Af His Cie Geo 09 01 Prof
Af His Cie Geo 09 01 Prof
Af His Cie Geo 09 01 Prof
História
Ciências
Geografia
9ano
O
Programa de Enfrentamento à Violência contra
Meninas e Mulheres da Rede Estadual de São Paulo
NÃO SE ESQUEÇA!
Onde denunciar?
• Você pode denunciar, sem sair de casa, fazendo um Boletim de Ocorrência
na internet, no site: www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.
• Ligue 180: você pode ligar nesse número – é gratuito e anônimo - para denunciar
um caso de violência contra mulher e pedir orientações sobre onde buscar ajuda.
• Acesse o Portal da Mulher Paulista: www.portaldamulherpaulista.sp.gov.br.
• Ligue 190: esse é o número da Polícia Militar. Caso você ou alguém esteja em
perigo, ligue imediatamente para esse número e informe o endereço onde a
vítima se encontra.
• Disque 100: nesse número você pode denunciar e pedir ajuda em casos de
violência contra crianças e adolescentes, é gratuito, funciona 24 horas por dia
e a denúncia pode ser anônima.
VOLUME 1
LIVRO
ESTUDANTE
História
Ciências
Geografia
9
ano
O
Nome:
Governador
Tarcísio de Freitas
Secretário da Educação
Renato Feder
Secretário Executivo
Vinícius Mendonça Neiva
Chefe de Gabinete
Juliana Velho
Coordenadoria Pedagógica
Daniel Barros
Este livro foi criado para apoiar seus estudos, tanto em sala de aula quanto
de forma autônoma. Totalmente integrado ao material digital, ele oferece um
resumo dos principais conceitos abordados, atividades para praticar o que foi
aprendido e exercícios para aprofundar seus conhecimentos.
Resumo
Numeração lateral
Número das aulas nas laterais,
para localização rápida ao longo do livro.
Exercícios resolvidos
Material digital
Sempre que uma atividade do material digital
apresentar a indicação “Veja no livro!”, significa que
ela estará aqui para sua resolução.
Referências às atividades
a serem realizadas no livro.
Aprofundando
HISTÓRIA
CIÊNCIAS
GEOGRAFIA
Resumo
10
AULA 1
Na prática
Atividade 1
11
Fonte I
Deste porto, onde fui obrigado a deter-me, e do qual posso comunicar com os meus
compatriotas, é meu primeiro cuidado referir-lhes o que presenciei e a parte que tive nos
memoráveis acontecimentos de 15 de novembro, os quais privaram o Brasil das livres e
nobres instituições, que lhe deram tantos anos de paz e prosperidade e me arrojaram a
paragens tão distantes.
É esse um dever e ao mesmo tempo um direito de que não prescindo. Alvo principal
de todos os ataques, centro e direção da resistência que aqueles sucessos poderiam
encontrar, o alto cargo que ocupava na situação política, tão violentamente deposta, me
pôs a par de circunstâncias, que poucos conhecem, e são da maior importância para
bem se aquilatar como, em poucas horas, se mudou a forma de governo do meu sau-
doso país, quando geralmente a supunham fortemente consolidada.
OURO PRETO, V. Advento da ditadura militar no Brasil. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2017. p. 33.
Fonte II
Aristides Lobo
O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava.
Muitos acreditavam estar vendo uma parada militar, uma manifestação de rotina das for-
ças armadas. A República, que chegou de repente, imposta por um pequeno grupo de mi-
litares e civis, foi uma revolução sem a participação popular, um movimento de cima para
baixo que não contou com o envolvimento das massas. O país despertou sob um novo
regime, mas o povo, alheio ao processo, não compreendeu o alcance do que se passava. A
República foi, assim, uma transformação política imposta, que refletia as ambições de uma
elite, mas que não foi capaz de mobilizar ou conquistar o apoio popular imediato.
LOBO, A. Imprensa e o Império. Revista O Paiz, 18 nov. 1889.
Fonte III
Hélio Silva
12
AULA 1
a participação direta do povo, ela refletiu a crise do sistema monárquico, desgastado
e incapaz de responder às demandas de um Brasil em transformação.
SILVA, H. 1889: A República não esperou o amanhecer. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
Fonte IV
Boris Fausto
A Proclamação da República não pode ser reduzida a um mero golpe militar, pois ela
foi o culminar de um processo político e social que se desenvolveu ao longo de décadas.
A insatisfação com o regime monárquico, as críticas à centralização do poder, e o desejo
de modernização do país foram fatores que alimentaram o crescimento das ideias repu-
blicanas entre intelectuais, militares, e setores urbanos. O movimento republicano, ainda
que liderado por militares, encontrou apoio em diferentes segmentos da sociedade, o
que mostra que a proclamação foi mais do que uma simples intervenção militar. Ela
representou uma ruptura significativa com o passado monárquico e o início de um novo
projeto político para o Brasil.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1995.
Fonte V
13
Aprofundando
14
AULA 1
2 (FUVEST – Adaptada) Durante a segunda metade do século XIX, o Brasil experi-
mentou uma série de mudanças sociais, econômicas e políticas que gradualmente
enfraqueceram a Monarquia e pavimentaram o caminho para a Proclamação da
República. Como a atuação de diferentes grupos sociais contribuiu para o enfra-
quecimento da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil em 1889?
a) Os militares, com forte apoio dos trabalhadores rurais, lideraram uma revolta
que exigiu a imediata destituição do imperador e a formação de um governo
popular republicano.
b) A classe média urbana, apoiada pelos intelectuais republicanos, pressionou o go-
verno imperial a abdicar e liderou o processo de transição para a República, sem a
participação dos militares.
c) O movimento abolicionista e os intelectuais republicanos desempenharam papéis
centrais no enfraquecimento da Monarquia, ao passo que os militares, insatisfeitos
com sua posição no Império, lideraram a Proclamação da República.
d) Os grandes proprietários de terras, insatisfeitos com as políticas centralizadoras do
imperador, aliaram-se aos militares para derrubar a Monarquia e estabelecer uma
oligarquia rural republicana.
e) O movimento operário, influenciado por ideais socialistas, foi o principal responsá-
vel pela derrubada da Monarquia, organizando greves e manifestações que culmi-
naram na Proclamação da República.
Durante a segunda metade do século XIX, o Brasil passou por transformações que minaram
o apoio à Monarquia. Entre os principais agentes dessas mudanças estavam os movimentos
abolicionista e republicano, cujos intelectuais criticavam a lentidão das reformas sociais e a
centralização do poder. Além disso, os militares, insatisfeitos com sua falta de prestígio e com o
governo monárquico, desempenharam um papel preponderante na Proclamação da República.
Esse descontentamento, aliado ao impacto da abolição da escravatura, enfraqueceu o apoio ao
Império, culminando em um golpe militar que instituiu a República em 1889.
15
2
AULA ESTRUTURA POLÍTICA E
SOCIAL NO BRASIL NA
PRIMEIRA REPÚBLICA
Resumo
16
AULA 2
Na prática
Atividade 1
Charge da Revista
Careta que satiriza a
política Café com Leite
ao colocar os esta-
dos tentando subir a
montanha, enquanto
permanecem Minas
ALMANAQUE LUSOFONISTA/WIKIMEDIA COMMONS
17
1 O que a imagem satírica da revista Careta, de 1925, representa sobre a política
brasileira da época, especificamente em relação à alternância de poder entre São
Paulo e Minas Gerais?
A imagem é uma sátira da política do Café com Leite. Nela, vemos dois personagens representando
os estados de São Paulo e Minas Gerais, ambos segurando a cadeira da presidência da República.
Esse cenário representa a alternância de poder entre as elites cafeeiras de São Paulo e as elites
leiteiras de Minas Gerais, sugerindo que apenas esses dois estados tinham acesso ao poder político,
Na parte inferior da imagem, outros estados (representados por personagens que tentam subir a
colina) são mostrados em uma posição inferior, simbolizando a dificuldade e a exclusão de outras
regiões do Brasil na ascensão ao poder político. Isso reflete a concentração de poder nas mãos das
Primeira República. A legenda da imagem reforça essa ideia de exclusão com a frase "Tenham paci-
ência, mas aqui não sobe mais ninguém!", indicando a resistência dessas oligarquias em permitir a
18
AULA 2
Atividade 2
A imagem retrata o “voto de cabresto”, representando o eleitor pela figura do burro, simbolizando a
falta de liberdade e consciência política. O eleitor é conduzido por uma figura política, o que sugere
que ele era manipulado e controlado pelas elites locais, sem autonomia para decidir o seu voto, evi-
19
2 Qual é o papel do "político" na imagem, e como isso reflete a relação entre as elites
e os eleitores durante as eleições na Primeira República?
O "político" na imagem é mostrado como a figura que controla o eleitor, simbolizando as elites que
usavam seu poder para garantir votos por meio do controle direto sobre os eleitores. Isso reflete
sobre as eleições, assegurando que seus candidatos fossem eleitos, perpetuando o domínio das
Aprofundando
1 (ENEM 2016)
O coronelismo era fruto da alteração na relação de forças entre os proprietários ru-
rais e o governo, e significava o fortalecimento do poder do Estado antes que o predomí-
nio do coronel. Nessa concepção, o coronelismo é, então, um sistema político nacional,
com base em barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel tem o controle dos
cargos públicos, desde o delegado de Polícia até a professora primária. O coronel hipo-
teca seu apoio ao governo, sobretudo na forma de voto.
CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo Horizonte: Editora UFMG,
1998. (adaptado)
20
AULA 2
2 (UNESP – Adaptada)
Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça, aos inimigos
aplica-se a lei.
LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Ômega.
Esse discurso, típico do contexto histórico da República Velha e usado por chefes
políticos, expressa uma realidade caracterizada:
a) pela força política dos burocratas do nascente Estado republicano, que utilizavam
de suas prerrogativas para controlar e dominar o poder nos municípios.
b) pelo controle político dos proprietários no interior do país, que buscavam, por meio
dos seus currais eleitorais, enfraquecer a nascente burguesia brasileira.
c) pelo mandonismo das oligarquias no interior do Brasil, que utilizavam diferen-
tes mecanismos assistencialistas e de favorecimento para garantir o controle
dos votos.
d) pelo domínio político de grupos ligados às velhas instituições monárquicas e que
não encontraram espaço de ascensão política na nascente República.
e) pela aliança política armada entre as oligarquias do Norte e Nordeste do Brasil,
que garantiria uma alternância no poder federal de presidentes originários
dessas regiões.
2. A frase “Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça, aos inimigos aplica-se a
lei” reflete uma visão clara sobre o funcionamento do poder político durante a Primeira República (1889-
1930), marcada pelo mandonismo e pela dominação das oligarquias regionais. Esse período foi caracteri-
zado pelo domínio político das elites agrárias, especialmente nas áreas rurais do interior, onde os chefes
políticos locais – os "coronéis" – exerciam um controle rígido sobre a população e o sistema político.
21
3
AULA
ARTE E CULTURA NA
PRIMEIRA REPÚBLICA
Resumo
Na prática
Atividade 1
Formem duplas e escolham uma personalidade que fez parte do Grupo dos Cinco.
