Sisreg_Cardiologia
Sisreg_Cardiologia
Sisreg_Cardiologia
REGULAÇÃO AMBULATORIAL
CARDIOLOGIA
ATUALIZADO EM MARÇO DE 2024
Rio de Janeiro/RJ
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons — Atri-
buição Não Comercial 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou
total desta obra, desde que para uso não comercial e com a citação da fonte.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica.
PROTOCOLO DE REGULAÇÃO........................................................................... 5
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)...........................................................6
Doença Arterial Coronariana (DAC)................................................................6
Insuficiência Cardíaca (IC)..................................................................................7
Arritmias....................................................................................................................8
Valvopatias.............................................................................................................11
Síncope....................................................................................................................11
Avaliação pré-operatória..................................................................................11
Cardiopatias congênitas.................................................................................. 12
Outros...................................................................................................................... 12
UNIDADES EXECUTANTES................................................................................16
REFERÊNCIAS.......................................................................................................18
4
INTRODUÇÃO
A Atenção Especializada figura como serviço para dar resolutividade aos demais
problemas da população, geralmente casos mais complexos, ou que exijam alta
densidade tecnológica ou técnica, ou, ainda, que demandem o uso de equipamen-
tos especializados e intervenções que utilizem tecnologias duras, como cirurgias,
quimioterapia, radioterapia e procedimentos endoscópicos e oftalmológicos, e os
guiados por imagem.
Para atingir este objetivo, a regulação deve atuar na garantia de que os pacientes
acessem as vagas quando suas situações clínicas estejam embasadas nas evidên-
cias mais atuais que justifiquem o seu uso, bem como os encaminhando no tempo
adequado, respeitando sua prioridade clínica, e para um determinado prestador
que atenda à demanda, de forma a corresponder ao que se pediu na solicitação.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
SOBRE CARDIOLOGIA
Desta forma, os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) precisam estar aptos
a fazer o diagnóstico precoce, a avaliação do risco cardiovascular e manejar inicial-
mente os casos, tendo ao seu dispor uma série de exames via SISREG, cuja indica-
ção pode ser consultada no “Protocolo de Regulação Ambulatorial — Exames em
Cardiologia”. Cabe à APS encaminhar os pacientes, quando necessário, para ava-
liação especializada, seja pela gravidade do quadro clínico, pela evolução desfavo-
rável (a despeito do tratamento instituído), ou em casos de dúvidas ou incertezas.
Este protocolo serve como documento norteador das boas práticas de regulação
para as consultas de cardiologia no SISREG.
PROTOCOLO DE REGULAÇÃO
5. Valvopatias;
6. Síncope;
7. Avaliação pré-operatória;
8. Cardiopatias congênitas;
9. Outros.
Indicações clínicas:
1. Pacientes com HAS não controlada (fora do alvo), em uso de três ou mais me-
dicações anti-hipertensivas, com boa adesão ao tratamento. Deve-se reduzir
a PA para valores menores que 140/90mmHg e não inferiores a 120/70mmHg.
No caso de jovens e sem fatores de risco, considerar a meta valores inferiores
a 130/80mmHg.
ATENÇÃO!
Pacientes em uso de quatro drogas ou mais, em dose máxima, podem ser
encaminhados via SER para “Ambulatório de 1ª Vez em Cardiologia Hiper-
tensão Arterial Resistente (Adulto)”.
Indicações clínicas:
1. Pacientes com alto risco cardiovascular apresentando:
a. Alterações no ECG (ondas Q patológicas ou zona inativa; alterações primárias
ou mistas da repolarização ventricular; isquemia subepicárdica);
b. Componente anginoso (dispneia ou diaforese que piora com esforço e alívio
no repouso);
c. Alterações que comprovem isquemia em demais exames complementares;
d. Infarto agudo do miocárdio prévio;
Protocolo de Regulação Ambulatorial — Cardiologia | 7
ATENÇÃO!
Pacientes candidatos ao cateterismo cardíaco devem ser inseridos, via
Sistema Estadual de Regulação, na aba de exames, em “Cateterismo Car-
díaco (Ambulatorial)”.
