no § 5º do art. 330 deste Código
sobre sinistros de trânsito e suas causas; Art. 23. Compete às Polícias Militares dos
X - credenciar órgãos ou entidades para a Estados e do Distrito Federal:
execução de atividades previstas na legislação de III - executar a fiscalização de trânsito, quando e
trânsito, na forma estabelecida em norma do conforme convênio firmado, como agente do
CONTRAN; órgão ou entidade executivos de trânsito ou
XI - implementar as medidas da Política Nacional executivos rodoviários, concomitantemente com
de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; os demais agentes credenciados;
XII - promover e participar de projetos e Art. 24. Compete aos órgãos e entidades
programas de educação e segurança de trânsito executivos de trânsito dos Municípios, no
de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo âmbito de sua circunscrição:
CONTRAN; I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições;
Sistema Nacional de Trânsito para fins de II - planejar, projetar, regulamentar e operar o
arrecadação e compensação de multas impostas trânsito de veículos, de pedestres e de animais e
na área de sua competência, com vistas à promover o desenvolvimento, temporário ou
unificação do licenciamento, à simplificação e à definitivo, da circulação, da segurança e das áreas
celeridade das transferências de veículos e de de proteção de ciclistas;
prontuários de condutores de uma para outra III - implantar, manter e operar o sistema de
unidade da Federação; sinalização, os dispositivos e os equipamentos de
XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos controle viário;
de trânsito e executivos rodoviários municipais, os IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos
dados cadastrais dos veículos registrados e dos sobre os sinistros de trânsito e suas causas;
condutores habilitados, para fins de imposição e V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de
notificação de penalidades e de arrecadação de polícia ostensiva de trânsito, as diretrizes para o
multas nas áreas de suas competências; policiamento ostensivo de trânsito;
XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e VI - executar a fiscalização de trânsito em vias
ruído produzidos pelos veículos automotores ou terrestres, edificações de uso público e edificações
pela sua carga, de acordo com o estabelecido no privadas de uso coletivo, autuar e aplicar as
art. 66, além de dar apoio, quando solicitado, às penalidades de advertência por escrito e multa e
ações específicas dos órgãos ambientais locais; as medidas administrativas cabíveis pelas
XVI - articular-se com os demais órgãos do infrações previstas neste Código, excetuadas
Sistema Nacional de Trânsito no Estado, sob aquelas de competência privativa dos órgãos ou
coordenação do respectivo CETRAN. entidades executivos de trânsito dos Estados e do
XVII - criar, implantar e manter escolas públicas de Distrito Federal previstas no § 2º do art. 22 deste
trânsito, destinadas à educação de crianças, Código, notificando os infratores e arrecadando as
adolescentes, jovens e adultos, por meio de aulas multas que aplicar;
teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no
comportamento no trânsito. art. 95, aplicando as penalidades e arrecadando
§ 1º. As competências descritas no inciso II do as multas nele previstas;
caput deste artigo relativas ao processo de X - implantar, manter e operar sistema de
suspensão de condutores serão exercidas estacionamento rotativo pago nas vias;
quando: XI - arrecadar valores provenientes de estada e
I - o condutor atingir o limite de pontos remoção de veículos e objetos, e escolta de
estabelecido no inciso I do art. 261 deste Código;
veículos de cargas superdimensionadas ou § 1º As competências relativas a órgão ou
perigosas; entidade municipal serão exercidas no Distrito
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e Federal por seu órgão ou entidade executivos de
adotar medidas de segurança relativas aos trânsito.
serviços de remoção de veículos, escolta e § 2º Para exercer as competências estabelecidas
transporte de carga indivisível; neste artigo, os Municípios deverão integrar-se
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do ao Sistema Nacional de Trânsito, por meio de
Sistema Nacional de Trânsito para fins de órgão ou entidade executivos de trânsito ou
arrecadação e compensação de multas impostas diretamente por meio da prefeitura municipal,
na área de sua competência, com vistas à conforme previsto no art. 333 deste Código.
unificação do licenciamento, à simplificação e à § 3º O exercício das atribuições previstas no inciso
celeridade das transferências de veículos e de VI do caput deste artigo no âmbito de edificações
prontuários dos condutores de uma para outra privadas de uso coletivo somente se aplica para
unidade da Federação; infrações de uso de vagas reservadas em
XIV - implantar as medidas da Política Nacional de estacionamentos.
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; § 4º Compete privativamente aos órgãos e
XV - promover e participar de projetos e entidades executivos de trânsito dos Municípios,
programas de educação e segurança de trânsito no âmbito de sua circunscrição, executar a
de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as
CONTRAN; medidas administrativas e penalidades previstas
XVI - planejar e implantar medidas para redução nos arts. 95, 181, 182, 183, 218 e 219, nos incisos
da circulação de veículos e reorientação do V e X do caput do art. 231 e nos arts. 245, 246 e
tráfego, com o objetivo de diminuir a emissão 279-A deste Código.
global de poluentes; Art. 24-A. Compete concorrentemente aos
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, órgãos e entidades executivos de trânsito dos
veículos de tração e propulsão humana e de Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar
penalidades e arrecadando multas decorrentes de as medidas administrativas e penalidades
infrações; previstas neste Código, observado o disposto no §
XVIII - conceder autorização para conduzir 2º do art. 22 e no § 4º do art. 24 deste Código.
veículos de propulsão humana e de tração animal; Parágrafo único. As competências privativas
XIX - articular-se com os demais órgãos do previstas no § 2º do art. 22 e no § 4º do art. 24
Sistema Nacional de Trânsito no Estado, sob podem ser delegadas por meio do convênio de
coordenação do respectivo CETRAN; que trata o art. 25 deste Código
XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do
ruído produzidos pelos veículos automotores ou Sistema Nacional de Trânsito poderão celebrar
pela sua carga, de acordo com o estabelecido no convênio delegando as atividades previstas neste
art. 66, além de dar apoio às ações específicas de Código, com vistas à maior eficiência e à
órgão ambiental local, quando solicitado; segurança para os usuários da via.
XXI - vistoriar veículos que necessitem de § 1º Os órgãos e entidades de trânsito poderão
autorização especial para transitar e estabelecer prestar serviços de capacitação técnica,
os requisitos técnicos a serem observados para a assessoria e monitoramento das atividades
circulação desses veículos. relativas ao trânsito durante prazo a ser
XXII - aplicar a penalidade de suspensão do direito estabelecido entre as partes, com ressarcimento
de dirigir, quando prevista de forma específica dos custos apropriados.
para a infração cometida, e comunicar a aplicação § 2º Quando não houver órgão ou entidade
da penalidade ao órgão máximo executivo de executivos de trânsito no respectivo Município, o
trânsito da União; convênio de que trata o caput deste artigo poderá
XXIII - criar, implantar e manter escolas públicas ser celebrado diretamente pela prefeitura
de trânsito, destinadas à educação de crianças, municipal com órgão ou entidade que integre o
adolescentes, jovens e adultos, por meio de aulas Sistema Nacional de Trânsito, permitido, inclusive,
teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e o consórcio com outro ente federativo.
comportamento no trânsito. Art. 25-A. Os agentes dos órgãos policiais da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a
que se referem o inciso IV do caput do art. 51 e o terá preferência de passagem:
inciso XIII do caput do art. 52 da Constituição a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de
Federal , respectivamente, mediante convênio rodovia, aquele que estiver circulando por ela;
com o órgão ou entidade de trânsito com b) no caso de rotatória, aquele que estiver
circunscrição sobre a via, poderão lavrar auto de circulando por ela;
infração de trânsito e remetê-lo ao órgão c) nos demais casos, o que vier pela direita do
competente, nos casos em que a infração condutor;
cometida nas adjacências do Congresso Nacional IV - quando uma pista de rolamento comportar
ou nos locais sob sua responsabilidade várias faixas de circulação no mesmo sentido, são
comprometer objetivamente os serviços ou colocar as da direita destinadas ao deslocamento dos
em risco a incolumidade das pessoas ou o veículos mais lentos e de maior porte, quando
patrimônio das respectivas Casas Legislativas. não houver faixa especial a eles destinada, e as
Parágrafo único. Para atuarem na fiscalização de da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao
trânsito, os agentes mencionados no caput deste deslocamento dos veículos de maior velocidade;
artigo deverão receber treinamento específico V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas
para o exercício das atividades, conforme e nos acostamentos, só poderá ocorrer para que
regulamentação do Contran. se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas
especiais de estacionamento;
CAPÍTULO III VI - os veículos precedidos de batedores terão
Das Normas Gerais De Circulação E Conduta prioridade de passagem, respeitadas as demais
normas de circulação;
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem: VII - os veículos destinados a socorro de incêndio
I - abster-se de todo ato que possa constituir e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e
perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de operação de trânsito e as ambulâncias, além de
pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a prioridade no trânsito, gozam de livre circulação,
propriedades públicas ou privadas; estacionamento e parada, quando em serviço de
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo urgência, de policiamento ostensivo ou de
perigoso, atirando, depositando ou abandonando preservação da ordem pública, observadas as
na via objetos ou substâncias, ou nela criando seguintes disposições:
qualquer outro obstáculo. a) quando os dispositivos regulamentares de
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação alarme sonoro e iluminação intermitente estiverem
nas vias públicas, o condutor deverá verificar a acionados, indicando a proximidade dos veículos,
existência e as boas condições de funcionamento todos os condutores deverão deixar livre a
dos equipamentos de uso obrigatório, bem como passagem pela faixa da esquerda, indo para a
assegurar-se da existência de combustível direita da via e parando, se necessário;
suficiente para chegar ao local de destino. b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter avistarem a luz intermitente, deverão aguardar no
domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e passeio e somente atravessar a via quando o
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito. veículo já tiver passado pelo local;
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de
abertas à circulação obedecerá às seguintes iluminação intermitente somente poderá ocorrer
normas: por ocasião da efetiva prestação de serviço de
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, urgência;
admitindo-se as exceções devidamente d) a prioridade de passagem na via e no
sinalizadas; cruzamento deverá se dar com velocidade
II - o condutor deverá guardar distância de reduzida e com os devidos cuidados de
segurança lateral e frontal entre o seu e os segurança, obedecidas as demais normas deste
demais veículos, bem como em relação ao bordo Código;
da pista, considerando-se, no momento, a e) as prerrogativas de livre circulação e de parada
velocidade e as condições do local, da circulação, serão aplicadas somente quando os veículos
do veículo e as condições climáticas; estiverem identificados por dispositivos
III - quando veículos, transitando por fluxos que se regulamentares de alarme sonoro e iluminação
cruzem, se aproximarem de local não sinalizado, intermitente;
f) a prerrogativa de livre estacionamento será sempre responsáveis pela segurança dos
aplicada somente quando os veículos estiverem menores, os motorizados pelos não motorizados
identificados por dispositivos regulamentares de e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
iluminação intermitente; § 3º Compete ao CONTRAN regulamentar os
VIII - os veículos prestadores de serviços de dispositivos de alarme sonoro e iluminação
utilidade pública, quando em atendimento na via, intermitente previstos no inciso VII do caput deste
gozam de livre parada e estacionamento no artigo.
local da prestação de serviço, desde que § 4º Em situações especiais, ato da autoridade
devidamente sinalizados, devendo estar máxima federal de segurança pública poderá
identificados na forma estabelecida pelo dispor sobre a aplicação das exceções tratadas no
CONTRAN; inciso VII do caput deste artigo aos veículos
IX - a ultrapassagem de outro veículo em oficiais descaracterizados.
movimento deverá ser feita pela esquerda, Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro
obedecida a sinalização regulamentar e as demais que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo,
normas estabelecidas neste Código, exceto deverá:
quando o veículo a ser ultrapassado estiver I - se estiver circulando pela faixa da esquerda,
sinalizando o propósito de entrar à esquerda; deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma marcha;
ultrapassagem, certificar-se de que: II - se estiver circulando pelas demais faixas,
a) nenhum condutor que venha atrás haja manter-se naquela na qual está circulando, sem
começado uma manobra para ultrapassá-lo; acelerar a marcha.
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando
não haja indicado o propósito de ultrapassar um em fila, deverão manter distância suficiente entre
terceiro; si para permitir que veículos que os ultrapassem
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre possam se intercalar na fila com segurança.
numa extensão suficiente para que sua manobra Art. 31. O condutor que tenha o propósito de
não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que ultrapassar um veículo de transporte coletivo que
venha em sentido contrário; esteja parado, efetuando embarque ou
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem desembarque de passageiros, deverá reduzir a
deverá: velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou
a) indicar com antecedência a manobra parar o veículo com vistas à segurança dos
pretendida, acionando a luz indicadora de direção pedestres.
do veículo ou por meio de gesto convencional de Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar
braço; veículos em vias com duplo sentido de direção e
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais pista única, nos trechos em curvas e em aclives
ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma sem visibilidade suficiente, nas passagens de
distância lateral de segurança; nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa pedestres, exceto quando houver sinalização
de trânsito de origem, acionando a luz indicadora permitindo a ultrapassagem.
de direção do veículo ou fazendo gesto Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o
convencional de braço, adotando os cuidados condutor não poderá efetuar ultrapassagem.
necessários para não pôr em perigo ou obstruir o Art. 34. O condutor que queira executar uma
trânsito dos veículos que ultrapassou; manobra deverá certificar-se de que pode
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos executá-la sem perigo para os demais usuários da
terão preferência de passagem sobre os demais, via que o seguem, precedem ou vão cruzar com
respeitadas as normas de circulação. ele, considerando sua posição, sua direção e sua
§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas velocidade.
alíneas “a” e “b” do inciso X e “a” e “b” do inciso XI Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que
aplicam-se à transposição de faixas, que pode ser implique um deslocamento lateral, o condutor
realizada tanto pela faixa da esquerda como pela deverá indicar seu propósito de forma clara e com
da direita. a devida antecedência, por meio da luz indicadora
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e de direção de seu veículo, ou fazendo gesto
conduta estabelecidas neste artigo, em ordem convencional de braço.
decrescente, os veículos de maior porte serão
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento existência de risco à segurança para os veículos
lateral a transposição de faixas, movimentos de que circulam no sentido contrário;
conversão à direita, à esquerda e retornos. V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas
Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, seguintes situações:
procedente de um lote lindeiro a essa via, deverá a) em imobilizações ou situações de emergência;
dar preferência aos veículos e pedestres que por b) quando a regulamentação da via assim o
ela estejam transitando. determinar;
Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a VI - durante a noite, em circulação, o condutor
conversão à esquerda e a operação de retorno manterá acesa a luz de placa;
deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes
estes não existirem, o condutor deverá aguardar de posição quando o veículo estiver parado para
no acostamento, à direita, para cruzar a pista com fins de embarque ou desembarque de passageiros
segurança. e carga ou descarga de mercadorias.
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, § 1º Os veículos de transporte coletivo de
em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor passageiros, quando circularem em faixas ou
deverá: pistas a eles destinadas, e as motocicletas,
I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se de
máximo possível do bordo direito da pista e farol de luz baixa durante o dia e à noite.
executar sua manobra no menor espaço possível; § 2º Os veículos que não dispuserem de luzes de
II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se rodagem diurna deverão manter acesos os faróis
o máximo possível de seu eixo ou da linha nas rodovias de pista simples situadas fora dos
divisória da pista, quando houver, caso se trate de perímetros urbanos, mesmo durante o dia.
uma pista com circulação nos dois sentidos, ou do Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer
bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um uso de buzina, desde que em toque breve, nas
só sentido. seguintes situações:
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança I - para fazer as advertências necessárias a fim de
de direção, o condutor deverá ceder passagem evitar sinistros;
aos pedestres e ciclistas, aos veículos que II - fora das áreas urbanas, quando for
transitem em sentido contrário pela pista da via da conveniente advertir a um condutor que se tem o
qual vai sair, respeitadas as normas de propósito de ultrapassá-lo.
preferência de passagem. Art. 42. Nenhum condutor deverá frear
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno bruscamente seu veículo, salvo por razões de
deverá ser feita nos locais para isto determinados, segurança.
quer por meio de sinalização, quer pela existência Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor
de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais deverá observar constantemente as condições
que ofereçam condições de segurança e fluidez, físicas da via, do veículo e da carga, as condições
observadas as características da via, do veículo, meteorológicas e a intensidade do trânsito,
das condições meteorológicas e da movimentação obedecendo aos limites máximos de
de pedestres e ciclistas. velocidade estabelecidos para a via, além de:
Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às I - não obstruir a marcha normal dos demais
seguintes determinações: veículos em circulação sem causa justificada,
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, transitando a uma velocidade anormalmente
por meio da utilização da luz baixa: reduzida;
a) à noite; II - sempre que quiser diminuir a velocidade de
b) mesmo durante o dia, em túneis e sob chuva, seu veículo deverá antes certificar-se de que pode
neblina ou cerração; fazê-lo sem risco nem inconvenientes para os
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar outros condutores, a não ser que haja perigo
luz alta, exceto ao cruzar com outro veículo ou ao iminente;
segui-lo; III - indicar, de forma clara, com a antecedência
III - a troca de luz baixa e alta, de forma necessária e a sinalização devida, a manobra de
intermitente e por curto período de tempo, com o redução de velocidade.
objetivo de advertir outros motoristas, só poderá Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de
ser utilizada para indicar a intenção de ultrapassar cruzamento, o condutor do veículo deve
o veículo que segue à frente ou para indicar a demonstrar prudência especial, transitando em
velocidade moderada, de forma que possa deter Parágrafo único. O embarque e o desembarque
seu veículo com segurança para dar passagem a devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto
pedestre e a veículos que tenham o direito de para o condutor.
preferência. Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das
Art. 44-A. É livre o movimento de conversão à áreas adjacentes às estradas e rodovias
direita diante de sinal vermelho do semáforo onde obedecerá às condições de segurança do trânsito
houver sinalização indicativa que permita essa estabelecidas pelo órgão ou entidade com
conversão, observados os arts. 44, 45 e 70 deste circunscrição sobre a via.
Código. Art. 51. Nas vias internas pertencentes a
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do condomínios constituídos por unidades
semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor autônomas, a sinalização de regulamentação da
pode entrar em uma interseção se houver via será implantada e mantida às expensas do
possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo condomínio, após aprovação dos projetos pelo
na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
passagem do trânsito transversal. Art. 52. Os veículos de tração animal serão
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização conduzidos pela direita da pista, junto à guia da
temporária de um veículo no leito viário, em calçada (meio-fio) ou acostamento, sempre que
situação de emergência, deverá ser providenciada não houver faixa especial a eles destinada,
a imediata sinalização de advertência, na forma devendo seus condutores obedecer, no que
estabelecida pelo CONTRAN. couber, às normas de circulação previstas neste
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, Código e às que vierem a ser fixadas pelo órgão
a parada deverá restringir-se ao tempo ou entidade com circunscrição sobre a via.
indispensável para embarque ou desembarque de Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só
passageiros, desde que não interrompa ou podem circular nas vias quando conduzidos por
perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de um guia, observado o seguinte:
pedestres. I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos
Parágrafo único. A operação de carga ou deverão ser divididos em grupos de tamanho
descarga será regulamentada pelo órgão ou moderado e separados uns dos outros por
entidade com circunscrição sobre a via e é espaços suficientes para não obstruir o trânsito;
considerada estacionamento. II - os animais que circularem pela pista de
Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou rolamento deverão ser mantidos junto ao bordo da
descarga e nos estacionamentos, o veículo deverá pista.
ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas
bordo da pista de rolamento e junto à guia da e ciclomotores só poderão circular nas vias:
calçada (meio-fio), admitidas as exceções I - utilizando capacete de segurança, com viseira
devidamente sinalizadas. ou óculos protetores;
§ 1º Nas vias providas de acostamento, os II - segurando o guidom com as duas mãos;
veículos parados, estacionados ou em operação III - usando vestuário de proteção, de acordo com
de carga ou descarga deverão estar situados fora as especificações do CONTRAN.
da pista de rolamento. Art. 55. Os passageiros de motocicletas,
§ 2º O estacionamento dos veículos motorizados motonetas e ciclomotores só poderão ser
de duas rodas será feito em posição perpendicular transportados:
à guia da calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo I - utilizando capacete de segurança;
quando houver sinalização que determine outra II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em
condição. assento suplementar atrás do condutor;
§ 3º O estacionamento dos veículos sem III - usando vestuário de proteção, de acordo com
abandono do condutor poderá ser feito somente as especificações do CONTRAN.
nos locais previstos neste Código ou naqueles Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos
regulamentados por sinalização específica. pela direita da pista de rolamento,
Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão preferencialmente no centro da faixa mais à direita
abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou descer ou no bordo direito da pista sempre que não
do veículo sem antes se certificarem de que isso houver acostamento ou faixa própria a eles
não constitui perigo para eles e para outros destinada, proibida a sua circulação nas vias de
usuários da via.
trânsito rápido e sobre as calçadas das vias 2. 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para
urbanas. os demais veículos;
Parágrafo único. Quando uma via comportar b) nas rodovias de pista simples:
duas ou mais faixas de trânsito e a da direita for 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para
destinada ao uso exclusivo de outro tipo de automóveis, camionetas, caminhonetes e
veículo, os ciclomotores deverão circular pela faixa motocicletas;
adjacente à da direita. 2. (2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista os demais veículos;
dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros
quando não houver ciclovia, ciclo faixa, ou por hora).
acostamento, ou quando não for possível a § 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário
utilização destes, nos bordos da pista de com circunscrição sobre a via poderá
rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentar, por meio de sinalização,
regulamentado para a via, com preferência sobre velocidades superiores ou inferiores àquelas
os veículos automotores. estabelecidas no parágrafo anterior.
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser
circunscrição sobre a via poderá autorizar a inferior à metade da velocidade máxima
circulação de bicicletas no sentido contrário ao estabelecida, respeitadas as condições
fluxo dos veículos automotores, desde que operacionais de trânsito e da via.
dotado o trecho com ciclo faixa. Art. 64. As crianças com idade inferior a 10 (dez)
Art. 59. Desde que autorizado e devidamente anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e
sinalizado pelo órgão ou entidade com quarenta e cinco centímetros) de altura devem ser
circunscrição sobre a via, será permitida a transportadas nos bancos traseiros, em dispositivo
circulação de bicicletas nos passeios. de retenção adequado para cada idade, peso e
Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo altura, salvo exceções relacionadas a tipos
com sua utilização, classificam-se em: específicos de veículos regulamentadas pelo
I - vias urbanas: Contran.
a) via de trânsito rápido; Parágrafo único. O Contran disciplinará o uso
b) via arterial; excepcional de dispositivos de retenção no banco
c) via coletora; dianteiro do veículo e as especificações técnicas
d) via local; dos dispositivos de retenção a que se refere o
II - vias rurais: caput deste artigo.
a) rodovias; Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de
b) estradas. segurança para condutor e passageiros em todas
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via as vias do território nacional, salvo em situações
será indicada por meio de sinalização, obedecidas regulamentadas pelo CONTRAN.
suas características técnicas e as condições de Art. 67. As provas ou competições desportivas,
trânsito. inclusive seus ensaios, em via aberta à circulação,
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, só poderão ser realizadas mediante prévia
a velocidade máxima será de: permissão da autoridade de trânsito com
I - nas vias urbanas: circunscrição sobre a via e dependerão de:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de I - autorização expressa da respectiva
trânsito rápido: confederação desportiva ou de entidades
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias estaduais a ela filiadas;
arteriais; II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias materiais à via;
coletoras; III - contrato de seguro contra riscos e sinistros em
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; favor de terceiros;
II - nas vias rurais: IV - prévio recolhimento do valor correspondente
a) nas rodovias de pista dupla: aos custos operacionais em que o órgão ou
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) entidade permissionária incorrerá.
para automóveis, camionetas, caminhonetes e Parágrafo único. A autoridade com circunscrição
motocicletas; sobre a via arbitrará os valores mínimos da
caução ou fiança e do contrato de seguro.
CAPÍTULO III-A § 7° Nenhum transportador de cargas ou coletivo
Da Condução De Veículos Por Motoristas de passageiros, embarcador, consignatário de
Profissionais cargas, operador de terminais de carga, operador
de transporte multimodal de cargas ou agente de
Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos cargas ordenará a qualquer motorista a seu
motoristas profissionais: serviço, ainda que subcontratado, que conduza
I - de transporte rodoviário coletivo de veículo referido no caput sem a observância do
passageiros; disposto no § 6°.
II - de transporte rodoviário de cargas. § 8º Regulamentação do CONTRAN definirá as
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional situações excepcionais de inobservância
dirigir por mais de 5 (cinco) horas e meia justificada do tempo de direção e de descanso
ininterruptas veículos de transporte rodoviário pelos motoristas profissionais condutores de
coletivo de passageiros ou de transporte veículos ou composições de transporte rodoviário
rodoviário de cargas. de cargas justificadas por indisponibilidade de
§ 1° Serão observados 30 (trinta) minutos para pontos de parada e de descanso na rota
descanso dentro de cada 6 (seis) horas na programada para a viagem ou por exaurimento
condução de veículo de transporte de carga, das vagas de estacionamento neles disponíveis.
sendo facultado o seu fracionamento e o do § 9º O órgão competente da União ou, conforme o
tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 caso, a autoridade do ente da Federação com
(cinco) horas e meia contínuas no exercício da circunscrição sobre a via publicará e revisará,
condução. periodicamente, relação dos espaços destinados a
§ 1°-A.Serão observados 30 (trinta) minutos para pontos de parada e de descanso disponibilizados
descanso a cada 4 (quatro) horas na condução aos motoristas profissionais condutores de
de veículo rodoviário de passageiros, sendo veículos ou composições de transporte rodoviário
facultado o seu fracionamento e o do tempo de de cargas, especialmente entre os previstos no
direção. art. 10 da Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015,
§ 2° Em situações excepcionais de inobservância indicando o número de vagas de estacionamento
justificada do tempo de direção, devidamente disponíveis em cada localidade.
registradas, o tempo de direção poderá ser Art. 67-E. O motorista profissional é responsável
elevado pelo período necessário para que o por controlar e registrar o tempo de condução
condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar estipulado no art. 67-C, com vistas à sua estrita
que ofereça a segurança e o atendimento observância.
demandados, desde que não haja § 1° A não observância dos períodos de descanso
comprometimento da segurança rodoviária. estabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista
§ 3° O condutor é obrigado, dentro do período profissional às penalidades daí decorrentes,
de 24 (vinte e quatro) horas, a observar o mínimo previstas neste Código.
de 11 (onze) horas de descanso, que podem ser § 1º-A.Não estará sujeito às penalidades previstas
fracionadas, usufruídas no veículo e coincidir com neste Código o motorista profissional condutor de
os intervalos mencionados no § 1°, observadas no veículos ou composições de transporte rodoviário
primeiro período 8 (oito) horas ininterruptas de de cargas que não observar os períodos de
descanso. direção e de descanso quando ocorrer a situação
§ 4° Entende-se como tempo de direção ou de excepcional descrita no § 8º do art. 67-C deste
condução apenas o período em que o condutor Código.
estiver efetivamente ao volante, em curso entre a § 2° O tempo de direção será controlado mediante
origem e o destino. registrador instantâneo inalterável de
§ 5° Entende-se como início de viagem a partida velocidade e tempo e, ou por meio de anotação
do veículo na ida ou no retorno, com ou sem em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de
carga, considerando-se como sua continuação as trabalho externo, ou por meios eletrônicos
partidas nos dias subsequentes até o destino. instalados no veículo, conforme norma do
§ 6° O condutor somente iniciará uma viagem Contran.
após o cumprimento integral do intervalo de § 3° O equipamento eletrônico ou registrador
descanso previsto no § 3° deste artigo. deverá funcionar de forma independente de
qualquer interferência do condutor, quanto aos
dados registrados.
§ 4° A guarda, a preservação e a exatidão das I - onde não houver faixa ou passagem, o
informações contidas no equipamento registrador cruzamento da via deverá ser feito em sentido
instantâneo inalterável de velocidade e de tempo perpendicular ao de seu eixo;
são de responsabilidade do condutor. II - para atravessar uma passagem sinalizada
para pedestres ou delimitada por marcas sobre
CAPÍTULO IV a pista:
Dos Pedestres E Condutores De Veículos Não a) onde houver foco de pedestres, obedecer às
Motorizados indicações das luzes;
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar
Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos que o semáforo ou o agente de trânsito interrompa
passeios ou passagens apropriadas das vias o fluxo de veículos;
urbanas e dos acostamentos das vias rurais para III - nas interseções e em suas proximidades,
circulação, podendo a autoridade competente onde não existam faixas de travessia, os
permitir a utilização de parte da calçada para pedestres devem atravessar a via na continuação
outros fins, desde que não seja prejudicial ao da calçada, observadas as seguintes normas:
fluxo de pedestres. a) não deverão adentrar na pista sem antes se
§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta certificar de que podem fazê-lo sem obstruir o
equipara-se ao pedestre em direitos e deveres. trânsito de veículos;
§ 2º Nas áreas urbanas, quando não houver b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os
passeios ou quando não for possível a utilização pedestres não deverão aumentar o seu percurso,
destes, a circulação de pedestres na pista de demorar-se ou parar sobre ela sem necessidade.
rolamento será feita com prioridade sobre os Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando
veículos, pelos bordos da pista, em fila única, a via sobre as faixas delimitadas para esse fim
exceto em locais proibidos pela sinalização e nas terão prioridade de passagem, exceto nos locais
situações em que a segurança ficar com sinalização semafórica, onde deverão ser
comprometida. respeitadas as disposições deste Código.
§ 3º Nas vias rurais, quando não houver Parágrafo único. Nos locais em que houver
acostamento ou quando não for possível a sinalização semafórica de controle de passagem
utilização dele, a circulação de pedestres, na pista será dada preferência aos pedestres que não
de rolamento, será feita com prioridade sobre os tenham concluído a travessia, mesmo em caso de
veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em mudança do semáforo liberando a passagem dos
sentido contrário ao deslocamento de veículos, veículos.
exceto em locais proibidos pela sinalização e nas Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição
situações em que a segurança ficar sobre a via manterá, obrigatoriamente, as faixas e
comprometida. passagens de pedestres em boas condições de
§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas visibilidade, higiene, segurança e sinalização
obras de arte a serem construídas, deverá ser
previsto passeio destinado à circulação dos CAPÍTULO V
pedestres, que não deverão, nessas condições, Do Cidadão
usar o acostamento.
§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o
passagem para pedestres, o órgão ou entidade direito de solicitar, por escrito, aos órgãos ou
com circunscrição sobre a via deverá assegurar a entidades do Sistema Nacional de Trânsito,
devida sinalização e proteção para circulação de sinalização, fiscalização e implantação de
pedestres. equipamentos de segurança, bem como sugerir
Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o alterações em normas, legislação e outros
pedestre tomará precauções de segurança, assuntos pertinentes a este Código.
levando em conta, principalmente, a visibilidade, a Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao
distância e a velocidade dos veículos, utilizando Sistema Nacional de Trânsito têm o dever de
sempre as faixas ou passagens a ele destinadas analisar as solicitações e responder, por escrito,
sempre que estas existirem numa distância de dentro de prazos mínimos, sobre a possibilidade
até cinquenta metros dele, observadas as ou não de atendimento, esclarecendo ou
seguintes disposições: justificando a análise efetuada, e, se pertinente,
informando ao solicitante quando tal evento I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um
ocorrerá. currículo interdisciplinar com conteúdo
Parágrafo único. As campanhas de trânsito programático sobre segurança de trânsito;
devem esclarecer quais as atribuições dos órgãos II - a adoção de conteúdos relativos à educação
e entidades pertencentes ao Sistema Nacional de para o trânsito nas escolas de formação para o
Trânsito e como proceder a tais solicitações. magistério e o treinamento de professores e
multiplicadores;
CAPÍTULO VI III - a criação de corpos técnicos interprofissionais
Da Educação Para O Trânsito para levantamento e análise de dados estatísticos
relativos ao trânsito;
Art. 74. A educação para o trânsito é direito de IV - a elaboração de planos de redução de
todos e constitui dever prioritário para os sinistros de trânsito com os núcleos
componentes do Sistema Nacional de Trânsito. interdisciplinares universitários de trânsito, com
§ 1º É obrigatória a existência de coordenação vistas à integração universidades-sociedade na
educacional em cada órgão ou entidade área de trânsito.
componente do Sistema Nacional de Trânsito. Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito,
§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito caberá ao Ministério da Saúde, mediante proposta
deverão promover, dentro de sua estrutura do CONTRAN, estabelecer campanha nacional
organizacional ou mediante convênio, o para esclarecer condutas a serem seguidas nos
funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, primeiros socorros em caso de sinistros de
nos moldes e padrões estabelecidos pelo trânsito.
CONTRAN. Parágrafo único. As campanhas terão caráter
Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, permanente por intermédio do Sistema Único de
os temas e os cronogramas das campanhas de Saúde - SUS, sendo intensificadas nos períodos e
âmbito nacional que deverão ser promovidas por na forma estabelecidos no art. 76.
todos os órgãos ou entidades do Sistema Nacional Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou
de Trânsito, em especial nos períodos referentes entidades componentes do Sistema Nacional de
às férias escolares, feriados prolongados e à Trânsito os mecanismos instituídos nos arts. 77-B
Semana Nacional de Trânsito. a 77-E para a veiculação de mensagens
§ 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional educativas de trânsito em todo o território
de Trânsito deverão promover outras campanhas nacional, em caráter suplementar às campanhas
no âmbito de sua circunscrição e de acordo com previstas nos arts. 75 e 77.
as peculiaridades locais. Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à
§ 2º As campanhas de que trata este artigo são de divulgação ou promoção, nos meios de
caráter permanente, e os serviços de rádio e comunicação social, de produto oriundo da
difusão sonora de sons e imagens explorados pelo indústria automobilística ou afim, incluirá,
poder público são obrigados a difundi-las obrigatoriamente, mensagem educativa de
gratuitamente, com a frequência recomendada trânsito a ser conjuntamente veiculada.
pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de § 1° Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E,
Trânsito. consideram-se produtos oriundos da indústria
Art. 76. A educação para o trânsito será automobilística ou afins:
promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e I - os veículos rodoviários automotores de
3º graus, por meio de planejamento e ações qualquer espécie, incluídos os de passageiros e
coordenadas entre os órgãos e entidades do os de carga;
Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da II - os componentes, as peças e os acessórios
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos utilizados nos veículos mencionados no inciso I.
Municípios, nas respectivas áreas de atuação. § 2° O disposto no caput deste artigo aplica-se à
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste propaganda de natureza comercial, veiculada
artigo, o Ministério da Educação, mediante por iniciativa do fabricante do produto, em
proposta do Contran e do Conselho de Reitores qualquer das seguintes modalidades:
das Universidades Brasileiras, diretamente ou I - rádio;
mediante convênio, promoverá:: II - televisão;
III - jornal;
IV - revista;
V - outdoor. para aplicação exclusiva em programas de que
§ 3° Para efeito do disposto no § 2°, equiparam- trata este artigo.
se ao fabricante o montador, o encarroçador, o Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de
importador e o revendedor autorizado dos veículos trânsito poderão firmar convênio com os órgãos de
e demais produtos discriminados no § 1° deste educação da União, dos Estados, do Distrito
artigo. Federal e dos Municípios, objetivando o
Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade cumprimento das obrigações estabelecidas neste
veiculada em outdoor instalado à margem de capítulo.
rodovia, dentro ou fora da respectiva faixa de
domínio, a obrigação prevista no art. 77-B CAPÍTULO VII
estende-se à propaganda de qualquer tipo de Da Sinalização De Trânsito
produto e anunciante, inclusive àquela de caráter
institucional ou eleitoral. Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao
Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito longo da via, sinalização prevista neste Código e
(CONTRAN) especificará o conteúdo e o padrão em legislação complementar, destinada a
de apresentação das mensagens, bem como os condutores e pedestres, vedada a utilização de
procedimentos envolvidos na respectiva qualquer outra.
veiculação, em conformidade com as diretrizes § 1º A sinalização será colocada em posição e
fixadas para as campanhas educativas de trânsito condições que a tornem perfeitamente visível e
a que se refere o art. 75. legível durante o dia e a noite, em distância
Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em compatível com a segurança do trânsito, conforme
desacordo com as condições fixadas nos arts. 77- normas e especificações do CONTRAN.
A a 77-D constitui infração punível com as § 2º O órgão máximo executivo de trânsito da
seguintes sanções: União poderá autorizar, em caráter experimental e
I - advertência por escrito; por período prefixado, a utilização de sinalização e
II - suspensão, nos veículos de divulgação da equipamentos não previstos neste Código.
publicidade, de qualquer outra propaganda do § 3º A responsabilidade pela instalação da
produto, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias; sinalização nas vias internas pertencentes aos
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e condomínios constituídos por unidades autônomas
sete reais) a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e e nas vias e áreas de estacionamento de
cinco reais), cobrada do dobro até o quíntuplo em estabelecimentos privados de uso coletivo é de
caso de reincidência. seu proprietário.
§ 1° As sanções serão aplicadas isolada ou Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é
cumulativamente, conforme dispuser o proibido colocar luzes, publicidade, inscrições,
regulamento. vegetação e mobiliário que possam gerar
§ 2° Sem prejuízo do disposto no caput deste confusão, interferir na visibilidade da sinalização e
artigo, qualquer infração acarretará a imediata comprometer a segurança do trânsito.
suspensão da veiculação da peça publicitária até Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de
que sejam cumpridas as exigências fixadas nos trânsito e respectivos suportes, ou junto a ambos,
arts. 77-A a 77-D. qualquer tipo de publicidade, inscrições, legendas
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação, do e símbolos que não se relacionem com a
Trabalho e Emprego, dos Transportes e da Justiça mensagem da sinalização.
e Segurança Pública, por intermédio do Contran, Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer
desenvolverão e implementarão programas legendas ou símbolos ao longo das vias
destinados à prevenção de sinistros. condiciona-se à prévia aprovação do órgão ou
Parágrafo único. O percentual de dez por cento entidade com circunscrição sobre a via.
do total dos valores arrecadados destinados à Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com
Previdência Social, do Prêmio do Seguro circunscrição sobre a via poderá retirar ou
Obrigatório de Danos Pessoais causados por determinar a imediata retirada de qualquer
Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT, elemento que prejudique a visibilidade da
de que trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de sinalização viária e a segurança do trânsito, com
1974, serão repassados mensalmente ao ônus para quem o tenha colocado.
Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou
entidade de trânsito com circunscrição sobre a via CAPÍTULO VIII
à travessia de pedestres deverão ser sinalizados Da Engenharia De Tráfego, Da Operação, Da
com faixas pintadas ou demarcadas no leito da Fiscalização E Do Policiamento Ostensivo De
via. Trânsito
Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina,
oficinas, estacionamentos ou garagens de uso Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e
coletivo deverão ter suas entradas e saídas regulamentos a serem adotados em todo o
devidamente identificadas, na forma território nacional quando da implementação das
regulamentada pelo CONTRAN. soluções adotadas pela Engenharia de Tráfego,
Art. 86-A. As vagas de estacionamento assim como padrões a serem praticados por todos
regulamentado de que trata o inciso XVII do art. os órgãos e entidades do Sistema Nacional de
181 desta Lei deverão ser sinalizadas com as Trânsito.
respectivas placas indicativas de destinação e Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa
com placas informando os dados sobre a infração transformar-se em pólo atrativo de trânsito
por estacionamento indevido. poderá ser aprovado sem prévia anuência do
Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em: órgão ou entidade com circunscrição sobre a
I - verticais; via e sem que do projeto conste área para
II - horizontais; estacionamento e indicação das vias de
III - dispositivos de sinalização auxiliar; acesso adequadas.
IV - luminosos; Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à
V - sonoros; segurança de veículos e pedestres, tanto na via
VI - gestos do agente de trânsito e do condutor. quanto na calçada, caso não possa ser retirado,
Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser deve ser devida e imediatamente sinalizado.
entregue após sua construção, ou reaberta ao Parágrafo único. É proibida a utilização das
trânsito após a realização de obras ou de ondulações transversais e de sonorizadores como
manutenção, enquanto não estiver devidamente redutores de velocidade, salvo em casos especiais
sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a definidos pelo órgão ou entidade competente, nos
garantir as condições adequadas de segurança na padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN.
circulação. Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa
Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em perturbar ou interromper a livre circulação de
obras deverá ser afixada sinalização específica e veículos e pedestres, ou colocar em risco sua
adequada. segurança, será iniciada sem permissão prévia do
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
prevalência: sobre a via.
I - as ordens do agente de trânsito sobre as § 1º A obrigação de sinalizar é do responsável
normas de circulação e outros sinais; pela execução ou manutenção da obra ou do
II - as indicações do semáforo sobre os demais evento.
sinais; § 2º Salvo em casos de emergência, a autoridade
III - as indicações dos sinais sobre as demais de trânsito com circunscrição sobre a via avisará a
normas de trânsito. comunidade, por intermédio dos meios de
Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas comunicação social, com quarenta e oito horas
neste Código por inobservância à sinalização de antecedência, de qualquer interdição da via,
quando esta for insuficiente ou incorreta. indicando-se os caminhos alternativos a serem
§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com utilizados.
circunscrição sobre a via é responsável pela § 3º O descumprimento do disposto neste artigo
implantação da sinalização, respondendo pela sua será punido com multa de R$ 81,35 (oitenta e um
falta, insuficiência ou incorreta colocação. reais e trinta e cinco centavos) a R$ 488,10
§ 2º O CONTRAN editará normas (quatrocentos e oitenta e oito reais e dez
complementares no que se refere à interpretação, centavos), independentemente das cominações
colocação e uso da sinalização. cíveis e penais cabíveis, além de multa diária no
mesmo valor até a regularização da situação, a
partir do prazo final concedido pela autoridade de
trânsito, levando-se em consideração a dimensão
da obra ou do evento e o prejuízo causado ao 4 - trator misto;
trânsito. f) especial;
§ 4º Ao servidor público responsável pela 1 - motocicleta;
inobservância de qualquer das normas previstas 2 - triciclo;
neste e nos arts. 93 e 94, a autoridade de trânsito 3 - automóvel;
aplicará multa diária na base de cinquenta por 4 - trator misto;
cento do dia de vencimento ou remuneração 5 - micro-ônibus
devida enquanto permanecer a irregularidade. 6 - ônibus
7 - reboque ou semirreboque
CAPÍTULO IX 8 - camioneta
Dos Veículos 9 - caminhão
Seção I 10 - caminhão-trator
Disposições Gerais 11 - caminhonete
12 - utilitário
Art. 96. Os veículos classificam-se em: 13 - motor-casa
I - quanto à tração: g) de coleção;
a) automotor; III - quanto à categoria:
c) de propulsão humana; a) oficial;
d) de tração animal; b) de representação diplomática, de repartições
e) reboque ou semi-reboque; consulares de carreira ou organismos
II - quanto à espécie: internacionais acreditados junto ao Governo
a) de passageiros: brasileiro;
1 - bicicleta; c) particular;
2 - ciclomotor; d) de aluguel;
3 - motoneta; e) de aprendizagem.
4 - motocicleta; Art. 97. As características dos veículos, suas
5 - triciclo; especificações básicas, configuração e condições
6 - quadriciclo; essenciais para registro, licenciamento e
7 - automóvel; circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN,
8 - microônibus; em função de suas aplicações.
9 - ônibus; Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável
10 - bonde; poderá, sem prévia autorização da autoridade
11 - reboque ou semi-reboque; competente, fazer ou ordenar que sejam feitas no
12 - charrete; veículo modificações de suas características de
b) de carga: fábrica.
1 - motoneta; § 1º Os veículos e motores novos ou usados que
2 - motocicleta; sofrerem alterações ou conversões são
3 - triciclo; obrigados a atender aos mesmos limites e
4 - quadriciclo; exigências de emissão de poluentes e ruído
5 - caminhonete; previstos pelos órgãos ambientais
6 - caminhão; competentes e pelo CONTRAN, cabendo à
7 - reboque ou semi-reboque; entidade executora das modificações e ao
8 - carroça; proprietário do veículo a responsabilidade pelo
9 - carro-de-mão; cumprimento das exigências.
c) misto: § 2º Veículos classificados na espécie misto, tipo
1 - camioneta; utilitário, carroçaria jipe poderão ter alterado o
2 - utilitário; diâmetro externo do conjunto formado por roda e
3 - outros; pneu, observadas restrições impostas pelo
d) de competição; fabricante e exigências fixadas pelo Contran.
e) de tração: Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias
1 - caminhão-trator; terrestres o veículo cujo peso e dimensões
2 - trator de rodas; atenderem aos limites estabelecidos pelo
3 - trator de esteiras; CONTRAN.
§ 1º O excesso de peso será aferido por
equipamento de pesagem ou pela verificação de ou a terceiros.
documento fiscal, na forma estabelecida pelo § 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre
CONTRAN. caminhões poderá ser concedida, pela autoridade
§ 2º Será tolerado um percentual sobre os limites com circunscrição sobre a via, autorização
de peso bruto total e peso bruto transmitido por especial de trânsito, com prazo de seis meses,
eixo de veículos à superfície das vias, quando atendidas as medidas de segurança consideradas
aferido por equipamento, na forma estabelecida necessárias.
pelo CONTRAN. § 4º O Contran estabelecerá os requisitos mínimos
§ 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados e específicos a serem observados pela autoridade
na pesagem de veículos serão aferidos de acordo com circunscrição sobre a via para a concessão
com a metodologia e na periodicidade da autorização de que trata o caput deste artigo
estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão ou quando o veículo ou a combinação de veículos
entidade de metrologia legal. trafegar exclusivamente em via rural não
§ 4º Somente poderá haver autuação, por ocasião pavimentada, os quais deverão contemplar o
da pesagem do veículo, quando o veículo ou a caráter diferenciado e regional dessas vias.
combinação de veículos ultrapassar os limites de Art. 102. O veículo de carga deverá estar
peso fixados, acrescidos da respectiva tolerância. devidamente equipado quando transitar, de modo
§ 5º O fabricante fará constar em lugar visível da a evitar o derramamento da carga sobre a via.
estrutura do veículo e no Renavam o limite Parágrafo único. O CONTRAN fixará os
técnico de peso por eixo, na forma definida pelo requisitos mínimos e a forma de proteção das
Contran. cargas de que trata este artigo, de acordo com a
Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de sua natureza.
veículos poderá transitar com lotação de
passageiros, com peso bruto total, ou com peso Seção II
bruto total combinado com peso por eixo, superior Da Segurança dos Veículos
ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a
capacidade máxima de tração da unidade tratora. Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de quando atendidos os requisitos e condições de
passageiros poderão ser dotados de pneus segurança estabelecidos neste Código e em
extralargos. normas do CONTRAN.
§ 2º O CONTRAN regulamentará o uso de pneus § 1º Os fabricantes, os importadores, os
extralargos para os demais veículos. montadores e os encarroçadores de veículos
§ 3º É permitida a fabricação de veículos de deverão emitir certificado de segurança,
transporte de passageiros de até 15 m (quinze indispensável ao cadastramento no RENAVAM,
metros) de comprimento na configuração de nas condições estabelecidas pelo CONTRAN.
chassi 8x2. § 2º O CONTRAN deverá especificar os
Art. 101. Ao veículo ou à combinação de veículos procedimentos e a periodicidade para que os
utilizados no transporte de carga que não se fabricantes, os importadores, os montadores e os
enquadre nos limites de peso e dimensões encarroçadores comprovem o atendimento aos
estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, requisitos de segurança veicular, devendo, para
pela autoridade com circunscrição sobre a via, isso, manter disponíveis a qualquer tempo os
autorização especial de trânsito, com prazo resultados dos testes e ensaios dos sistemas e
certo, válida para cada viagem ou por período, componentes abrangidos pela legislação de
atendidas as medidas de segurança consideradas segurança veicular.
necessárias, conforme regulamentação do § 3º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter
Contran. experimental e por período prefixado, a circulação
§ 1º A autorização será concedida mediante de veículos ou combinação de veículos em
requerimento que especificará as características condições não previstas no caput deste artigo
do veículo ou combinação de veículos e de carga, Art. 104. Os veículos em circulação terão suas
o percurso, a data e o horário do deslocamento condições de segurança, de controle de emissão
inicial. de gases poluentes e de ruído avaliadas mediante
§ 2º A autorização não exime o beneficiário da inspeção, que será obrigatória, na forma e
responsabilidade por eventuais danos que o periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para
veículo ou a combinação de veículos causar à via
os itens de segurança e pelo CONAMA para revendedores devem comercializar os seus
emissão de gases poluentes e ruído. veículos com os equipamentos obrigatórios
§ 5º Será aplicada a medida administrativa de definidos neste artigo, e com os demais
retenção aos veículos reprovados na inspeção estabelecidos pelo CONTRAN.
de segurança e na de emissão de gases § 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o
poluentes e ruído. atendimento do disposto neste artigo.
§ 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o § 5° A exigência estabelecida no inciso VII do
caput deste artigo, durante 3 (três) anos a partir do caput deste artigo será progressivamente
primeiro licenciamento, os veículos novos incorporada aos novos projetos de automóveis e
classificados na categoria particular, com dos veículos deles derivados, fabricados,
capacidade para até 7 (sete) passageiros, desde importados, montados ou encarroçados, a partir
que mantenham suas características originais de do 1° (primeiro) ano após a definição pelo Contran
fábrica e não se envolvam em sinistro de trânsito das especificações técnicas pertinentes e do
com danos de média ou grande monta. respectivo cronograma de implantação e a partir
§ 7º Para os demais veículos novos, o período de do 5° (quinto) ano, após esta definição, para os
que trata o § 6º deste artigo será de 2 (dois) anos, demais automóveis zero quilômetro de modelos ou
desde que mantenham suas características projetos já existentes e veículos deles derivados.
originais de fábrica e não se envolvam em sinistro § 6° A exigência estabelecida no inciso VII do
de trânsito com danos de média ou grande monta. caput deste artigo não se aplica aos veículos
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos destinados à exportação.
veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de
CONTRAN: modificação de veículo ou, ainda, quando ocorrer
I - cinto de segurança, conforme regulamentação substituição de equipamento de segurança
específica do CONTRAN, com exceção dos especificado pelo fabricante, será exigido, para
veículos destinados ao transporte de passageiros licenciamento e registro, certificado de
em percursos em que seja permitido viajar em pé; segurança expedido por instituição técnica
II - para os veículos de transporte e de condução credenciada por órgão ou entidade de
escolar, os de transporte de passageiros com mais metrologia legal, conforme norma elaborada pelo
de dez lugares e os de carga com peso bruto total CONTRAN.
superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis Parágrafo único. Quando se tratar de blindagem
quilogramas, equipamento registrador instantâneo de veículo, não será exigido qualquer outro
inalterável de velocidade e tempo; documento ou autorização para o registro ou o
III - encosto de cabeça, para todos os tipos de licenciamento.
veículos automotores, segundo normas Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao
estabelecidas pelo CONTRAN; transporte individual ou coletivo de passageiros,
V - dispositivo destinado ao controle de emissão deverão satisfazer, além das exigências previstas
de gases poluentes e de ruído, segundo normas neste Código, às condições técnicas e aos
estabelecidas pelo CONTRAN. requisitos de segurança, higiene e conforto
VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização estabelecidos pelo poder competente para
noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e autorizar, permitir ou conceder a exploração dessa
espelho retrovisor do lado esquerdo. atividade.
VII - equipamento suplementar de retenção - air Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus,
bag frontal para o condutor e o passageiro do a autoridade com circunscrição sobre a via poderá
banco dianteiro. autorizar, a título precário, o transporte de
VIII - luzes de rodagem diurna. passageiros em veículo de carga ou misto,
§ 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos desde que obedecidas as condições de segurança
equipamentos obrigatórios dos veículos e estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN.
determinará suas especificações técnicas. Parágrafo único. A autorização citada no caput
§ 2º Nenhum veículo poderá transitar com não poderá exceder a doze meses, prazo a partir
equipamento ou acessório proibido, sendo o do qual a autoridade pública responsável deverá
infrator sujeito às penalidades e medidas implantar o serviço regular de transporte coletivo
administrativas previstas neste Código. de passageiros, em conformidade com a
§ 3º Os fabricantes, os importadores, os legislação pertinente e com os dispositivos deste
montadores, os encarroçadores de veículos e os Código.
Art. 109. O transporte de carga em veículos § 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia
destinados ao transporte de passageiros só pode permissão da autoridade executiva de trânsito,
ser realizado de acordo com as normas fazer, ou ordenar que se faça, modificações da
estabelecidas pelo CONTRAN. identificação de seu veículo.
Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de Art. 115. O veículo será identificado externamente
suas características para competição ou finalidade por meio de placas dianteira e traseira, sendo esta
análoga só poderá circular nas vias públicas com lacrada em sua estrutura, obedecidas as
licença especial da autoridade de trânsito, em especificações e modelos estabelecidos pelo
itinerário e horário fixados. CONTRAN.
Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do § 1º Os caracteres das placas serão
veículo: individualizados para cada veículo e o
II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou acompanharão até a baixa do registro, sendo
similares nos veículos em movimento, salvo nos vedado seu reaproveitamento.
que possuam espelhos retrovisores em ambos os § 2º As placas com as cores verde e amarela da
lados. Bandeira Nacional serão usadas somente pelos
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou veículos de representação pessoal do Presidente
não, painéis decorativos ou pinturas, quando e do Vice-Presidente da República, dos
comprometer a segurança do veículo, na forma de Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos
regulamentação do CONTRAN. Deputados, do Presidente e dos Ministros do
Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição Supremo Tribunal Federal, dos Ministros de
de caráter publicitário ou qualquer outra que possa Estado, do Advogado-Geral da União e do
desviar a atenção dos condutores em toda a Procurador-Geral da República.
extensão do pára-brisa e da traseira dos veículos, § 3º Os veículos de representação dos
salvo se não colocar em risco a segurança do Presidentes dos Tribunais Federais, dos
trânsito. Governadores, Prefeitos, Secretários Estaduais e
Art. 113. Os importadores, as montadoras, as Municipais, dos Presidentes das Assembleias
encarroçadoras e fabricantes de veículos e Legislativas, das Câmaras Municipais, dos
autopeças são responsáveis civil e Presidentes dos Tribunais Estaduais e do Distrito
criminalmente por danos causados aos usuários, Federal, e do respectivo chefe do Ministério
a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças
falhas oriundas de projetos e da qualidade dos Armadas terão placas especiais, de acordo com
materiais e equipamentos utilizados na sua os modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
fabricação. § 4° Os aparelhos automotores destinados a puxar
ou a arrastar maquinaria de qualquer natureza ou
Seção III a executar trabalhos de construção ou de
Da Identificação do Veículo pavimentação são sujeitos ao registro na
repartição competente, se transitarem em via
Art. 114. O veículo será identificado pública, dispensados o licenciamento e o
obrigatoriamente por caracteres gravados no emplacamento.
chassi ou no monobloco, reproduzidos em outras § 4°-A. Os tratores e demais aparelhos
partes, conforme dispuser o CONTRAN. automotores destinados a puxar ou a arrastar
§ 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou maquinaria agrícola ou a executar trabalhos
montador, de modo a identificar o veículo, seu agrícolas, desde que facultados a transitar em via
fabricante e as suas características, além do ano pública, são sujeitos ao registro único, sem ônus,
de fabricação, que não poderá ser alterado. em cadastro específico do Ministério da
§ 2º As regravações, quando necessárias, Agricultura e Pecuária, acessível aos
dependerão de prévia autorização da autoridade componentes do Sistema Nacional de Trânsito.
executiva de trânsito e somente serão § 5º O disposto neste artigo não se aplica aos
processadas por estabelecimento por ela veículos de uso bélico.
credenciado, mediante a comprovação de § 6º Os veículos de duas ou três rodas são
propriedade do veículo, mantida a mesma dispensados da placa dianteira.
identificação anterior, inclusive o ano de § 7° Excepcionalmente, mediante autorização
fabricação. específica e fundamentada das respectivas
corregedorias e com a devida comunicação
aos órgãos de trânsito competentes, os exista acordo ou tratado internacional, reger-se-á
veículos utilizados por membros do Poder pelas disposições deste Código, pelas convenções
Judiciário e do Ministério Público que exerçam e acordos internacionais ratificados.
competência ou atribuição criminal poderão Art. 119. As repartições aduaneiras e os órgãos
temporariamente ter placas especiais, de forma de controle de fronteira comunicarão diretamente
a impedir a identificação de seus usuários ao RENAVAM a entrada e saída temporária ou
específicos, na forma de regulamento a ser definitiva de veículos.
emitido, conjuntamente, pelo Conselho Nacional § 1º Os veículos licenciados no exterior não
de Justiça - CNJ, pelo Conselho Nacional do poderão sair do território nacional sem o prévio
Ministério Público - CNMP e pelo Conselho pagamento ou o depósito, judicial ou
Nacional de Trânsito - CONTRAN. administrativo, dos valores correspondentes às
§ 8° Os veículos artesanais utilizados para infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento
trabalho agrícola (jericos), para efeito do registro de danos que tiverem causado ao patrimônio
de que trata o § 4°-A, ficam dispensados da público ou de particulares, independentemente da
exigência prevista no art. 106. fase do processo administrativo ou judicial
§ 9º As placas que possuírem tecnologia que envolvendo a questão.
permita a identificação do veículo ao qual estão § 2º Os veículos que saírem do território nacional
atreladas são dispensadas da utilização do lacre sem o cumprimento do disposto no § 1º e que
previsto no caput, na forma a ser regulamentada posteriormente forem flagrados tentando ingressar
pelo Contran. ou já em circulação no território nacional serão
§ 10. O Contran estabelecerá os meios técnicos, retidos até a regularização da situação.
de uso obrigatório, para garantir a identificação
dos veículos que transitarem por rodovias e vias CAPÍTULO XI
urbanas com cobrança de uso pelo sistema de Do Registro De Veículos
livre passagem.
Art. 116. Os veículos de propriedade da União, Art. 120. Todo veículo automotor, articulado,
dos Estados e do Distrito Federal, devidamente reboque ou semirreboque, deve ser registrado
registrados e licenciados, ou aqueles sob posse perante o órgão executivo de trânsito do Estado
dos órgãos de segurança pública, somente ou do Distrito Federal, no Município de domicílio
quando estritamente usados em serviço reservado ou residência de seu proprietário, na forma da lei..
de caráter policial, poderão usar placas § 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados
particulares, obedecidos os critérios e os limites e do Distrito Federal somente registrarão veículos
estabelecidos pela legislação que regula o uso de oficiais de propriedade da administração direta, da
veículo oficial. União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Parágrafo único. As placas a que se refere o Municípios, de qualquer um dos poderes, com
caput deste artigo serão concedidas mediante indicação expressa, por pintura nas portas, do
solicitação aos órgãos executivos de trânsito dos nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em
Estados e do Distrito Federal e serão vinculadas cujo nome o veículo será registrado, excetuando-
ao órgão de segurança pública solicitante se os veículos de representação e os previstos no
Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os art. 116.
coletivos de passageiros deverão conter, em local § 2º O disposto neste artigo não se aplica ao
facilmente visível, a inscrição indicativa de sua veículo de uso bélico.
tara, do peso bruto total (PBT), do peso bruto total Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o
combinado (PBTC) ou capacidade máxima de Certificado de Registro de Veículo (CRV), em
tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em meio físico e/ou digital, à escolha do proprietário,
desacordo com sua classificação. de acordo com os modelos e com as
especificações estabelecidos pelo Contran, com
CAPÍTULO X as características e as condições de
Dos Veículos Em Circulação Internacional invulnerabilidade à falsificação e à adulteração.
Art. 122. Para a expedição do Certificado de
Art. 118. A circulação de veículo no território Registro de Veículo o órgão executivo de trânsito
nacional, independentemente de sua origem, em consultará o cadastro do RENAVAM e exigirá do
trânsito entre o Brasil e os países com os quais proprietário os seguintes documentos:
I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou anterior, que poderá ser substituída por
revendedor, ou documento equivalente expedido informação do RENAVAM;
por autoridade competente; VIII - comprovante de quitação de débitos relativos
II - documento fornecido pelo Ministério das a tributos, encargos e multas de trânsito
Relações Exteriores, quando se tratar de veículo vinculados ao veículo, independentemente da
importado por membro de missões diplomáticas, responsabilidade pelas infrações cometidas;
de repartições consulares de carreira, de X - comprovante relativo ao cumprimento do
representações de organismos internacionais e de disposto no art. 98, quando houver alteração nas
seus integrantes. características originais do veículo que afetem a
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo emissão de poluentes e ruído;
Certificado de Registro de Veículo quando: XI - comprovante de aprovação de inspeção
I - for transferida a propriedade; veicular e de poluentes e ruído, quando for o caso,
II - o proprietário mudar o Município de domicílio conforme regulamentações do CONTRAN e do
ou residência; CONAMA.
III - for alterada qualquer característica do veículo; Parágrafo único. Os veículos cuja transferência
IV - houver mudança de categoria. de propriedade seja resultado de apreensão ou de
§ 1º No caso de transferência de propriedade, o confisco por decisão judicial, leilão de veículo
prazo para o proprietário adotar as providências recolhido em depósito ou de doação a órgãos ou
necessárias à efetivação da expedição do novo entidades da administração pública são
Certificado de Registro de Veículo é de trinta dispensados do cumprimento do disposto no
dias, sendo que nos demais casos as inciso VIII do caput deste artigo, e os débitos
providências deverão ser imediatas. existentes devem ser cobrados do proprietário
§ 2º No caso de transferência de domicílio ou anterior.
residência no mesmo Município, o proprietário Art. 125. As informações sobre o chassi, o
comunicará o novo endereço num prazo de trinta monobloco, os agregados e as características
dias e aguardará o novo licenciamento para originais do veículo deverão ser prestadas ao
alterar o Certificado de Licenciamento Anual. RENAVAM:
§ 3º A expedição do novo certificado será I - pelo fabricante ou montadora, antes da
comunicada ao órgão executivo de trânsito que comercialização, no caso de veículo nacional;
expediu o anterior e ao RENAVAM. II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo
Art. 124. Para a expedição do novo Certificado importado por pessoa física;
de Registro de Veículo serão exigidos os III - pelo importador, no caso de veículo importado
seguintes documentos: por pessoa jurídica.
I - Certificado de Registro de Veículo anterior; Parágrafo único. As informações recebidas pelo
II - Certificado de Licenciamento Anual; RENAVAM serão repassadas ao órgão executivo
III - comprovante de transferência de propriedade, de trânsito responsável pelo registro, devendo
quando for o caso, conforme modelo e normas este comunicar ao RENAVAM, tão logo seja o
estabelecidas pelo CONTRAN; veículo registrado.
IV - Certificado de Segurança Veicular e de Art. 126.O proprietário de veículo irrecuperável,
emissão de poluentes e ruído, quando houver ou destinado à desmontagem, deverá requerer a
adaptação ou alteração de características do baixa do registro, no prazo e forma estabelecidos
veículo; pelo Contran, vedada a remontagem do veículo
V - comprovante de procedência e justificativa da sobre o mesmo chassi de forma a manter o
propriedade dos componentes e agregados registro anterior.
adaptados ou montados no veículo, quando § 1º A obrigação de que trata este artigo é da
houver alteração das características originais de companhia seguradora ou do adquirente do
fábrica; veículo destinado à desmontagem, quando estes
VI - autorização do Ministério das Relações sucederem ao proprietário.
Exteriores, no caso de veículo da categoria de § 2º A existência de débitos fiscais ou de multas
missões diplomáticas, de repartições consulares de trânsito e ambientais vinculadas ao veículo não
de carreira, de representações de organismos impede a baixa do registro.
internacionais e de seus integrantes; Art. 127.O órgão executivo de trânsito competente
VII - certidão negativa de roubo ou furto de só efetuará a baixa do registro após prévia
veículo, expedida no Município do registro consulta ao cadastro do RENAVAM.
Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, Certificado de Registro de Veículo, em meio
deverá ser esta comunicada, de imediato, ao físico e/ou digital, à escolha do proprietário, de
RENAVAM. acordo com o modelo e com as especificações
Art. 128. Não será expedido novo Certificado de estabelecidos pelo Contran.
Registro de Veículo enquanto houver débitos § 1º O primeiro licenciamento será feito
fiscais e de multas de trânsito e ambientais, simultaneamente ao registro.
vinculadas ao veículo, independentemente da § 2º O veículo somente será considerado
responsabilidade pelas infrações cometidas. licenciado estando quitados os débitos relativos
Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos a tributos, encargos e multas de trânsito e
de propulsão humana e dos veículos de tração ambientais, vinculados ao veículo,
animal obedecerão à regulamentação independentemente da responsabilidade pelas
estabelecida em legislação municipal do infrações cometidas.
domicílio ou residência de seus proprietários. § 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá
Art. 129-A. O registro dos tratores e demais comprovar sua aprovação nas inspeções de
aparelhos automotores destinados a puxar ou a segurança veicular e de controle de emissões de
arrastar maquinaria agrícola ou a executar gases poluentes e de ruído, conforme disposto no
trabalhos agrícolas será efetuado, sem ônus, pelo art. 104.
Ministério da Agricultura e Pecuária, diretamente § 4º As informações referentes às campanhas de
ou mediante convênio. chamamento de consumidores para substituição
Art. 129-B. O registro de contratos de garantias de ou reparo de veículos realizadas a partir de 1º de
alienação fiduciária em operações financeiras, outubro de 2019 e não atendidas no prazo de 1
consórcio, arrendamento mercantil, reserva de (um) ano, contado da data de sua comunicação,
domínio ou penhor será realizado nos órgãos ou deverão constar do Certificado de
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Licenciamento Anual.
Distrito Federal, em observância ao disposto no § § 5º Após a inclusão das informações de que trata
1º do art. 1.361 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro o § 4º deste artigo no Certificado de Licenciamento
de 2002 (Código Civil), e na Lei nº 13.709, de 14 Anual, o veículo somente será licenciado mediante
de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de comprovação do atendimento às campanhas de
Dados Pessoais) chamamento de consumidores para substituição
Parágrafo único. O registro previsto no caput ou reparo de veículos.
deste artigo será executado por empresas § 6º O CONTRAN regulamentará a inserção dos
registradoras de contrato especializadas, na dados no Certificado de Licenciamento Anual
modalidade de credenciamento pelos órgãos referentes às campanhas de chamamento de
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito consumidores para substituição ou reparo de
Federal, observado o disposto no inciso III do veículos realizadas antes da data prevista no § 4º
parágrafo único do art. 79 da Lei nº 14.133, de 1º deste artigo.
de abril de 2021. § 7º O CONTRAN, excepcionalmente, poderá
prorrogar a exigência do disposto no § 5º deste
CAPÍTULO XII artigo diante da comprovada falta de peças ou da
Do Licenciamento necessidade de escalonamento para o
atendimento ao chamamento dos consumidores,
Art. 130. Todo veículo automotor, articulado, avaliadas as questões de segurança viária.
reboque ou semirreboque, para transitar na via, Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao
deverá ser licenciado anualmente pelo órgão licenciamento e terão sua circulação regulada pelo
executivo de trânsito do Estado, ou do Distrito CONTRAN durante o trajeto entre a fábrica e o
Federal, onde estiver registrado o veículo.. Município de destino.
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica a § 1° O disposto neste artigo aplica-se, igualmente,
veículo de uso bélico. aos veículos importados, durante o trajeto entre a
§ 2º No caso de transferência de residência ou alfândega ou entreposto alfandegário e o
domicílio, é válido, durante o exercício, o Município de destino.
licenciamento de origem. Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de
Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual Licenciamento Anual.
será expedido ao veículo licenciado, vinculado ao Parágrafo único. O porte será dispensado
quando, no momento da fiscalização, for possível
ter acesso ao devido sistema informatizado para inalterável de velocidade e tempo;
verificar se o veículo está licenciado. V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela
Art. 134. No caso de transferência de propriedade, dispostas nas extremidades da parte superior
expirado o prazo previsto no § 1º do art. 123 deste dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas na
Código sem que o novo proprietário tenha tomado extremidade superior da parte traseira;
as providências necessárias à efetivação da VI - cintos de segurança em número igual à
expedição do novo Certificado de Registro de lotação;
Veículo, o antigo proprietário deverá encaminhar VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios
ao órgão executivo de trânsito do Estado ou do estabelecidos pelo CONTRAN.
Distrito Federal, no prazo de 60 (sessenta) dias, Art. 137. A autorização a que se refere o artigo
cópia autenticada do comprovante de anterior deverá ser afixada na parte interna do
transferência de propriedade, devidamente veículo, em local visível, com inscrição da lotação
assinado e datado, sob pena de ter que se permitida, sendo vedada a condução de escolares
responsabilizar solidariamente pelas penalidades em número superior à capacidade estabelecida
impostas e suas reincidências até a data da pelo fabricante.
comunicação. Art. 138. O condutor de veículo destinado à
Parágrafo único. O comprovante de transferência condução de escolares deve satisfazer os
de propriedade de que trata o caput deste artigo seguintes requisitos:
poderá ser substituído por documento eletrônico I - ter idade superior a vinte e um anos;
com assinatura eletrônica válida, na forma II - ser habilitado na categoria D;
regulamentada pelo CONTRAN. IV - não ter cometido mais de uma infração
Art. 134-A. O CONTRAN especificará as gravíssima nos 12 (doze) últimos meses;
bicicletas motorizadas e equiparados não sujeitos V - ser aprovado em curso especializado, nos
ao registro, ao licenciamento e ao emplacamento termos da regulamentação do CONTRAN.
para circulação nas vias. Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a
Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao competência municipal de aplicar as exigências
transporte individual ou coletivo de passageiros de previstas em seus regulamentos, para o transporte
linhas regulares ou empregados em qualquer de escolares.
serviço remunerado, para registro, licenciamento e
respectivo emplacamento de característica CAPÍTULO XIII-A
comercial, deverão estar devidamente autorizados Da Condução De Moto-Frete
pelo poder público concedente.
Art. 139-A. As motocicletas e motonetas
CAPÍTULO XIII destinadas ao transporte remunerado de
Da Condução De Escolares mercadorias (moto-frete) somente poderão
circular nas vias com autorização emitida pelo
Art. 136. Os veículos especialmente destinados à órgão ou entidade executivo de trânsito dos
condução coletiva de escolares somente poderão Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para
circular nas vias com autorização emitida pelo tanto:
órgão ou entidade executivos de trânsito dos I - registro como veículo da categoria de aluguel;
Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para II - instalação de protetor de motor mata-cachorro,
tanto: fixado no chassi do veículo, destinado a proteger o
I - registro como veículo de passageiros; motor e a perna do condutor em caso de
II - inspeção semestral para verificação dos tombamento, nos termos de regulamentação do
equipamentos obrigatórios e de segurança; Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN;
III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com III - instalação de aparador de linha antena corta-
quarenta centímetros de largura, à meia altura, em pipas, nos termos de regulamentação do Contran;
toda a extensão das partes laterais e traseira da IV - inspeção semestral para verificação dos
carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em preto, equipamentos obrigatórios e de segurança.
sendo que, em caso de veículo de carroçaria § 1° A instalação ou incorporação de dispositivos
pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas para transporte de cargas deve estar de acordo
devem ser invertidas; com a regulamentação do CONTRAN.
IV - equipamento registrador instantâneo § 2° É proibido o transporte de combustíveis,
produtos inflamáveis ou tóxicos e de galões nos pelas categorias B e C e de veículo motorizado
veículos de que trata este artigo, com exceção do utilizado no transporte de passageiros cuja lotação
gás de cozinha e de galões contendo água exceda a 8 (oito) lugares, excluído o do motorista;
mineral, desde que com o auxílio de side-car, nos V - Categoria E - condutor de combinação de
termos de regulamentação do CONTRAN. veículos em que a unidade tratora se enquadre
Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada,
competência municipal ou estadual de aplicar as reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha
exigências previstas em seus regulamentos para 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso
as atividades de moto-frete no âmbito de suas bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito)
circunscrições. lugares.
§ 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor
CAPÍTULO XIV deverá estar habilitado no mínimo há 1 (um) ano
Da Habilitação na categoria B e não ter cometido mais de uma
infração gravíssima nos últimos 12 (doze)
Art. 140. A habilitação para conduzir veículo meses.
automotor será apurada por meio de exames que § 2° São os condutores da categoria B autorizados
deverão ser realizados no órgão ou entidade a conduzir veículo automotor da espécie motor-
executivos do Estado ou do Distrito Federal, do casa, definida nos termos do Anexo I deste
domicílio ou residência do candidato, ou na sede Código, cujo peso não exceda a 6.000 kg (seis mil
estadual ou distrital do próprio órgão, e o condutor quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8
deverá preencher os seguintes requisitos: (oito) lugares, excluído o do motorista.
I - ser penalmente imputável; § 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor
II - saber ler e escrever; da combinação de veículos com mais de uma
III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente. unidade tracionada, independentemente da
Parágrafo único. As informações do candidato à capacidade de tração ou do peso bruto total.
habilitação serão cadastradas no RENACH. § 4º Respeitada a capacidade máxima de tração
Art. 141. O processo de habilitação e as normas da unidade tratora, os condutores das categorias
relativas à aprendizagem para conduzir veículos B, C e D podem conduzir combinação de veículos
automotores e à autorização para conduzir cuja unidade tratora se enquadre na respectiva
ciclomotores serão regulamentados pelo Contran. categoria de habilitação e cuja unidade acoplada,
§ 1º A autorização para conduzir veículos de reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha
propulsão humana e de tração animal ficará a menos de 6.000 kg (seis mil quilogramas) de peso
cargo dos Municípios. bruto total, e cuja lotação não exceda a 8 (oito)
Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida lugares.
em outro país está subordinado às condições Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o
estabelecidas em convenções e acordos trator misto ou o equipamento automotor
internacionais e às normas do CONTRAN. destinado à movimentação de cargas ou execução
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas de trabalho agrícola, de terraplenagem, de
categorias de A a E, obedecida a seguinte construção ou de pavimentação só podem ser
gradação: conduzidos na via pública por condutor
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado habilitado nas categorias C, D ou E.
de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral; Parágrafo único. O trator de roda e os
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, equipamentos automotores destinados a executar
não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto trabalhos agrícolas poderão ser conduzidos em
total não exceda a três mil e quinhentos via pública também por condutor habilitado na
quilogramas e cuja lotação não exceda a oito categoria B.
lugares, excluído o do motorista; Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E
III - Categoria C - condutor de veículo abrangido ou para conduzir veículo de transporte coletivo
pela categoria B e de veículo motorizado utilizado de passageiros, de escolares, de emergência ou
em transporte de carga cujo peso bruto total de produto perigoso, o candidato deverá
exceda a 3.500 kg (três mil e quinhentos preencher os seguintes requisitos:
quilogramas); I - ser maior de vinte e um anos;
IV - Categoria D - condutor de veículo abrangido II - estar habilitado:
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no III - a cada 3 (três) anos, para condutores com
mínimo há um ano na categoria C, quando idade igual ou superior a 70 (setenta) anos.
pretender habilitar-se na categoria D; e § 3° O exame previsto no § 2° incluirá avaliação
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando psicológica preliminar e complementar sempre que
pretender habilitar-se na categoria E; a ele se submeter o condutor que exerce atividade
III - não ter cometido mais de uma infração remunerada ao veículo, incluindo-se esta
gravíssima nos últimos 12 (doze) meses; avaliação para os demais candidatos apenas no
IV - ser aprovado em curso especializado e em exame referente à primeira habilitação.
curso de treinamento de prática veicular em § 4º Quando houver indícios de deficiência física
situação de risco, nos termos da normatização do ou mental, ou de progressividade de doença que
CONTRAN. possa diminuir a capacidade para conduzir o
Parágrafo único. A participação em curso veículo, os prazos previstos nos incisos I, II e III do
especializado previsto no inciso IV independe da § 2º deste artigo poderão ser diminuídos por
observância do disposto no inciso III. proposta do perito examinador.
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para § 5° O condutor que exerce atividade remunerada
conduzir ambulâncias, o candidato deverá ao veículo terá essa informação incluída na sua
comprovar treinamento especializado e Carteira Nacional de Habilitação, conforme
reciclagem em cursos específicos a cada 5 especificações do Conselho Nacional de Trânsito
(cinco) anos, nos termos da normatização do – CONTRAN.
Contran. § 6º Os exames de aptidão física e mental e a
Art. 146. Para conduzir veículos de outra avaliação psicológica deverão ser analisados
categoria o condutor deverá realizar exames objetivamente pelos examinados, limitados aos
complementares exigidos para habilitação na aspectos técnicos dos procedimentos realizados,
categoria pretendida. conforme regulamentação do CONTRAN, e
Art. 147. O candidato à habilitação deverá subsidiarão a fiscalização prevista no § 7º deste
submeter-se a exames realizados pelo órgão artigo.
executivo de trânsito, na ordem descrita a seguir, § 7º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito
e os exames de aptidão física e mental e a dos Estados e do Distrito Federal, com a
avaliação psicológica deverão ser realizados por colaboração dos conselhos profissionais de
médicos e psicólogos peritos examinadores, medicina e psicologia, deverão fiscalizar as
respectivamente, com titulação de especialista em entidades e os profissionais responsáveis pelos
medicina do tráfego e em psicologia do trânsito, exames de aptidão física e mental e pela
conferida pelo respectivo conselho profissional, avaliação psicológica no mínimo 1 (uma) vez por
conforme regulamentação do Contran: ano.
I - de aptidão física e mental; Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva
III - escrito, sobre legislação de trânsito; é assegurada acessibilidade de comunicação,
IV - de noções de primeiros socorros, conforme mediante emprego de tecnologias assistivas ou de
regulamentação do CONTRAN; ajudas técnicas em todas as etapas do processo
V - de direção veicular, realizado na via pública, de habilitação.
em veículo da categoria para a qual estiver § 1° O material didático audiovisual utilizado em
habilitando-se. aulas teóricas dos cursos que precedem os
§ 1º Os resultados dos exames e a identificação exames previstos no art. 147 desta Lei deve ser
dos respectivos examinadores serão registrados acessível, por meio de subtitulação com legenda
no RENACH. oculta associada à tradução simultânea em Libras.
§ 2º O exame de aptidão física e mental, a ser § 2° É assegurado também ao candidato com
realizado no local de residência ou domicílio do deficiência auditiva requerer, no ato de sua
examinado, será preliminar e renovável com a inscrição, os serviços de intérprete da Libras, para
seguinte periodicidade: acompanhamento em aulas práticas e teóricas.
I - a cada 10 (dez) anos, para condutores com Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de
idade inferior a 50 (cinquenta) anos; direção veicular, poderão ser aplicados por
II - a cada 5 (cinco) anos, para condutores com entidades públicas ou privadas credenciadas pelo
idade igual ou superior a 50 (cinquenta) anos e órgão executivo de trânsito dos Estados e do
inferior a 70 (setenta) anos; Distrito Federal, de acordo com as normas
estabelecidas pelo CONTRAN.
§ 1º A formação de condutores deverá incluir, § 6° O resultado do exame somente será
obrigatoriamente, conceitos de direção divulgado para o interessado e não poderá ser
defensiva e de proteção ao meio ambiente utilizado para fins estranhos ao disposto neste
relacionados com o trânsito. artigo ou no § 6° do art. 168 da Consolidação das
§ 2º Ao candidato aprovado será conferida Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei
Permissão para Dirigir, com validade de um no 5.452, de 1o de maio de 1943.
ano. § 7º O exame será realizado, em regime de livre
§ 3º A Carteira Nacional de Habilitação será concorrência, pelos laboratórios credenciados pelo
conferida ao condutor no término de um ano, órgão máximo executivo de trânsito da União, nos
desde que o mesmo não tenha cometido nenhuma termos das normas do CONTRAN, vedado aos
infração de natureza grave ou gravíssima ou seja entes públicos:
reincidente em infração média. I - fixar preços para os exames;
§ 4º A não obtenção da Carteira Nacional de II - limitar o número de empresas ou o número de
Habilitação, tendo em vista a incapacidade de locais em que a atividade pode ser exercida; e
atendimento do disposto no parágrafo anterior, III - estabelecer regras de exclusividade territorial.
obriga o candidato a reiniciar todo o processo § 8º A não realização do exame previsto neste
de habilitação. artigo acarretará ao condutor:
§ 5º O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN I - nos casos de que trata o caput deste artigo, o
poderá dispensar os tripulantes de aeronaves que impedimento de obter ou de renovar a Carteira
apresentarem o cartão de saúde expedido pelas Nacional de Habilitação até que seja realizado o
Forças Armadas ou pelo Departamento de exame com resultado negativo e a aplicação das
Aeronáutica Civil, respectivamente, da prestação sanções previstas no art. 165-B deste Código;
do exame de aptidão física e mental. II - no caso do § 2º, a aplicação das sanções
Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E previstas no § 5º deste artigo e nos arts. 165-B e
deverão comprovar resultado negativo em exame 165-D deste Código, conforme a irregularidade
toxicológico para a obtenção e a renovação da verificada.
Carteira Nacional de Habilitação.. § 9º Compete ao órgão máximo executivo de
§ 1° O exame de que trata este artigo buscará trânsito da União comunicar aos condutores, por
aferir o consumo de substâncias psicoativas que, meio do sistema de notificação eletrônica de que
comprovadamente, comprometam a capacidade trata o art. 282-A deste Código, o vencimento do
de direção e deverá ter janela de detecção prazo para a realização do exame com 30 (trinta)
mínima de 90 (noventa) dias, nos termos das dias de antecedência, bem como as penalidades
normas do Contran. decorrentes da sua não realização.
§ 2º Além da realização do exame previsto no Art. 150. Ao renovar os exames previstos no
caput deste artigo, os condutores das categorias artigo anterior, o condutor que não tenha curso de
C, D e E com idade inferior a 70 (setenta) anos direção defensiva e primeiros socorros deverá a
serão submetidos a novo exame a cada período eles ser submetido, conforme normatização do
de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, a partir da CONTRAN.
obtenção ou renovação da Carteira Nacional de Parágrafo único. A empresa que utiliza
Habilitação, independentemente da validade dos condutores contratados para operar a sua frota de
demais exames de que trata o inciso I do caput do veículos é obrigada a fornecer curso de direção
art. 147 deste Código. defensiva, primeiros socorros e outros conforme
§ 4º É garantido o direito de contraprova e de normatização do CONTRAN.
recurso administrativo, sem efeito suspensivo, Art. 152. O exame de direção veicular será
no caso de resultado positivo para os exames de realizado perante comissão integrada por 3
que trata este artigo, nos termos das normas do (três) membros designados pelo dirigente do
Contran. órgão executivo local de trânsito.
§ 5º O resultado positivo no exame previsto no § § 1º Na comissão de exame de direção veicular,
2º deste artigo acarretará ao condutor: pelo menos um membro deverá ser habilitado na
II - a suspensão do direito de dirigir pelo período categoria igual ou superior à pretendida pelo
de 3 (três) meses, condicionado o levantamento candidato.
da suspensão à inclusão no Renach de resultado § 2º Os militares das Forças Armadas e os
negativo em novo exame, vedada a aplicação de policiais e bombeiros dos órgãos de segurança
outras penalidades, ainda que acessórias. pública da União, dos Estados e do Distrito
Federal que possuírem curso de formação de I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo
condutor ministrado em suas corporações serão órgão executivo de trânsito;
dispensados, para a concessão do documento de II - acompanhado o aprendiz por instrutor
habilitação, dos exames aos quais se houverem autorizado.
submetido com aprovação naquele curso, desde § 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo
que neles sejam observadas as normas utilizado na aprendizagem poderá conduzir
estabelecidas pelo CONTRAN. apenas mais um acompanhante.
§ 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação,
interessado na dispensa de que trata o § 2º expedida em meio físico e digital, de acordo com
instruirá seu requerimento com ofício do as especificações do Contran, atendidos os pré-
comandante, chefe ou diretor da unidade requisitos estabelecidos neste Código, conterá
administrativa onde prestar serviço, do qual fotografia, identificação e número de inscrição no
constarão o número do registro de identificação, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do condutor,
naturalidade, nome, filiação, idade e categoria em terá fé pública e equivalerá a documento de
que se habilitou a conduzir, acompanhado de identidade em todo o território nacional.
cópia das atas dos exames prestados. § 1º É obrigatório o porte da Permissão para
Art. 153. O candidato habilitado terá em seu Dirigir ou da Carteira Nacional de Habilitação
prontuário a identificação de seus instrutores e quando o condutor estiver à direção do veículo.
examinadores, que serão passíveis de punição § 1º-A O porte do documento de habilitação será
conforme regulamentação a ser estabelecida pelo dispensado quando, no momento da fiscalização,
CONTRAN. for possível ter acesso ao sistema
Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos informatizado para verificar se o condutor está
instrutores e examinadores serão de advertência, habilitado.
suspensão e cancelamento da autorização para § 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional
o exercício da atividade, conforme a falta de Habilitação será regulamentada pelo
cometida. CONTRAN.
Art. 154. Os veículos destinados à formação de § 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a
condutores serão identificados por uma faixa Permissão para Dirigir somente terão validade
amarela, de vinte centímetros de largura, pintada para a condução de veículo quando apresentada
ao longo da carroçaria, à meia altura, com a em original.
inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. § 6º A identificação da Carteira Nacional de
Parágrafo único. No veículo eventualmente Habilitação expedida e a da autoridade expedidora
utilizado para aprendizagem, quando autorizado serão registradas no RENACH.
para servir a esse fim, deverá ser afixada ao longo § 7º A cada condutor corresponderá um único
de sua carroçaria, à meia altura, faixa branca registro no RENACH, agregando-se neste todas
removível, de vinte centímetros de largura, com a as informações.
inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. § 8º A renovação da validade da Carteira Nacional
Art. 155. A formação de condutor de veículo de Habilitação ou a emissão de uma nova via
automotor será realizada por instrutor autorizado somente será realizada após quitação de débitos
pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou constantes do prontuário do condutor.
do Distrito Federal, pertencente ou não à entidade § 10. A validade da Carteira Nacional de
credenciada.. Habilitação está condicionada ao prazo de
Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida vigência do exame de aptidão física e mental.
autorização para aprendizagem, de acordo com § 12. Os órgãos ou entidades executivos de
a regulamentação do CONTRAN, após aprovação trânsito dos Estados e do Distrito Federal enviarão
nos exames de aptidão física, mental, de primeiros por meio eletrônico, com 30 (trinta) dias de
socorros e sobre legislação de trânsito. antecedência, aviso de vencimento da validade
Art. 156. O CONTRAN regulamentará o da Carteira Nacional de Habilitação a todos os
credenciamento para prestação de serviço pelas condutores cadastrados no Renach com endereço
auto-escolas e outras entidades destinadas à na respectiva unidade da Federação.
formação de condutores e às exigências Art. 160. O condutor condenado por delito de
necessárias para o exercício das atividades de trânsito deverá ser submetido a novos exames
instrutor e examinador. para que possa voltar a dirigir, de acordo com
Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se: as normas estabelecidas pelo CONTRAN,
independentemente do reconhecimento da V - com Carteira Nacional de Habilitação vencida
prescrição, em face da pena concretizada na há mais de 30 (trinta) dias:
sentença.
§ 1º Em caso de sinistro grave, o condutor nele Infração - gravíssima;
envolvido poderá ser submetido aos exames Penalidade - multa;
exigidos neste artigo, a juízo da autoridade Medida administrativa - retenção do veículo até
executiva estadual de trânsito, assegurada ampla a apresentação de condutor habilitado;
defesa ao condutor..
§ 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho
executiva estadual de trânsito poderá apreender o auxiliar de audição, de prótese física ou as
documento de habilitação do condutor até a adaptações do veículo impostas por ocasião da
sua aprovação nos exames realizados. concessão ou da renovação da licença para
conduzir:
CAPÍTULO XV
Das Infrações Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Art. 161. Constitui infração de trânsito a Medida administrativa - retenção do veículo até
inobservância de qualquer preceito deste Código o saneamento da irregularidade ou
ou da legislação complementar, e o infrator apresentação de condutor habilitado.
sujeita-se às penalidades e às medidas
administrativas indicadas em cada artigo deste VII - sem possuir os cursos especializados ou
Capítulo e às punições previstas no Capítulo XIX específicos obrigatórios:
deste Código.
Art. 162. Dirigir veículo:
Infração - gravíssima;
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação,
Penalidade - multa;
Permissão para Dirigir ou Autorização para
Medida administrativa - retenção do veículo até
Conduzir Ciclomotor:
a apresentação de condutor habilitado.