Realizem uma pesquisa aprofundada sobre a vida e obra de cada um, buscando identi-
ficar semelhanças e diferenças entre suas trajetórias e contribuições para a Semana de
Arte Moderna.
22
AULA 3
1 O que esse artista estava tentando mudar ou criticar?
Resposta aberta, produzida de acordo com a pesquisa dos estudantes.
3 Houve resistência? O que, foi motivo de polêmica em sua obra? Por quê?
Resposta aberta, produzida de acordo com a pesquisa dos estudantes.
1. A Semana de Arte Moderna, realizada em 1922, foi um marco cultural no Brasil, promovendo uma
renovação artística que buscava conciliar o nacionalismo e o internacionalismo. As alternativas A e D
são corretas, pois refletem essa combinação de influências nacionais e internacionais, com o desejo de
romper com o academicismo do século XIX, sem deixar de se inspirar nas vanguardas europeias. A B
também está correta ao destacar o anseio de modernização e a insatisfação com o estado das artes na
época, propondo um olhar voltado ao social e à inovação artística. A C está de acordo com a proposta
do movimento, que olhava para o futuro ao mesmo tempo em que resgatava as raízes culturais brasilei
ras. No entanto, a E está incorreta; embora o movimento tivesse um
forte caráter nacionalista, ele não negava as influências externas.
Aprofundando Pelo contrário, os artistas da Semana se inspiravam nas vanguardas
europeias, mas queriam adaptá-las a um contexto brasileiro, criando
uma arte moderna e genuína ao mesmo tempo. Portanto, essa alter-
nativa não condiz com o espírito do evento.
Resumo
Na prática
Atividade 1
Para estudar sobre o Cangaço, a critério de seu professor, dividam-se em duplas e leiam
este texto.
25
Os coronéis, para garantirem sua segurança e a de seus familiares, bem como de
seu patrimônio, passaram a se utilizar de homens armados em suas propriedades, ten-
do-se em vista que as disputas pelas terras se prolongavam por gerações e gerações.
A abolição da escravatura em 1888 e a Proclamação da República em 1889, colocaram
um contingente de homens livres, sem terras e sem trabalho, em disponibilidade, aba-
lando a estrutura econômica do país, baseada no latifúndio.
Estes homens encontraram no banditismo uma forma de sobrevivência, seja como ca-
pangas (homens assalariados a serviço de um fazendeiro que formava seu exército privado),
ou como cangaceiros (homens independentes que se organizavam em bandos sob a dire-
ção de um chefe prestigioso). Os coronéis, como eram conhecidos, eram autoridade máxima,
tinham poder inclusive sobre as autoridades locais, que não ousavam enfrentá-los.
Em outras palavras, o cangaço se caracterizou como um movimento social, dentro do
contexto histórico pelo qual se passava o país. Esse movimento sofreu influência da abolição
da escravatura, e da Proclamação da República, mas não podemos deixar de considerar, que
muitos dos nordestinos que viviam nas regiões mais isoladas do semiárido se revoltavam
contra as exigências da classe dominante (coronéis), que queriam fazer valer seus interesses
em detrimento de valores humanos. Porém, não podemos deixar de relatar que muitos dos
cangaceiros agiam com extrema violência, o que os qualificava como bandidos, servindo,
desta forma, de pretexto para um discurso da oligarquia agrária desse período em convencer
autoridades e a própria população desinformada de que os cangaceiros eram apenas bandi-
dos, que deveriam ser caçados e eliminados, o que realmente ocorreu.
O fotógrafo Benjamin
Abrahão cumprimenta
Lampião, em foto tirada
pelo cangaceiro Juriti. Da
esquerda para a direita: Vila
Nova, não identificado, Luís
Pedro, Benjamin Abrahão
REPRODUÇÃO/BRASIL ESCOLA
(à frente), Amoroso,
Lampião, Cacheado (ao
fundo), Maria Bonita, não
identificado, Quinta-Feira
SANTOS, W. A. Cangaço: um movimento social. Revista Caribeña de Ciencias Sociales, fev. 2018. Disponível
em: https://www.eumed.net/rev/caribe/2018/02/cangaco-movimento-social.html. Acesso em: 11 nov. 2024.
26
AULA 4
De acordo com o texto, as principais causas do surgimento do cangaço estão ligadas à opressão social
e às condições adversas enfrentadas pelos habitantes do semiárido nordestino no final do século XIX e
início do século XX. Em uma região alheia ao poder político e sujeita aos coronéis, muitos homens acaba-
ram migrando para o cangaço como uma forma de defesa ou mesmo de resistência.
vam vilarejos e comunidades locais com suas práticas de roubo, sequestro e assassinato, o que gerava
medo e insegurança entre a população. De outro lado, a resistência à ação dos cangaceiros se conso-
lidou, com a formação de forças policiais e milícias locais, e até a criação de memoriais e museus em
várias cidades nordestinas para preservar a memória da luta contra essas invasões.
Além do impacto imediato na vida das pessoas, o cangaço também deixou marcas culturais profundas,
sendo representado na literatura de cordel, no cinema e nas artes plásticas, perpetuando a figura de per-
sonagens como Lampião e Maria Bonita como ícones históricos. O movimento refletiu as tensões sociais
e políticas da época, e suas histórias continuam a ser lembradas e discutidas na cultura popular nordes-
tina e brasileira.
Aprofundando
e) Questão Christie.
27
2 (FGV 2006)
7 de julho [1922] – Com um saldo de 17 mortos, todos entre os rebeldes, tropas leais ao
presidente Epitácio Pessoa sufocaram hoje uma revolta de oficiais que há dois dias haviam
tomado o Forte de Copacabana. Eles protestavam contra o fechamento do Clube Militar e
a prisão de seu presidente (e também ex-presidente da República) Hermes da Fonseca.
Jayme Brener, Jornal do século XX
O Tenentismo, apesar de não ter uma proposta política completamente definida, defendia a centralização
do poder, a moralização das instituições republicanas e a redução do poder das oligarquias regionais.
Esses ideais refletiam o descontentamento com a corrupção e o domínio oligárquico, e buscavam refor-
mas para fortalecer o controle federal sobre os estados.
28
URBANIZAÇÃO E
5
AULA
MODERNIZAÇÃO NA
PRIMEIRA REPÚBLICA E
SUAS CONTRADIÇÕES
Resumo
29
Aprofundando
30
6
AULA
URBANIZAÇÃO E A QUESTÃO
DA "HIGIENIZAÇÃO" NA
PRIMEIRA REPÚBLICA
Resumo
31
Na prática
Atividade 1
REPRODUÇÃO/SINDMETAL
têm em comum a desinformação como fator central. Naquela época, rumores e a falta de informação ge-
raram medo e resistência à vacinação. Hoje, notícias falsas nas redes sociais alimentam esses movimen-
tos, demonstrando que a desconfiança em relação à ciência e às autoridades de saúde pode ter sérias
32
AULA 6
A Revolta da Vacina, ocorrida em 1904 no Rio de Janeiro, foi uma reação popular à
Aprofundando vacinação obrigatória contra a varíola, conduzida por Oswaldo Cruz. Esse episódio
mostra que a imposição de políticas de saúde pública deve considerar o engaja-
mento e a comunicação com a população.
1 (FUVEST 2014) Em 1904, a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, foi
palco de um dos episódios mais marcantes da história da saúde pública no país:
a Revolta da Vacina. Esse movimento de resistência popular surgiu em resposta à
campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, implementada pelo governo
sob a liderança de Oswaldo Cruz. A Revolta da Vacina nos evidencia que a imple-
mentação de políticas de saúde pública deve levar em consideração:
a) o uso da força militar para garantir a aplicação das medidas sanitárias.
b) a realização de campanhas de vacinação apenas quando a população já estiver
completamente informada.
c) a necessidade de comunicação eficaz e do engajamento da população para o su-
cesso das medidas de saúde pública.
d) a suspensão de todas as campanhas de vacinação em caso de resistência popular.
e) a imposição de medidas sanitárias sem considerar o contexto social e as necessi-
dades da população.
Resumo
Na prática
Atividade 1
O quadro A Redenção de Cam, de Modesto Brocos, é uma obra que retrata uma família
negra, ao longo de gerações, passando por um processo de clareamento da pele de
seus descendentes. Essa imagem representava a ciência, predominante no final do sé-
culo XIX, de que a “redenção” da população negra se daria através do branqueamento
racial, uma ideia que se alinhava com as teorias racistas da época. Com base nessa
34
AULA 7
análise, qual dos desafios enfrentados pela população negra após a abolição é mais
diretamente representado pelo conceito retratado no quadro?
REPRODUÇÃO/WIKIPEDIA
A imagem abaixo configura uma representação da Lei Áurea, um marco jurídico im-
portante para o fim da escravidão no Brasil. No entanto, a assinatura da Lei Áurea é
frequentemente analisada criticamente por não ter sido acompanhada de políticas
efetivas para a inserção social e econômica dos negros na sociedade pós-abolição.
Com base nessa análise, qual dos desafios abaixo é o mais diretamente relacionado às
limitações da Lei Áurea?
REPRODUÇÃO/WIKIPEDIA
Lei Áurea
36
AULA 7
Aprofundando
A decisão veio após mais de três séculos de escravidão, que resultaram em 4,9
milhões de africanos traficados para o Brasil, sendo que mais de 600 mil morreram
no caminho.
ROSSI A.; COSTA C. BBC Brasil: São Paulo. Disponível em:
https://www.bbc.com/ portuguese/brasil-44091469. Acesso em: 25 jun. 2019.
37
8
AULA
RESISTÊNCIA NEGRA
APÓS A ABOLIÇÃO
Resumo
. Após a abolição a vida dos negros no Brasil foi marcada pela exclusão econô-
mica e social dos afrodescendentes, que enfrentaram dificuldades para se inte-
grar à sociedade no período pós-escravidão. Entre esses, alguns passaram a se
organizar nos campos das artes, da imprensa e também da política.
Na prática
Atividade 1
Uma vez que a Primeira República explicitou as contradições de uma sociedade que
permanecia com uma mentalidade escravista, além de João Cândido, outras lideranças
38
AULA 8
lutaram em prol da busca por liberdade de forma plena. Assim, a missão de vocês será
ampliar o conhecimento pesquisando sobre pessoas negras que, assim como Cândido,
não aceitaram as imposições do sistema e lutaram, a seu modo, a fim de terem sua digni-
dade humana respeitada. Para cumprir esse desafio:
• a critério de seu professor, dividam-se em grupos e pesquisem casos específicos
de participação de lideranças negras na sociedade pós-abolição;
• cada grupo ficará responsável por pesquisar um personagem histórico;
• destaquem os desafios enfrentados por esses indivíduos e as
conquistas alcançadas.
Concluída a pesquisa, vocês deverão registrar como as experiências individuais dos
personagens pesquisados se relacionam com os processos de resistência negra no
Brasil pós-abolição.
