Evangelho de São Marcos
Evangelho de São Marcos
Evangelho de São Marcos
DE JESUS CRISTO
SEGUNDO S. MARCOS
INTRODUÇÃO
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nava, como quem tem autoridade, e não como os escribas.
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23 Na sinagoga estava um homem possesso do espí
rito imundo, o qual exclamou, 2 4 dizendo : Que tens
tu que ver connosco, ó Jesus Nazareno ? Vieste para
nos perder ? Sei quem és, o Santo de Deus. 25 Mas
Jesus o ameaçou, dizendo : Cala-te, e sai desse homem .
26 Então o espírito imundo, agitando-o violentamente, e
CAP. I
II - Contradições
CAP. II
CAI' . I l I
CAP. IV
�ndemo-
Onmhado CAP . V
-
. 1 E chegaram à outra banda
. do mar, ao
de Gerasa . t ern"tono
' dos gerasenos. 2 E , ao sair J esus da b arca,
e os foi logo ter com ele, saindo dos sepulcros, um homem
porcos.
possesso de um espírito imundo, 3 o qual tinha o seu
domicílio nos sepulcros, e nem com cadeias o podia alguém
ter preso ; 4 porque, tendo sido atado por muitas vezes
com grilhões e com cadeias., tinha quebrado as cadeias
e despedaçado os grilhões., e n inguém o podia domar.
5 E sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e pelos
montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6 Vendo,
porém, a Jesus de longe, correu e adorou-o, 7 e, cla
mando em alta voz, disse : Que tens tu comigo, Jesus,
Filho de Deus Altíssimo ? Eu te conjuro por Deus que
me não atormentes. 8 Porque Jesus dizia-lhe : Espírito
imundo, sai desse homem. 9 E perguntou-lhe : Que nome
é o teu ? E ele respondeu : O meu nome é Legião, por
que somos muitos. 1 O E suplicava-lhe instantemente q ue
o não expulsasse daquele país.
1 1 Andava ali pastando ao redor do monte uma grande
vara de porcos. 1 2 E os espíritos suplicavam-lhe, di
zendo : Manda-nos para os porcos, para nos metermos
neles. 1 3 E Jesus deu-lhes logo essa permissão. E, s aindo
os espíritos imundos, entraram nos porcos ; e a vara, que
era de cerca de dois mil, preçipitou-se com grande vio
lência no mar, onde todos se afogaram .
1 4 E os que andavam apascentando fugiram e foram
espalhar a notícia pela cidade e pelos campos. E o povo
foi ver o que tinha sucedido. 1 5 Foram ter com Jesus,
e viram o que tinha sido vexado do demónio, sentado,
vestido e são do juízo, e tiveram medo. 1 6 E os que
tinham visto contaram-lhes tudo o que tinha acontecido aos
endemoninhados e aos porcos ; 1 7 e começaram a rogar
a Jesus que se retirasse do território deles. 1 8 E, quando
(Jesus) subia para a barca, começou o que fora vexado
do demónio, a pedir-lhe que o deixasse estar com ele.
19 E Jesus não o admitiu, m as disse-l h e : Vai para
tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas
o Senhor te fez, e como teve piedade de ti. 20 E foi-se,
e começou a publicar pela Decápole quão grandes coisas
lhe tinha feito Jesus ; e todos se admiravam.
A filha d e
Jairo e a 21 E, tendo passado Jesus novamente para a outra
hemor banda n a barca, concorreu a ele muita gente, e ele estava
roíssa. junto do mar. 2 2 E chegou um dos chefes da sinagoga,
chamado Jairo, o qual, vendo-o, lançou-se a seus pés.
23 e pedia-lhe com instância, dizendo : Minha filha está
nas últimas ; vem, i mpõe sobre ela a mão, para que seja
s. MARCOS, V, 24 - VI, 2 91
SEGUNDA PARTE
CAP. VI
CAP. VII
CAP. IX
TERCEIRA PARTE
1 - D urante a viagem
renúncia
sem o consu1nir. - E toda a vítima, todo o cristão que tiYer
praticado a e a mortifica ção será salgado com sal,.
isto é, será igualmente incorruptív-el, mas na glória.