Infração - gravíssima; Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa


Penalidade - multa (três vezes); nas condições previstas no artigo anterior:
Medida administrativa - retenção do veículo até
a apresentação de condutor habilitado;
Infração - as mesmas previstas no artigo
anterior;
II - com Carteira Nacional de Habilitação, Penalidade - as mesmas previstas no artigo
Permissão para Dirigir ou Autorização para
anterior;
Conduzir Ciclomotor cassada ou com suspensão
Medida administrativa - a mesma prevista no
do direito de dirigir:
inciso III do artigo anterior.

Infração - gravíssima; Art. 164. Permitir que pessoa nas condições


Penalidade - multa (três vezes);
referidas nos incisos do art. 162 tome posse do
Medida administrativa - recolhimento do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via:
documento de habilitação e retenção do
veículo até a apresentação de condutor
Infração - as mesmas previstas nos incisos do
habilitado;
art. 162;
Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
III - com Carteira Nacional de Habilitação ou
Medida administrativa - a mesma prevista no
Permissão para Dirigir de categoria diferente da
inciso III do art. 162.
do veículo que esteja conduzindo:

Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de


Infração - gravíssima; qualquer outra substância psicoativa que
Penalidade - multa (duas vezes);
determine dependência:
Medida administrativa - retenção do veículo até
a apresentação de condutor habilitado;
Infração - gravíssima; Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do a pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado
direito de dirigir por 12 (doze) meses. físico ou psíquico, não estiver em condições de
Medida administrativa - recolhimento do dirigi-lo com segurança:
documento de habilitação e retenção do
veículo, observado o disposto no § 4o do art. Infração - gravíssima;
270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 Penalidade – multa.
- do Código de Trânsito Brasileiro.
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65:
prevista no caput em caso de reincidência no
período de até 12 (doze) meses. Infração - grave;
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, Penalidade - multa;
exame clínico, perícia ou outro procedimento que Medida administrativa - retenção do veículo até
permita certificar influência de álcool ou outra colocação do cinto pelo infrator.
substância psicoativa, na forma estabelecida pelo
art. 277: Art. 168. Transportar crianças em veículo
automotor sem observância das normas de
Infração - gravíssima; segurança especiais estabelecidas neste Código:
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do
direito de dirigir por 12 (doze) meses; Infração - gravíssima;
Medida administrativa - recolhimento do Penalidade - multa;
documento de habilitação e retenção do Medida administrativa - retenção do veículo até
veículo, observado o disposto no § 4º do art. que a irregularidade seja sanada.
270.
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa indispensáveis à segurança:
prevista no caput em caso de reincidência no
período de até 12 (doze) meses.
Infração - leve;
Art. 165-B. Dirigir veículo sem realizar o exame
Penalidade - multa.
toxicológico previsto no art. 148-A deste Código:
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que
Infração - gravíssima; estejam atravessando a via pública, ou os demais
Penalidade - multa (cinco vezes) e, em caso de
veículos:
reincidência no período de até 12 (doze)
meses, multa (dez vezes) e suspensão do
Infração - gravíssima;
direito de dirigir.
Penalidade - multa e suspensão do direito de
dirigir;
Parágrafo único No caso de não cumprimento do Medida administrativa - retenção do veículo e
disposto no § 2º do art. 148-A deste Código,
recolhimento do documento de habilitação.
configurar-se-á a infração quando o condutor
dirigir veículo após o trigésimo dia do vencimento
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os
do prazo estabelecido.
pedestres ou veículos, água ou detritos:
Art. 165-C. Dirigir veículo tendo obtido resultado
positivo no exame toxicológico previsto no caput
do art. 148-A deste Código: Infração - média;
Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e, em caso de Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via
reincidência no período de até 12 (doze) objetos ou substâncias:
meses, multa (dez vezes) e suspensão do
direito de dirigir. Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 173. Disputar corrida: III - de preservar o local, de forma a facilitar os
trabalhos da polícia e da perícia;
Infração - gravíssima; IV - de adotar providências para remover o veículo
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do do local, quando determinadas por policial ou
direito de dirigir e apreensão do veículo; agente da autoridade de trânsito;
Medida administrativa - recolhimento do V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar
documento de habilitação e remoção do informações necessárias à confecção do boletim
veículo. de ocorrência:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa
prevista no caput em caso de reincidência no Infração - gravíssima;
período de 12 (doze) meses da infração Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão
anterior. do direito de dirigir;
Medida administrativa - recolhimento do
Art. 174. Promover, na via, competição, eventos documento de habilitação.
organizados, exibição e demonstração de perícia
em manobra de veículo, ou deles participar, como Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à
condutor, sem permissão da autoridade de trânsito vítima de sinistro de trânsito quando solicitado
com circunscrição sobre a via: pela autoridade e seus agentes:

Infração - gravíssima; Infração - grave;


Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do Penalidade - multa.
direito de dirigir e apreensão do veículo;
Medida administrativa - recolhimento do Art. 178. Deixar o condutor envolvido em sinistro
documento de habilitação e remoção do sem vítima de adotar providências para remover o
veículo. veículo do local, quando necessária tal medida
para assegurar a segurança e a fluidez do trânsito:
§ 1° As penalidades são aplicáveis aos
promotores e aos condutores participantes. Infração - média;
§ 2° Aplica-se em dobro a multa prevista no caput Penalidade - multa.
em caso de reincidência no período de 12 (doze)
meses da infração anterior. Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em
Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar veículo na via pública, salvo nos casos de
ou exibir manobra perigosa, mediante arrancada impedimento absoluto de sua remoção e em que o
brusca, derrapagem ou frenagem com veículo esteja devidamente sinalizado:
deslizamento ou arrastamento de pneus: I - em pista de rolamento de rodovias e vias de
trânsito rápido:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do Infração - grave;
direito de dirigir e apreensão do veículo; Penalidade - multa;
Medida administrativa - recolhimento do Medida administrativa - remoção do veículo;
documento de habilitação e remoção do
veículo. II - nas demais vias:

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa


Infração - leve;
prevista no caput em caso de reincidência no
Penalidade - multa.
período de 12 (doze) meses da infração
anterior.
Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por
Art. 176. Deixar o condutor envolvido em sinistro
falta de combustível:
com vítima:
I - de prestar ou providenciar socorro à vítima,
podendo fazê-lo; Infração - média;
II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no Penalidade - multa;
sentido de evitar perigo para o trânsito no local; Medida administrativa - remoção do veículo.
Art. 181. Estacionar o veículo: Medida administrativa - remoção do veículo;
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do
bordo do alinhamento da via transversal: VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a
pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como
Infração - média; nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros
Penalidade - multa; centrais, divisores de pista de rolamento, marcas
Medida administrativa - remoção do veículo; de canalização, gramados ou jardim público:

II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de Infração - grave;


cinquenta centímetros a um metro: Penalidade - multa;
Infração - leve; Medida administrativa - remoção do veículo;

Penalidade - multa; IX - onde houver guia de calçada (meio-fio)


Medida administrativa - remoção do veículo; rebaixada destinada à entrada ou saída de
veículos:
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais
de um metro: Infração - média;
Penalidade - multa;
Infração - grave; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; X - impedindo a movimentação de outro veículo:

IV - em desacordo com as posições estabelecidas Infração - média;


neste Código: Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média;
Penalidade - multa; XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - grave;
V - na pista de rolamento das estradas, das Penalidade - multa;
rodovias, das vias de trânsito rápido e das vias Medida administrativa - remoção do veículo;
dotadas de acostamento:
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando
Infração - gravíssima; a circulação de veículos e pedestres:
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - grave;
Penalidade - multa;
VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro Medida administrativa - remoção do veículo;
de água ou tampas de poços de visita de galerias
subterrâneas, desde que devidamente XIII - onde houver sinalização horizontal
identificados, conforme especificação do delimitadora de ponto de embarque ou
CONTRAN: desembarque de passageiros de transporte
coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no
Infração - média; intervalo compreendido entre dez metros antes e
Penalidade - multa; depois do marco do ponto:
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média;
VII - nos acostamentos, salvo motivo de força Penalidade - multa;
maior: Medida administrativa - remoção do veículo;

Infração - leve; XIV - nos viadutos, pontes e túneis:


Penalidade - multa;
Infração - grave; preferencialmente após a remoção do veículo.
Penalidade - multa; § 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido
Medida administrativa - remoção do veículo; abandonar o calço de segurança na via.
Art. 182. Parar o veículo:
XV - na contramão de direção: I - nas esquinas e a menos de cinco metros do
bordo do alinhamento da via transversal:
Infração - média;
Penalidade - multa; Infração - média;
Penalidade - multa;
XVI - em aclive ou declive, não estando
devidamente freado e sem calço de segurança, II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de
quando se tratar de veículo com peso bruto total cinqüenta centímetros a um metro:
superior a três mil e quinhentos quilogramas:
Infração - leve;
Infração - grave; Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais
de um metro:
XVII - em desacordo com as condições
regulamentadas especificamente pela sinalização Infração - média;
(placa - Estacionamento Regulamentado): Penalidade - multa;

Infração - grave; IV - em desacordo com as posições estabelecidas


Penalidade - multa; neste Código:
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - leve;
XVIII - em locais e horários proibidos Penalidade - multa;
especificamente pela sinalização (placa - Proibido
Estacionar): V - na pista de rolamento das estradas, das
rodovias, das vias de trânsito rápido e das demais
Infração - média; vias dotadas de acostamento:
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - grave;
Penalidade - multa;
XIX - em locais e horários de estacionamento e
parada proibidos pela sinalização (placa - Proibido VI - no passeio ou sobre faixa destinada a
Parar e Estacionar): pedestres, nas ilhas, refúgios, canteiros centrais e
divisores de pista de rolamento e marcas de
Infração - grave; canalização:
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo. Infração - leve;
Penalidade - multa;
XX - nas vagas reservadas às pessoas com
deficiência ou idosos, sem credencial que VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando
comprove tal condição: a circulação de veículos e pedestres:

Infração - gravíssima; Infração - média;


Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo.
VIII - nos viadutos, pontes e túneis:
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade
de trânsito aplicará a penalidade
Infração - média; Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento,
Penalidade - multa; deixar de conservá-lo:
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de
IX - na contramão de direção: regulamentação, exceto em situações de
emergência;
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de
Infração - média;
maior porte:
Penalidade - multa;

X - em local e horário proibidos especificamente Infração - média;


pela sinalização (placa - Proibido Parar): Penalidade - multa.

Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:


Infração - média;
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto
Penalidade - multa.
para ultrapassar outro veículo e apenas pelo
tempo necessário, respeitada a preferência do
XI - sobre ciclovia ou ciclofaixa:
veículo que transitar em sentido contrário:

Infração - grave;
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa;

Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de


II - vias com sinalização de regulamentação de
pedestres na mudança de sinal luminoso:
sentido único de circulação:

Infração - média;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.

Art. 184. Transitar com o veículo:


Art. 187. Transitar em locais e horários não
I - na faixa ou pista da direita, regulamentada
permitidos pela regulamentação estabelecida pela
como de circulação exclusiva para determinado
autoridade competente:
tipo de veículo, exceto para acesso a imóveis
I - para todos os tipos de veículos:
lindeiros ou conversões à direita:

Infração - média;
Infração - leve;
Penalidade - multa
Penalidade - multa;

Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo,


II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada
interrompendo ou perturbando o trânsito:
como de circulação exclusiva para determinado
tipo de veículo:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos
precedidos de batedores, de socorro de incêndio e
III - na faixa ou via de trânsito exclusivo,
salvamento, de polícia, de operação e fiscalização
regulamentada com circulação destinada aos
de trânsito e às ambulâncias, quando em serviço
veículos de transporte público coletivo de
de urgência e devidamente identificados por
passageiros, salvo casos de força maior e com
dispositivos regulamentados de alarme sonoro e
autorização do poder público competente:
iluminação intermitente:

Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Penalidade - multa.
Medida Administrativa - remoção do veículo.
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, Infração - grave;
estando este com prioridade de passagem Penalidade - multa.
devidamente identificada por dispositivos
regulamentares de alarme sonoro e iluminação Art. 196. Deixar de indicar com antecedência,
intermitente: mediante gesto regulamentar de braço ou luz
indicadora de direção do veículo, o início da
Infração - grave; marcha, a realização da manobra de parar o
Penalidade - multa. veículo, a mudança de direção ou de faixa de
circulação:
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que,
transitando em sentidos opostos, estejam na Infração - grave;
iminência de passar um pelo outro ao realizar Penalidade - multa.
operação de ultrapassagem:
Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o
Infração - gravíssima; veículo para a faixa mais à esquerda ou mais à
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direita, dentro da respectiva mão de direção,
direito de dirigir. quando for manobrar para um desses lados:

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa Infração - média;


prevista no caput em caso de reincidência no Penalidade - multa.
período de até 12 (doze) meses da infração
anterior. Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda,
Art. 192. Deixar de guardar distância de quando solicitado:
segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os
demais, bem como em relação ao bordo da pista,
Infração - média;
considerando-se, no momento, a velocidade, as
Penalidade - multa.
condições climáticas do local da circulação e do
veículo:
Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o
veículo da frente estiver colocado na faixa
Infração - grave; apropriada e der sinal de que vai entrar à
Penalidade - multa. esquerda:

Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas,


Infração - média;
passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas,
Penalidade - multa.
refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e
divisores de pista de rolamento, acostamentos,
Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de
marcas de canalização, gramados e jardins
transporte coletivo ou de escolares, parado para
públicos:
embarque ou desembarque de passageiros, salvo
quando houver refúgio de segurança para o
Infração - gravíssima; pedestre:
Penalidade - multa (três vezes).
Infração - gravíssima;
Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na
Penalidade - multa.
distância necessária a pequenas manobras e de
forma a não causar riscos à segurança:
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de
um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou
Infração - grave; ultrapassar bicicleta:
Penalidade - multa.
Infração - média;
Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da
Penalidade - multa.
autoridade competente de trânsito ou de seus
agentes:
Art. 202. Ultrapassar outro veículo:
I - pelo acostamento; V - com prejuízo da livre circulação ou da
II - em interseções e passagens de nível; segurança, ainda que em locais permitidos:
Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa.
Penalidade - multa (cinco vezes).
Art. 207. Executar operação de conversão à
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro direita ou à esquerda em locais proibidos pela
veículo: sinalização:
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade
suficiente; Infração - grave;
II - nas faixas de pedestre; Penalidade - multa.
III - nas pontes, viadutos ou túneis;
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo
porteiras, cancelas, cruzamentos ou qualquer ou o de parada obrigatória, exceto onde houver
outro impedimento à livre circulação; sinalização que permita a livre conversão à direita
V - onde houver marcação viária longitudinal de prevista no art. 44-A deste Código:
divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla
contínua ou simples contínua amarela:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes). Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio
viário com ou sem sinalização ou dispositivos
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa auxiliares, ou deixar de adentrar as áreas
prevista no caput em caso de reincidência no destinadas à pesagem de veículos:
período de até 12 (doze) meses da infração
anterior.
Infração - grave;
Art. 204. Deixar de parar o veículo no
Penalidade - multa.
acostamento à direita, para aguardar a
oportunidade de cruzar a pista ou entrar à
Art. 209-A. Evadir-se da cobrança pelo uso de
esquerda, onde não houver local apropriado para
rodovias e vias urbanas para não efetuar o seu
operação de retorno:
pagmento, ou deixar de efetuá-lo na forma
estabelecida:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Infração – grave;
Penalidade – multa.
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que
integre cortejo, préstito, desfile e formações
Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio
militares, salvo com autorização da autoridade de
viário policial:
trânsito ou de seus agentes:

Infração - gravíssima;
Infração - leve;
Penalidade - multa, apreensão do veículo e
Penalidade - multa.
suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - remoção do veículo e
Art. 206. Executar operação de retorno:
recolhimento do documento de habilitação.
I - em locais proibidos pela sinalização;
II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos
Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em
e túneis;
razão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário
III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas,
parcial ou qualquer outro obstáculo, com exceção
ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de
dos veículos não motorizados:
rolamento, refúgios e faixas de pedestres e nas de
veículos não motorizados;
IV - nas interseções, entrando na contramão de Infração - grave;
direção da via transversal; Penalidade - multa.
Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de na via e sem as precauções com a segurança de
transpor linha férrea: pedestres e de outros veículos:

Infração - gravíssima; Infração - média;


Penalidade - multa. Penalidade - multa.

Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos
respectiva marcha for interceptada: estacionados sem dar preferência de passagem a
I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, pedestres e a outros veículos:
passeatas, desfiles e outros:
Infração - média;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 218. Transitar em velocidade superior à
II - por agrupamento de veículos, como cortejos, máxima permitida para o local, medida por
formações militares e outros: instrumento ou equipamento hábil, em rodovias,
vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:
Infração - grave; I - quando a velocidade for superior à máxima em
Penalidade - multa. até 20% (vinte por cento):

Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a Infração - média;


pedestre e a veículo não motorizado: Penalidade - multa;
I - que se encontre na faixa a ele destinada;
II - que não haja concluído a travessia mesmo que II - quando a velocidade for superior à máxima em
ocorra sinal verde para o veículo; mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta
III - portadores de deficiência física, crianças, por cento):
idosos e gestantes:
Infração - grave;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa;
Penalidade - multa.
III - quando a velocidade for superior à máxima em
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo mais de 50% (cinquenta por cento):
que não haja sinalização a ele destinada;
V - que esteja atravessando a via transversal para Infração - gravíssima;
onde se dirige o veículo: Penalidade - multa (três vezes) e suspensão do
direito de dirigir.
Infração - grave;
Penalidade - multa. Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade
inferior à metade da velocidade máxima
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem: estabelecida para a via, retardando ou obstruindo
I - em interseção não sinalizada: o trânsito, a menos que as condições de tráfego e
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou meteorológicas não o permitam, salvo se estiver
rotatória; na faixa da direita:
b) a veículo que vier da direita;
II - nas interseções com sinalização de Infração - média;
regulamentação de Dê a Preferência: Penalidade - multa.

Infração - grave; Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo


Penalidade - multa. de forma compatível com a segurança do trânsito:
I - quando se aproximar de passeatas,
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem aglomerações, cortejos, préstitos e desfiles:
estar adequadamente posicionado para ingresso
Infração - gravíssima; identificação não autorizadas pela
Penalidade - multa; regulamentação.
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações
II - nos locais onde o trânsito esteja sendo de atendimento de emergência, o sistema de
controlado pelo agente da autoridade de trânsito, iluminação intermitente dos veículos de polícia, de
mediante sinais sonoros ou gestos; socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados:
ou acostamento;
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção Infração - média;
não sinalizada; Penalidade - multa.
V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja
cercada; Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou
VI - nos trechos em curva de pequeno raio; com o facho de luz alta de forma a perturbar a
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com visão de outro condutor:
advertência de obras ou trabalhadores na pista;
VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos Infração - grave;
fortes; Penalidade - multa;
IX - quando houver má visibilidade; Medida administrativa - retenção do veículo
X - quando o pavimento se apresentar para regularização.
escorregadio, defeituoso ou avariado;
XI - à aproximação de animais na pista; Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis
XII - em declive: em vias providas de iluminação pública:

Infração - grave; Infração - leve;


Penalidade - multa; Penalidade - multa.

XIII - ao ultrapassar ciclista: Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a


prevenir os demais condutores e, à noite, não
Infração - gravíssima; manter acesas as luzes externas ou omitir-se
Penalidade - multa; quanto a providências necessárias para tornar
visível o local, quando:
XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento
estações de embarque e desembarque de ou permanecer no acostamento;
passageiros ou onde haja intensa movimentação II - a carga for derramada sobre a via e não puder
de pedestres: ser retirada imediatamente:

Infração - gravíssima; Infração - grave;


Penalidade - multa. Penalidade - multa.

Art. 221. Portar no veículo placas de identificação Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto
em desacordo com as especificações e modelos que tenha sido utilizado para sinalização
estabelecidos pelo CONTRAN: temporária da via:

Infração - média; Infração - média;


Penalidade - multa; Penalidade - multa.
Medida administrativa - retenção do veículo
para regularização e apreensão das placas Art. 227. Usar buzina:
irregulares. I - em situação que não a de simples toque breve
como advertência ao pedestre ou a condutores de
Parágrafo único. Incide na mesma penalidade outros veículos;
aquele que confecciona, distribui ou coloca, em II - prolongada e sucessivamente a qualquer
veículo próprio ou de terceiros, placas de pretexto;
III - entre as vinte e duas e as seis horas; com o estabelecido pelo CONTRAN;
IV - em locais e horários proibidos pela XI - com descarga livre ou silenciador de motor de
sinalização; explosão defeituoso, deficiente ou inoperante;
V - em desacordo com os padrões e freqüências XII - com equipamento ou acessório proibido;
estabelecidas pelo CONTRAN: XIII - com o equipamento do sistema de
iluminação e de sinalização alterados;
Infração - leve; XIV - com registrador instantâneo inalterável de
Penalidade - multa. velocidade e tempo viciado ou defeituoso, quando
houver exigência desse aparelho;
Art. 228. Usar no veículo equipamento com som XV - com inscrições, adesivos, legendas e
em volume ou freqüência que não sejam símbolos de caráter publicitário afixados ou
autorizados pelo CONTRAN: pintados no pára-brisa e em toda a extensão da
parte traseira do veículo, excetuadas as hipóteses
previstas neste Código;
Infração - grave;
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo por películas refletivas ou não, painéis decorativos
ou pinturas;
para regularização.
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não
autorizadas pela legislação;
Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho
XVIII - em mau estado de conservação,
de alarme ou que produza sons e ruído que
comprometendo a segurança, ou reprovado na
perturbem o sossego público, em desacordo com
avaliação de inspeção de segurança e de emissão
normas fixadas pelo CONTRAN:
de poluentes e ruído, prevista no art. 104;
XIX - sem acionar o limpador de pára-brisa sob
Infração - média; chuva:
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo.
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Art. 230. Conduzir o veículo: Medida administrativa - retenção do veículo
I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a
para regularização;
placa ou qualquer outro elemento de identificação
do veículo violado ou falsificado;
XX - sem portar a autorização para condução de
II - transportando passageiros em compartimento
escolares, na forma estabelecida no art. 136:
de carga, salvo por motivo de força maior, com
permissão da autoridade competente e na forma
estabelecida pelo CONTRAN; Infração - gravíssima;
III - com dispositivo anti-radar; Penalidade - multa (cinco vezes);
IV - sem qualquer uma das placas de Medida administrativa - remoção do veículo;
identificação;
V - que não esteja registrado e devidamente XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e
licenciado; demais inscrições previstas neste Código;
VI - com qualquer uma das placas de identificação XXII - com defeito no sistema de iluminação, de
sem condições de legibilidade e visibilidade: sinalização ou com lâmpadas queimadas:

Infração - gravíssima; Infração - média;


Penalidade - multa e apreensão do veículo; Penalidade - multa.
Medida administrativa - remoção do veículo;
XXIII - em desacordo com as condições
VII - com a cor ou característica alterada; estabelecidas no art. 67-C, relativamente ao
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de tempo de permanência do condutor ao volante e
segurança veicular, quando obrigatória; aos intervalos para descanso, quando se tratar de
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este veículo de transporte de carga ou coletivo de
ineficiente ou inoperante; passageiros:
X - com equipamento obrigatório em desacordo
Infração - média; b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos
Penalidade - multa; quilogramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e
Medida administrativa - retenção do veículo quatro centavos);
para cumprimento do tempo de descanso c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil
aplicável. quilogramas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e
oito centavos);
§ 1° Se o condutor cometeu infração igual nos d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil
últimos 12 (doze) meses, será convertida, quilogramas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e
automaticamente, a penalidade disposta no inciso noventa e dois centavos);
XXIII em infração grave. e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil
§ 2° Em se tratando de condutor estrangeiro, a quilogramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e
liberação do veículo fica condicionada ao cinquenta e seis centavos);
pagamento ou ao depósito, judicial ou f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas)
administrativo, da multa. - R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte
Art. 231. Transitar com o veículo: centavos);
I - danificando a via, suas instalações e Medida administrativa - retenção do veículo e
equipamentos; transbordo da carga excedente;
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a
via: VI - em desacordo com a autorização especial,
a) carga que esteja transportando; expedida pela autoridade competente para
b) combustível ou lubrificante que esteja transitar com dimensões excedentes, ou quando a
utilizando; mesma estiver vencida:
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de
sinistro: Infração - grave;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo VII - com lotação excedente;
para regularização; VIII - efetuando transporte remunerado de
pessoas ou bens, quando não for licenciado para
III - produzindo fumaça, gases ou partículas em esse fim, salvo casos de força maior ou com
níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN; permissão da autoridade competente:
IV - com suas dimensões ou de sua carga
superiores aos limites estabelecidos legalmente ou Infração – gravíssima;
pela sinalização, sem autorização: Penalidade – multa;
Medida administrativa – remoção do veículo;
Infração - grave;
Penalidade - multa; IX - desligado ou desengrenado, em declive:
Medida administrativa - retenção do veículo
para regularização; Infração - média;
Penalidade - multa;
V - com excesso de peso, admitido percentual de Medida administrativa - retenção do veículo;
tolerância quando aferido por equipamento, na
forma a ser estabelecida pelo CONTRAN: X - excedendo a capacidade máxima de tração:

Infração - média; Infração - de média a gravíssima, a depender


Penalidade - multa acrescida a cada duzentos da relação entre o excesso de peso apurado e
quilogramas ou fração de excesso de peso a capacidade máxima de tração, a ser
apurado, constante na seguinte tabela: regulamentada pelo CONTRAN;
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 Penalidade - multa;
(cinco reais e trinta e dois centavos); Medida Administrativa - retenção do veículo e
transbordo de carga excedente.
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas Infração - grave;
previstas nos incisos V e X, o veículo que transitar Penalidade - multa;
com excesso de peso ou excedendo à capacidade Medida administrativa - retenção do veículo
máxima de tração, não computado o percentual para regularização.
tolerado na forma do disposto na legislação,
somente poderá continuar viagem após Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de
descarregar o que exceder, segundo critérios trânsito ou a seus agentes, mediante recibo, os
estabelecidos na referida legislação documentos de habilitação, de registro, de
complementar. licenciamento de veículo e outros exigidos por lei,
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de para averiguação de sua autenticidade:
porte obrigatório referidos neste Código:
Infração - gravíssima;
Infração - leve; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo.
Medida administrativa - retenção do veículo até
a apresentação do documento. Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido
para regularização, sem permissão da autoridade
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no competente ou de seus agentes:
prazo de trinta dias, junto ao órgão executivo de
trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art.
Infração - gravíssima;
123: Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo.
Infração - média;
Penalidade - multa; Art. 240. Deixar o responsável de promover a
Medida administrativa - remoção do veículo. baixa do registro de veículo irrecuperável ou
definitivamente desmontado:
Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de
habilitação e de identificação do veículo:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - Recolhimento do
Penalidade - multa e apreensão do veículo; Certificado de Registro e do Certificado de
Medida administrativa - remoção do veículo. Licenciamento Anual.

Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro
partes externas do veículo, salvo nos casos do veículo ou de habilitação do condutor:
devidamente autorizados:
Infração - leve;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo
Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para
para transbordo. fins de registro, licenciamento ou habilitação:

Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível


Infração - gravíssima;
ou corda, salvo em casos de emergência:
Penalidade - multa.

Infração - média; Art. 243. Deixar a empresa seguradora de


Penalidade - multa. comunicar ao órgão executivo de trânsito
competente a ocorrência de perda total do veículo
Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo e de lhe devolver as respectivas placas e
com as especificações, e com falta de inscrição e documentos:
simbologia necessárias à sua identificação,
quando exigidas pela legislação:
Infração - grave;
Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo até
Medida administrativa - Recolhimento das regularização;
placas e dos documentos.
§ 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III,
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou VII e VIII, além de:
ciclomotor: a) conduzir passageiro fora da garupa ou do
I - sem usar capacete de segurança ou vestuário assento especial a ele destinado;
de acordo com as normas e as especificações b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias,
aprovadas pelo Contran; salvo onde houver acostamento ou faixas de
II - transportando passageiro sem o capacete de rolamento próprias;
segurança, na forma estabelecida no inciso c) transportar crianças que não tenham, nas
anterior, ou fora do assento suplementar colocado circunstâncias, condições de cuidar de sua própria
atrás do condutor ou em carro lateral; segurança.
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se § 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na
apenas em uma roda; alínea b do parágrafo anterior:
V - transportando criança menor de 10 (dez) anos
de idade ou que não tenha, nas circunstâncias, Infração - média;
condições de cuidar da própria segurança: Penalidade - multa.

Infração - gravíssima; § 3° A restrição imposta pelo inciso VI do caput


Penalidade - multa e suspensão do direito de deste artigo não se aplica às motocicletas e
dirigir; motonetas que tracionem semi-reboques
Medida administrativa - retenção do veículo até especialmente projetados para esse fim e
regularização e recolhimento do documento de devidamente homologados pelo órgão
habilitação; competente.
Art. 245. Utilizar a via para depósito de
VI - rebocando outro veículo; mercadorias, materiais ou equipamentos, sem
VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, autorização do órgão ou entidade de trânsito com
salvo eventualmente para indicação de manobras; circunscrição sobre a via:
VIII - transportando carga incompatível com suas
especificações ou em desacordo com o previsto Infração - grave;
no § 2° do art. 139-A desta Lei; Penalidade - multa;
IX - efetuando transporte remunerado de Medida administrativa - remoção da
mercadorias em desacordo com o previsto no art. mercadoria ou do material.
139-A desta Lei ou com as normas que regem a
atividade profissional dos moto-taxistas: Parágrafo único. A penalidade e a medida
administrativa incidirão sobre a pessoa física ou
Infração - grave; jurídica responsável.
Penalidade - multa; Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à
Medida administrativa - apreensão do veículo livre circulação, à segurança de veículo e
para regularização. pedestres, tanto no leito da via terrestre como na
calçada, ou obstaculizar a via indevidamente:
X - com a utilização de capacete de segurança
sem viseira ou óculos de proteção ou com viseira Infração - gravíssima;
ou óculos de proteção em desacordo com a Penalidade - multa, agravada em até cinco
regulamentação do Contran; vezes, a critério da autoridade de trânsito,
XI - transportando passageiro com o capacete de conforme o risco à segurança.
segurança utilizado na forma prevista no inciso X
do caput deste artigo: Parágrafo único. A penalidade será aplicada à
pessoa física ou jurídica responsável pela
Infração - média; obstrução, devendo a autoridade com
Penalidade - multa; circunscrição sobre a via providenciar a
sinalização de emergência, às expensas do
responsável, ou, se possível, promover a Penalidade - multa;
desobstrução. Medida administrativa - retenção do veículo até
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista a regularização.
de rolamento, em fila única, os veículos de tração
ou propulsão humana e os de tração animal, Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
sempre que não houver acostamento ou faixa a I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou
eles destinados: situações de emergência;
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas
Infração - média; seguintes situações:
Penalidade - multa. a) a curtos intervalos, quando for conveniente
advertir a outro condutor que se tem o propósito
Art. 248. Transportar em veículo destinado ao de ultrapassá-lo;
transporte de passageiros carga excedente em b) em imobilizações ou situação de emergência,
desacordo com o estabelecido no art. 109: como advertência, utilizando pisca-alerta;
c) quando a sinalização de regulamentação da via
Infração - grave; determinar o uso do pisca-alerta:
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção para o Infração - média;
transbordo. Penalidade - multa.

Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as Art. 252. Dirigir o veículo:
luzes de posição, quando o veículo estiver parado, I - com o braço do lado de fora;
para fins de embarque ou desembarque de II - transportando pessoas, animais ou volume à
passageiros e carga ou descarga de mercadorias: sua esquerda ou entre os braços e pernas;
III - com incapacidade física ou mental temporária
Infração - média; que comprometa a segurança do trânsito;
Penalidade - multa. IV - usando calçado que não se firme nos pés ou
que comprometa a utilização dos pedais;
V - com apenas uma das mãos, exceto quando
Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento:
I - deixar de manter acesa a luz baixa: deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar
a) durante a noite; a marcha do veículo, ou acionar equipamentos e
b) de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou acessórios do veículo;
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados
cerração;
a aparelhagem sonora ou de telefone celular;
c) de dia, no caso de veículos de transporte
coletivo de passageiros em circulação em faixas
ou pistas a eles destinadas; Infração - média;
d) de dia, no caso de motocicletas, motonetas e Penalidade - multa.
ciclomotores;
e) de dia, em rodovias de pista simples situadas VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo
fora dos perímetros urbanos, no caso de veículos em movimento:
desprovidos de luzes de rodagem diurna;
III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à Infração - média;
noite; Penalidade - multa.