Pacientes candidatos à angioplastia ou revascularização do miocárdio de-
vem ser inseridos, via Sistema Estadual de Regulação, em “Ambulatório de
1ª vez em Cardiologia — Pré-Angioplastia Coronariana” ou “Ambulatório
de 1ª vez em Cardiologia — Cirurgia de Revascularização do Miocárdio”.
Indicações clínicas:
1. Pacientes com IC com Fração de Ejeção (FE) < 40% e que persistem na Classifica-
ção Nyha III ou IV apesar do tratamento clínico otimizado na APS;
2. Pacientes com IC com piora do quadro clínico, mesmo com tratamento clínico
otimizado na APS;
3. Pacientes com IC e fibrilação atrial;
4. Pacientes com IC que desenvolveram outras cardiopatias;
5. Pacientes com IC após alta hospitalar ou internação prévia no último ano por doen-
ça descompensada (edema agudo de pulmão e insuficiência cardíaca digestiva);
6. Todas as crianças com IC;
ARRITMIAS
V Nomenclatura no SISREG: CONSULTA EM CARDIOLOGIA e CONSULTA EM
CARDIOLOGIA — PEDIATRIA.
Indicações clínicas:
1. Pacientes com palpitações recorrentes de origem indeterminada, desde que
descartada causas psicogênicas ou exógenas pelo uso de medicamentos ou
estimulantes — iniciar após investigação na APS com eletrocardiograma, hemo-
grama, TSH e eletrólitos (Na e K);
2. Pacientes com bradicardia sinusal ou arritmias de baixa frequência (FC < 40bpm)
após descartada hipotireoidismo ou bradicardia sinusal sintomática — solicitar
Vaga Zero se paciente sintomático e não previamente acompanhado;
7. Ectopias intensas (> 10%) no Holter 24 horas, desde que descartadas causas
psicogênicas, farmacológicas, distúrbios metabólicos, intoxicações, uso de es-
timulantes ou drogas;
ATENÇÃO!
Pacientes candidatos à cardioversão ou implante de marca-passo devem
ser inseridos via Sistema Estadual de Regulação (SER) em “Ambulatório de
1ª vez em Cardiologia — Implante de Cardiodesfibrilador (CDI)”, “Ambulató-
rio de 1ª vez em Cardiologia — Implante de Marcapasso”, “Ambulatório de
1ª vez em Cardiologia — Implante de Ressincronizador Cardíaco” ou “Am-
bularório de 1 vez em Cardiologia — Estudo Eletrofisiologico / Ablação”.
VALVOPATIAS
V Nomenclatura no SISREG: CONSULTA EM CARDIOLOGIA e CONSULTA EM
CARDIOLOGIA — PEDIATRIA.
Indicações clínicas:
1. Pacientes com valvopatias leves com piora dos sintomas;
2. Pacientes com valvopatias moderadas a graves, em caso de dúvida sobre a indi-
cação do tratamento cirúrgico;
3. Crianças com febre reumática e provável lesão valvar para avaliação.
ATENÇÃO!
Pacientes com indicação de tratamento cirúrgico para valvopatias devem
ser inseridos via Sistema Estadual de Regulação (SER) em “Ambulatório de
1ª vez em Cirurgia Cardiovascular — Cirurgia Orovalvar”. Nem todas as al-
terações são cirúrgicas, deve-se atentar para estenoses e insuficiências
valvares moderadas a graves e se pacientes sintomáticos. Inserir sempre
ECG e Ecocardiografia.
SÍNCOPE
V Nomenclatura no SISREG: CONSULTA EM CARDIOLOGIA e CONSULTA EM
CARDIOLOGIA — PEDIATRIA.
Indicações clínicas:
1. Síncope em pacientes portadores de cardiopatas (isquemia, arritmias, disfunção
cardíaca ou outra) ou com história familiar de mal súbito;
2. Síncope em pacientes cuja origem é provavelmente cardíaca — alterações no
ECG, na vigência de atividade física ou associada à dispneia, dor torácica, hipo-
tensão ou sopro.
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
V Nomenclatura no SISREG: CONSULTA EM CARDIOLOGIA e CONSULTA EM
CARDIOLOGIA — PEDIATRIA.