S. MARCOS, 25 1 05���
.X, 7 - ����
CAP. X
17-27. Ver nota, Mat., XIX, 17, 21, 23, 24.
1 06 S. MARCOS, X, 26 - 4 0
II - Em jerusalém
.
sobr e ele os seus vestidos, e Jesus montou em cima.
8 E muitos estenderam os seus vestidos pelo caminh o ; e
outros cortavam ramos das árvores, e juncavam com eles
a estrada. 9 E os que iam adiante, e os que seguiam
atrás, clamavam, dizendo : Hosana ! 1 0 Bendito o que
vem em nome do Senhor ; bendito o reino que vem do
nosso pai David ; Hosana no mais alto dos céus ! 1 1 E en
trou em Jerusalém no templo ; e, tendo observado tudo,
como fosse já tarde, foi para Betânia com os doze.
A fi g ueira 1 2 E , ao outro dia, depois que saíram de Betânia,
amaldi teve fome. 1 3 E , tendo visto ao longe uma figueira
çoo,da..
que tinha folhas, foi lá ver se encontrava nela alguma
coisa ; e, quando chegou a ela, nada encontrou senão
folhas ; porque não era tempo de figos. 1 4 E, falando ,
disse-lhe : Nunca j amais coma alguém fruto de t i .
E ouviram-no o s seus discípulos.
Os profa 1 5 E chegaram a Jerusalém. E, tendo entrado no
nad·ores
do templo . templo, começou a lançar fora os que vendiam e com
pravam no templo, e derribou as mesas dos banqueiros
e as cadeiras dos que vendiam pombas. 1 6 E não con
sentia que ninguém transportasse objecto algum pelo
templo ; 1 7 e os ensinava, dizendo-lhes : Porventura não
está escrito : A minha casa será chamada casa de ora
ção para todas as gentes ? Mas vós fizestes dela um
covil de ladrões. 1 8 Ouvindo isto os príncipes dos sacer
dotes e os escribas, procuravam o modo de o perderem ;
porque o temiam, visto que todo o povo admirava a sua
doutrina. 1 9 E , fazendo-se tarde, saiu da cidade.
A confiança 20 Ora (no outro d;a) pe�a manhã, ao passarem , viram
em Deus . a figueira seca até às raízes. 21 E Pedro, recordando-se,
disse-l he : Olha, Mestre, como se secou a figueira que
tu amaldiçoaste. 22 E Jesus, respondendo, disse-lhe :
Tende fé em Deus. 23 Em verdade vos digo que todo o
que disser a este monte : Tira-te (daí), e lança-te no
mar, e não hesitar no seu coração, mas tiver fé de que
tudo o que disser seja feito, lhe será feito. 24 Por isso
vos digo : Todas as coisas que pedirdes orando, crêde q ue
as haveis d·e conseguir, e que as obtereis. 25 E, quando
estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém ,
CAP. XI
CAP. XII
.J r ���:i�� dos seus discípulos : Olha, Mestre, que pedras e que cans-
ei ·
·
truções. 2 E Jesus, respondendo, disse-l h e : Vês todos
estes grandes edifícios ? Não ficará pedra sobre pedra,
que não seja derribada. 3 E, estando sentado sobre o
monte das Oliveiras, defronte do templo, interrogaram-no
à parte Pedro e Tiago e João e André : 4 Dize-nos,
quando sucederão estas coisas ? E que sinal haverá,
quando tudo isto estiver para s e cumprir ?
Sinais da 5 E Jesus, respondendo, começou a dizer-lhes : Vêde
vinda de que n i nguém vos engane ; 6 porque muitos v i rão em
Jesus.
m eu nome, dizendo : Sou eu ; e enganarão muitos.