Infração - média; Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V


Penalidade - multa. caracterizar-se-á como infração gravíssima no
caso de o condutor estar segurando ou
IV - deixar o veículo de transporte público coletivo manuseando telefone celular.
de passageiros ou de escolares de manter a porta Art. 253. Bloquear a via com veículo:
fechada:
Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo. Medida administrativa - remoção da bicicleta,
mediante recibo para o pagamento da multa.
Art. 253-A. Usar qualquer veículo para,
deliberadamente, interromper, restringir ou CAPÍTULO XVI
perturbar a circulação na via sem autorização do Das Penalidades
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
sobre ela: Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das
competências estabelecidas neste Código e
Infração - gravíssima; dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às
Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão infrações nele previstas, as seguintes penalidades:
do direito de dirigir por 12 (doze) meses; I - advertência por escrito;
Medida administrativa - remoção do veículo. II - multa;
III - suspensão do direito de dirigir
§ 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
vezes aos organizadores da conduta prevista no VI - cassação da Permissão para Dirigir;
caput. VII - frequência obrigatória em curso de
§ 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reciclagem.
reincidência no período de 12 (doze) meses. § 1º A aplicação das penalidades previstas neste
§ 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas Código não elide as punições originárias de
físicas ou jurídicas que incorram na infração, ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito,
devendo a autoridade com circunscrição sobre a conforme disposições de lei.
via restabelecer de imediato, se possível, as § 3º A imposição da penalidade será comunicada
condições de normalidade para a circulação na aos órgãos ou entidades executivos de trânsito
via. responsáveis pelo licenciamento do veículo e
Art. 254. É proibido ao pedestre: habilitação do condutor.
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, Art. 257. As penalidades serão impostas ao
exceto para cruzá-las onde for permitido; condutor, ao proprietário do veículo, ao
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, embarcador e ao transportador, salvo os casos de
pontes, ou túneis, salvo onde exista permissão; descumprimento de obrigações e deveres
III - atravessar a via dentro das áreas de impostos a pessoas físicas ou jurídicas
cruzamento, salvo quando houver sinalização para expressamente mencionados neste Código.
esse fim; § 1º Aos proprietários e condutores de veículos
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes serão impostas concomitantemente as
de perturbar o trânsito, ou para a prática de penalidades de que trata este Código toda vez que
qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, houver responsabilidade solidária em infração dos
salvo em casos especiais e com a devida licença preceitos que lhes couber observar, respondendo
da autoridade competente; cada um de per si pela falta em comum que lhes
V - andar fora da faixa própria, passarela, for atribuída.
passagem aérea ou subterrânea; § 2º Ao proprietário caberá sempre a
VI - desobedecer à sinalização de trânsito responsabilidade pela infração referente à prévia
específica; regularização e preenchimento das formalidades e
condições exigidas para o trânsito do veículo na
Infração - leve; via terrestre, conservação e inalterabilidade de
Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por suas características, componentes, agregados,
cento) do valor da infração de natureza leve. habilitação legal e compatível de seus condutores,
quando esta for exigida, e outras disposições que
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não deva observar.
seja permitida a circulação desta, ou de forma § 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas
agressiva, em desacordo com o disposto no infrações decorrentes de atos praticados na
parágrafo único do art. 59: direção do veículo.
§ 4º O embarcador é responsável pela infração
relativa ao transporte de carga com excesso de
Infração - média;
Penalidade - multa; peso nos eixos ou no peso bruto total, quando
simultaneamente for o único remetente da carga e reais e vinte e três centavos);
o peso declarado na nota fiscal, fatura ou III - infração de natureza média, punida com
manifesto for inferior àquele aferido. multa no valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e
§ 5º O transportador é o responsável pela dezesseis centavos);
infração relativa ao transporte de carga com IV - infração de natureza leve, punida com multa
excesso de peso nos eixos ou quando a carga no valor de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e
proveniente de mais de um embarcador oito centavos).
ultrapassar o peso bruto total. § 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator
§ 6º O transportador e o embarcador são multiplicador ou índice adicional específico é o
solidariamente responsáveis pela infração previsto neste Código.
relativa ao excesso de peso bruto total, se o peso Art. 259. A cada infração cometida são
declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for computados os seguintes números de pontos:
superior ao limite legal. I - gravíssima - sete pontos;
§ 7º Quando não for imediata a identificação do II - grave - cinco pontos;
infrator, o principal condutor ou o proprietário do III - média - quatro pontos;
veículo terá o prazo de 30 (trinta) dias, contado IV - leve - três pontos.
da notificação da autuação, para apresentá-lo, na § 4º Ao condutor identificado será atribuída
forma em que dispuser o Contran, e, transcorrido pontuação pelas infrações de sua
o prazo, se não o fizer, será considerado responsabilidade, nos termos previstos no § 3º
responsável pela infração o principal condutor ou, do art. 257 deste Código, exceto aquelas:
em sua ausência, o proprietário do veículo. I - praticadas por passageiros usuários do serviço
§ 8º Após o prazo previsto no § 7º deste artigo, se de transporte rodoviário de passageiros em
o infrator não tiver sido identificado, e o veículo for viagens de longa distância transitando em
de propriedade de pessoa jurídica, será lavrada rodovias com a utilização de ônibus, em linhas
nova multa ao proprietário do veículo, mantida a regulares intermunicipal, interestadual,
originada pela infração, cujo valor será igual a 2 internacional e aquelas em viagem de longa
(duas) vezes o da multa originária, garantidos o distância por fretamento e turismo ou de qualquer
direito de defesa prévia e de interposição de modalidade, excluídas as situações
recursos previstos neste Código, na forma regulamentadas pelo Contran conforme disposto
estabelecida pelo Contran. no art. 65 deste Código;
§ 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o II - previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI do
exime do disposto no § 3º do art. 258 e no art. art. 230 e nos arts. 232, 233, 233-A, 240 e 241
259. deste Código, sem prejuízo da aplicação das
§ 10. O proprietário poderá indicar ao órgão penalidades e medidas administrativas cabíveis;
executivo de trânsito o principal condutor do III - puníveis de forma específica com suspensão
veículo, o qual, após aceitar a indicação, terá seu do direito de dirigir.
nome inscrito em campo próprio do cadastro do Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas
veículo no Renavam. pelo órgão ou entidade de trânsito com
§ 11. O principal condutor será excluído do circunscrição sobre a via onde haja ocorrido a
Renavam: infração, de acordo com a competência
I - quando houver transferência de propriedade estabelecida neste Código.
do veículo; § 1º As multas decorrentes de infração cometida
II - mediante requerimento próprio ou do em unidade da Federação diversa da do
proprietário do veículo; licenciamento do veículo serão arrecadadas e
III - a partir da indicação de outro principal compensadas na forma estabelecida pelo
condutor. CONTRAN.
Art. 258. As infrações punidas com multa § 2º As multas decorrentes de infração cometida
classificam-se, de acordo com sua gravidade, em unidade da Federação diversa daquela do
em quatro categorias: licenciamento do veículo poderão ser
I - infração de natureza gravíssima, punida com comunicadas ao órgão ou entidade responsável
multa no valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa pelo seu licenciamento, que providenciará a
e três reais e quarenta e sete centavos); notificação.
II - infração de natureza grave, punida com multa § 4º Quando a infração for cometida com veículo
no valor de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco licenciado no exterior, em trânsito no território
nacional, a multa respectiva deverá ser paga tiverem sido atribuídos, para fins de contagem
antes de sua saída do País, respeitado o subsequente.
princípio de reciprocidade. § 7º O motorista que optar pelo curso previsto no §
Art. 261. A penalidade de suspensão do direito 5º não poderá fazer nova opção no período de 12
de dirigir será imposta nos seguintes casos: (doze) meses.
I - sempre que, conforme a pontuação prevista no § 8° A pessoa jurídica concessionária ou
art. 259 deste Código, o infrator atingir, no período permissionária de serviço público tem o direito de
de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de ser informada dos pontos atribuídos, na forma do
pontos: art. 259, aos motoristas que integrem seu quadro
a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou funcional, exercendo atividade remunerada ao
mais infrações gravíssimas na pontuação; volante, na forma que dispuser o CONTRAN.
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração § 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do
gravíssima na pontuação; art. 162 o condutor que, notificado da penalidade
c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste de que trata este artigo, dirigir veículo automotor
nenhuma infração gravíssima na pontuação; em via pública.
II - por transgressão às normas estabelecidas § 10. O processo de suspensão do direito de dirigir
neste Código, cujas infrações preveem, de forma a que se refere o inciso II do caput deste artigo
específica, a penalidade de suspensão do direito deverá ser instaurado concomitantemente ao
de dirigir. processo de aplicação da penalidade de multa,
§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de e ambos serão de competência do órgão ou
suspensão do direito de dirigir são os seguintes: entidade responsável pela aplicação da multa, na
I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses forma definida pelo Contran.
a 1 (um) ano e, no caso de reincidência no período § 11. O Contran regulamentará as disposições
de 12 (doze) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) deste artigo.
anos; Art. 263. A cassação do documento de
II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 habilitação dar-se-á:
(oito) meses, exceto para as infrações com prazo I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator
descrito no dispositivo infracional, e, no caso de conduzir qualquer veículo;
reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8 II - no caso de reincidência, no prazo de doze
(oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto meses, das infrações previstas no inciso III do art.
no inciso II do art. 263. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de III - quando condenado judicialmente por delito de
dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação será trânsito, observado o disposto no art. 160.
devolvida a seu titular imediatamente após § 1º Constatada, em processo administrativo, a
cumprida a penalidade e o curso de irregularidade na expedição do documento de
reciclagem. habilitação, a autoridade expedidora promoverá o
§ 3º A imposição da penalidade de suspensão do seu cancelamento.
direito de dirigir elimina a quantidade de pontos § 2º Decorridos dois anos da cassação da
computados, prevista no inciso I do caput ou no § Carteira Nacional de Habilitação, o infrator poderá
5º deste artigo, para fins de contagem requerer sua reabilitação, submetendo-se a
subsequente. todos os exames necessários à habilitação, na
§ 5º No caso do condutor que exerce atividade forma estabelecida pelo CONTRAN.
remunerada ao veículo, a penalidade de Art. 265. As penalidades de suspensão do direito
suspensão do direito de dirigir de que trata o de dirigir e de cassação do documento de
caput deste artigo será imposta quando o infrator habilitação serão aplicadas por decisão
atingir o limite de pontos previsto na alínea c do fundamentada da autoridade de trânsito
inciso I do caput deste artigo, independentemente competente, em processo administrativo,
da natureza das infrações cometidas, facultado a assegurado ao infrator amplo direito de defesa.
ele participar de curso preventivo de reciclagem Art. 266. Quando o infrator cometer,
sempre que, no período de 12 (doze) meses, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-
atingir 30 (trinta) pontos, conforme lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as
regulamentação do Contran. respectivas penalidades.
§ 6° Concluído o curso de reciclagem previsto no § Art. 267. Deverá ser imposta a penalidade de
5°, o condutor terá eliminados os pontos que lhe advertência por escrito à infração de natureza
leve ou média, passível de ser punida com multa, CAPÍTULO XVII
caso o infrator não tenha cometido nenhuma Das Medidas Administrativas
outra infração nos últimos 12 (doze) meses.
Art. 268. O infrator será submetido a curso de Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus
reciclagem, na forma estabelecida pelo agentes, na esfera das competências
CONTRAN: estabelecidas neste Código e dentro de sua
II - quando suspenso do direito de dirigir; circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas
III - quando se envolver em sinistro grave para o administrativas:
qual haja contribuído, independentemente de I - retenção do veículo;
processo judicial;; II - remoção do veículo;
IV - quando condenado judicialmente por delito de III - recolhimento da Carteira Nacional de
trânsito; Habilitação;
V - a qualquer tempo, se for constatado que o IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
condutor está colocando em risco a segurança do V - recolhimento do Certificado de Registro;
trânsito; VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento
Parágrafo único. Além do curso de reciclagem Anual;
previsto no caput deste artigo, o infrator será VIII - transbordo do excesso de carga;
submetido à avaliação psicológica nos casos IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia
dos incisos III, IV e V do caput deste artigo. ou perícia de substância entorpecente ou que
Art. 268-A. Fica criado o Registro Nacional determine dependência física ou psíquica;
Positivo de Condutores (RNPC), administrado X - recolhimento de animais que se encontrem
pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, soltos nas vias e na faixa de domínio das vias de
com a finalidade de cadastrar os condutores que circulação, restituindo-os aos seus proprietários,
não cometeram infração de trânsito sujeita à após o pagamento de multas e encargos devidos.
pontuação prevista no art. 259 deste Código, nos XI - realização de exames de aptidão física,
últimos 12 (doze) meses, conforme mental, de legislação, de prática de primeiros
regulamentação do Contran. socorros e de direção veicular.
§ 1º O RNPC deverá ser atualizado mensalmente. § 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as
§ 2º A abertura de cadastro requer autorização medidas administrativas e coercitivas adotadas
prévia e expressa do potencial cadastrado. pelas autoridades de trânsito e seus agentes terão
§ 3º Após a abertura do cadastro, a anotação de por objetivo prioritário a proteção à vida e à
informação no RNPC independe de autorização e incolumidade física da pessoa.
de comunicação ao cadastrado. § 2º As medidas administrativas previstas neste
§ 4º A exclusão do RNPC dar-se-á: artigo não elidem a aplicação das penalidades
I - por solicitação do cadastrado; impostas por infrações estabelecidas neste
II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação Código, possuindo caráter complementar a
por infração; estas.
III - quando o cadastrado tiver o direito de dirigir § 3º São documentos de habilitação:
suspenso; I - a Carteira Nacional de Habilitação;
IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do II - a Permissão para Dirigir; e
cadastrado estiver cassada ou com validade III - a Autorização para Conduzir Ciclomotor.
vencida há mais de 30 (trinta) dias; § 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do
V - quando o cadastrado estiver cumprindo pena inciso X o disposto nos arts. 271 e 328, no que
privativa de liberdade. couber.
§ 5º A consulta ao RNPC é garantida a todos os § 5º No caso de documentos em meio digital, as
cidadãos, nos termos da regulamentação do medidas administrativas previstas nos incisos III,
Contran. IV, V e VI do caput deste artigo serão realizadas
§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os por meio de registro no Renach ou Renavam,
Municípios poderão utilizar o RNPC para conceder conforme o caso, na forma estabelecida pelo
benefícios fiscais ou tarifários aos condutores Contran.
cadastrados, na forma da legislação específica de Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos
cada ente da Federação. expressos neste Código.
§ 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no liberará o veículo para reparo, na forma
local da infração, o veículo será liberado tão transportada, mediante autorização, assinalando
logo seja regularizada a situação. prazo para reapresentação.
§ 2º Quando não for possível sanar a falha no § 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda
local da infração, o veículo, desde que ofereça de veículo poderão ser realizados por órgão
condições de segurança para circulação, deverá público, diretamente, ou por particular contratado
ser liberado e entregue a condutor regularmente por licitação pública, sendo o proprietário do
habilitado, mediante recolhimento do veículo o responsável pelo pagamento dos custos
Certificado de Licenciamento Anual, contra desses serviços.
apresentação de recibo, assinalando-se ao § 5° O proprietário ou o condutor deverá ser
condutor prazo razoável, não superior a 30 (trinta) notificado, no ato de remoção do veículo, sobre as
dias, para regularizar a situação, e será providências necessárias à sua restituição e sobre
considerado notificado para essa finalidade na o disposto no art. 328, conforme regulamentação
mesma ocasião. do CONTRAN.
§ 3º O Certificado de Licenciamento Anual será § 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja
devolvido ao condutor no órgão ou entidade presente no momento da remoção do veículo, a
aplicadores das medidas administrativas, tão logo autoridade de trânsito, no prazo de 10 (dez) dias
o veículo seja apresentado à autoridade contado da data da remoção, deverá expedir ao
devidamente regularizado. proprietário a notificação prevista no § 5º, por
§ 4º Não se apresentando condutor habilitado no remessa postal ou por outro meio tecnológico hábil
local da infração, o veículo será removido a que assegure a sua ciência, e, caso reste
depósito, aplicando-se neste caso o disposto no frustrada, a notificação poderá ser feita por edital.
art. 271. § 7° A notificação devolvida por desatualização
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção do endereço do proprietário do veículo ou por
imediata, quando se tratar de veículo de transporte recusa desse de recebê-la será considerada
coletivo transportando passageiros ou veículo recebida para todos os efeitos
transportando produto perigoso ou perecível, § 8° Em caso de veículo licenciado no exterior, a
desde que ofereça condições de segurança notificação será feita por edital.
para circulação em via pública. § 9º Não caberá remoção nos casos em que a
§ 6º Não efetuada a regularização no prazo a que irregularidade for sanada no local da infração.
se refere o § 2°, será feito registro de restrição § 9º-A. Quando não for possível sanar a
administrativa no Renavam por órgão ou entidade irregularidade no local da infração, o veículo,
executivo de trânsito dos Estados e do Distrito desde que ofereça condições de segurança para
Federal, que será retirada após comprovada a circulação, será liberado e entregue a condutor
regularização. regularmente habilitado, mediante recolhimento do
§ 7° O descumprimento das obrigações Certificado de Licenciamento Anual, contra a
estabelecidas no § 2° resultará em recolhimento apresentação de recibo, e prazo razoável, não
do veículo ao depósito, aplicando-se, nesse caso, superior a 15 (quinze) dias, será assinalado ao
o disposto no art. 271. condutor para regularizar a situação, o qual será
Art. 271. O veículo será removido, nos casos considerado notificado para essa finalidade na
previstos neste Código, para o depósito fixado mesma ocasião.
pelo órgão ou entidade competente, com § 9º-B. O disposto no § 9º-A deste artigo não se
circunscrição sobre a via. aplica às infrações previstas no inciso V do caput
§ 1° A restituição do veículo removido só ocorrerá do art. 230 e no inciso VIII do caput do art. 231
mediante prévio pagamento de multas, taxas e deste Código.
despesas com remoção e estada, além de outros § 9º-C. Não efetuada a regularização no prazo
encargos previstos na legislação específica. referido no § 9º-A deste artigo, será feito registro
§ 2° A liberação do veículo removido é de restrição administrativa no Renavam por
condicionada ao reparo de qualquer componente órgão ou entidade executivos de trânsito dos
ou equipamento obrigatório que não esteja em Estados ou do Distrito Federal, o qual será retirado
perfeito estado de funcionamento. após comprovada a regularização.
§ 3º Se o reparo referido no § 2º demandar § 9º-D. O descumprimento da obrigação
providência que não possa ser tomada no estabelecida no § 9º-A deste artigo resultará em
depósito, a autoridade responsável pela remoção
recolhimento do veículo ao depósito, aplicando- Parágrafo único. O Contran disciplinará as
se, nesse caso, o disposto neste artigo. margens de tolerância quando a infração for
§ 10. O pagamento das despesas de remoção e apurada por meio de aparelho de medição,
estada será correspondente ao período integral, observada a legislação metrológica.
contado em dias, em que efetivamente o veículo Art. 277. O condutor de veículo automotor
permanecer em depósito, limitado ao prazo de 6 envolvido em sinistro de trânsito ou que for alvo de
(seis) meses. fiscalização de trânsito poderá ser submetido a
§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada teste, exame clínico, perícia ou outro
prestados por particulares poderão ser pagos pelo procedimento que, por meios técnicos ou
proprietário diretamente ao contratado. científicos, na forma disciplinada pelo Contran,
§ 12.O disposto no § 11 não afasta a possibilidade permita certificar influência de álcool ou outra
de o respectivo ente da Federação estabelecer a substância psicoativa que determine dependência.
cobrança por meio de taxa instituída em lei. § 2° A infração prevista no art. 165 também
§ 13. No caso de o proprietário do veículo objeto poderá ser caracterizada mediante imagem, vídeo,
do recolhimento comprovar, administrativa ou constatação de sinais que indiquem, na forma
judicialmente, que o recolhimento foi indevido disciplinada pelo Contran, alteração da
ou que houve abuso no período de retenção em capacidade psicomotora ou produção de
depósito, é da responsabilidade do ente quaisquer outras provas em direito admitidas.
público a devolução das quantias pagas por § 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas
força deste artigo, segundo os mesmos critérios administrativas estabelecidas no art. 165-A deste
da devolução de multas indevidas. Código ao condutor que se recusar a se
Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de submeter a qualquer dos procedimentos
Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-se-á previstos no caput deste artigo.
mediante recibo, além dos casos previstos neste Art. 278. Ao condutor que se evadir da
Código, quando houver suspeita de sua fiscalização, não submetendo veículo à pesagem
inautenticidade ou adulteração. obrigatória nos pontos de pesagem, fixos ou
Art. 273. O recolhimento do Certificado de móveis, será aplicada a penalidade prevista no art.
Registro dar-se-á mediante recibo, além dos 209, além da obrigação de retornar ao ponto de
casos previstos neste Código, quando: evasão para fim de pesagem obrigatória.
I - houver suspeita de inautenticidade ou Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à
adulteração; ação policial, a apreensão do veículo dar-se-á tão
II - se, alienado o veículo, não for transferida sua logo seja localizado, aplicando-se, além das
propriedade no prazo de trinta dias. penalidades em que incorre, as estabelecidas no
Art. 274. O recolhimento do Certificado de art. 210.
Licenciamento Anual dar-se-á mediante recibo, Art. 278-A. O condutor que se utilize de veículo
além dos casos previstos neste Código, quando: para a prática do crime de receptação,
I - houver suspeita de inautenticidade ou descaminho, contrabando, previstos nos arts. 180,
adulteração; 334 e 334-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
II - se o prazo de licenciamento estiver vencido; dezembro de 1940 (Código Penal), condenado por
III - no caso de retenção do veículo, se a um desses crimes em decisão judicial transitada
irregularidade não puder ser sanada no local. em julgado, terá cassado seu documento de
Art. 275. O transbordo da carga com peso habilitação ou será proibido de obter a habilitação
excedente é condição para que o veículo possa para dirigir veículo automotor pelo prazo de 5
prosseguir viagem e será efetuado às expensas (cinco) anos.
do proprietário do veículo, sem prejuízo da § 1º O condutor condenado poderá requerer sua
multa aplicável. reabilitação, submetendo-se a todos os exames
Parágrafo único. Não sendo possível desde logo necessários à habilitação, na forma deste Código.
atender ao disposto neste artigo, o veículo será § 2º No caso do condutor preso em flagrante na
recolhido ao depósito, sendo liberado após sanada prática dos crimes de que trata o caput deste
a irregularidade e pagas as despesas de remoção artigo, poderá o juiz, em qualquer fase da
e estada. investigação ou da ação penal, se houver
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por necessidade para a garantia da ordem pública,
litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o como medida cautelar, de ofício, ou a
condutor às penalidades previstas no art. 165. requerimento do Ministério Público ou ainda
mediante representação da autoridade policial, no próprio auto de infração, informando os
decretar, em decisão motivada, a suspensão da dados a respeito do veículo, além dos constantes
permissão ou da habilitação para dirigir veículo nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto
automotor, ou a proibição de sua obtenção. no artigo seguinte.
Art. 279. Em caso de sinistro com vítima § 4º O agente da autoridade de trânsito
envolvendo veículo equipado com registrador competente para lavrar o auto de infração poderá
instantâneo de velocidade e tempo, somente o ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda,
perito oficial encarregado do levantamento pericial policial militar designado pela autoridade de
poderá retirar o disco ou unidade armazenadora trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de
do registro.. sua competência.
Art. 279-A. O veículo em estado de abandono ou § 6º Não há infração de circulação, parada ou
sinistrado poderá ser removido para o depósito estacionamento relativa aos veículos destinados a
fixado pelo órgão ou entidade competente do socorro de incêndio e salvamento, aos de polícia,
Sistema Nacional de Trânsito independentemente aos de fiscalização e operação de trânsito e às
da existência de infração à legislação de trânsito, ambulâncias, ainda que não identificados
nos termos da regulamentação do Contran. ostensivamente.
§ 1º A remoção do veículo sinistrado será
realizada quando não houver responsável por ele Seção II
no local do sinistro. Do Julgamento das Autuações e Penalidades
§ 2º Aplicam-se à remoção de veículo em estado
de abandono ou sinistrado as disposições Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da
constantes do art. 328, sem prejuízo das demais competência estabelecida neste Código e dentro
disposições deste Código.. de sua circunscrição, julgará a consistência do
auto de infração e aplicará a penalidade cabível.
CAPÍTULO XVIII § 1º O auto de infração será arquivado e seu
Do Processo Administrativo registro julgado insubsistente:
Seção I I - se considerado inconsistente ou irregular;
Da Autuação II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for
expedida a notificação da autuação.
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na § 2º O prazo para expedição da notificação da
legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de autuação referente às penalidades de suspensão
infração, do qual constará: do direito de dirigir e de cassação do documento
I - tipificação da infração; de habilitação será contado a partir da data da
II - local, data e hora do cometimento da infração; instauração do processo destinado à aplicação
III - caracteres da placa de identificação do dessas penalidades.
veículo, sua marca e espécie, e outros elementos Art. 281-A. Na notificação de autuação e no auto
julgados necessários à sua identificação; de infração, quando valer como notificação de
IV - o prontuário do condutor, sempre que autuação, deverá constar o prazo para
possível; apresentação de defesa prévia, que não será
V - identificação do órgão ou entidade e da inferior a 30 (trinta) dias, contado da data de
autoridade ou agente autuador ou equipamento expedição da notificação.
que comprovar a infração; Art. 282. Caso a defesa prévia seja indeferida ou
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, não seja apresentada no prazo estabelecido, será
valendo esta como notificação do cometimento da aplicada a penalidade e expedida notificação ao
infração. proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa
§ 2º A infração deverá ser comprovada por postal ou por qualquer outro meio tecnológico
declaração da autoridade ou do agente da hábil que assegure a ciência da imposição da
autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou penalidade.
por equipamento audiovisual, reações químicas ou § 1º A notificação devolvida por desatualização
qualquer outro meio tecnologicamente disponível, do endereço do proprietário do veículo ou por
previamente regulamentado pelo CONTRAN. recusa em recebê-la será considerada válida
§ 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, para todos os efeitos.
o agente de trânsito relatará o fato à autoridade § 2º A notificação a pessoal de missões
diplomáticas, de repartições consulares de carreira digitalmente, atendidos os requisitos de
e de representações de organismos internacionais autenticidade, integridade, validade jurídica e
e de seus integrantes será remetida ao Ministério interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves
das Relações Exteriores para as providências Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
cabíveis e cobrança dos valores, no caso de § 4º A coordenação do sistema de que trata o
multa. caput deste artigo é de responsabilidade do
§ 3º Sempre que a penalidade de multa for órgão máximo executivo de trânsito da União.
imposta a condutor, à exceção daquela de que Art. 284. O pagamento da multa poderá ser
trata o § 1º do art. 259, a notificação será efetuado até a data do vencimento expressa na
encaminhada ao proprietário do veículo, notificação, por oitenta por cento do seu valor.
responsável pelo seu pagamento. § 1º Caso o infrator declare pelo sistema de
§ 4º Da notificação deverá constar a data do notificação eletrônica de que trata o art. 282-A
término do prazo para apresentação de recurso deste Código a opção por não apresentar defesa
pelo responsável pela infração, que não será prévia nem recurso, reconhecendo o cometimento
inferior a trinta dias contados da data da da infração, o pagamento da multa poderá ser
notificação da penalidade. efetuado por 60% (sessenta por cento) do seu
§ 5º No caso de penalidade de multa, a data valor, em qualquer fase do processo, até o
estabelecida no parágrafo anterior será a data vencimento do prazo de pagamento da multa,
para o recolhimento de seu valor. desde que a adesão ao sistema seja realizada
§ 6º O prazo para expedição das notificações das antes do correspondente envio da notificação da
penalidades previstas no art. 256 deste Código é autuação..
de 180 (cento e oitenta) dias ou, se houver § 2º O recolhimento do valor da multa não implica
interposição de defesa prévia, de 360 (trezentos e renúncia ao questionamento administrativo, que
sessenta) dias, contado: pode ser realizado a qualquer momento,
I - no caso das penalidades previstas nos incisos I respeitado o disposto no § 1º.
e II do caput do art. 256 deste Código, da data do § 3º Não incidirá cobrança moratória e não
cometimento da infração; poderá ser aplicada qualquer restrição, inclusive
II - no caso das demais penalidades previstas no para fins de licenciamento e transferência,
art. 256 deste Código, da conclusão do processo enquanto não for encerrada a instância
administrativo da penalidade que lhe der causa. administrativa de julgamento de infrações e
§ 6º-A. Para fins de aplicação do inciso I do § 6º penalidades.
deste artigo, no caso das autuações que não § 4º Encerrada a instância administrativa de
sejam em flagrante, o prazo será contado da data julgamento de infrações e penalidades, a multa
do conhecimento da infração pelo órgão de não paga até o vencimento será acrescida de
trânsito responsável pela aplicação da penalidade, juros de mora equivalentes à taxa referencial do
na forma definida pelo Contran. Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
§ 7º O descumprimento dos prazos previstos no § (Selic) para títulos federais acumulada
6º deste artigo implicará a decadência do direito mensalmente, calculados a partir do mês
de aplicar a respectiva penalidade. subsequente ao da consolidação até o mês
Art. 282-A. O órgão ou entidade do Sistema anterior ao do pagamento, e de 1% (um por
Nacional de Trânsito responsável pela autuação cento) relativamente ao mês em que o pagamento
notificará o proprietário do veículo ou o condutor estiver sendo efetuado.
autuado por meio eletrônico, mediante sistema de § 5º O sistema de notificação eletrônica de que
notificação eletrônica definido pelo Contran. trata o art. 282-A deste Código deve disponibilizar,
§ 1º O proprietário e o condutor autuado deverão na mesma plataforma, campo destinado à
manter seu cadastro atualizado no órgão apresentação de defesa prévia e de recurso,
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito quando o infrator não reconhecer o cometimento
Federal. da infração, na forma regulamentada pelo
§ 2º Na hipótese de notificação prevista no caput Contran.
deste artigo, o proprietário ou o condutor autuado § 6º O desconto previsto no § 1º deste artigo será
será considerado notificado 30 (trinta) dias após a concedido ainda que o órgão responsável pela
inclusão da informação no sistema eletrônico e do aplicação da penalidade de multa não tiver aderido
envio da respectiva mensagem. ao sistema de notificação eletrônica de que trata o
§ 3º O sistema previsto no caput será certificado
art. 282-A deste Código, desde que o infrator Presidente da Junta que apreciou o recurso e por
tenha cumprido os requisitos nele descritos.. mais um Presidente de Junta;
Art. 285. O recurso contra a penalidade imposta II - tratando-se de penalidade imposta por órgão
nos termos do art. 282 deste Código será ou entidade de trânsito estadual, municipal ou do
interposto perante a autoridade que imputou a Distrito Federal, pelos CETRAN E
penalidade e terá efeito suspensivo. CONTRANDIFE, respectivamente.
§ 1º O recurso intempestivo ou interposto por parte Parágrafo único. No caso do inciso I do caput
ilegítima não terá efeito suspensivo. deste artigo:
§ 2º Recebido o recurso tempestivo, a autoridade I - quando houver apenas 1 (uma) Jari, o recurso
o remeterá à Jari, no prazo de 10 (dez) dias, será julgado por seus membros;
contado da data de sua interposição. II - quando necessário, novos colegiados especiais
§ 4º Na apresentação de defesa ou recurso, em poderão ser formados, compostos pelo Presidente
qualquer fase do processo, para efeitos de da Junta que apreciou o recurso e por mais 2
admissibilidade, não serão exigidos documentos (dois) Presidentes de Junta, na forma estabelecida
ou cópia de documentos emitidos pelo órgão pelo Contran.
responsável pela autuação. Art. 289-A. O não julgamento dos recursos nos
§ 5º O recurso intempestivo será arquivado. prazos previstos no § 6º do art. 285 e no caput do
Art. 286. O recurso contra a imposição de multa art. 289 deste Código ensejará a prescrição da
poderá ser interposto no prazo legal, sem o pretensão punitiva.
recolhimento do seu valor. Art. 290. Implicam encerramento da instância
§ 1º No caso de não provimento do recurso, administrativa de julgamento de infrações e
aplicar-se-á o estabelecido no parágrafo único do penalidades:
art. 284. I - o julgamento do recurso de que tratam os arts.
§ 2º Se o infrator recolher o valor da multa e 288 e 289;
apresentar recurso, se julgada improcedente a II - a não interposição do recurso no prazo legal; e
penalidade, ser-lhe-á devolvida a importância III - o pagamento da multa, com reconhecimento
paga, atualizada em UFIR ou por índice legal de da infração e requerimento de encerramento do
correção dos débitos fiscais. processo na fase em que se encontra, sem
Art. 287. Se a infração for cometida em apresentação de defesa ou recurso.
localidade diversa daquela do licenciamento do Parágrafo único. Esgotados os recursos, as
veículo, o recurso poderá ser apresentado junto ao penalidades aplicadas nos termos deste Código
órgão ou entidade de trânsito da residência ou serão cadastradas no RENACH.
domicílio do infrator. Art. 290-A. Os prazos processuais de que trata
Parágrafo único. A autoridade de trânsito que este Código não se suspendem, salvo por motivo
receber o recurso deverá remetê-lo, de pronto, à de força maior devidamente comprovado, nos
autoridade que impôs a penalidade acompanhado termos de regulamento do Contran.
das cópias dos prontuários necessários ao
julgamento. CAPÍTULO XIX
Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a Dos Crimes De Trânsito
ser interposto, na forma do artigo seguinte, no Seção I
prazo de trinta dias contado da publicação ou da Disposições Gerais
notificação da decisão.
§ 1º O recurso será interposto, da decisão do não Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de
provimento, pelo responsável pela infração, e da veículos automotores, previstos neste Código,
decisão de provimento, pela autoridade que impôs aplicam-se as normas gerais do Código Penal e
a penalidade. do Código de Processo Penal, se este Capítulo
Art. 289. O recurso de que trata o art. 288 deste não dispuser de modo diverso, bem como a Lei
Código deverá ser julgado no prazo de 24 (vinte e nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que
quatro) meses, contado do recebimento do couber.
recurso pelo órgão julgador: § 1° Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão
I - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88
entidade da União, por colegiado especial da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995,
integrado pelo Coordenador-Geral da Jari, pelo exceto se o agente estiver:
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra autoridade judiciária ao Conselho Nacional de
substância psicoativa que determine dependência; Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do
II - participando, em via pública, de corrida, disputa Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado
ou competição automobilística, de exibição ou ou residente.
demonstração de perícia em manobra de veículo Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de
automotor, não autorizada pela autoridade crime previsto neste Código, o juiz aplicará a
competente; penalidade de suspensão da permissão ou
III - transitando em velocidade superior à máxima habilitação para dirigir veículo automotor, sem
permitida para a via em 50 km/h (cinquenta prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
quilômetros por hora). Art. 297. A penalidade de multa reparatória
§ 2° Nas hipóteses previstas no § 1° deste artigo, consiste no pagamento, mediante depósito
deverá ser instaurado inquérito policial para a judicial em favor da vítima, ou seus sucessores,
investigação da infração penal. de quantia calculada com base no disposto no § 1º
§ 4º O juiz fixará a pena-base segundo as do art. 49 do Código Penal, sempre que houver
diretrizes previstas no art. 59 do Decreto-Lei nº prejuízo material resultante do crime.
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), § 1º A multa reparatória não poderá ser superior
dando especial atenção à culpabilidade do ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
agente e às circunstâncias e consequências do § 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos
crime. arts. 50 a 52 do Código Penal.
Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter § 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo reparatória será descontado.
automotor pode ser imposta isolada ou Art. 298. São circunstâncias que sempre
cumulativamente com outras penalidades. agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter
Art. 293. A penalidade de suspensão ou de o condutor do veículo cometido a infração:
proibição de se obter a permissão ou a habilitação, I - com dano potencial para duas ou mais pessoas
para dirigir veículo automotor, tem a duração de ou com grande risco de grave dano patrimonial a
dois meses a cinco anos. terceiros;
§ 1º Transitada em julgado a sentença II - utilizando o veículo sem placas, com placas
condenatória, o réu será intimado a entregar à falsas ou adulteradas;
autoridade judiciária, em quarenta e oito horas, a III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira
Permissão para Dirigir ou a Carteira de de Habilitação;
Habilitação. IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição Habilitação de categoria diferente da do veículo;
de se obter a permissão ou a habilitação para V - quando a sua profissão ou atividade exigir
dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o cuidados especiais com o transporte de
sentenciado, por efeito de condenação penal, passageiros ou de carga;
estiver recolhido a estabelecimento prisional. VI - utilizando veículo em que tenham sido
Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou adulterados equipamentos ou características que
da ação penal, havendo necessidade para a afetem a sua segurança ou o seu funcionamento
garantia da ordem pública, poderá o juiz, como de acordo com os limites de velocidade prescritos
medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do nas especificações do fabricante;
Ministério Público ou ainda mediante VII - sobre faixa de trânsito temporária ou
representação da autoridade policial, decretar, em permanentemente destinada a pedestres.
decisão motivada, a suspensão da permissão ou Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de
da habilitação para dirigir veículo automotor, sinistros de trânsito que resultem em vítima, não
ou a proibição de sua obtenção. se imporá a prisão em flagrante nem se exigirá
Parágrafo único. Da decisão que decretar a fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.
suspensão ou a medida cautelar, ou da que
indeferir o requerimento do Ministério Público, Seção II
caberá recurso em sentido estrito, sem efeito Dos Crimes em Espécie
suspensivo.
Art. 295. A suspensão para dirigir veículo Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção
automotor ou a proibição de se obter a permissão de veículo automotor:
ou a habilitação será sempre comunicada pela
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou
suspensão ou proibição de se obter a permissão multa.
ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Art. 306. Conduzir veículo automotor com
§ 1° No homicídio culposo cometido na direção de capacidade psicomotora alterada em razão da
veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 influência de álcool ou de outra substância
(um terço) à metade, se o agente: psicoativa que determine dependência:
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira Penas - detenção, de seis meses a três anos,
de Habilitação; multa e suspensão ou proibição de se obter a
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; permissão ou a habilitação para dirigir veículo
III - deixar de prestar socorro, quando possível automotor.
fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do sinistro; § 1° As condutas previstas no caput serão
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, constatadas por:
estiver conduzindo veículo de transporte de I - concentração igual ou superior a 6 decigramas
passageiros. de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a
§ 3° Se o agente conduz veículo automotor sob a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
influência de álcool ou de qualquer outra II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo
substância psicoativa que determine Contran, alteração da capacidade psicomotora.
dependência: § 2° A verificação do disposto neste artigo poderá
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e ser obtida mediante teste de alcoolemia ou
suspensão ou proibição do direito de se obter a toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova
permissão ou a habilitação para dirigir veículo testemunhal ou outros meios de prova em direito
automotor. admitidos, observado o direito à contraprova.
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na § 3° O Contran disporá sobre a equivalência
direção de veículo automotor: entre os distintos testes de alcoolemia ou
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e toxicológicos para efeito de caracterização do
suspensão ou proibição de se obter a permissão crime tipificado neste artigo.
ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho
§ 1° Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia,
metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § Qualidade e Tecnologia - INMETRO - para se
1o do art. 302. determinar o previsto no caput.
§ 2° A pena privativa de liberdade é de reclusão Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se
de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras obter a permissão ou a habilitação para dirigir
penas previstas neste artigo, se o agente veículo automotor imposta com fundamento neste
conduz o veículo com capacidade psicomotora Código:
alterada em razão da influência de álcool ou de Penas - detenção, de seis meses a um ano e
outra substância psicoativa que determine multa, com nova imposição adicional de
dependência, e se do crime resultar lesão idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
corporal de natureza grave ou gravíssima. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião condenado que deixa de entregar, no prazo
do sinistro, de prestar imediato socorro à vítima, estabelecido no § 1º do art. 293, a Permissão para
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade Art. 308. Participar, na direção de veículo
pública: automotor, em via pública, de corrida, disputa ou
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou competição automobilística ou ainda de exibição
multa, se o fato não constituir elemento de crime ou demonstração de perícia em manobra de
mais grave. veículo automotor, não autorizada pela autoridade
Parágrafo único. Incide nas penas previstas competente, gerando situação de risco à
neste artigo o condutor do veículo, ainda que a incolumidade pública ou privada:
sua omissão seja suprida por terceiros ou que se Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três)
trate de vítima com morte instantânea ou com anos, multa e suspensão ou proibição de se
ferimentos leves. obter a permissão ou a habilitação para dirigir
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local veículo automotor.
do sinistro, para fugir à responsabilidade penal ou § 1° Se da prática do crime previsto no caput
civil que lhe possa ser atribuída:: resultar lesão corporal de natureza grave, e as
circunstâncias demonstrarem que o agente não I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de
quis o resultado nem assumiu o risco de resgate dos corpos de bombeiros e em outras
produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de unidades móveis especializadas no atendimento a
reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo vítimas de trânsito;
das outras penas previstas neste artigo. II - trabalho em unidades de pronto-socorro de
§ 2° Se da prática do crime previsto no caput hospitais da rede pública que recebem vítimas de
resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem sinistro de trânsito e politraumatizados;
que o agente não quis o resultado nem assumiu III - trabalho em clínicas ou instituições
o risco de produzi-lo, a pena privativa de especializadas na recuperação de sinistrados de
liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) trânsito;
anos, sem prejuízo das outras penas previstas IV - outras atividades relacionadas a resgate,
neste artigo. atendimento e recuperação de vítimas de sinistros
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, de trânsito..
sem a devida Permissão para Dirigir ou Art. 312-B. Aos crimes previstos no § 3º do art.
Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de 302 e no § 2º do art. 303 deste Código não se
dirigir, gerando perigo de dano: aplica o disposto no inciso I do caput do art. 44 do
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
multa. (Código Penal) .
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de
veículo automotor a pessoa não habilitada, com CAPÍTULO XX
habilitação cassada ou com o direito de dirigir Disposições Finais E Transitórias
suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de
saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não Art. 313. O Poder Executivo promoverá a
esteja em condições de conduzi-lo com nomeação dos membros do CONTRAN no prazo
segurança: de sessenta dias da publicação deste Código.
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou Art. 314. O Contran tem prazo de 240 (duzentos e
multa. quarenta) dias a partir da publicação deste Código
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível para expedir as resoluções necessárias à sua
com a segurança nas proximidades de escolas, melhor execução, bem como para revisar todas as
hospitais, estações de embarque e desembarque resoluções anteriores à sua publicação, dando
de passageiros, logradouros estreitos, ou onde prioridade àquelas que visam a diminuir o número
haja grande movimentação ou concentração de de sinistros e a assegurar a proteção de
pessoas, gerando perigo de dano: pedestres..
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN,
multa. existentes até a data de publicação deste Código,
Art. 312. novar artificiosamente, em caso de continuam em vigor naquilo em que não conflitem
sinistro automobilístico com vítima, na pendência com ele.
do respectivo procedimento policial preparatório, Art. 315. O Ministério da Educação, mediante
inquérito policial ou processo penal, o estado de proposta do Contran, deverá, no prazo de 240
lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a (duzentos e quarenta) dias contado da publicação
erro o agente policial, o perito ou o juiz: deste Código, estabelecer o currículo com
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou conteúdo programático relativo à segurança e à
multa. educação de trânsito, a fim de atender ao disposto
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste neste Código.
artigo, ainda que não iniciados, quando da Art. 316. O prazo de notificação previsto no inciso
inovação, o procedimento preparatório, o inquérito II do parágrafo único do art. 281 só entrará em
ou o processo aos quais se refere. vigor após duzentos e quarenta dias contados da
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. publicação desta Lei.
302 a 312 deste Código, nas situações em que o Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito
juiz aplicar a substituição de pena privativa de concederão prazo de até um ano para a
liberdade por pena restritiva de direitos, esta adaptação dos veículos de condução de escolares
deverá ser de prestação de serviço à e de aprendizagem às normas do inciso III do art.
comunidade ou a entidades públicas, em uma 136 e art. 154, respectivamente.
das seguintes atividades:
Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas ao licenciamento de veículos e aos autos de
normas pelo CONTRAN, continua em vigor o infração de trânsito.
disposto no art. 92 do Regulamento do Código § 1º Os documentos previstos no caput poderão
Nacional de Trânsito - Decreto nº 62.127, de 16 de ser gerados e tramitados eletronicamente, bem
janeiro de 1968. como arquivados e armazenados em meio digital,
Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste desde que assegurada a autenticidade, a
Código poderão ser corrigidos monetariamente fidedignidade, a confiabilidade e a segurança das
pelo Contran, respeitado o limite da variação do informações, e serão válidos para todos os efeitos
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo legais, sendo dispensada, nesse caso, a sua
(IPCA) no exercício anterior. guarda física.
Parágrafo único. Os novos valores decorrentes § 2º O Contran regulamentará a geração, a
do disposto no caput serão divulgados pelo tramitação, o arquivamento, o armazenamento e a
Contran com, no mínimo, 90 (noventa) dias de eliminação de documentos eletrônicos e físicos
antecedência de sua aplicação. gerados em decorrência da aplicação das
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança disposições deste Código.
das multas de trânsito será aplicada, § 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema
exclusivamente, em sinalização, em engenharia deverá ser certificado digitalmente, atendidos os
de tráfego, em engenharia de campo, em requisitos de autenticidade, integridade, validade
policiamento, em fiscalização, em renovação de jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de
frota circulante e em educação de trânsito. Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das Art. 326. A Semana Nacional de Trânsito será
multas de trânsito arrecadadas será depositado, comemorada anualmente no período
mensalmente, na conta de fundo de âmbito compreendido entre 18 e 25 de setembro.
nacional destinado à segurança e educação de Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sistema
trânsito. Nacional de Trânsito, no que se refere ao Plano
§ 2º O órgão responsável deverá publicar, Nacional de Redução de Mortes e Lesões no
anualmente, na rede mundial de computadores Trânsito (Pnatrans), deverá ser direcionada
(internet), dados sobre a receita arrecadada com a prioritariamente para o cumprimento da meta
cobrança de multas de trânsito e sua destinação. anual de redução do índice de mortes por grupo
§ 3º O valor total destinado à recomposição das de habitantes, apurado anualmente por Estado e
perdas de receita das concessionárias de pelo Distrito Federal, detalhando-se os dados
rodovias e vias urbanas, em decorrência do não levantados e as ações realizadas em vias federais,
pagamento de pedágio por usuários da via, não estaduais, distritais e municipais, na forma
poderá ultrapassar o montante total regulamentada pelo Contran..
arrecadado por meio das multas aplicadas com § 1° O objetivo geral do estabelecimento de metas
fundamento no art. 209-A deste Código, é, ao final do prazo de dez anos, reduzir à metade,
ressalvado o previsto em regulamento do Poder no mínimo, o índice nacional de mortos por grupo
Executivo. de veículos e o índice nacional de mortos por
Art. 320-A. Os órgãos e as entidades do Sistema grupo de habitantes, relativamente aos índices
Nacional de Trânsito poderão integrar-se para a apurados no ano da entrada em vigor da lei que
ampliação e o aprimoramento da fiscalização de cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e
trânsito, inclusive por meio do compartilhamento Lesões no Trânsito (Pnatrans).
da receita arrecadada com a cobrança das multas § 2° As metas expressam a diferença a menor, em
de trânsito. base percentual, entre os índices mais recentes,
Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, oficialmente apurados, e os índices que se
fixará a metodologia de aferição de peso de pretende alcançar.
veículos, estabelecendo percentuais de tolerância, § 3° A decisão que fixar as metas anuais
sendo durante este período suspensa a vigência estabelecerá as respectivas margens de
das penalidades previstas no inciso V do art. 231, tolerância.
aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por § 4° As metas serão fixadas pelo Contran para os
duzentos quilogramas ou fração de excesso. Estados e para o Distrito Federal, mediante
Art. 325. As repartições de trânsito conservarão propostas fundamentadas dos Cetran, do
por, no mínimo, 5 (cinco) anos os documentos Contrandife e da Polícia Rodoviária Federal, no
relativos à habilitação de condutores, ao registro e âmbito das respectivas circunscrições.
§ 5° Antes de submeterem as propostas ao decorrer do ano, o Contran, os Cetran e o
Contran, os Cetran, o Contrandife e a Polícia Contrandife poderão recomendar aos integrantes
Rodoviária Federal realizarão consulta ou do Sistema Nacional de Trânsito alterações nas
audiência pública para manifestação da sociedade ações, projetos e programas em desenvolvimento
sobre as metas a serem propostas. ou previstos, com o fim de atingir as metas fixadas
§ 6° As propostas dos Cetran, do Contrandife e da para cada um dos Estados e para o Distrito
Polícia Rodoviária Federal serão encaminhadas Federal.
ao Contran até o dia 1º de agosto de cada ano, § 14 A partir da análise de desempenho a que se
conforme regulamentação do Contran. refere o § 7° deste artigo, o Contran elaborará e
§ 7° As metas fixadas serão divulgadas em divulgará, também durante a Semana Nacional de
setembro, durante a Semana Nacional de Trânsito:
Trânsito, assim como o desempenho, absoluto e I - duas classificações ordenadas dos Estados e
relativo, de cada Estado e do Distrito Federal no do Distrito Federal, uma referente ao ano
cumprimento das metas vigentes no ano anterior, analisado e outra que considere a evolução do
detalhados os dados levantados e as ações desempenho dos Estados e do Distrito Federal
realizadas por vias federais, estaduais e desde o início das análises;
municipais, devendo tais informações permanecer II - relatório a respeito do cumprimento do objetivo
à disposição do público na rede mundial de geral do estabelecimento de metas previsto no §
computadores, em sítio eletrônico do órgão 1o deste artigo.
máximo executivo de trânsito da União. Art. 327. A partir da publicação deste Código,
§ 8° O Contran, ouvidos os Cetran, o Contrandife, somente poderão ser fabricados e licenciados
a Polícia Rodoviária Federal e os demais órgãos veículos que obedeçam aos limites de peso e
do Sistema Nacional de Trânsito, definirá as dimensões fixados na forma desta Lei,
fórmulas para apuração do índice de que trata ressalvados os que vierem a ser regulamentados
este artigo, assim como a metodologia para a pelo CONTRAN.
coleta e o tratamento dos dados estatísticos Art. 328. O veículo apreendido ou removido a
necessários para a composição dos termos das qualquer título e não reclamado por seu
fórmulas. proprietário dentro do prazo de sessenta dias,
§ 9° Os dados estatísticos coletados em cada contado da data de recolhimento, será avaliado e
Estado e no Distrito Federal serão tratados e levado a leilão, a ser realizado preferencialmente
consolidados pelos respectivos órgãos ou por meio eletrônico.
entidades executivos de trânsito, que os § 1° Publicado o edital do leilão, a preparação
repassarão ao órgão máximo executivo de trânsito poderá ser iniciada após trinta dias, contados da
da União, conforme regulamentação do Contran. data de recolhimento do veículo, o qual será
§ 10. Os dados estatísticos sujeitos à classificado em duas categorias:
consolidação pelo órgão ou entidade executivos I - conservado, quando apresenta condições de
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal segurança para trafegar; e
compreendem os coletados naquela circunscrição: II - sucata, quando não está apto a trafegar.
I - pela Polícia Rodoviária Federal e pelo órgão § 2° Se não houver oferta igual ou superior ao
executivo rodoviário da União; valor da avaliação, o lote será incluído no leilão
II - pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade seguinte, quando será arrematado pelo maior
executivos rodoviários do Estado ou do Distrito lance, desde que por valor não inferior a cinquenta
Federal; por cento do avaliado.
III - pelos órgãos ou entidades executivos § 3° Mesmo classificado como conservado, o
rodoviários e pelos órgãos ou entidades veículo que for levado a leilão por duas vezes e
executivos de trânsito dos Municípios. não for arrematado será leiloado como sucata.
§ 11. O cálculo do índice, para cada Estado e para § 4° É vedado o retorno do veículo leiloado como
o Distrito Federal, será feito pelo órgão máximo sucata à circulação.
executivo de trânsito da União, ouvidos os Cetran, § 5° A cobrança das despesas com estada no
o Contrandife, a Polícia Rodoviária Federal e os depósito será limitada ao prazo de seis meses.
demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito. § 6° Os valores arrecadados em leilão deverão ser
§ 12. Os índices serão divulgados oficialmente até utilizados para custeio da realização do leilão,
o dia 30 de abril de cada ano. dividindo-se os custos entre os veículos
§ 13. Com base em índices parciais, apurados no arrematados, proporcionalmente ao valor da
arrematação, e destinando-se os valores autoridade responsável pela restrição será
remanescentes, na seguinte ordem, para: notificada para a retirada do bem do depósito,
I - as despesas com remoção e estada; mediante a quitação das despesas com remoção e
II - os tributos vinculados ao veículo, na forma do § estada, ou para a autorização do leilão nos termos
10; deste artigo.
III - os credores trabalhistas, tributários e titulares § 15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar
de crédito com garantia real, segundo a ordem de da notificação de que trata o § 14, não houver
preferência estabelecida no art. 186 da Lei no manifestação da autoridade responsável pela
5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código restrição judicial ou policial, estará o órgão de
Tributário Nacional); trânsito autorizado a promover o leilão do veículo
IV - as multas devidas ao órgão ou à entidade nos termos deste artigo.
responsável pelo leilão; § 16. Os veículos, sucatas e materiais inservíveis
V - as demais multas devidas aos órgãos de bens automotores que se encontrarem nos
integrantes do Sistema Nacional de Trânsito, depósitos há mais de 1 (um) ano poderão ser
segundo a ordem cronológica; e destinados à reciclagem, independentemente da
VI - os demais créditos, segundo a ordem de existência de restrições sobre o veículo.
preferência legal. § 17. O procedimento de hasta pública na
§ 7° Sendo insuficiente o valor arrecadado para hipótese do § 16 será realizado por lote de
quitar os débitos incidentes sobre o veículo, a tonelagem de material ferroso, observando-se, no
situação será comunicada aos credores. que couber, o disposto neste artigo,
§ 8° Os órgãos públicos responsáveis serão condicionando-se a entrega do material
comunicados do leilão previamente para que arrematado aos procedimentos necessários à
formalizem a desvinculação dos ônus incidentes descaracterização total do bem e à destinação
sobre o veículo no prazo máximo de dez dias. exclusiva, ambientalmente adequada, à
§ 9° Os débitos incidentes sobre o veículo antes reciclagem siderúrgica, vedado qualquer
da alienação administrativa ficam dele aproveitamento de peças e partes.
automaticamente desvinculados, sem prejuízo § 18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis
da cobrança contra o proprietário anterior. queimados, adulterados ou estrangeiros, bem
§ 10. Aplica-se o disposto no § 9° inclusive ao como aqueles sem possibilidade de regularização
débito relativo a tributo cujo fato gerador seja a perante o órgão de trânsito, serão destinados à
propriedade, o domínio útil, a posse, a circulação reciclagem, independentemente do período em
ou o licenciamento de veículo. que estejam em depósito, respeitado o prazo
§ 11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o previsto no caput deste artigo, sempre que a
veículo, por qualquer meio, os débitos serão autoridade responsável pelo leilão julgar ser essa
novamente vinculados ao bem, aplicando-se, a medida apropriada.
nesse caso, o disposto nos §§ 1°, 2° e 3° do art. Art. 329. Os condutores dos veículos de que
271. tratam os arts. 135 e 136, para exercerem suas
§ 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente atividades, deverão apresentar, previamente,
será depositado em conta específica do órgão certidão negativa do registro de distribuição
responsável pela realização do leilão e ficará à criminal relativamente aos crimes de homicídio,
disposição do antigo proprietário, devendo ser roubo, estupro e corrupção de menores,
expedida notificação a ele, no máximo em trinta renovável a cada cinco anos, junto ao órgão
dias após a realização do leilão, para o responsável pela respectiva concessão ou
levantamento do valor no prazo de cinco anos, autorização.
após os quais o valor será transferido, Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem
definitivamente, para o fundo a que se refere o reformas ou recuperação de veículos e os que
parágrafo único do art. 320. comprem, vendam ou desmontem veículos,
§ 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que usados ou não, são obrigados a possuir livros
couber, ao animal recolhido, a qualquer título, e de registro de seu movimento de entrada e saída
não reclamado por seu proprietário no prazo de e de uso de placas de experiência, conforme
sessenta dias, a contar da data de recolhimento, modelos aprovados e rubricados pelos órgãos de
conforme regulamentação do CONTRAN. trânsito.
§ 14. Se identificada a existência de restrição § 1º Os livros indicarão:
policial ou judicial sobre o prontuário do veículo, a I - data de entrada do veículo no estabelecimento;
II - nome, endereço e identidade do proprietário ou entidades executivos de trânsito e executivos
vendedor; rodoviários para exercerem suas competências.
III - data da saída ou baixa, nos casos de § 1º Os órgãos e entidades de trânsito já
desmontagem; existentes terão prazo de um ano, após a edição
IV - nome, endereço e identidade do comprador; das normas, para se adequarem às novas
V - características do veículo constantes do seu disposições estabelecidas pelo CONTRAN,
certificado de registro; conforme disposto neste artigo.
VI - número da placa de experiência. § 2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem
§ 2º Os livros terão suas páginas numeradas criados exercerão as competências previstas
tipograficamente e serão encadernados ou em neste Código em cumprimento às exigências
folhas soltas, sendo que, no primeiro caso, estabelecidas pelo CONTRAN, conforme disposto
conterão termo de abertura e encerramento neste artigo, acompanhados pelo respectivo
lavrados pelo proprietário e rubricados pela CETRAN, se órgão ou entidade municipal, ou
repartição de trânsito, enquanto, no segundo, CONTRAN, se órgão ou entidade estadual, do
todas as folhas serão autenticadas pela repartição Distrito Federal ou da União, passando a integrar
de trânsito. o Sistema Nacional de Trânsito.
§ 3º A entrada e a saída de veículos nos Art. 334. As ondulações transversais existentes
estabelecimentos referidos neste artigo registrar- deverão ser homologadas pelo órgão ou entidade
se-ão no mesmo dia em que se verificarem competente no prazo de um ano, a partir da
assinaladas, inclusive, as horas a elas publicação deste Código, devendo ser retiradas
correspondentes, podendo os veículos irregulares em caso contrário.
lá encontrados ou suas sucatas ser apreendidos Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos
ou retidos para sua completa regularização. no Anexo II até a aprovação pelo CONTRAN, no
§ 4º As autoridades de trânsito e as autoridades prazo de trezentos e sessenta dias da publicação
policiais terão acesso aos livros sempre que o desta Lei, após a manifestação da Câmara
solicitarem, não podendo, entretanto, retirá-los Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e
do estabelecimento. obedecidos os padrões internacionais.
§ 5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e
fraude ao realizá-lo e a recusa de sua exibição financeiro dos Estados e Municípios que os
serão punidas com a multa prevista para as compõem e, o CONTRANDIFE, do Distrito
infrações gravíssimas, independente das demais Federal.
cominações legais cabíveis. Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os
§ 6° Os livros previstos neste artigo poderão ser importadores e fabricantes, ao comerciarem
substituídos por sistema eletrônico, na forma veículos automotores de qualquer categoria e
regulamentada pelo Contran. ciclos, são obrigados a fornecer, no ato da
Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros comercialização do respectivo veículo, manual
que passarão a integrar os colegiados destinados contendo normas de circulação, infrações,
ao julgamento dos recursos administrativos penalidades, direção defensiva, primeiros socorros
previstos na Seção II do Capítulo XVIII deste e Anexos do Código de Trânsito Brasileiro.
Código, o julgamento dos recursos ficará a cargo Art. 338-A. As competências previstas no inciso
dos órgãos ora existentes. XV do caput do art. 21 e no inciso XXII do caput
Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do do art. 24 deste Código serão atribuídas aos
Sistema Nacional de Trânsito proporcionarão aos órgãos ou entidades descritos no caput dos
membros do CONTRAN, CETRAN e referidos artigos a partir de 1º de janeiro de 2024.
CONTRANDIFE, em serviço, todas as facilidades Parágrafo único. Até 31 de dezembro de 2023,
para o cumprimento de sua missão, fornecendo- as competências a que se refere o caput deste
lhes as informações que solicitarem, permitindo- artigo serão exercidas pelos órgãos e entidades
lhes inspecionar a execução de quaisquer serviços executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
e deverão atender prontamente suas requisições. Federal.
Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir
cento e vinte dias após a nomeação de seus crédito especial no valor de R$ 264.954,00
membros, as disposições previstas nos arts. 91 e (duzentos e sessenta e quatro mil, novecentos e
92, que terão de ser atendidas pelos órgãos e cinquenta e quatro reais), em favor do ministério
ou órgão a que couber a coordenação máxima do
Sistema Nacional de Trânsito, para atender as ônibus), terão as identificações previstas no § 1º,
despesas decorrentes da implantação deste implantadas pelo fabricante que complementar o
Código. veículo com a respectiva carroçaria.
§ 4º As identificações, referidas no § 2º, poderão
RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE ser feitas na fábrica do veículo ou em outro local,
TRÂNSITO (CONTRAN) E SUAS ALTERAÇÕES: sob a responsabilidade do fabricante, antes de sua
venda ao consumidor.
§ 5º No caso de chassi ou monobloco não
RESOLUÇÃO Nº 24/98
metálico, a numeração deverá ser gravada em
placa metálica incorporada ou a ser moldada no
Estabelece o critério de identificação de
material do chassi ou monobloco, durante sua
veículos.
fabricação.
§ 6º Para fins do previsto no caput deste artigo, o
Art. 1º Os veículos produzidos ou importados a
décimo dígito do VIN, previsto na NBR 3 nº 6066,
partir de 1º de janeiro de 1999, para obterem
será obrigatoriamente o da identificação do
registro e licenciamento, deverão estar
modelo do veículo.
identificados na forma desta Resolução.
§ 7º para os fins previstos no caput deste artigo, o
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste
décimo dígito do VIN, estabelecido pela NBR nº
artigo os tratores, os veículos protótipos utilizados
6066, poderá ser alfanumérico.
exclusivamente para competições esportivas e
§ 8º Para os veículos tipo ciclomotores,
as viaturas militares operacionais das Forças
motonetas, motocicletas e deles derivados, a
Armadas.
altura dos caracteres da gravação de identificação
Art. 2º A gravação do número de identificação
veicular (VIN) deve ter no mínimo 4,0 (quatro)
veicular (VIN) no chassi ou monobloco, deverá ser
milímetros.
feita, no mínimo, em um ponto de localização, de
Art. 3º Será obrigatória a gravação do ano de
acordo com as especificações vigentes e formatos
fabricação do veículo no chassi ou monobloco ou
estabelecidos pela NBR 3 nº 6066 da Associação
em plaqueta destrutível quando de sua remoção,
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em
conforme estabelece o § 1° do art. 114 do Código
profundidade mínima de 0,2 mm.
de Trânsito Brasileiro.
§ 1º Além da gravação no chassi ou monobloco,
Art. 4º Nos veículos reboques e semi-reboques,
os veículos serão identificados, no mínimo, com os
as gravações serão feitas, no mínimo, em dois
caracteres VIS (número sequencial de produção)
pontos do chassi.
previsto na NBR 3 nº 6066, podendo ser, a critério
Art. 5º Para fins de controle reservado e apoio das
do fabricante, por gravação, na profundidade
vistorias periciais procedidas pelos órgãos
mínima de 0,2 mm, quando em chapas ou
integrantes do Sistema Nacional de Trânsito e por
plaqueta colada, soldada ou rebitada, destrutível
órgãos policiais, por ocasião do pedido de código
quando de sua remoção, ou ainda por etiqueta
do RENAVAM, os fabricantes depositarão junto ao
autocolante e também destrutível no caso de
órgão máximo executivo de trânsito da União as
tentativa de sua remoção, nos seguintes
identificações e localização das gravações,
compartimentos e componentes:
segundo os modelos básicos.
I - na coluna da porta dianteira lateral direita;
Parágrafo único. Todas as vezes que houver
II - no compartimento do motor;
alteração dos modelos básicos dos veículos, os
III - em um dos para-brisas e em um dos vidros
fabricantes encaminharão, com antecedência de
traseiros, quando existentes;
30 (trinta) dias, as localizações de identificação
IV - em pelo menos dois vidros de cada lado do
veicular.
veículo, quando existentes, excetuados os quebra-
Art. 6º As regravações e as eventuais
ventos.
substituições ou reposições de etiquetas e
§ 2º As identificações previstas nos incisos "III" e
plaquetas, quando necessárias, dependerão de
"IV" do parágrafo anterior, serão gravadas de
prévia autorização da autoridade de trânsito
forma indelével, sem especificação de
competente, mediante comprovação da
profundidade e, se adulterados, devem acusar
propriedade do veículo, e só serão processadas
sinais de alteração.
por empresas credenciadas pelo órgão executivo
§ 3º Os veículos inacabados (sem cabina, com
de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal.
cabina incompleta, tais como os chassis para
§ 1º As etiquetas ou plaquetas referidas no caput
deste artigo deverão ser fornecidas pelo fabricante enquanto vinculados à República Federativa do
do veículo. Brasil.
§ 2º O previsto no caput deste artigo não se aplica Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de
às identificações constantes dos incisos III e IV do sua publicação.
§ 1º do art. 2º desta Resolução.
§ 3º A regravação do número de identificação RESOLUÇÃO 36/98
veicular (VIN) no chassi ou monobloco, previsto no
caput deste artigo, deverá ser feita, de acordo com Estabelece a forma de sinalização de
as especificações vigentes e formatos advertência para os veículos que, em situação
estabelecidos pela NBR 15180/2004 da de emergência, estiverem imobilizados no leito
Associação Brasileira de Normas Técnicas viário.
(ABNT), e suas alterações, em profundidade
mínima de 0,2 (dois décimos) milímetros. Art.1º O condutor deverá acionar de imediato as
§ 4º A empresa credenciada para remarcação de luzes de advertência (pisca-alerta)
chassis deverá encaminhar registro fotográfico do providenciando a colocação do triângulo de
resultado da remarcação ao departamento de sinalização ou equipamento similar à distância
trânsito de registro do veículo, mediante mínima de 30 metros da parte traseira do veículo.
regulamentação do órgão executivo de trânsito do Parágrafo único. O equipamento de sinalização
Estado ou do Distrito Federal de emergência deverá ser instalado
Art. 7º Os órgãos executivos de trânsito dos perpendicularmente ao eixo da via, e em
Estados e do Distrito Federal não poderão condição de boa visibilidade.
registrar, emplacar e licenciar veículos que
estiverem em desacordo com o estabelecido nesta
RESOLUÇÃO N° 108/1999.
Resolução.
Dispõe sobre a responsabilidade pelo
RESOLUÇÃO Nº 26/98 pagamento de multas.

Disciplina o transporte de carga em veículos Art. 1° Fica estabelecido que o proprietário do


destinados ao transporte de passageiros a que veículo será sempre responsável pelo pagamento
se refere o art. 109 do Código de Trânsito da penalidade de multa, independente da infração
Brasileiro. cometida, até mesmo quando o condutor for
indicado como condutor-infrator nos termos da lei,
Art. 1° O transporte de carga em veículos não devendo ser registrado ou licenciado o veículo
destinados ao transporte de passageiros, do tipo sem que o seu proprietário efetue o pagamento do
ônibus, microônibus, ou outras categorias, está débito de multas, excetuando-se as infrações
autorizado desde que observadas as exigências resultantes de excesso de peso que obedecem ao
desta Resolução, bem como os regulamentos dos determinado no art. 257 e parágrafos do Código
respectivos poderes concedentes dos serviços. de Trânsito Brasileiro.
Art. 2° A carga só poderá ser acomodada em
compartimento próprio, separado dos
RESOLUÇÃO 110/2000
passageiros, que no ônibus é o bagageiro.
Art. 3º Fica proibido o transporte de produtos
Fixa o calendário para renovação do
considerados perigosos conforme legislação
Licenciamento Anual de Veículos e revoga a
específica, bem como daqueles que, por sua
Resolução CONTRAN no 95/99.
forma ou natureza, comprometam a segurança do
veículo, de seus ocupantes ou de terceiros.
Art. 1° Os órgãos executivos de trânsito dos
Art. 4º Os limites máximos de peso e dimensões
Estados e do Distrito Federal estabelecerão
da carga, serão os fixados pelas legislações
prazos para renovação do Licenciamento Anual
existentes na esfera federal, estadual ou
dos Veículos registrados sob sua circunscrição,
municipal.
de acordo com o algarismo final da placa de
Art. 5º No caso do transporte rodoviário
identificação, respeitados os limites fixados na
internacional de passageiros serão obedecidos os
tabela a seguir:
Tratados, Convenções ou Acordos internacionais,
ALGARISMO FINAL DA PLACA E PRAZO possam visualizar as imagens.
FINAL PARA RENOVAÇÃO: Art. 4º O descumprimento do disposto nesta
Resolução constitui-se em infração de trânsito
1 e 2: Até setembro prevista no art. 230, inciso XII do Código de
3, 4 e 5: Até outubro Trânsito Brasileiro.
6, 7 e 8: Até novembro Art. 5º Fica revogada a Resolução 190, de 16 de
9 e 0: Até dezembro fevereiro de 2006, do CONTRAN.

Art. 2° As autoridades, órgãos, instituições e RESOLUÇÃO 432/2013


agentes de fiscalização de trânsito e rodoviário em
todo o território nacional, para efeito de autuação e Dispõe sobre os procedimentos a serem
aplicação de penalidades, quando o veículo se adotados pelas autoridades de trânsito e seus
encontrar fora da unidade da federação em que agentes na fiscalização do consumo de álcool
estiver registrado, deverão adotar os prazos ou de outra substância psicoativa que
estabelecidos nesta Resolução. determine dependência, para aplicação do
disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei nº
RESOLUÇÃO Nº 242/2007 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de
Trânsito Brasileiro (CTB).
Dispõe sobre a instalação e utilização de
equipamentos Geradores de imagens nos Art. 1º Definir os procedimentos a serem adotados
veículos automotores pelas autoridades de trânsito e seus agentes na
fiscalização do consumo de álcool ou de outra
Art. 1º Fica permitida a instalação e utilização de substância psicoativa que determine dependência,
aparelho gerador de imagem cartográfica com para aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277
interface de geo processamento destinado a e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997
orientar o condutor quanto ao funcionamento do - Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
veiculo, a sua visualização interna e externa, Art. 2º A fiscalização do consumo, pelos
sistema de auxílio à manobra e para auxiliar na condutores de veículos automotores, de bebidas
indicação de trajetos ou orientar sobre as alcoólicas e de outras substâncias psicoativas que
condições da via, por intermédio de mapas, determinem dependência deve ser procedimento
imagens e símbolos. operacional rotineiro dos órgãos de trânsito.
Art. 2º Os equipamentos de que trata o artigo Art. 3º A confirmação da alteração da capacidade
anterior poderão ser previstos pelo fabricante do psicomotora em razão da influência de álcool ou
veículo ou utilizados como acessório de caráter de outra substância psicoativa que determine
provisório. dependência dar-se-á por meio de, pelo menos,
§ 1º Considera-se como instalação do um dos seguintes procedimentos a serem
equipamento qualquer meio de fixação realizados no condutor de veículo automotor:
permanente ou provisória no interior do habitáculo I - exame de sangue;
do veiculo. II - exames realizados por laboratórios
§ 2º Os equipamentos com instalação provisória especializados, indicados pelo órgão ou entidade
devem estar fixados no pára- brisa ou no painel de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária,
dianteiro, quando o veiculo estiver em circulação. em caso de consumo de outras substâncias
Art. 3º Fica proibida a instalação, em veiculo psicoativas que determinem dependência;
automotor, de equipamento capaz de gerar III - teste em aparelho destinado à medição do teor
imagens para fins de entretenimento, salvo se: alcoólico no ar alveolar (etilômetro);
I - instalado na parte dianteira, possuir mecanismo IV - verificação dos sinais que indiquem a
automático que o torne inoperante ou o comute alteração da capacidade psicomotora do condutor.
para a função de informação de auxílio à § 1º Além do disposto nos incisos deste artigo,
orientação do condutor, independente da vontade também poderão ser utilizados prova
do condutor e/ou dos passageiros, quando o testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer outro
veículo estiver em movimento; meio de prova em direito admitido.
II - instalado de forma que somente os § 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se
passageiros ocupantes dos bancos traseiros priorizar a utilização do teste com etilômetro.
§ 3° Se o condutor apresentar sinais de alteração I - exame de sangue que apresente qualquer
da capacidade psicomotora na forma do art. 5º ou concentração de álcool por litro de sangue;
haja comprovação dessa situação por meio do II - teste de etilômetro com medição realizada igual
teste de etilômetro e houver encaminhamento do ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de
condutor para a realização do exame de sangue ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado o
ou exame clínico, não será necessário aguardar o erro máximo admissível nos termos da “Tabela de
resultado desses exames para fins de autuação Valores Referenciais para Etilômetro” constante no
administrativa. Anexo I;
III - sinais de alteração da capacidade psicomotora
DO TESTE DE ETILÔMETRO obtidos na forma do art. 5º.
Parágrafo único. Serão aplicadas as penalidades
Art. 4º O etilômetro deve atender aos seguintes e medidas administrativas previstas no art. 165 do
requisitos: CTB ao condutor que recusar a se submeter a
I - ter seu modelo aprovado pelo INMETRO; qualquer um dos procedimentos previstos no
II - ser aprovado na verificação metrológica inicial, art. 3º, sem prejuízo da incidência do crime
eventual, em serviço e anual realizadas pelo previsto no art. 306 do CTB caso o condutor
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e apresente os sinais de alteração da capacidade
Tecnologia - INMETRO ou por órgão da Rede psicomotora.
Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade -
RBMLQ; DO CRIME
Parágrafo único. Do resultado do etilômetro
(medição realizada) deverá ser descontada Art. 7º O crime previsto no art. 306 do CTB será
margem de tolerância, que será o erro máximo caracterizado por qualquer um dos procedimentos
admissível, conforme legislação metrológica, de abaixo:
acordo com a “Tabela de Valores Referenciais I - exame de sangue que apresente resultado igual
para Etilômetro” constante no Anexo I. ou superior a 6 (seis) decigramas de álcool por
litro de sangue (6 dg/L);
DOS SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE II - teste de etilômetro com medição realizada igual
PSICOMOTORA ou superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de
ar alveolar expirado (0,34 mg/L), descontado o
Art. 5º Os sinais de alteração da capacidade erro máximo admissível nos termos da “Tabela de
psicomotora poderão ser verificados por: Valores Referenciais para Etilômetro” constante no
I - exame clínico com laudo conclusivo e firmado Anexo I;
por médico perito; ou III - exames realizados por laboratórios
II - constatação, pelo agente da Autoridade de especializados, indicados pelo órgão ou entidade
Trânsito, dos sinais de alteração da capacidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária,
psicomotora nos termos do Anexo II. em caso de consumo de outras substâncias
§ 1º Para confirmação da alteração da capacidade psicoativas que determinem dependência;
psicomotora pelo agente da Autoridade de IV - sinais de alteração da capacidade
Trânsito, deverá ser considerado não somente psicomotora obtido na forma do art. 5º. § 1º A
um sinal, mas um conjunto de sinais que ocorrência do crime de que trata o caput não elide
comprovem a situação do condutor. a aplicação do disposto no art. 165 do CTB.
§ 2º Os sinais de alteração da capacidade § 2º Configurado o crime de que trata este artigo,
psicomotora de que trata o inciso II deverão ser o condutor e testemunhas, se houver, serão
descritos no auto de infração ou em termo encaminhados à Polícia Judiciária, devendo ser
específico que contenha as informações mínimas acompanhados dos elementos probatórios.
indicadas no Anexo II, o qual deverá acompanhar
o auto de infração. DO AUTO DE INFRAÇÃO

DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA Art. 8º Além das exigências estabelecidas em


regulamentação específica, o auto de infração
Art. 6º A infração prevista no art. 165 do CTB será lavrado em decorrência da infração prevista no art.
caracterizada por: 165 do CTB deverá conter:
I - no caso de encaminhamento do condutor para DISPOSIÇÕES GERAIS
exame de sangue, exame clínico ou exame em
laboratório especializado, a referência a esse Art. 11. É obrigatória a realização do exame de
procedimento; alcoolemia para as vítimas fatais de acidentes
II - no caso do art. 5º, os sinais de alteração da de trânsito.
capacidade psicomotora de que trata o Anexo II ou Art. 12. Ficam convalidados os atos praticados na
a referência ao preenchimento do termo específico vigência da Deliberação CONTRAN nº 133, de 21
de que trata o § 2º do art. 5º; de dezembro de 2012, com o reconhecimento da
III - no caso de teste de etilômetro, a marca, margem de tolerância de que trata o art. 1º da
modelo e nº de série do aparelho, nº do teste, a Deliberação CONTRAN referida no caput (0,10
medição realizada, o valor considerado e o limite mg/L) como limite regulamentar.
regulamentado em mg/L; Art. 13. Ficam revogadas as Resoluções
IV - conforme o caso, a identificação da (s) CONTRAN nº 109, de 21 de Novembro de 1999, e
testemunha (s), se houve fotos, vídeos ou outro nº 206, de 20 de outubro de 2006, e a Deliberação
meio de prova complementar, se houve recusa do CONTRAN nº 133, de 21 de dezembro de 2012.
condutor, entre outras informações disponíveis.
§ 1º Os documentos gerados e o resultado dos
exames de que trata o inciso I deverão ser
ANEXO I
anexados ao auto de infração.
TABELA DE VALORES REFERENCIAIS PARA
§ 2º No caso do teste de etilômetro, para
ETILÔMETRO
preenchimento do campo “Valor Considerado” do
auto de infração, deve-se observar as margens
de erro admissíveis, nos termos da “Tabela de
Valores Referenciais para Etilômetro” constante no
Anexo I.

DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS

Art. 9° O veículo será retido até a apresentação


de condutor habilitado, que também será
submetido à fiscalização.
Parágrafo único. Caso não se apresente
condutor habilitado ou o agente verifique que ele
não está em condições de dirigir, o veículo será
recolhido ao depósito do órgão ou entidade
responsável pela fiscalização, mediante recibo.
Para definição do VC, foi deduzido da MR o EM
Art. 10. O documento de habilitação será
(VC = MR - EM). No resultado do VC foram
recolhido pelo agente, mediante recibo, e ficará
consideradas apenas duas casas decimais,
sob custódia do órgão ou entidade de trânsito
desprezando-se as demais, sem
responsável pela autuação até que o condutor
arredondamento, observados os itens 4.1.2 e
comprove que não está com a capacidade
5.3.1 do Regulamento Técnico Metrológico
psicomotora alterada, nos termos desta
(Portaria n.º 06/2002 do INMETRO), visto que o
Resolução.
etilômetro apresenta MR com apenas duas
§ 1º Caso o condutor não compareça ao órgão ou
casas decimais.
entidade de trânsito responsável pela autuação no
prazo de 5 (cinco) dias da data do cometimento
da infração, o documento será encaminhado ao
órgão executivo de trânsito responsável pelo seu
registro, onde o condutor deverá buscar seu
documento.
§ 2º A informação de que trata o § 1º deverá
constar no recibo de recolhimento do documento
de habilitação.
ANEXO II e. Quanto à capacidade motora e verbal, se o
SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE condutor apresenta:
PSICOMOTORA i. Dificuldade no equilíbrio;
ii. Fala alterada;
Informações mínimas que deverão constar no VII. Afirmação expressa, pelo agente fiscalizador:
termo mencionado no artigo 6º desta Resolução, a. De acordo com as características acima
para constatação dos sinais de alteração da descritas, constatei que o condutor acima
capacidade psicomotora pelo agente da qualificado, está ( ) sob influência de álcool ( ) sob
Autoridade de Trânsito: influência de substância psicoativa.
I. Identificação do órgão ou entidade de trânsito b. O condutor ( ) se recusou ( ) não se recusou a
fiscalizador; realizar os testes, exames ou perícia que
II. Dados do condutor: permitiriam certificar o seu estado quanto à
a. Nome; alteração da capacidade psicomotora.
b. Número do Prontuário da CNH e/ou do VIII. Quando houver testemunha (s), a
documento de identificação; identificação:
c. Endereço, sempre que possível. a. nome;
III. Dados do veículo: b. documento de identificação;
a. Placa/UF; c. endereço;
b. Marca; d. assinatura.
IV. Dados da abordagem: IX. Dados do Policial ou do Agente da Autoridade
a. Data; de Trânsito:
b. Hora; a. Nome;
c. Local; b. Matrícula;
d. Número do auto de infração. c. Assinatura.
V. Relato do condutor:
a. Envolveu-se em acidente de trânsito; RESOLUÇÃO 508/2014
b. Declara ter ingerido bebida alcoólica, sim ou
não (Em caso positivo, quando); Dispõe sobre os requisitos de segurança para
c. Declara ter feito uso de substância psicoativa a circulação, a título precário, de veículo de
que determine dependência, sim ou não (Em caso carga ou misto transportando passageiros no
positivo, quando); compartimento de cargas.
VI. Sinais observados pelo agente fiscalizador:
a. Quanto à aparência, se o condutor apresenta: Art. 1º A autoridade com circunscrição sobre a via
i. Sonolência; poderá autorizar, eventualmente e a título
ii. Olhos vermelhos; precário, a circulação de veículo de carga ou
iii. Vômito; misto transportando passageiros no
iv. Soluços; compartimento de cargas, desde que sejam
v. Desordem nas vestes; cumpridos os requisitos estabelecidos nesta
vi. Odor de álcool no hálito. Resolução.
b. Quanto à atitude, se o condutor apresenta: § 1º A autorização será expedida pelo órgão com
i. Agressividade; circunscrição sobre a via não podendo
ii. Arrogância; ultrapassar o prazo previsto no parágrafo único do
iii. Exaltação; Art. 108 do CTB.
iv. Ironia; § 2º Em trajeto que utilize mais de uma via com
v. Falante; autoridades de trânsito com circunscrição
vi. Dispersão. diversa, a autorização deve ser concedida por
c. Quanto à orientação, se o condutor: cada uma das autoridades para o respectivo
i. sabe onde está; trecho a ser utilizado.
ii. sabe a data e a hora. Art. 2º A circulação de que trata o artigo 1º só
d. Quanto à memória, se o condutor: poderá ser autorizada entre localidades de origem
i. sabe seu endereço; e destino que estiverem situadas em um mesmo
ii. lembra dos atos cometidos; município ou entre municípios limítrofes,
quando não houver linha regular de ônibus.
Art. 3º Os veículos a serem utilizados no § 2º A autorização de que trata este artigo é de
transporte de que trata esta Resolução devem ser porte obrigatório.
adaptados, no mínimo, com: Art. 5º Além das exigências estabelecidas nos
I - bancos, na quantidade suficiente para todos os demais artigos desta Resolução, para o transporte
passageiros, revestidos de espuma, com encosto de passageiros em veículos de carga ou misto, é
e cinto de segurança, fixados na estrutura da vedado:
carroceria; I - transportar passageiros com idade inferior a 10
II - carroceria com cobertura, barra de apoio para anos;
as mãos, proteção lateral rígida, com dois metros II - transportar passageiros em pé;
e dez centímetros de altura livre, de material de III - transportar cargas no mesmo ambiente dos
boa qualidade e resistência estrutural, que evite o passageiros;
esmagamento e a projeção de pessoas em caso IV - utilizar veículos de carga tipo basculante e
de acidente com o veículo; boiadeiro;
III - escada para acesso, com corrimão; V - utilizar combinação de veículos.
IV - cabine e carroceria com ventilação, garantida VI - transportar passageiros nas partes externas.
a comunicação entre motorista e passageiros; Art. 6º Para a circulação de veículos de que trata
V - compartimento resistente e fixo para a guarda o artigo 1º, o condutor deve estar habilitado:
das ferramentas e materiais, separado dos I - na categoria B, se o transporte for realizado em
passageiros, no caso de transporte de veículo cujo peso bruto total não exceda a três
trabalhadores; mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação
VI - sinalização luminosa, na forma do inciso VIII não exceda a oito lugares, excluído o do
do artigo 29 do CTB e da Resolução nº 268, de 15 condutor;
de fevereiro de 2008, no caso de transporte de II - na categoria C, se o transporte for realizado em
pessoas vinculadas à prestação de serviço em veículo cujo peso bruto total exceda a três mil e
obras na via. quinhentos quilogramas;
Parágrafo único. Os veículos referidos neste III - na categoria D e ter o curso especializado
artigo só poderão ser utilizados após expedição do para o transporte coletivo de passageiros, se o
Certificado de Segurança Veicular - CSV, transporte for realizado em veículo cuja lotação
expedido por Instituição Técnica Licenciada - exceda a oito lugares, excluído o do condutor;
ITL, e vistoria da autoridade competente para Parágrafo único. Para determinação da lotação
conceder a autorização de trânsito. de que tratam os incisos deste artigo deverá ser
Art. 4º Satisfeitos os requisitos enumerados no considerada, além da lotação do compartimento
artigo anterior, a autoridade com circunscrição de passageiros, a lotação do compartimento de
sobre a via, declarando a não existência de carga após a adaptação.
linha regular de ônibus, estabelecerá no Art. 7º As autoridades com circunscrição sobre as
documento de autorização os seguintes vias a serem utilizadas no percurso pretendido são
elementos técnicos: competentes para autorizar, permitir e fiscalizar
I - identificação do órgão de trânsito e da esse transporte por meio de seus órgãos próprios.
autoridade; Art. 8º Pela inobservância ao disposto nesta
II - marca, modelo, espécie, ano de fabricação, Resolução, fica o proprietário ou o condutor do
placa e UF do veículo; veículo, nos termos do artigo 257 do CTB,
III - identificação do proprietário do veículo; independentemente das demais penalidades
IV - o número de passageiros (lotação a ser previstas e outras legislações, sujeitos às
transportado); penalidades e medidas administrativas
V - o local de origem e de destino do transporte; previstas nos seguintes artigos:
VI - o itinerário a ser percorrido; e I - art. 230, inciso II, do CTB:
VII - o prazo de validade da autorização. a) transporte de passageiro em compartimento de
§ 1º O número máximo de pessoas admitidas no carga sem autorização ou com a autorização
transporte será calculado na base de 35dm2 (trinta vencida;
e cinco decímetros quadrados) do espaço útil da b) inobservância do itinerário;
carroceria por pessoa, incluindo-se o encarregado c) se o veículo não estiver devidamente adaptado
da cobrança de passagem e atendimento aos na forma estabelecida no artigo 3º desta
passageiros. Resolução;
d) utilização dos veículos previstos nos incisos V e § 4º A empresa credenciada para remarcação de
VI do art. 5º; transportar passageiros em pé. chassis deverá encaminhar registro fotográfico do
II - art. 231, inciso VII, do CTB, por exceder o resultado da remarcação ao departamento de
número de passageiros autorizado pela autoridade trânsito de registro do veículo, mediante
competente; regulamentação do órgão executivo de trânsito do
III - art. 168 do CTB, se o (s) passageiro(s) Estado ou do Distrito Federal.”.
transportado no compartimento de carga for menor
de 10 (dez) anos; e RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 811/2020
IV - art. 162, inciso III, do CTB, se o condutor
possuir habilitação de categoria diferente da do Art. 1º Esta Resolução estabelece procedimentos
veículo que esteja conduzindo, conforme art. 6º; para integração dos municípios ao Sistema
V - artigo 232 do CTB, combinado com o artigo 2º Nacional de Trânsito (SNT), por meio dos seus
da Resolução nº 205, de 20 de outubro de 2006, órgãos e entidades executivos de trânsito e
se o condutor não possuir o curso especializado rodoviários ou diretamente por meio da prefeitura
para o transporte coletivo de passageiros, municipal, em cumprimento ao que dispõe o art.
conforme inciso II do art. 6º, e se não portar a 333 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
autorização de trânsito.
VI - artigo 235 do CTB, por transportar
CAPÍTULO I
passageiros, animais ou cargas nas partes
DA INTEGRAÇÃO DE MUNICÍPIOS AO
externas dos veículos.
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO

RESOLUÇÃO Nº 581/2016 Art. 2º Para exercer as competências


estabelecidas no art. 24 do CTB, os municípios
Art. 1º Alterar a Resolução CONTRAN nº 24, de deverão se integrar ao SNT em uma das seguintes
21 de maio de 1998, que estabelece o critério de formas de organização administrativa:
identificação de veículos, a que se refere o Art. I - integração direta, por meio:
114, do CTB. a) de órgão ou entidade executivos de trânsito, via
Art. 2º Acrescentar os parágrafos 7º e 8º, ao art. estrutura própria; ou
2º da Resolução CONTRAN nº 24, de 21 de maio b) da prefeitura municipal.
de 1998, com a seguinte redação: II - constituição de consórcio com outros
municípios da mesma Unidade Federativa,
“Art. 2º (...) § 7º para os fins previstos no caput mediante a criação de uma entidade executiva
deste artigo, o décimo dígito do VIN, estabelecido de trânsito, com personalidade jurídica própria,
pela NBR nº 6066, poderá ser alfanumérico. em conformidade com a Lei nº 11.107, de 6 de
§ 8º Para os veículos tipo ciclomotores, abril de 2005; ou
motonetas, motocicletas e deles derivados, a III - celebração de convênio diretamente pela
altura dos caracteres da gravação de identificação prefeitura municipal com órgão ou entidade que
veicular (VIN) deve ter no mínimo 4,0 (quatro) integre o SNT, delegando total ou parcialmente as
milímetros.” atribuições do art. 24 do CTB, quando não houver
órgão ou entidade executivos de trânsito no
Art. 3º Acrescentar os parágrafos 3° 4º, ao art. 6°, respectivo município, em consonância com o
da Resolução CONTRAN nº 24, de 21 de maio de disposto no art. 333 do CTB.
1998, com a seguinte redação: § 1º A estrutura própria prevista na alínea a do
inciso I caracteriza-se por meio de:
“Art.6º (...) § 3º A regravação do número de I - alocação de órgão da Administração pública
identificação veicular (VIN) no chassi ou direta; ou
monobloco, previsto no caput deste artigo, deverá II - criação de entidade da Administração pública
ser feita, de acordo com as especificações indireta, com personalidade jurídica própria:
vigentes e formatos estabelecidos pela NBR a) de direito público; ou
15180/2004 da Associação Brasileira de Normas b) de direito privado, com capital social
Técnicas (ABNT), e suas alterações, em majoritariamente público, que preste
profundidade mínima de 0,2 (dois décimos) exclusivamente serviço público estatal e em
milímetros. regime não concorrencial.
§ 2º Quando o município possuir rodovias 12 do CTB, com apoio administrativo e financeiro
municipais em sua circunscrição, deverá constar, do órgão ou entidade junto ao qual funcione.
no processo de sua integração ao SNT, se o órgão
ou entidade executivo de trânsito também Seção II
exercerá as competências de órgão ou entidade Da Documentação
executivo rodoviário, previstas no art. 21 do CTB.
Art. 4º Para o processo de integração ao SNT, o
CAPÍTULO II município deverá encaminhar ao Conselho
DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO AO SNT Estadual de Trânsito (CETRAN) do respectivo
Seção I Estado os seguintes dados de cadastro e
Da Estrutura Organizacional documentação:
I - denominação do órgão ou entidade executivo
Art. 3º Para a integração ao SNT, de forma direta de trânsito e rodoviário, fazendo juntar cópia da
ou mediante consórcio, os órgãos e entidades legislação de sua constituição;
executivos de trânsito e rodoviários ou a prefeitura II - cópia da legislação de constituição da JARI
municipal devem dispor de estrutura municipal e de seu Regimento;
organizacional e capacidade para o exercício das III - endereço, telefone, correio eletrônico
atividades e competências legais que lhe são institucional do órgão ou entidade executivo de
próprias, sendo estas, no mínimo, de: trânsito e rodoviário, e sítio eletrônico (se houver);
I - engenharia de tráfego; e
II - fiscalização e operação de trânsito; IV - fotos da fachada do prédio e das
III - educação de trânsito; dependências, devidamente identificadas, dos
IV - coleta, controle e análise estatística de veículos, caso existam, e de outros elementos
trânsito; e julgados importantes para a análise dos trabalhos
V - julgamento de recursos contra penalidades por desenvolvidos para integração.
eles impostas. § 1º Os municípios que optarem por delegar a
§ 1º As atividades de fiscalização e operação de totalidade ou parte das atribuições municipais a
trânsito deverão ser realizadas pela autoridade outro órgão ou entidade integrante do SNT
de trânsito ou por agentes da autoridade de deverão encaminhar cópia do convênio firmado.
trânsito que tenham sido submetidos a curso de § 2º No caso da constituição de consórcio público,
formação e de atualização, conforme norma caberá à entidade executiva de trânsito criada
própria do órgão máximo executivo de trânsito da encaminhar todos os documentos relacionados
União, e que se enquadrem em uma das neste artigo, em nome dos municípios que a
seguintes categorias, com atuação isolada ou compõem.
cumulativa: Art. 5º Após analisar a documentação de que trata
I - agentes próprios, ocupantes de cargo ou o art. 4º, o CETRAN, ou órgão ou entidade
emprego específico, com provimento efetivo executivo de trânsito por ele designado, deverá
mediante concurso público, conforme inciso II do realizar inspeção técnica no município
art. 37 da Constituição Federal (CF), não bastando certificando o cumprimento da legislação, emitindo
mera designação por portaria ou outro ato o Laudo de Inspeção e a Certificação de
administrativo normativo; Conformidade.
II - policiais militares do serviço ativo, quando § 1º A análise documental e a inspeção técnica
firmado convênio para esta finalidade, de acordo previstas no caput desse artigo deverão ocorrer no
com o inciso III do art. 23 do CTB; ou prazo de 30 (trinta) dias úteis, contados a partir
III - guardas municipais, na conformidade do inciso do recebimento da solicitação do município,
VI do art. 5º da Lei nº 13.022, de 8 de agosto de objetivando verificar a sua conformidade quanto
2014. ao disposto nos arts. 2º, 3º e 4º.
§ 2º O julgamento de recursos contra penalidades § 2º Caso a documentação não esteja de acordo
impostas pelos órgãos e entidades municipais com o exigido, o CETRAN notificará o município
deve ser realizado por Juntas Administrativas de para sanar as pendências no prazo máximo de
Recursos de Infrações (JARI), órgãos colegiados 30 (trinta) dias úteis.
e independentes, que devem possuir regimento § 3º O município, ao ser notificado pelo CETRAN
próprio, observado o disposto no inciso VI do art. da exigência apontada, deverá providenciar a
devida adequação, no prazo de 30 (trinta) dias Resolução, comum a todos os municípios
úteis, sujeito à prorrogação conforme análise do consorciados.
CETRAN, em cada caso. Parágrafo único. A JARI que funcionará junto ao
§ 4º Após o cumprimento das exigências pelo consórcio público deverá obedecer à
município, o CETRAN fará, no prazo de até 30 regulamentação do CONTRAN.
(trinta) dias úteis, nova inspeção técnica. Art. 12. O consórcio público deverá disponibilizar
§ 5º Caso o município não atenda as exigências, o locais de atendimento ao cidadão em todos os
processo de integração ao SNT será arquivado e municípios consorciados.
o fato será comunicado ao chefe do Poder Art. 13. No processo de integração ao SNT, o
Executivo Municipal. consórcio público deverá apresentar ao CETRAN
Art. 6º Cumpridas as exigências do processo de o protocolo de intenções, o contrato de consórcio
integração ao SNT, o CETRAN encaminhará a público e as leis municipais que o ratificam, nos
documentação ao órgão máximo executivo de termos dos arts. 3º e 5º da Lei nº 11.107, de 2005,
trânsito da União que publicará, no prazo de 15 com vistas à certificação.
(quinze) dias úteis, contados a partir do seu Art. 14. Os municípios já integrados ao SNT
recebimento, no Diário Oficial da União, a portaria podem consorciar parte de seus serviços, nos
de integração do município ao SNT, contendo o termos da Lei nº 11.107, de 2005.
código autuador a ser utilizado pelo município.
Parágrafo único. Após a publicação da Portaria Seção II
de que trata o caput, o órgão máximo executivo de Da Autuação
trânsito da União comunicará por ofício, com cópia
da referida portaria, ao CETRAN, aos órgãos ou Art. 15. Em caso de consórcios públicos, cada
entidades executivos municipal e estadual de município receberá um código autuador.
trânsito e ao Chefe do Poder Executivo Municipal. Art. 16. Para fins de notificação de autuação, o
Art. 7º Após a publicação da portaria de Auto de Infração de Trânsito (AIT) deverá
integração ao SNT, o município deverá, no prazo identificar o código autuador do município em que
máximo de 30 (trinta) dias úteis: a infração foi constatada.
I - encaminhar ao CETRAN os atos de nomeação Art. 17. Quando do repasse e prestação de contas
da Autoridade de Trânsito Municipal e dos dos 5% (cinco por cento) do valor das multas de
membros da JARI; e trânsito destinado ao Fundo Nacional de
II - habilitar-se no Registro Nacional de Infrações Segurança e Educação de Trânsito (FUNSET), o
de Trânsito (RENAINF), em atendimento à consórcio público deverá discriminar os valores
legislação específica do órgão máximo executivo arrecadados utilizando os códigos autuadores e o
de trânsito da União. número de CNPJ de cada município consorciado.

CAPÍTULO III Seção III


DOS CONSÓRCIOS Da Retirada, da Alteração e da Extinção
Seção I
Da Constituição dos Consórcios Públicos Art. 18. A retirada de um ente do consórcio
público deverá ser comunicada por seu
Art. 8º Os consórcios públicos na área de trânsito representante legal ao CETRAN e ao órgão
para fins de integração deverão obedecer aos máximo executivo de trânsito da União.
princípios, diretrizes e normas que regulam o SNT. Parágrafo único. A retirada do município não
Art. 9º O consórcio público constitui a entidade prejudicará as obrigações já constituídas no
executiva de trânsito comum aos municípios consórcio público em relação aos outros entes
consorciados. consorciados.
Art. 10. O representante legal do consórcio Art. 19. O município que se retirar de um
público, instituído nos termos do inciso VIII do art. consórcio público poderá integrar-se ao SNT em
4º da Lei nº 11.107, de 2005, deverá nomear a uma das outras modalidades constantes no art. 2º
Autoridade de Trânsito. desta Resolução.
Art. 11. O protocolo de intenções de que trata o
art. 3º da Lei nº 11.107, de 2005, deverá prever a
estrutura organizacional prevista no art. 3º desta
CAPÍTULO IV trânsito pelo órgão ou entidade executivo de
DA DIVULGAÇÃO DOS DADOS CADASTRAIS trânsito municipal integrado ao SNT.
DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES EXECUTIVOS DE
TRÂNSITO E RODOVIÁRIOS MUNICIPAIS CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 20. Serão divulgadas, no sítio eletrônico do
órgão máximo executivo de trânsito da União, as Art. 23. Os órgãos e entidades executivos de
seguintes informações cadastrais dos órgãos e trânsito e rodoviários já existentes deverão se
entidades executivos de trânsito e rodoviários adequar à presente Resolução, em especial ao
municipais: previsto no art. 3º, até 3 de janeiro de 2022.
I - nome e Portaria de integração do órgão ou Art. 24. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº
entidade; e 560, de 15 de outubro de 2015. Art. 25. Esta
II - relação dos municípios que optaram por se Resolução entra em vigor em 3 de maio de 2021.
integrar ao SNT mediante convênio diretamente
entre Prefeitura e órgão ou entidade integrante do RESOLUÇÃO Nº 819/2021
SNT.
Art. 21. Qualquer alteração ocorrida nos dados Dispõe sobre o transporte de crianças com
cadastrais e nas informações referentes à idade inferior a dez anos que não tenham
estrutura organizacional ou nomeação de novos atingido 1,45 m (um metro e quarenta e cinco
dirigentes no órgão ou entidade, bem como na centímetros) de altura no dispositivo de
JARI, deverá ser comunicada, no prazo máximo retenção adequado.
de 15 (quinze) dias úteis, ao CETRAN.
Art. 1° Esta Resolução dispõe sobre o transporte
CAPÍTULO V de crianças com idade inferior a dez anos que
DAS OBRIGAÇÕES não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta
e cinco centímetros) de altura no dispositivo de
Art. 22. Os municípios integrados ao SNT deverão retenção adequado.
manter a estrutura definida nesta Resolução e Art. 2º Para transitar em veículos automotores, as
operacionalizar a gestão do trânsito sob sua crianças com idade inferior a dez anos que não
circunscrição, estando sujeitos a inspeções tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e
eventuais e aleatórias, sob responsabilidade do cinco centímetros) de altura devem ser
CETRAN. transportados nos bancos traseiros usando
§ 1º Os CETRAN deverão planejar a periodicidade individualmente cinto de segurança ou dispositivo
destas inspeções e o percentual de municípios a de retenção equivalente, na forma prevista no
serem inspecionados anualmente, priorizando os Anexo desta Resolução.
recém-integrados. § 1º Dispositivo de retenção para o transporte de
§ 2º A execução da inspeção que trata o caput crianças (DRC) é o conjunto de elementos que
poderá ser delegada pelo CETRAN a outro órgão contém uma combinação de tiras com fechos de
executivo de trânsito com capacidade técnica para travamento, dispositivo de ajuste, partes de
a função. fixação e, em certos casos, dispositivos como: um
§ 3º Constatada deficiência técnica, administrativa berço portátil porta-bebê, uma cadeirinha auxiliar
ou inexistência dos requisitos mínimos previstos ou uma proteção antichoque que devem ser
nos arts. 2º e 3º, o CETRAN deverá notificar o fixados ao veículo, mediante a utilização dos
órgão ou entidade municipal executivo de trânsito, cintos de segurança ou outro equipamento
estabelecendo prazo de 30 (trinta) dias úteis apropriado instalado pelo fabricante do veículo
para a regularização, podendo ser prorrogado por com a finalidade de reduzir o risco ao usuário em
igual período, mediante requerimento da parte casos de colisão ou de desaceleração repentina
interessada ao CETRAN. do veículo, limitando o deslocamento do corpo da
§ 4º Não ocorrendo a devida regularização dos criança com idade até sete anos e meio.
fatos constatados pelo CETRAN, este comunicará § 2º As exigências relativas ao sistema de
ao órgão máximo executivo de trânsito da União retenção, no transporte de crianças com até
para registro do descumprimento da legislação de sete anos e meio de idade, não se aplicam aos
veículos de transporte coletivo de passageiros,
aos de aluguel de que trata a alínea “d” do inciso Art. 5º Com a finalidade de ampliar a segurança
III do art. 96 do CTB, aos de transporte dos ocupantes, adicionalmente às prescrições
remunerado individual de passageiros, aos desta Resolução, o fabricante ou o importador do
veículos escolares e aos demais veículos com veículo pode estabelecer condições e/ou
peso bruto total superior a 3,5 t. restrições específicas para o uso do dispositivo de
§ 3º A isenção prevista no § 2º se aplica aos retenção para crianças com até sete anos e meio
veículos de transporte remunerado individual de de idade em seus veículos, sendo que tais
passageiros durante a efetiva prestação do prescrições devem constar do manual do
serviço. proprietário.
Art. 3º O transporte de criança com idade inferior Parágrafo único. Na ocorrência da hipótese
a dez anos pode ser realizado no banco dianteiro prevista no caput deste artigo, o fabricante ou
do veículo, com o uso do dispositivo de retenção importador deve comunicar a restrição ao órgão
adequado ao seu peso e altura, nas seguintes máximo executivo de trânsito da União no
situações: requerimento de concessão da
I - quando o veículo for dotado exclusivamente marca/modelo/versão e do Certificado de
deste banco; Adequação à Legislação de Trânsito (CAT).
II - quando a quantidade de crianças com esta Art. 6º Os manuais dos veículos automotores
idade exceder a lotação do banco traseiro; ou devem conter informações a respeito dos cuidados
III - quando o veículo for dotado originalmente no transporte de crianças, da necessidade de
(fabricado) de cintos de segurança subabdominais dispositivos de retenção e da importância de seu
(dois pontos) nos bancos traseiros; ou uso na forma do art. 338 do CTB.
IV - quando a criança já tiver atingido 1,45m de Art. 7º O transporte de crianças em desacordo
altura. com o disposto nesta Resolução sujeita os
Parágrafo único. Excepcionalmente, as crianças infratores às sanções previstas no art. 168 do
com idade superior a quatro anos e inferior a CTB.
sete anos e meio podem ser transportadas Parágrafo único. A conduta prevista do caput não
utilizando cinto de segurança de dois pontos sem elide a aplicação de outras sanções em razão do
o dispositivo denominado 'assento de elevação', cometimento de demais infrações de trânsito, nos
nos bancos traseiros, quando o veículo for dotado termos do art. 266 do CTB.
originalmente destes cintos.
Art. 4º Nos veículos equipados com dispositivo
suplementar de retenção (airbag), para o
passageiro do banco dianteiro, o transporte de
crianças com até dez anos de idade neste banco,
conforme disposto no art. 3º, pode ser realizado
desde que utilizado o dispositivo de retenção
adequado ao seu peso e altura e observados os
seguintes requisitos:
I - é vedado o transporte de crianças com até sete
anos e meio de idade, em dispositivo de retenção
posicionado em sentido contrário ao da marcha do
veículo;
II - é permitido o transporte de crianças com até
sete anos e meio de idade, em dispositivo de
retenção posicionado no sentido de marcha do
veículo, desde que não possua bandeja, ou
acessório equivalente, incorporado ao dispositivo
de retenção; e
III - salvo instruções específicas do fabricante do
veículo, o banco do passageiro dotado de airbag
deve ser ajustado em sua última posição de recuo,
quando ocorrer o transporte de crianças neste
banco.
ANEXO
DISPOSITIVO DE RETENÇÃO PARA
TRANSPORTE DE CRIANÇAS (DRC) EM
VEÍCULOS AUTOMOTORES PARTICULARES

Os dispositivos de retenção a serem utilizados


obrigatoriamente para o transporte de crianças
são:
I - “bebê conforto ou conversível” (Figura 1),
para as seguintes condições:
a) crianças com até um ano de idade; ou
b) crianças com peso de até 13 kg, conforme
limite máximo definido pelo fabricante do
dispositivo.

III - “assento de elevação” (Figura 3), para as


seguintes condições:
a) crianças com idade superior a quatro anos e
inferior ou igual a sete anos e meio; ou
b) crianças com até 1,45 m de altura e peso entre
15 a 36 kg, conforme limite máximo definido pelo
fabricante do dispositivo.

II - “cadeirinha” (Figura 2), para as seguintes


condições:
a) crianças com idade superior a um ano e inferior
ou igual a quatro anos; ou
b) crianças com peso entre 9 a 18 kg, conforme
limite máximo definido pelo fabricante do
dispositivo.

IV - cinto de segurança do veículo (Figura 4),


para as seguintes condições:
a) crianças com idade superior a sete anos e meio
e inferior ou igual a dez anos; ou
b) crianças com altura superior a 1,45m
penalidade de advertência por escrito ou de multa;
II - nome, endereço completo com CEP, número
de telefone, número do documento de
identificação e CPF ou CNPJ do requerente;
III - placa do veículo e número do Auto de Infração
de Trânsito (AIT);
IV - exposição dos fatos, fundamentos legais e/ou
documentos que comprovem a alegação;
V - data do requerimento; e
VI - assinatura do requerente ou de seu
representante legal.
Parágrafo único. O requerimento de defesa
prévia ou recurso deverá ter somente um AIT
como objeto.
Art. 4º A defesa prévia ou recurso não serão
conhecidos quando:
I - forem apresentados fora do prazo legal;
II - não for comprovada a legitimidade;
III - não houver a assinatura do recorrente ou de
seu representante legal;
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 900/2022 IV - não houver o pedido, ou este for incompatível
com a situação fática.
Art. 1º Esta Resolução consolida as normas sobre Art. 5º A defesa prévia ou o recurso deverão ser
a padronização dos procedimentos para apresentados com os seguintes documentos:
apresentação de defesa prévia e de recurso, em I - requerimento de defesa prévia ou de recurso;
1ª e 2ª instâncias, contra a imposição de II - cópia da notificação de autuação ou notificação
penalidades de advertência por escrito e de multa da penalidade, conforme o caso, ou ainda cópia
de trânsito. do AIT ou de documento que conste a placa do
Art. 2º É parte legítima para apresentar defesa veículo e o número do AIT;
prévia ou recurso em 1ª e 2ª instâncias contra a III - cópia da CNH ou outro documento de
imposição de penalidade de advertência por identificação que comprove a assinatura do
escrito ou de multa: requerente;
I - a pessoa física ou jurídica proprietária do IV - documento que comprove a representação,
veículo; quando pessoa jurídica; e
II - o condutor, devidamente identificado; V - procuração, quando for o caso.
III - o embarcador, quando responsável exclusiva Parágrafo único. Na apresentação de defesa ou
ou solidariamente pela infração; e recurso, em qualquer fase do processo, para
IV - o transportador, quando responsável exclusiva efeitos de admissibilidade, não serão exigidos
ou solidariamente pela infração. documentos ou cópia de documentos emitidos
§ 1º Para fins dos §§ 4º e 6º do art. 257 do CTB, pelo órgão responsável pela autuação.
considera-se embarcador o remetente ou Art. 6º A defesa prévia ou o recurso deverá ser
expedidor da carga, mesmo se o frete for a protocolado no órgão ou entidade de trânsito
pagar. autuador ou enviado, via postal, para o seu
§ 2º A parte legítima de que trata o caput poderá endereço, respeitado o disposto no art. 287 do
ser representada por procurador legalmente CTB.
habilitado ou por instrumento de procuração, § 1º Para verificação da tempestividade, deverá
na forma da lei, sob pena do não conhecimento da ser considerada:
defesa prévia ou do recurso. I - a data da entrega na Empresa Brasileira de
Art. 3º O requerimento de defesa prévia ou de Correios e Telégrafos (ECT), no caso de defesa
recurso deverá ser apresentado por escrito de prévia ou de recurso apresentado por via postal;
forma legível, no prazo estabelecido, contendo no ou
mínimo os seguintes dados: II - a data de protocolo no órgão ou entidade de
I - nome do órgão ou entidade de trânsito trânsito da residência ou domicílio do proprietário
responsável pela autuação ou pela aplicação da ou infrator, quando utilizada a forma prevista no
art. 287 do CTB. RESOLUÇÃO 911/22
§ 2º Para efeito do inciso II do § 1º, o protocolo de
recebimento da defesa prévia ou do recurso Dispõe sobre a permissão para o trânsito de
deverá conter, pelo menos, a identificação e veículos novos, nacionais ou importados,
assinatura do recebedor, a identificação do órgão antes do registro e do licenciamento, sobre o
ou entidade de trânsito e a data do recebimento. trânsito de veículos usados incompletos,
§ 3º A defesa prévia ou o recurso recebidos na nacionais ou importados, antes da
forma do inciso II do § 1º deverão ser transferência e sobre a remonta de veículos
imediatamente remetidos ao órgão ou entidade novos.
que efetuou a autuação.
§ 4º A protocolização de defesa prévia ou de
CAPÍTULO I
recurso poderá ser feita por meio eletrônico,
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
desde que disponibilizado pelo órgão ou entidade
de trânsito que efetuou a autuação;
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a permissão
Art. 7º Os processos de defesa prévia e de
para o trânsito de veículos novos, nacionais ou
recurso, depois de julgados e juntamente com o
importados, antes do registro e do licenciamento,
resultado de sua apreciação deverão permanecer
sobre o trânsito de veículos usados incompletos,
com o órgão autuador ou com sua Junta
nacionais ou importados, antes da transferência e
Administrativa de Recursos de Infrações (JARI).
sobre a remonta de veículos novos.
Art. 8º A defesa prévia ou o recurso referente a
Art. 2º Fica permitido, nos termos desta
veículo registrado em outro órgão executivo de
Resolução:
trânsito deverá permanecer arquivado junto ao
I - o trânsito de veículos novos, nacionais ou
órgão ou entidade de trânsito autuador ou à sua
importados, antes do registro e do licenciamento;
JARI.
II - o trânsito de veículos usados incompletos,
Art. 9º O órgão ou entidade de trânsito e os
nacionais ou importados, antes da transferência; e
órgãos recursais poderão solicitar ao requerente
III - a remonta de veículos novos.
que apresente documentos ou outras provas
§ 1º A permissão de que trata o caput estende-se
admitidas em direito, definindo prazo para sua
aos veículos novos inacabados ou usados
apresentação.
incompletos, no período diurno, no percurso
Parágrafo único. Caso não seja atendida a
entre os seguintes destinos:
solicitação citada no caput, será a defesa prévia
I - pátio do fabricante;
ou o recurso analisado e julgado no estado que
II - concessionário;
se encontra.
III - revendedor;
Art. 10. O órgão ou entidade de trânsito ou os
IV - encarroçador;
órgãos recursais deverão suprir eventual ausência
V - complementador final;
de informação ou documento, quando disponível.
VI - posto alfandegário;
Art. 11. O requerente poderá desistir, por escrito,
VII - cliente final; ou
até a realização do julgamento, da defesa prévia
VIII - local para o transporte a um dos
ou do recurso apresentado.
destinatários mencionados.
Art. 12. A apresentação de defesa prévia ou de
Art. 3º Para efeito desta Resolução serão
recurso por meio do Sistema de Notificação
adotadas as seguintes definições:
Eletrônica (SNE), referido nos arts. 282-A e 284 do
I - veículo novo: veículo automotor, elétrico,
CTB, deverá obedecer à regulamentação
reboque e semirreboque, antes do seu registro e
específica estabelecida pelo CONTRAN.
licenciamento;
Art. 13. Ficam revogadas as Resoluções
II - veículo acabado: veículo automotor, elétrico,
CONTRAN:
reboque e semirreboque, que sai de fábrica pronto
I - nº 299, de 04 de dezembro de 2008; e
para registro e licenciamento, e não necessita de
II - nº 692, de 27 de setembro de 2017.
complementação;
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor em 1º de
III - veículo inacabado: chassi e plataforma para
abril de 2022.
ônibus ou micro-ônibus ou ainda chassis de
caminhões, caminhonetes, utilitários, com cabine
completa, incompleta ou sem cabine, os quais
necessitam de complementação antes do registro
e licenciamento; e documento fiscal, será considerada sua data de
IV - veículo usado incompleto: veículo emissão.
automotor, elétrico, reboque e semirreboque, já Art. 5º O trânsito de veículos novos, inclusive
registrado e licenciado, que encontra-se na inacabados, nacionais ou importados, antes do
condição física análoga à do veículo inacabado e registro e do licenciamento, está autorizado do
necessita de complementação para efetivação da pátio do fabricante, concessionário, revendedor,
transferência de propriedade. encarroçador, complementador final ou posto
alfandegário ao local onde vai ser embarcado
CAPÍTULO II como carga, por qualquer meio de transporte, e do
DO TRÂNSITO DE VEÍCULOS NOVOS local de descarga às concessionárias, indústrias
encarroçadoras ou complementador final,
Art. 4º Os veículos novos, inclusive inacabados, conforme prazo constante no § 1º do artigo 4º,
nacionais ou importados, antes do registro e do comprovado pelo porte do DANFe ou o
licenciamento, destinados ao cliente final, para documento alfandegário.
transitar em vias públicas devem portar
obrigatoriamente o Documento Auxiliar de Nota CAPÍTULO III
Fiscal Eletrônica (DANFe) ou do documento DO TRANSPORTE REMUNERADO DE CARGAS
alfandegário, conforme o caso. E PASSAGEIROS
§ 1º O trânsito estará autorizado somente da
origem ao órgão de trânsito do Município de Art. 6º É permitido o trânsito de veículos novos
destino onde o veículo será registrado, podendo acabados, nacionais ou importados, antes do
transitar por 15 (quinze) dias consecutivos, ou primeiro registro e licenciamento, transportando
no caso dos Estados da Região Norte do País, por passageiros ou cargas, de forma remunerada,
30 (trinta) dias consecutivos. desde que observadas as seguintes condições:
§ 2º O prazo será contado a partir da data de I - o comprador final obtenha junto aos órgãos e
saída do veículo consignada em campo próprio ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do
mediante carimbo constante do DANFe ou do Distrito Federal de origem do veículo, a
documento alfandegário pelo pátio do fabricante, Autorização para Trânsito de Veículo (ATV), na
concessionário, revendedor, encarroçador, forma do Anexo I, com base no documento fiscal,
complementador final ou posto alfandegário. válida por 15 (quinze) dias consecutivos a
§ 3º No caso de veículo novo adquirido partir da data de emissão, podendo ser
diretamente pelo comprador por meio eletrônico, o prorrogada por igual período, pelo mesmo órgão,
prazo será contado a partir da data de efetiva por motivo de força maior;
entrega do veículo ao proprietário, definida por II - a ATV será emitida em 2 (duas) vias, das
meio de registro em campo próprio ou em carimbo quais a primeira deverá ser portada no veículo e a
aposto no documento fiscal de compra. segunda arquivada no órgão emissor, podendo ser
§ 4º No caso do veículo novo doado por órgãos ou documento físico ou eletrônico; e
entidades governamentais, o Município de destino III - a ATV somente autorizará o trânsito no
para registro junto ao órgão de trânsito será o percurso entre o Município de aquisição e o
constante no instrumento de doação, cuja cópia Município de destino onde o veículo deverá ser
deverá acompanhar o veículo durante o trajeto. registrado.
§ 5º Equiparam-se às indústrias encarroçadoras § 1º Os veículos adquiridos por autônomos e por
as empresas responsáveis pela instalação de empresas que prestam transportes de cargas e
equipamentos destinados a transformação de de passageiros poderão efetuar serviços
veículos de emergência. remunerados para os quais estão autorizados,
§ 6ºOs veículos consignados aos concessionários, atendida a legislação específica, as exigências
para comercialização, e os veículos adquiridos por dos poderes concedentes e das autoridades com
entidades privadas e públicas, a serem licenciados circunscrição sobre as vias públicas.
nas categorias particular e oficial, somente § 2º É vedado o transporte remunerado de cargas
poderão transportar cargas próprias e pessoas e passageiros em veículos novos inacabados.
que tenham vínculo empregatício com os
mesmos.
§ 7º Na ausência de data de saída constante do
CAPÍTULO IV técnicas dos fabricantes dos veículos em
DO TRÂNSITO DE VEÍCULOS ENTRE obediência ao projeto de um engenheiro
ESTABELECIMENTOS DE PESSOAS mecânico que se responsabilizará, junto com a
JURÍDICAS empresa transportadora, pelas condições de
INTERLIGADAS estabilidade e de segurança operacional do
conjunto.
Art. 7º O trânsito de veículos novos, inclusive § 4º O veículo transportador deverá possuir todos
inacabados, nacionais ou importados, antes do os equipamentos obrigatórios estabelecidos no
primeiro registro, de um para outro Anexo II, inclusive para-choque traseiro
estabelecimento da mesma montadora, projetado especialmente para este tipo de
encarroçadora, concessionária ou pessoa jurídica conjunto, instalado no chassi do veículo
interligada, sendo obrigatório o porte do DANFe transportado e ancorado no chassi do veículo
ou do documento alfandegário, conforme o caso. transportador, obedecendo o que dispõe a
§ 1º O veículo poderá transitar por 15 (quinze) Resolução do CONTRAN referente a para-
dias consecutivos, ou no caso dos Estados da choques.
Região Norte do País por 30 (trinta) dias § 5º Em veículos novos inacabados, quando
consecutivos, contados da data de saída do não possuírem cabine ou esta for incompleta, o
veículo consignada em campo próprio ou condutor deverá usar capacete motociclístico,
mediante carimbo constante do DANFe ou do com viseira ou com o uso de óculos de
documento alfandegário. proteção, conforme estabelecido na Resolução do
§ 2º Para os veículos recém-produzidos, CONTRAN referente a capacetes motociclísticos,
beneficiados por regime tributário especial e para sendo vedado o trânsito em dias chuvosos, com
os quais ainda não foram emitidas as notas fiscais neblina ou cerração, bem como o trânsito noturno.
de faturamento, fica permitido o trânsito somente
do pátio interno das montadoras e fabricantes para CAPÍTULO VI
os pátios externos das montadoras e fabricantes TRÂNSITO DE VEÍCULOS NOVOS ENTRE
ou das empresas responsáveis pelo transporte FRONTEIRAS
dos veículos, em um raio máximo de 10 (dez)
quilômetros, desacompanhados de documento Art. 9º Fica autorizada a circulação de caminhões,
fiscal, desde que acompanhados da relação de caminhões-tratores, ônibus e micro-ônibus,
produção onde conste a numeração do chassi. plataformas de ônibus, chassis de ônibus, de
micro-ônibus e de caminhões, reboques e
CAPÍTULO V semirreboques, novos, destinados exportação,
DO TRANSPORTE DE VEÍCULO AUTOMOTOR entre o fabricante, transformador ou encarroçador
NOVO POR OUTRO SIMILAR (REMONTA) e a fronteira nacional ou local de embarque.
§ 1º A circulação desses veículos deverá ser
Art. 8º O transporte de um veículo automotor novo precedida da comunicação aos órgãos e
inacabado por outro veículo novo inacabado, com entidades executivos e rodoviários de trânsito com
ou sem cabine, poderá ser realizado desde que circunscrição sobre os trechos do itinerário a ser
cumpra com as condições estabelecidas nesta percorrido em território nacional, com
Resolução. antecedência mínima de cinco dias úteis.
§ 1º O conjunto formado pelo veículo transportador § 2º Para a circulação de veículos novos,
e pelo veículo transportado não poderá exceder destinados à exportação, os órgãos e entidades
2,60 metros de largura, 4,40 metros de altura e executivos e rodoviários de trânsito, no âmbito da
14,00 metros de comprimento. respectiva circunscrição, poderão determinar
§ 2º O excesso longitudinal traseiro, medido medidas de segurança para sua circulação.
entre o plano vertical que passa pela parte Art. 10. A comprovação de que o veículo é
posterior original do veículo transportado e o limite destinado à exportação, identificado por seu
posterior do veículo transportador, deverá ser de, número de chassi e/ou carroçaria, se dará
no máximo, 3,00 metros. mediante apresentação do DANFe ou fatura
§ 3º O serviço de montagem (veículo emitida pelo fabricante, sendo obrigatório o
transportado sobre o veículo transportador) deverá porte de um destes documentos, conforme o caso.
ser executado de acordo com as recomendações
CAPÍTULO VII concreto;
DAS INFRAÇÕES AO CTB III - veículos de carroçaria blindada para transporte
de valores; e
Art. 11. O descumprimento do disposto nesta IV - veículos equipados com pneus capazes de
Resolução implicará, conforme o caso, na trafegar sem ar, ou com dispositivo automático de
aplicação ao infrator das penalidades e medidas enchimento emergencial.
administrativas previstas no Código de Trânsito Art. 14. Os veículos novos inacabados que não
Brasileiro (CTB): possuírem os equipamentos obrigatórios
I - art. 169: quando transitar, nas condições mínimos exigidos no Anexo II e não cumprirem o
estabelecidas no § 5º do art. 8º, sem utilizar o estabelecido nas disposições desta Resolução,
capacete, com ausência ou mau estado de deverão ser transportados embarcados.
conservação da viseira do capacete ou óculos de
proteção, utilizando irregularmente o capacete ou ANEXO I
utilizando capacete que não seja motociclístico; MODELO DE AUTORIZAÇÃO PARA TRÂNSITO
II - art. 187, I: quando transitar com o veículo DE VEÍCULO
inacabado ou remonta em período noturno;
III - art. 230, V: quando transitar com o veículo fora
do prazo para registro, sem a emissão do
documento fiscal, em desacordo com a finalidade,
ou fora do itinerário;
IV - art. 230, IX: quando for constatada a falta,
inoperância ou ineficiência de qualquer
equipamento obrigatório previsto no CTB ou nas
Resoluções do Contran;
V - art. 230, X: quando for constatada a
desconformidade de qualquer dos equipamentos ANEXO II
obrigatórios previsto no CTB ou nas Resoluções REQUISITOS PARA CIRCULAÇÃO DE
do Contran; e VEÍCULOS INACABADOS
VI - art. 232: quando deixar de portar qualquer um
dos documentos de porte obrigatórios previstos 1. INTRODUÇÃO
nesta Resolução. Este Anexo fixa os requisitos para circulação de
Parágrafo único. As situações infracionais veículos novos inacabados para efeitos de trânsito
descritas nas alíneas deste artigo não afastam a em vias públicas.
possibilidade de aplicação de outras penalidades 2. AUTORIZAÇÃO DE TRÂNSITO
previstas no CTB. Os veículos inacabados somente poderão circular
em vias públicas, no período diurno, no percurso
CAPÍTULO VIII entre os seguintes destinos: pátio do fabricante,
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS concessionário, revendedor, encarroçador,
complementador final, posto alfandegário, cliente
Art. 12. Fica proibido o trânsito, antes do registro final ou ao local para o transporte a um dos
e licenciamento, do veículo novo, nacional ou destinatários mencionados.
importado, para qualquer finalidade diferente 3. EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS
daquelas previstas nesta Resolução. Para realizar o percurso definido no item anterior,
Art. 13. Nos trajetos compreendidos entre o os veículos inacabados devem, de forma
fabricante de chassi/plataforma, montadora, provisória ou definitiva, possuir no mínimo os
encarroçadora ou implementador final até o seguintes equipamentos, a serem constatados
Município de destino, fica facultado o trânsito nas pela fiscalização e em condições de
vias públicas sem os equipamentos de pneu e aro funcionamento:
sobressalente, macaco e chave de roda dos 3.1 Chassi e Plataforma para ônibus e micro-
seguintes veículos: ônibus e chassis para caminhão, caminhonete
I - ônibus e micro-ônibus; e utilitário sem cabine:
II - caminhões dotados de características a) faróis principais de cor branca;
específicas para o transporte de lixo e de b) lanternas de posição traseira de cor vermelha;
c) lanternas de freio de cor vermelha; q) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora
d) lanternas dianteiras e traseiras indicadoras de de emergência, independente do sistema de
direção de cor âmbar; iluminação do veículo;
e) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora r) extintor de incêndio para chassis de caminhões;
de emergência, independente do sistema de s) registrador instantâneo e inalterável de
iluminação do veículo; velocidade e tempo para chassis de caminhão
f) espelho retrovisor externo do lado esquerdo; com peso bruto total superior a quatro mil,
g) registrador instantâneo e inalterável de quinhentos e trinta e seis quilogramas;
velocidade e tempo para ônibus, micro-ônibus e t) cinto de segurança para todos os ocupantes do
chassis para caminhão com peso bruto total veículo;
superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis u) dispositivo destinado ao controle de ruído do
quilogramas; motor, naqueles dotados de motor a combustão;
h) velocímetro; v) cinto de segurança para a árvore de
i) buzina; transmissão em chassis de caminhões;
j) freios de estacionamento e de serviço com w) protetores das rodas traseiras em chassis de
comandos independentes; caminhões.
k) pneus que ofereçam condições mínimas de 3.3 Chassis de caminhões, caminhonete e
segurança; utilitário com cabine incompleta:
l) extintor de incêndio para chassi e plataforma de a) para-choque dianteiro;
ônibus, micro-ônibus e para chassis de caminhão; b) faróis principais de cor branca;
m) cinto de segurança para todos os ocupantes do c) lanternas de posição traseira de cor vermelha;
veículo; d) lanternas de freio de cor vermelha;
o) dispositivo destinado ao controle de ruído do e) lanternas dianteiras e traseiras indicadoras de
motor, naqueles dotados de motor a combustão; direção de cor âmbar;
p) cinto de segurança para a árvore de f) velocímetro;
transmissão nos chassi e plataforma de ônibus, g) buzina;
micro-ônibus e nos chassis para caminhão; h) freio de estacionamento e de serviço com
q) protetores das rodas traseiras em chassis de comandos independentes;
caminhão. i) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora
3.2 Chassis de caminhões, caminhonete e de emergência, independente do sistema de
utilitário com cabine completa: iluminação do veículo;
a) para-choque dianteiro; j) espelho retrovisor externo lado esquerdo;
b) espelhos retrovisores externos; k) registrador instantâneo e inalterável de
c) limpador do para-brisa; velocidade e tempo para chassis de caminhão
d) lavador de para-brisa; com peso bruto total superior a quatro mil,
e) pala interna de proteção contra o sol para o quinhentos e trinta e seis quilogramas;
condutor; l) pneus que ofereçam condições mínimas de
f) faróis principais de cor branca; segurança;
g) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor m) extintor de incêndio para chassis de
branca ou amarela; caminhões;
h) lanternas de posição traseiras de cor vermelha; n) dispositivo destinado ao controle de ruído do
i) lanternas de freio de cor vermelha; motor, naqueles dotados de motor a combustão;
j) lanternas traseiras e dianteiras indicadoras de o) cinto de segurança para a árvore de
direção de cor âmbar; transmissão em chassis de caminhões;
k) lanterna de marcha à ré, de cor branca; p) protetores das rodas traseiras em chassis de
l) retrorrefletores (catadióptrico) traseiros, de cor caminhões.
vermelha;
m) velocímetro;
n) buzina;
o) freios de estacionamento e de serviço com
comandos independentes;
p) pneus que ofereçam condições mínimas de
segurança;
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 914/2022 Art. 4º Cabe à autoridade de trânsito decidir sobre
a circulação de motocicleta e de motoneta com
Regulamenta a utilização de semirreboques semirreboque acoplado na via sob sua
por motocicletas e motonetas, define circunscrição.
características, estabelece critérios e dá outras Art. 5º O descumprimento do disposto nesta
providências. Resolução implicará, conforme o caso, na
Art. 1º Esta Resolução regulamenta a utilização aplicação ao infrator das penalidades e medidas
de semirreboques por motocicletas e motonetas, administrativas previstas no Código de Trânsito
define características, estabelece critérios e dá Brasileiro - CTB:
outras providências. I - art. 230, IX: semirreboque sem qualquer dos
Art. 2º As motocicletas e motonetas dotadas de equipamentos obrigatórios estabelecidos nesta
motor com mais de 120 cm³ de cilindrada Resolução;
podem tracionar semirreboques, desde que: II - art. 230, X: semirreboque com qualquer dos
I - especialmente projetados e para uso exclusivo equipamentos obrigatórios em desacordo com as
desses veículos; especificações estabelecidas nesta Resolução; e
II - devidamente homologados pelo órgão III - art. 244 VI: motocicleta ou motoneta
máximo executivo de trânsito da União; e tracionando semirreboque em desacordo com o
III - observados os limites de capacidade máxima disposto no art. 2º.
de tração (CMT) indicados pelo fabricante ou Parágrafo único. As situações infracionais
importador da motocicleta ou da motoneta. descritas no caput não afastam a possibilidade de
Parágrafo único. A CMT de que trata o caput aplicação de outras penalidades previstas no CTB.
deve constar no campo observação do Certificado Art. 6º Ficam revogadas as Resoluções
de Registro e Licenciamento do Veículo em meio CONTRAN:
digital (CRLV-e) da motocicleta ou motoneta. I - nº 69, de 25 de setembro de 1998;
Art. 3º Os semirreboques tracionados por II - nº 273, de 29 de abril de 2008; e
motocicletas e motonetas devem ter as seguintes III - nº 569, de 18 de dezembro de 2015.
características: Art. 7º Esta Resolução entra em vigor em 1º de
I - elementos de identificação: abril de 2022.
a) Número de Identificação Veicular (VIN) gravado
na estrutura do semirreboque; RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 918/2022
b) ano de fabricação do veículo gravado em
quatro dígitos; e Consolida as normas sobre procedimentos
c) plaqueta com os dados de identificação do para a aplicação das multas por infrações, a
fabricante, tara, lotação, Peso Bruto Total (PBT) e arrecadação e o repasse dos valores
dimensões (altura, comprimento e largura); arrecadados, nos termos do Código de
II - equipamentos obrigatórios: Trânsito Brasileiro (CTB).
a) para-choque traseiro;
b) lanternas de posição traseira, de cor vermelha; CAPÍTULO I
c) protetores das rodas traseiras; DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
d) freio de serviço;
e) lanternas de freio, de cor vermelha; Art. 1º Esta Resolução consolida as normas sobre
f) iluminação da placa traseira; os procedimentos para a aplicação das multas por
g) lanternas indicativas de direção traseira, de cor infrações, a arrecadação e o repasse dos valores
âmbar ou vermelha; arrecadados, nos termos do inciso VIII do art. 12
h) pneu que ofereça condições de segurança; e do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
i) elementos retrorrefletivos aplicados nas laterais Art. 2º Para os fins previstos nesta Resolução,
e traseira do veículo, conforme requisitos contidos entende-se por:
em Resolução específica do CONTRAN; e I - Auto de Infração de Trânsito (AIT):
III - dimensões, com ou sem carga: documento que dá início ao processo
a) largura máxima: 1,15 m; administrativo para imposição de punição, em
b) altura máxima: 0,90 m; e decorrência de alguma infração à legislação de
c) comprimento total máximo, incluída a lança de trânsito;
acoplamento: 2,15 m. II - Notificação da Autuação (NA): procedimento
que dá ciência ao proprietário do veículo de que pelo condutor e este for o proprietário do veículo
foi cometida uma infração de trânsito com seu ou o principal condutor previamente identificado,
veículo; desde que conste a data do término do prazo
III - Notificação da Penalidade (NP): para a apresentação da defesa da autuação,
procedimento que dá ciência da imposição de nos termos do art. 281-A do CTB.
penalidade, bem como indica o valor da cobrança § 6º O talão eletrônico previsto no inciso II do § 1º
da multa de trânsito; constitui-se de sistema informatizado (software)
IV - órgão autuador: órgão ou entidade instalado em equipamentos preparados para esse
competente para autuar o proprietário ou condutor fim ou no próprio sistema de registro de infrações
pelo cometimento de infração de trânsito, julgar a do órgão autuador, na forma disciplinada pelo
defesa da autuação e aplicar as penalidade de órgão máximo executivo de trânsito da União.
multa de trânsito; e
V - órgão arrecadador: órgão ou entidade que CAPÍTULO II
efetua a cobrança e o recebimento da multa de DA NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO
trânsito, de sua competência ou de terceiros,
sendo responsável pelo repasse dos 5% (cinco Art. 4º Com exceção do disposto no § 5º do art.
por cento) do valor da multa de trânsito à conta do 3º, após a verificação da regularidade e da
Fundo Nacional de Segurança e Educação de consistência do AIT, o órgão autuador expedirá,
Trânsito (FUNSET), de que trata o § 1º do art. 320 no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da
do CTB. data do cometimento da infração, a NA dirigida ao
Art. 3º Constatada a infração pela autoridade de proprietário do veículo, na qual deverão constar os
trânsito ou por seu agente, ou ainda comprovada dados mínimos definidos no art. 280 do CTB.
sua ocorrência por aparelho eletrônico ou por § 1º A não expedição da NA no prazo previsto no
equipamento audiovisual, reações químicas ou caput ensejará o arquivamento do AIT.
qualquer outro meio tecnológico disponível, § 2º Na NA constará a data do término do prazo
previamente regulamentado pelo CONTRAN, será para a apresentação da defesa da autuação pelo
lavrado o AIT, que deverá conter os dados proprietário do veículo, principal condutor ou pelo
mínimos definidos pelo art. 280 do CTB e em condutor infrator devidamente identificado, que
regulamentação específica. não será inferior a 30 (trinta) dias, contados da
§ 1º O AIT de que trata o caput poderá ser lavrado data de expedição da NA ou publicação por edital,
pela autoridade de trânsito ou por seu agente: observado o disposto no art. 14.
I - por anotação em documento próprio; § 3º A autoridade de trânsito poderá utilizar meios
II - por registro em talão eletrônico isolado ou tecnológicos para verificação da regularidade e da
acoplado a equipamento de detecção de infração consistência do AIT.
regulamentado pelo CONTRAN, atendido o § 4º Os dados do condutor identificado no AIT
procedimento definido pelo órgão máximo deverão constar na NA, observada a
executivo de trânsito da União; ou regulamentação específica.
III - por registro em sistema eletrônico de § 5º Torna-se obrigatória a atualização imediata
processamento de dados, quando a infração for da base nacional, por parte dos órgãos e
comprovada por equipamento de detecção provido entidades executivos de trânsito dos Estados e do
de registrador de imagem, regulamentado pelo Distrito Federal, sempre que houver alteração dos
CONTRAN. dados cadastrais do veículo e do condutor.
§ 2º O órgão autuador, sempre que possível, § 6º Para as NA expedidas antes de 12 de abril de
deverá imprimir o AIT lavrado nas formas 2021, o prazo de que trata o § 2º não será
previstas nos incisos II e III do § 1º para início do inferior a 15 (quinze) dias.
processo administrativo previsto no Capítulo XVIII
do CTB, sendo dispensada a assinatura da
Seção I
autoridade ou de seu agente.
Da Identificação do Condutor Infrator
§ 3º O registro da infração, referido no inciso III do
§ 1º será referendado por autoridade de trânsito,
Art. 5º Caso o condutor do veículo seja o
ou seu agente, que será identificado no AIT.
responsável pela infração, não seja o proprietário
§ 4º Sempre que possível, o condutor será
ou o principal condutor do veículo e não seja
identificado no momento da lavratura do AIT.
identificado no ato do cometimento da infração, o
§ 5º O AIT valerá como NA quando for assinado
proprietário ou principal condutor do veículo d) cláusula de responsabilidade pelas infrações; e
deverá indicar o real condutor infrator, por meio e) período em que o veículo esteve na posse do
de formulário de identificação do condutor condutor apresentado, podendo esta informação
infrator, que acompanhará a NA e deverá conter, constar em documento separado, desde que
no mínimo: devidamente assinado pelo condutor.
I - identificação do órgão autuador; § 2º No caso de identificação de condutor infrator
II - campos para o preenchimento da identificação em que a situação se enquadre nas condutas
do condutor infrator: nome e números de registro previstas nos incisos do art. 162 do CTB, sem
dos documentos de habilitação, identificação e prejuízo das demais sanções administrativas e
CPF; criminais previstas no CTB, serão lavrados os
III- campo para a assinatura do proprietário do respectivos AIT:
veículo; I - ao proprietário do veículo, por infração ao art.
IV - campo para a assinatura do condutor infrator; 163 do CTB, exceto se o condutor for o
V - placa do veículo e número do AIT; proprietário; e
VI - data do término do prazo para a identificação II - ao condutor indicado, ou ao proprietário que
do condutor infrator e interposição da defesa da não indicá-lo no prazo estabelecido, pela infração
autuação; cometida de acordo com as condutas previstas
VII - esclarecimento das consequências da não nos incisos do art. 162 do CTB.
identificação do condutor infrator, nos termos dos § 3º Ocorrendo a situação prevista no § 2º, o
§§ 7º e 8º do art. 257 do CTB; prazo para expedição da NA de que trata o inciso
VIII - esclarecimento de que a indicação do II do parágrafo único do art. 281 do CTB será
condutor infrator somente será acatada e contado a partir:
produzirá efeitos legais se o formulário de I - da data do protocolo do formulário de
identificação do condutor estiver corretamente identificação do condutor infrator junto ao órgão
preenchido, sem rasuras, com assinaturas autuador; ou
originais do condutor e do proprietário do veículo; II - do prazo final para indicação.
IX - endereço para entrega do formulário de § 4º Em se tratando de condutor estrangeiro,
identificação do condutor infrator; e além do atendimento às demais disposições deste
X - esclarecimento sobre a responsabilidade nas artigo, deverão ser apresentadas cópias dos
esferas penal, cível e administrativa, pela documentos previstos em legislação
veracidade das informações e dos documentos específica.
fornecidos. § 5º O formulário de identificação do condutor
§ 1º Na impossibilidade da coleta da assinatura do infrator poderá ser substituído por outro
condutor infrator, além do preenchimento das documento, desde que contenha as informações
informações previstas nos incisos do caput, mínimas exigidas neste artigo.
deverá ser anexado ao formulário de identificação § 6º Os órgãos e entidades de trânsito deverão
do condutor infrator: registrar as indicações de condutor no Registro
I - para veículo registrado em nome de órgão ou Nacional de Condutores Habilitados (RENACH),
entidade da administração pública direta ou administrado pelo órgão máximo executivo de
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal trânsito da União, o qual disponibilizará os
ou dos Municípios, ofício do representante legal do registros de indicações de condutor de forma a
órgão ou entidade, identificando o condutor possibilitar o acompanhamento e averiguações
infrator, acompanhado de cópia de documento que das reincidências e irregularidades nas indicações
comprove a condução do veículo no momento do de condutor infrator, articulando-se, para este fim,
cometimento da infração; ou com outros órgãos da Administração Pública.
II - para veículo registrado em nome das demais § 7º Constatada irregularidade na indicação do
pessoas jurídicas, cópia de documento onde condutor infrator, capaz de configurar ilícito penal,
conste cláusula de responsabilidade por infrações a autoridade de trânsito deverá comunicar o fato
cometidas pelo condutor e comprove a posse do à autoridade competente.
veículo no momento do cometimento da infração, § 8º Para fins de indicação do condutor infrator, o
o qual deve conter, no mínimo: principal condutor equipara-se ao proprietário do
a) identificação do veículo; veículo.
b) identificação do proprietário;
c) identificação do condutor;
Seção II § 3º Em caso de apresentação da defesa prévia
Da Responsabilidade do Proprietário em tempo hábil, o prazo previsto no § 2º será de
360 (trezentos e sessenta) dias.
Art. 6º O proprietário do veículo será considerado
responsável pela infração cometida, respeitado o CAPÍTULO III
disposto no § 2º do art. 5º, nas seguintes DA PENALIDADE DE ADVERTÊNCIA POR
situações: ESCRITO
I - caso não haja identificação do condutor infrator
até o término do prazo fixado na NA; Art. 10. Em se tratando de infrações de natureza
II - caso a identificação seja feita em desacordo leve ou média, a autoridade de trânsito deverá
com o estabelecido no art. 5º; ou aplicar a penalidade de advertência por escrito,
III - caso não haja registro de comunicação de nos termos do art. 267 do CTB, na qual deverão
venda à época da infração. constar os dados mínimos definidos no art. 280 do
Art. 7º Ocorrendo a hipótese prevista no art. 6º e CTB e em regulamentação específica.
sendo o proprietário do veículo pessoa jurídica, § 1º A aplicação da penalidade de advertência por
será imposta multa, nos termos do § 8º do art. 257 escrito deverá ser registrada no prontuário do
do CTB, expedindo-se a NP ao proprietário do infrator depois de encerrada a instância
veículo, nos termos de regulamentação específica. administrativa de julgamento de infrações e
Art. 8º Para fins de cumprimento desta Resolução, penalidades.
no caso de veículo objeto de penhor ou de § 2º Para fins de cumprimento do disposto neste
contrato de arrendamento mercantil, comodato, artigo, o órgão máximo executivo de trânsito da
aluguel ou arrendamento não vinculado ao União deverá disponibilizar transação específica
financiamento do veículo, o possuidor, para registro da penalidade de advertência por
regularmente constituído e devidamente registrado escrito no RENACH e no Registro Nacional de
no órgão ou entidade executivo de trânsito do Veículos Automotores (RENAVAM), bem como
Estado ou do Distrito Federal, nos termos de acesso às informações contidas no prontuário dos
regulamentação específica, equipara-se ao condutores e veículos para consulta dos órgãos e
proprietário do veículo. entidades componentes do Sistema Nacional de
Parágrafo único. As notificações de que trata Trânsito (SNT).
esta Resolução somente deverão ser enviadas ao § 3º A penalidade de advertência por escrito
possuidor previsto no caput no caso de contrato deverá ser enviada ao infrator, no endereço
com vigência igual ou superior a 180 (cento e constante em seu prontuário ou por sistema de
oitenta) dias. notificação eletrônica, se disponível.
§ 4º A aplicação da penalidade de advertência por
Seção III escrito não implicará em registro de pontuação no
Da Defesa da Autuação prontuário do infrator.
§ 5º A notificação devolvida por desatualização do
Art. 9º Interposta a defesa da autuação, nos endereço do infrator junto ao órgão ou entidade
termos do § 2º do art. 4º, caberá à autoridade executivo de trânsito responsável pelo seu
competente apreciá-la, inclusive quanto ao mérito. prontuário será considerada válida para todos
§ 1º Acolhida a defesa da autuação, o AIT será os efeitos.
cancelado, seu registro será arquivado e a § 6º Na hipótese de notificação por meio
autoridade de trânsito comunicará o fato ao eletrônico, se disponível, o proprietário ou o
proprietário do veículo. condutor autuado será considerado notificado 30
§ 2º Caso a defesa prévia seja indeferida ou não (trinta) dias após a inclusão da informação no
seja apresentada no prazo estabelecido, será sistema eletrônico.
aplicada a penalidade e expedida notificação ao § 7º Para atendimento do disposto neste artigo, os
proprietário do veículo ou ao infrator, no prazo órgãos e entidades executivos de trânsito dos
máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contado Estados e do Distrito Federal deverão registrar e
da data do cometimento da infração, por remessa atualizar os registros de infrações e os dados dos
postal ou por qualquer outro meio tecnológico condutores por eles administrados nas bases de
hábil que assegure a ciência da imposição da informações do órgão máximo executivo de
penalidade. trânsito da União.
§ 8º É nula a penalidade de multa aplicada CAPÍTULO IV
quando o infrator se enquadrar nos requisitos DA NOTIFICAÇÃO DA PENALIDADE DE MULTA
estabelecidos no art. 267 do CTB.
Art. 11. Para as infrações cometidas antes de 12 Art. 12. A NP de multa deverá conter:
de abril de 2021, a penalidade de advertência por I - os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB
escrito poderá ser imposta à infração de natureza e em regulamentação específica;
leve ou média, passível de ser punida com multa, II - a comunicação do não acolhimento da defesa
não sendo reincidente o infrator, na mesma da autuação ou da solicitação de aplicação da
infração, nos últimos 12 (doze) meses, quando, penalidade de advertência por escrito;
considerando o prontuário do infrator, a autoridade III - o valor da multa e a informação quanto ao
entender esta providência como mais educativa. desconto previsto no art. 284 do CTB;
§ 1º Até a data do término do prazo para a IV - a data do término para apresentação de
apresentação da defesa da autuação, o recurso, que será a mesma data para pagamento
proprietário do veículo, ou o condutor infrator da multa, conforme §§ 4º e 5º do art. 282 do CTB;
devidamente identificado, poderá requerer à V - campo para a autenticação eletrônica,
autoridade de trânsito a aplicação da regulamentado pelo órgão máximo executivo de
penalidade de advertência por escrito de que trânsito da União; e
trata o caput. VI - instruções para apresentação de recurso, nos
§ 2º Não cabe recurso à Junta Administrativa de termos dos arts. 286 e 287 do CTB.
Recursos de Infrações (JARI) da decisão da Parágrafo único. O órgão autuador deverá utilizar
autoridade que aplicar a penalidade de documento próprio para arrecadação de multa que
advertência por escrito solicitada com base no § contenha as características estabelecidas pelo
1º, exceto se essa solicitação for concomitante à órgão máximo executivo de trânsito da União.
apresentação de defesa da autuação. Art. 13. Até a data de vencimento expressa na NP
§ 3º Para fins de análise da reincidência de que de multa ou enquanto permanecer o efeito
trata o caput, deverá ser considerada apenas a suspensivo sobre o AIT, não incidirá qualquer
infração referente à qual foi encerrada a instância restrição, inclusive para fins de licenciamento e
administrativa de julgamento de infrações e transferência, nos arquivos do órgão ou entidade
penalidades. executivo de trânsito responsável pelo registro do
§ 4º Caso a autoridade de trânsito não entenda veículo.
como medida mais educativa a aplicação da
penalidade de advertência por escrito, aplicará a
CAPÍTULO V
penalidade de multa.
DA NOTIFICAÇÃO POR EDITAL
§ 5º Para fins de cumprimento do disposto neste
artigo, o órgão máximo executivo de trânsito da
Art. 14. Esgotadas as tentativas para notificar o
União deverá disponibilizar transação específica
infrator ou o proprietário do veículo por meio postal
para registro da penalidade de advertência por
ou pessoal, as notificações de que trata esta
escrito no RENACH e no RENAVAM, bem como
Resolução serão realizadas por edital publicado
acesso às informações contidas no prontuário dos
em diário oficial, na forma da lei, respeitados o
condutores e veículos para consulta dos órgãos e
disposto no § 1º do art. 282 do CTB e os prazos
entidades componentes do SNT.
prescricionais previstos na Lei nº 9.873, de 23 de
§ 6º Para cumprimento do disposto no § 1º, o
novembro de 1999, que estabelece prazo de
infrator deverá apresentar ao órgão autuador
prescrição para o exercício de ação punitiva.
documento emitido pelo órgão ou entidade
§ 1º Os editais de que trata o caput, de acordo
executivo de trânsito responsável pelo seu
com sua natureza, deverão conter, no mínimo, as
prontuário, que demonstre as infrações cometidas,
seguintes informações:
se houver, referente aos últimos 12 (doze)
I - edital da NA:
meses anteriores à data da infração, caso essas
a) cabeçalho com identificação do órgão autuador
informações não estejam disponíveis no
e do tipo de notificação;
RENACH.
b) instruções e prazo para apresentação de
§ 7º Até que as providências previstas no § 5º
defesa da autuação; e
sejam disponibilizadas aos órgãos autuadores, a
c) lista com a placa do veículo, número do AIT,
penalidade de advertência por escrito poderá ser
data da infração e código da infração com
aplicada por solicitação da parte interessada.
desdobramento; CAPÍTULO VII
II - edital da NP de advertência por escrito: DO VALOR PARA PAGAMENTO DA MULTA
a) cabeçalho com identificação do órgão autuador
e do tipo de notificação; Art. 19. Sujeitam-se ao disposto no § 4º do art.
b) instruções e prazo para interposição de recurso, 284 do CTB apenas os autos de infrações
observado o disposto no § 2º do art. 11; e lavrados a partir de 1º de novembro de 2016.
c) lista com a placa do veículo, número do AIT, Art. 20. Para pagamento da multa até a data de
data da infração, código da infração com vencimento indicada na NP, será cobrado o valor
desdobramento e número de registro do equivalente a 80% (oitenta por cento) do valor
documento de habilitação do infrator; original da multa, conforme caput do art. 284 do
III - edital da NP de multa: CTB, de acordo com a seguinte fórmula:
a) cabeçalho com identificação do órgão autuador I - valor original x 0,80 = valor a pagar.
e do tipo de notificação; Art. 21. Quando o infrator optar pelo recebimento
b) instruções e prazo para interposição de recurso da NP pelo sistema de notificação eletrônica e
e pagamento; e opte por não apresentar defesa prévia nem
c) lista com a placa do veículo, número do AIT, recurso, reconhecendo o cometimento da infração,
data da infração, código da infração com conforme previsto no § 1º do art. 284 do CTB,
desdobramento e valor da multa. poderá efetuar o pagamento da multa pelo
§ 2º É facultado ao órgão autuador publicar valor equivalente a 60% (sessenta por cento)
extrato resumido de edital no Diário Oficial, o qual do seu valor original, em qualquer fase do
conterá as informações constantes das alíneas "a" processo, até o vencimento da multa, de acordo
e "b" dos incisos I, II ou III do § 1º, sendo com a seguinte fórmula:
obrigatória a publicação da íntegra do edital, I - valor original x 0,60 = valor a pagar.
contendo todas as informações descritas no § 1º Art. 22. Para quitação da multa no período
no seu sítio eletrônico na Internet. compreendido entre a data imediata após o
§ 3º As publicações de que trata este artigo serão vencimento e o último dia do mês seguinte ao do
válidas para todos os efeitos, não isentando o vencimento, será cobrado o valor original da
órgão autuador de disponibilizar as informações multa acrescido de juros relativos ao mês de
das notificações, quando solicitado. pagamento, no percentual de 1% (um por cento),
§ 4º As notificações enviadas eletronicamente de acordo com a seguinte fórmula:
dispensam a publicação por edital. I - valor original x 1,01 = valor corrigido a pagar.
Art. 23. Para quitação da multa após o mês
CAPÍTULO VI subsequente ao do vencimento, será cobrado o
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS valor original da multa, acrescido da variação
mensal da taxa referencial do Sistema Especial
Art. 15. Aplicadas as penalidades de que trata de Liquidação e de Custódia (SELIC), definida
esta Resolução, caberá recurso em primeira pelo somatório dos percentuais mensais, não
instância na forma dos artigos 285, 286 e 287 do capitalizados, divulgados para o período entre o
CTB, que serão julgados pelas JARI que mês subsequente ao do vencimento e o mês
funcionam junto ao órgão autuador, respeitado o anterior ao do pagamento, inclusive e adicionado
disposto no § 2º do art. 11. ainda o percentual de 1% (um por cento) relativo a
Art. 16. Das decisões da JARI caberá recurso juros do mês de pagamento, qualquer que seja o
em segunda instância na forma dos arts. 288 e dia desse mês considerado, conforme a seguir:
289 do CTB. I - fórmula: período = incluir mês subsequente ao
Art. 17. O recorrente deverá ser informado das vencimento e excluir o mês de pagamento;
decisões dos recursos de que tratam os arts. 15 e II - valor: valor original x fator multiplicador = valor
16. a pagar; e
Parágrafo único. No caso de deferimento do III - fator multiplicador: 1,01 + (O percentuais
recurso de que trata o art. 15, o recorrente deverá mensais da SELIC do período).
ser informado se a autoridade recorrer da decisão. § 1º = O cálculo do acréscimo de mora e o valor
Art. 18. Somente depois de esgotados os recursos atualizado devido, com base na variação da taxa
de que tratam os arts. 15 e 16, as penalidades SELIC indicado neste artigo, serão mantidos pelo
aplicadas poderão ser cadastradas no RENACH. órgão arrecadador, que aplicará a variação mensal
acumulada da taxa básica de juros SELIC, de forma integral, podendo ser realizado
proveniente do somatório dos índices de correção parcelamento, por meio de cartão de crédito, por
no período divulgados pelo Banco Central do conta e risco de instituições integrantes do
Brasil (BACEN), cujo índice obtido e montante Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
atualizado serão definidos com duas casas Art. 25. Os órgãos autuadores da União, para
decimais, desprezadas as demais sem arrecadarem multas de trânsito de sua
arredondamento, como forma de uniformizar o competência, devem utilizar a Guia de
valor resultante. Recolhimento da União (GRU) do tipo Cobrança
§ 2º O cálculo adicional de juros de mora, não ou a plataforma digital PagTesouro, observado o
capitalizado, com índice fixo de 1% (um por Decreto nº 4.950, de 9 de janeiro de 2004, a
cento), relativo ao acréscimo do mês de Instrução Normativa da Secretaria do Tesouro
pagamento, em que não ocorrerá o cômputo da Nacional (STN) nº 2, de 22 de maio de 2009, o
variação mensal da taxa SELIC, será também Decreto nº 10.494, de 23 de setembro de 2020, e
mantido pelo órgão arrecadador, complementando suas alterações posteriores.
o valor final do débito vencido, válido até o último Parágrafo único. O recolhimento do percentual
dia útil do mês de pagamento considerado. de 5% (cinco por cento) do valor arrecadado com
§ 3º O usuário devedor da multa imposta será as multas de trânsito à conta do FUNSET pelos
orientado por texto na NP sobre a validade do órgãos autuadores da União dar-se-á na forma
documento para fins de pagamento, cujo prazo estabelecida pela STN, do Ministério da
coincide com o vencimento indicado, após o que Economia.
deverá ser consultado o órgão autuador e/ou Art. 26. Os demais órgãos, arrecadadores de
arrecadador, para a obtenção do valor atualizado multas de trânsito, de sua competência ou de
para pagamento. terceiros, e recolhedores de valores à conta do
§ 4º Interposto recurso no prazo legal, se julgado FUNSET deverão prestar informações ao órgão
improcedente, a incidência de juros de mora máximo executivo de trânsito da União até o 20º
deverá ser considerada a partir do encerramento (vigésimo) dia do mês subsequente ao da
da instância administrativa. arrecadação, na forma disciplinada pelo órgão
§ 5º A interposição do recurso fora do prazo legal máximo executivo de trânsito da União.
ensejará a cobrança de juros de mora a partir Art. 27. Os órgãos arrecadadores poderão firmar,
do vencimento da NP. sem ônus para si, acordos e parcerias
técnicooperacionais para viabilizar o
CAPÍTULO VIII pagamento de multas de trânsito com cartões
DA ARRECADAÇÃO DAS MULTAS E DO de débito ou crédito, disponibilizando aos
REPASSE DOS VALORES infratores ou proprietários de veículos alternativas
para quitar seus débitos à vista ou em parcelas
Art. 24. Os órgãos e entidades executivos de mensais, com a imediata regularização da
trânsito e executivos rodoviários dos Estados, do situação do veículo.
Distrito Federal e dos Municípios, integrantes do § 1º Os órgãos arrecadadores deverão solicitar
SNT, para arrecadarem multas de trânsito de sua autorização ao órgão máximo executivo de trânsito
competência ou de terceiros, deverão utilizar o da União para viabilizar o pagamento de multas de
documento próprio de arrecadação de multas de trânsito com cartões de débito ou crédito.
trânsito estabelecido pelo órgão máximo executivo § 2º A autorização de que trata o § 1º será
de trânsito da União, com vistas a garantir o expedida pelo órgão máximo executivo de trânsito
repasse automático dos valores relativos ao da União por meio de ofício ao dirigente máximo
FUNSET. da entidade solicitante.
§ 1º O recolhimento do percentual de 5% (cinco § 3º Os órgãos arrecadadores autorizados pelo
por cento) do valor arrecadado com as multas de órgão máximo executivo de trânsito da União
trânsito à conta do FUNSET é de responsabilidade poderão promover a habilitação, por meio de
do órgão de trânsito arrecadador. contratação ou credenciamento, de empresas
§ 2º O pagamento das multas de trânsito será credenciadoras (adquirentes), subcredenciadora
efetuado na rede bancária arrecadadora. (subadquirentes) ou facilitadoras para processar
§ 3º O recebimento de multas pela rede as operações e os respectivos pagamentos.
arrecadadora será feito exclusivamente à vista e § 4º As empresas referidas no § 3º deverão estar
previamente credenciadas pelo órgão máximo
executivo de trânsito da União, na forma de II - os parcelamentos inscritos em cobrança
normativo a ser editado por aquele órgão, e serem administrativa;
autorizadas, por instituição credenciadora III - os veículos licenciados em outras Unidades da
supervisionada pelo BACEN, a processar Federação; e
pagamentos, inclusive parcelados, mediante uso IV - as multas aplicadas por outros órgãos
de cartões de débito e crédito normalmente autuadores que não autorizam o parcelamento ou
aceitos no mercado, sem restrição de bandeiras, e arrecadação por meio de cartões de crédito ou
apresentar ao interessado os planos de débito.
pagamento dos débitos em aberto, possibilitando § 13. O órgão autuador é o competente para
ao titular do cartão conhecer previamente os autorizar o parcelamento, em caráter facultativo,
custos adicionais de cada forma de pagamento e podendo delegar tal competência, na forma do art.
decidir pela opção que melhor atenda às suas 25 do CTB.
necessidades. § 14. O órgão máximo executivo de trânsito da
§ 5º Os encargos e eventuais diferenças de União ficará responsável por autorizar e fiscalizar
valores a serem cobrados por conta do as operações dos órgãos de trânsito que adotarem
parcelamento via cartão de crédito ficam a cargo a modalidade de parcelamento com cartão de
do titular do cartão de crédito que aderir a essa crédito para o pagamento das multas de trânsito,
modalidade de pagamento. bem como para credenciar as empresas,
§ 6º Os órgãos arrecadadores que adotarem essa regulamentando as disposições deste artigo.
modalidade de arrecadação de multas por meio de § 15. O credenciamento de pessoas jurídicas para
cartões de débito ou crédito deverão encaminhar prestação dos serviços previstos nesta Resolução
relatórios mensais ao órgão máximo executivo será feito exclusivamente pelo órgão máximo
de trânsito da União, contendo o montante executivo de trânsito da União e deverá ser
arrecadado de forma discriminada, para fins de antecedido da comprovação de:
controle dos repasses relativos ao FUNSET. I - habilitação jurídica;
§ 7º Na ausência de prestação de contas a que se II - regularidade fiscal e trabalhista;
refere o § 6º, o órgão máximo executivo de trânsito III - qualificação econômico-financeira; e
da União poderá suspender a autorização para IV - qualificação técnica.
que os órgãos arrecadadores admitam o
pagamento parcelado ou à vista de multas de CAPÍTULO IX
trânsito por meio de cartões de débito ou crédito. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 8º O parcelamento poderá englobar uma ou
mais multas de trânsito vinculadas ao veículo. Art. 28. Nos casos dos veículos registrados em
§ 9º A aprovação e efetivação do parcelamento nome de missões diplomáticas, repartições
por meio do cartão de crédito pela operadora de consulares de carreira ou representações de
cartão de crédito libera o licenciamento do veículo organismos internacionais e de seus integrantes,
e a respectiva emissão do Certificado de Registro as notificações de que trata esta Resolução,
e Licenciamento do Veículo em meio digital respeitado o disposto no § 3º do art. 10, deverão
(CRLV-e). ser enviadas ao endereço constante no registro do
§ 10. O pagamento parcelado de multas já veículo junto ao órgão executivo de trânsito do
vencidas deverá ser acrescido de juros de mora Estado ou do Distrito Federal e comunicadas ao
equivalentes à taxa referencial do SELIC, nos Ministério das Relações Exteriores para as
termos do § 4º do art. 284 do CTB, conforme providências cabíveis, na forma definida pelo
disciplinado pelos arts. 22 e 23 desta Resolução. órgão máximo executivo de trânsito da União.
§ 11. O valor total do parcelamento, excluída a Art. 29. A contagem dos prazos para
taxa sobre a operação de cartão de crédito, apresentação de condutor e interposição da
deverá ser considerada como receita arrecadada, defesa da autuação e dos recursos de que trata
para fins de aplicação de recurso, conforme o art. esta Resolução será em dias consecutivos,
320 do CTB, bem como para fato gerador do excluindo-se o dia da notificação ou publicação
repasse relativo ao FUNSET. por meio de edital, e incluindo-se o dia do
§ 12. Ficam excluídos do parcelamento disposto vencimento.
neste artigo: Parágrafo único. Considera-se prorrogado o
I - as multas inscritas em dívida ativa; prazo até o 1º (primeiro) dia útil se o vencimento
cair em feriado, sábado, domingo, em dia que não administrativo, sem prejuízo da continuidade dos
houver expediente ou este for encerrado antes da procedimentos previstos nesta Resolução para
hora normal. expedição das notificações, apresentação da
Art. 30. A expedição das notificações de que trata defesa da autuação e dos respectivos recursos.
esta Resolução se caracterizará: Parágrafo único. Caso o pagamento tenha sido
I - pela entrega da notificação pelo órgão autuador efetuado antecipadamente, conforme previsto no
à empresa responsável por seu envio, quando caput, a NP deverá ser expedida com a
utilizada a remessa postal; ou informação de que a multa se encontra paga, com
II - pelo envio eletrônico da notificação pelo órgão a indicação do prazo para interposição do recurso
autuador do veículo, quando utilizado sistema de e sem código de barras para pagamento.
notificação eletrônica. Art. 34. Os procedimentos para apresentação de
Art. 31. No caso de falha nas notificações defesa de autuação e recursos previstos nesta
previstas nesta Resolução, a autoridade de Resolução atenderão ao disposto em
trânsito poderá refazer o ato, observados os regulamentação específica.
prazos prescricionais. Art. 35. Aplica-se o disposto nesta Resolução, no
Art. 32. A NA e a NP deverão ser encaminhadas à que couber, às autuações em que a
pessoa física ou jurídica que conste como responsabilidade pelas infrações não seja do
proprietária do veículo na data da infração, proprietário ou condutor do veículo, até que os
respeitado o disposto no § 3º do art. 10. procedimentos sejam definidos por
§ 1º Caso o AIT não conste no prontuário do regulamentação específica.
veículo na data do registro da transferência de Art. 36. Aplicam-se a esta Resolução os prazos
propriedade, o proprietário atual será considerado prescricionais previstos na Lei nº 9.873, de 1999.
comunicado quando do envio, pelo órgão ou Parágrafo único. O órgão máximo executivo de
entidade executivos de trânsito, do extrato para trânsito da União definirá os procedimentos para
pagamento do Imposto sobre Propriedade de aplicação uniforme dos preceitos da Lei de que
Veículo Automotor (IPVA) e demais débitos trata o caput pelos demais órgãos e entidades do
vinculados ao veículo, ou quando do vencimento SNT.
do prazo de licenciamento anual. Art. 37. Fica o órgão máximo executivo de trânsito
§ 2º O órgão máximo executivo de trânsito da da União autorizado a expedir normas
União deverá adotar as providências necessárias complementares para o fiel cumprimento das
para fornecer aos órgãos de trânsito responsáveis disposições contidas nesta Resolução.
pela expedição das notificações os dados da Art. 38. Ficam revogadas as Resoluções
pessoa física ou jurídica que constava como I - nº 156, de 22 de abril de 2004;
proprietário do veículo na data da infração. II - nº 424, de 27 de novembro de 2012;
§ 3º Até que sejam disponibilizadas as III - nº 442, de 25 de junho de 2013;
informações de que trata o § 2º, as notificações IV - nº 574, de 16 de dezembro de 2015;
enviadas ao proprietário atual serão consideradas V - nº 619, de 6 de setembro de 2016;
válidas para todos os efeitos, podendo este VI - nº 697, de 10 de outubro de 2017;
informar ao órgão autuador os dados do VII - nº 736, de 5 de julho de 2018; e
proprietário anterior para continuidade do VIII - nº 845, de 8 de abril de 2021.
processo de notificação. Art. 39. Fica revogada a Deliberação CONTRAN
§ 4º Após efetuar a venda do veículo, caso haja nº 115, de 28 de setembro de 2011.
AIT em seu nome, a pessoa física ou jurídica que Art. 40. Esta Resolução entra em vigor em 1º de
constar como proprietária do veículo na data da abril de 2022.
infração deverá providenciar atualização de seu
endereço junto ao órgão ou entidade executivo de RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 919/2022
trânsito de registro do veículo.
§ 5º Caso não seja providenciada a atualização do Estabelece as especificações para os
endereço prevista no § 4º, a notificação devolvida extintores de incêndio de instalação
por esse motivo será considerada válida para obrigatória ou facultativa nos veículos
todos os efeitos. automotores
Art. 33. É facultado antecipar o pagamento do
valor correspondente à multa, junto ao órgão Art. 1º Esta Resolução estabelece as
autuador, em qualquer fase do processo
especificações para os extintores de incêndio de assegurando-se: de que o indicador de pressão
instalação obrigatória ou facultativa nos veículos não está na faixa vermelha; de que o lacre está
automotores, nos termos do art. 105 do Código de íntegro; da presença da marca de conformidade
Trânsito Brasileiro (CTB). do INMETRO; de que o prazo de durabilidade e a
Art. 2º É obrigatória a instalação do extintor de data do teste hidrostático do extintor não estão
incêndio para caminhão, caminhão-trator, vencidos; e de que a aparência geral externa do
microônibus, ônibus e para todo veículo utilizado extintor está em boas condições (sem ferrugem,
no transporte coletivo de passageiros, do tipo e amassados ou outros danos)".
capacidade constantes da tabela do Anexo desta II - os procedimentos de uso do extintor; e
Resolução, instalado na parte dianteira do III - recomendação para troca do extintor
habitáculo do veículo, ao alcance do condutor. imediatamente após o uso ou ao final da validade.
§ 1º É facultativa, por opção do proprietário, a Art. 5º Os extintores de incêndio devem ser
instalação do extintor de incêndio para fabricados em conformidade com a norma NBR
automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes 10.721 da Associação Brasileira de Normas
e triciclos de cabine fechada. Técnicas (ABNT) ou suas sucedâneas.
§ 2º Os fabricantes e importadores dos veículos Art. 6º Os extintores de incêndio devem atender
descritos no § 1º devem disponibilizar local às seguintes exigências:
adequado para a instalação do suporte para o I - nos veículos automotores previstos no item 1 da
extintor de incêndio, na forma da legislação tabela do Anexo, devem ter a durabilidade mínima
vigente. e a validade do teste hidrostático de cinco anos da
§ 3º Os proprietários de veículos que optarem por data de fabricação e, ao fim desse prazo, o
instalar o extintor de incêndio devem seguir as extintor será obrigatoriamente substituído por um
normas dispostas nesta Resolução. novo;
Art. 3º Os extintores de incêndio devem exibir a II - nos veículos automotores previstos nos itens 2
marca de conformidade do Instituto Nacional de e 3 da tabela do Anexo, devem ter durabilidade
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), e mínima de três anos e validade do teste
sua fabricação, capacidade e durabilidade devem hidrostático de cinco anos da data de fabricação; e
atender, no mínimo, às especificações do Anexo III - nos veículos de transporte de produtos
desta Resolução. perigosos, o uso e obrigatoriedade de extintores
§ 1º Os veículos automotores obrigados a utilizar o de incêndio também devem obedecer a legislação
extintor de incêndio só podem circular especifica da Agência Nacional de Transportes
equipados com extintores de incêndio com Terrestres (ANTT).
carga de pó ABC, ressalvado o disposto no § 3º. Art. 7º As autoridades de trânsito ou seus agentes
§ 2º Os proprietários de automóveis, utilitários, devem fiscalizar os extintores de incêndio nos
camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine veículos em que seu uso é obrigatório, verificando
fechada, que optarem pela utilização do extintor os seguintes itens:
de incêndio, devem utilizar extintores de I - o indicador de pressão não pode estar na faixa
incêndio com carga de pó ABC, ressalvado o vermelha;
disposto no § 3º. II - integridade do lacre;
§ 3º Os veículos de que trata esta Resolução III - presença da marca de conformidade do
podem circular com extintor de incêndio com carga INMETRO;
de pó ABC ou outro tipo de agente extintor, desde IV - os prazos de durabilidade e da validade do
que o agente utilizado seja adequado às três teste hidrostático;
classes de fogo e que sejam atendidos os V - aparência geral externa em boas condições
requisitos de capacidade extintora mínima (sem ferrugem, amassados ou outros danos); e
previstos na tabela do Anexo desta Resolução. VI - local da instalação do extintor de incêndio.
§ 4º Os extintores de incêndio substituídos devem Art. 8º O descumprimento do disposto nesta
ser coletados e destinados conforme legislação Resolução sujeita o infrator à aplicação das
ambiental vigente. sanções previstas no art. 230, incisos IX e X, do
Art. 4º O rótulo dos extintores de incêndio deve CTB.
conter, no mínimo: Parágrafo único. As situações infracionais
I - a informação: "Dentro do prazo de validade do descritas no caput não afastam a possibilidade de
extintor, o usuário/proprietário do veículo deve aplicações de outras penalidades previstas no
efetuar inspeção visual mensal no equipamento, CTB.
Art. 9º Ficam revogadas as Resoluções no Anexo I.
CONTRAN: Art. 5º Ficam convalidados os cursos
I - nº 157, de 22 de abril de 2004; especializados realizados durante a vigência da
II - nº 223, de 09 de fevereiro de 2007; Resolução CONTRAN nº 410, de 2 de agosto de
III - nº 272, de 14 de março de 2008; 2012.
IV - nº 333, de 06 de novembro de 2009; Art. 6º Ficam revogadas as Resoluções
V - nº 516, de 29 de janeiro de 2015; CONTRAN:
VI - nº 521, de 25 de março de 2015; I - nº 410, de 2 de agosto de 2012; e
VII - nº 536, de 17 de junho de 2015; e II - nº 414, de 09 de agosto de 2012.
VIII - nº 556, de 17 de setembro de 2015. Art. 7º Esta Resolução entra em vigor em 1º de
Art. 10. Esta resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022
abril de 2022.
ANEXO I

