9659943
9659943
9659943
1
Neste artigo, adotamos o termo “decolonizar”, em detrimento de “descolonizar”, tendo em vista a
diferenciação semântica e conceitual presente em línguas de origem latina, como o francês (e.g.,
VERGÈS, 2020). Enquanto descolonizar refere-se à oficialização da independência em relação a um país
colonizador, decolonizar é o ato de continuamente se libertar de pensamentos e práticas herdadas do
período colonial e ainda vigentes no contexto contemporâneo. Este termo, portanto, é mais condizente
com a realidade brasileira.
caracterizando o paradigma de design temporâneo; a seção 3 explica o processo de expansão das
fronteiras de atuação do design para a sustentabilidade, a partir do qual emerge o segmento do
design de transições; este é apresentado na seção 4, que discorre sobre os fundamentos de sua
teoria e prática, destacando os papéis exercidos por designers em projetos de transições e as
contribuições de outras disciplinas, segmentos e abordagens de design; por fim, a seção 5
descreve as bases para uma abordagem decolonial do design de transições para a
sustentabilidade.
Ao autores listados no Quadro 1 destacam, cada um, quatro ou cinco níveis de expansão do
design para a sustentabilidade, os quais também representam, segundo Santos (2009), o
processo de amadurecimento desse campo de pesquisa e atuação, além de serem fruto do
reconhecimento da necessidade de ampliar o escopo do design para lidar com a complexidade
das questões sociais, ambientais e econômicas. Embora haja variações na quantidade de níveis
e nos nomes dados a cada um deles, existem convergências quanto ao escopo de atuação do
design para a sustentabilidade em cada nível, representado na Figura 1.
O foco deste artigo é o design de transições para a sustentabilidade, localizado, de acordo com
Irwin (2015) e Ceschin e Gaziuluwoy (2016,2020), no final desse processo de expansão do
design para a sustentabilidade – o qual não é estanque, pois segue em constante movimento.
Antes de tratarmos do design de transições, é importante compreender esse processo de
expansão. Primeiramente, cabe destacar que nenhum nível é mais importante que os outros:
todos são necessários e se complementam. Em segundo lugar, têm surgido uma miríade de
nomenclaturas para definir segmentos de atuação do design em cada nível, segmentos que se
diferenciam por seus enfoques: promover mudança de comportamento, reproduzir os padrões
e ciclos da natureza, atender a “base da pirâmide”, dentre outros (e.g., CESCHIN;
GAZIULUWOY, 2016, 2020). Em meio a essa diversidade, destacamos no Quadro 2 os
segmentos mais generalistas do que representam os três últimos níveis do design para a
sustentabilidade.
Quadro 4 - Papeis que designes podem exercer nas transições para a sustentabilidade
Referências Papéis
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Ceschin, (2014) X X X X
Irwin (2015) X
Gaziulusoy (2015) X
Gaziulusoy e Ryan (2017a) X X X X
Gaziulusoy e Ryan (2017b) X X X X X
Mok e Gaziulusoy (2018) X X
Irwin, Tonkinwise e Kossoff, (2020) X X
Irwin (2020) X X
(1) Agende de mudança; (2) estrategista; (3) gestor; (4) facilitador; (5) comunicador; (6) networker; (7)
agente de integração; (8) negociador; (9) mediador
Fonte: As autoras (2022)
O ativismo em design, em específico, atende a uma necessidade apontada por Irwin (2020):
promoção de novas atitudes e modos de pensar por parte da população. Contudo, mais do que
suscitar modos de pensar e de viver, é essencial formar agentes políticos2, capazes de assumir
a linha de frente do processo de transições para a sustentabilidade e de angariar apoio social
para essa empreitada (WRIGHT, 2019). Uma forma de potencializar a agência política é a
conscientização, que ocorre por meio de educação popular emancipatória, que leva à
compreensão e à ação para desafiar o status quo (FERNANDES, 2020). Ademais, para alcançar
inovação social e promover novos paradigmas, faz-se necessária, além da conscientização, a
aprendizagem social (i.e., forma coletiva de aprendizagem), que ultrapassa a transferência de
conhecimento, pois influencia mudanças no modo de pensar, de se comportar, de se organizar
socialmente, de se relacionar com tecnologias e ecossistemas (BROTO; DEWBERRY, 2015;
LOORBACH; FRANTZESKAKI; AVELINO, 2017; ACOSTA. BRAND, 2018).