Grupo 3: Maria de Lourdes Vale Nascimento Grupo 4: Maria Helena Vargas da Silveira
REPRODUÇÃO/MARIA DE LOURDES VALE NASCIMENTO: UMA INTELECTUAL
39
Grupo 5: Paulo Silva
que o docente realize uma curadoria prévia das fontes para direcionar a pesquisa junto dos estudantes e,
40
AULA 8
Aprofundando
Na história brasileira, a chamada Revolta da Chibata, liderada por João Cândido e des-
crita na música acima, foi:
a) a rebelião de escravizados contra os castigos físicos, ocorrida na Bahia, em 1848, e
repetida no Rio de Janeiro.
b) a revolta, no porto de Salvador, em 1860, de marinheiros dos navios que faziam o
tráfico negreiro.
c) o protesto, ocorrido no Exército, em 1865, contra o castigo de chibatadas em soldados
desertores da Guerra do Paraguai.
d) a rebelião dos marinheiros negros, em 1910, contra os castigos e as condições de tra-
balho na Marinha de Guerra.
A música “O mestre-sala dos mares”, cuja letra e interpretação é de João Bosco, presta homenagem
a João Cândido e destaca sua luta por justiça e dignidade na rebelião conhecida como A Revolta da
Chibata. Sob sua liderança, marinheiros se rebelaram contra as condições desumanas de trabalho e a
prática de punições corporais, como a chibatada – uma forma de chicoteamento que remetia à escra-
vidão –, fato histórico que elucida que, mesmo após a abolição, permanecia na sociedade uma menta-
lidade escravista. Assim, contra essa mentalidade e as atitudes por ela geradas, em 1910, marinheiros
negros se rebelaram contra os castigos e as condições de trabalho na Marinha de Guerra.
41
9
AULA A INFLUÊNCIA DA CULTURA
AFRO-BRASILEIRA PARA A
IDENTIDADE NACIONAL
Resumo
Na prática
Atividade 1
43
Aprofundando
1 (ENEM 2012)
Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus,
foram os próprios africanos trazidos como escravizados. E esta descoberta não se res-
tringia apenas ao reino linguístico, estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive
à da religião. Há razões para pensar que os africanos, quando misturados e transpor-
tados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos culturais
mais profundos.
SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do Brasil. Revista USP, n. 12, dez./jan./fev.
1991-92. (adaptado)
O texto menciona que os africanos, ao serem misturados e transportados para o Brasil como escravos,
perceberam elos culturais profundos entre si. Nesse sentido, a instituição da escravidão forçou o encon-
tro entre africanos de diversas etnias, e o contato contínuo entre eles favoreceu a troca e a ressignifica-
ção de elementos culturais, emergindo, dessa forma, uma identidade cultural afro-brasileira.
44
10
AULA
A IMPRENSA NEGRA
NO BRASIL
Resumo
45
REPRODUÇÃO/FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL
Página do jornal O Homem de Cor, fundado por Francisco de Paula Brito, pioneiro
da imprensa negra, de 14 de setembro de 1833
46
AULA 10
Na prática
Atividade 1
Fonte I
O Menelik 1915
47
Qual é o título completo do periódico? Qual é a data de publicação desse exemplar
(informe o dia, mês e ano)? Quem era o redator-chefe e o secretário do jornal?
O título completo do periódico é O Menelick. Esse exemplar foi publicado em 1º de janeiro de 1916. O
Ao se autodenominar como "órgão mensal, noticioso, literário e crítico dedicado aos homens de cor", O
Menelick demonstrava seu propósito de ser uma publicação periódica (mensal) que abordaria notícias,
Você sabe que Menelik II era um imperador africano que venceu uma grande batalha
contra os colonizadores europeus. Por quais motivos você acredita que os criadores
do jornal escolheram esse nome para o periódico?
Os criadores do jornal O Menelik escolheram esse nome para simbolizar a resistência e a luta
por liberdade.
Quais eram os temas e gêneros textuais abordados pelo jornal, como sugerido
pelo conteúdo visível na fonte? Qual a importância da diversidade de conteúdo
para o público leitor?
Com base no conteúdo visível, podemos inferir que o jornal O Menelick abordava temas relacionados à
cultura, literatura e política da comunidade negra. Os gêneros textuais provavelmente incluíam notícias,
artigos de opinião, poemas e contos. A diversidade de conteúdo era importante para atender aos diferen-
tes interesses dos leitores e fortalecer o senso de comunidade. Ao oferecer uma variedade de textos, o
jornal contribuía para a formação cultural e política da comunidade negra, além de promover o debate e a
48
AULA 10
Fonte II
O Clarim da Alvorada, 1924
O Clarim da Alvorada foi um dos mais importantes jornais da história imprensa negra
brasileira. Inicialmente intitulava-se apenas O Clarim. Em maio do mesmo ano já apare-
cia com o nome O Clarim d'Alvorada, e em 1925 a grafia surge em sua forma moderna
49
O jornal O Clarim d'Alvorada foi um importante veículo de comunicação da comuni-
dade negra no Brasil. Analisando a imagem da primeira página, responda:
Quais os dois principais títulos de artigos que você identifica?
Qual desses títulos mais chama sua atenção e por quê? O que você imagina que o
artigo aborda?
Resposta pessoal, mas deve demonstrar a relação entre a polícia e a população negra, demonstrando a
O jornal era uma ferramenta essencial para a mobilização e conscientização da comunidade negra, ser-
A frase evoca sentimentos de esperança e determinação apesar das dificuldades. Sugere que a comuni-
dade negra, mesmo diante dos desafios, mantém a fé na luta por seus direitos.
50
AULA 10
O que o termo "vergontea (renovo) de esperança" revela sobre a situação da popula-
ção negra no Brasil naquela época?
O termo revela a complexidade da experiência negra, marcada por momentos de esperança e desilusão.
A "vergontea (renovo) de esperança" indica a existência de obstáculos e desafios significativos, mas tam-
O congresso representava um marco importante na luta por direitos civis, demonstrando a união e a
organização da juventude negra. Era um espaço para discutir estratégias e fortalecer a luta por igualdade
e justiça.
Fonte III
A Voz da Raça, 1933
51
Analisando a capa do jornal A Voz da Raça, identifique:
O título do jornal e seu significado:
A Voz da Raça indica que o jornal era um veículo de comunicação que representava e dava voz à
comunidade negra.
A cidade de publicação:
São Paulo.
Quais os principais temas abordados pelo jornal A Voz da Raça, com base nas
informações disponíveis?
Direitos da população negra e notícias cujo foco pricipal era a população negra.
Qual a relação entre o jornal A Voz da Raça e outros movimentos sociais da época?
O jornal A Voz da Raça foi um importante veículo de comunicação da comunidade negra no Brasil, fun-
Atividade 2
52
AULA 10
Capa de jornal – Imprensa Negra
Título do jornal
53
1. A imprensa negra influenciou a mobilização política e a conscientização da
população afro-brasileira, por publicar em suas páginas casos recorrentes de dis-
criminação racial contra a comunidade negra, além dos abusos de poder e prisões
Aprofundando arbitrárias realizadas pelos representantes do Estado republicano.
A imprensa negra também fortaleceu a identidade negra ao oferecer páginas nos
jornais para que a cultura negra tivesse espaço de expressão.
Resumo
Na prática
Atividade 1
55
André Rebouças foi um dos líderes do movimento abo-
licionista, tendo participado da criação de diversas organi-
zações, como a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão,
a Confederação Abolicionista e a Sociedade Central
de Imigração.
Suas ideias eram avançadas para o período. Ele de-
fendia que simplesmente libertar a população escravizada,
sem que houvesse nenhum tipo de reparação, não surtiria
grande efeito. Para ele, a "escravidão não está no nome
e sim no fato de usufruir do trabalho de miseráveis sem
pagar salário ou pagando apenas o estrito necessário para
não morrer de fome […] Aviltar e minimizar o salário é
reescravizar" […].
André defendia que o Brasil pós-abolição implantasse
o que ele chamava de democracia rural – que as terras
improdutivas dos grandes proprietários fossem reparti-
das e doadas às populações de ex-escravizados. As ideias
progressistas de André Rebouças encontraram resistência
entre os grandes proprietários de terra que jamais aceita-
riam perder, além da mão de obra, as terras.
Cada aluno deve compartilhar suas ideias com seu parceiro, garantindo que ambos
tenham a oportunidade de falar, ouvir e fazer perguntas um ao outro.
56
AULA 11
André Rebouças foi um abolicionista que lutou pelo fim da escravidão e pela inclusão social dos ex-es-
Brasil pós-abolição.
Os levantamentos de Rebouças no final do século XIX são reflexões importantes para o debate de inclu-
são social e racial até os dias atuais, já que a luta por justiça social e a inserção do negro na sociedade
57
2 A resistência cultural sempre foi uma importante forma de luta para a popu-
lação negra no Brasil, especialmente após a abolição da escravidão. Figuras
como Grande Otelo e grupos como os Oito Batutas contribuíram para a pre-
servação e promoção da cultura afro-brasileira. Grande Otelo, com seu talento
no cinema, no teatro e na televisão, desafiou estereótipos raciais e contribuiu
para a valorização da representatividade negra nas artes. De que maneira a
atuação de Grande Otelo e de outros artistas negros no cenário cultural brasi-
leiro contribuiu para a transformação social no país?
a) Ao restringirem suas atuações a produções de comédia, tais artistas mantive-
ram o status quo racial.
b) Ao promoverem o isolamento cultural das comunidades negras, esses artistas
evitaram a mistura de influências culturais.
c) Ao recusarem-se a participar de produções artísticas de grande escala, os
artistas negros reforçaram a segregação cultural.
d) Ao se destacarem em áreas tradicionalmente dominadas por brancos,
esses artistas quebraram barreiras raciais e abriram espaço para maior
representatividade negra.
e) Ao focarem exclusivamente a arte erudita, os artistas negros brasileiros afasta-
ram-se das raízes culturais afro-brasileiras.
As manifestações culturais de resistência da população negra desde o início da escravização
no Brasil Colônia ganharam uma nova dimensão no período republicano pós-abolição.
Figuras como Grande Otelo nas artes cênicas e grupos musicais como os Oito Batutas
quebraram barreiras raciais e fortaleceram a representatividade negra.
58
12
AULA LEGADO AFRO-BRASILEIRO
NA ECONOMIA, POLÍTICA
E SOCIEDADE
Resumo
Impacto
RACISMO econômico
Desproporcionalidade nas ESTRUTURAL
prisões e condenações. Sistema
Disparidades na judicial
aplicação da lei.
COMBATE
EXEMPLOS
Políticas
Discriminção racial em públicas
processos de recrutamento. Ativismo
Mercado Educação e Necessidade de
Diferenças de salários de trabalho Papel de organizações conscientização políticas inclusivas
e oportunidades. não governamentais e e afirmativas.
movimentos sociais. Importância da
educação sobre grupos Implementação de
Advocacia por raciais e racismo. programas
Desigualdade no acesso a
mudanças nas leis e voltados para a
recursos educacionais. Campanhas de
Educação práticas institucionais. equidade racial.
Diferenças nas taxas de conclusão conscientização para
escolar entre grupos raciais. promover a inclusão.