Carga horária, requisitos para matrícula, estrutura


curricular, abordagem didático-pedagógica e
disposições gerais dos cursos
1. Carga horária 30 (trinta) horas-aula.
2. Requisitos para matrícula
2.1 Ter completado 21 (vinte e um) anos.
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 930/2022
2.2 Estar habilitado no mínimo, há 2 (dois) anos na
categoria "A".
Dispõe sobre a regulamentação do curso
2.3 Não estar cumprindo pena de suspensão do
especializado obrigatório destinado aos
direito de dirigir, cassação da Carteira Nacional de
profissionais em transporte de passageiros
Habilitação (CNH), decorrente de crime de
(mototaxista) e em entrega de mercadorias
trânsito, bem como estar impedido judicialmente
(motofretista) que exerçam atividades
de exercer seus direitos.
remuneradas na condução de motocicletas e
3. Estrutura curricular
motonetas

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a


regulamentação do curso especializado obrigatório
destinado aos profissionais em transporte de
passageiros (mototaxista) e em entrega de
mercadorias (motofretista), que exerçam
atividades remuneradas na condução de
motocicletas e motonetas. 3.1 Módulo I – Básico
Parágrafo único. O curso de que trata o caput
será válido em todo o território nacional.
Art. 2º O curso, na forma desta Resolução, será
ministrado pelo órgão executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal ou por órgãos,
entidades e instituições por ele autorizados.
Art. 3º A grade curricular e as disposições gerais
do curso especializado a que se refere esta
Resolução constam do Anexo I.
Art. 4º Ficam reconhecidos os cursos específicos,
destinados a motofretistas e a mototaxistas, que
tenham sido ministrados por órgãos ou entidades
do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), por
entidades por eles credenciadas e pelas
instituições vinculadas ao Sistema S, concluídos
até 03 de agosto de 2012, respeitando-se a
periodicidade para o curso de atualização previsto
3.2 Módulo II - Específico permanente que deve ser feita no decorrer do
3.2.1 Motofretista curso, por meio de observações contínuas durante
a realização das aulas e das atividades,
considerando a participação e a produtividade de
cada participante. Entretanto, ao final dos módulos
I e II, realizados nas modalidades presencial ou à
distância, deverá ser aplicada pela instituição ou
entidade pública ou privada ou ainda pelo centro
de formação de condutores responsável pelo
curso uma prova de avaliação, no formato
eletrônico, na forma estabelecida em normativo
3.2.2 Mototaxista específico do CONTRAN, ou no formato escrito,
com 30 questões de múltipla escolha, com 4
(quatro) alternativas, utilizando obrigatoriamente o
banco de questões fornecido pelo órgão máximo
executivo de trânsito da União. Na aplicação das
provas, em qualquer das modalidades, deverá ser
adotado o processo randômico na distribuição das
alternativas, de forma a impedir a ocorrência de
provas idênticas numa mesma turma.
A avaliação prática deverá ser realizada ao final
do Módulo III (Prática de Pilotagem Profissional).
3.3 Módulo III - Prática de Pilotagem Profissional Caberá ao instrutor elaborar uma lista de
3.3.1 Motofretista checagem, conforme orientações contidas no
Manual de Prática de Pilotagem Profissional, a fim
de avaliar as condições para a pilotagem segura
de cada um dos participantes.
5. Disposições Gerais
5.1 A carga horária total do curso é de 30
horas/aula, sendo 20 horas/aula destinadas ao
Módulo I (Básico), 5 horas/aula ao Módulo II
3.2 Mototaxista
(Específico) e 5 horas/aula ao Módulo III (Prática
de Pilotagem Profissional).
5.2 Considera-se hora/aula o período igual a 50
(cinquenta) minutos.
5.3 A carga horária presencial diária será
organizada de forma a atender as peculiaridades e
necessidades da clientela, não podendo exceder,
4. Abordagem didático-pedagógica: As aulas em regime intensivo, 10 horas/aula por dia.
teóricas devem ser dinâmicas, levando em 5.4 O profissional que queira exercer as atividades
consideração os conhecimentos prévios dos de motofretista e de mototaxista, ao mesmo
participantes e suas diferenças culturais e de tempo, deverá realizar um curso com carga
aprendizagem. É importante ressaltar que além de horária total para receber a certificação em uma
informações, os conteúdos indicados na grade atividade e, posteriormente, a qualquer tempo,
curricular devem possibilitar discussões frequentar apenas 5 horas/aula do Módulo II
permanentes que favoreçam a aquisição de (Específico) e 5 horas/aula do Módulo III (Prática
valores, posturas e atitudes de cidadania no de Pilotagem Profissional) com respectivas
trânsito. avaliações.
A aula de prática de pilotagem, ministrada e 5.5 O curso será ministrado por profissionais
acompanhada pelo instrutor, deverá ser realizada habilitados em cursos de instrutores de trânsito
individualmente no veículo, conforme a carga e/ou por profissionais que tenham formação
horária determinada no item 3 (três) deste Anexo. (técnica ou superior) afim às disciplinas.
A avaliação da aprendizagem é um processo 5.6 Será considerado aprovado no curso, o
participante que tiver 100% (cem por cento) de
frequência e, no mínimo, 70% (setenta por cento)
de acerto nas questões relativas ao conteúdo
teórico e 70% (setenta por cento) na avaliação
prática. Em caso de reprovação, o participante
terá prazo máximo de 30 (trinta) dias para realizar
nova avaliação.
5.7 Os certificados serão emitidos pelos órgãos,
entidades ou instituições autorizadas que
ministrarem o curso.
5.8 O número máximo de participantes, por turma, 1.2 Mototaxista
deverá ser de 30 (trinta) alunos.
5.9 Para a realização das aulas e da avaliação do
Módulo III (Prática de Pilotagem Profissional), a
instituição disponibilizará veículos equipados em
conformidade à legislação vigente.
5.10 O motociclista profissional realizará curso de
atualização a cada 5 (cinco) anos, conforme grade
curricular disposta no Anexo II desta Resolução.
O curso de atualização deverá coincidir com a
data de validade de renovação da CNH.
5.11.1 A fim de compatibilizar prazos e de não
ensejar ônus aos motociclistas profissionais, os
cursos realizados antes da data de entrada em
vigor desta Resolução terão sua validade
estendida até a data limite da segunda realização
dos exames de aptidão física e mental,
necessários à renovação da CNH.
5.12 Os motociclistas profissionais aprovados no
curso especializado e que realizarem a
atualização exigida terão os dados
correspondentes registrados em seu cadastro pelo
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
ou do Distrito Federal, informando-os no campo
"observações" da CNH. RESOLUÇÃO Nº 940/2022
5.13 Em curso presencial ministrado pelo órgão ou
entidade executivo de trânsito do estado ou do Disciplina o uso de capacete para condutor e
distrito federal, ou instituição/entidade por ele passageiro de motocicletas, motonetas,
credenciado, com frequência integral comprovada, ciclomotores, triciclos motorizados e
5.14 Em curso na modalidade à distância/ quadriciclos motorizados.
semipresencial, sendo o módulo I (básico) e II
(específico) à distância e o módulo III (prático), Art. 1º Esta Resolução disciplina o uso de
deverá ser realizado na modalidade presencial. capacete de segurança para condutor e
passageiro de motocicletas, motonetas,
ANEXO II ciclomotores, triciclos motorizados e quadriciclos
motorizados.
Parágrafo único. As disposições desta Resolução
Curso de atualização destinado aos profissionais não se aplicam aos triciclos com cabine
em transporte de passageiro (mototaxista), em fechada e quadriciclos com cabine fechada.
entrega de mercadorias (motofretista) que Art. 2º É obrigatório, para circular nas vias
exerçam atividades remuneradas na condução de públicas, o uso de capacete motociclístico pelo
motocicletas e motonetas. condutor e passageiro de motocicleta, motoneta,
1. Grade curricular ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo
1.1 Motofretista motorizado, devidamente afixado à cabeça pelo
conjunto formado pela cinta jugular e engate, por
debaixo do maxilar inferior. restabelecida à posição frontal aos olhos quando o
§ 1º O capacete motociclístico deve estar veículo for colocado em movimento;
certificado por organismo acreditado pelo Instituto II - a viseira deve estar abaixada de tal forma que
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia possibilite a proteção total frontal aos olhos,
(INMETRO), de acordo com regulamento de considerando-se um plano horizontal, permitindo-
avaliação da conformidade por ele aprovado. se, no caso dos capacetes com queixeira,
§ 2º Capacetes com numeração superior a 64 pequena abertura de forma a garantir a circulação
(sessenta e quatro) estão dispensados da de ar; e
certificação compulsória quando adquiridos por III - no caso dos capacetes modulares, além da
pessoa física no exterior. viseira, conforme inciso II, a queixeira deve estar
Art. 3º Para fiscalização do cumprimento desta totalmente abaixada e travada.
Resolução, as autoridades de trânsito ou seus IV - no caso dos capacetes modulares
agentes devem observar: escamoteáveis, cuja queixeira pode ser rebatida
I - se o capacete motociclístico utilizado é para trás, esta deve estar totalmente abaixada e
certificado pelo INMETRO; travada na posição frontal ou traseira, além da
II - se o capacete motociclístico está devidamente viseira estar disposta conforme inciso II.
afixado à cabeça; § 4º No período noturno, é obrigatório o uso de
III - a aposição de dispositivo retrorrefletivo de viseira no padrão cristal.
segurança nas partes laterais e traseira do § 5º É proibida a aposição de película na viseira
capacete motociclístico, conforme especificado no do capacete e nos óculos de proteção.
item I do Anexo; Art. 5º O descumprimento do disposto nesta
IV - a existência do selo de identificação da Resolução implicará, conforme o caso, na
conformidade do INMETRO, ou etiqueta interna aplicação ao infrator das penalidades e medidas
com a logomarca do INMETRO, especificada na administrativas previstas no Código de Trânsito
norma da Associação Brasileira de Normas Brasileiro - CTB:
Técnicas (ABNT) NBR 7.471, podendo esta ser I - art. 169: quando dirigir ou conduzir passageiro
afixada no sistema de retenção; e sem o capacete estar devidamente fixado à
V - o estado geral do capacete, buscando avarias cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular e
ou danos que identifiquem a sua inadequação engate, por debaixo do maxilar inferior; de
para o uso. tamanho inadequado ou no caso de queixeira não
Parágrafo único. Os requisitos descritos nos abaixada ou travada.
incisos III e IV aplicam-se aos capacetes II - art. 230, inciso X: quando dirigir ou conduzir
fabricados a partir de 1º de agosto de 2007. passageiro com o capacete fora das
Art. 4º O condutor e o passageiro de motocicleta, especificações contidas no art. 2º, exceto inciso II,
motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e combinado com o Anexo;
quadriciclo motorizado, para circular na via III - art. 244, inciso I ou II: quando dirigir ou
pública, deve utilizar capacete com viseira, ou conduzir passageiro sem o uso de capacete
na ausência desta, óculos de proteção, em boas motociclístico, capacete não encaixado na cabeça
condições de uso. ou uso de capacete indevido, conforme Anexo; e
§ 1º Entende-se por óculos de proteção aquele IV - art. 244, inciso X ou XI: quando dirigir ou
que permite ao usuário a utilização simultânea de conduzir passageiro utilizando capacete de
óculos corretivos ou de sol. segurança sem viseira ou óculos de proteção ou
§ 2º Fica proibido o uso de óculos de sol, óculos com viseira ou óculos de proteção em desacordo
corretivos ou de segurança do trabalho (EPI) de com Anexo.
forma singular, em substituição aos óculos de Parágrafo único. Os tipos infracionais e as
proteção. situações descritas nos incisos e alíneas deste
§ 3º Quando o veículo estiver em circulação, a artigo não afastam a possibilidade de aplicação de
viseira ou óculos de proteção devem estar outras infrações, penalidades e medidas
posicionados de forma a dar proteção total aos administrativas previstas no CTB.
olhos, observados os seguintes critérios: Art. 6º As especificações dos capacetes
I - quando o veículo estiver imobilizado na via, motociclísticos, viseiras, óculos de proteção e
independentemente do motivo, a viseira pode ser acessórios estão contidas no Anexo desta
totalmente levantada, devendo ser imediatamente Resolução.
Art. 7º O Anexo desta Resolução encontra-se deverão estar devidamente ancorados e atender
disponível no sitio eletrônico do órgão máximo aos requisitos desta Resolução ou de outras
executivo de trânsito da União. resoluções do Contran que regulamentem o
transporte de tipos específicos de carga, conforme
RESOLUÇÃO 955/22 o caso; e
IX - não se sobressaiam ou se projetem além do
Dispõe sobre o transporte de cargas ou veículo pela frente.
bicicletas nas partes externas dos veículos dos Parágrafo único. É responsabilidade do
tipos automóvel, caminhonete, camioneta e condutor do veículo verificar periodicamente
utilitário. durante o percurso se as cargas se mantém
amarradas, ancoradas e acondicionadas,
tomando as medidas necessárias para garantir a
CAPITULO I
segurança do transporte, inclusive quanto ao
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
tensionamento da amarração.
Art. 4º Para o transporte de cargas ou bicicletas
Art. 2º O transporte de cargas e de bicicletas
será proibido ultrapassar as dimensões
nas partes externas dos veículos de que trata
autorizadas para veículos estabelecidas na
esta Resolução deve respeitar:
Resolução do CONTRAN que estabelece os
I - o peso máximo especificado para o veículo pelo
limites de pesos e dimensões.
fabricante ou pela regulamentação;
§ 1º A altura de cargas transportadas no
II - as condições, especificações e restrições de
compartimento de carga de caminhonetes e
instalação de bagageiro ou de suporte
utilitários, medida a partir do plano de apoio das
estabelecidas pelo fabricante do veículo; e
rodas, está limitada a duas vezes a largura do
III - as especificações de instalação e o limite de
veículo, respeitados os limites máximos previstos
peso estabelecidos pelo fabricante do bagageiro
no caput. (Figura 1 do Anexo)
ou do suporte.
§ 2º Para a realização do transporte de cargas
Parágrafo único. Não devem ser instalados
disciplinado por esta Resolução não se faz
bagageiros ou suportes em veículos cujo
necessária a obtenção de Autorização Especial
fabricante não recomende ou proíba a sua
de Trânsito - AET.
instalação.
§ 3º É vedada, em qualquer hipótese, a
Art. 3º A carga ou a bicicleta, transportada nas
concessão de AET para o transporte de cargas ou
partes externas dos veículos, deverá estar
bicicletas nas partes externas dos veículos
devidamente acondicionada, amarrada e
classificados nas espécies automóvel,
ancorada de modo que:
caminhonete, camioneta e utilitário.
I - não coloque em perigo as pessoas nem cause
Art. 5º Nos casos em que o transporte de carga
danos a propriedades públicas ou privadas;
indivisível ou de bicicleta nas partes externas do
II - não seja derramada, lançada ou arrastada
veículo resultar no encobrimento, total ou parcial,
sobre a via;
quer seja da sinalização traseira do veículo, quer
III - não atrapalhe a visibilidade a frente do
seja de sua placa traseira, será obrigatório o uso
condutor nem comprometa a estabilidade ou
de régua de sinalização e, respectivamente, de
condução do veículo;
segunda placa traseira de identificação fixada
IV - não provoque ruído nem poeira;
àquela régua ou à estrutura do veículo (Figura 2
V - não oculte as luzes, incluídas as luzes de freio
do Anexo).
e os indicadores de direção e os dispositivos
§ 1º Régua de sinalização é o acessório com
refletores; ressalvada, entretanto, a ocultação da
características físicas e de forma semelhante a um
lanterna de freio elevada (categoria S3);
para-choque traseiro, devendo ter no mínimo um
VI - não exceda a largura máxima do veículo;
metro de largura e no máximo a largura do
VII - não ultrapasse as dimensões autorizadas
veículo, excluídos os retrovisores, e possuir
para veículos estabelecidas em Resolução do
sistema de sinalização paralelo, energizado e
CONTRAN que estabeleça os limites de pesos e
semelhante em conteúdo, quantidade, finalidade e
dimensões;
funcionamento ao do veículo em que for instalado.
VIII - todos os acessórios, tais como cabos,
§ 2º A régua de sinalização deverá ter sua
correntes, lonas, grades, redes ou outros que
superfície coberta com faixas retrorrefletivas
sirvam para acondicionar, proteger e fixar a carga
oblíquas, com inclinação de 45 graus em relação
ao plano horizontal e 50,0 +/- 5,0 mm de largura, II - as cargas que sobressaiam ou se projetem
nas cores branca e vermelha refletiva, idênticas às além do veículo para trás, deverão estar bem
dispostas nos para-choques traseiros dos veículos visíveis e sinalizadas e, no período noturno, essa
de carga. sinalização deverá ser feita por meio de uma luz
§ 3º A fixação da régua de sinalização deve ser vermelha e um dispositivo refletor de cor
feita no veículo, de forma apropriada e segura, por vermelha;
braçadeiras, engates, encaixes e/ou parafusos, III - o balanço traseiro não deve exceder 60% do
podendo ainda ser utilizada a estrutura de valor da distância entre os dois eixos do veículo.
transporte de carga ou seu suporte. (Figura 6 do Anexo)
§ 4º A segunda placa de identificação deverá Parágrafo único. Será admitida a circulação do
atender aos critérios contidos na Resolução do veículo com compartimento de carga aberto
CONTRAN que dispõe sobre o sistema de Placas apenas durante o transporte de carga
de Identificação de Veículos - PIV. indivisível que ultrapasse o comprimento da
§ 5º Fica dispensado da utilização de régua de caçamba ou do compartimento de carga.
sinalização o veículo que possuir extensor de
caçamba. CAPÍTULO III
§ 6º Extensor de caçamba é o acessório que DAS REGRAS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE
permite a circulação do veículo com a tampa do DE BICICLETAS NAS PARTES EXTERNAS DOS
compartimento de carga aberta, para impedir a VEÍCULOS
queda da carga na via, sem comprometer a
sinalização traseira. Art. 8º A bicicleta poderá ser transportada na parte
posterior externa ou sobre o teto, desde que fixada
CAPÍTULO II em dispositivo apropriado, móvel ou fixo, aplicado
DAS REGRAS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE diretamente ao veículo ou acoplado ao gancho
DE CARGAS NAS PARTES EXTERNAS DOS de reboque.
VEÍCULOS § 1º O transporte de bicicletas na caçamba de
caminhonetes deverá respeitar o disposto no
Art. 6º Nos veículos dos tipos automóvel, Capítulo II desta Resolução.
caminhonete, camioneta e utilitário, permite-se o § 2º Na hipótese da bicicleta ser transportada
transporte de cargas acondicionadas em sobre o teto, não se aplica a altura especificada no
bagageiros ou presas a suportes apropriados § 2º do art. 6º.
devidamente afixados na parte superior Art. 9º O dispositivo para transporte de bicicletas
externa da carroçaria. para aplicação na parte externa dos veículos
§ 1º O fabricante do bagageiro ou do suporte deve deverá ser fornecido com instruções precisas
informar as condições de fixação da carga na sobre:
parte superior externa da carroçaria. I - forma de instalação, permanente ou
§ 2º As cargas, já considerada a altura do temporária, do dispositivo no veículo;
bagageiro ou do suporte, deverão ter altura II - modo de fixação da bicicleta ao dispositivo
máxima de cinquenta centímetros e suas de transporte;
dimensões não devem ultrapassar o comprimento III - quantidade máxima de bicicletas
da carroçaria e a largura da parte superior da transportados, com segurança; e
carroçaria. (Figuras 3 e 4 do Anexo) IV - cuidados de segurança durante o
Art. 7º Nos veículos dos tipos caminhonete e transporte de forma a preservar a segurança do
utilitário, será admitido o transporte de carga trânsito, do veículo, dos passageiros e de
indivisível além dos limites do compartimento de terceiros.
carga, respeitados os seguintes preceitos: Parágrafo único. O dispositivo de que trata o
I - a porção das cargas indivisíveis transportadas caput destina-se exclusivamente ao transporte de
no compartimento de carga que venham a se bicicletas, sendo vedado o seu uso para
projetar sobre o teto do veículo devem obedecer a transporte de qualquer outro tipo de carga.
altura máxima de cinquenta centímetros e suas Art. 10. Para efeito desta Resolução, a bicicleta é
dimensões não devem ultrapassar a largura da considerada carga indivisível.
parte superior da carroçaria; (Figura 5 do Anexo)
CAPÍTULO IV ANEXO
DAS INFRAÇÕES FIGURAS ILUSTRATIVAS

Art. 11. O descumprimento do disposto nesta


Resolução implicará, conforme o caso, na
aplicação ao infrator das penalidades e medidas
administrativas previstas no Código de Trânsito
Brasileiro - CTB:
I - art. 169: transportar cargas ou bicicletas sem
estar devidamente amarradas, ancoradas e
acondicionadas, ou sem tomar as medidas
necessárias para garantir a segurança do
transporte, inclusive quanto ao tensionamento da
amarração;
II - art. 230, inciso IV: veículo sem a segunda
placa de identificação, nos casos em que esta seja
obrigatória;
III - art. 231, inciso II, alínea “a”: transitar com o
veículo derramando, lançando ou arrastando
sobre a via, carga que esteja transportando;
IV - art. 231, inciso IV: LEGENDA:
a) transitar com o veículo, com suas dimensões ou h ≤ (2 x l), onde:
de sua carga superiores aos limites estabelecidos h = altura máxima da carga, medida a partir do
em regulamentação do CONTRAN; plano de apoio das rodas do veículo
b) transportar carga em compartimento de carga l = largura do veículo, considerada a sua
de caminhonetes e utilitários com altura superior a constituição estrutural e excluídos os retrovisores
duas vezes a largura do veículo; e
V - art. 235: Figura 2
a) transportar cargas, bagagens ou bicicletas que Régua de sinalização traseira.
se sobressaiam para a frente do veículo ou que
excedam os limites laterais do veículo, quando as
dimensões forem menores do que as previstas na
Resolução do CONTRAN que estabelece os
limites de pesos e dimensões;
b) transportar carga indivisível em desacordo com
o art. 7º, desde que as dimensões do veículo ou
sua carga não ultrapassem os limites
estabelecidos pela Resolução do CONTRAN que
estabelece os limites de pesos e dimensões.
Parágrafo único. Os tipos infracionais e as
situações descritas nos incisos e alíneas deste
artigo não afastam a possibilidade de aplicação de
outras infrações, penalidades e medidas
administrativas previstas no CTB.

LEGENDA:
X ≤ Y; e Z ≤ 50 cm, onde:
X = comprimento da carga;
Y = comprimento da carroçaria; e
Z = altura máxima.
Figura 4
Carga transportada simultaneamente no
compartimento de carga e na parte superior
externa da carroçaria de caminhonetes e RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 958/2022
utilitários.
Dispõe sobre os limites de emissões de gases
e partículas pelo escapamento de veículos
automotores, sua fiscalização pelos agentes de
trânsito, requisitos de controle de gases do
cárter e sons produzidos por equipamentos
utilizados em veículos.

CAPÍTULO I
DOS LIMITES DE EMISSÕES DA EMISSÃO DE
GASES

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os limites de


emissões de gases e partículas pelo escapamento
de veículos automotores, sua fiscalização pelos
agentes de trânsito, requisitos de controle de
gases do cárter e sons produzidos por
equipamentos utilizados em veículos.
Art. 2º Os limites de emissões de gases,
partículas e os procedimentos de fiscalização a
serem praticados pelos órgãos de trânsito,
estabelecidos pela Resolução do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 418, de
25 de novembro de 2009, e suas sucedâneas,
deverão observar o disposto neste capítulo.
Art. 3º Para os veículos com motor do ciclo Otto,
os limites máximos de emissão de escapamento
Figura 6
de CO corrigido e HC corrigido , de diluição e da
Transporte de carga indivisível em caminhonetes e
velocidade angular do motor são os definidos nas
utilitários com a tampa do compartimento de carga
Tabelas 1 e 2:
aberta.
Tabela 1 - Limites máximos de emissão de CO
corrigido , em marcha lenta e a 2500 rpm para
veículos automotores com motor do ciclo Otto.

LEGENDA:
B ≤ 0,6 x A, onde:
Tabela 2 - Limites máximos de emissão de HC
B = Balanço traseiro; e
corrigido , em marcha lenta e a 2500 rpm para
A = distância entre os dois eixos.
veículos com motor do ciclo Otto.
exceder os limites mínimo de 700 rpm e máximo
de 1400 rpm.
Art. 5º Para os veículos automotores do ciclo
Diesel, os limites máximos de opacidade em
§ 1º Para os casos de veículos que utilizam aceleração livre são os valores certificados e
combustíveis líquido e gasoso, serão divulgados pelo fabricante. Para veículos
considerados os limites de cada combustível. automotores do ciclo Diesel que não tiverem seus
§ 2º A velocidade angular de marcha lenta deverá limites máximos de opacidade em aceleração livre
estar na faixa de 600 a 1200 rpm e ser estável divulgados pelo fabricante, são os estabelecidos
dentro de ± 100 rpm. nas Tabelas 5 e 6.
§ 3º A velocidade angular em regime acelerado de Tabela 5 - Limites máximos de opacidade em
2500 rpm deve ter tolerância de ± 200 rpm. aceleração livre de veículos não abrangidos pela
§ 4º O fator de diluição dos gases de escapamento Resolução CONAMA 16/95 (anteriores a ano-
deve ser igual ou inferior a 2,5. No caso do fator modelo 1996)
de diluição ser inferior a 1,0, este devera ser
considerado como igual a 1,0, para o cálculo dos
valores corrigidos de CO e HC.
(1) LDA é o dispositivo de controle da bomba
Art. 4º Para os motociclos e similares, com motor
injetora de combustível para adequação do seu
do ciclo Otto, os limites máximos de emissão de
debito a pressão do turboalimentador.
escapamento de CO corrigido e HC corrigido , são os
Tabela 6 - Limites de opacidade em aceleração
definidos nas Tabelas 3 e 4.
livre de veículos a diesel posteriores a vigência da
Tabela 3 - Limites máximos de emissão de
Resolução CONAMA 16/95 (ano-modelo 1996 em
CO corrigido , HC corrigido em marcha lenta e de fator
diante)
de diluição(1) para motociclos e veículos similares
com motor do ciclo Otto de 4 tempos(2)

Art. 6º Os requisitos técnicos que regulamentam


os procedimentos para a fiscalização de veículos
do ciclo Diesel e do ciclo Otto, motociclos e
(1) O fator de diluição deve ser no Máximo de 2,5. assemelhados do ciclo Otto são os constantes dos
(2) Os limites de emissão de gases se aplicam Anexos I, II, III e IV.
somente aos motociclos e veículos similares
equipados com motor do ciclo Otto de quatro CAPÍTULO II
tempos. DA FISCALIZAÇÃO DA EMISSÃO DE GASES
cc: Capacidade volumétrica do motor em
cilindrada ou cm . Art. 7º Para fins de fiscalização, aplicação de
Tabela 4 - Limites máximos de emissão de CO penalidades e medidas administrativas, quanto
corrigido , HC corrigido em marcha lenta e de fator de aos níveis de gases, partículas poluentes e ruídos
diluição(1) para motociclos e veículos similares dos veículos em circulação, serão observados os
com motor do ciclo Otto de 4 tempos(2), cujos índices estabelecidos pelo CONAMA.
fabricantes comprovarem a homologação com Parágrafo único. Os órgãos de trânsito e seus
valores superiores aos estipulados na Tabela 3 agentes devem observar os limites de emissões
de gases, partículas e os procedimentos de
fiscalização constantes da Instrução Normativa do
§ 1º O fator de diluição dos gases de escapamento Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
deve ser igual ou inferior a 2,5. No caso do fator Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) nº 6/2010
de diluição ser inferior a 1,0, este devera ser e suas alterações e sucedâneas, nos termos desta
considerado como igual a 1,0, para o cálculo dos Resolução.
valores corrigidos de CO e HC.
§ 2º A velocidade angular de marcha lenta devera
ser estável dentro de uma faixa de 300 rpm e não
Seção I qualquer valor situado fora do intervalo de 30 % a
Dos Equipamentos de Fiscalização e 35 % de concentração de ureia medido através de
Preenchimento do Auto de Infração de Trânsito refratômetro digital, quando aplicável.

Art. 8º Sem prejuízo de outras exigências Seção II


estabelecidas pelo CONAMA e pelo Instituto Da Fiscalização de Veículos Diesel com PBT
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia acima de 3.856 kg, produzidos a partir de 2012
(INMETRO), os equipamentos utilizados para
fiscalização metrológica de que trata esta Art. 10. A fiscalização do sistema destinado ao
Resolução devem obedecer, no mínimo, aos controle de emissão de gases poluentes, para os
seguintes requisitos: veículos pesados com motorização ciclo Diesel,
I - ter seu modelo aprovado pelo INMETRO; e produzidos a partir de 2012, será realizada de
II - ser aprovado na verificação metrológica inicial, acordo com as disposições desta seção, usando
eventual, em serviço e periódica, realizadas de as seguintes definições:
acordo com a regulamentação metrológica I - Sistema destinado ao controle de emissão
vigente. de gases poluentes: sistema destinado a atender
§ 1º A verificação metrológica periódica deverá ser os limites de emissões definidos pela fase P7 do
realizada com a seguinte periodicidade máxima: Programa de Controle da Poluição do Ar por
a) seis meses, no caso de equipamento para Veículos Automotores (PROCONVE) e suas fases
medição de poluentes em motores do ciclo Otto; e sucedâneas, utilizando atualmente a tecnologia
b) doze meses, no caso de equipamento para SCR (Selective Catalytic Reduction) ou catalisador
medição de poluentes em motores do ciclo Diesel. de redução seletiva ou EGR (Exhaust Gas
§ 2º Caso configurem infração, os resultados Recirculation) ou recirculação de gases de
obtidos na medição devem ser impressos e escapamento;
juntados ou transcritos para o Auto de Infração de II - Redução Catalítica Seletiva - SCR : sistema
Trânsito (AIT). composto por software de funcionamento, OBD,
§ 3º A fiscalização da concentração de ureia do LIM, sensores, sondas, reservatório de Arla 32,
Agente Redutor Líquido NOx Automotivo na unidade de injeção do Arla 32, unidade de controle
concentração de 32,5% (Arla 32) em uso nos de dosagem, catalisador, sistema de escapamento
reservatórios dos veículos, com utilização de entre outros;
equipamento metrológico, pode ser realizada III - EGR: sistema composto por software de
pelos agentes de fiscalização de trânsito. funcionamento, OBD, LIM, sensores, filtros de
Art. 9º O AIT, além das demais exigências partículas, catalisador, sistema de escapamento
contidas em normas específicas, deve ser entre outros;
preenchido, no mínimo, com as seguintes IV - Arla 32: é a abreviação para Agente Redutor
informações: Líquido de NOx Automotivo, solução aquosa
I - medição realizada: resultado obtido pelo composta por água desmineralizada e ureia em
equipamento de medição no momento da grau industrial, com características e
fiscalização; especificações definidas na Instrução Normativa
II - valor considerado: valor considerado para do IBAMA nº 23, de 11 de julho de 2009, com
infração, obtido subtraindo-se o erro máximo concentração de 32,5% ureia técnica de alta
admissível da medição realizada; pureza em água desmineralizada, podendo conter
III - limite regulamentado:limite máximo permitido traços de biureto e presença limitada de aldeídos
de acordo com as normas do CONAMA; e outras substâncias, reagente, usado para o
IV - nome, marca, modelo e número de série do controle da emissão de óxidos de nitrogênio (NOx)
equipamento utilizado na fiscalização; e no gás de escapamento dos veículos e motores
V - data da última verificação metrológica. diesel equipados com os sistemas de SCR;
§ 1º O erro máximo admissível é o limite de erro V - Lâmpada indicadora de mau funcionamento
aceitável pela regulamentação metrológica na (LIM): é o meio visível que informa ao condutor do
verificação metrológica dos equipamentos de veículo e ao agente de trânsito um mau
medição. funcionamento do sistema de controle de
§ 2º No caso de fiscalização da concentração de emissões;
ureia do Arla 32, o valor considerado será VI - Sistema OBD: Sistema de Autodiagnose de
Bordo utilizado no controle de emissões com a CAPÍTULO III
capacidade de detectar a ocorrência de falhas e DOS REQUISITOS DE CONTROLE DE
de identificar sua localização provável por meio de EMISSÃO DE GASES DO CÁRTER DE
códigos de falha armazenados na memória do MOTORES VEICULARES
sistema eletrônico do gerenciamento do motor e
transferilos a um equipamento computadorizado; Art. 15. Os veículos automotores produzidos ou
VII - Veículo pesado: veículo automotor para o importados de quatro ou mais rodas, com peso
transporte de passageiros e/ou carga, com massa superior a 400 kg e velocidade máxima superior a
total máxima autorizada maior que 3.856 kg (três 50 km/h, movidos a gasolina, devem ser dotados
mil oitocentos e cinquenta e seis quilogramas) ou de sistema de controle de emissão dos gases do
massa do veículo em ordem de marcha maior que cárter do motor que atenda às exigências
2.720 kg (dois mil setecentos e vinte quilogramas), estabelecidas no Anexo V.
projetado para o transporte de passageiros e/ou Art. 16. A conformidade de modelo do veículo com
carga; as exigências constantes do Anexo V será
VIII - Negro de Eriocromo T: reagente indicador comprovada por atestado emitido próprio
de complexação, o qual indica com fidedignidade fabricante, importador ou por instituto
a utilização de água comum, com presença de especializado, por meio de ensaios realizados em
minerais, água não desmineralizada, situação em seus laboratórios.
que a reação apresenta a cor entre o rosa e o
violeta, e a cor azul quando utilizada água
CAPÍTULO IV
desmineralizada, isenta de minerais. DA FISCALIZAÇÃO DE SONS PRODUZIDOS
Art. 11. A fiscalização do sistema destinado ao POR EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM
controle de emissão de gases poluentes, pode ser
VEÍCULOS
realizada mediante inspeção visual, utilização de
leitor de OBD, ou da LIM no painel do veículo.
Art. 17. Fica proibida a utilização, em veículos de
Parágrafo único. A fiscalização descrita no caput
qualquer espécie, de equipamento que produza
não restringe ou impede a fiscalização dos limites
som audível pelo lado externo,
de emissões por meio de outros equipamentos
independentemente do volume ou frequência, que
para medição de emissões poluentes,
perturbe o sossego público, nas vias terrestres
regulamentados nesta Resolução ou outro
abertas à circulação.
dispositivo legal que venha a complementá-la.
Parágrafo único. O agente de trânsito deve
Art. 12. Os agentes de fiscalização de trânsito
registrar, no campo de observações do AIT, a
podem realizar coleta do líquido do reservatório
forma de constatação do fato gerador da infração.
de Arla 32 do veículo para posterior análise
Art. 18. Excetuam-se do disposto no art. 16 os
pericial.
ruídos produzidos por:
Art. 13. A verificação do líquido em uso no
I - buzinas, alarmes, sinalizadores de marcha a ré,
reservatório de Arla 32 do veículo pode também
sirenes, pelo motor e demais componentes
ser realizada por meio do uso de teste
obrigatórios do próprio veículo;
colorimétrico utilizando o reagente Negro de
lI - veículos prestadores de serviço com emissão
Eriocromo T.
sonora de publicidade, divulgação, entretenimento
Art. 14. É proibida a alteração do reservatório
e comunicação, desde que estejam portando
original e do sistema de injeção de Arla 32.
autorização emitida pelo órgão ou entidade local
Parágrafo único. A viabilidade de instalação de
competente;
reservatório adicional de Arla 32 deverá ser objeto
III - veículos de competição e os de
de estudo no âmbito da Câmara Temática de
entretenimento público, somente nos locais de
Assuntos Veiculares, Ambientais e Transporte
competição ou de apresentação devidamente
Rodoviário (CTVAT).
estabelecidos e permitidos pelas autoridades
competentes.