12
Indicações clínicas:
1. Avaliação pré-operatória de pacientes de alto risco (síndrome coronariana aguda,
história recente de edema agudo de pulmão ou choque cardiogênico, aneurisma
de aorta, arritmias de alto risco, hipertensão pulmonar, insuficiência cardíaca HYVA
III e IV, hipertensos não controlados em uso de três ou mais medicamentos em
dose máxima, com pressão arterial igual ou superior a 180x100mmHg, doença re-
nal crônica descompensada, assim como outras condições de gravidade clínica);
2. Avaliação pré-operatória de pacientes de risco intermediário para cirurgias de ris-
co intermediário ou alto risco, a exemplo da cirurgia cardíaca, transplante, cirurgias
em cabeça e pescoço, neurocirurgia e cirurgias ortopédicas complexas.
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
V Nomenclatura no SISREG: CONSULTA EM CARDIOLOGIA e CONSULTA EM
CARDIOLOGIA — PEDIATRIA.
Indicações clínicas:
1. Pacientes adultos ou pediátricos com cardiopatias congênitas não corrigidas ou
ainda apresentando sintomas;
2. Pacientes com cardiopatias congênitas leves e sem instabilidade hemodinâmica
(CIA; CIV pequena e PCA);
3. Crianças com história familiar de cardiopatias congênitas.
OUTROS
V Nomenclatura no SISREG: CONSULTA EM CARDIOLOGIA e CONSULTA EM
CARDIOLOGIA — PEDIATRIA.
Indicações clínicas:
1. Miocardites;
2. Pacientes com indicação ou em uso de drogas cardiotóxicas para avaliação;
3. Pacientes com síncope de provável origem cardíaca, tendo sido excluídas outras
causas;
4. Miocardiopatias dilatada, hipertrófica ou restritiva — informar resultado da ecocar-
diografia transtorácica;
5. Pacientes com amiloidose cardíaca.
Protocolo de Regulação Ambulatorial — Cardiologia | 13
DOENÇA DE CHAGAS
Alguns estados, como Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Goiás, Mato Grosso
e Pará, têm uma alta prevalência da doença, então devemos sempre nos
atentar para a localidade onde o paciente morou anteriormente ou ficou
por algum período de tempo.
• Emissão de risco cirúrgico para pacientes de baixo risco e/ou cirurgias média a
baixa complexidade;
• Pacientes com insuficiência cardíaca Nyha I e II sem piora clínica e sem associação
com outras cardiopatias.
14
COMO SOLICITAR
CARDIOLOGIA NO SISREG
• Risco cardiovascular;
ENCAMINHAMENTO IMEDIATO
PARA UNIDADE DE EMERGÊNCIA
O encaminhamento imediato deve ser realizado via Vaga Zero nas situações a seguir.
UNIDADES EXECUTANTES
Como forma de facilitar o processo regulatório, nas páginas a seguir estão listados
os procedimentos e as unidades executantes que os ofertam. Atentar para o pre-
paro do paciente para cada tipo de consulta especializada, exame e/ou procedi-
mento, que pode variar entre as unidades executantes. As informações do preparo
por procedimento e unidade executante estão no portal smsrio.org.
CONSULTA EM CARDIOLOGIA
• Policlínica de Botafogo
REFERÊNCIAS
CESAR, L.A., FERREIRA J.F., ARMAGANIJAN, D., GOWDAK, L.H., MANSUR, A.P.,
BODANESE, L.C. et al. Diretriz de Doença Coronária Estável. Arq Bras Cardiol. 2014;
103(2Supl.2): 1-59.
GREENLAND, P., ALPERT, J.S., BELLER, G.A., BENJAMIN, E.J, BUDOFF, M.J.,
FAYAD, Z.A. et al. ACCF/AHA guideline for assessment of cardiovascular risk in
asymptomatic adults: a report of the American College of Cardiology Foundation/
American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. v.
56, n. 25, p. 50-103, 2010.
SIMÃO, A.F., PRÉCOMA, D.B., ANDRADE, J.P., CORREA FILHO, H., SARAIVA, J.F.K.,
OLIVEIRA, G.M.M. et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Brasileira de
Prevenção Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013: v. 101. s. 2, p. 1-63, 2013.
ORTOPEDIA