59
O legado afro-brasileiro permitiu reconhecer as significativas contribuições dos afro-
-brasileiros na construção de nosso país. Além disso, o conceito de racismo estrutural
é imprescindível para entender como a ideia de "democracia racial", que foi promovida
como uma suposta harmonia entre raças, mas contribuiu para invisibilizar as desigual-
dades raciais e as dificuldades enfrentadas pela população negra em vários setores da
sociedade. A fim de corrigir esses entraves, os negros se mobilizaram e lutaram ao longo
do tempo para que o governo promovesse políticas afirmativas como forma de corrigir
desigualdades, fruto de nosso passado escravocrata. No entanto, mesmo diante dessas
conquistas, a população afrodescendente ainda enfrenta desafios para que mudanças
efetivas ocorram e o racismo seja algo definitivamente superado.
Na prática
Atividade 1
[...] Nada foi feito, pois o negro liberto foi abandonado à sua própria sorte e as
desigualdades herdadas da escravidão se aprofundaram diante de um racismo sui
generis encoberto pela ideologia de democracia racial. Trata-se de um quadro de
desigualdades raciais acumuladas nos últimos mais de trezentos anos que nenhuma
política seria capaz de aniquilar em apenas duas ou três décadas de experiência de
políticas afirmativas. Por isso, a invisibilidade do negro, ou melhor, sua sub-representa-
ção em diversos setores da vida nacional [...]
MUNANGA, K. O 20 de novembro e o negro no Brasil de hoje. Jornal da USP, 14 nov. 2018.
Os alunos devem reconhecer que a ideia de “democracia racial” no Brasil foi utilizada para promo-
ver a imagem de uma sociedade igualitária, em que o racismo não existiria de forma significativa.
racismo sistêmico e estrutural. Espera-se que os alunos identifiquem como essa falsa noção contri-
60
AULA 12
buiu para a sub-representação e a invisibilidade dos negros na política, na educação e no mercado
de trabalho.
Os alunos devem compreender que as políticas afirmativas, assim como as cotas raciais em univer-
sidades e os programas de inclusão social, têm o objetivo de corrigir as desigualdades históricas e
oferecer oportunidades mais equitativas para a população negra. No entanto, espera-se que eles
reconheçam que essas políticas apresentam limitações, devido ao longo período de acúmulo de
desigualdades, que não podem ser revertidas em poucas décadas. Eles podem apontar que a trans-
formação de estruturas sociais e econômicas exige tempo e esforço contínuo para que mudanças
significativas sejam alcançadas, o que explica a persistência das desigualdades.
Atividade 2
ADAPTAÇÃO/IPEA
Gráfico com dados levantados pelo projeto “Retratos das desigualdades de gênero
e raça”, do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea)
61
1 Considerando o gráfico que mostra o rendimento mensal domiciliar per capita no
Brasil, entre 1995 e 2015, segundo cor/raça, é possível dizer que existe uma dife-
rença entre negros e brancos nesse sentido?
Existem diferenças consideráveis entre os rendimentos mensais domiciliares per capita, considerando
os grupos de cor/raça, ao longo do período de 1995 a 2015. A média para a população branca é supe-
rior à da população negra em todos os anos analisados. Essa disparidade sugere uma desigualdade
persistente nos padrões de renda entre brancos e negros no Brasil durante essas duas décadas.
2 Depois da sua análise, é possível dizer que essa diferença de rendimento está atre-
lada ao racismo?
Os dados apresentados indicam uma discrepância no rendimento mensal domiciliar per capita entre
brancos e negros no Brasil, de 1995 a 2015. A média de rendimento para a população branca é mais
alta do que para a população negra ao longo do período. Essa diferença de rendimento está relacio-
nada a fatores como discriminação racial, falta de oportunidades igualitárias no mercado de trabalho
e acesso desigual à educação. O racismo estrutural é uma das explicações para essa disparidade.
Aprofundando
63
13
AULA
A QUESTÃO INDÍGENA NA
PRIMEIRA REPÚBLICA
Resumo
Durante a Primeira República, a questão indígena no Brasil foi marcada por impor-
tantes mudanças nas políticas governamentais, com destaque para a criação do Serviço
de Proteção aos Índios (SPI) em 1910. Esse órgão foi instituído com o objetivo de prestar
assistência aos povos indígenas, enfrentando desafios relacionados à ocupação de áreas
rurais e à proteção dos direitos territoriais indígenas, em um contexto de crescente inte-
gração e exploração dos seus territórios. O SPI também foi alvo de críticas, especialmente
por adotar práticas de tutoria na pacificação das comunidades indígenas. A atuação de
Marechal Rondon se destacou durante esse período, sendo lembrado por sua abordagem
humanitária na defesa dos direitos indígenas, em contraste com as práticas violentas
comuns na época.
A importância do SPI reside no impacto duradouro sobre as comunidades indíge-
nas e na contínua luta pelo reconhecimento e pela preservação de suas culturas e seus
direitos no Brasil. A Fundação Nacional do Índio (Funai), criada em 1967, é uma autarquia
ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que é responsável por proteger e
promover os direitos dos povos indígenas, demarcar e proteger terras indígenas e mediar
conflitos envolvendo essas populações. A Funai também trabalha para preservar a cultura
indígena, garantir o acesso à saúde e à educação, apoiando o desenvolvimento susten-
tável nas comunidades. Além disso, representa os povos indígenas junto ao governo e à
sociedade, assegurando seus direitos conforme a Constituição e a Declaração da ONU.
64
AULA 13
Na prática
Atividade 1
Está escrito com letras a ouro no livro Da missão original, foram construídos
de visitantes da Sociedade de Geografia seis mil quilômetros de linhas telegráficas,
de Nova York: “Rondon – O homem que responsáveis por integrar a Amazônia às
mais se adentrou em terras tropicais onde demais regiões do Brasil. Tão importante
foi também descobridor.” A homenagem quanto a integração nacional foi o contato
é um reconhecimento, segundo a institui- com os indígenas da região, a compreen-
ção, a um dos cinco maiores exploradores são das culturas e o estabelecimento da
do mundo. convivência entre os povos.
Ao aceitar a tarefa que o governo Por intermédio de Rondon foi criado,
havia lhe confiado, em 1900, de construir em 1910, o Serviço Nacional de Proteção ao
a infra-estrutura de telégrafo que cobriria Índio, do qual viria a ser diretor. Em 1952,
de Mato Grosso e Amazonas, o mare- Rondon apresentou a Getúlio Vargas o
chal Cândido Mariano da Silva Rondon projeto de criação do Parque Nacional do
(1865-1958) acabou por realizar diversas Xingu, que viria a ser implementado no go-
ações e com elas ser reconhecido como verno do então presidente Jânio Quadros,
importante expedicionário. sob a direção dos irmãos Villas Boas. O
Museu do Índio foi também uma inspiração
de Rondon.
Assessoria de Comunicação do CEDEM. Rondon e a política indigenista no século XX. CEDEM, 17 jun. 2019.
Disponível em: https://www.cedem.unesp.br/#!/ noticia/367/rondon-e-a-politica-indigenista-no-seculo-xx/.
Acesso em: 11 nov. 2024. Adaptado.
metros de linhas telegráficas, responsáveis pela integração da Amazônia às demais regiões. Devido
a isso, a integração nacional foi o contato com os indígenas da região, estabelecendo convivência e
65
2 Crie um título diferente para o texto e justifique a escolha.
É importante que o título demonstre o papel de Rondon e como ele tornou-se uma figura simbólica
nas de forma pacífica e o fato dele transpor vários locais, permitindo que tivesse contando com
várias tribos.
5 Faça uma reflexão crítica sobre a relação de Rondon com os indígenas, demonstrando os
avanços e limites dessa relação.
Embora a ação de Rondon possa ser considerada positiva no relacionamento com os indígenas, é
importante destacar que essa visão tende a ver os indígenas como povos que precisam de tutoria e
que não são protagonistas de suas próprias vidas. No entanto, mesmo com essas limitações, a rela-
ção que Rondon teve com os povos foi positiva em diversos aspectos, principalmente por respeitar a
66
AULA 13
O surgimento de organizações indígenas que se manifestam em
Aprofundando defesa de seus interesses, juntamente com uma política de auto-
afirmação, tem contribuído para o crescimento e fortalecimento
dessas comunidades na atualidade. Essas organizações contribuem
com a luta pelos direitos territoriais, culturais e sociais dos povos
indígenas, ajudando a preservar suas tradições e identidades em
1 (UEFS 2010) um contexto de constante pressão e desafios.
A questão indígena, como relatada no texto, tem adquirido maior atenção da so-
ciedade internacional, especificamente a questão indígena brasileira, a partir da
ampliação do modelo de desenvolvimento sustentável. Em relação às questões
indígenas, ao longo da história do país, pode-se afirmar:
a) a unidade étnica, linguística e cultural dos povos indígenas brasileiros contribuiu
para a sua rápida dizimação pelo colonizador.
b) a não adaptabilidade dos índios aos trabalhos escravo e compulsório, sua in-
dolência e aversão ao trabalho contribuíram para a sua substituição pelo
africano escravizado.
c) o surgimento de organizações indígenas que têm se manifestado em defesa de
seus interesses, associadas a uma política de autoafirmação, tem contribuído para
o crescimento vegetativo desses povos na atualidade.
67
d) as reformas estabelecidas pelo Marquês de Pombal, no período colonial, contrá-
rias à urbanização e ao povoamento do Brasil, contribuíram para a destruição das
comunidades indígenas.
e) a Constituição de 1988 inviabilizou a defesa das terras indígenas ao estender aos
quilombolas o direito de usufruírem das propriedades que originalmente eram pri-
vativas das famílias dos chefes indígenas.
2 (UFGD 2018)
[...] A partir da expulsão dos jesuítas por Pombal, em 1759, e sobretudo a partir da
chegada de d. João VI ao Brasil, em 1808, a política indigenista viu sua arena reduzida e
sua natureza modificada: não havia mais vozes dissonantes quando se tratava de es-
cravizar índios e de ocupar suas terras. A partir de meados do século XIX, com efeito a
cobiça se desloca do trabalho para as terras indígenas. Um século mais tarde, deslocar-
-se-á novamente: do solo, passará para o subsolo indígena.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Introdução a uma História Indígena. In: __ (org.). História dos índios no Brasil.
São Paulo: Cia das Letras, 1992. p. 16.
68
14
AULA MOBILIZAÇÕES SOCIAIS
INDÍGENAS NO BRASIL
REPUBLICANO
Resumo
Na virada do século XIX para o XX, a expansão agropecuária e mineral no Brasil gerou
conflitos entre indígenas, fazendeiros, mineradores e empresas. Esses grupos buscavam
tomar territórios tradicionais indígenas, o que causou conflitos, mortes e perdas para
essas comunidades. Com isso, a expansão econômica no início da República ocorreu às
custas de terras e vidas indígenas.
Em 1910, o Serviço de Proteção aos Índios – SPI foi criado com o argumento de pro-
teger os indígenas, mas suas políticas criaram reservas que isolaram comunidades, limita-
ram suas tradições e tutelavam os povos originários. Essas ações do SPI foram criticadas
pela perda de autonomia dos povos indígenas e pelos processos de discriminação e assi-
milação cultural que ocasionaram. O SPI dizia querer integrar os indígenas à sociedade e
garantir sua sobrevivência econômica. No entanto, na prática, seguiu um modelo assimi-
lacionista, buscando que os indígenas adotassem hábitos considerados “civilizados”.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas – Funai foi criada para substituir o SPI,
que enfrentava diversas críticas por problemas de corrupção e ineficiência. A Funai é o
órgão do governo brasileiro responsável pela proteção e promoção dos direitos dos povos
indígenas no Brasil.