CAPÍTULO V
DAS SANÇÕES

Art. 19. O descumprimento do disposto nesta


Resolução implicará, conforme o caso, na Art. 21. Os atos administrativos decorrentes da
aplicação ao infrator das penalidades e medidas presente Resolução não elidem as punições
administrativas previstas no CTB: originárias de ilícitos penais, conforme disposições
I - art. 228: veículo utilizando equipamento com de Lei.
som em volume ou frequência em desacordo com
o permitido nesta Resolução; CAPÍTULO VI
II - art. 229: veículo utilizando aparelho de alarme DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
ou que produza sons e ruído que perturbem o
sossego público, em desacordo com o permitido Art. 22. Os Anexos desta Resolução encontram-
nesta Resolução; se disponíveis no sítio eletrônico do órgão máximo
III - art. 230, inciso IX: executivo de trânsito da União.
a) identificação, por meio de leitor de OBD, de Art. 23. Fica revogada a observação 9 do anexo V
emissão de NOx superior a 3,5 g/kWh por mais de da Resolução CONTRAN nº 916, de 28 de março
48 h de operação do motor; de 2022, e as Resoluções CONTRAN:
b) identificação de falhas no sistema de controle I - nº 507, de 30 de setembro de 1976;
de emissões de gases registradas e identificadas II - nº 451, de 28 de agosto de 2013;
por meio de leitor de OBD ou computador de III - nº 452, de 26 de setembro de 2013;
bordo por mais de 48 h; IV - nº 624, de 19 de outubro de 2016; e
c) falta de fusível ou fusível danificado do sistema V - nº 666, de 18 de março de 2017.
de controle de emissões de gases; Art. 24. Esta Resolução entra em vigor em 1º de
d) catalisador ausente ou danificado; junho de 2022.
e) reservatório sem Arla 32, ou abastecido com
água ou outro líquido;
RESOLUÇÃO Nº 965/2022
f) reservatório com Arla 32 adulterado ou irregular,
verificado com refratômetro ou reagente negro de
Define e regulamenta as áreas de segurança e
Eriocromo T;
de estacionamentos específicos de veículos.
g) utilização de emulador ou chip que altera o
funcionamento do sistema;
h) qualquer outro componente do sistema de CAPÍTULO I
controle de emissões de gases desconectado, DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
obstruído, danificado ou suprimido que impeça seu
correto funcionamento; e Art. 1º Esta Resolução define e regulamenta as
i) utilização de combustível com especificação áreas de segurança e de estacionamentos
técnica diferente do especificado pela legislação específicos de veículos.
vigente ou PROCONVE; Art. 2º As áreas destinadas ao estacionamento
IV - art. 230, inciso XII: veículo com alteração no específico regulamentado em via pública aberta à
reservatório original de Arla 32 ou no sistema de circulação, devem ser estabelecidas e
injeção; regulamentadas pelo órgão ou entidade executiva
V - art. 231, inciso III: produzindo gases ou de trânsito com circunscrição sobre a via, nos
partículas em níveis superiores aos estabelecidos termos desta Resolução.
pelo CONAMA. Art. 3º Para efeito desta Resolução são definidas
§ 1º Deve constar no campo de observações do as seguintes áreas de estacionamentos
AIT a situação verificada que configurou a específicos:
infração. I - área de estacionamento para veículo de
§ 2º Os tipos infracionais e as situações descritas aluguel é a parte da via sinalizada para o
nos incisos e alíneas deste artigo não afastam a estacionamento exclusivo de veículos de categoria
possibilidade de aplicação de outras infrações, de aluguel que prestam serviços públicos
penalidades e medidas administrativas previstas mediante concessão, permissão ou autorização do
no CTB. poder concedente;
Art. 20. Não configura infração a substituição II - área de estacionamento para veículo de
parcial ou total do sistema de escapamento pessoa com deficiência é a parte da via
original por outro similar, desde que respeitados sinalizada para o estacionamento de veículo
os limites de emissões de gases e poluentes e conduzido por, ou que transporte, pessoa com
seja certificado pelo INMETRO. deficiência com comprometimento de mobilidade,
devidamente identificado pela credencial de que estacionamento são proibidos, sendo vedado o
trata o Capítulo V desta Resolução; seu uso para estacionamento por qualquer
III - área de estacionamento para veículo de veículo.
pessoa idosa é a parte da via sinalizada para o § 1º A área de que trata o caput é estabelecida
estacionamento de veículo conduzido por, ou que pelas autoridades máximas locais representativas
transporte, pessoa idosa, devidamente identificado da União, dos Estados, Distrito Federal e dos
pela credencial de que trata o Capítulo V desta Municípios, vinculadas à Segurança Pública.
Resolução; § 2º O projeto, a implantação, a sinalização e a
IV - área de estacionamento para a operação de fiscalização das áreas de segurança são de
carga e descarga é a parte da via sinalizada para competência do órgão ou entidade executivo de
este fim, conforme definido no Anexo I do CTB; trânsito com circunscrição sobre a via, decorrente
V - área de estacionamento de ambulância é a de solicitação formal, cabendo-lhe aplicar as
parte da via sinalizada, próxima a hospitais, penalidades e medidas administrativas previstas
centros de atendimentos de emergência e locais no CTB.
estratégicos, para o estacionamento exclusivo de § 3º A área de segurança deve ser sinalizada com
ambulâncias devidamente identificadas; o sinal R-6c "Proibido Parar e Estacionar", com a
VI - área de estacionamento rotativo é a parte informação complementar "Área de Segurança".
da via sinalizada para o estacionamento de
veículos, gratuito ou pago, regulamentado para um CAPÍTULO III
período determinado pelo órgão ou entidade com DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO PARA
circunscrição sobre a via; VEÍCULO DE PESSOA COM DEFICIÊNCIA COM
VII - área de estacionamento de curta duração COMPROMETIMENTO DE MOBILIDADE
é a parte da via sinalizada para estacionamento
não pago, com uso obrigatório do pisca-alerta Art. 7º As vagas reservadas ao estacionamento de
ativado, em período de tempo determinado e veículos conduzidos por, ou que transportem,
regulamentado de até 30 minutos; pessoa com deficiência com comprometimento de
VIII - área de estacionamento de viaturas mobilidade são caracterizadas e regulamentadas
policiais é a parte da via sinalizada, limitada à pela sinalização horizontal e marca
testada das instituições de segurança pública, delimitadora de estacionamento
para o estacionamento exclusivo de viaturas regulamentado, acompanhada do Símbolo
policiais devidamente caracterizadas; e Internacional de Acesso (SIA), nos termos do
IX - área de estacionamento de veículos Anexo I.
elétricos é a parte da via sinalizada para o uso de § 1º A critério do órgão ou entidade executivo de
veículos com propulsão elétrica dotado de trânsito com circunscrição sobre a via, pode ser
dispositivo plug-in para conexão à rede elétrica, utilizado o sinal vertical de regulamentação
exclusivamente durante o período de recarga. "Estacionamento regulamentado" - R-6b, com o
Art. 4º As áreas de estacionamento previstas no SIA e a mensagem "COM CREDENCIAL", além
art. 3º devem ser sinalizadas conforme padrões e de outras informações que o órgão entender
critérios estabelecidos pelo CONTRAN. necessárias.
Art. 5º Não serão regulamentadas as áreas de § 2º A sinalização descrita neste artigo encontra-
estacionamento específico previstas nos incisos II, se especificada no Anexo I e deve respeitar os
IV, V e VIII do art. 3º desta Resolução, quando a demais padrões e critérios estabelecidos pelo
edificação dispuser de área de estacionamento CONTRAN.
interna e/ou não atender ao disposto no art. 93 do § 3º As vagas reservadas em áreas de
CTB. estacionamento de estabelecimentos privados de
uso coletivo devem ser numeradas
CAPÍTULO II sequencialmente, sem repetição de números.
DAS ÁREAS DE SEGURANÇA Art. 8º As vagas reservadas nos termos desta
Resolução devem ser sinalizadas pelo órgão ou
Art. 6º Área de segurança é a parte da via entidade de trânsito com circunscrição sobre a via,
necessária à segurança das edificações públicas ou pelo proprietário, no caso de vias e áreas de
ou consideradas especiais, com extensão igual à estacionamento de estabelecimentos privados de
testada do imóvel, nas quais a parada e o uso coletivo.
CAPÍTULO IV I - de cinco anos, no caso de pessoa idosa ou de
DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO PARA pessoa com deficiência com comprometimento de
VEÍCULO DE PESSOA IDOSA mobilidade permanente; ou
II - indicada pelo médico, no caso de pessoa com
Art. 9º As vagas reservadas ao estacionamento de deficiência com comprometimento de mobilidade
veículos conduzidos por, ou que transportem, temporária, não excedendo um ano.
pessoa idosa são caracterizadas e Art. 14. A credencial terá validade SOMENTE
regulamentadas pela sinalização horizontal e quando utilizada:
marca delimitadora de estacionamento I - no original;
regulamentado, acompanhada do Símbolo II - dentro do período de validade;
"Idoso", nos termos do Anexo II desta Resolução. III - para transporte do beneficiário; e
§ 1º A critério do órgão ou entidade executivo de IV - no painel do veículo com a frente voltada para
trânsito com circunscrição sobre a via, pode ser cima.
utilizado o sinal vertical de regulamentação R-6b - Parágrafo Único. Mediante autorização do
"Estacionamento regulamentado", com o Símbolo Município, a credencial de estacionamento em
"Idoso" e mensagem complementar "COM formato digital será expedida pelo órgão máximo
CREDENCIAL", além de outras informações que o executivo de trânsito da União, devendo ser
órgão entender necessárias. impressa pelo usuário.
§ 2º A sinalização descrita neste artigo encontra- Art. 15. A credencial deve ser apresentada à
se especificada no Anexo II e deve respeitar os autoridade de trânsito ou aos seus agentes,
demais padrões e critérios estabelecidos pelo sempre que solicitada.
CONTRAN. Art. 16. A credencial pode ser recolhida pela
§ 3º As vagas reservadas em áreas de autoridade de trânsito ou por seus agentes,
estacionamento de estabelecimentos privados de quando:
uso coletivo devem ser numeradas I - não utilizada para o transporte do beneficiário;
sequencialmente, sem repetição de números. II - não utilizada em sua via original, sendo vedado
Art. 10. As vagas reservadas nos termos desta o uso de cópias ou reproduções de qualquer
Resolução devem ser sinalizadas pelo órgão ou espécie;
entidade de trânsito com circunscrição sobre a via, III - utilizada com rasura ou qualquer forma de
ou pelo proprietário, no caso de vias e áreas de alteração ou falsificação; ou
estacionamento de estabelecimentos privados de IV - utilizada fora do prazo de validade.
uso coletivo. Art. 17. Constatada qualquer irregularidade no uso
ou na emissão da credencial, o órgão ou entidade
executivo de trânsito responsável por sua emissão
CAPÍTULO V
poderá, a qualquer tempo, suspender ou cassar
DAS CREDENCIAIS PARA ESTACIONAMENTO
a credencial, assegurado o devido processo legal,
EM VAGAS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E
sem prejuízo de eventual responsabilidade
DE PESSOAS IDOSAS
criminal.
Art. 18. A credencial não exime o beneficiário do
Art. 11. É OBRIGATÓRIO o uso da credencial do
pagamento de cobranças em estacionamento
beneficiário para o estacionamento nas vagas
rotativo pago, em estabelecimentos privados de
reservadas das quais trata este Capítulo.
uso coletivo, entre outros.
Art. 12. A credencial deve ser emitida pelo órgão
ou entidade executivo de trânsito do Município de
domicílio da pessoa com deficiência com CAPÍTULO VI
comprometimento de mobilidade ou da pessoa DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
idosa e terá validade em todo o território nacional.
Parágrafo único. Caso o Município ainda não Art. 19. Fica VEDADO destinar parte da via para
esteja integrado ao Sistema Nacional de Trânsito estacionamento privativo de qualquer veículo em
(SNT), a credencial será expedida pelo órgão ou situações de uso não previstas nesta Resolução.
entidade executiva de trânsito do respectivo Art. 20. A partir da entrada em vigor desta
Estado ou do Distrito Federal. Resolução:
Art. 13. A credencial deve ser emitida conforme I - os órgãos ou entidades de trânsito com
modelos constantes no Anexo IV e terá validade: circunscrição sobre a via e os proprietários dos
estabelecimentos privados de uso coletivo terão RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 967/2022
até cinco anos para realizar as adequações
necessárias na sinalização das suas respectivas Estabelece critérios para a baixa do registro de
áreas de estacionamento; e veículos, bem como os prazos para efetivação.
II - os órgãos ou entidades de trânsito
competentes terão até dois anos para realizar as Art. 1º Esta Resolução estabelece critérios para a
adequações necessárias no modelo da credencial baixa do registro de veículos, bem como os prazos
de que trata o Capítulo V. para sua efetivação.
§ 1º As credenciais emitidas antes ou durante o Art. 2º A baixa do registro de veículos é
prazo de transição previsto no inciso II do caput, obrigatória sempre que o veículo for retirado de
ainda que confeccionadas sob as regras da circulação nas seguintes possibilidades:
Resolução CONTRAN nº 303, de 18 de dezembro I - veículo irrecuperável;
de 2008, ou da Resolução CONTRAN nº 304, de II - veículo definitivamente desmontado;
18 de dezembro de 2008, produzirão seus efeitos III - veículo sinistrado com laudo de perda total ou
até o término de seu regular prazo de validade. com registro de danos de grande monta;
§ 2º As credenciais emitidas sob as regras da IV - veículo vendido ou leiloado, classificado como
Resolução CONTRAN nº 303, de 2008, e da sucata: por órgão ou entidade componente do
Resolução CONTRAN nº 304, de 2008, sem prazo Sistema Nacional de Trânsito; e nas demais
de validade, produzirão seus efeitos por período situações.
máximo de cinco anos a partir da entrada em vigor Art. 3º A baixa do registro do veículo será
desta Resolução, após o que deverão ser providenciada mediante solicitação motivada ao
substituídas pelo modelo constante do Anexo III. órgão executivo de trânsito do Estado ou do
Art. 21. O descumprimento do disposto nesta Distrito Federal, de registro do veículo.
Resolução implicará, conforme o caso, na § 1º Nos casos dos veículos enquadrados nos
aplicação ao infrator das seguintes penalidades e incisos I ao III, e na alínea "b" do inciso IV, todos
medidas administrativas previstas no CTB: do art. 2º, deverão ser providenciados:
I - art. 181, inciso XVII: quando o veículo estiver I - laudo pericial oficial, caso o órgão executivo de
estacionado em desacordo com o horário, o local, trânsito de registro do veículo exigir;
ou qualquer outra condição regulamentada II - os documentos dos veículos, as partes do
especificamente pela sinalização, nos termos chassi que contêm a gravação do registro do
desta Resolução; número de identificação veicular (VIN) e as suas
II - art. 181, inciso XIX: quando o veículo estiver placas, os quais serão recolhidos ao órgão
estacionado em locais e horários de executivo de trânsito de registro do veículo, que é
estacionamento e parada proibidos pela responsável pela baixa do registro;
sinalização, nos termos desta Resolução; III - os procedimentos previstos nos incisos I e II
III - art. 181, XX: quando o veículo estiver deverão ser efetivados antes da entrega do
estacionado nas vagas reservadas às pessoas veículo vendido ou sua destinação final;
com deficiência ou pessoas idosas, sem IV - o órgão executivo de trânsito de registro do
credencial que comprove tal condição, ou ainda veículo deverá reter sua documentação e inutilizar
com credencial nas condições que a invalidam, as partes do chassi que contêm a gravação do
nos termos desta Resolução; registro VIN e as suas placas.
IV - art. 182, X: quando o veículo estiver parado § 2º Nos casos dos veículos enquadrados na
em locais e horários estacionamento e parada alínea "a" do inciso IV do art. 2º, o órgão ou
proibidos pela sinalização, nos termos desta entidade de trânsito responsável pelo leilão
Resolução. solicitará a baixa ao órgão executivo de trânsito
Parágrafo único. As situações infracionais de registro do veículo, tomando as seguintes
descritas neste artigo não afastam a possibilidade providências:
de aplicação de outras penalidades previstas no I - encaminhar laudo ou vistoria do veículo, caso o
CTB. órgão executivo de trânsito de registro do veículo
Art. 22. Os Anexos desta Resolução encontra-se exigir;
disponíveis no sítio eletrônico do órgão máximo II - inutilizar, sempre que possível, os documentos
executivo de trânsito da União do veículo;
III - inutilizar as partes do chassi que contêm a
gravação do registro VIN e suas placas; Art. 8º O requerimento de baixa do registro
IV - encaminhar declaração de que foram formulado pelo proprietário do veículo não
inutilizadas as partes do chassi que contêm a licenciado há dez anos ou mais e que contar com
gravação do registro VIN e suas placas; vinte e cinco anos ou mais de fabricação, sem a
V - comunicar, junto à solicitação de baixa, as apresentação do Certificado de Registro de
providências tomadas ao órgão executivo de Veículo (CRV), das placas de identificação, e do
trânsito de registro do veículo, que providenciará a recorte do chassi, com fundamento na sua
baixa do registro; inexistência, poderá ser deferido mediante termo
VI - os procedimentos previstos nos incisos I ao III de responsabilidade civil e criminal, conforme
deste parágrafo deverão ser efetivados antes da modelo estabelecido no Anexo II, assinado pelo
entrega do veículo vendido ou sua destinação proprietário do veículo, com firma reconhecida por
final. autenticidade.
§ 3º O recolhimento da parte do chassi que Parágrafo único. No caso previsto no caput, a
contém a gravação do registro VIN, conforme o § baixa definitiva do registro somente ocorrerá
1º, poderá ser substituído por laudo fotográfico mediante o pagamento dos débitos vinculados
que ateste que a identificação do chassi foi ao veículo, obedecido o período prescricional.
descaracterizada no local, por meio de Art. 9º O veículo que acusar restrição
procedimento realizado pelo órgão executivo de administrativa que o impeça de ser baixado ou
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, ou por leiloado, restrição judicial ou policial, não terá seu
entidade por ele autorizada para esta finalidade. registro baixado, com exceção dos veículos
Art. 4º O órgão executivo de trânsito de registro do leiloados como sucata, em observância ao
veículo, responsável pela baixa, emitirá Certidão disposto nos §§ 14 e 15 do art. 328 do CTB.
de Baixa do Registro de Veículo, no modelo § 1º Na situação prevista no caput, o órgão do
estabelecido pelo Anexo I, após cumpridas as Sistema Nacional de Trânsito responsável pelo
disposições desta Resolução e as demais da leilão deverá encaminhar, junto à solicitação de
legislação vigente. baixa, declaração de que cumpriu as disposições
§ 1º O órgão executivo de trânsito de registro do dos §§ 14 e 15 do art. 328 do CTB.
veículo deverá elaborar e encaminhar ao órgão § 2º A existência de débitos fiscais, de multas de
máximo executivo de trânsito da União relatório trânsito e/ou ambientais vinculadas ao veículo não
mensal contendo a identificação de todos os deve impedir a baixa como sucata prevista no
veículos que tiveram a baixa de seu registro no caput, observado o disposto nos §§ 8º, 9º e 10 do
período. art. 328 do CTB.
§ 2º No caso da alínea "a" do inciso IV do art. 2º, o Art. 10. O veículo que possuir o indicativo de "frota
órgão executivo de trânsito de registro do veículo desativada" e for flagrado em circulação estará
comunicará a baixa do registro do veículo ao sujeito à penalidade e à medida administrativa
órgão ou entidade de trânsito responsável pelo previstas no art. 230, inciso V, do CTB.
leilão. Parágrafo único. As notificações de autuação
Art. 5º Para os casos previstos nos incisos I a III e referentes às infrações flagradas conforme
na alínea "b" do inciso IV do art. 2º, o responsável previsto no caput serão enviadas para o endereço
por solicitar a baixa do registro de veículo terá o do proprietário do veículo constante no cadastro
prazo de trinta dias, após a constatação da do respectivo órgão ou entidade executiva de
condição do veículo por meio de laudo, para trânsito do Estados ou do Distrito Federal.
providenciar a baixa, caso contrário incorrerá nas Art. 11. Os órgãos e entidades executivos de
sanções previstas no art. 240, do CTB. trânsito dos Estados e do Distrito Federal são
Art. 6º Uma vez efetuada a baixa, sob nenhuma responsáveis por manter constante atualização
hipótese o veículo poderá voltar à circulação. das bases estaduais, por meio do Sistema do
Art. 7º O veículo não licenciado há dez anos ou Registro Nacional de Veículos Automotores
mais e que contar com vinte e cinco anos ou (RENAVAM) e da BIN.
mais de fabricação, terá o seu registro atualizado Art. 12. Ficam revogados:
com indicativo de 'frota desativada' I - a Deliberação CONTRAN nº 255, de 25 de
automaticamente na Base de Índice Nacional março de 2022;
(BIN), pelos respectivos órgãos ou entidades II - o art. 30 da Resolução CONTRAN nº 611, de
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito 24 de maio de 2016; e
Federal. III - as Resoluções CONTRAN:
a) nº 11, de 23 de janeiro de 1998; caracteres numéricos no padrão "AAA-1111", pelo
b) nº 113, de 05 de maio de 2000; modelo de PIV previsto nesta Resolução.
c) nº 179, de 07 de julho de 2005; e § 4º Caso os proprietários de veículos que estejam
d) nº 661, de 28 de março de 2017. em circulação identificados pela PNU desejem
Art. 13. Esta Resolução entra em vigor em 1º de adotar voluntariamente o modelo de PIV previsto
junho de 2022. nesta Resolução, haverá a substituição
automática do segundo caractere numérico da
PNU, conforme padrão previsto no Anexo II.
§ 5º Os veículos de coleção classificados como
originais, conforme regulamentação específica do
CONTRAN, podem ser identificados com placa
específica para uso restrito ao território nacional,
conforme disposições apresentadas no Anexo I.
Art. 3º O código de barras bidimensionais
dinâmico (Quick Response Code - QR Code) de
que trata o art. 5º é o lacre eletrônico da placa e
substituirá o lacre previsto no art. 115 do CTB.
Art. 4º É obrigatório o uso de segunda PIV
traseira nos veículos equipados com engates para
reboques ou carroceria intercambiável,
transportando eventualmente carga que cobrir,
total ou parcialmente, a PIV traseira.
§ 1º A segunda PIV deve ser disposta em local
visível, podendo ser instalada:
RESOLUÇÃO 969/2022 I - no caso de engate de reboque, no para-choque
ou carroceria, admitida a utilização de suportes
Esta Resolução dispõe sobre o sistema de adaptadores;
Placas de Identificação de Veículos (PIV), II - no caso de transporte de cargas ou bicicletas
registrados no território nacional. nas partes externas dos veículos dos tipos
automóvel, caminhonete, camioneta e utilitário, ou
CAPÍTULO I de carroceria intercambiável, nos termos de
DOS REQUISITOS DO SISTEMA DE PLACAS regulamentação específica do CONTRAN.
DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR (PIV) § 2º A segunda PIV também deverá atender os
requisitos de instalação de que trata o item 5 do
Anexo I.
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre o sistema de
Art. 5º Todas as PIV deverão possuir QR Code
Placas de Identificação de Veículos (PIV),
contendo números de série e acesso às
registrados no território nacional.
informações do banco de dados do fabricante,
Art. 2º Após o registro no respectivo órgão ou
especificados no Anexo I, com a finalidade de
entidade executivo de trânsito do Estado ou do
controlar a produção, logística, estampagem e
Distrito Federal, cada veículo será identificado por
instalação das PIV nos respectivos veículos, além
PIV dianteira e traseira, de acordo com os
da verificação da sua autenticidade.
requisitos estabelecidos nesta Resolução.
Parágrafo único. O órgão máximo executivo de
§ 1º Os reboques, semirreboques, motocicletas,
trânsito da União disponibilizará aplicativo aos
motonetas, ciclomotores, cicloelétricos, triciclos,
órgãos e entidades do Sistema Nacional de
quadriciclos e guindastes serão identificados
Trânsito (SNT) para leitura do QR Code de que
apenas pela PIV traseira.
trata o caput.
§ 2º As especificações técnicas das PIV estão
contidas no Anexo I.
§ 3º Excetuadas as situações descritas no art. 56, CAPÍTULO II
não será obrigatória a substituição da Placa DAS DEFINIÇÕES
Nacional Única (PNU), modelo de placa
anteriormente estabelecido identificada por uma Art. 6º Para fins desta Resolução, adotam-se as
sequência de três caracteres alfabéticos e quatro seguintes definições:
I - estampador de PIV: empresa credenciada pelo clonado (original), apresentando ou não as
órgão ou entidade executivo de trânsito dos mesmas características do veículo original (marca,
Estados ou do Distrito Federal com uso de sistema modelo, cor, dentre outras), com adulteração ou
informatizado do órgão máximo executivo de não do Número de Identificação Veicular (VIN)
trânsito da União, responsável por exercer, gravado no chassi; e
exclusivamente, o serviço de acabamento final das VIII - veículo de representação diplomática:
PIV e sua comercialização junto aos proprietários veículo automotor pertencente às Missões
dos veículos; Diplomáticas, às Delegações Especiais, aos
II - fabricante de PIV: empresa credenciada pelo agentes diplomáticos, às Repartições Consulares
órgão máximo executivo de trânsito da União para de Carreira, aos agentes consulares de carreira,
exercer a atividade de fabricação, operação aos Organismos Internacionais e seus
logística, gerenciamento informatizado e funcionários, aos Funcionários Estrangeiros
distribuição das PIV semiacabadas para os Administrativos e Técnicos das Missões
estampadores credenciados; Diplomáticas, de Delegações Especiais e de
III - Placa de Identificação Veicular de Repartições Consulares de Carreira e aos Peritos
Experiência (PIV-Exp): placa de identificação Estrangeiros de Cooperação Internacional.
veicular concedida aos estabelecimentos onde se
executem reformas ou recuperação de veículos e CAPÍTULO III
os que comprem, vendam ou desmontem DAS COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS
veículos, usados ou não, conforme disposto no art. EXECUTIVOS DE TRÂNSITO
330 do CTB;
IV - Placa de Identificação de Veículos de Art. 7º Compete ao órgão máximo executivo de
Fabricante (PIV-Fab): placa de identificação trânsito da União:
veicular concedida pelos órgãos e entidades I - cumprir e fazer cumprir as disposições desta
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Resolução;
Federal aos fabricantes, às montadoras, aos II - credenciar, mediante análise do requerimento
encarroçadores de veículos, aos fabricantes de devidamente instruído e protocolado, as empresas
sistemas, conjuntos, subconjuntos, pneus fabricantes de PIV conforme critérios
automotivos, peças, acessórios e implementos, estabelecidos no Anexo III;
para utilização quando da realização de testes III - disponibilizar acesso às informações dos
destinados ao aprimoramento de seus produtos; fabricantes credenciados aos órgãos ou entidades
V - placa de representação de autoridades: executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
placa a ser utilizada nos veículos de Federal;
representação pessoal do Presidente e do Vice- IV - fiscalizar a regularidade das atividades dos
Presidente da República, dos Presidentes do fabricantes de PIV, suas instalações,
Senado Federal e da Câmara dos Deputados, do equipamentos e soluções tecnológicas de controle
Presidente e dos Ministros do Supremo Tribunal e gestão do processo produtivo;
Federal, dos Ministros de Estado, do Advogado- V - desenvolver, manter e atualizar o sistema
Geral da União e do Procurador-Geral da informatizado de emplacamento;
República ou nos veículos de representação dos VI - estabelecer os requisitos mínimos do sistema
Presidentes dos Tribunais Federais, dos desenvolvido pelo fabricante, bem como os
Governadores, Prefeitos, Secretários Estaduais e critérios de registro das informações necessárias
Municipais, dos Presidentes das Assembleias para o rastreamento do processo de fabricação e
Legislativas, das Câmaras Municipais, dos estampagem da PIV;
Presidentes dos Tribunais Estaduais e do Distrito VII - disponibilizar o sistema informatizado de
Federal, e do respectivo chefe do Ministério emplacamento para a gestão e controle de
Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças distribuição do QR Code e das combinações
Armadas, nos termos dos §§ 2º e 3º do art. 115 do alfanuméricas, estampagem das PIVs e
CTB; emplacamento; e
VI - veículo clonado: veículo original cuja VIII - aplicar as sanções administrativas aos
combinação alfanumérica da PIV foi utilizada em fabricantes credenciados, registrando e
outro veículo; informando em seu sítio eletrônico as sanções
VII - veículo dublê ou clone: veículo que utiliza a aplicadas.
combinação alfanumérica da PIV do veículo
Art. 8º Compete aos órgãos ou entidades Art. 13. Os fabricantes somente poderão
executivos de trânsito dos Estados e do fornecer PIV para estampadores credenciados
Distrito Federal: pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito
I - cumprir e fazer cumprir as disposições desta dos Estados e do Distrito Federal, para que estes
Resolução; realizem a estampagem e o acabamento final.
II - credenciar as empresas estampadoras de PIV Art. 14. Cabe ao fabricante disponibilizar ao
no âmbito de sua circunscrição, utilizando sistema estampador equipamentos e sistemas
informatizado disponibilizado pelo órgão máximo informatizados para garantir a prevenção
executivo de trânsito da União; contra as fraudes e operações não autorizadas,
III - fiscalizar a regularidade das atividades dos bem como todas as informações relativas ao
estampadores de PIV, suas instalações, histórico dos processos realizados, nos termos
equipamentos, bem como o controle e gestão do estabelecidos pelo órgão máximo executivo de
processo produtivo; e trânsito da União.
IV - aplicar as sanções administrativas aos Art. 15. Os estampadores poderão adquirir PIV e
estampadores credenciados no âmbito de sua insumos de qualquer fabricante regularmente
circunscrição, registrando e informando em seu credenciado pelo órgão máximo executivo de
sítio eletrônico as sanções aplicadas. trânsito da União, independentemente da
Art. 9º É vedado ao órgão máximo executivo de Unidade da Federação de sua instalação.
trânsito da União e aos órgãos ou entidades Art. 16. Os estampadores deverão emitir a nota
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito fiscal diretamente ao consumidor final, sendo
Federal: vedada a sub-rogação dessa responsabilidade.
I - credenciar empresa que não possua objeto Art. 17. Os estampadores credenciados deverão
social para a atividade de fabricação ou realizar, sob sua única, exclusiva e indelegável
estampagem de PIV; e responsabilidade, a comercialização direta com
II - estabelecer critérios adicionais aos contidos no os proprietários dos veículos, sem intermediários
Anexo III. ou delegação a terceiros a qualquer título,
Parágrafo único. Além das vedações previstas no definindo de forma pública, clara e transparente o
caput, é vedado aos órgãos ou entidades preço total da PIV.
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Art. 18. O proprietário de veículo poderá se fazer
Federal estabelecerem a atividade de representar por qualquer pessoa, desde que
intermediários na execução das atividades de apresentada ao estampador a procuração com
que trata esta Resolução. poderes específicos.
Parágrafo único. Caso o órgão ou entidade
CAPÍTULO IV executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
DOS FABRICANTES E ESTAMPADORES Federal tenha regulamentado a atuação de
despachantes legalmente constituídos, desde
Art. 10. A prestação de serviços de fabricação e que o proprietário voluntariamente decida por ser
estampagem das PIV será realizada por meio de representado, a procuração de que trata o caput
credenciamento de fabricantes e poderá ser substituída por documento
estampadores, nos termos desta Resolução, instituído pelo respectivo órgão ou entidade
sendo vedada a habilitação de empresas de forma executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
diversa. Federal responsável pelo registro e
Art. 11. Os fabricantes credenciados na forma licenciamento do veículo.
desta Resolução poderão fornecer PIV para todas Art. 19. O credenciamento das empresas
as Unidades da Federação, vedada qualquer fabricantes e estampadoras terá validade de
restrição ao exercício dessa atividade por parte cinco anos, podendo ser cassado a qualquer
dos órgãos ou entidades executivos de trânsito tempo, se não mantidos, no todo ou em parte, os
dos Estados e do Distrito Federal. requisitos exigidos para o credenciamento
Art. 12. É vedado aos fabricantes firmarem conforme Anexo III, observado o devido processo
contratos de exclusividade com os administrativo.
estampadores, sob pena de Parágrafo único. O credenciamento poderá ser
descredenciamento. renovado, a pedido, por igual período, sem limite
de renovações, desde que atendidos os
requisitos de credenciamento estabelecidos no
Anexo III, bem como o cumprimento das demais pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito
disposições desta Resolução. dos Estados e do Distrito Federal, atestando que
Art. 20. O descumprimento, no todo ou em parte, não serão fornecidas ou disponibilizadas a
das regras previstas nesta Resolução, sujeitará os terceiros sem autorização expressa e escrita, sob
fabricantes e os estampadores de PIV pena de descredenciamento;
credenciados às seguintes sanções III - manter arquivo eletrônico completo de
administrativas, conforme a gravidade da fornecimento das PIV produzidas e estampadas,
conduta, assegurado o devido processo bem como fornecer, sempre que solicitado, o
administrativo, sem prejuízo de sanções cíveis ou acesso desse arquivo ao órgão máximo executivo
penais cabíveis: de trânsito da União e aos órgãos ou entidades
I - advertência; executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
II - suspensão do credenciamento por trinta dias; e Federal para consultas e auditorias;
III - cassação do credenciamento. IV - registrar os procedimentos relativos ao
§ 1º Constatado o descumprimento, de menor processo de fabricação e estampagem das PIV no
gravidade, das regras previstas nesta Resolução, sistema informatizado de emplacamento;
será expedida a advertência ao credenciado, V - não se dedicar à produção ou distribuição de
determinando-lhe que sane a irregularidade. outros produtos ou serviços relacionados à
§ 2º Caso não seja sanada a irregularidade que legalização dos veículos ou de seus condutores,
ensejou a advertência no prazo de trinta dias, de modo a restringir o acesso, a concentração e o
será aplicada a penalidade de suspensão do perfilhamento das informações relativas ao
credenciamento. registro nacional de veículos por entidade privada,
§ 3º Durante o período de suspensão, o sob pena de descredenciamento;
credenciado não poderá produzir, estampar ou VI - disponibilizar aos consumidores, via internet,
comercializar as PIV. informações adequadas, claras e precisas sobre
§ 4º Constatado o cometimento de irregularidade todas as etapas e procedimentos relativos à
grave, ou em caso de persistência do motivo da produção, estampagem e acabamento das PIV,
suspensão, será cassado o credenciamento da com especificação dos materiais utilizados, bem
empresa. como o preço final da PIV, sendo solidariamente
§ 5º No caso de cassação do credenciamento, a responsáveis pelas irregularidades praticadas e
empresa punida poderá requerer novo vícios do produto e do serviço pelo período
credenciamento depois de transcorridos dois mínimo de cinco anos;
anos da cassação, ficando sujeita à análise, pelo VII - inserir, em campo específico no sistema
órgão competente, das causas da penalidade, informatizado de emplacamento, o serial QR Code
sem prejuízo do integral ressarcimento à das PIV utilizadas no atendimento, o arquivo
Administração e aos usuários dos prejuízos eletrônico (XML) da referida nota fiscal e o número
causados com as irregularidades perpetradas. no Cadastro de Pessoa Física (CPF) do
§ 6º Enquanto perdurarem as penalidades de funcionário responsável; e
suspensão ou de cassação de credenciamento, ou VIII - ressarcir os custos relativos às transações
ainda no caso de não haver sua renovação, será sistêmicas, conforme normativos do órgão máximo
bloqueado o acesso ao sistema informatizado de executivo de trânsito da União que disciplinam o
emplacamento. acesso aos seus sistemas e subsistemas
Art. 21. Sem prejuízo das demais disposições informatizados.
contidas nesta Resolução e em seus Anexos, as Art. 22. As empresas produtoras dos insumos
empresas credenciadas são responsáveis pelo personalizados constantes do Anexo I somente
cumprimento das seguintes exigências: poderão fornecer tais insumos para os fabricantes
I - atender às especificações dos insumos e estampadores credenciados, sob pena de
personalizados utilizados na produção das PIV, responsabilização cível e criminal.
constantes do Anexo I, estando sujeitas ao Art. 23.Os fabricantes e estampadores respondem
descredenciamento, no caso de fabricação e solidariamente pelas irregularidades cometidas
estampagem de PIV que não atendam às no processo de estampagem das PIV.
especificações;
II - garantir a confidencialidade das operações e
de qualquer informação que lhe seja confiada pelo
órgão máximo executivo de trânsito da União ou
CAPÍTULO V Art. 29. Os veículos de representação dos
DO PROCESSO PRODUTIVO Secretários de Estado do Governo Federal
deverão ser identificados pelo modelo de placa
Art. 24. Todas as etapas do processo produtivo constante na figura 10 do Anexo I.
devem possuir trilhas de auditoria Art. 30. Os veículos de representação dos
comprobatórias, desde a fabricação e Comandantes da Marinha do Brasil, do Exército
estampagem da PIV até a sua vinculação ao Brasileiro, da Aeronáutica e dos Oficiais Generais
veículo e inserção dos dados no sistema das Forças Armadas deverão ser identificados
informatizado de emplacamento, nos termos pelos modelos de placas constantes na figura 9 do
estabelecidos pelo órgão máximo executivo de Anexo I.
trânsito da União.
Parágrafo único. O responsável pelo CAPÍTULO VII
emplacamento deverá fazer, via sistema, a DO USO DAS PLACAS DE REPRESENTAÇÃO
vinculação do QR Code à PIV disponibilizada. DIPLOMÁTICA
Art. 25. No caso de extravio, furto ou roubo de
qualquer das PIV, o proprietário, possuidor ou Art. 31. Os veículos de representação diplomática
condutor do veículo poderá requerer a serão registrados, emplacados e licenciados pelos
substituição em qualquer Unidade da Federação órgãos e entidades executivos de trânsito dos
onde o veículo estiver circulando, Estados e do Distrito Federal, e a estes será
independentemente do Município ou Unidade concedida PIV de representação diplomática da
da Federação onde o veículo estiver qual trata este Capítulo, conforme especificações
registrado. constantes do Anexo I.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput a Parágrafo único. Fazem jus ao uso da PIV de
veículo que estiver legalmente retido ou recolhido que trata este Capítulo os seguintes veículos de
a depósito em outra Unidade da Federação ou representação diplomática:
Município e necessite ser regularizado para voltar I - de uso de Chefes de Missão Diplomática e de
a circular em via pública. Delegações Especiais;
II - pertencentes a Missão Diplomática, a
CAPÍTULO VI Delegações Especiais e a agentes diplomáticos;
DOS REQUISITOS DA PLACA DE III - pertencentes a Repartições Consulares de
REPRESENTAÇÃO DE AUTORIDADES Carreira e a agentes consulares de carreira;
IV - pertencentes às Representações de
Art. 26. Os veículos de representação dos Organismos Internacionais, aos Organismos
Presidentes dos Tribunais Federais, dos Internacionais com sede no Brasil e a seus
Governadores, dos Prefeitos, dos Secretários representantes;
Estaduais e Municipais, dos Presidentes das V - pertencentes a funcionários administrativos e
Assembleias Legislativas e das Câmaras técnicos estrangeiros de Missões
Municipais, dos Presidentes dos Tribunais Diplomáticas, Delegações Especiais, Repartições
Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo Consulares de Carreira, Representações de
chefe do Ministério Público deverão ser Organismos
identificados pelos modelos de placa constantes Internacionais e Organismos Internacionais com
do Anexo I. sede no Brasil; e
Art. 27. Poderão ser utilizados os mesmos VI - pertencentes a peritos estrangeiros, sem
modelos de placas de que trata o art. 26 para os residência permanente, que venham ao Brasil no
veículos oficiais dos Vice-Governadores e dos âmbito de Acordo de Cooperação Internacional.
Vice-Prefeitos, assim como para os dos Ministros Art. 32. O registro do veículo, a expedição do
dos Tribunais Federais, dos Senadores e dos Certificado de Registro e Licenciamento de
Deputados, mediante solicitação dos Presidentes Veículo em meio digital (CRLV-e) e a
de suas respectivas instituições. designação da combinação alfanumérica da PIV
Art. 28. Os veículos de representação indicados serão realizadas pelos órgãos e entidades
no art. 26 deverão estar registrados junto ao executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
Registro Nacional de Veículos Automotores Federal mediante a apresentação de autorização
(RENAVAM). expedida pelo Cerimonial do Ministério das
Relações Exteriores. peças, acessórios e implementos, para a
§ 1º Além da expedição da autorização de que realização de testes destinados ao
trata o caput deste artigo, o Cerimonial do aprimoramento de seus produtos.
Ministério das Relações Exteriores § 1º A possibilidade de utilização da PIV-Fab de
providenciará o pré-cadastro do veículo no que trata o caput se estende às situações em que
RENAVAM com as informações necessárias para o fabricante entrega o veículo objeto de teste às
o registro do veículo nos órgãos e entidades empresas que lhe forneçam peças, acessórios e
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito implementos ou que lhes prestem serviços
Federal. especializados no ramo automobilístico.
§ 2º Os veículos de que trata este Capítulo serão § 2º O fabricante ou montadora de veículos
registrados na "de representação diplomática, de automotores poderá apor sua PIV-Fab em
repartições consulares de carreira ou organismos veículos por ele importados.
internacionais acreditados junto ao Governo § 3º Quando, por motivos de ordem técnica ou
brasileiro", conforme disposto na alínea "b" do empresarial, duas ou mais montadoras utilizarem,
inciso III do art. 96 do CTB. em veículos, componentes fabricados por
Art. 33. Os procedimentos alusivos à mudança de qualquer delas, poderão, nos testes de
propriedade ou à mudança de categoria dos desempenho e aprimoramento do produto, utilizar
veículos de que trata este Capítulo serão sua PIV-Fab em qualquer dos veículos,
realizados pelos órgãos e entidades executivos de independentemente da marca de fábrica
trânsito dos exibida pelos mesmos.
Estados e do Distrito Federal, condicionados ao § 4º O comodante e o comodatário de veículo
cumprimento das seguintes exigências: dotado de PIV-Fab respondem solidariamente
I - autorização pelo Cerimonial do Ministério das pelos danos eventualmente causados a terceiros e
Relações Exteriores; nas violações da legislação de trânsito.
II - indicação da liberação da transação no Art. 36. A utilização da PIV-Fab independerá de
RENAVAM, que deverá ser procedida pelo horário, situação geográfica ou restrições de
Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores; qualquer natureza, respeitado o disposto no art.
III - adequação do veículo à legislação de trânsito 35.
vigente. Art. 37. As PIV-Fab serão entregues em avulso
Art. 34. Os veículos registrados e emplacados aos fabricantes, observado o disposto no §1º do
conforme disposto neste Capítulo deverão ser art. 35.
licenciados anualmente, observando-se os Parágrafo único. A responsabilidade pela
casos de imunidade e isenções previstos na colocação das PIV-Fab de que trata o caput nos
legislação e nos atos internacionais em vigor, veículos, sendo uma na sua parte dianteira e outra
devidamente declarados por intermédio do na sua parte traseira, bem como a manutenção de
Cerimonial do Ministério das Relações boas condições de visibilidade e legibilidade das
Exteriores. placas será, para todos os efeitos, do fabricante.
Parágrafo único. O licenciamento anual de que Art. 38. No uso da PIV-Fab, observar-se-á o
trata o caput somente será efetivado quando seguinte:
não houver restrição por parte do Cerimonial I - o veículo dotado de PIV-Fab somente poderá
do Ministério das Relações Exteriores. ser conduzido e ocupado por técnicos ou
engenheiros do fabricante ou das empresas a que
CAPÍTULO VIII se refere o § 1º do art. 35, dos quais poderá ser
DO USO DE PLACA ESPECIAL DE exigida a identificação pessoal e profissional;
FABRICANTES DE VEÍCULOS, PEÇAS, II - o fabricante e as empresas de que trata o art.
ACESSÓRIOS E 35 ficam obrigadas a manter em condições hábeis
IMPLEMENTOS de informação e exibição, registro do uso da PIV-
Fab, no qual deverá constar relação nominal dos
Art. 35. A Placa de Identificação de Veículos de condutores, dia e hora de uso da placa;
Fabricante (PIV-Fab), será usada pelos III - a critério do fabricante, o controle mencionado
fabricantes, montadoras, encarroçadores de no inciso II do caput poderá ser feito por sistemas
veículos ou pelos fabricantes de sistemas, informatizados;
conjuntos, subconjuntos, pneus automotivos, IV - a circulação de veículo portador da PIV-Fab
deverá observar as normas disciplinadoras do
trânsito em geral, podendo excepcionalmente ser I - data de entrada do veículo no estabelecimento;
concedida autorização para testes ou experiências II - nome, endereço e identidade do proprietário ou
fora das condições normais de uso. vendedor;
§ 1º Do condutor de veículo portador de PIV-Fab III - data da saída ou baixa, nos casos de
deverá ser exigida a apresentação da desmontagem;
autorização emitida pelo fabricante ou pela IV - nome, endereço e identidade do comprador;
empresa de que trata o § 1º do art. 35. V - características do veículo constantes do seu
§ 2º No caso previsto no § 1º do art. 35, a certificado de registro;
autorização de que trata o § 1º deverá fazer VI - número da PIV-Exp;
menção ao respectivo contrato de comodato. VII - o nome e o número do documento de
§ 3º A realização de testes ou experiências fora habilitação do condutor responsável pela saída do
das condições normais de uso do veículo ou de veículo do estabelecimento utilizando a PIV-Exp;
trânsito dependerá de prévia autorização da VIII - a data e hora de saída do veículo do
autoridade de trânsito com circunscrição sobre estabelecimento utilizando a PIV-Exp; e
a via onde o teste será realizado e conterá IX - a data e hora de retorno do veículo ao
especificamente as condições de sua realização, estabelecimento após a utilização da PIV-Exp.
local e horário. Parágrafo único. A escrituração, no livro de
registro, das informações previstas nos incisos I,
CAPÍTULO IX II, IV, V, VI, VII e VIII do caput deve ser realizada
DO USO DA PLACA ESPECIAL DE antes da saída do veículo para a realização da
EXPERIÊNCIA experiência utilizando a PIV-Exp.
Art. 44.A ausência de identificação do condutor
Art. 39. Os estabelecimentos a que se refere o art. do veículo portador de PIV-Exp envolvido em
330 do CTB poderão utilizar Placas de acidente de trânsito, que tenha cometido infração
Identificação Veicular de Experiência (PIV-Exp), de trânsito ou envolvido em qualquer situação de
conforme especificações constantes do Anexo I. anormalidade durante o uso da PIV-Exp impõe ao
Art. 40. A concessão da PIV-Exp está proprietário do estabelecimento a
condicionada à prévia solicitação ao órgão ou responsabilidade administrativa pela
entidade executivo de trânsito do Estado ou do ocorrência, sem, no entanto, afastar o infrator das
Distrito Federal, mediante requerimento e cominações civil e penal decorrentes do fato.
apresentação, pelo estabelecimento interessado, Art. 45. Os dados registrados no livro, escriturado
do sistema de controle a ser empregado. a partir da ordem de serviço, deverá conter todos
Parágrafo único. O órgão ou entidade executivo elementos elencados nos incisos do caput do art.
de trânsito de cada Unidade da Federação 43 e ser submetido à apreciação e autenticação
estabelecerá os procedimentos necessários à pelo órgão ou entidade executivo de trânsito até o
concessão e renovação da PIV-Exp, respeitadas décimo dia do mês seguinte ao de referência.
as especificações contidas no CTB e nesta Parágrafo único. Quando o livro de registro for
Resolução. físico, os dados serão transcritos em listagens
Art. 41. O controle do uso das PIV-Exp deverá ser com páginas numeradas, devendo tal listagem
realizado por meio do livro de registro do ser apresentada ao órgão ou entidade executivo
movimento de entrada e saída e de uso das PIV- de trânsito para autenticação.
Exp, o qual poderá ser físico ou digital, podendo Art. 46. A via original da ordem de serviço e seus
o respectivo órgão ou entidade executivo de complementos serão arquivados pelo
trânsito regulamentar a forma e modelos. estabelecimento, em meio físico ou digital, pelo
Art. 42. A circulação de veículos utilizando as PIV- prazo de doze meses, contados do primeiro dia
Exp é restrita às vias da Unidade de Federação do mês subsequente ao de sua emissão.
de circunscrição do órgão ou entidade Art. 47. As listagens vistadas pelo órgão ou
executivo de trânsito que as expedir e estarão entidade executivo de trânsito, ou os arquivos
sujeitas a todas as exigências referentes à digitais correspondentes, serão arquivadas pelo
circulação, inclusive as relativas à categoria de prazo de cinco anos.
habilitação. Art. 48. As autoridades de trânsito e as
Art. 43. As seguintes informações deverão constar autoridades policiais terão acesso às ordens de
dos livros de registro de que trata o art. 41: serviço, ao controle informatizado e às listagens,
sempre que as solicitarem, não podendo,
entretanto, retirá-las do estabelecimento, quando g) do recurso interposto perante o órgão autuador,
os registros forem físicos. conforme o caso;
Art. 49. A falta de escrituração dos livros de que II - fotografias coloridas da frente, da traseira e
trata o art. 41, o atraso, a fraude ao realizá-lo e a das laterais do veículo de propriedade do
recusa de sua exibição são punidas com a multa requerente, para confronto com os demais
prevista para as infrações gravíssimas, documentos, devendo ser descritos ou indicados
independentemente das demais cominações todos os pontos divergentes entre o veículo
legais. clonado e o veículo dublê ou clone;
III - informações que possibilitem a comprovação
CAPÍTULO X da existência de veículo dublê ou clone;
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE TROCA IV - cópia do expediente que autorizou a
DE PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO EM CASO DE remarcação do chassi, na hipótese em que a
CLONAGEM identificação do chassi e agregados demonstrar
que a gravação não é original ou que tenha
Art. 50. Nos casos em que for comprovada a ocorrido a sua substituição;
existência de outro veículo automotor circulando V - laudo de vistoria de identificação veicular, nos
com combinação alfanumérica de PIV igual à do moldes da regulamentação do CONTRAN que
veículo original, a troca das PIV, com a disponha sobre vistoria de identificação veicular,
substituição de caracteres alfanuméricos de para a constatação da originalidade dos
identificação, será realizada mediante a caracteres de identificação (chassi e seus
instauração de processo administrativo pelo agregados), com a coleta das respectivas
órgão ou entidade executivo de trânsito de registro imagens; e
do veículo. VI - laudo pericial, elaborado pelo Instituto de
Art. 51. A instauração do processo administrativo Criminalística competente, com as características
de que trata o art. 50 terá início com a do veículo.
apresentação de requerimento pelo Parágrafo único. Os originais dos documentos
proprietário do veículo, acompanhado da mencionados nas alíneas "a" e "g", do inciso I
documentação comprobatória da existência de poderão ser solicitados no curso do processo
veículo dublê ou clone. administrativo, para conferência, bem como outros
Parágrafo único. Após a instauração do processo documentos além dos previstos neste artigo,
administrativo e enquanto não for realizada a troca sempre que necessário à instauração e instrução
de placas, será inserida restrição administrativa do processo administrativo de que trata este
de "suspeita de clonagem" no cadastro do Capítulo.
veículo original, sendo facultada a retirada da Art. 53. Concluído o processo administrativo com
restrição a pedido do proprietário do veículo. a comprovação da existência de veículo dublê ou
Art. 52. O requerimento indicado no art. 51 deve clone, deverá o órgão ou entidade executivo de
ser instruído com os seguintes documentos: trânsito do Estado ou do Distrito Federal:
I - cópias reprográficas: I - inserir os caracteres "CL" ao final do Número de
a) do documento de identificação pessoal do Identificação do Veículo (VIN) e do número de
requerente e do Cadastro de Pessoa Física motor no registro do veículo original;
(CPF), para pessoas naturais; II - criar novo registro no sistema RENAVAM para
b) do contrato social e suas alterações e do o veículo original, com as mesmas informações do
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), registro anterior, exceto pelos caracteres CL nas 2
para pessoas jurídicas; últimas posições do VIN e do número do motor,
c) do CRLV-e; gerando novo número de RENAVAM e nova PIV;
d) da notificação de autuação por infração de III - realizar novo emplacamento do veículo
trânsito que incidiu indevidamente sobre o veículo, original, com a nova PIV;
se houver; IV - retirar os dados do proprietário do registro cujo
e) da imagem do veículo, no caso de infração VIN termine em CL, incluindo no campo relativo à
registrada por sistema automático metrológico ou propriedade a expressão "Registro de veículo
não-metrológico de fiscalização; clonado";
f) do microfilme do Auto de Infração de Trânsito V - anotar a restrição administrativa "Registro de
lavrado por agente de trânsito, se houver; e veículo clonado" no registro cujo VIN termine em
CL;
VI - realizar a "baixa por clonagem" do registro III - necessidade de instalação da segunda placa
do veículo cujo VIN termine em CL. traseira de que trata os arts. 4º e 25.
§ 1º Nos casos em que incidir gravame financeiro § 2º Havendo necessidade de aquisição de nova
sobre o veículo, a instituição financeira credora, ou PIV em razão da alínea "b" do inciso I ou do inciso
o responsável pelo gerenciamento eletrônico do III do § 1º, o proprietário do veículo poderá adquiri-
gravame deverão ser oficiadas, a fim de que seja la em outra Unidade da Federação, mediante
suspensa ou cancelada a restrição financeira, intermediação do órgão ou entidade executivo
cabendo à instituição financeira credora a de trânsito de registro do veículo.
responsabilidade exclusiva para a inclusão da Art. 57. Os veículos em circulação que utilizem a
restrição sobre a nova placa designada. PNU poderão circular até o seu sucateamento
§ 2º Nos casos em que incidir restrição judicial sem necessidade de substituição das placas e, a
sobre o veículo, o juízo responsável pela restrição qualquer tempo, optar voluntariamente pelo novo
deverá ser informado acerca das alterações modelo de PIV de que trata esta Resolução,
realizadas no registro do veículo original. ressalvado o disposto no § 1º do art. 56.
§ 3º Nos casos em que incidir restrição "RFB" § 1º No caso de adoção do sistema da PIV de que
sobre o registro do veículo, a Receita Federal do trata esta Resolução, os caracteres originais
Brasil (RFB) deverá ser informada acerca das alfanuméricos da PIV deverão ser mantidos no
alterações realizadas no registro do veículo cadastro do veículo e constar no campo "placa
original. anterior" do CRLV-e, atribuindo-se a nova
Art. 54. A troca das PIV dos veículos de que trata combinação alfanumérica na forma do Anexo II, de
este Capítulo deverá ser precedida do pagamento modo a permitir a consulta e demais transações
de todos os débitos, impostos, taxas e multas referentes ao veículo por meio de ambas as
vinculados ao registro do veículo automotor, combinações.
exceto aqueles gerados pelo veículo dublê ou § 2º É vedado aos órgãos ou entidades
clone. executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
Art. 55. Os procedimentos administrativos em Federal e aos estampadores exigirem a
curso relativos às infrações cometidas com o substituição da PNU pela PIV, exceto nas
veículo original serão migrados para o novo situações previstas no § 1º do art. 56.
cadastro do veículo. Art. 58. As empresas credenciadas nos termos de
Parágrafo único. A pontuação relativa às multas normativos anteriores à presente Resolução
por infrações que tenham sido comprovadamente continuarão a prestar seus serviços até o fim do
cometidas com o veículo dublê ou clone deverá prazo de credenciamento, sendo vedada a
ser excluída do prontuário do proprietário ou prorrogação do credenciamento em desacordo
condutor, conforme o caso. com esta Resolução.
Art. 59. No caso das PIV especiais tratadas no
CAPÍTULO XI Anexo I, o órgão máximo executivo de trânsito da
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS União deverá providenciar as adequações nos
sistemas RENAVAM e de Registro Nacional de
Art. 56. O sistema de PIV de que trata esta Infrações de Trânsito (RENAINF), de forma a
Resolução deve ser implementado pelos órgãos possibilitar o registro das infrações que venham a
ou entidades executivos de trânsito dos Estados e ser cometidas quando da circulação dos veículos
do Distrito Federal e será exigida no primeiro com prerrogativa de utilização dessas PIV, nos
emplacamento do veículo. termos de regulamentação específica.
§ 1º A PIV de que trata o caput também será Art. 60. O descumprimento do disposto nesta
exigida para os veículos em circulação, nos Resolução implicará, conforme o caso, na
seguintes casos: aplicação ao infrator das seguintes penalidades e
I - substituição de qualquer das placas em medidas administrativas previstas no CTB:
decorrência de: I - art. 221:
a) mudança de categoria do veículo; ou a) veículo utilizando PIV com seus elementos,
b) furto, extravio, roubo ou dano da placa ou de material, caracteres, cores, dimensões ou
qualquer dos seus elementos; qualquer outra especificação técnica em
II - mudança de Município ou de Unidade da desacordo com o estabelecido nesta Resolução
Federação; ou ou, ainda, com cores de fundo ou dos caracteres
diversos dos especificados para a categoria e/ou V - art. 230, inciso VI: veículo com qualquer uma
espécie do veículo; das PIV com os caracteres alfanuméricos total ou
b) veículo utilizando PIV com QR Code arranhado, parcialmente sem visibilidade ou legibilidade;
desgastado ou com outro defeito que impossibilite VI - art. 238: quando for constatada a falta de
a sua leitura correta por aplicativo disponibilizado escrituração dos livros de que trata o art. 41, o
pelo órgão máximo executivo de trânsito da União; atraso, a fraude ao realizá-lo e a recusa de sua
c) veículo utilizando PIV-Fab, PIV-Exp, placa de exibição; e
representação ou de coleção indevidamente, ou VII - art. 250, inciso III: quando o veículo estiver
em desacordo com as especificações de uso em movimento à noite, sem que a PIV traseira
descritas nesta Resolução; esteja iluminada.
d) veículo utilizando PNU sem lacre, com o lacre Parágrafo único. As situações infracionais
ou seu arame danificado por ação do tempo; sem descritas neste artigo não afastam a possibilidade
tarjeta do Município ou com esta ilegível, de aplicação de outras penalidades previstas no
danificada ou de Município diverso do de registro CTB.
do veículo; ou ainda com qualquer especificação Art. 61. O órgão máximo executivo de trânsito da
em desacordo com as aplicáveis ao modelo de União definirá os parâmetros e procedimentos
placa; para aplicação das penalidades previstas no art.
e) veículo com a PIV fixada em desacordo com as 20.
especificações de fixação estabelecidas nesta Art. 62. As infrações cometidas pelo veículo dublê
Resolução; ou clone serão registradas para o veículo que
II - art. 230, inciso I: possua os caracteres CL ao final do VIN
a) veículo utilizando PIV com QR Code violado, registrado no RENAVAM, para eventual atribuição
intencionalmente adulterado, raspado, suprimido de responsabilidade aos infratores.
ou falsificado;
b) veículo utilizando PNU com lacre não fixado em ANEXO I
sua estrutura, violado, falsificado ou com lacre ESPECIFICAÇÕES DO SISTEMA DE PLACAS
diferente do padrão do órgão ou entidade DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR (PIV)
executivo de trânsito;
c) veículo utilizando placa com inscrição 1. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS:
alfanumérica diferente de seu registro ou com 1.1. A PIV deve ser revestida, em seu anverso, de
aposição de qualquer material ou remoção parcial película retrorrefletiva, na cor branca com uma
da pintura que induza à leitura equivocada de um faixa na cor azul na margem superior, contendo ao
ou mais caracteres; lado esquerdo o logotipo do MERCOSUL, ao lado
d) veículo com placa não registrada; direito a Bandeira do Brasil e ao centro o nome
III - art. 230, inciso III: veículo com equipamento, BRASIL.
dispositivo, aparelho ou objeto que neutralize, 1.1.1 Excetua-se da disposição do item 1.1 a PIV
iniba, detecte a ação de medidores de velocidade, dos veículos de coleção classificados como
ou ainda que dificulte a leitura da placa, com originais, de uso restrito ao território nacional, que
exceção de aparelho de GPS ou software de deve ser revestida, em seu anverso, de película
navegação que informe a localização dos cor preta com uma faixa cor azul na margem
medidores de velocidade, previamente superior, contendo ao lado direito a Bandeira do
cadastrados; Brasil e ao centro o nome BRASIL (Figuras 7 e 8).
IV - art. 230, inciso IV: 1.2. O padrão de estampagem é composto de 7
a) veículo registrado sem possuir qualquer uma (sete) caracteres alfanuméricos, em alto relevo, na
das placas; sequência LLLNLNN, com espaçamento
b) veículo efetuando transporte de carga, bicicleta equidistante e combinação aleatória, distribuída e
ou com carroceria intercambiável (camper) controlada pelo órgão máximo executivo de
encobrindo, total ou parcialmente a PIV traseira, trânsito da União.
sem possuir a segunda PIV; e 1.2.1 O caracter “L” refere-se à letra, e o caracter
c) veículo que possua engate para reboque, “N” refere-se ao numeral.
encobrindo a PIV traseira, sem possuir a segunda 1.3. O processo de estampagem dos caracteres
PIV; alfanuméricos deve ser realizado por meio de filme
térmico aplicado por calor (hot stamp).
1.4. A cor dos caracteres alfanuméricos da PIV
será determinada de acordo com o uso dos
veículos, conforme Tabela III.

2. MATERIAL, DIMENSÕES E CORES


2.1. Dimensões:
2.1.1 As PIV devem ter as dimensões
apresentadas na Tabela I:
2.3.4. Nome do País (BRASIL): deverá ser
vazado na cor branca, ao centro da faixa azul
superior.
2.4. Fontes
2.4.1. Fonte da Combinação Alfanumérica:
2.4.1.1 Tipologia: FE Engschrift
2.4.1.2 Altura (h): 53mm, para motocicletas,
motonetas, ciclomotores, cicloelétricos, triciclos e
2.1.2 As dimensões de que trata a Tabela acima quadriciclos; 65mm, para os demais veículos.
poderão ser reduzidas em até 15% caso a PIV não 2.4.1.3 Largura: conforme Figuras 2 e 3.
caiba no receptáculo do veículo homologado pelo 2.4.1.4 Espessura do traço: proporcional ao
órgão máximo executivo de trânsito da União. padrão da tipologia.
2.2. Material: 2.4.2. Fonte do Nome do País (BRASIL): Gill
2.2.1. Metal: alumínio não galvanizado, com Sans Standard Bold Condensed 50 Interletrado.
espessura de 1mm ± 0,2mm
2.2.2. Película do fundo: microprismática ou 3. ESPECIFICAÇÕES DOS ELEMENTOS DE
microesférica retrorrefletiva; SEGURANÇA:
2.2.3. Caracteres: filme térmico aplicado por calor 3.1 Emblema do MERCOSUL (Figuras 2, 3 e 4):
(hot stamp), sem retrorrefletividade e sem efeito é o Emblema Oficial do MERCOSUL, claramente
difrativo, sólido, com inscrições das palavras visível e impresso na película retrorrefletiva, com
"MERCOSUR BRASIL MERCOSUL" sobre os um Pantone Azul (286) e Verde (347), com
caracteres, em letras maiúsculas, conforme Figura tamanho de 25mm por 20mm para motocicletas,
7. Excetuam-se os caracteres das placas de motonetas, triciclos, ciclo elétricos, quadriciclos e
veículos de coleção classificados como originais, ciclomotores e, de 32mm por 22mm, para os
de uso restrito ao território nacional, que não demais veículos. Esta aplicação é sobre fundo de
devem dispor das inscrições "MERCOSUR cor conforme a Normativa, Emblema do
BRASIL MERCOSUL". MERCOSUL do Manual de Identidade Corporativa
2.3. Cores (conforme Figura 4): - Emblema do MERCOSUL/DEC CMC Nº 17/02. O
2.3.1. Fundo: A PIV deverá ter o fundo branco, extremo esquerdo da logomarca começa aos
conforme especificações contidas nas Tabelas IV 15mm da borda esquerda, exceto para
e V, a exceção das placas dos veículos de coleção motocicleta, motoneta, triciclos, ciclo elétricos,
classificados como originais, de uso restrito ao quadriciclo e ciclomotor, em que a bissetriz do
território nacional, que adotarão o fundo na cor ângulo da PIV deve coincidir com a bissetriz do
preta, sem retrorrefletividade. ângulo do emblema. O emblema do MERCOSUL
2.3.2 Faixa: A PIV deverá conter em sua margem não deve ser aposto na PIV de veículo de coleção
superior uma faixa horizontal azul padrão Pantone classificado como original, de uso restrito ao
286, cujas medidas são dispostas na Tabela II: território nacional.
3.2. Bandeira do Brasil (Figuras 2, 3 e 4):
Deverá ser impressa na película retrorrefletiva e
posicionada no canto superior direito, fazendo
coincidir a bissetriz da bandeira com a bissetriz
2.3.3 Caracteres: A cor dos caracteres principal da placa, a uma distância de 4 mm tanto
alfanuméricos da PIV será determinada de acordo da parte superior quanto do lado direito da placa.
com o uso dos veículos, nos termos da Tabela III: As medidas da bandeira são de 23 mm por 16 mm
para motocicletas, motonetas, triciclos, ciclo
elétricos, quadriciclos e ciclomotores e, de 28 mm 4.2. A película deve ter coeficiente de
por 20 mm, para os demais veículos. Para ambas, retrorrefletividade, expresso em cd/lux/m2,
os cantos serão arredondados e terão uma borda conforme estabelecido na Tabela IV.
branca de 1 mm (±0,5 mm) de largura.
3.3 Signo/Distintivo internacional do Brasil - BR
(Figuras 2, 3 e 4): a sigla "BR" deverá ser na fonte
Gill Sans, cor Preta, aplicada por calor ou
impressa no canto inferior esquerdo, exceto nas
placas dos veículo de coleção classificado como 4.3. As medições de coeficiente de
original, de uso restrito ao território nacional, cuja retrorrefletividade devem ser realizadas em
cor deve ser branca. conformidade com a norma ASTM E-810.
3.4 Marca d'água (Figuras 2, 3 e 5): consiste em 4.4. A película retrorrefletiva deverá ser na cor
efeito óptico visível sob condições de luz normais, branca com faixa azul, conforme definição na
inscrito no interior da película com o emblema do Tabela V
MERCOSUL em formato circular, gravados na
construção da película retrorrefletiva, ocorrendo a
cada 72mm. Esta marca não deve ser utilizada
nas placas dos veículo de coleção classificado 4.5. As películas retrorrefletivas devem apresentar
como original, de uso restrito ao território nacional. os valores de coordenadas de cromaticidade e
3.5 Código bidimensional (2D): Gravação de luminância conforme as especificações nos termos
forma indelével no canto superior esquerdo da do Sistema Colorimétrico padrão CIE 1964, com
placa, abaixo da faixa azul, com lado entre 16mm iluminante D65 e ângulo de observação de 10°.
a 22 mm. 4.6. As películas retrorrefletivas devem atender
3.5.1 O QR Code, deve ser gerado a partir de aos testes e ensaios estabelecidos segundo os
algoritmo específico, de propriedade do órgão seguintes itens da Norma Internacional ISO
máximo executivo de trânsito da União, que 7591:1982 (Veículos Rodoviários - Placas
deverá conter a identificação do fabricante e o Refletivas para Veículos Motorizados e Trailers –
número de série individual e acesso aos dados Especificação):
dos eventos envolvendo as placas, que permita a 4.6.1. Ensaio de temperatura, conforme item 8;
rastreabilidade sistêmica das placas desde a sua 4.6.2. Ensaio de adesão ao substrato, conforme
produção até a instalação aos respectivos item 9;
veículos, além da verificação da autenticidade por 4.6.3. Ensaio de resistência impacto, conforme
meio de sistema eletrônico. item 10;
3.5.2 A obtenção do QR Code será feita 4.6.4. Ensaio de resistência a flexão, conforme
diretamente pelos fabricantes credenciados pelo item 11;
órgão máximo executivo de trânsito da União, que 4.6.5. Ensaio de resistência a água, conforme item
terão acesso exclusivo aos sistemas 12;
informatizados capazes de realizar a comunicação 4.6.6. Ensaio de lavagem, conforme item 13;
do referido código. 4.6.7. Ensaio de resistência a gasolina, conforme
3.5.3 Para melhor contraste, fica permitida a item 14;
inscrição do código bidimensional dinâmico em um 4.7. Os fabricantes de películas retrorrefletivas
quadrado de lado entre 17 mm e 23 mm nas devem obter, para os seus produtos, homologação
placas dos veículo de coleção classificado como pelo órgão máximo executivo de trânsito da União
original, de uso restrito ao território nacional. atendendo aos requisitos estabelecidos neste
Anexo e em Portaria específica.
4. ESPECIFICAÇÕES DA PELÍCULA 4.7.1 Até a edição da Portaria do órgão máximo
RETRORREFLETIVA: executivo de trânsito da União, serão admitidas as
4.1. As películas retrorrefletivas devem ser películas retrorrefletivas que atendam aos
flexíveis para todas as condições atmosféricas requisitos estabelecidos no Anexo III.
com adesivo sensível à pressão, conformável para 4.8. O órgão máximo executivo de trânsito da
suportar a elongação necessária para o processo União, após receber requerimento de
produtivo das placas veiculares. homologação devidamente instruído e
protocolado, notificará o interessado acerca da
viabilidade do pedido em até (60) sessenta dias.