Alguns segmentos e abordagens de design, relacionados no Quadro 7, podem contribuir
especificamente no desenvolvimento de intervenções destinadas à conscientização e à
aprendizagem social. Importante ressaltar que o design de transições não atua isoladamente,
mas de maneira inter, multi e transdisciplinar. Como destaca Irwin (2015), ele conecta
resultados de diferentes formatos e naturezas para aumentar o impacto e o alcance dos
projetos de transição. Dessa forma, quando diferentes disciplinas, segmentos e abordagens de
design são empregados em conjunto, de maneira complementar, é possível superar suas
limitações (CESCHIN; GAZIULUSOY; 2016, 2020; MANZINI, 2015; VEZZOLI et al., 2018). Como
mencionado anteriormente, esse emprego pode se dar de maneira transdisciplinar, sem
definições nítidas das fronteiras entre disciplinas e segmentos, ou por meio do envolvimento
de designers especializados em uma ou mais das disciplinas, segmentos e abordagens de
design identificados como essenciais no desenvolvimento de intervenções.
Uma vez definidas as estratégias e intervenções, assim como as articulações entre os diversos
atores sociais envolvidos no projeto, passa-se à última fase do design de transições, de
execução e observação. Como o processo de transições sistêmicas é lento e não linear, Irwin
(2020) alerta que haverá tanto momentos de ação, quanto de espera e observação, pois os
resultados das intervenções não costumam ser imediatos, e nem sempre correspondem ao
que fora previsto. Assim, para compreender as respostas do sistema e ajustar o plano de ação,
caso necessário, é importante observar os desdobramentos de uma intervenção antes de
intervir novamente (Ibidem). Para guiar essa fase, Duru, Therond e Fares (2015) recomendam
desenvolver estruturas, estratégias ou critérios que permitam o monitoramento das
intervenções e uma gestão adaptável do processo de transição. Aqui, portanto, o designer
deve novamente assumir os papeis de estrategista e gestor.
Todo o processo de design de transições, mas principalmente a análise de cenários futuros,
deve considerar o contexto local do sistema a ser transformado. Esse é um dos pilares do design
de transições: o foco no contexto local (IRWIN, 2015; IRWIN; TONKINWISE; KOSSOFF, 2020). Como
não é possível importar teorias e práticas para realidades diferentes, pois cada local apresenta
necessidades diversas, uma abordagem de design relevante para sua adoção no Brasil é a do
design decolonial, não apresentado anteriormente por merecer discussão mais ampla,
presente na seção a seguir.
3
Forma de entender e interpretar o mundo.
o mundo, o que inclui a natureza e todos os seres vivos (GUDYNAS, 2011; ACOSTA, 2016;
ACOSTA; BRAND, 2018). O Bem Viver insere-se no pluriverso por sua natureza intercultural e
plural, destacada por Gudynas (2011) e reforçada por outros intelectuais latino-americanos (e.g.,
KOTHARI; DEMARIA; ACOSTA, 2014; ACOSTA, 2016; SÓLON, 2019).
Cada povo ou comunidade apresenta diferentes entendimentos e manifestações do que seria
uma “vida boa”, em consonância com seu território e cultura. Por isso, Acosta (2016) ressalta a
existência de “bons conviveres”. Gudynas (2011), por sua vez, alerta que o entendimento de
Bem Viver não pode se restringir à manifestação de uma única cultura, pois a concepção de Bem
Viver é única em cada contexto cultural, histórico, social, político e ecológico. Desse modo, não é
possível transpor a concepção de Bem Viver de um povo e contexto para outro, mas está na
própria essência do Bem Viver a possibilidade de ajustar-se a cada situação (Ibidem). Por
exemplo, para enfrentar o desafio, apontado por Acosta (2016), de pensar o Bem Viver a partir
do meio urbano, não é possível importar a concepção oriunda de povos indígenas, sendo
necessário identificar e valorizar as manifestações que surgem nas próprias comunidades
urbanas, sobretudo periféricas. Desse modo, considerar o Bem Viver como contranarrativas no
desenvolvimento de cenários implica co-criar coletivamente concepções próprias e decoloniais
do que é uma “boa vida”, as quais rompam com os ideais de “qualidade de vida” atualmente
vigentes.