Foi através do movimento indígena, liderado pelos próprios povos originários e com
o apoio de não indígenas, que as reivindicações começaram a ser atendidas. Direitos his-
toricamente negados, como a posse das terras, os direitos à educação e à saúde passam
a ser paulatinamente conquistados.
69
Na prática
Atividade 1
Vamos analisar dois artigos da nossa Constituição e, a partir dos conhecimentos adquiri-
dos e dos questionamentos propostos, realizar uma discussão com os colegas de classe:
CAPÍTULO VIII
DOS ÍNDIOS
Art. 231 - São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas,
crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocu-
pam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. [...]
Art. 232 - Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para in-
gressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público
em todos os atos do processo.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 6 set. 2024.
Sim, o entendimento do Estado brasileiro em relação aos povos indígenas mudou significativamente
ao longo do tempo. Historicamente, as políticas estatais, como o regime de tutela e o modelo inte-
gracionista, viam os indígenas como incapazes de gerir seus próprios destinos, o que justificava a
interferência direta do Estado em suas vidas e territórios. Essa visão tratava os indígenas como um
"problema" a ser resolvido, muitas vezes buscando sua assimilação à sociedade nacional, desrespei-
tando suas culturas e identidades.
Com a promulgação da Constituição de 1988, houve uma mudança significativa nessa perspectiva.
A Constituição reconheceu explicitamente os direitos originários dos povos indígenas sobre as terras
que tradicionalmente ocupam e garantiu sua organização social, seus costumes, línguas, crenças
e tradições. Além disso, os indígenas passaram a ser reconhecidos como sujeitos de direitos, com
autonomia para defender seus interesses. Essa mudança reflete um avanço na compreensão dos di-
reitos humanos e no reconhecimento da importância de preservar as culturas indígenas como parte
fundamental do patrimônio cultural brasileiro.
70
AULA 14
2 De que forma a Constituição de 1988 posiciona os indígenas na sociedade
brasileira contemporânea?
A Constituição de 1988 posiciona os povos indígenas como cidadãos plenos, reconhecendo e pro-
tegendo seus direitos e sua autonomia. Ela estabelece que é responsabilidade do Estado demarcar,
proteger e fazer respeitar as terras indígenas, garantindo que esses territórios sejam preservados e
Além disso, a Constituição assegura que os povos indígenas têm o direito de defender seus próprios
interesses, tanto judicialmente quanto por meio de suas organizações, sem a necessidade de inter-
mediários. Isso representa um marco na luta pelos direitos indígenas, uma vez que lhes confere um
papel ativo na defesa de suas terras e culturas, além de reconhecer a importância de sua participa-
Aprofundando
71
Diante do fragmento da reportagem do G1 como texto de apoio, podemos perceber que o intuito das
políticas na década de 1970 era a retirada dos povos originários de seu território, com o objetivo de apro-
Os fatos e a história recente dos últimos 500 anos têm indicado que o tempo desse
encontro entre as nossas culturas é um tempo que acontece e se repete todo dia. Não
houve um encontro entre as culturas dos povos do Ocidente e a cultura do continente
americano numa data e num tempo demarcado que pudéssemos chamar de 1500 ou de
1800. Estamos convivendo com esse contato desde sempre.
KRENAK, A. O eterno retorno do encontro. In: NOVAES, A. (org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo:
Funarte, Companhia das Letras, 1999. p. 25.
A partir do fragmento de Ailton Krenak, percebe-se que ao longo da história do país o contato entre os
ocidentais e os indígenas vem ocorrendo permanentemente. Isso pode ser observado na exploração
colonial do litoral, que envolveu a extração de pau-brasil e a economia açucareira; nas missões jesuíti-
cas no Sul e na região amazônica ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII; e, posteriormente, no período
do Império, com a expansão da economia cafeeira para o Oeste. Essa relação continua nos dias atu-
ais na Amazônia e em tantas outras regiões onde os povos originários buscam o reconhecimento de
seus direitos.
72
15
AULA
PROTAGONISMO FEMININO
NA PRIMEIRA REPÚBLICA
Resumo
O protagonismo feminino na Primeira República no Brasil foi marcado pela luta das
mulheres pelo direito ao voto e por sua participação na política. No final do século XIX e
início do século XX, as mulheres eram excluídas das eleições pela Constituição de 1891.
Isso levou às primeiras manifestações femininas a favor do direito de votar.
Nísia Floresta foi uma das primeiras a defender os direitos das mulheres no Brasil
e inspirou outras a lutar por seus direitos políticos. Esse movimento levou à criação de
grupos feministas, como a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), liderada
por Bertha Lutz.
Nas décadas de 1910 e 1920, o movimento feminista cresceu, com Bertha Lutz
organizando campanhas e debates sobre o voto feminino. Em 1932, durante o governo
de Getúlio Vargas, as mulheres finalmente conquistaram o direito de votar, embora com
algumas restrições no começo. Essa conquista foi um marco importante na história da
participação política das mulheres no Brasil.
Além disso, mulheres como Antonieta de Barros, Carlota Pereira de Queirós e Luzia
Alzira Teixeira Soriano foram pioneiras na política brasileira. Elas abriram caminho para
futuras gerações de mulheres na política, fortalecendo a luta pela igualdade de gênero
no país.
73
Na prática
Atividade 1
Antonieta de Barros
• Foi uma jornalista, professora e política brasileira, sendo a primeira mulher negra a ser
eleita no Brasil e a assumir um mandato político.
• Fundou e dirigiu o jornal A Semana e a revista Vida Ilhoa, e escreveu o livro Farrapos
de ideias, em 1937.
• Em 1934, foi eleita deputada estadual, a primeira mulher e negra a assumir tal cargo.
• Autora do Projeto de Lei nº 145, de 12 de outubro de 1948, que determinou a data de
15 de outubro como o Dia do Professor, em Santa Catarina. Vinte anos depois, a data
seria oficializada no país inteiro.
• Seu nome foi inscrito no Livro de heróis da Pátria, em 2023.
Bertha Lutz
74
AULA 15
Carlota Pereira de Queirós
• Foi a primeira mulher a ser eleita prefeita na América Latina e, mesmo enfrentando
ofensas misóginas durante a campanha, venceu a disputa em 1929, com mais de 60%
dos votos.
• Em 1928, durante uma reunião política, chamou a atenção de Bertha Lutz e Juvenal
Lamartine de Faria, que a convenceram a se candidatar à Prefeitura de Lajes.
• Recebeu o Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós em 2018, concedido
pela Câmara dos Deputados.
• O Jardim de Angicos adotou como feriado municipal o dia do nascimento de Alzira
Soriano. Hoje há também um museu em sua homenagem, assim como uma repre-
sentação no brasão e na bandeira municipais.
Trata-se de uma resposta pessoal, baseada numa linha do tempo feita pelo estudante, usando
a criatividade.
Espera-se que ele consiga seguir os comandos e criar uma linha do tempo com três acontecimen-
tos históricos da personagem escolhida constando: data, fato histórico e imagem/ilustração.
75
O processo eleitoral no Brasil Império foi marcado por um sistema
de exclusão e patrimonialismo, não abrangendo uma parcela signi-
ficativa da população pobre, mulheres, escravizados e analfabetos.
Aprofundando No período da República Velha, o autoritarismo oligárquico se fez
presente com o "voto de cabresto" e a exclusão das mulheres e
analfabetos do direito ao voto. Porém, devido ao movimento social
feminista pelo sufrágio universal, as mulheres conquistam o direito
ao voto em 1932.
1 (UFPR 2019 – Adaptada) Atualmente, no Brasil, as eleições para os representantes
do povo nos Poderes Legislativo e Executivo são decididas pelo voto obrigatório,
direto, secreto e universal. Sobre as eleições e os direitos políticos em nosso terri-
tório, desde o período colonial até o século XX, considere as seguintes afirmativas:
I No período do Império (1822-1889), com a Constituição de 1824, para escolha
de representantes políticos legislativos, os homens de todos os grupos sociais
podiam votar.
II No início da República (1891), foi instituído o voto a descoberto, que podia ser co-
nhecido ou declarado, e logo foi apelidado de "voto de cabresto".
III Após mobilização do movimento sufragista feminino no início do século XX, as
mulheres receberam o direito de votar a partir de 1932.
76
AULA 15
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas I e III estão corretas.
c) Apenas II e III estão corretas.
d) I, II e III estão corretas.
e) Nenhuma está correta.
A Primeira República foi marcada por um sistema político oligárquico e violento que controlava o pro-
cesso eleitoral e excluía, entre outros, as mulheres do direito ao voto. Contudo, as mulheres organizadas e
mobilizadas reivindicavam mais autonomia e participação política, melhores condições de trabalho e re-
muneração salarial, bem como a defesa do controle de natalidade. Essas reivindicações só foram alcan-
çadas porque as sufragistas criaram associações de alcance nacional, como a Federação Brasileira para
o Progresso Feminino, que estabeleceram contato com diversas associações feministas internacionais.
77
16
AULA LUTAS E CONQUISTAS
DAS MULHERES NO
BRASIL REPUBLICANO
Resumo
Na prática
Atividade 1
79
1 Como as operárias eram vistas pela sociedade na época?
As operárias eram vistas pela sociedade como uma força de trabalho abundante e barata, composta
majoritariamente por mulheres e crianças imigrantes. Elas enfrentavam uma série de obstáculos,
tanto dentro quanto fora do ambiente de trabalho, sendo frequentemente subestimadas e relegadas
trabalho. Elas também lidavam com jornadas de trabalho exaustivas, variando de 10 a 14 horas
diárias, e eram relegadas a funções menos especializadas, com pouca ou nenhuma perspectiva
de ascensão profissional.
que pudessem se unir e lutar contra as condições adversas. Embora enfrentassem diversas difi-
culdades, houve um esforço significativo para promover a união entre as operárias, incentivando
mulheres no trabalho.
80
AULA 16
Apesar do comprometimento em várias questões sobre os direitos das
Aprofundando mulheres, como leis de regulamentação do mercado de trabalho, a reivin-
dicação central das sufragistas era acerca dos direitos políticos, especial-
mente o direito de votar e ser votada.
2 (UDESC 2018 — Adaptada) No ano de 1922 foi fundada a Federação Brasileira pelo
Progresso Feminino, a qual tinha como principais objetivos a batalha pelo voto e o
acesso das mulheres ao mercado de trabalho.
Analise as afirmações a respeito da participação das mulheres na vida pública e na
política nacional e assinale a alternativa correta.
I Em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, foi garantido o direito ao voto femi-
nino e à candidatura de mulheres.
II O acesso a métodos contraceptivos, saúde preventiva, proteção contra a violência
doméstica e equiparação salarial foram algumas das questões incorporadas pelo
movimento feminista, desde a década de 1960.