5. FIXAÇÃO DA PLACA AO VEÍCULO


A PIV deve ser afixada no habitáculo original do
veículo em primeiro plano, na extremidade traseira
e dianteira, em posição vertical, sem qualquer tipo
de obstrução à sua visibilidade e legibilidade.
5.1 A PIV nos automóveis, camionetas,
caminhonetes, utilitários, caminhões, caminhões-
tratores, reboques, semirreboques e guindastes:
5.1.1 As bordas laterais da placa não podem estar
situadas além do plano vertical paralelo ao plano
longitudinal médio do veículo e tangente as bordas 5.4 Deve ser fixada por elementos de fixação
exteriores extremas do veículo. (parafusos, rebites, etc.) em no mínimo dois
5.1.2 Posição da placa traseira em relação ao pontos destinados a este fim conforme
plano vertical longitudinal do veículo, conforme apresentado nas Figuras 2 e 3.
apresentado nas figuras 1: 5.5 A fixação deve ser de tal forma que não
5.1.2.1 A placa deve estar perpendicular (± 5°) ao prejudique a estrutura física da chapa da placa,
plano longitudinal do veículo. podendo ser utilizado suporte específico para esta
5.1.3 Posição da placa traseira em relação ao função.
plano vertical transversal, conforme apresentado 5.6 Quando utilizado suporte específico para a
nas figuras 1: fixação da placa, este não poderá encobrir nada
5.1.3.1 A PIV pode ser inclinada em relação à além da borda da placa, tampouco possuir
vertical: elementos refletivos ou luminosos.
5.1.3.1.1 Entre - 5° e 30°, desde que a altura da 5.7 Nos casos em que não for possível afixar a
borda superior da placa não se encontre a mais de PIV dianteira ou traseira no eixo central do veículo
1,20 m da superfície do solo; ou em seu habitáculo original, ela deverá ser
5.1.3.1.2 Entre - 15° e 5°, desde que a altura da afixada preferencialmente no quadrante direito.
borda superior da placa se encontre a mais de 5.8 Excetuam-se do contido no item anterior os
1,20 m da superfície do solo; veículos de 2 e 3 rodas.
5.1.3.2 A altura da borda superior da placa deve
ser medida com o veículo em condição de massa
em ordem de marcha, em condição normal de
funcionamento, conforme especificado pelo
fabricante.
5.2. A PIV nos veículos de duas e três rodas e
quadriciclos pode ser inclinada em relação à
vertical entre - 5° e 30°.
5.3 Admite-se, para os veículos de carga ou
especial com PBT superior a 3.500 kg, que a
placa traseira possa ser posicionada a uma
distância afastada da extremidade do veículo,
desde que garantido um ângulo máximo de
visibilidade de 45° entre a extremidade superior da
placa e a extremidade do veículo.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
1 - Placa em Bronze
2 - Letras em alto-relevo/dourada
3 - Fundo Preto
4 - Dimensões: 35 cm x 16 cm
5 - Brasão podendo ser nas cores oficiais ou em
bronze
ANEXO III
REQUISITOS PARA CREDENCIAMENTO DE
FABRICANTES E ESTAMPADORES DE
PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR (PIV)