Embora não exista uma definição única de Bem Viver suas diversas manifestações apresentam
características em comum, as quais fornecem subsídios para novas concepções de Bem Viver. A
principal característica é a ruptura com o paradigma de desenvolvimento, ao qual o Bem Viver se
apresenta como alternativa, rompendo com sua lógica central, motivo pelo qual não se trata de
um “desenvolvimento alternativo” (GUDYNAS, 2011; ACOSTA, 2016). O Bem Viver diverge do
paradigma do desenvolvimento quanto aos seguintes aspectos: divisão entre sociedade e
Natureza, entre ‘desenvolvido” e “subdesenvolvido”; visão antropocêntrica; objetificação dos
“recursos” naturais; confiança no progresso, entendido como evolução histórica linear e
acumulação permanente de riquezas e bens materiais; homogeneização de culturas e da
concepção de qualidade de vida. Em contraposição, o Bem Viver enfatiza a questão da qualidade
de vida, propondo outras perspectivas do que é uma vida boa, focadas em uma harmonia
dinâmica e em aspectos relacionais que abarcam não apenas seres humanos, uma vez que
considera a comunidade integrada à natureza e seus diversos seres vivos. Ademais, o Bem Viver
propõe uma visão sistêmica da vida, plural e sociobiocêntrica, que preza por interculturalidade
e apresenta compreensão cíclica do tempo e da história (GUDYNAS, 2011; KOTHARI; DEMARIA;
ACOSTA, 2014; ACOSTA, 2016; SÓLON, 2019).
Como o Bem Viver representaria uma ruptura drástica com o paradigma dominante, a co-
criação de concepções locais múltiplas de Bem Viver no meio urbano, assim como sua
disseminação e adoção, enfrentariam diversos obstáculos, os quais, em projetos de transição,
devem ser considerados na elaboração do plano de ação e no desenvolvimento de
intervenções. Ademais, cabe ressaltar que o Bem Viver, embora se baseie na ancestralidade,
propõe sua combinação com saberes e práticas contemporâneos para a construção de uma
perspectiva utópica, de perseguir aquilo que ainda não existe, que não tem lugar no presente,
mas que pode vir a ter (GUDYNAS, 2011; ACOSTA, 2016). Para potencializar o impacto e
alcance de projetos de transição, assim como co-criar concepções de Bem Viver que não
estejam presas ao passado, é importante considerar manifestações atuais existentes no
contexto local. O design de transições pode contribuir nesse sentido, pois para ele é
fundamental identificar e vincular as propostas, projetos e movimentos sociais ou de base já
existentes, entendidas como as sementes de novos cenários (IRWIN; TONKINWIS; KOSSOFF,
2020). Desse modo, é possível tomar como base as manifestações já presentes no contexto
local, de modo a garantir que a co-criação de uma concepção própria de Bem Viver não seja
impositiva, mas orgânica.
6 Considerações finais
Inserido no paradigma do design contemporâneo, o design de transições para a sustentabilidade
apresenta muitas de suas características marcantes: reconhecimento do papel político do design;
responsabilidade socioambiental; multi, inter e transdisciplinaridade; expansão da atuação do
design para além do desenvolvimento de produtos e serviços, considerando questões sistêmicas
e valorizando o processo projetual em detrimento dos artefatos resultantes, que podem
apresentar formatos variados, nem sempre tangíveis. As bases teóricas e metodológicas do
design de transições ainda estão em formação, mas a revisão bibliográfica permitiu identificar
algumas delas. Um fator que se sobressai é a necessidade de adaptação dessas bases a cada
projeto, de acordo com o sistema a ser transformado e o contexto local.