III A aprovação da lei Maria da Penha é considerada uma vitória do movimento fe-
minista na medida que visa punir, de forma efetiva, agressões sofridas no âmbito
social, familiar e doméstico.
Resumo
O anarquismo no Brasil
Os anarquistas desenvolveram diversas atividades, como a fundação de escolas, cen-
tros de estudos, sindicatos e a realização de congressos operários.
2 1889-1906
• Fim da escravidão e a Proclamação da República.
• Governo manteve os investimentos na imigração de europeus, que começaram a
manifestar seus posicionamentos políticos e a se rebelarem.
• Insurgência da imprensa anarquista, que contribuiu com a disseminação
desses ideais.
82
AULA 17
3 1907-1922
• Emergência da industrialização.
• Esforços para a disseminação do ideário anarquista, por meio de periódicos, esco-
las e centros de estudos populares.
• Fase de efervescência e lutas no movimento operário brasileiro (adoção
do anarcossindicalismo).
• Declínio devido à forte ação policial (prisões, torturas, deportações e expulsões
de líderes sindicais), além da fundação do Partido Comunista em 1922, que atraiu
mais atenção da classe operária.
Origem do termo
Do grego antigo anarkhia,
que significa sem Posicionamento político
governante. Historicamente ligado à
Ideal esquerda, também descrito
Abolição do Estado e como uma ramificação
criação de associações libertária das
comunais voluntárias. ideias socialistas.
Imprensa
Papel crucial de fomentar
e ampliar ideias,
Origens históricas ANARQUISMO mobilizando a opinião
Desenvolveu-se na primeira pública contra
metade do século XIX, a partir autoridades.
das ideias do anarquismo
individualista, de Max Stirner, e
do mutualismo, de Pierre-Joseph
Proudhon.
Auge do movimento
ADAPTAÇÃO/GETTY IMAGES
No século XIX até o início do
Correntes diferentes século XX, tendo mobilizado
Debate entre os estudiosos diretamente os movimentos
sobre as diversas correntes do sindicais de trabalhadores.
anarquismo, como o
individualista,
o mutualista, e até
mesmo o
anarcossindicalismo.
83
Na prática
O anarquismo buscava a abolição de qualquer forma de
intervenção estatal, em favor de uma sociedade descen-
tralizada e autônoma, baseada em associações voluntá-
Atividade 1 rias e princípios de autogestão.
Atividade 2
debates e manifestações de líderes e grupos anarquistas, ampliando sua influência na opinião pública.
2. Emancipação social, como ideal da criação de uma sociedade sem hierarquias e opressões, na
qual todos os indivíduos têm igual acesso aos recursos e à tomada de decisão, libertando os indiví-
ção. Como apresentado no texto, é defendida a sua abolição em favor de uma sociedade descentrali-
Resumo
Contexto geral
A greve fez parte de um contexto internacional de revoltas, de motins e de mobili-
zações grevistas, que ocorreu na segunda metade de 1917, e foi agravado pela Primeira
Guerra Mundial.
No cenário brasileiro, especialmente em São Paulo, a greve foi um movimento extre-
mamente complexo de reação dos trabalhadores às condições precárias de trabalho, ao
aumento dos preços dos produtos e à estagnação salarial. Associado ao anarcossindi-
calismo, o movimento coincidiu com a reorganização sindical e com a fundação de ligas
operárias. Entre suas demandas, estavam:
• o fim do trabalho noturno para mulheres;
• o fim do trabalho infantil;
• o estabelecimento de uma jornada de 8 horas de trabalho;
• o aumento salarial;
• o congelamento dos preços dos alimentos;
• a diminuição dos preços dos aluguéis.
De acordo com os jornais da época, a cidade de São Paulo ficou quase ingoverná-
vel, com manifestações, saques e confrontos de rua. Iniciada em São Paulo, a greve se
irradiou para várias partes do país, incluindo Porto Alegre e Curitiba. Ao todo, foram 109
greves em São Paulo, 32 no interior do estado, 63 no Rio de Janeiro, entre outras.
86
AULA 18
A Greve de 1917 foi bastante repri-
mida pelo governo, pelos empregadores
e pelas forças de segurança, levando a
prisões, torturas e mortes de líderes do
movimento. Contudo, suas revoltas sur-
tiram efeito, com conquistas e conse-
REPRODUÇÃO/COSTA NETO
quências exemplificadas pela ampliação
do debate trabalhista, pelo progresso na
legislação referente ao setor, pela per-
manência dos sindicatos e pela partici- Foto da Greve Geral de 1917
pação política dos trabalhadores.
Na prática
87
2 Quais foram os principais problemas sociais e econômicos enfrentados pelos traba-
lhadores no Brasil nesse período? Observem os salários, as condições de trabalho,
as jornadas de trabalho etc.
3 Como a industrialização estava afetando as cidades brasileiras em 1917? Explorem a
urbanização, o crescimento das indústrias e a migração para as cidades.
4 Qual era o papel dos sindicatos e das associações trabalhistas em 1917? Procurem, nas
fontes, indícios das organizações, das suas demandas e dos seus posicionamentos.
5 Como o contexto político influenciou a situação socioeconômica do Brasil em 1917?
Pesquise brevemente sobre o governo da época e sobre suas políticas em relação
ao trabalho e à economia.
1º Congresso 1ª Guerra
Operário Mundial
Gráfico da quantidade de greves e de jornais operários em São Paulo, entre 1888 e 1923
88
AULA 18
[...] E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção
[...]
MORAES, V. O operário em construção. Letras. Disponível em: https://www.
letras.mus.br/vinicius-de-moraes/87332/. Acesso em: 19 set. 2024.
era o principal produto de exportação, e tinha um papel importante na nossa economia. A 1ª Guerra
Mundial teve efeitos ambíguos sobre a economia, pois, embora tenha estimulado a exportação de
café para os Aliados, também interrompeu o comércio com a Alemanha, além de acelerar a indus-
lho precárias, as jornadas exaustivas e a exploração das mulheres e das crianças. A população não
tinha acesso à educação nem à seguridade social mínima. A inflação era um problema que achatava
89
3 Como a industrialização estava afetando as cidades brasileiras em 1917? Explorem a
urbanização, o crescimento das indústrias e a migração para as cidades.
A indústria de substituição, no início do século XX, no Brasil, gerou mudanças intensas nas cidades
brasileiras, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, que passaram por uma rápida indus-
trialização. Essas cidades cresceram de maneira desordenada e passaram a acolher, em suas perife-
rias, os milhares de imigrantes europeus, além dos ex-escravizados, que mudaram para a cidade em
década de 1910, em que o movimento sindical estava passando por uma mobilização maior, devido à
industrialização acelerada e às condições precárias de vida, por causa da inflação dos produtos no
período de guerra. A presença dos sindicatos de tendências anarquistas propiciava ações sociais,
quias paulistas e mineiras, por meio da política do Café com Leite, que caracterizou a República
Velha. Ele enfrentou, no seu governo, uma série de revoltas populares, como a Guerra do Contestado
90
AULA 18
Grupo 2: A extensão da Greve Geral de 1917
Perguntas norteadoras que servirão como roteiro para a pesquisa:
1 Quais foram as principais cidades afetadas pela Greve Geral de 1917? Pensem nos
impactos específicos em cada uma delas.
2 Quais setores da economia foram mais impactados pela greve (ex.: indústrias,
transporte, comércio ou outros setores importantes)? Como?
3 Como a greve foi organizada e coordenada entre diferentes localidades e setores?
Explorem a logística da greve, desde a comunicação à coordenação.
4 Quais foram os principais protestos e ações durante a greve? Investiguem manifes-
tações, piquetes e outras formas de protesto.
5 Quais foram as reações das autoridades e dos empregadores frente à extensão da
greve? Pensem nas respostas do governo, dos empresários e das forças policiais,
em especial.
91
REPRODUÇÃO/WIKIPÉDIA
Fábrica guardada por milícia do governo, durante a Greve de 1917,
em Porto Alegre
1 Quais foram as principais cidades afetadas pela Greve Geral de 1917? Pensem nos
impactos específicos em cada uma delas.
A Greve Geral de 1917 foi deflagrada no município de São Paulo, após uma série de mobiliza-
Belenzinho, na Mooca, no Brás e no Cambuci. A greve se estendeu para outras cidades brasileiras,
2 Quais setores da economia foram mais impactados pela greve (ex.: indústrias,
transporte, comércio ou outros setores importantes)? Como?
A Greve Geral do mês de julho de 1917 impactou fortemente a economia do país, afinal foram 50 mil
operários (10% da população de São Paulo) que paralisaram suas ações. Ela afetou intensamente o
setor de comércio, mas foi o setor industrial que mais sentiu o impacto, especialmente as fábricas
de farinha.
92
AULA 18
3 Como a greve foi organizada e coordenada entre diferentes localidades e setores?
Explorem a logística da greve, desde a comunicação à coordenação.
A Greve Geral de 1917 foi uma revolta contra a chamada “carestia da vida”, isto é, contra a alta de
preços. Contudo, ela ganhou a dimensão que teve devido à ação de uma série de militantes socialis-
periodicamente. Aconteciam também protestos e comícios nos bairros operários de São Paulo.
Contudo, a greve foi desencadeada pela paralisação dos funcionários (principalmente operárias) do
Cotonifício Crespi, que ganhou escala após a morte de alguns operários devido à repressão policial.
Muitas associações entraram em paralisação, optando por uma greve de “reivindicação” ou uma
greve de “solidariedade”.
ram as reivindicações dos operários, mas muitos deles não as implantaram após a desmobiliza-
ção dos grevistas. Quanto às autoridades do Executivo, aumentaram o controle e a repressão das
lideranças sindicais.
93
Grupo 3: As consequências da Greve Geral de 1917
Perguntas norteadoras que servirão como roteiro para a pesquisa:
1 Quais foram as principais conquistas para os trabalhadores após a Greve Geral de
1917? Pesquisem as mudanças nas leis trabalhistas e na realidade dos operários.
2 Como a greve afetou o panorama político do Brasil? Ocorreram mudanças na le-
gislação ou na opinião pública?
3 Qual foi o impacto da greve nas relações entre trabalhadores e empregadores?
Pensem na burocracia da dinâmica entre as partes.
4 Como a Greve Geral de 1917 influenciou o movimento sindical no Brasil? Como
ficou a organização dos trabalhadores após a greve?
5 Quais foram as consequências sociais da Greve Geral para a população brasileira
em geral?
94
AULA 18
REPRODUÇÃO/WIKIPÉDIA
Funeral de José Martinez em direção ao cemitério do Araçá, no dia
11 de julho de 1917
95
1 Quais foram as principais conquistas para os trabalhadores após a Greve Geral de
1917? Pesquisem as mudanças nas leis trabalhistas e na realidade dos operários.