1. As empresas interessadas em credenciar-se


para fabricar ou estampar placas de identificação
veicular deverão apresentar requerimento
destinado:
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
1.1. Ao órgão máximo executivo de trânsito da
1 - Placa em Bronze
União, no caso de empresas interessadas em
2 - Letras em alto-relevo/dourada
credenciar-se como fabricantes de PIV; ou
3 - Fundo Preto
1.2. Ao órgão ou entidade executivo de trânsito da
4 - Dimensões: 35 cm x 16 cm
respectiva Unidade da Federação, no caso de
5 - Brasão podendo ser nas cores oficiais ou em
empresas interessadas em credenciar-se como
bronze
estampadoras de PIV.
2. O credenciamento será concedido para pessoas
ANEXO II jurídicas instaladas no território nacional, mediante
TABELA DE CONVERSÃO DOS CARACTERES o protocolo de requerimento acompanhado da
ALFANUMÉRICOS DA PIV comprovação do cumprimento dos requisitos
estabelecidos neste Anexo.
1. No caso de substituição da PNU pelo novo 3. Requisitos para credenciamento de fabricantes:
modelo de PIV de que trata esta Resolução, será 3.1. Habilitação Jurídica, Fiscal e Trabalhista:
adotada a seguinte tabela equiparativa, para 3.1.1. Cópia do Ato constitutivo, estatuto ou
substituição do antepenúltimo caractere, de contrato social em vigor, devidamente registrado,
número para letra, a fim de que haja uma relação com objeto social relacionado às atividades objeto
direta entre a antiga e a nova placa: do credenciamento que trata esta Resolução;
3.1.2. Cópia da Licença ou Alvará de
funcionamento expedido pela Prefeitura do
município ou pelo Governo do Distrito Federal;
3.1.3. Cópia do Comprovante de Inscrição no
CNPJ com Situação Cadastral Ativa;
3.1.4. Regularidade cadastral no Sistema de
Cadastro Unificado de Fornecedores (SICAF),
níveis I a IV;
3.1.5. Declaração contendo as seguintes
informações:
Ex.: A placa anterior ABC1234 será substituída a) não estarem o proprietário ou sócios envolvidos
pela nova placa com o padrão alfanumérico em atividades comerciais e outras que possam
ABC1C34. comprometer sua isenção na execução da
2. A faixa de letras de "A" a "J" será utilizada atividade credenciada;
apenas para a conversão da PNU para o novo b) não estar a empresa interessada, ou outra
sistema de PIV constante desta Resolução, de empresa do mesmo ramo da qual o interessado
forma a permitir a convivência entre ambos os seja proprietário ou sócio, com decretação de
modelos e possibilitar a consulta por ambos os falência;
critérios de placas. c) não estarem o proprietário ou sócios
condenados por crimes nas esferas federal e
estadual;
d) não haver registro de inidoneidade junto ao
Tribunal de Contas da União – TCU;
3.2. O órgão máximo executivo de trânsito da
União poderá verificar a regularidade das
informações apresentadas;
3.3. Qualificação técnica: 3.3.8. Apresentar ao órgão máximo executivo de
3.3.1. Relação dos equipamentos, dos dispositivos trânsito da União amostras das PIVs estampadas
e das ferramentas de propriedade da pessoa no padrão estabelecido nesta Resolução, sendo
jurídica, com seus devidos códigos de um par de placas para veículos e uma placa para
identificação e respectivos comprovantes fiscais e motocicleta, motoneta, ciclomotor e similares.
prova de contabilização na empresa; 4. Requisitos para credenciamento de
3.3.2. Comprovante de que possui tecnologia de estampadores:
certificação digital padrão ICP-Brasil para a 4.1. Habilitação Jurídica, Fiscal e Trabalhista:
identificação das empresas e dos seus 4.1.1. Cópia do Ato constitutivo, estatuto ou
empregados junto ao órgão máximo executivo de contrato social em vigor, devidamente registrado,
trânsito da União e ao órgão ou entidade executivo com objeto social relacionado às atividades objeto
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, e do credenciamento que trata esta Resolução;
acesso aos sistemas informatizados; 4.1.2. Cópia da Licença ou Alvará de
3.3.3. Planta baixa e imagens detalhando a funcionamento expedido pela Prefeitura do
infraestrutura de suas instalações fabris ou de município ou pelo Governo do Distrito Federal;
estampagem, conforme o tipo de credenciamento 4.1.3. Cópia do Comprovante de Inscrição no
pretendido; CNPJ com Situação Cadastral Ativa;
3.3.4. Documento contendo o planejamento e a 4.1.4. Prova de regularidade com a Fazenda
sistemática de controle e rastreabilidade das Federal, Estadual ou Distrital e Municipal da sede
unidades produzidas, durante todo o processo de da Pessoa Jurídica, ou outra equivalente, na forma
fabricação, distribuição e estampagem de forma a da lei;
evitar que as placas sejam desviadas ou 4.1.5. Prova de regularidade relativa à Seguridade
extraviadas; Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de
3.3.5. Declaração de instalador e imagens que Serviço (FGTS), demonstrando situação regular
comprovem que suas instalações de fabricação e no cumprimento dos encargos sociais instituídos
estampagem possuem sistema de monitoramento por Lei;
por meio de Circuito Fechado de Televisão – 4.1.6. Declaração contendo as seguintes
CFTV com tecnologia digital, com capacidade de informações:
armazenamento de imagem por 90 (noventa) dias; a) não estarem o proprietário ou sócios envolvidos
3.3.6. Laudo de Certificação de produto e do em atividades comerciais e outras que possam
processo de produção de acordo com as comprometer sua isenção na execução da
especificações contidas na norma ISO 7591:1982 atividade credenciada;
e nesta Resolução, expedido por organismo de b) não estar a empresa interessada, ou outra
certificação competente, acompanhado de empresa do mesmo ramo da qual o interessado
relatório com os resultados dos seguintes ensaios: seja proprietário ou sócio, com decretação de
a) verificação visual; falência;
b) exame da codificação e elemento de c) não estarem o proprietário ou sócios
segurança; condenados por crimes nas esferas federal e
c) cromaticidade, luminância e retrorrefletividade; estadual;
d) resistência à temperatura; d) não haver registro de inidoneidade junto ao
e) adesividade ao substrato de alumínio; TCU;
f) resistência ao impacto; 4.2. Regularidade cadastral no SICAF, níveis I a
g) resistência à deformação; IV, substituirá os itens 4.1.5 e 4.1.6;
h) resistência à umidade; 4.3. O órgão ou entidade executivo de trânsito do
i) capacidade de limpeza; Estado ou do Distrito Federal poderá verificar a
j) resistência a combustíveis e produtos de regularidade das informações apresentadas;
limpeza abrasivos; 4.3. Qualificação técnica:
k) resistência à salinidade; e 4.3.1. Apresentar ao órgão ou entidade executivo
l) durabilidade. de trânsito do Estado ou do Distrito Federal do
3.3.7. Comprovante de que a empresa possui as respectivo Estado ou do Distrito Federal, amostras
suas rotinas fabris e administrativas voltadas para das PIVs estampadas no padrão estabelecido
a fabricação de placas veiculares, certificadas nesta Resolução, sendo um par de placas para
segundo a Norma ISO 9001, indicando seu veículos e uma placa para motocicleta, motoneta,
responsável técnico; ciclomotor e similares;
4.3.2. Relação dos equipamentos, dos dispositivos para os estampadores que deles adquirirem PIVs
e das ferramentas de propriedade da pessoa semiacabadas.
jurídica, com seus devidos códigos de 5.3. Os estampadores somente poderão atuar na
identificação e respectivos comprovantes fiscais e atividade por meio do Sistema informatizado de
prova de contabilização na empresa; que trata o item 5.1 devidamente homologado pelo
4.3.3. Comprovante de que possui tecnologia de órgão máximo executivo de trânsito da União.
certificação digital padrão ICP-Brasil para a 5.4. O fabricante não poderá comercializar placas
identificação das empresas e dos seus com estampadores que não utilizem seu sistema
empregados junto ao órgão máximo executivo de informatizado para o exercício de suas atividades.
trânsito da União e ao órgão ou entidade executivo 5.5. A fim de viabilizar a troca de informações
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, e necessárias à execução da fabricação e
acesso aos sistemas informatizados; estampagem das PIVs de que trata esta
4.3.4. Planta baixa e imagens detalhando a resolução, o fabricante deverá integrar o seu
infraestrutura de suas instalações fabris ou de sistema informatizado com o banco de dados do
estampagem, conforme o tipo de credenciamento órgão máximo executivo de trânsito da União.
pretendido; 6. Disposições gerais:
4.3.5. Documento contendo o planejamento e a 6.1. Atendidos os requisitos estabelecidos nesta
sistemática de controle e rastreabilidade das Resolução, a empresa será credenciada como
unidades produzidas, durante todo o processo de Fabricante ou Estampadora de Placas de
fabricação, distribuição e estampagem de forma a Identificação Veicular.
evitar que as placas sejam desviadas ou 6.2. O credenciamento da empresa deverá ser
extraviadas; formalizado:
4.3.6. Declaração de instalador e imagens que 6.2.1. No caso de fabricante, mediante Portaria do
comprovem que suas instalações de fabricação e órgão máximo executivo de trânsito da União a ser
estampagem possuem sistema de monitoramento publicada no Diário Oficial da União;
por meio de Circuito Fechado de Televisão - CFTV 6.2.2. No caso de estampador, mediante Portaria
com tecnologia digital, com capacidade de do órgão ou entidade executivo de trânsito do
armazenamento de imagem por 90 (noventa) dias; respectivo Estado ou Distrito Federal a ser
4.4. Atestado de idoneidade financeira da empresa publicada na forma oficial estabelecida pela
e dos sócios: legislação estadual ou distrital, cuja cópia deve ser
4.4.1. Certidão do Cartório de Títulos e Protestos enviada ao órgão máximo executivo de trânsito da
do Município de inscrição da Pessoa Jurídica e União para fins de controle e habilitação sistêmica.
dos Sócios da empresa. 6.3. O credenciamento equivale ao Termo de
5. Sistemas informatizados: Autorização para fins de utilização do sistema
5.1. Após o credenciamento junto ao órgão informatizado de emplacamento do órgão máximo
máximo executivo de trânsito da União, o executivo de trânsito da União.
fabricante deverá apresentar sistema 6.4. As empresas fabricantes e estampadoras,
informatizado a ser avaliado e homologado, com a devidamente credenciadas, deverão ressarcir os
finalidade de executar: custos inerentes ao uso do Sistema, nos termos
a) integração e interoperabilidade com o sistema do normativo do órgão máximo executivo de
informatizado de emplacamento; trânsito da União que disciplina ao acesso aos
b) verificação eletrônica da regularidade do seus sistemas e subsistemas informatizados.
número do chassi dos veículos atendidos, em 6.5. No caso de alteração de endereço das
conformidade com os padrões internacionais; instalações, a empresa somente poderá operar
c) controle da rastreabilidade das placas após atualização do processo de credenciamento,
produzidas ou estampadas, de forma a garantir a nos termos desta Resolução, cumpridos os
segurança e prevenção de fraudes; seguintes requisitos:
d) o recebimento do QR Code para implantação 6.5.1. fabricante: subitens 3.1.1, 3.1.2, 3.1.3, 3.1.6,
nas PIVs semiacabadas; e 3.1.7, 3.1.8, 3.2.1, 3.4.3 e 3.4.5;
e) vinculação dos caracteres alfanuméricos da PIV 6.5.2. estampador: documentação constante dos
estampada ao QR Code; itens 4.1 e 4.2 devidamente atualizada para o
5.2. Os fabricantes devem disponibilizar o acesso novo endereço, bem como os subitens 4.3.4 e
ao sistema informatizado de que trata o item 5.1 4.3.6.
6.6. O órgão máximo executivo de trânsito da RESOLUÇÃO Nº 985/22
União e o do órgão ou entidade executivo de
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, a Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito -
qualquer tempo, fiscalizarão as empresas por eles Parte Geral
credenciadas quanto ao cumprimento dos
requisitos de credenciamento.
APRESENTAÇÃO:
6.7. No exercício da fiscalização conforme A Segurança Viária e o Manual Brasileiro de
subitens 6.6, constatada alguma irregularidade,
Fiscalização de Trânsito (MBFT)
serão aplicadas, no que couber, as disposições do
art. 20 desta Resolução.
Nas sociedades modernas, o trânsito ocupa um
6.8. Uma vez credenciadas, as empresas
espaço fundamental, permitindo que todos
fabricantes e estampadoras deverão submeter-se
possam trabalhar, estudar, ter seu lazer e
à sistemática de produção, controle e rotinas a
desempenhar as demais atividades cotidianas. O
serem determinadas pelo órgão máximo executivo
trânsito, entendido como “a utilização das vias por
de trânsito da União.
pessoas, veículos e animais, isolados ou em
grupos, conduzidos ou não, para fins de
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 976/2022 circulação, parada, estacionamento e operação de
carga ou descarga” é mais que o mero
Referenda a Deliberação CONTRAN nº 259, de partilhamento de vias públicas, trata-se de um
26 de maio de 2022, que altera a Resolução exercício cotidiano de cidadania.
CONTRAN nº 886, de 13 de dezembro de 2021, Desta forma a Segurança Viária (o trânsito em
que regulamenta as especificações, a condições seguras) se torna um bem comum a ser
produção e a expedição da Carteira Nacional buscado por todos os agentes governamentais e
de Habilitação (CNH). pela sociedade civil organizada na intenção não
apenas de preservar vidas, mas de disciplinar o
Art. 1º Esta Resolução referenda a Deliberação comportamento coletivo no trânsito para que a
CONTRAN nº 259, de 26 de maio de 2022, que sociedade possa funcionar a contento e o país
altera a Resolução CONTRAN nº 886, de 13 de possa alcançar o desenvolvimento social e
dezembro de 2021, que regulamenta as econômico.
especificações, a produção e a expedição da A Segurança Viária só pode ser alcançada por
Carteira Nacional de Habilitação (CNH). meio de três pilares complementares: a Educação,
Art.2º A Resolução CONTRAN nº886, de a Engenharia e o Esforço Legal.
2021,passa a vigorar acrescida do seguinte art.11- Em um país com dimensões continentais como o
A: nosso, no qual temos órgãos de trânsito e
rodoviários em todas as esferas administrativas
"Art. 11-A: Os Anexos desta Resolução serão (federal, estadual, distrital e municipal) que atuam
disponibilizados no sítio eletrônico do órgão na fiscalização de trânsito, é salutar que haja um
máximo executivo de trânsito da União." entendimento uniforme sobre a aplicação da
legislação. A uniformização na aplicação da lei
Art. 3º Os Anexos da Resolução CONTRAN nº trará segurança jurídica para o trabalho dos
886, de 2021, passam a vigorar com as alterações órgãos de trânsito e para os administrados,
constantes no Anexo desta Resolução. contribuindo para que a legislação possa cumprir a
Art. 4º As especificações técnicas, indicação e sua finalidade.
localização dos itens de segurança e composição Uma outra dificuldade encontrada tanto pelos
das cores da CNH serão disponibilizados para as agentes fiscalizadores quanto pelos motoristas de
empresas credenciadas ou em processo de veículos e demais atores do trânsito é que a
credenciamento junto ao órgão máximo executivo legislação de trânsito é, dada a sua própria
de trânsito da União para produzir a CNH. natureza, relativamente extensa e, considerando
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor em 1º de que ela deve acompanhar a dinâmica de evolução
agosto de 2022. social e tecnológica, ela sofreu diversas alterações
relevantes nos últimos anos.
Vale dizer que o Brasil têm se engajado em ações
de Segurança Viária dentro dos acordos
internacionais contraídos no âmbito da Segunda pelo Contran, tendo efeitos vinculantes para todos
Década de Ação Global para a Segurança os órgãos do SNT.
Viária 2020-2030, a qual pretende diminuir pela O referido Manual está dividido em duas partes:
metade os índices de acidentes, mortos e feridos a) A Parte Geral, onde são apresentadas normas,
no trânsito. conceitos e definições que são aplicáveis a todo o
Dentro deste esforço, o Brasil instituiu, por meio conjunto normativo e;
da Lei nº 13.614, de 11 de janeiro de 2018 , o b) As fichas de fiscalização de cada uma das
Pnatrans - Plano Nacional de Redução de Mortes infrações de trânsito.
e Lesões no Trânsito, com ações voltadas para As fichas são compostas dos campos, abaixo
atingir o cumprimento das metas pelos órgãos do descritos, destinados ao detalhamento das
SNT. No âmbito do Pnatrans, dentre os pilares infrações com seus respectivos amparos legais e
previstos, temos o Pilar 6 - Normatização e procedimentos, e indica(m):
Fiscalização. ● Tipificação Resumida - a conduta infracional de
Deste modo, visando dar efetividade ao Pilar 6 - acordo com Portaria do Órgão Máximo Executivo
Normatização e Fiscalização, o Conselho Nacional de Trânsito da União.
de Trânsito (Contran) apresenta a nova versão do ● Código do Enquadramento - o código da
Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, infração e seu desdobramento.
tendo em vista a necessidade de uma aplicação ● Amparo Legal - o dispositivo legal do Código de
uniforme da legislação por parte dos órgãos do Trânsito Brasileiro (CTB).
Sistema Nacional de Trânsito (SNT) e, ao mesmo ● Tipificação do Enquadramento - a conduta
tempo, deixar claras as mudanças pelas quais a infracional de acordo com o CTB.
nossa legislação vem passando. ● Gravidade - a classificação da infração de
Este Manual foi fruto de meses de trabalho acordo com a sua gravidade.
incansável de um Grupo de Trabalho constituído ● Penalidade - a(s) sanção(ões) aplicável(eis) à
especialmente para esta finalidade e composto por conduta infracional.
estudiosos da área do trânsito, com vasta ● Medida Administrativa - o procedimento
experiência no assunto, irmanados pelo objetivo aplicável à conduta infracional.
de tornar a aplicação da legislação de trânsito um ● Infrator - o responsável pelo cometimento da
tema de fácil compreensão. infração.
Por fim, novas fontes de energia e avanços ● Competência - o órgão ou entidade do Sistema
tecnológicos extraordinários (como os carros Nacional de Trânsito com competência para
autônomos) já começam a despontar e o seu devir autuar.
provocará, a seu tempo, mudanças inexoráveis na ● Pontuação - o número de pontos a serem
legislação para que se alcance a Segurança imputados ao infrator.
Viária. Sabe-se que este é um trabalho contínuo, ● Constatação da Infração - se a abordagem é
destinado a nunca se esgotar ou se completar, ou não necessária para a constatação da infração.
mas o Contran estará vigilante e pronto para ● Pode Configurar Crime de Trânsito - a
quando o futuro chegar. previsão de eventual ilícito criminal, limitando-se
aos tipos penais previstos no Capítulo XIX do
MBFT - Divisão e Modo de Utilização CTB.
● Quando Autuar - possível(eis) situação(ões)
O MBFT contempla os procedimentos gerais a que configura(m) a infração tipificada na
serem observados pelas autoridades de trânsito, respectiva ficha.
seus agentes e órgãos de julgamento de 1ª e 2ª ● Quando NÃO Autuar - possível(eis)
instâncias. Está estruturado em fichas de situação(ões) que não configura(m) a infração
fiscalização, classificadas por código de tipificada na respectiva ficha ou remete a outros
enquadramento da infração e seu respectivo enquadramentos.
desdobramento. ● Definições e Procedimentos - dispositivos
A interpretação das normas contidas no MBFT, legais, estabelece definições e procedimentos
bem como dos conceitos e definições, representa específicos.
a posição oficial sobre a aplicação da legislação ● Exemplos do Campo de ‘Observações’ do
de trânsito tanto por parte da Senatran, quanto AIT - de forma meramente exemplificativa e não
obrigatória, informações a serem registradas no
campo ‘observações’ do auto de infração de
trânsito, com o objetivo de especificar a conduta Renavam: Registro Nacional de Veículos
observada e/ou adicionar outras informações Automotores
relevantes. Res.: Resolução
● Informações Complementares - situações Senatran: Secretaria Nacional de Trânsito
específicas, normas aplicáveis, necessidade de SNT: Sistema Nacional de Trânsito
sinalização para configurar a infração e ilustrações
que representam as infrações constantes das INTRODUÇÃO
respectivas fichas.
A fiscalização de trânsito, parte integrante do
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS esforço legal, conjugada às ações de operação de
trânsito, de engenharia de tráfego e de educação
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas para o trânsito, é uma ferramenta de suma
ACC: Autorização para Conduzir Ciclomotor importância na busca de convivência pacífica
AE: Autorização Especial entre usuários das vias.
AET: Autorização Especial de Trânsito As ações de fiscalização influenciam diretamente
AIT: Auto de Infração de Trânsito na segurança viária e fluidez do trânsito,
ANTT: Agência Nacional de Transportes contribuindo para a efetiva mudança de
Terrestres comportamento dos usuários das vias, e de forma
CLA: Certificado de Licenciamento Anual específica, dos infratores, por meio de ações
CMT: Capacidade Máxima de Tração preventivas, aplicação de medidas administrativas
CNH: Carteira Nacional de Habilitação e imposição de sanções, propiciando a eficácia da
CNH-e: Carteira Nacional de Habilitação norma jurídica.
Eletrônica Nesse contexto, o papel dos órgãos e entidades
Conama: Conselho Nacional do Meio Ambiente do SNT é desenvolver atividades voltadas à
Contran: Conselho Nacional de Trânsito melhoria da qualidade de vida da população,
CP: Código Penal atuando como facilitador da mobilidade
CRLV-e: Certificado de Registro e Licenciamento sustentável, norteando-se, dentre outros, pelos
de Veículo em meio digital princípios constitucionais da legalidade,
CRV: Certificado de Registro de Veículo impessoalidade, moralidade, publicidade e
CSV: Certificado de Segurança Veicular eficiência.
CTB: Código de Trânsito Brasileiro Desta forma, o presente Manual tem como
CTV: Combinação para Transporte de Veículos objetivos uniformizar procedimentos e orientar a
CVC: Combinação de Veículos de Cargas autoridade de trânsito e seus agentes nas ações
FTP: Faixa de Travessia de Pedestre de fiscalização.
GLP: Gás Liquefeito de Petróleo
GNV: Gás Natural Veicular AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO
Inmetro: Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia O agente da autoridade de trânsito, competente
IPVA: Imposto sobre Propriedade de Veículos para realizar a fiscalização, deve se enquadrar em
Automotores uma das seguintes categorias, com atuação
ITL: Instituição Técnica Licenciada isolada ou cumulativa, não bastando mera
ITV: Inspeção Técnica Veicular designação mediante portaria ou outro ato
NBR: Normas Técnicas Brasileiras administrativo:
PBT: Peso Bruto Total I - agentes de trânsito dos órgãos ou entidades
PBTC: Peso Bruto Total Combinado executivos de trânsito ou rodoviário;
Pnatrans: Plano Nacional de Redução de Mortes II - policiais rodoviários federais;
e Lesões no Trânsito III - policiais militares do serviço ativo, quando
PIV: Placa de Identificação Veicular firmado convênio para esta finalidade, de acordo
PPD: Permissão para Dirigir com o inciso III do art. 23 do CTB;
Renach: Registro Nacional de Carteiras de IV - guardas municipais, na conformidade do
Habilitação inciso VI do art. 5º da Lei nº 13.022, de 8 de
Renainf: Registro Nacional de Infrações de agosto de 2014;
Trânsito
V - agentes dos órgãos policiais da Câmara dos d) relacionadas à pessoa física ou jurídica,
Deputados e do Senado Federal, quando firmado expressamente mencionada no CTB.
convênio com o órgão ou entidade de trânsito com
circunscrição sobre a via, de acordo com o art. 25- RESPONSABILIDADE PELA INFRAÇÃO
A do CTB.
Para que possa exercer suas atribuições, o agente As penalidades serão impostas ao condutor, ao
da autoridade de trânsito deverá estar proprietário do veículo, ao embarcador e ao
devidamente uniformizado, conforme padrão da transportador, salvo os casos de descumprimento
instituição, e no regular exercício de suas funções. de obrigações e deveres impostos a pessoas
Todo veículo utilizado na fiscalização de trânsito físicas ou jurídicas expressamente mencionadas
deverá estar caracterizado na forma definida pelo no CTB.
órgão ou entidade. Proprietário
O agente da autoridade de trânsito, ao constatar o Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade
cometimento da infração, lavrará o respectivo auto pela infração referente à prévia regularização e
e adotará as medidas administrativas e penais preenchimento das formalidades e condições
cabíveis, conforme previsão legal correspondente exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre,
à conduta infracional. conservação e inalterabilidade de suas
O agente da autoridade de trânsito deve priorizar características, componentes, agregados,
suas ações no sentido de coibir a prática das habilitação legal e compatível de seus condutores,
infrações de trânsito, devendo tratar a todos com quando esta for exigida, e outras disposições que
urbanidade e respeito, sem, contudo, omitir-se das deva observar.
providências que a lei lhe determina. Condutor
Ao condutor caberá a responsabilidade pelas
INFRAÇÃO DE TRÂNSITO infrações decorrentes de atos praticados na
direção do veículo.
Constitui infração de trânsito a inobservância a Embarcador
qualquer preceito do Código de Trânsito Brasileiro O embarcador é responsável pela infração relativa
(CTB) ou da legislação complementar. ao transporte de carga com excesso de peso nos
O infrator está sujeito às penalidades e medidas eixos ou no peso bruto total, quando
administrativas previstas no CTB. simultaneamente for o único remetente da carga e
As infrações classificam-se, de acordo com sua o peso declarado na nota fiscal, fatura ou
gravidade, em quatro categorias, computados, manifesto for inferior àquele aferido.
ainda, os seguintes números de pontos: Transportador
I - infração de natureza gravíssima, 7 pontos; O transportador é o responsável pela infração
II - infração de natureza grave, 5 pontos; relativa ao transporte de carga com excesso de
III - infração de natureza média, 4 pontos; peso nos eixos ou quando a carga proveniente de
IV - infração de natureza leve, 3 pontos. mais de um embarcador ultrapassar o peso bruto
Não serão computados os pontos nas infrações: total.
a) praticadas por passageiros usuários do serviço Responsabilidade Solidária
de transporte rodoviário de passageiros em I. Aos proprietários e condutores de veículos serão
viagens de longa distância transitando em impostas concomitantemente as penalidades, toda
rodovias com a utilização de ônibus, em linhas vez que houver responsabilidade solidária em
regulares intermunicipais, interestaduais, infração dos preceitos que lhes couber observar,
internacionais e aquelas em viagem de longa respondendo cada um de per si pela falta em
distância por fretamento e turismo ou de qualquer comum que lhes for atribuída.
modalidade, excluídas as situações II. O transportador e o embarcador são
regulamentadas pelo Contran quanto ao uso do solidariamente responsáveis pela infração relativa
cinto de segurança conforme disposto no art. 65 ao excesso de peso bruto total, se o peso
do CTB; declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
b) previstas no art. 162, inciso I, 221, nos incisos superior ao limite legal.
VII e XXI do art. 230 e nos arts. 232, 233, 233-A, III. Pessoa Física ou Jurídica expressamente
240 e 241 do CTB; mencionada no CTB: A pessoa física ou jurídica é
c) puníveis de forma específica com suspensão do responsável por infração de trânsito, não vinculada
direito de dirigir; e
a veículo ou à sua condução, expressamente efetivamente cometida e não de mera presunção
mencionada no CTB, devendo ser atendida a subjetiva do agente.
regulamentação específica para a lavratura de O campo de Observações do AIT:
Auto de Infração de Trânsito (AIT) e consequente a) poderá ser preenchido, consignando
sanção. informações com o objetivo de especificar a
conduta constatada e/ou adicionar outras
AUTUAÇÃO informações relevantes, conforme exemplos
constantes nas fichas de fiscalização;
A autuação é ato administrativo, vinculado na b) deverá ser preenchido, de forma obrigatória,
forma da lei, da autoridade de trânsito ou seus nas infrações cuja ficha de fiscalização preveja de
agentes quando da constatação do cometimento forma expressa, que é necessária alguma
de infração de trânsito, devendo ser formalizado informação para caracterizar a infração, a exemplo
por meio da lavratura do Auto de Infração de do art. 169 do CTB (dirigir sem atenção e sem os
Trânsito (AIT). cuidados indispensáveis à segurança).
Para fins do contido no § 3º do art. 280 e no § 6º-A As informações referentes à caracterização da
do art. 282, ambos do CTB, considera-se em infração devem constar em todas as vias do AIT.
flagrante quem está cometendo a infração de O AIT, quando lavrado em suporte físico, não
trânsito ou acaba de cometê-la, com ou sem poderá conter rasuras, emendas, uso de
abordagem. corretivos, ou qualquer tipo de adulteração.
O AIT é peça informativa que dá início ao O agente da autoridade só poderá registrar uma
processo administrativo e subsidia a autoridade de infração por auto e, no caso da constatação de
trânsito para aplicação das penalidades, devendo infrações simultâneas em que os códigos
ser preenchido de acordo com as disposições infracionais possuam a mesma raiz (os três
contidas no artigo 280 do CTB e demais normas primeiros dígitos), considerar-se-á apenas uma
regulamentares, com o registro do fato que infração.
fundamentou sua lavratura. Exemplo: condutor e passageiro sem usar o cinto
Quando a configuração de uma infração depender de segurança, lavrar somente o auto de infração
da existência de sinalização específica, esta com o código 518-51 e descrever no campo
deverá revelar-se suficiente e corretamente “Observações” a situação constatada (condutor e
implantada de forma legível e visível. Caso passageiro sem usar o cinto de segurança).
contrário, o agente não deverá lavrar o AIT, Também deverá ser registrado em um único AIT
comunicando à autoridade de trânsito com diversas condutas que caracterizam a mesma
circunscrição sobre a via a irregularidade infração.
observada. Exemplo: falta de roda sobressalente e falta de
É vedada a lavratura do AIT por solicitação de dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de
terceiros, excetuando-se o caso em que o órgão emergência (triângulo), lavrar somente o auto de
ou entidade de trânsito realiza operação de infração com o código 663-71 e descrever no
fiscalização de trânsito, em que um agente de campo ‘Observações’ os equipamentos faltantes
trânsito constate a infração e a informe a outro (o veículo não possuía a roda sobressalente e o
agente que esteja na operação, devendo tal triângulo).
informação constar do campo observações do Será lavrado somente um AIT quando o veículo
AIT. estiver estacionado irregularmente e não for
No atendimento de sinistros de trânsito, lavrar-se- aplicada a medida administrativa de remoção,
á o AIT quando houver constatação de infração de independentemente do tempo em que permaneça
trânsito, em que o agente da autoridade de no local, desde que não seja movimentado nesse
trânsito tiver elementos de convicção suficientes, período.
que caracterizam a conduta infracional, como, por As infrações simultâneas podem ser concorrentes
exemplo, de condutor não habilitado ou sob ou concomitantes:
influência de álcool, ou, ainda, de veículo não Infrações Concorrentes
licenciado ou em mau estado de conservação. São aquelas em que o cometimento de uma
Todavia, o fato circunstancial terá que se revestir infração implica necessariamente o cometimento
de toda a materialidade relativa à infração de outra.
Nesses casos, será lavrado um único AIT.
Exemplos de infrações concorrentes:
Exemplo 1: ultrapassar pelo acostamento (art. Exemplo 1: veículo estacionado na esquina (art.
202), implica necessariamente a prática da 181, I) e com o licenciamento vencido (art. 230, V),
infração de transitar com o veículo pelo sem que tenha sido constatada a condução do
acostamento (art. 193). Neste caso, autuar apenas veículo. Neste caso, autuar apenas pela infração
no art. 202. do art. 181, I.
Exemplo 2: veículo novo, sem registro (art. 230, Exemplo 2: veículo estacionado em local proibido
V) e sem ambas as placas (art. 230, IV). Neste pela sinalização (art. 181, XVIII), e com o condutor
caso, autuar apenas no art. 230, V. sem utilizar o cinto de segurança (art.167), sem
Exemplo 3: passageiro excedente em veículo (art. que tenha sido constatada a condução do veículo.
231, VII) e sem usar o cinto de segurança Neste caso, autuar apenas pela infração no art.
(art.167). Neste caso, autuar apenas no art. 231, 181, XVIII.
VII. Observação: Os exemplos de infrações que não
Observação: os exemplos de infrações podem ocorrer simultaneamente citados não
concorrentes citados não esgotam as situações esgotam todas as situações previstas.
que implicam em infrações concorrentes. Infrações Continuadas
Infrações Concomitantes Caracterizam-se por uma conduta única,
São concomitantes aquelas infrações que ocorrem inalterada e ininterrupta, observada por mais de
de maneira independente umas da outras. uma vez em momentos distintos e sequenciais.
Nesses casos, será lavrado AIT para cada A abordagem do condutor faz cessar a infração
infração constatada, na forma dos arts. 266 e 280 continuada.
do CTB. Nesse caso, deverá ser lavrado um único AIT.
São exemplos de infrações concomitantes: São exemplos de infração continuada:
Exemplo 1: Deixar de reduzir a velocidade do Exemplo 1: condutor ou passageiro sem utilizar o
veículo de forma compatível com a segurança do cinto de segurança (art. 167);
trânsito ao ultrapassar ciclista (art. 220, XIII) e não Exemplo 2: condutor ou passageiro de
manter a distância de 1,50m ao ultrapassar motocicleta flagrado sem utilizar o capacete (art.
bicicleta (art. 201). 244, I ou II);
Exemplo 2: condutor que não usa o cinto de Exemplo 3: veículo estacionado em local proibido
segurança (art.167) e que está segurando telefone que não possa ser removido e permaneça
celular (art. 252, parágrafo único). estacionado no mesmo lugar.
Exemplo 3: veículo que avança o sinal vermelho Infrações Sucessivas
do semáforo (art. 208) e que excede o limite de Caracterizam-se pelo cometimento de repetidas
velocidade em menos de 20% (art. 218, I). condutas idênticas, ao longo de um percurso, de
Exemplo 4: veículo que está sem um forma reiterada e intermitente.
equipamento obrigatório (art. 230, IX) e com outro Nesses casos, será lavrado AIT para cada
equipamento obrigatório em desacordo (art. 230, infração constatada, na forma dos arts. 266 e 280
X). do CTB.
Observação: os exemplos de infrações São exemplos de infrações sucessivas:
concomitantes citados não esgotam as situações Exemplo 1: duas ou mais ultrapassagens pela
que implicam em infrações concomitantes. contramão onde houver marcação viária
A concomitância não ocorrerá, entretanto, em longitudinal de divisão de fluxos opostos do tipo
infrações que não podem ocorrer linha dupla contínua ou simples contínua amarela
simultaneamente, conforme a tipificação de cada (art. 203, V);
uma delas. Não é possível autuar um veículo, no Exemplo 2: dois ou mais excessos de velocidade
mesmo local, dia e horário, por uma infração de superior à máxima permitida, flagradas por
estacionamento e outra de movimento (deixar de medidores de velocidade em pontos distintos, ao
usar o cinto de segurança). Nesse caso, caberá longo do percurso (art. 218, I, II ou III); e
apenas uma delas. Exemplo 3: dois ou mais avanços de sinal
Infrações que contenham, em seu tipo infracional, vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória
os verbos “conduzir”, “dirigir”, “transitar” e “circular” (art. 208).
(e suas variações) implicam, necessariamente, Observação: os exemplos de infrações
que o veículo esteja em movimento. sucessivas citadas não esgotam as situações que
São exemplos de infrações que não podem implicam infrações sucessivas.
ocorrer simultaneamente:
O agente da autoridade de trânsito, sempre que MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
possível, deverá abordar o condutor do veículo
para constatar a infração, ressalvados os casos Medidas administrativas são providências de
em que a infração poderá ser comprovada sem a caráter complementar, exigidas para a
abordagem. Para esse fim, o Manual estabelece regularização de situações infracionais, sendo, em
as seguintes situações: grande parte, de aplicação momentânea, e têm
● Caso 1: “possível sem abordagem” - significa como objetivo prioritário impedir a continuidade da
que a infração pode ser constatada sem a prática infracional, garantindo a proteção à vida e
abordagem do condutor, sendo desnecessária a à incolumidade física das pessoas e não se
justificativa no AIT quanto ao motivo de não ter confundem com penalidades.
sido abordado. Compete à autoridade de trânsito com
● Caso 2: “mediante abordagem” – significa que a circunscrição sobre a via e seus agentes aplicar as
infração só pode ser constatada se houver a medidas administrativas, considerando a
abordagem do condutor. necessidade de segurança e fluidez do trânsito.
● Caso 3: “vide procedimentos” – significa que há A ausência de registro no AIT da medida
situações em que só é possível constatar a administrativa adotada ou a impossibilidade de
infração mediante abordagem, porém há outras sua aplicação ou conclusão não invalidam a
situações em que é possível constatá-la sem autuação pela infração de trânsito.
abordagem. A eventual invalidação, anulação ou arquivamento
Tratando-se de combinação de veículos, deve ser do AIT não prejudicará, necessariamente, a
observado o seguinte: medida administrativa aplicada pelo agente da
● Caso 1: nas infrações de circulação, autoridade de trânsito.
preferencialmente, deverá ser autuada a unidade Retenção do Veículo
tratora. Não sendo possível identificar a unidade Consiste na imobilização do veículo, pelo tempo
tratora, deverá ser autuada a unidade tracionada, necessário, no local da abordagem ou em local
indicando-se no campo de observações do AIT que seja garantida a segurança viária, para sanar
que se tratava de uma combinação de veículos; determinada irregularidade, aplicável nas infrações
● Caso 2: nas infrações relacionadas às em que esteja prevista esta medida administrativa.
condições da unidade (por exemplo: falta de Quando a irregularidade for sanada, o veículo será
licenciamento, falta de placa, lâmpadas liberado tão logo seja regularizada a situação.
queimadas ou mau estado de conservação), a Na impossibilidade de sanar a falha no local da
autuação deverá ser feita em cada unidade infração, o veículo poderá ser retirado por
irregular; e condutor regularmente habilitado, desde que
● Caso 3: nas infrações de estacionamento, ofereça condições de segurança para circulação e
autuar pela placa da unidade tratora. Somente esteja devidamente licenciado, assinalando-se ao
autuar pela placa da unidade tracionada, se esta condutor prazo razoável, não superior a 30 (trinta)
estiver desatrelada. dias, para sua regularização, mediante registro no
Renavam.
FISCALIZAÇÃO DE VEÍCULOS DE O recolhimento do CRLV-e se dará com o
EMERGÊNCIA POR EQUIPAMENTOS lançamento, pelo órgão responsável pela
ELETRÔNICOS fiscalização, desta medida administrativa no
cadastro do veículo junto ao Renavam.
Não deverão ser processadas as imagens No prazo assinalado no recibo, o infrator deverá
registradas por equipamentos medidores de providenciar a solução da irregularidade do veículo
velocidade do tipo fixo ou por sistemas e apresentá-lo no local indicado, onde, após
automáticos não metrológicos, nas condutas de comprovada a regularização, terá seu CRLV-e
circulação, estacionamento e parada para os restituído.
veículos elencados no inciso VII do artigo 29 do Caso o veículo seja flagrado, em circulação, fora
CTB, desde que estejam devidamente do prazo estipulado no recibo de recolhimento,
caracterizados externamente por pintura ou sem a devida regularização, deverá ser autuado
plotagem, que identifique o veículo de relance, na pela respectiva irregularidade e recolhido ao
forma definida pelo próprio órgão. depósito, nos termos do § 7º do art. 270 do CTB.
No caso de não observância do prazo a situação do CRLV-e restabelecida. Caso não
estabelecido para a regularização, a autoridade de seja efetuada a regularização no prazo concedido
trânsito deverá encaminhar o documento ao órgão no momento da fiscalização, permanecerá a
ou entidade de trânsito de registro do veículo, restrição no sistema, e o veículo será removido se
sendo que, no caso de documento digital, deve ser flagrado em circulação.
comunicado o órgão executivo de trânsito da O veículo será removido ao depósito nos
Unidade Federativa de registro do veículo, para seguintes casos:
inserção de restrição administrativa. I. quando a irregularidade não for sanada e não se
Não efetuada a regularização no prazo concedido apresentar o condutor regularmente habilitado e o
no momento da fiscalização, será feito registro de veículo não reunir condições para transitar com
restrição administrativa no Renavam, pelo órgão segurança;
ou entidade executivo de trânsito da Unidade II. quando o veículo não estiver devidamente
Federativa de registro do veículo, que será registrado e licenciado;
retirada após comprovada a regularização. III. quando necessário à boa ordem administrativa.
Quando se tratar de transporte coletivo IV. O atendimento à boa ordem administrativa se
conduzindo passageiros ou de veículo de carga dará nas infrações em que, embora a
transportando produto perigoso ou perecível, irregularidade possa ter cessado em razão da
desde que o veículo ofereça condições de abordagem, seja necessário garantir que a
segurança para circulação em via pública, a conduta não será praticada novamente, tendo
retenção pode deixar de ser aplicada como objetivo prioritário a proteção à vida, à
imediatamente. Segurança Viária e à incolumidade física da
Não atendidas quaisquer das situações previstas, pessoa, em consonância com o § 1º do art. 269 do
o veículo deverá ser removido ao depósito. CTB.
Remoção do Veículo V. São exemplos de infrações que ensejam o
A remoção do veículo tem por finalidade recolhimento do veículo ao depósito, quando
restabelecer as condições de segurança e fluidez necessário à boa ordem administrativa: arts. 173;
da via ou garantir a boa ordem administrativa. 174; 175; 210; 230, I; 231, VIII; 239; 253; e 253-A.
Consiste em deslocar o veículo do local onde é O veículo em estado de abandono ou acidentado
verificada a infração para depósito fixado pela poderá ser removido para o depósito fixado pelo
autoridade de trânsito com circunscrição sobre a órgão ou entidade competente, componente do
via. Sistema Nacional de Trânsito, independentemente
Quando a irregularidade puder ser sanada no local da existência de infração à legislação de trânsito.
onde for constatada a infração, o veículo será Considera-se veículo em estado de abandono o
liberado tão logo seja regularizada a situação. veículo estacionado na via ou em estacionamento
Na impossibilidade de sanar a irregularidade no público, sem capacidade de locomoção por meios
local da infração, desde que o veículo ofereça próprios e que, devido a seu estado de
condições de segurança para circulação e esteja conservação e processo de deterioração, ofereça
devidamente licenciado, poderá ser retirado por risco à saúde pública, à segurança pública ou ao
condutor regularmente habilitado, mediante meio ambiente, independentemente de encontrar-
recolhimento do CRLV-e. se estacionado em local permitido.
O recolhimento digital do CRLV-e será registrado A remoção do veículo acidentado será realizada
em sistema informatizado, com ciência ao quando não houver responsável pelo bem no local
condutor. do acidente.
A ciência do recolhimento digital do CRLV-e dar- A remoção deve ser feita por meio de veículo
se-á por meio de recibo entregue ao condutor ou destinado para esse fim, a serviço do órgão de
de lançamento dessa medida administrativa em trânsito, ou, na falta deste, valendo-se da própria
campo próprio ou no de observações do AIT, capacidade de movimentação do veículo a ser
assinalando-se prazo razoável, não superior a 15 removido, desde que haja condições de segurança
(quinze) dias, para sua regularização. para o trânsito, de acordo com a regulamentação
Não atendidas quaisquer das situações previstas do órgão responsável pela remoção.
anteriormente, o veículo deverá ser removido ao Nas infrações de estacionamento em que se prevê
depósito. a remoção do veículo, esta não será aplicada se o
No prazo assinalado, o veículo regularizado condutor, regularmente habilitado, retirar o veículo
deverá ser apresentado no local indicado, para ter de onde se encontra irregularmente, desde que
esteja devidamente licenciado e em condições de Quando o agente detectar indícios de
circulação, se a retirada do veículo do local ocorrer inautenticidade ou adulteração, o documento de
antes do início da operação de remoção, ou ainda, habilitação apresentado deverá ser recolhido e
quando o agente avaliar que a operação de encaminhado, juntamente com o condutor, para a
remoção trará ainda mais prejuízo à segurança Polícia Judiciária, nos termos do art. 272 do CTB.
e/ou fluidez da via. Recolhimento do Certificado de Licenciamento
Considera-se iniciada a operação de remoção Anual (CLA/CRLV-e)
quando o veículo destinado para a remoção Consiste na inserção, em sistema informatizado,
(guincho) se encontrar no local da infração e o de restrição do documento que certifica o
responsável pelo guincho já tiver iniciado qualquer licenciamento do veículo, com o objetivo de
procedimento mecânico de guinchamento, tais garantir que o proprietário promova a
como, destravamento do sistema de transmissão regularização de uma infração constatada.
ou de frenagem, amarração de rodas, veículo Deve ser aplicado nas seguintes situações:
sobre ao menos um dos patins, colocação de a) quando não for possível sanar a irregularidade
veículo na lança do guincho, ou, subida de no local da infração, nos casos em que esteja
veículo, ainda que parcial, na plataforma do prevista a medida administrativa de retenção ou
guincho, entre outros. de remoção do veículo e este tenha sido liberado
A restituição dos veículos removidos só ocorrerá nos termos do § 2º do art. 270 e § 9º- A do art. 271
após o pagamento das multas, taxas e despesas do CTB.
com remoção e estada, além de outros encargos b) quando houver fundada suspeita quanto à
previstos na legislação específica. inautenticidade ou adulteração, devendo ser
Recolhimento do Documento de Habilitação encaminhado, juntamente com o condutor, para a
A medida administrativa de recolhimento do Polícia Judiciária, nos termos do art. 274 do CTB.
documento de habilitação é aplicada pela A ciência do recolhimento digital do CLA/CRLV-e
autoridade de trânsito quando da imposição da dar-se-á por meio de recibo entregue ao condutor
penalidade de suspensão do direito de dirigir ou ou de lançamento dessa medida administrativa em
de cassação da CNH/PPD, após o devido campo próprio ou no de observações do AIT.
processo administrativo, com o objetivo de impedir Transbordo do Excesso de Carga
a condução de veículos nas vias públicas O transbordo do excesso de carga consiste na
enquanto perdurar a suspensão ou cassação. retirada ou remanejamento da carga de um
Quando o condutor possuir CNH/PPD em meio veículo que exceda o limite de peso ou a
físico, a autoridade de trânsito notificará o capacidade máxima de tração, às expensas do
condutor para que entregue a sua CNH. proprietário, sem prejuízo da autuação cabível.
Quando o condutor possuir CNH/PPD em meio A critério do agente, avaliados os riscos e as
digital, a autoridade de trânsito colocará um condições de segurança, poderá ser dispensado o
bloqueio no aplicativo, indicando a existência da remanejamento ou transbordo de produtos
suspensão ou cassação. perigosos, produtos perecíveis, cargas vivas e
O agente da autoridade de trânsito somente passageiros.
aplicará a medida administrativa de recolhimento Nos casos em que não for dispensado o
de documento de habilitação quando ele flagrar o remanejamento ou transbordo da carga, o veículo
cometimento das infrações previstas nos art. 162, deverá ser recolhido ao depósito.
II (Dirigir veículo com Carteira Nacional de Recolhimento de Animais que se Encontrem
Habilitação, Permissão paraDirigir ou Autorização Soltos nas Vias e na Faixa de Domínio das Vias
para Conduzir Ciclomotor cassada ou com de Circulação
suspensão do direito de dirigir). Esta medida administrativa consiste no
No caso do art. 162, II, quando o documento de recolhimento de animais soltos nas vias ou nas
habilitação for apresentado em meio físico, o faixas de domínio, com o objetivo de garantir a
agente da autoridade de trânsito deve providenciar segurança dos usuários, evitando perigo potencial
o seu recolhimento, mediante recibo, para que gerado à segurança do trânsito.
seja feito o encaminhamento para a autoridade de O animal deverá ser recolhido para depósito fixado
trânsito responsável pela aplicação da penalidade pelo órgão ou entidade de trânsito competente, ou,
de suspensão ou cassação. Se o documento for excepcionalmente, para instalações públicas ou
apresentado em meio digital, o bloqueio já estará privadas, dedicadas à guarda e preservação de
inserido no próprio sistema do Renach. animais.
O recolhimento deixará de ocorrer se o encontra-se disponível em sítio eletrônico do
responsável, presente no local, se dispuser a Órgão Máximo Executivo da União.
retirar o animal.
Medidas Administrativas Inominadas DISPOSIÇÕES FINAIS
Além das medidas administrativas relacionadas no
artigo 269, o CTB prevê medidas administrativas O condutor de motocicleta, motoneta e ciclomotor,
específicas para as infrações dos artigos 221 quando desmontado e empurrando o veículo nas
(apreensão das placas irregulares), 243 vias públicas, não se equipara ao pedestre, exceto
(recolhimento de placas e documentos), 245 em caso de defeito, pane mecânica ou elétrica.
(remoção de mercadoria e material), 255 (remoção O simples abandono de veículo em via pública,
de bicicleta) e 278 (retorno ao ponto de evasão). estacionado em local não proibido pela
sinalização, não caracteriza infração de trânsito.
HABILITAÇÃO Os órgãos e entidades executivos do SNT
poderão celebrar convênio delegando as
Para a condução de veículos automotores é atividades previstas no CTB, com vistas à maior
obrigatório o porte do documento de habilitação, eficiência e à segurança para os usuários da via.
apresentado no original e dentro da data de Em razão de ser a legislação de trânsito dinâmica,
validade. e as normas que a regem estarem em constante
O porte do documento de habilitação será mudança, alterações eventuais serão
dispensado quando, no momento da fiscalização, automaticamente recepcionadas, no que couber,
for possível ter acesso ao sistema informatizado por este Manual.
para verificar se o condutor está habilitado.
O documento de habilitação não pode estar RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 991/2023
plastificado para que sua autenticidade possa ser
verificada. Altera a Resolução CONTRAN nº 918, de 28 de
São documentos de habilitação: março de 2022, que consolida as normas sobre
I. Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) - os procedimentos para a aplicação das multas
habilita o condutor somente para conduzir por infrações, a arrecadação e o repasse dos
ciclomotores e cicloelétricos; valores arrecadados, nos termos do inciso VIII
II. Permissão para Dirigir (PPD) - categorias A e B; do art. 12 do Código de Trânsito Brasileiro
III. Carteira Nacional de Habilitação (CNH) - (CTB).
categorias A, B, C, D e E;
IV. Permissão Internacional para Dirigir (PID). Art. 1º Esta Resolução altera a Resolução
CONTRAN nº 918, de 28 de março de 2022, que
CONDUTOR ORIUNDO DE PAÍS ESTRANGEIRO consolida as normas sobre os procedimentos para
a aplicação das multas por infrações, a
O condutor de veículo automotor, oriundo de país arrecadação e o repasse dos valores arrecadados,
estrangeiro e nele habilitado, desde que nos termos do inciso VIII do art. 12 do CTB.
penalmente imputável no Brasil, poderá dirigir no Art. 2º A Resolução CONTRAN nº 918, de 2022,
território nacional quando amparado por passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art.
convenções ou acordos internacionais, ratificados 25. Os órgãos autuadores da União, para
e aprovados pela República Federativa do Brasil arrecadarem multas de trânsito de sua
e, igualmente, pela adoção do Princípio da competência, devem utilizar a Guia de
Reciprocidade, no prazo máximo de 180 (cento e Recolhimento da União (GRU) do tipo Cobrança
oitenta) dias, respeitada a validade da habilitação ou a plataforma digital PagTesouro, observado o
de origem, conforme regulamentação de resolução Decreto nº 4.950, de 9 de janeiro de 2004, a
do Contran. Instrução Normativa da Secretaria do Tesouro
Nestas situações o agente deverá verificar se o Nacional (STN) nº 2, de 22 de maio de 2009, o
país de origem da habilitação do condutor é Decreto nº 10.494, de 23 de setembro de 2020, e
signatário de convenções ou acordos suas alterações posteriores."
internacionais, ratificados e aprovados pela "Art. 27. Os órgãos arrecadadores poderão firmar,
República Federativa do Brasil. A informação sem ônus para si, acordos e parcerias técnico o
peracionais para viabilizar o pagamento de multas
de trânsito com cartões de débito ou crédito, obrigatórios adicionais aos previstos nesta
disponibilizando aos infratores ou proprietários de Resolução.
veículos alternativas para quitar seus débitos à Art. 6º Os veículos registrados em outros países e
vista ou em parcelas mensais, com a imediata em circulação no território nacional devem atender
regularização da situação do veículo. ao disposto nesta Resolução, excetuando-se os
§ 1º Os órgãos arrecadadores deverão solicitar equipamentos obrigatórios dispensados por
autorização ao órgão máximo executivo de trânsito convenções e acordos internacionais ratificados
da União para viabilizar o pagamento de multas de pelo Brasil.
trânsito com cartões de débito ou crédito." Art. 7º Esta Resolução não se aplica aos veículos
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor em 02 de destinados à exportação.
maio de 2023. Art. 8º Os proprietários ou condutores cujos
veículos circularem em vias públicas desprovidos
RESOLUÇÃO 993/2023 dos requisitos estabelecidos nesta Resolução
ficam sujeitos às penalidades constantes no art.
Estabelece os equipamentos obrigatórios para 230 do CTB, no que couber, respeitadas as
a frota de veículos em circulação e relaciona o exceções e situações particulares previstas nesta
índice de regulamentações sobre segurança Resolução.
veicular aplicáveis. Art. 9º Os anexos desta resolução encontram-se
disponíveis no sítio eletrônico do órgão máximo
Art. 1º Esta Resolução estabelece os executivo de trânsito da união.
equipamentos de segurança para a frota de Art. 10. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº
veículos em circulação e relaciona o índice de 912, de 28 de março de 2022.
regulamentações sobre segurança veicular Art. 11. Esta Resolução entra em vigor em 3 de
aplicáveis. julho de 2023.
Art. 2º Aplica-se essa Resolução aos veículos do
tipo automóvel, camioneta, utilitário, caminhonete, RESOLUÇÃO Nº 996/2023
caminhão, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus,
trator de rodas, de esteiras e mistos (inclusive Dispõe sobre o trânsito, em via pública, de
máquinas de elevação/guindastes), reboque e ciclomotores, bicicletas elétricas e
semirreboque, ciclomotor, motoneta, motocicleta, equipamentos de mobilidade individual
triciclo, triciclo de cabine fechada, quadriciclo e autopropelidos.
quadriciclo de cabine fechada.
Art. 3º Para circular em vias públicas, os veículos CAPÍTULO I
de que trata do art. 2º devem estar dotados dos DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
equipamentos obrigatórios relacionados no Anexo
I, conforme o caso. Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre o trânsito, em
§ 1º Os veículos de que trata o art. 2º devem via pública, de ciclomotores, bicicletas elétricas e
atender aos requisitos técnicos gerais de equipamentos de mobilidade individual
construção relacionados no Anexo II e aos demais autopropelidos.
estabelecidos sucessivamente em Art. 2º Para efeitos desta Resolução, define-se:
regulamentação específica do CONTRAN. I - bicicleta: veículo de propulsão humana, dotado
§ 2º Compete à fiscalização de trânsito constatar de duas rodas, não sendo, para efeito do Código
as condições de funcionamento dos equipamentos de Trânsito Brasileiro (CTB), similar à motocicleta,
obrigatórios previstos no Anexo I. motoneta e ciclomotor;
Art. 4º Regulamentação específica do CONTRAN II - equipamento de mobilidade individual
deve indicar os equipamentos obrigatórios para autopropelido: equipamento com as seguintes
circulação dos seguintes veículos: características:
I - inacabados ou incompletos; e a) dotado de uma ou mais rodas;
II - equipamento de mobilidade individual b) dotado ou não de sistema de autoequilíbrio que
autopropelidos e bicicletas com motor elétrico estabiliza dinamicamente o equipamento
auxiliar. inerentemente instável por meio de sistema de
Art. 5º O CONTRAN pode estabelecer, por meio controle auxiliar composto por giroscópio e
de Resolução específica, equipamentos acelerômetro;
c) provido de motor de propulsão com potência condutor ativar a assistência do motor elétrico sem
nominal máxima de até 1000 W (mil watts); pedalar, com um limite de velocidade de até 6
d) velocidade máxima de fabricação não superior km/h (seis quilômetros por hora).
a 32 km/h (trinta e dois quilômetros por hora); e § 5º É permitido o transporte de um passageiro,
e) largura não superior a 70 cm (setenta em dispositivo adequado previsto pelo fabricante,
centímetros) e distância entre eixos de até 130 cm nos equipamentos de mobilidade individual
(cento e trinta centímetros); autopropelidos que se assemelham a bicicletas
III - bicicleta elétrica: veículo de propulsão com acelerador.
humana, com duas rodas, com as seguintes § 6º A bicicleta ou o equipamento cuja cilindrada,
características: potência ou velocidade máxima de fabricação for
a) provido de motor auxiliar de propulsão, com superior às definidas para o equipamento de
potência nominal máxima de até 1000 W (mil mobilidade individual autopropelido deve ser
watts); classificado como ciclomotor, motocicleta,
b) provido de sistema que garanta o motoneta ou triciclo, conforme o caso.
funcionamento do motor somente quando o § 7º O veículo cuja cilindrada, potência ou
condutor pedalar (pedal assistido); velocidade máxima de fabricação for superior às
c) não dispor de acelerador ou de qualquer outro definidas para ciclomotor deve ser classificado
dispositivo de variação manual de potência; como motocicleta, motoneta ou triciclo, conforme o
d) velocidade máxima de propulsão do motor caso.
auxiliar não superior a 32 km/h (trinta e dois § 8º Apresenta-se no Anexo I quadro com as
quilômetros por hora); características dos veículos de que trata esta
IV - ciclomotor: veículo de 2 (duas) ou 3 (três) Resolução.
rodas, provido de motor de combustão interna cuja
cilindrada não exceda a 50 cm (cinquenta CAPÍTULO II
centímetros cúbicos), equivalente a 3,05 pol (três DOS EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS
polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de
motor de propulsão elétrica com potência máxima Art. 3º Os equipamentos de mobilidade individual
de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja velocidade autopropelidos, para circularem, devem ser
máxima de fabricação não exceda a 50 km/h dotados de:
(cinquenta quilômetros por hora); I - indicador e/ou dispositivo limitador eletrônico de
V - motoneta: veículo automotor de duas rodas, velocidade;
dirigido por condutor em posição sentada; e II - campainha; e
VI - motocicleta: veículo automotor de duas III - sinalização noturna, dianteira, traseira e
rodas, com ou sem side-car, dirigido por condutor lateral, incorporadas ao equipamento.
em posição montada. Parágrafo único. Permite-se a utilização de
§ 1º A bicicleta elétrica equipara-se à bicicleta para dispositivo alternativo ao velocímetro, que indique
efeito desta Resolução. a velocidade de circulação por meio de aviso
§ 2º Excetuam-se da exigência estabelecida na sonoro ou por aplicativo em smartphone, para
alínea 'c' do inciso II do caput os equipamentos cumprimento da exigência de dispositivo indicador
dotados de uma roda, providos de sistema de de velocidade de que trata o inciso I do caput.
autoequilíbrio (monociclos autoequilibrados), que Art. 4º As bicicletas elétricas, fabricadas ou
podem estar providos de motor com potência adaptadas, para circularem, devem ser dotadas
nominal máxima de até 4000 W (quatro mil watts). de:
§ 3º Excetuam-se do limite estabelecido na alínea I - indicador e/ou dispositivo limitador eletrônico de
'd' do inciso III do caput as bicicletas elétricas velocidade;
destinadas ao uso esportivo, quando em II - campainha;
circulação em estradas, rodovias ou em III - sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e
competição, devidamente autorizadas pelo órgão nos pedais;
ou entidade com circunscrição sobre a via, IV - espelho retrovisor do lado esquerdo; e
estando limitadas à velocidade máxima de V - pneus em condições mínimas de segurança.
propulsão do motor auxiliar de 45 km/h (quarenta Parágrafo único. Permite-se a utilização de
e cinco quilômetros por hora). dispositivo alternativo ao velocímetro, que
§ 4º As bicicletas elétricas podem ser dotadas de indique a velocidade de circulação por meio de
modo de assistência a pé, função que permite ao
aviso sonoro ou por aplicativo em smartphone, Art. 10. O órgão ou entidade com circunscrição
para cumprimento da exigência de dispositivo sobre a via pode, mediante estudos técnicos de
indicador de velocidade de que trata o inciso I do engenharia que garantam a segurança de todos
caput. os usuários da via, definir velocidade e/ou vias de
Art. 5º Os ciclomotores devem ser dotados dos circulação diversas daquelas previstas nos arts.
equipamentos obrigatórios estabelecidos no CTB 7º, 8º e 9º.
e em regulamentação específica do CONTRAN. Art. 11. A circulação de bicicletas elétricas e de
equipamentos de mobilidade individual
CAPÍTULO III autopropelidos deve seguir as mesmas
DA CIRCULAÇÃO DE CICLOMOTORES, disposições estabelecidas pelo CTB e pelas
BICICLETAS ELÉTRICAS E EQUIPAMENTOS regulamentações do CONTRAN para a circulação
DE MOBILIDADE INDIVIDUAL de bicicletas.
AUTOPROPELIDOS
CAPÍTULO IV
Art. 6º Cabe ao órgão ou entidade com DO CADASTRAMENTO, REGISTRO E
circunscrição sobre a via regulamentar a LICENCIAMENTO
circulação de ciclomotores, bicicletas elétricas e
equipamentos de mobilidade individual Art. 12. As bicicletas elétricas e os equipamentos
autopropelidos, nas vias terrestres abertas à de mobilidade individual autopropelidos não são
circulação pública, conforme dispõe o art. 2º do sujeitos ao registro, ao licenciamento e ao
CTB. emplacamento para circulação nas vias, conforme
§ 1º A regulamentação de que trata o caput se art. 134-A do CTB.
aplica a qualquer tipo de via e a qualquer tipo de Art. 13. Para o registro e o licenciamento de
infraestrutura cicloviária. ciclomotores junto aos órgãos ou entidades
§ 2º O órgão ou entidade com circunscrição sobre executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
a via deve observar as diretrizes estabelecidas em Federal, deve ser exigida a apresentação dos
Resolução específica do CONTRAN acerca do seguintes documentos:
regulamento de sinalização viária. I - Certificado de Adequação à Legislação de
Art. 7º A circulação de bicicletas elétricas em Trânsito (CAT), expedido pelo órgão máximo
ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas deve respeitar a executivo de trânsito da União, conforme
velocidade máxima regulamentada pelo órgão regulamentação específica;
com circunscrição sobre a via. II - código específico de marca/modelo/versão;
Art. 8º A circulação de bicicletas elétricas para uso III - nota fiscal do veículo;
esportivo deve observar velocidade máxima IV - documento de identificação do proprietário do
assistida limitada a 45 km/h quando em uso nas veículo e, no caso de pessoa jurídica, documento
vias arteriais, estradas, rodovias ou quando em de identificação de seu representante legal e
competição esportiva, devendo, nas demais vias, comprovante de poderes para assinar pela
ciclovias e ciclofaixas, seguir os limites empresa; e
estabelecidos no art. 7º ou na sinalização de V - comprovante do Cadastro de Pessoa Física
regulamentação viária existente. (CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoa
Art. 9º A circulação de equipamentos de Jurídica (CNPJ).
mobilidade individual autopropelidos pode ser Parágrafo único. Compete aos fabricantes, órgão
autorizada pelo órgão ou entidade com alfandegário e/ou importadores a realização de
circunscrição sobre a via nas seguintes situações: pré-cadastro no Registro Nacional de Veículos
I - em áreas de circulação de pedestres, limitada à Automotores (RENAVAM), dos ciclomotores
velocidade máxima de 6 km/h (seis quilômetros fabricados ou importados a partir da entrada em
por hora); vigor desta Resolução.
II - em ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, limitada à Art. 14. Para o registro e o licenciamento junto aos
velocidade máxima regulamentada pelo órgão órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
com circunscrição sobre a via; e Estados e do Distrito Federal dos ciclomotores que
II - em vias com velocidade máxima não possuam CAT e código específico de
regulamentada de até 40 km/h (quarenta marca/modelo/versão, fabricados ou importados
quilômetros por hora).
até a data de entrada em vigor desta Resolução, executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
deve ser exigido: Federal fornecê-lo seguindo o padrão estabelecido
I - Certificado de Segurança Veicular (CSV), no Anexo IV desta Resolução e autorizar a
constando número de identificação veicular (VIN) gravação por empresas por eles credenciadas.
ou, em sua ausência, o número de série do Art. 16. O número do motor dos ciclomotores deve
produto; estar em conformidade com o estabelecido pelo
II - Laudo de Vistoria, constando o número de CONTRAN em regulamentação específica.
motor e o VIN;
III - nota fiscal e/ou Declaração de Procedência, CAPÍTULO V
constando a potência do motor, prevista no Anexo DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
II, para o caso de pessoa física, e no Anexo III,
para o caso de pessoa jurídica; Art. 17. Para os veículos e equipamentos objetos
IV - documento de identificação do proprietário do desta Resolução, em que houver modificação com
veículo e, no caso de pessoa jurídica, documento instalação de sistema de propulsão utilizando
de identificação de seu representante legal e veículo de base, quadro de bicicletas ou
comprovante de poderes para assinar pela assemelhados, deverá ser atendida Resolução
empresa; e específica do CONTRAN de fabricação de
V - comprovante do Cadastro de Pessoa Física veículos artesanais.
(CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoa Art. 18. Ficam dispensados do cumprimento dos
Jurídica (CNPJ). requisitos desta Resolução:
§ 1º Os proprietários dos ciclomotores de que trata I - os veículos de uso exclusivo fora de estrada;
o caput: II - os veículos de competição; e
I - devem providenciar a inclusão desses veículos III - os equipamentos destinados à locomoção de
junto ao RENAVAM a partir de 1º de novembro de pessoas com deficiência ou com
2023 até 31 de dezembro de 2025, findo o qual comprometimento de mobilidade.
ficam impedidos de circular em via pública; e Art. 19. O descumprimento do disposto nesta
II - são responsáveis pela comprovação e Resolução sujeita o infrator, conforme o caso,
manutenção dos requisitos técnicos de segurança independentemente de outras penalidades, às
dos veículos estabelecidos em regulamentação seguintes sanções previstas no CTB:
específica do CONTRAN. I - art. 187, inciso I, quando transitar em local não
§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito permitido pelo órgão com circunscrição sobre a
dos Estados e do Distrito Federal devem via;
cadastrar, registrar e licenciar os ciclomotores de II - art. 193, quando transitar em calçadas,
que trata o caput utilizando o código específico de passeios, ciclovias, exceto nos casos autorizados
marca/modelo/versão 040400, referente à pela autoridade de trânsito com circunscrição
designação CICLOMOTOR/L13154, utilizando sobre a via;
funcionalidade específica do RENAVAM. III - art. 230, inciso IV, quando o veículo for
§ 3º Para fins de cadastramento, registro e conduzido sem placa de identificação;
licenciamento no sistema RENAVAM, os veículos IV - art. 230, inciso V, quando conduzir veículo que
referidos no caput, cuja procedência seja não esteja registrado e licenciado;
desconhecida, devem ser considerados de V - art. 244, quando conduzir ciclomotor sem o uso
procedência nacional. de capacete ou transportar passageiro sem o uso
§ 4º A potência a ser apresentada nos do capacete;
documentos previstos no inciso III do caput deve VI - art. 244, § 1º, quando transitar com bicicleta
ser declarada em cavalo-vapor (cv), para os elétrica em vias de trânsito rápido ou rodovias,
veículos com motor à combustão, ou em salvo onde houver acostamento ou faixas de
quilowatts (kW), para os veículos com motor rolamento próprias; e
elétrico. VII - art. 244, § 2º, quando transitar com
Art. 15. O VIN deve ser gravado conforme critério ciclomotores nas vias de trânsito rápido ou
de identificação estabelecido em Resolução rodovias, salvo onde houver acostamento ou
específica do CONTRAN. faixas de rolamento próprias.
Parágrafo único. Nos casos em que o veículo Parágrafo único. Os tipos infracionais e as
não dispuser de VIN originalmente gravado por situações descritas nos incisos deste artigo não
seu fabricante, compete aos órgãos ou entidades
afastam a possibilidade de aplicação de outras Parágrafo único. A República Federativa do
infrações, penalidades e medidas administrativas Brasil buscará a integração econômica, política,
previstas no CTB. social e cultural dos povos da América Latina,
Art. 20. Os Anexos desta Resolução encontram- visando à formação de uma comunidade latino-
se disponíveis no sítio eletrônico do órgão máximo americana de nações.
executivo de trânsito da União.
TÍTULO II
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
DO BRASIL DE 1988 CAPÍTULO I
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios país a inviolabilidade do direito à vida, à
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado liberdade, à igualdade, à segurança e à
Democrático de Direito e tem como fundamentos: propriedade, nos termos seguintes:
I - a soberania; I - homens e mulheres são iguais em direitos e
II - a cidadania obrigações, nos termos desta Constituição;
III - a dignidade da pessoa humana; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
IV - os valores sociais do trabalho e da livre fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
iniciativa; III - ninguém será submetido a tortura nem a
V - o pluralismo político. tratamento desumano ou degradante;
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, IV - é livre a manifestação do pensamento,
que o exerce por meio de representantes eleitos sendo vedado o anonimato;
ou diretamente, nos termos desta Constituição. V - é assegurado o direito de resposta,
Art. 2º São Poderes da União, independentes e proporcional ao agravo, além da indenização por
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e dano material, moral ou à imagem;
o Judiciário. VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da crença, sendo assegurado o livre exercício dos
República Federativa do Brasil: cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
II - garantir o desenvolvimento nacional; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação
III - erradicar a pobreza e a marginalização e de assistência religiosa nas entidades civis e
reduzir as desigualdades sociais e regionais; militares de internação coletiva;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos VIII - ninguém será privado de direitos por motivo
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
outras formas de discriminação. política, salvo se as invocar para eximir-se de
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
nas suas relações internacionais pelos seguintes cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
princípios: IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
I - independência nacional; artística, científica e de comunicação,
II - prevalência dos direitos humanos; independentemente de censura ou licença;
III - autodeterminação dos povos; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a
IV - não-intervenção; honra e a imagem das pessoas, assegurado o
V - igualdade entre os Estados; direito a indenização pelo dano material ou moral
VI - defesa da paz; decorrente de sua violação;
VII - solução pacífica dos conflitos; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo,
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; ninguém nela podendo penetrar sem
IX - cooperação entre os povos para o progresso consentimento do morador, salvo em caso de
da humanidade; flagrante delito ou desastre, ou para prestar
X - concessão de asilo político. socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
das comunicações telegráficas, de dados e das dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, desenvolvimento;
por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo
lei estabelecer para fins de investigação criminal de utilização, publicação ou reprodução de suas
ou instrução processual penal; obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, a lei fixar;
ofício ou profissão, atendidas as qualificações XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
profissionais que a lei estabelecer; a) a proteção às participações individuais em
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação obras coletivas e à reprodução da imagem e voz
e resguardado o sigilo da fonte, quando humanas, inclusive nas atividades desportivas;
necessário ao exercício profissional; b) o direito de fiscalização do aproveitamento
XV - é livre a locomoção no território nacional em econômico das obras que criarem ou de que
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos participarem aos criadores, aos intérpretes e às
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele respectivas representações sindicais e
sair com seus bens; associativas;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos
armas, em locais abertos ao público, industriais privilégio temporário para sua
independentemente de autorização, desde que utilização, bem como proteção às criações
não frustrem outra reunião anteriormente industriais, à propriedade das marcas, aos
convocada para o mesmo local, sendo apenas nomes de empresas e a outros signos distintivos,
exigido prévio aviso à autoridade competente; tendo em vista o interesse social e o
XVII - é plena a liberdade de associação para desenvolvimento tecnológico e econômico do
fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; País;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, XXX - é garantido o direito de herança;
a de cooperativas independem de autorização, XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros
sendo vedada a interferência estatal em seu situados no País será regulada pela lei brasileira
funcionamento; em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
XIX - as associações só poderão ser sempre que não lhes seja mais favorável a lei
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas pessoal do "de cujus";
atividades suspensas por decisão judicial, XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em defesa do consumidor;
julgado; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos
XX - ninguém poderá ser compelido a associar- públicos informações de seu interesse particular,
se ou a permanecer associado; ou de interesse coletivo ou geral, que serão
XXI - as entidades associativas, quando prestadas no prazo da lei, sob pena de
expressamente autorizadas, têm legitimidade responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
para representar seus filiados judicial ou seja imprescindível à segurança da sociedade e
extrajudicialmente; do Estado;
XXII - é garantido o direito de propriedade; XXXIV - são a todos assegurados,
XXIII - a propriedade atenderá a sua função independentemente do pagamento de taxas:
social; a) o direito de petição aos Poderes Públicos em
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
desapropriação por necessidade ou utilidade de poder;
pública, ou por interesse social, mediante justa e b) a obtenção de certidões em repartições
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os públicas, para defesa de direitos e esclarecimento
casos previstos nesta Constituição; de situações de interesse pessoal;
XXV - no caso de iminente perigo público, a XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder
autoridade competente poderá usar de Judiciário lesão ou ameaça a direito;
propriedade particular, assegurada ao proprietário XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o
indenização ulterior, se houver dano; ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
definida em lei, desde que trabalhada pela família, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com
não será objeto de penhora para pagamento de a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o
b) o sigilo das votações; naturalizado, em caso de crime comum, praticado
c) a soberania dos veredictos; antes da naturalização, ou de comprovado
d) a competência para o julgamento dos crimes envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
dolosos contra a vida; drogas afins, na forma da lei;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o LII - não será concedida extradição de estrangeiro
defina, nem pena sem prévia cominação legal; por crime político ou de opinião;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para LIII - ninguém será processado nem sentenciado
beneficiar o réu; senão pela autoridade competente;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação LIV - ninguém será privado da liberdade ou de
atentatória dos direitos e liberdades seus bens sem o devido processo legal;
fundamentais; LV - aos litigantes, em processo judicial ou
XLII - a prática do racismo constitui crime administrativo, e aos acusados em geral são
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de assegurados o contraditório e ampla defesa,
reclusão, nos termos da lei; com os meios e recursos a ela inerentes;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da obtidas por meios ilícitos;
tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas LVII - ninguém será considerado culpado até o
afins, o terrorismo e os definidos como crimes trânsito em julgado de sentença penal
hediondos, por eles respondendo os mandantes, condenatória;
os executores e os que, podendo evitá-los, se LVIII - o civilmente identificado não será
omitirem; submetido a identificação criminal, salvo nas
XLIV - constitui crime inafiançável e hipóteses previstas em lei;
imprescritível a ação de grupos armados, civis ou LIX - será admitida ação privada nos crimes de
militares, contra a ordem constitucional e o Estado ação pública, se esta não for intentada no prazo
Democrático; legal;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos
condenado, podendo a obrigação de reparar o atos processuais quando a defesa da intimidade
dano e a decretação do perdimento de bens ser, ou o interesse social o exigirem;
nos termos da lei, estendidas aos sucessores e LXI - ninguém será preso senão em flagrante
contra eles executadas, até o limite do valor do delito ou por ordem escrita e fundamentada de
patrimônio transferido; autoridade judiciária competente, salvo nos casos
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e de transgressão militar ou crime propriamente
adotará, entre outras, as seguintes: militar, definidos em lei;
a) privação ou restrição da liberdade; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde
b) perda de bens; se encontre serão comunicados imediatamente
c) multa; ao juiz competente e à família do preso ou à
d) prestação social alternativa; pessoa por ele indicada;
e) suspensão ou interdição de direitos; LXIII - o preso será informado de seus direitos,
XLVII - não haverá penas: entre os quais o de permanecer calado, sendo-
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, lhe assegurada a assistência da família e de
nos termos do art. 84, XIX; advogado;
b) de caráter perpétuo; LXIV - o preso tem direito à identificação dos
c) de trabalhos forçados; responsáveis por sua prisão ou por seu
d) de banimento; interrogatório policial;
e) cruéis; LXV - a prisão ilegal será imediatamente
XLVIII - a pena será cumprida em relaxada pela autoridade judiciária;
estabelecimentos distintos, de acordo com a LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; mantido, quando a lei admitir a liberdade
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à provisória, com ou sem fiança;
integridade física e moral; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a
L - às presidiárias serão asseguradas condições do responsável pelo inadimplemento voluntário e
para que possam permanecer com seus filhos inescusável de obrigação alimentícia e a do
durante o período de amamentação; depositário infiel;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de administrativo, são assegurados a razoável
sofrer violência ou coação em sua liberdade de duração do processo e os meios que garantam a
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; celeridade de sua tramitação.
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito
para proteger direito líquido e certo, não à proteção dos dados pessoais, inclusive nos
amparado por habeas corpus ou habeas data, meios digitais.
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias
de poder for autoridade pública ou agente de fundamentais têm aplicação imediata.
pessoa jurídica no exercício de atribuições do § 2º Os direitos e garantias expressos nesta
Poder Público; Constituição não excluem outros decorrentes do
LXX - o mandado de segurança coletivo pode regime e dos princípios por ela adotados, ou dos
ser impetrado por: tratados internacionais em que a República
a) partido político com representação no Federativa do Brasil seja parte.
Congresso Nacional; § 3º Os tratados e convenções internacionais
b) organização sindical, entidade de classe ou sobre direitos humanos que forem aprovados,
associação legalmente constituída e em em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
funcionamento há pelo menos um ano, em turnos, por três quintos dos votos dos
defesa dos interesses de seus membros ou respectivos membros, serão equivalentes às
associados; emendas constitucionais.
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal
sempre que a falta de norma regulamentadora Penal Internacional a cuja criação tenha
torne inviável o exercício dos direitos e manifestado adesão.
liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à CAPÍTULO II
cidadania; Dos direitos sociais
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde,
relativas à pessoa do impetrante, constantes de a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
registros ou bancos de dados de entidades o lazer, a segurança, a previdência social, a
governamentais ou de caráter público; proteção à maternidade e à infância, a assistência
b) para a retificação de dados, quando não se aos desamparados, na forma desta Constituição.
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de
administrativo; vulnerabilidade social terá direito a uma renda
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para básica familiar, garantida pelo poder público em
propor ação popular que vise a anular ato lesivo programa permanente de transferência de renda,
ao patrimônio público ou de entidade de que o cujas normas e requisitos de acesso serão
Estado participe, à moralidade administrativa, ao determinados em lei, observada a legislação fiscal
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, e orçamentária.
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e
de custas judiciais e do ônus da sucumbência; rurais, além de outros que visem à melhoria de
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica sua condição social:
integral e gratuita aos que comprovarem I - relação de emprego protegida contra
insuficiência de recursos; despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
LXXV - o Estado indenizará o condenado por termos de lei complementar, que preverá
erro judiciário, assim como o que ficar preso indenização compensatória, dentre outros
além do tempo fixado na sentença; direitos;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
pobres, na forma da lei: involuntário;
a) o registro civil de nascimento; III - fundo de garantia do tempo de serviço;
b) a certidão de óbito; IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas unificado, capaz de atender a suas necessidades
corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos vitais básicas e às de sua família com moradia,
necessários ao exercício da cidadania. alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
reajustes periódicos que lhe preservem o poder forma da lei;
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para XXIV - aposentadoria;
qualquer fim; XXV - assistência gratuita aos filhos e
V - piso salarial proporcional à extensão e à dependentes desde o nascimento até 5 (cinco)
complexidade do trabalho; anos de idade em creches e pré-escolas;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto XXVI - reconhecimento das convenções e
em convenção ou acordo coletivo; acordos coletivos de trabalho;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao XXVII - proteção em face da automação, na forma
mínimo, para os que percebem remuneração da lei;
variável; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a
VIII - décimo terceiro salário com base na cargo do empregador, sem excluir a indenização a
remuneração integral ou no valor da que este está obrigado, quando incorrer em dolo
aposentadoria; ou culpa;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das
do diurno; relações de trabalho, com prazo prescricional de
X - proteção do salário na forma da lei, cinco anos para os trabalhadores urbanos e
constituindo crime sua retenção dolosa; rurais, até o limite de dois anos após a extinção
XI - participação nos lucros, ou resultados, do contrato de trabalho;
desvinculada da remuneração, e, XXX - proibição de diferença de salários, de
excepcionalmente, participação na gestão da exercício de funções e de critério de admissão por
empresa, conforme definido em lei; motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XII - salário-família pago em razão do dependente XXXI - proibição de qualquer discriminação no
do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; tocante a salário e critérios de admissão do
XIII - duração do trabalho normal não superior a trabalhador portador de deficiência;
oito horas diárias e quarenta e quatro XXXII - proibição de distinção entre trabalho
semanais, facultada a compensação de horários e manual, técnico e intelectual ou entre os
a redução da jornada, mediante acordo ou profissionais respectivos;
convenção coletiva de trabalho; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou
XIV - jornada de seis horas para o trabalho insalubre a menores de dezoito e de qualquer
realizado em turnos ininterruptos de trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
revezamento, salvo negociação coletiva; condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
XV - repouso semanal remunerado, XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador
preferencialmente aos domingos; com vínculo empregatício permanente e o
XVI - remuneração do serviço extraordinário trabalhador avulso.
superior, no mínimo, em cinquenta por cento à Parágrafo único. São assegurados à categoria
do normal; dos trabalhadores domésticos os direitos previstos
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII,
pelo menos, um terço a mais do que o salário XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e
normal; XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do em lei e observada a simplificação do
emprego e do salário, com a duração de cento e cumprimento das obrigações tributárias, principais
vinte dias; e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II,
lei; III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, integração à previdência social.
mediante incentivos específicos, nos termos da lei; Art. 8º É livre a associação profissional ou
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de sindical, observado o seguinte:
serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos I - a lei não poderá exigir autorização do Estado
termos da lei; para a fundação de sindicato, ressalvado o
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, registro no órgão competente, vedadas ao Poder
por meio de normas de saúde, higiene e Público a interferência e a intervenção na
segurança; organização sindical;
XXIII - adicional de remuneração para as
II - é vedada a criação de mais de uma CAPÍTULO IV
organização sindical, em qualquer grau, Dos Direitos Políticos
representativa de categoria profissional ou
econômica, na mesma base territorial, que será Art. 14. A soberania popular será exercida pelo
definida pelos trabalhadores ou empregadores sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
interessados, não podendo ser inferior à área de com valor igual para todos, e, nos termos da lei,
um Município; mediante:
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e I - plebiscito;
interesses coletivos ou individuais da categoria, II - referendo;
inclusive em questões judiciais ou administrativas; III - iniciativa popular.
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
em se tratando de categoria profissional, será I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
descontada em folha, para custeio do sistema II - facultativos para:
confederativo da representação sindical a) os analfabetos;
respectiva, independentemente da contribuição b) os maiores de setenta anos;
prevista em lei; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter- anos.
se filiado a sindicato; § 2º Não podem alistar-se como eleitores os
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos estrangeiros e, durante o período do serviço
nas negociações coletivas de trabalho; militar obrigatório, os conscritos.
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser § 3º São condições de elegibilidade, na forma
votado nas organizações sindicais; da lei:
VIII - é vedada a dispensa do empregado I - a nacionalidade brasileira;
sindicalizado a partir do registro da candidatura II - o pleno exercício dos direitos políticos;
a cargo de direção ou representação sindical e, se III - o alistamento eleitoral;
eleito, ainda que suplente, até um ano após o final IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
do mandato, salvo se cometer falta grave nos V - a filiação partidária;
termos da lei. VI - a idade mínima de:
Parágrafo único. As disposições deste artigo a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-
aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de Presidente da República e Senador;
colônias de pescadores, atendidas as condições b) trinta anos para Governador e Vice-
que a lei estabelecer. Governador de Estado e do Distrito Federal;
Art. 9º É assegurado o direito de greve, c) vinte e um anos para Deputado Federal,
competindo aos trabalhadores decidir sobre a Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses Prefeito e juiz de paz;
que devam por meio dele defender. d) dezoito anos para Vereador.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os
essenciais e disporá sobre o atendimento das analfabetos.
necessidades inadiáveis da comunidade. § 5º O Presidente da República, os Governadores
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e
responsáveis às penas da lei. quem os houver sucedido, ou substituído no curso
Art. 10. É assegurada a participação dos dos mandatos poderão ser reeleitos para um
trabalhadores e empregadores nos colegiados dos único período subsequente.
órgãos públicos em que seus interesses § 6º Para concorrerem a outros cargos, o
profissionais ou previdenciários sejam objeto de Presidente da República, os Governadores de
discussão e deliberação. Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos renunciar aos respectivos mandatos até seis
empregados, é assegurada a eleição de um meses antes do pleito.
representante destes com a finalidade exclusiva § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do
de promover-lhes o entendimento direto com os titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou
empregadores. afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos
seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular se aplicando à eleição que ocorra até um ano da
de mandato eletivo e candidato à reeleição. data de sua vigência.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as
seguintes condições: TÍTULO III
I - se contar menos de dez anos de serviço, DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
deverá afastar-se da atividade; CAPÍTULO I
II - se contar mais de dez anos de serviço, será Da Organização Político-Administrativa
agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, Art. 18. A organização político-administrativa da
para a inatividade. República Federativa do Brasil compreende a
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos União, os Estados, o Distrito Federal e os
de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a Municípios, todos autônomos, nos termos desta
fim de proteger a probidade administrativa, a Constituição.
moralidade para exercício de mandato § 1º Brasília é a Capital Federal.
considerada vida pregressa do candidato, e a § 2º Os Territórios Federais integram a União, e
normalidade e legitimidade das eleições contra a sua criação, transformação em Estado ou
influência do poder econômico ou o abuso do reintegração ao Estado de origem serão reguladas
exercício de função, cargo ou emprego na em lei complementar.
administração direta ou indireta. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si,
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado subdividir-se ou desmembrar-se para se
ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias anexarem a outros, ou formarem novos Estados
contados da diplomação, instruída a ação com ou Territórios Federais, mediante aprovação da
provas de abuso do poder econômico, corrupção população diretamente interessada, através de
ou fraude. plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará complementar.
em segredo de justiça, respondendo o autor, na § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às estadual, dentro do período determinado por Lei
eleições municipais as consultas populares sobre Complementar Federal, e dependerão de
questões locais aprovadas pelas Câmaras consulta prévia, mediante plebiscito, às
Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até populações dos Municípios envolvidos, após
90 (noventa) dias antes da data das eleições, divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal,
observados os limites operacionais relativos ao apresentados e publicados na forma da lei.
número de quesitos. Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às Distrito Federal e aos Municípios:
questões submetidas às consultas populares nos I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
eleitorais, sem a utilização de propaganda ou manter com eles ou seus representantes
gratuita no rádio e na televisão. relações de dependência ou aliança, ressalvada,
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, na forma da lei, a colaboração de interesse
cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: público;
I - cancelamento da naturalização por sentença II - recusar fé aos documentos públicos;
transitada em julgado; III - criar distinções entre brasileiros ou
II - incapacidade civil absoluta; preferências entre si.
III - condenação criminal transitada em julgado,
enquanto durarem seus efeitos;
CAPÍTULO II
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta
Da União
ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º,
VIII;
Art. 20. São bens da União:
V - improbidade administrativa, nos termos do art.
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe
37, § 4º.
vierem a ser atribuídos;
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa
entrará em vigor na data de sua publicação, não
das fronteiras, das fortificações e construções
militares, das vias federais de comunicação e à VIII - administrar as reservas cambiais do País e
preservação ambiental, definidas em lei; fiscalizar as operações de natureza financeira,
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água especialmente as de crédito, câmbio e
em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais capitalização, bem como as de seguros e de
de um Estado, sirvam de limites com outros previdência privada;
países, ou se estendam a território estrangeiro ou IX - elaborar e executar planos nacionais e
dele provenham, bem como os terrenos marginais regionais de ordenação do território e de
e as praias fluviais; desenvolvimento econômico e social;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas X - manter o serviço postal e o correio aéreo
limítrofes com outros países; as praias marítimas; nacional;
as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, XI - explorar, diretamente ou mediante
destas, as que contenham a sede de Municípios, autorização, concessão ou permissão, os serviços
exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público de telecomunicações, nos termos da lei, que
e a unidade ambiental federal, e as referidas no disporá sobre a organização dos serviços, a
art. 26, II; criação de um órgão regulador e outros aspectos
V - os recursos naturais da plataforma continental institucionais;
e da zona econômica exclusiva; XII - explorar, diretamente ou mediante
VI - o mar territorial; autorização, concessão ou permissão:
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e
VIII - os potenciais de energia hidráulica; imagens;
IX - os recursos minerais, inclusive os do b) os serviços e instalações de energia elétrica e o
subsolo; aproveitamento energético dos cursos de água,
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios em articulação com os Estados onde se situam os
arqueológicos e pré-históricos; potenciais hidroenergéticos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos c) a navegação aérea, aeroespacial e a
índios. infraestrutura aeroportuária;
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos d) os serviços de transporte ferroviário e
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
participação no resultado da exploração de nacionais, ou que transponham os limites de
petróleo ou gás natural, de recursos hídricos Estado ou Território;
para fins de geração de energia elétrica e de e) os serviços de transporte rodoviário
outros recursos minerais no respectivo território, interestadual e internacional de passageiros;
plataforma continental, mar territorial ou zona f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
econômica exclusiva, ou compensação financeira XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o
por essa exploração. Ministério Público do Distrito Federal e dos
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
de largura, ao longo das fronteiras terrestres, XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia
designada como faixa de fronteira, é considerada penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros
fundamental para defesa do território nacional, e militar do Distrito Federal, bem como prestar
sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. assistência financeira ao Distrito Federal para a
Art. 21. Compete à União: execução de serviços públicos, por meio de
I - manter relações com Estados estrangeiros e fundo próprio;
participar de organizações internacionais; XV - organizar e manter os serviços oficiais de
II - declarar a guerra e celebrar a paz; estatística, geografia, geologia e cartografia de
III - assegurar a defesa nacional; âmbito nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei XVI - exercer a classificação, para efeito
complementar, que forças estrangeiras transitem indicativo, de diversões públicas e de
pelo território nacional ou nele permaneçam programas de rádio e televisão;
temporariamente; XVII - conceder anistia;
V - decretar o estado de sítio, o estado de XVIII - planejar e promover a defesa permanente
defesa e a intervenção federal; contra as calamidades públicas, especialmente
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio as secas e as inundações;
de material bélico; XIX - instituir sistema nacional de
VII - emitir moeda; gerenciamento de recursos hídricos e definir
critérios de outorga de direitos de seu uso; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento metalurgia;
urbano, inclusive habitação, saneamento básico e XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
transportes urbanos; XIV - populações indígenas;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o XV - emigração e imigração, entrada, extradição e
sistema nacional de viação; expulsão de estrangeiros;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, XVI - organização do sistema nacional de
aeroportuária e de fronteiras; emprego e condições para o exercício de
XXIII - explorar os serviços e instalações profissões;
nucleares de qualquer natureza e exercer XVII - organização judiciária, do Ministério Público
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o do Distrito Federal e dos Territórios e da
enriquecimento e reprocessamento, a Defensoria Pública dos Territórios, bem como
industrialização e o comércio de minérios organização administrativa destes;
nucleares e seus derivados, atendidos os XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e
seguintes princípios e condições: de geologia nacionais;
a) toda atividade nuclear em território nacional XIX - sistemas de poupança, captação e garantia
somente será admitida para fins pacíficos e da poupança popular;
mediante aprovação do Congresso Nacional; XX - sistemas de consórcios e sorteios;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a XXI - normas gerais de organização, efetivos,
comercialização e a utilização de radioisótopos material bélico, garantias, convocação,
para pesquisa e uso agrícolas e industriais; mobilização, inatividades e pensões das polícias
c) sob regime de permissão, são autorizadas a militares e dos corpos de bombeiros militares;
produção, a comercialização e a utilização de XXII - competência da polícia federal e das
radioisótopos para pesquisa e uso médicos; polícias rodoviária e ferroviária federais;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares XXIII - seguridade social;
independe da existência de culpa; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do XXV - registros públicos;
trabalho; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para XXVII - normas gerais de licitação e contratação,
o exercício da atividade de garimpagem, em em todas as modalidades, para as administrações
forma associativa. públicas diretas, autárquicas e fundacionais da
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
tratamento de dados pessoais, nos termos da obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as
lei. empresas públicas e sociedades de economia
Art. 22. Compete privativamente à União legislar mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;
sobre: XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial,
I - direito civil, comercial, penal, processual, defesa marítima, defesa civil e mobilização
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e nacional;
do trabalho; XXIX - propaganda comercial.
II - desapropriação; XXX - proteção e tratamento de dados pessoais.
III - requisições civis e militares, em caso de Parágrafo único. Lei complementar poderá
iminente perigo e em tempo de guerra; autorizar os Estados a legislar sobre questões
IV - águas, energia, informática, telecomunicações específicas das matérias relacionadas neste
e radiodifusão; artigo.
V - serviço postal; Art. 23. É competência comum da União, dos
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
garantias dos metais; I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e
VII - política de crédito, câmbio, seguros e das instituições democráticas e conservar o
transferência de valores; patrimônio público;
VIII - comércio exterior e interestadual; II - cuidar da saúde e assistência pública, da
IX - diretrizes da política nacional de transportes; proteção e garantia das pessoas portadoras de
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, deficiência;
marítima, aérea e aeroespacial; III - proteger os documentos, as obras e outros
XI - trânsito e transporte; bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
sítios arqueológicos; XIV - proteção e integração social das pessoas
IV - impedir a evasão, a destruição e a portadoras de deficiência;
descaracterização de obras de arte e de outros XV - proteção à infância e à juventude;
bens de valor histórico, artístico ou cultural; XVI - organização, garantias, direitos e deveres
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à das polícias civis.
educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à § 1º No âmbito da legislação concorrente, a
inovação; competência da União limitar-se-á a estabelecer
VI - proteger o meio ambiente e combater a normas gerais.
poluição em qualquer de suas formas; § 2º A competência da União para legislar sobre
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; normas gerais não exclui a competência
VIII - fomentar a produção agropecuária e suplementar dos Estados.
organizar o abastecimento alimentar; § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os
IX - promover programas de construção de Estados exercerão a competência legislativa
moradias e a melhoria das condições plena, para atender a suas peculiaridades.
habitacionais e de saneamento básico; § 4º A superveniência de lei federal sobre
X - combater as causas da pobreza e os fatores normas gerais suspende a eficácia da lei
de marginalização, promovendo a integração estadual, no que lhe for contrário.
social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as CAPÍTULO III
concessões de direitos de pesquisa e exploração Dos Estados Federados
de recursos hídricos e minerais em seus
territórios; Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se
XII - estabelecer e implantar política de educação pelas Constituições e leis que adotarem,
para a segurança do trânsito. observados os princípios desta Constituição.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão § 1º São reservadas aos Estados as
normas para a cooperação entre a União e os competências que não lhes sejam vedadas por
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo esta Constituição.
em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou
bem-estar em âmbito nacional. mediante concessão, os serviços locais de gás
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao canalizado, na forma da lei, vedada a edição de
Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: medida provisória para a sua regulamentação.
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, § 3º Os Estados poderão, mediante lei
econômico e urbanístico; complementar, instituir regiões metropolitanas,
II - orçamento; aglomerações urbanas e microrregiões,
III - juntas comerciais; constituídas por agrupamentos de municípios
IV - custas dos serviços forenses; limítrofes, para integrar a organização, o
V - produção e consumo; planejamento e a execução de funções públicas
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da de interesse comum.
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
proteção do meio ambiente e controle da poluição; I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes,
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste
artístico, turístico e paisagístico; caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da
VIII - responsabilidade por dano ao meio União;
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que
valor artístico, estético, histórico, turístico e estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob
paisagístico; domínio da União, Municípios ou terceiros;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à
tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; União;
X - criação, funcionamento e processo do juizado IV - as terras devolutas não compreendidas entre
de pequenas causas; as da União.
XI - procedimentos em matéria processual; Art. 27. O número de Deputados à Assembleia
XII - previdência social, proteção e defesa da Legislativa corresponderá ao triplo da
saúde;
representação do Estado na Câmara dos I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos
Deputados e, atingido o número de trinta e seis, Vereadores, para mandato de quatro anos,
será acrescido de tantos quantos forem os mediante pleito direto e simultâneo realizado em
Deputados Federais acima de doze. todo o País;
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada
Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao
desta Constituição sobre sistema eleitoral, término do mandato dos que devam suceder,
inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda aplicadas as regras do art. 77, no caso de
de mandato, licença, impedimentos e incorporação Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
às Forças Armadas. III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será de janeiro do ano subsequente ao da eleição;
fixado por lei de iniciativa da Assembleia IV - para a composição das Câmaras Municipais,
Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e será observado o limite máximo de:
cinco por cento daquele estabelecido, em a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até
espécie, para os Deputados Federais, observado 15.000 (quinze mil) habitantes;
o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais
153, III, e 153, § 2º, I. de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000
§ 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor (trinta mil) habitantes;
sobre seu regimento interno, polícia e serviços c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com
administrativos de sua secretaria, e prover os mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até
respectivos cargos. 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de
processo legislativo estadual. mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice- 80.000 (oitenta mil) habitantes;
Governador de Estado, para mandato de 4 e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de
(quatro) anos, realizar-se-á no primeiro domingo mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até
de outubro, em primeiro turno, e no último 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;
domingo de outubro, em segundo turno, se f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de
houver, do ano anterior ao do término do mandato mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e
de seus antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;
janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de
mais, o disposto no art. 77 desta Constituição. mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes
§ 1º Perderá o mandato o Governador que e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;
assumir outro cargo ou função na administração h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de
virtude de concurso público e observado o até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)
disposto no art. 38, I, IV e V. habitantes;
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice- i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de
Governador e dos Secretários de Estado serão mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)
fixados por lei de iniciativa da Assembleia habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil)
Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, habitantes;
XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de
mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de
CAPÍTULO IV até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;
Dos Municípios k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios
de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil)
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, habitantes e de até 900.000 (novecentos mil)
votada em dois turnos, com o interstício mínimo habitantes;
de dez dias, e aprovada por dois terços dos l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de
membros da Câmara Municipal, que a mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil)
nesta Constituição, na Constituição do respectivo habitantes;
Estado e os seguintes preceitos: m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de
mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil)
habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os
duzentos mil) habitantes; seguintes limites máximos:
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios a) em Municípios de até dez mil habitantes, o
de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a
habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e vinte por cento do subsídio dos Deputados
trezentos e cinquenta mil) habitantes; Estaduais;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta
1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) mil habitantes, o subsídio máximo dos
habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e Vereadores corresponderá a trinta por cento do
quinhentos mil) habitantes; subsídio dos Deputados Estaduais;
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem
de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos
mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e Vereadores corresponderá a quarenta por cento
oitocentos mil) habitantes; do subsídio dos Deputados Estaduais;
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios d) em Municípios de cem mil e um a trezentos
de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) mil habitantes, o subsídio máximo dos
habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e Vereadores corresponderá a cinquenta por cento
quatrocentos mil) habitantes; do subsídio dos Deputados Estaduais;
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios e) em Municípios de trezentos mil e um a
de mais de 2.400.000 (dois milhões e quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo
quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 dos Vereadores corresponderá a sessenta por
(três milhões) de habitantes; cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos f) em Municípios de mais de quinhentos mil
Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de corresponderá a setenta e cinco por cento do
habitantes; subsídio dos Deputados Estaduais;
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios VII - o total da despesa com a remuneração dos
de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de Vereadores não poderá ultrapassar o montante de
habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de cinco por cento da receita do Município;
habitantes; VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos opiniões, palavras e votos no exercício do
Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) mandato e na circunscrição do Município;
de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de IX - proibições e incompatibilidades, no exercício
habitantes; da vereança, similares, no que couber, ao disposto
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos nesta Constituição para os membros do
Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de Congresso Nacional e na Constituição do
habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de respectivo Estado para os membros da
habitantes; Assembleia Legislativa;
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de
Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de Justiça;
habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de XI - organização das funções legislativas e
habitantes; e fiscalizadoras da Câmara Municipal;
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos XII - cooperação das associações representativas
Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de no planejamento municipal;
habitantes; XIII - iniciativa popular de projetos de lei de
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos interesse específico do Município, da cidade ou de
Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa bairros, através de manifestação de, pelo menos,
da Câmara Municipal, observado o que dispõem cinco por cento do eleitorado;
os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do
2º, I; art. 28, parágrafo único.
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo
respectivas Câmaras Municipais em cada Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores
legislatura para a subsequente, observado o que e excluídos os gastos com inativos, não poderá
dispõe esta Constituição, observados os critérios ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao
somatório da receita tributária e das transferências VII - prestar, com a cooperação técnica e
previstas no § 5° do art. 153 e nos arts. 158 e 159, financeira da União e do Estado, serviços de
efetivamente realizado no exercício anterior: atendimento à saúde da população;
I - 7% (sete por cento) para Municípios com VIII - promover, no que couber, adequado
população de até 100.000 (cem mil) habitantes; ordenamento territorial, mediante planejamento e
II - 6% (seis por cento) para Municípios com controle do uso, do parcelamento e da ocupação
população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 do solo urbano;
(trezentos mil) habitantes; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com cultural local, observada a legislação e a ação
população entre 300.001 (trezentos mil e um) e fiscalizadora federal e estadual.
500.000 (quinhentos mil) habitantes; Art. 31. A fiscalização do Município será exercida
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
cento) para Municípios com população entre controle externo, e pelos sistemas de controle
500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três interno do Poder Executivo Municipal, na forma
milhões) de habitantes; da lei.
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com § 1º O controle externo da Câmara Municipal
população entre 3.000.001 (três milhões e um) e será exercido com o auxílio dos Tribunais de
8.000.000 (oito milhões) de habitantes; Contas dos Estados ou do Município ou dos
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios,
para Municípios com população acima de onde houver.
8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão
§ 1° A Câmara Municipal não gastará mais de competente sobre as contas que o Prefeito deve
setenta por cento de sua receita com folha de anualmente prestar, só deixará de prevalecer por
pagamento, incluído o gasto com o subsídio de decisão de dois terços dos membros da Câmara
seus Vereadores. Municipal.
§ 2° Constitui crime de responsabilidade do § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante
Prefeito Municipal: sessenta dias, anualmente, à disposição de
I - efetuar repasse que supere os limites definidos qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o
neste artigo; qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada termos da lei.
mês; ou § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos
III - enviá-lo a menor em relação à proporção ou órgãos de Contas Municipais.
fixada na Lei Orçamentária.
§ 3° Constitui crime de responsabilidade do TÍTULO III
Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
§ 1° deste artigo. CAPÍTULO VII
Art. 30. Compete aos Municípios: Da Administração Pública
Seção I
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
Disposições Gerais
II - suplementar a legislação federal e a estadual
no que couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua Art. 37. A administração pública direta e indireta
competência, bem como aplicar suas rendas, sem de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
publicar balancetes nos prazos fixados em lei; aos princípios de legalidade, impessoalidade,
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada moralidade, publicidade e eficiência e, também,
a legislação estadual; ao seguinte:
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime I - os cargos, empregos e funções públicas são
de concessão ou permissão, os serviços públicos acessíveis aos brasileiros que preencham os
de interesse local, incluído o de transporte requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
coletivo, que tem caráter essencial; estrangeiros, na forma da lei;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira II - a investidura em cargo ou emprego público
da União e do Estado, programas de educação depende de aprovação prévia em concurso
infantil e de ensino fundamental; público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, Federal, o subsídio mensal do Governador no
ressalvadas as nomeações para cargo em âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
comissão declarado em lei de livre nomeação e Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do
exoneração; Poder Legislativo e o subsidio dos
III - o prazo de validade do concurso público será Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por
período; cento do subsídio mensal, em espécie, dos
IV - durante o prazo improrrogável previsto no Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito
edital de convocação, aquele aprovado em do Poder Judiciário, aplicável este limite aos
concurso público de provas ou de provas e títulos membros do Ministério Público, aos Procuradores
será convocado com prioridade sobre novos e aos Defensores Públicos;
concursados para assumir cargo ou emprego, na XII - os vencimentos dos cargos do Poder
carreira; Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
V - as funções de confiança, exercidas superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
exclusivamente por servidores ocupantes de XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a quaisquer espécies remuneratórias para o efeito
serem preenchidos por servidores de carreira de remuneração de pessoal do serviço público;
nos casos, condições e percentuais mínimos XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por
previstos em lei, destinam-se apenas às servidor público não serão computados nem
atribuições de direção, chefia e acumulados para fins de concessão de
assessoramento; acréscimos ulteriores;
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes
livre associação sindical; de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
VII - o direito de greve será exercido nos termos ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste
e nos limites definidos em lei específica; artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, §
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e 2º, I;
empregos públicos para as pessoas portadoras XVI - é vedada a acumulação remunerada de
de deficiência e definirá os critérios de sua cargos públicos, exceto, quando houver
admissão; compatibilidade de horários, observado em
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação qualquer caso o disposto no inciso XI:
por tempo determinado para atender a a) a de dois cargos de professor;
necessidade temporária de excepcional b) a de um cargo de professor com outro técnico
interesse público; ou científico;
X - a remuneração dos servidores públicos e o c) a de dois cargos ou empregos privativos de
subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente profissionais de saúde, com profissões
poderão ser fixados ou alterados por lei regulamentadas;
específica, observada a iniciativa privativa em XVII - a proibição de acumular estende-se a
cada caso, assegurada revisão geral anual, empregos e funções e abrange autarquias,
sempre na mesma data e sem distinção de fundações, empresas públicas, sociedades de
índices; economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
cargos, funções e empregos públicos da público;
administração direta, autárquica e fundacional, dos XVIII - a administração fazendária e seus
membros de qualquer dos Poderes da União, dos servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos competência e jurisdição, precedência sobre os
detentores de mandato eletivo e dos demais demais setores administrativos, na forma da lei;
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra XIX - somente por lei específica poderá ser criada
espécie remuneratória, percebidos autarquia e autorizada a instituição de empresa
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pública, de sociedade de economia mista e de
pessoais ou de qualquer outra natureza, não fundação, cabendo à lei complementar, neste
poderão exceder o subsídio mensal, em último caso, definir as áreas de sua atuação;
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal XX - depende de autorização legislativa, em cada
Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, caso, a criação de subsidiárias das entidades
o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito mencionadas no inciso anterior, assim como a
participação de qualquer delas em empresa § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição
privada; para ilícitos praticados por qualquer agente,
XXI - ressalvados os casos especificados na servidor ou não, que causem prejuízos ao erário,
legislação, as obras, serviços, compras e ressalvadas as respectivas ações de
alienações serão contratados mediante processo ressarcimento.
de licitação pública que assegure igualdade de § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas direito privado prestadoras de serviços públicos
que estabeleçam obrigações de pagamento, responderão pelos danos que seus agentes,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos nessa qualidade, causarem a terceiros,
termos da lei, o qual somente permitirá as assegurado o direito de regresso contra o
exigências de qualificação técnica e econômica responsável nos casos de dolo ou culpa.
indispensáveis à garantia do cumprimento das § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as
obrigações. restrições ao ocupante de cargo ou emprego da
XXII - as administrações tributárias da União, dos administração direta e indireta que possibilite o
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, acesso a informações privilegiadas.
atividades essenciais ao funcionamento do § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e
Estado, exercidas por servidores de carreiras financeira dos órgãos e entidades da
específicas, terão recursos prioritários para a administração direta e indireta poderá ser
realização de suas atividades e atuarão de forma ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
integrada, inclusive com o compartilhamento de seus administradores e o poder público, que tenha
cadastros e de informações fiscais, na forma da por objeto a fixação de metas de desempenho
lei ou convênio. para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, sobre:
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá I - o prazo de duração do contrato;
ter caráter educativo, informativo ou de II - os controles e critérios de avaliação de
orientação social, dela não podendo constar desempenho, direitos, obrigações e
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem responsabilidade dos dirigentes;
promoção pessoal de autoridades ou servidores III - a remuneração do pessoal.
públicos. § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e públicas e às sociedades de economia mista, e
III implicará a nulidade do ato e a punição da suas subsidiárias, que receberem recursos da
autoridade responsável, nos termos da lei. União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação Municípios para pagamento de despesas de
do usuário na administração pública direta e pessoal ou de custeio em geral.
indireta, regulando especialmente: § 10. É vedada a percepção simultânea de
I - as reclamações relativas à prestação dos proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40
serviços públicos em geral, asseguradas a ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de
manutenção de serviços de atendimento ao cargo, emprego ou função pública, ressalvados os
usuário e a avaliação periódica, externa e cargos acumuláveis na forma desta Constituição,
interna, da qualidade dos serviços; os cargos eletivos e os cargos em comissão
II - o acesso dos usuários a registros declarados em lei de livre nomeação e
administrativos e a informações sobre atos de exoneração.
governo, observado o disposto no art. 5º, X e § 11. Não serão computadas, para efeito dos
XXXIII; limites remuneratórios de que trata o inciso XI do
III - a disciplina da representação contra o caput deste artigo, as parcelas de caráter
exercício negligente ou abusivo de cargo, indenizatório previstas em lei.
emprego ou função na administração pública. § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do
§ 4º Os atos de improbidade administrativa caput deste artigo, fica facultado aos Estados e
importarão a suspensão dos direitos políticos, a ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante
perda da função pública, a indisponibilidade dos emenda às respectivas Constituições e Lei
bens e o ressarcimento ao erário, na forma e Orgânica, como limite único, o subsídio mensal
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
penal cabível. Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se Seção II
aplicando o disposto neste parágrafo aos Dos Servidores Públicos
subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e
dos Vereadores. Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo os Municípios instituirão, no âmbito de sua
poderá ser readaptado para exercício de cargo competência, regime jurídico único e planos de
cujas atribuições e responsabilidades sejam carreira para os servidores da administração
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em pública direta, das autarquias e das fundações
sua capacidade física ou mental, enquanto públicas.
permanecer nesta condição, desde que possua a Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e
habilitação e o nível de escolaridade exigidos para os Municípios instituirão conselho de política de
o cargo de destino, mantida a remuneração do administração e remuneração de pessoal,
cargo de origem. integrado por servidores designados pelos
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização respectivos Poderes.
de tempo de contribuição decorrente de cargo, § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos
emprego ou função pública, inclusive do Regime demais componentes do sistema remuneratório
Geral de Previdência Social, acarretará o observará:
rompimento do vínculo que gerou o referido I - a natureza, o grau de responsabilidade e a
tempo de contribuição. complexidade dos cargos componentes de cada
§ 15. É vedada a complementação de carreira;
aposentadorias de servidores públicos e de II - os requisitos para a investidura;
pensões por morte a seus dependentes que não III - as peculiaridades dos cargos.
seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal
40 ou que não seja prevista em lei que extinga manterão escolas de governo para a formação e
regime próprio de previdência social. o aperfeiçoamento dos servidores públicos,
§ 16. Os órgãos e entidades da administração constituindo-se a participação nos cursos um dos
pública, individual ou conjuntamente, devem requisitos para a promoção na carreira, facultada,
realizar avaliação das políticas públicas, para isso, a celebração de convênios ou contratos
inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado entre os entes federados.
e dos resultados alcançados, na forma da lei. § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo
Art. 38. Ao servidor público da administração público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
direta, autárquica e fundacional, no exercício de XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX,
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados
disposições: de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
ou função; Estaduais e Municipais serão remunerados
II - investido no mandato de Prefeito, será exclusivamente por subsídio fixado em parcela
afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe única, vedado o acréscimo de qualquer
facultado optar pela sua remuneração; gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
III - investido no mandato de Vereador, havendo representação ou outra espécie remuneratória,
compatibilidade de horários, perceberá as obedecido, em qualquer caso, o disposto no art.
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem 37, X e XI.
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal
havendo compatibilidade, será aplicada a norma e dos Municípios poderá estabelecer a relação
do inciso anterior; entre a maior e a menor remuneração dos
IV - em qualquer caso que exija o afastamento servidores públicos, obedecido, em qualquer caso,
para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de o disposto no art. 37, XI.
serviço será contado para todos os efeitos legais, § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
exceto para promoção por merecimento; publicarão anualmente os valores do subsídio e da
V - na hipótese de ser segurado de regime remuneração dos cargos e empregos públicos.
próprio de previdência social, permanecerá § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal
filiado a esse regime, no ente federativo de e dos Municípios disciplinará a aplicação de
origem.
recursos orçamentários provenientes da economia § 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios
com despesas correntes em cada órgão, autarquia diferenciados para concessão de benefícios em
e fundação, para aplicação no desenvolvimento de regime próprio de previdência social, ressalvado o
programas de qualidade e produtividade, disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º.
treinamento e desenvolvimento, modernização, § 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei
reaparelhamento e racionalização do serviço complementar do respectivo ente federativo idade
público, inclusive sob a forma de adicional ou e tempo de contribuição diferenciados para
prêmio de produtividade. aposentadoria de servidores com deficiência,
§ 8º A remuneração dos servidores públicos previamente submetidos a avaliação
organizados em carreira poderá ser fixada nos biopsicossocial realizada por equipe
termos do § 4º. multiprofissional e interdisciplinar.
§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de § 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei
caráter temporário ou vinculadas ao exercício de complementar do respectivo ente federativo idade
função de confiança ou de cargo em comissão à e tempo de contribuição diferenciados para
remuneração do cargo efetivo. aposentadoria de ocupantes do cargo de agente
Art. 40. O regime próprio de previdência social penitenciário, de agente socioeducativo ou de
dos servidores titulares de cargos efetivos terá policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do
caráter contributivo e solidário, mediante caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e
contribuição do respectivo ente federativo, de os incisos I a IV do caput do art. 144.
servidores ativos, de aposentados e de § 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei
pensionistas, observados critérios que preservem complementar do respectivo ente federativo idade
o equilíbrio financeiro e atuarial. e tempo de contribuição diferenciados para
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de aposentadoria de servidores cujas atividades
previdência social será aposentado: sejam exercidas com efetiva exposição a
I - por incapacidade permanente para o trabalho, agentes químicos, físicos e biológicos
no cargo em que estiver investido, quando prejudiciais à saúde, ou associação desses
insuscetível de readaptação, hipótese em que será agentes, vedada a caracterização por categoria
obrigatória a realização de avaliações periódicas profissional ou ocupação.
para verificação da continuidade das condições § 5º Os ocupantes do cargo de professor terão
que ensejaram a concessão da aposentadoria, na idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em
forma de lei do respectivo ente federativo; relação às idades decorrentes da aplicação do
II - compulsoriamente, com proventos disposto no inciso III do § 1º, desde que
proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 comprovem tempo de efetivo exercício das
(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e funções de magistério na educação infantil e no
cinco) anos de idade, na forma de lei ensino fundamental e médio fixado em lei
complementar; complementar do respectivo ente federativo.
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) § 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes
anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e dos cargos acumuláveis na forma desta
cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Constituição, é vedada a percepção de mais de
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na uma aposentadoria à conta de regime próprio de
idade mínima estabelecida mediante emenda às previdência social, aplicando-se outras vedações,
respectivas Constituições e Leis Orgânicas, regras e condições para a acumulação de
observados o tempo de contribuição e os demais benefícios previdenciários estabelecidas no
requisitos estabelecidos em lei complementar do Regime Geral de Previdência Social.
respectivo ente federativo. § 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201,
§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão quando se tratar da única fonte de renda formal
ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o § auferida pelo dependente, o benefício de
2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo pensão por morte será concedido nos termos de
estabelecido para o Regime Geral de Previdência lei do respectivo ente federativo, a qual tratará de
Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16. forma diferenciada a hipótese de morte dos
§ 3º As regras para cálculo de proventos de servidores de que trata o § 4º-B decorrente de
aposentadoria serão disciplinadas em lei do agressão sofrida no exercício ou em razão da
respectivo ente federativo. função.
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios
para preservar-lhes, em caráter permanente, o instituição do correspondente regime de
valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. previdência complementar.
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, § 17. Todos os valores de remuneração
distrital ou municipal será contado para fins de considerados para o cálculo do benefício previsto
aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e no § 3° serão devidamente atualizados, na forma
9º-A do art. 201, e o tempo de serviço da lei.
correspondente será contado para fins de § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
disponibilidade. aposentadorias e pensões concedidas pelo regime
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de que trata este artigo que superem o limite
de contagem de tempo de contribuição fictício. máximo estabelecido para os benefícios do regime
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à geral de previdência social de que trata o art. 201,
soma total dos proventos de inatividade, inclusive com percentual igual ao estabelecido para os
quando decorrentes da acumulação de cargos ou servidores titulares de cargos efetivos.
empregos públicos, bem como de outras § 19. Observados critérios a serem estabelecidos
atividades sujeitas a contribuição para o regime em lei do respectivo ente federativo, o servidor
geral de previdência social, e ao montante titular de cargo efetivo que tenha completado
resultante da adição de proventos de inatividade as exigências para a aposentadoria voluntária e
com remuneração de cargo acumulável na forma que opte por permanecer em atividade poderá
desta Constituição, cargo em comissão declarado fazer jus a um abono de permanência
em lei de livre nomeação e exoneração, e de equivalente, no máximo, ao valor da sua
cargo eletivo. contribuição previdenciária, até completar a idade
§ 12. Além do disposto neste artigo, serão para aposentadoria compulsória.
observados, em regime próprio de previdência § 20. É vedada a existência de mais de um regime
social, no que couber, os requisitos e critérios próprio de previdência social e de mais de um
fixados para o Regime Geral de Previdência órgão ou entidade gestora desse regime em cada
Social. ente federativo, abrangidos todos os poderes,
§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, órgãos e entidades autárquicas e fundacionais,
exclusivamente, de cargo em comissão que serão responsáveis pelo seu financiamento,
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, observados os critérios, os parâmetros e a
de outro cargo temporário, inclusive mandato natureza jurídica definidos na lei complementar de
eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de que trata o § 22.
Previdência Social. § 22. Vedada a instituição de novos regimes
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os próprios de previdência social, lei complementar
Municípios instituirão, por lei de iniciativa do federal estabelecerá, para os que já existam,
respectivo Poder Executivo, regime de normas gerais de organização, de funcionamento
previdência complementar para servidores e de responsabilidade em sua gestão, dispondo,
públicos ocupantes de cargo efetivo, observado o entre outros aspectos, sobre:
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de I - requisitos para sua extinção e consequente
Previdência Social para o valor das migração para o Regime Geral de Previdência
aposentadorias e das pensões em regime próprio Social;
de previdência social, ressalvado o disposto no § II - modelo de arrecadação, de aplicação e de
16. utilização dos recursos;
§ 15. O regime de previdência complementar de III - fiscalização pela União e controle externo e
que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios social;
somente na modalidade contribuição definida, IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial;
observará o disposto no art. 202 e será efetivado V - condições para instituição do fundo com
por intermédio de entidade fechada de previdência finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e
complementar ou de entidade aberta de para vinculação a ele dos recursos provenientes
previdência complementar. de contribuições e dos bens, direitos e ativos de
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa qualquer natureza;
opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser VI - mecanismos de equacionamento do deficit
aplicado ao servidor que tiver ingressado no atuarial;
serviço público até a data da publicação do ato de VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do
regime, observados os princípios relacionados
com governança, controle interno e transparência; § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
VIII - condições e hipóteses para permanente, organizado e mantido pela União e
responsabilização daqueles que desempenhem estruturado em carreira, destina-se a:
atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, I - apurar infrações penais contra a ordem política
com a gestão do regime; e social ou em detrimento de bens, serviços e
IX - condições para adesão a consórcio público; interesses da União ou de suas entidades
X - parâmetros para apuração da base de cálculo autárquicas e empresas públicas, assim como
e definição de alíquota de contribuições ordinárias outras infrações cuja prática tenha repercussão
e extraordinárias. interestadual ou internacional e exija repressão
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo uniforme, segundo se dispuser em lei;
exercício os servidores nomeados para cargo de II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de
provimento efetivo em virtude de concurso público. entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o
§ 1º O servidor público estável só perderá o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e
cargo: de outros órgãos públicos nas respectivas áreas
I - em virtude de sentença judicial transitada em de competência;
julgado; III - exercer as funções de polícia marítima,
II - mediante processo administrativo em que lhe aeroportuária e de fronteiras;
seja assegurada ampla defesa; IV - exercer, com exclusividade, as funções de
III - mediante procedimento de avaliação periódica polícia judiciária da União.
de desempenho, na forma de lei complementar, § 2º A polícia rodoviária federal, órgão
assegurada ampla defesa. permanente, organizado e mantido pela União e
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão estruturado em carreira, destina-se, na forma da
do servidor estável, será ele reintegrado, e o lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias
eventual ocupante da vaga, se estável, federais.
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a § 3º A polícia ferroviária federal, órgão
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto permanente, organizado e mantido pela União e
em disponibilidade com remuneração estruturado em carreira, destina-se, na forma da
proporcional ao tempo de serviço. lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua federais.
desnecessidade, o servidor estável ficará em § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de
disponibilidade, com remuneração polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
proporcional ao tempo de serviço, até seu competência da União, as funções de polícia
adequado aproveitamento em outro cargo. judiciária e a apuração de infrações penais,
§ 4º Como condição para a aquisição da exceto as militares.
estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de § 5º Às polícias militares cabem a polícia
desempenho por comissão instituída para essa ostensiva e a preservação da ordem pública;
finalidade. aos corpos de bombeiros militares, além das
atribuições definidas em lei, incumbe a execução
CAPÍTULO III de atividades de defesa civil.
Da Segurança Pública § 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão
administrador do sistema penal da unidade
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, federativa a que pertencem, cabe a segurança
direito e responsabilidade de todos, é exercida dos estabelecimentos penais.
para a preservação da ordem pública e da § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros
incolumidade das pessoas e do patrimônio, militares, forças auxiliares e reserva do Exército
através dos seguintes órgãos: subordinam-se, juntamente com as polícias civis
I - polícia federal; e as polícias penais estaduais e distrital, aos
II - polícia rodoviária federal; Governadores dos Estados, do Distrito Federal
III - polícia ferroviária federal; e dos Territórios.
IV - polícias civis; § 7º A lei disciplinará a organização e o
V - polícias militares e corpos de bombeiros funcionamento dos órgãos responsáveis pela
militares. segurança pública, de maneira a garantir a
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. eficiência de suas atividades.
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas títulos da dívida pública de emissão previamente
municipais destinadas à proteção de seus bens, aprovada pelo Senado Federal, com prazo de
serviços e instalações, conforme dispuser a lei. resgate de até dez anos, em parcelas anuais,
quilombolas e violação aos direitos de que trata iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
este Estatuto. indenização e os juros legais
§ 9º A remuneração dos servidores policiais Art. 183. Aquele que possuir como sua área
integrantes dos órgãos relacionados neste artigo urbana de até duzentos e cinquenta metros
será fixada na forma do § 4º do art. 39. quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e
§ 10. A segurança viária, exercida para a sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou
preservação da ordem pública e da incolumidade de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que
das pessoas e do seu patrimônio nas vias não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
públicas: rural.
I - compreende a educação, engenharia e § 1º O título de domínio e a concessão de uso
fiscalização de trânsito, além de outras atividades serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a
previstas em lei, que assegurem ao cidadão o ambos, independentemente do estado civil
direito à mobilidade urbana eficiente; e § 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito possuidor mais de uma vez.
Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos § 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por
ou entidades executivos e seus agentes de usucapião.
trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.
TÍTULO VIII
CAPÍTULO II DA ORDEM SOCIAL
Da Política Urbana CAPÍTULO VII
Da Família, da Criança, do Adolescente, do
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, Jovem e do Idoso
executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo Art. 226. A família, base da sociedade, tem
ordenar o pleno desenvolvimento das funções especial proteção do Estado.
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus § 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
habitantes. § 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara termos da lei.
Municipal, obrigatório para cidades com mais de § 3º Para efeito da proteção do Estado, é
vinte mil habitantes, é o instrumento básico da reconhecida a união estável entre o homem e a
política de desenvolvimento e de expansão mulher como entidade familiar, devendo a lei
urbana. facilitar sua conversão em casamento.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função § 4º Entende-se, também, como entidade familiar
social quando atende às exigências fundamentais a comunidade formada por qualquer dos pais e
de ordenação da cidade expressas no plano seus descendentes.
diretor. § 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão conjugal são exercidos igualmente pelo homem e
feitas com prévia e justa indenização em pela mulher.
dinheiro. § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, divórcio.
mediante lei específica para área incluída no plano § 7º Fundado nos princípios da dignidade da
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do pessoa humana e da paternidade responsável, o
proprietário do solo urbano não edificado, planejamento familiar é livre decisão do casal,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu competindo ao Estado propiciar recursos
adequado aproveitament sopena, sucessivamente, educacionais e científicos para o exercício desse
de: direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte
I - parcelamento ou edificação compulsórios; de instituições oficiais ou privadas.
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial § 8º O Estado assegurará a assistência à família
urbana progressivo no tempo; na pessoa de cada um dos que a integram,
III - desapropriação com pagamento mediante criando mecanismos para coibir a violência no
âmbito de suas relações. aplicação de qualquer medida privativa da
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do liberdade;
Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao VI - estímulo do Poder Público, através de
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios,
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao de guarda, de criança ou adolescente órfão ou
respeito, à liberdade e à convivência familiar e abandonado;
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda VII - programas de prevenção e atendimento
forma de negligência, discriminação, exploração, especializado à criança, ao adolescente e ao
violência, crueldade e opressão. jovem dependente de entorpecentes e drogas
§ 1º O Estado promoverá programas de afins.
assistência integral à saúde da criança, do § 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência
adolescente e do jovem, admitida a participação e a exploração sexual da criança e do
de entidades não governamentais, mediante adolescente.
políticas específicas e obedecendo aos seguintes § 5º A adoção será assistida pelo Poder Público,
preceitos: na forma da lei, que estabelecerá casos e
I - aplicação de percentual dos recursos públicos condições de sua efetivação por parte de
destinados à saúde na assistência materno- estrangeiros.
infantil; § 6º Os filhos, havidos ou não da relação do
II - criação de programas de prevenção e casamento, ou por adoção, terão os mesmos
atendimento especializado para as pessoas direitos e qualificações, proibidas quaisquer
portadoras de deficiência física, sensorial ou designações discriminatórias relativas à filiação.
mental, bem como de integração social do § 7º No atendimento dos direitos da criança e do
adolescente e do jovem portador de deficiência, adolescente levar-se-á em consideração o
mediante o treinamento para o trabalho e a disposto no art. 204.
convivência, e a facilitação do acesso aos bens e § 8º A lei estabelecerá:
serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos I - o estatuto da juventude, destinado a regular
arquitetônicos e de todas as formas de os direitos dos jovens;
discriminação. II - o plano nacional de juventude, de duração
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos decenal, visando à articulação das várias esferas
logradouros e dos edifícios de uso público e de do poder público para a execução de políticas
fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim públicas.
de garantir acesso adequado às pessoas Art. 228. São penalmente inimputáveis os
portadoras de deficiência. menores de dezoito anos, sujeitos às normas da
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os legislação especial.
seguintes aspectos: Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e
I - idade mínima de quatorze anos para admissão educar os filhos menores, e os filhos maiores têm
ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,
XXXIII; carência ou enfermidade.
II - garantia de direitos previdenciários e Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o
trabalhistas; dever de amparar as pessoas idosas,
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente assegurando sua participação na comunidade,
e jovem à escola; defendendo sua dignidade e bem-estar e
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da garantindo-lhes o direito à vida.
atribuição de ato infracional, igualdade na § 1º Os programas de amparo aos idosos serão
relação processual e defesa técnica por executados preferencialmente em seus lares.
profissional habilitado, segundo dispuser a § 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é
legislação tutelar específica; garantida a gratuidade dos transportes
V - obediência aos princípios de brevidade, coletivos urbanos.
excepcionalidade e respeito à condição peculiar
de pessoa em desenvolvimento, quando da

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