O design de transições implica papéis para os designers que são diferentes dos usuais ou
tradicionais. Os principais papeis são dialógicos, envolvidos na abordagem participativa do
design de transições. Outros papéis relevantes dizem respeito à sua natureza estratégica, visto
o caráter de longo prazo de projetos de transição, que abarcam o desenvolvimento de
cenários futuros e de estratégias para sua concretização. Dentre essas estratégias, existem
muitas formas pelas quais diferentes disciplinas, segmentos e abordagens de design podem
contribuir, especialmente no desenvolvimento de intervenções. Design gráfico e design de
informação, design de produto e ecodesign, design de serviços e de sistemas produto-serviço
sustentáveis, design para a mudança de comportamento, educação através do design, design
para a política, design para a inovação social. A indicação dessas disciplinas, de segmentos ou
abordagens de design tem propósito meramente instrutivo, de sistematização das
informações. Na prática, nem sempre existe uma divisão clara entre disciplinas e segmentos,
uma vez que as intervenções de design podem apresentar caráter transdisciplinar. Em outros
casos, designers especializados podem ser necessários, em uma abordagem inter ou
multidisciplinar.
Considerando a necessidade que o design de transições tem como foco o contexto local, a
abordagem decolonial foi discutida com mais profundidade neste artigo, ainda que de maneira
introdutória. O Brasil e outros países da América Latina enfrentam questões socioambientais
fortemente atreladas às heranças ainda vigentes do período colonial, motivo pelo qual cenários
mais sustentáveis precisam ser decoloniais. No caso do design de transições, isso implica a
necessidade de adotar uma perspectiva decolonial no desenvolvimento de cenários, além de
adaptar suas ferramentas metodológicas para garantir a plena e efetiva participação de todos os
atores sociais envolvidos e afetados pelo projeto. Para o desenvolvimento de cenários, o Bem
Viver é apresentado como uma contranarrativa capaz de informá-los. Co-criar concepções
próprias e urbanas de Bem Viver, as quais estabeleçam novas relocações com o outro e a
natureza, será um grande desafio. Mas o envolvimento de movimentos sociais e projetos locais
já existentes pode indicar caminhos e apresentar possibilidades para estabelecer processos
participativos no design de transições. Não existe, contudo, uma fórmula. A cada projeto, é
necessário avaliar as teorias e ferramentas metodológicas mais adequadas. Ainda assim, este
artigo, a partir da revisão bibliográfica realizada, fornece algumas bases para o desenvolvimento
do design de transições no contexto brasileiro. Há muito ainda a ser explorado por designers e
pesquisadores, seja em termos de teorias próprias e decoloniais, seja em termos de aplicações
práticas.
7 Agradecimentos
O estudo aqui relatado foi apoiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior.
8 Referências
ACOSTA, Al. O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo:
Autonomia Literária, Elefante, 2016.
ACOSTA, A.; BRAND, U. Pós-extrativismo e decrescimento: saídas do labirinto capitalista. São
Paulo: Elefante, 2018.
BEST, K. Fundamentos de gestão do design. Porto Alegre: Bookman, 2012.
BOMFIM, G. A. Fundamentos de uma Teoria Transdisciplinar do Design: morfologia dos objetos
de uso e sistemas de comunicação. Estudos em Design, v. 5, n. 2, p. 27–41, 1997.
BROTO, V. G.; DEWBERRY, E. Economic crisis and social learning for the provision of public services
in two Spanish municipalities. Journal of Cleaner Production, v.112, p. 3018–3027, 2016.
CESCHIN, F. How the Design of Socio-technical Experiments Can Enable Radical Changes for
Sustainability. International Journal of Design, v.8, n. 3, p. 1–21, 2014.
CESCHIN, F.; GAZIULUSOY, Ì. Evolution of design for sustainability: From product design to design
for system innovations and transitions. Design Studies, v. 47, p. 118–163, 2016.