A Greve Geral de 1917 conquistou uma série de direitos, que estavam sendo reivindicados pelos
proletários. Contudo, os acordos eram firmados por setores e pelas relações diretas entre patrões e
funcionários. Com isso, os acordos foram diferentes para cada área. No entanto, definitivamente, os
mobilização social, que possibilitariam novas conquistas políticas nas próximas duas décadas, até a
ser referências nos anos que se seguiram, desde a jornada de oito horas, até as acusações sobre o
trabalho infantil e a necessidade de uma seguridade social mínima. Essa mobilização foi decorrência
como: elevar os salários em 20%, não demitir os grevistas, respeitar o direito de associação dos empre-
gados e “melhorar as condições morais, materiais e econômicas do operariado”. O poder público, por sua
vez, anunciou que libertaria os grevistas presos. Porém, a elite industrial paulista recuou de muitas reivin-
dicações após a desmobilização da greve. De qualquer forma, a greve de 1917 representou uma conquista
histórica: foi a primeira vez que o poder público brasileiro negociou com os trabalhadores.
96
AULA 18
4 Como a Greve Geral de 1917 influenciou o movimento sindical no Brasil? Como
ficou a organização dos trabalhadores após a greve?
A Greve Geral de 1917 deixou marcas entre os trabalhadores urbanos brasileiros. A principal delas foi
mas ganhou outra escala após as ações de 1917. A greve impulsionou a formação de sindicatos e de
a formação de uma cultura de direitos, que incluiu tanto o direito civil de organização e associação
quanto o direito político de participar de uma democracia em que as organizações trabalhistas fos-
97
Aprofundando
REPRODUÇÃO/UFPR
Fotografia P&B. Domingo de julho de 1917. Operários em frente
à Sociedade Protetora dos Operários. Acervo Casa da Memória,
Curitiba
Essa edição do jornal A Plebe é de 1917, ano da Greve Geral, em que o movimento operário tinha uma
série de reivindicações. Contudo, era considerado ilegal e duramente reprimido pelas forças policiais. As
reivindicações apresentadas pelo jornal comprovam que não havia proteção por leis trabalhistas mínimas
naquele ano.
99
19
AULA
A ERA VARGAS:
TRABALHISMO E O
ESTADO NOVO
Resumo
100
AULA 19
FREDMODULARS/WIKIMEDIA COMMONS
Getúlio Vargas com outros líderes de 1930, em Itararé,
São Paulo, após a derrubada de Washington Luís
Na prática
Atividade 1
REPRODUÇÃO/BIBLIOTECA NACIONAL
Getúlio Vargas em uma corda bamba na qual está escrita a palavra “Constituição” é anunciado
pelo palhaço: “Respeitável público! O artista famoso, já conhecido em números arriscados
sobre o solo vai agora se exibir no arame”. “Um número novo”; charge da revista Careta de 1934
101
1 O que podemos afirmar sobre o início da Era Vargas?
O início da Era Vargas foi marcado pela Revolução de 1930, que teve origem na quebra da política do
Café com Leite e na crise entre as oligarquias paulistas e mineiras. Getúlio Vargas liderou o movi-
mento político-militar que resultou na deposição do presidente Washington Luís, inaugurando uma
2 Na charge “Um número novo”, publicada na revista Careta em 1934, você diria que
há crítica à Constituição? Por quê?
Na charge “Um número novo”, de 1934, Getúlio Vargas é representado equilibrando-se em uma
corda que simboliza a Constituição. A crítica na charge reflete as ações de Vargas ao suspender a
Constituição e dissolver o Congresso após assumir a presidência. A representação faz referência à ins-
tabilidade política e à incerteza quanto às mudanças no novo modelo de Estado proposto por Vargas.
Atividade 2
102
AULA 19
1 Durante a chamada Era Vargas foi criada uma série de reformas trabalhistas. Cite
algumas de suas consequências para a classe trabalhadora.
Durante a Era Vargas, várias reformas trabalhistas foram implementadas, trazendo benefícios para a
classe trabalhadora. Algumas consequências incluem a garantia da jornada de trabalho de oito ho-
sindicais e políticas da classe operária foram consideradas os principais fatores de tensão social que
contribuíram para a queda da Primeira República. Vargas buscou construir uma imagem de protetor
dos trabalhadores, utilizando medidas trabalhistas como forma de apaziguar as tensões e fortalecer
Aprofundando
103
a) valorizar as propostas políticas democráticas e liberais vitoriosas.
b) resgatar simbolicamente as figuras políticas ligadas à Monarquia.
c) criticar a política educacional adotada durante a República Velha.
d) legitimar a ordem política inaugurada com a chegada desse grupo ao poder.
e) destacar a ampla participação popular obtida no processo da Proclamação.
1. A Revolução de 1930 representa a insatisfação de grupos oligárquicos dissidentes da política do Café
com Leite. Ao obter o poder, o grupo político de Vargas pretende angariar o apoio de classes sociais que
2 (IMEPAC 2023 – Adaptada) estavam cada vez mais presentes em uma sociedade em processo de urbanização (proletários e uma
classe média em formação). Sendo assim, esse novo período, que será chamado de Era Vargas, busca
criticar e desqualificar todo o período da República
Velha para legitimar a nova ordem política e buscar a
adesão desses novos segmentos da sociedade.
2. A Revolução
REPRODUÇÃO/WIKIPÉDIA
Constitucionalista de 1932
foi um movimento liderado
pelas oligarquias paulistas em
prol da convocação de uma
Assembleia Constituinte que
resultasse na promulgação de
Cartaz paulista com a figura de um uma nova constituição para o
Brasil e, consequentemente,
bandeirante gigante, símbolo de na saída de Vargas do poder
São Paulo, segurando um minús- “provisório”. Essa mobilização
ocorreu devido à insatisfação
culo Getúlio Vargas em suas mãos da elite paulista por ter perdido
com a frase “Abaixo à Ditadura” a hegemonia e o protagonismo
político com a “Revolução
de 1930”.
O cartaz apresentado foi produzido pelo movimento paulista conhecido como
Revolução Constitucionalista de São Paulo, de 1932. Essa revolta foi motivada pela:
a) insatisfação da elite paulista com o golpe, que retirou a sua hegemonia política.
b) indignação com uma constituição que desagradava os interesses paulistas.
c) condução do Estado Novo, que adotava medidas de traços fascistas.
d) exclusão dos paulistas na elaboração da nova constituição, considerada autoritária.
104
A ERA VARGAS: MUDANÇAS
20
AULA
ECONÔMICAS, POLÍTICAS
E SOCIAIS E O FIM DO
ESTADO NOVO
Resumo
REPRODUÇÃO/ WIKIPEDIA
. Política trabalhista
Transformações significativas
nas relações trabalhistas, com
leis trabalhistas inovadoras, esta- Propaganda de 1938 mostrando
belecendo jornadas de trabalho, Getúlio Vargas ao lado de crianças.
direito a férias remuneradas e a Transcrição do texto:
criação da Consolidação das Leis "Crianças! Aprendendo, no lar e nas es-
do Trabalho (CLT) em 1943. Essas colas, o culto da Pátria, trareis para a vida
prática todas as possibilidades de êxito.
medidas visavam melhorar as
Só o amor constrói e, amando o Brasil,
condições de trabalho e fortale- forçosamente o conduzireis aos mais al-
cer a imagem do governo perante tos destinos entre as Nações, realizando
os trabalhadores. os desejos de engrandecimento aninha-
dos em cada coração brasileiro."
105
. Modernizações
Durante a Era Vargas, o Brasil passou por significativas mudanças econômicas
e sociais. Vargas impulsionou setores industriais (criando algumas estatais) e
reduziu a dependência da economia agrária. Isso incluiu investimentos em infra-
estrutura, como estradas e energia, promovendo o desenvolvimento industrial e
tecnológico. Essa infraestrutura também impactou a vida social, contando com
políticas sanitárias, de bem-estar, habitação e reformas no ensino.
(ENEM 2019) Perante o cenário econômico descrito, o Estado brasileiro assume, a par-
tir de 1930, uma política de incentivo à:
106
AULA 20
Atividade 2
A estratégia do governo de Vargas ao utilizar a imprensa visava ganhar o apoio da população, então
ele usou a imprensa para se comunicar diretamente com as pessoas, buscando atender às suas
aspirações. Ao estabelecer a imprensa como um órgão de consulta, o governo procurava criar uma
imagem positiva de si mesmo, divulgando suas atividades e qualidades. Essa estratégia era parte do
107
Aprofundando
1 (ENEM 2017 – Adaptada) O controle sobre os meios de comunicação foi uma me-
dida do Estado Novo que visava:
108
21
AULA A ERA VARGAS:
NACIONALISMO, OPOSIÇÃO
E CRISE POLÍTICA
Resumo
109
Inicialmente, a ANL apoiou o movimento contra a oligarquia, mas logo se colocou
contra o modo autoritário de Vargas. Tornou-se opositora do governo após a repressão à
Intentona Comunista de 1935, que era liderada por membros da ANL. Foi declarada ilegal
e perseguida pelo governo, o que marcou a repressão contra movimentos de esquerda
no Brasil.
110
AULA 21
Na prática
Atividade 1
(UFPI 2008)
111
querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. [...].
Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente
dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.
Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, 24 ago. 1954.
Carta-Testamento de Getúlio Vargas. Portal da Câmara dos Deputados. Disponível em: https://www2.camara.
leg.br/atividade-legislativa/plenario/discursos/escrevendohistoria/getulio-vargas/carta-testamento-de-getulio-
vargas. Acesso em: 25 set. 2024.
A política nacionalista de Vargas enfrentou oposição porque buscava controlar o capital nacional e
os recursos naturais pelo Estado, desagradando setores da elite empresarial e grupos insatisfeitos
nacionais que se opunham, por exemplo, à revisão do salário mínimo; e grupos internacionais que,
com as classes populares e a potencialização das riquezas nacionais por meio da Petrobras.
Segundo a ótica de Vargas, ele enfrentou o ódio por tentar criar a liberdade nacional e resistiu a
pressões constantes em prol do povo brasileiro. Sua avaliação do próprio governo, expressa na carta,
112
AULA 21
A Intentona Comunista de 1935 serviu de justificativa para o re-
Aprofundando gime varguista enaltecer a necessidade de defesa da Segurança
Nacional, para transformar o Estado Democrático em Estado po-
licialesco e autoritário. A concretização desse movimento político
ocorreu em 1937, com a criação do Estado Novo.
1 (UNESP) Decretada a extinção da Aliança Nacional Libertadora em 1935, seus
membros, os não moderados, organizaram a insurreição comunista que foi abafada
pelo Governo Vargas. Assinale a alternativa que apresenta a ação política subse-
quente e relacionada com a referida insurreição:
a) a proposta anti-imperialista e antilatifundiária, contida no programa da ANL, foi
completamente abandonada.
b) Vargas, em proveito de seus planos ditatoriais, explorou o temor que havia
ao comunismo.
c) dois meses após a Intentona, todos os presos políticos que aguardavam julga-
mento foram colocados em liberdade.
d) a campanha anticomunista das classes dominantes contribuiu para que Vargas
abandonasse seus planos continuístas.
e) os revoltosos só se renderam depois de proclamada a suspensão definitiva do
pagamento da dívida externa.
2 (ENEM 2021)
Quando Getúlio Vargas se suicidou, em agosto de 1954, o país parecia à beira do
caos. Acuado por uma grave crise política, o velho líder preferiu uma bala no peito à
humilhação de aceitar uma nova deposição, como a que sofrera em outubro de 1945.