7 Quando ouvi rdes falar de guerras e de rumores de
guerras, não temais ; porque importa que estas coisas
aconteçam ; mas não (será) ainda o fi m . 8 Porque se
levantará nação contra nação, e reino contra reino, e
haverá terramotos em d i versas partes, e fomes. Estas coic
sas (serão) princípio das dores. 9 Tomai, porém , cuidado
convosco. Porque vos hão-de entregar nos tribunais, e
sereis açoutados nas sinagogas, e sereis, por minha causa,
levados di ante dos governadores e dos reis, para (dar}
testemunho (de mim) perante eles. 1 O Mas, antes, deve
o Evangelho ser pregado a todas as nações. 1 1 Quando
pois vos leva rem p a ra vos entregarem, não premediteis
n o que haveis de d i ze r ; mas dizei o que vos for inspirado
n essa h o ra ; porque não sois vós que falais, mas o Espí
rito Santo. 1 2 Então o irmão entregará à morte o seu
i rmào, e o pai o f i l h o ; e os filhos levantar-se-ão contra
os pais, e l h es darão a morte. 1 3 E sereis odiados de
todos por causa do meu nome. Mas o que perseverar
até ao fim (da sua vida), esse será salvo.
Destruição 1 4 Quando, pois, vi rdes a abom inação da desolação
.Jer del ' m posta onde não devia estar, (o que lê, faça reflexão sobre
usa e
isto), então os que estiverem n a Judeia fuj am para o s mon
·
CAP. XIII
5-19. Ver nota, Mat., XXIV, 15-21.
s. MARCOS, X I I I , 20 - 3 7 113
d a cri ação, que Deus fez, até agora, nem mais haverá.
20 E se o Senhor não abreviasse aqueles di as, nenhuma
pessoa se sal vari a ; m as ele os abreviou, em atenção aos
escolhidos que escolheu.
21 Então, se alguém vos disser : Eis aqui está o Sinais do
Cristo, ei-lo acolá, não deis crédito. 2 2 Porque se levan- fimdo
tarão falsos cristos e falsos profetas, e farão (alarde de)
mundo.
grande;> m i l agres e prodígios para enganarem, se fosse
possível até os mesmos esco l h idos. 23 Estai pois de
sobreaviso, e:s que eu vos predisse tudo. 2 4 Mas, naque-
les dias, depois daquela tribulação, o sol escurecerá, e
a l u a não dará o seu resplendor ; 2 5 e as estrelas do
céu cai rão, e serão abaladas as potestades que estão nos
céus. 2 6 E então verão o Filho d o homem vir sobre
as nuvens, com grande poder e glória. 27 E enviará
logo os seus anjos, e j untará os seus esco l h i dos dos
quatro ventos, desde a extremidade da terra até à
extremidade do céu. 28 Ouvi uma comparação tirada da
figueira : Quando os seus ramos estão j á tenros, e nas-
cidas as folhas, sabeis que está perto o estio ; 29 assim
também quando virdes acontecer estas coisas, sabei que
(a vinda do Filho do homem para o iuízo final) está
perto, às portas. 3 0 N a verdade vos digo que não pas-
sará esta geração, sem que se cumpram todas estas coi-
sas. 3 1 O céu e a terra passarão, mas as m inhas
palavras não passarão.
3 2 A respeito, porém , desse dia ou dessa hora, n in- Exortação
guém sabe, nem os ani· os do céu, nem o Filho, mas só à vigi
o Pai. 3 3 Estai de sobreaviso, vigiai e orai, porque não
ncia.
lâ
Q U ART A P ARTE
1- Paixão de jesus
CAP. XIV
37. Abba, [lalavra aramática, que significa pai.
s. MARCOS, X IV, 55 - XV, 2 117
CAP. XV
II - jesus Ressuscitado
CAP. XVI
r or
17-18. Jesus prometeu aos primeiros p egad es do Evange
lho o poder de realizar os maiores 1nilagre s , não só para que a
sua iprêgação fosse mais eficaz, mas também para que todos fos
se1n ecmfirmados na fé, e não desanimassem com as persegniçõ�s.
Nos Actos dos Apóstolos encontra-se a mais clara concfirmação
desta promessa de Jesus.