CESCHIN, F; GAZIULUSOY, İ. Design for sustainability: a Multi-level Framework from Products to
Socio- technical Systems. Londres, Reino Unido: Routledge, 2020. Edição do Kindle.
DURU, M.; THEROND, O.; FARES, M. Designing agroecological transitions; A review. Agronomy
for Sustainable Development, v. 35. n. 4, p. 1237–1257, 2015.
ESCOBAR, A. Transiciones: a space for research and design for transitions to the pluriverse.
Design Philosophy Papers, v. 13, n. 1, p. 13–23, 2015.
ESCOBAR, A. Response: Design for/by [and from] the ‘global South.’ Design Philosophy Papers,
v. 15, n. 1, p. 39–49, 2017.
ESCOBAR, A. Autonomous design and the emergent transnational critical design studies field.
Strategic Design Research Journal, v. 11. N. 2, p. 139–146, 2018.
FERNANDES, S. Se quiser mudar o mundo: um guia político para quem se importa. São Paulo:
Planeta, 2020.
FRY, T. Design for/by “The Global South.” Design Philosophy Papers, v. 15, n. 1, p. 3–37, 2017.
FUAD-LUKE, A. Design activism: beautiful strangeness for a sustainable world. London:
Earthscan, 2009.
GAZIULUSOY, İ. A critical review of approaches available for design and innovation teams
through the perspective of sustainability science and system innovation theories. Journal of
Cleaner Production, v. 107, 2015.
GAZIULUSOY, I.; HOUTBECKERS, E. Convergences: Design for Sustainability Transitions and
Degrowth. In: INTERNATIONAL DEGROWTH CONFERENCE, 6., 2018, Malmö. Disponível em:
https://www.academia.edu/37264925/Convergences_Design_for_Sustainability_Transitions_a
nd_Degrowth. Acesso em: 09 fev. 2020.
GAZIULUSOY, Ï.; ÖZTEKIN, E. E. Design for sustainability transitions: Origins, attitudes and
future directions. Sustainability, v. 11, n. 13, p. 1-16, 2019.
GAZIULUSOY, A. İ.; RYAN, C. Shifting Conversations for Sustainability Transitions Using
Participatory Design Visioning. The Design Journal, v. 20, sup. 1, p. S1916–S1926, 2017
GAZIULUSOY,İ.; RYAN, C., Roles of design in sustainability transitions projects: A case study of
Visions and Pathways 2040 project from Australia. Journal of Cleaner Production, v. 162, p.
1297–1307, 2017
GOMES, L. R. Educação Através do Design e as práticas educacionais sobre consumo
sustentável no ensino fundamental público de Curitiba: panorama e possibilidades. 161 f.
Dissertação (Mestrado em Design) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009.
GUDYNAS, E. Buen vivir: Germinando alternativas al desarrollo. América Latina Em
Movimento, v. 462, p. 1–20, 2011.
HOUTBECKERS, E.; GAZIULUSOY, I. Ecofeminist understandings of care and design for sustain-
ability transitions: towards a theoretical framework of work for the degrowth movement. In:
NORDES 2019: WHO CARES?, 8., 2019, Espoo, Finland. Disponível em:
https://doi.org/10.1016/0010-4485(79)90140-4. Acesso em: 09 fev. 2020.
IRWIN, T. Transition design: A proposal for a new area of design practice, study, and research.
Design and Culture, v. 7, n. 2, p. 229–246, 2015.
IRWIN, T. The Emerging Transition Design Approach. Centro de Estudios En Diseño y
Comunicación, Cuaderno 87, p. 27–54, 2020.
IRWIN, T.; TONKINWISE, C.; KOSSOFF, G. Transition Design: an educational framework for
advancing the study and design of sustainable transitions. Centro de Estudios en Diseño y
Comunicación, n. 105 , p. 31-65, 2020.
JORDAN, T. Activism! direct action, hacktivism and the future of society. London: Reaktion
Books Ltd, 2001.
KOTHARI, A.; DEMARIA, F.; ACOSTA, A. Buen Vivir, Degrowth and Ecological Swaraj:
Alternatives to sustainable development and the Green Economy. Development (Basingstoke),
v. 57, n. 3–4, p. 362–375, 2014.
LOORBACH, D.; FRANTZESKAKI, N.; AVELINO, F. Sustainability Transitions Research:
Transforming Science and Practice for Societal Change. Annual Review of Environment and
Resources, v. 42, n. 1, p. 599–626, 2017.
MANZINI, E.; VEZZOLI, C. O desenvolvimento de produtos sustentáveis: os requisitos
ambientais dos produtos industriais. 1. ed. 2. reimpr. São Paulo: Editora da Universidade de
São Paulo, 2008.
MANZINI, E. Design, when everybody designs: an introduction to design for social innovation.
Cambridge, Estados Unidos: Massachusetts Institute of Techonology Press, 2015.
MARTINS, R. F. F.; MERINO, E. A. D. A gestão de design como estratégia organizacional. 2. ed.
Londrina: Eduel, 2011.
MCCOY, K. Good citizenship – design as a social and political force. In: HELLER, Steven; VIENNE,
Véronique. Citizen designer: perspectives on design responsability. 2. ed. Nova Iorque:
Allworth Press, 2018. p. 188-195.
MOK, L.; GAZIULUSOY, I. Designing for sustainability transitions of aquaculture in Finland.
Journal of Cleaner Production, v. 194, p. 127–137, 2018.
MONTEIRO, M. Ruined by Design: How Designers Destroyed the World, and What We Can Do to
Fix São Francisco, Estados Unidos: It Mule Deign Books, 2019.
MOURA, M. Introdução. In.: MOURA, M. (Org). Design brasileiro contemporâneo: reflexões.
São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2014. p. 13-34.
MOURA, M. Novos paradigmas no design contemporâneo. In: SIMPÓSIO DE DESIGN
SUSTENTÁVEL, 8., Curitiba. Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, p. 869-878, 2021.
Disponível em: https://eventos.ufpr.br/sds/sds/paper/view/4571. Acesso em 11 jan. 2022.
MULGAN, G. Social Innovation: what it is, why it matters and how it can be accelerated.
Londres: Basingsotke Press, 2006.
NIEDDERER, K. et al.. Creating Sustainable Innovation through Design for Behaviour Change: Full
Report. University of Wolverhampton, Project Partners & AHRC, relatório de pesquisa.
PAPANEK, V. Design for the real world: human ecology and social change. Illinois, Estados
Unidos: Academy Chicago Publishers, 1971.
PORTINARI, D. B.; NOGUEIRA, P. C. E. Por um design político. Estudos em Design, v. 24, n. 3, p.
32–46, 2016.
SAMPAIO, C. P. et al. Design para a sustentabilidade: dimensão ambiental. Curitiba: Insight, 2018.
SANTOS, A. Níveis de maturidade do design sustentável na dimensão ambiental. In: MORAES, Dijon
de; KRUCKEN, Lia (Org.). Design e sustentabilidade. Barbacena: EdUEMG, 2009. p. 13-26.
SANTOS, A. et al. Design para a sustentabilidade: dimensão social. Curitiba: Insight, 2019.
SÓLON, P. Alternativas sistêmicas: Bem Viver, decrescimento, comuns, ecofeminismo, direitos
da Mãe Terra e desglobalização. São Paulo: Elefante, 2019.
TLOSTANOVA, M. In decolonizing design. Design Philosophy Papers, v. 15, n. 1, p. 51–61, 2017.
VAZQUEZ, R. Precedence, Earth and the Anthropocene: Decolonizing design. Design
Philosophy Papers, v. 15, n. 1, p. 77–91, 2017.
VERGÈS, F. Um feminismo decolonial. São Paulo: UBU Editora, 2020.
VEZZOLI, C. et al. Sistema produto + serviço sustentável: fundamentos. Curitiba: Insight, 2018.
WRIGHT, E. O. Como ser anticapitalista no século XXI? São Paulo: Boitempo, 2019.