Entretanto, ao contrário do que imaginavam os inimigos, ao ruído do estampido não se
seguiu o silêncio que cerca a derrota.
REIS FILHO, D. A. O Estado à sombra de Vargas. Nossa História. n. 7, maio 2004.
113
CIÊNCIAS
1
AULA
O QUE É CIÊNCIA?
Resumo
A Ciência, como processo investigativo, busca compreender o mundo natural por meio
de experimentos e observações, gerando conclusões provisórias e adaptando-se conforme
novas evidências surgem. Um exemplo desse processo é o trabalho de Ignaz Semmelweis
no século XIX, quando ele investigou a alta mortalidade entre puérperas em um hospital de
Viena. Semmelweis, mediante observação, formulou hipóteses para explicar o fenômeno,
atribuído a miasmas, superlotações e até rituais religiosos, mas todas foram descarta-
das. Ignaz pressupôs que a falta de higienização das mãos pelos profissionais, os quais
transitavam da sala de necrópsias para a sala de partos, era a causa da alta mortalidade,
e, ao implementar sua experimentação, a prática de lavar as mãos com cal clorado, no-
tou que as mortes diminuíram, concluindo então que essa prática impedia a ação das
“partículas cadavéricas”.
Embora Semmelweis tenha sido pioneiro, foi o trabalho de outros cientistas, como
Louis Pasteur e Robert Koch, que permitiu uma compreensão completa das causas das
infecções. Suas contribuições consolidaram a teoria dos germes e estabeleceram a prá-
tica de higienização como um consenso científico.
Além de resolver problemas específicos, a Ciência é essencial na formação de
consensos que aumentam a confiabilidade das informações e impulsionam o desen-
volvimento da sociedade. Exemplos contemporâneos incluem os consensos cien-
tíficos em torno das mudanças climáticas e da vacinação, que são fruto de anos de
pesquisa colaborativa.
Assim, a Ciência é um esforço coletivo e dinâmico que visa fornecer as melhores
explicações possíveis para os fenômenos naturais, utilizando as melhores ferramen-
tas e técnicas disponíveis.
116
AULA 1
Problema: alta mortalidade entre puérperas.
Formulação de hipóteses.
Experimentos e observações.
Descartadas as hipóteses 1, 2 e 3.
Redução da mortalidade.
117
1. O processo científico é caracterizado por sua natureza colaborativa e em cons-
Na prática tante aprimoramento. Os cientistas trabalham juntos para testar hipóteses, rea-
lizar experimentos e revisar os resultados. As conclusões que emergem dessas
investigações são provisórias e estão sempre sujeitas a revisões conforme novas
evidências e avanços tecnológicos aparecem. A ciência, portanto, busca consen-
sos científicos, que são acordos baseados nas melhores evidências disponíveis
Atividade 1 em um dado momento, mas que podem ser modificados com o tempo.
Aprofundando
Resumo
119
Na prática
Atividade 1
120
AULA 2
Aprofundando
121
3
AULA
ACESSO À INFORMAÇÃO
CIENTÍFICA
Resumo
122
AULA 3
Na prática
Atividade 1
Aprofundando
Resumo
124
AULA 4
Na prática
Atividade 1
Texto I
125
Os primeiros resultados da fase 3, publicados no New England Journal of Medicine
em janeiro deste ano, demonstraram uma eficácia geral de 79,6% ao longo de dois anos
de acompanhamento, sendo 89,5% para DENV-1 e 69,6% para DENV-2.
AGÊNCIA FAPESP. Vacina do Butantan mostra 89% de proteção contra a dengue grave.
Centro de Memória, São Paulo, 13 ago. 2024. Disponível em: https://agencia.fapesp.br/vacina-
do-butantan-mostra-89-de-protecao-contra-a-dengue-grave/52468. Acesso em: 17 set. 2024.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) é uma das principais agên-
13 de agosto de 2024.
1. Instituto Butantan.
2. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
3. National Institutes of Health (NIH).
4. Ministério da Saúde.
5. Sistema Único de Saúde (SUS).
6. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
•O
estudo envolveu 16 000 voluntários entre fevereiro de 2016 e julho de 2019, com análises até
julho de 2021.
•O
desenvolvimento da vacina começou em 2010 e envolveu várias fases de ensaios clínicos,
incluindo as fases 1, 2 e 3.
126
AULA 4
Texto II
Será que o clima está mudando mesmo? Como podemos ter certeza?
Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG/USP)
Existem evidências empíricas de que o aumento de gases do efeito estufa que vem
sendo observado é um reflexo da elevada emissão de poluentes em nossa atmosfera
pelo Homem, associada à Revolução Industrial, que teve início em 1760. O avanço das
tecnologias industriais e de produção, ao mesmo tempo em que permitiu ao Homem
alcançar grandes conquistas, também acabou por gerar uma quantidade imensa de
poluentes em virtude da queima de combustíveis fósseis, a qual é utilizada para produzir
energia e trabalho mecânico. Nos tempos atuais, é possível constatar que quase tudo ao
nosso redor deriva de processos que envolvem a queima de combustíveis fósseis:
127
a produção de eletricidade, os meios de transporte, diversos produtos construídos atra-
vés de processos industriais, entre outros. E não é só a queima de combustíveis fósseis
que gera gases do efeito estufa; o desmatamento, o mau uso do solo no agronegócio em
geral (pecuária, solos agrícolas, produção de arroz), e a mineração do carvão também
são processos que contribuem para isso.
Já existe um majoritário consenso entre especialistas na comunidade científica de
que as mudanças climáticas estão sim ocorrendo, e de que as ações humanas são sim
responsáveis por isso. Um estudo publicado em 2013, liderado pelo Dr. John Cook do
Global Change Institute, University of Queensland, na Austrália, mostrou que a maio-
ria esmagadora (97%) dos cientistas concorda que o aumento antropogênico (isto é,
causado pelo Homem) da concentração de gases do efeito estufa é a principal causa
do aquecimento global que vem sendo observado. O quinto relatório do IPCC também
concluiu que a influência humana no clima da Terra é clara, sendo que há um alto grau
de confiabilidade (probabilidade de mais de 95%) de que as atividades humanas nos
últimos 50 anos são responsáveis pelo aquecimento observado em nosso planeta.
AMBRIZZI, T. et al. Mudanças climáticas e a sociedade. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
da USP. Disponível em: https://www.climaesociedade.iag.usp.br/#mudancasClimaticas. Acesso em: 17 set. 2024.
2 Será que o clima está mudando mesmo? Como podemos ter certeza? Como sabe-
mos que a humanidade é responsável pelas mudanças climáticas?
dos principais centros de pesquisa do Brasil nas áreas de Ciências Exatas, do Universo e da Terra.
O clima está mudando, conforme evidenciam indicadores como o aumento da temperatura média
da Terra, entre outros. É clara a reponsabilidade humana por essas mudanças, considerando-se o
aumento dos gases de efeito estufa resultante das atividades humanas desde a Revolução Industrial.
128
AULA 4
Organização Meteorológica Mundial.
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente).
Um estudo de 2013 liderado por dr. John Cook do Global Change, da University of Queensland,
mostrou que 97% dos cientistas acreditam que o aumento dos gases de efeito estufa resultante
das atividades humanas seja a principal causa do aquecimento global. O quinto relatório do IPCC
também confirma que há alto grau de confiança (mais de 95%) de que as atividades humanas
dos últimos cinquenta anos sejam responsáveis pelo aquecimento observado na Terra.
129
5
AULA ÁTOMOS: CONCEITOS E
MODELOS (ATOMISTAS
E DALTON)
Resumo
No século XIX, o inglês John Dalton formulou um modelo para explicar a constituição
da matéria utilizando o conceito de átomos, minúsculas partículas indivisíveis e indestrutí-
veis. Dalton propôs que cada elemento químico é formado por átomos únicos e idênticos,
e que as reações químicas envolvem a reorganização dos átomos em novos compostos,
sem alterar o número total de átomos. Embora inicialmente rejeitada, a teoria de Dalton
foi aceita na segunda metade do século XIX, com a introdução do conceito de massa
atômica e a descoberta de novas propriedades dos átomos.
MARTINPEREZMOO/WIKIMEDIA COMMONS
130
AULA 5
A alternativa C é a correta porque reflete com precisão que a teoria de
Na prática Dalton, embora inicialmente rejeitada, foi gradualmente aceita à medida
que evidências acumuladas na segunda metade do século XIX corrobo-
raram suas ideias sobre a natureza dos átomos.
Atividade 1
Dentre as seguintes afirmações, qual reflete com maior precisão as implicações das
ideias de Dalton para a ciência da época e como elas foram recebidas?
a) As ideias de Dalton foram amplamente aceitas desde o início, pois confirmavam as
crenças científicas estabelecidas sobre a imutabilidade dos átomos.
b) Dalton sugeriu que átomos de diferentes elementos poderiam se transformar uns nos
outros, o que foi rejeitado pela comunidade científica por falta de evidências.
c) A teoria de Dalton foi inicialmente rejeitada, mas, com o tempo, ganhou aceitação de-
vido ao crescente número de evidências na segunda metade do século XIX.
d) Dalton foi o primeiro a sugerir que os átomos não existiam realmente, mas eram uma
metáfora útil para explicar reações químicas.
e) A teoria de Dalton foi imediatamente celebrada como uma grande descoberta e nunca
enfrentou oposição significativa.
Resumo
MODELOS ATÔMICOS
-
-
132
AULA 6
A opção A descreve corretamente o modelo atômico de Niels Bohr, que
Na prática propõe que os elétrons ocupam órbitas fixas ao redor do núcleo e só
podem mudar de órbita ao absorver ou emitir energia em quantidades
específicas. Essa ideia é central para o modelo de Rutherford-Bohr, que
introduziu o conceito de órbitas quantizadas, diferenciando-se dos mo-
delos anteriores e dos modelos mais modernos que tratam de regiões de
Atividade 1 probabilidade e orbitais.
Qual das seguintes afirmações descreve corretamente o modelo atômico proposto por
Niels Bohr?
a) No modelo de Rutherford-Bohr, os elétrons ocupam órbitas fixas ao redor do núcleo, e
só podem mudar de órbita ao absorver ou emitir energia em quantidades específicas.
b) No modelo de Rutherford-Bohr, os elétrons estão localizados em regiões de probabili-
dade conhecidas como orbitais, sem órbitas fixas.
c) O modelo de Rutherford-Bohr propõe que o núcleo é composto por prótons e nêu-
trons, enquanto os elétrons estão distribuídos ao acaso ao redor do núcleo.
d) No modelo de Rutherford-Bohr, os elétrons giram ao redor do núcleo em órbitas alea-
tórias, sem níveis de energia definidos.
e) O modelo de Rutherford-Bohr sugere que os elétrons estão localizados em uma nuvem
ao redor do núcleo, sem posições fixas ou níveis de energia.
Aprofundando
133
7
AULA MUDANÇA DE ESTADO FÍSICO
DA MATÉRIA: ORGANIZAÇÃO
DAS PARTÍCULAS
Resumo
134
AULA 7
Observe a seguir o detalhamento dos processos de mudanças dos estados físicos da
matéria, bem como alguns exemplos próximos do nosso cotidiano.
Sublimação Do sólido para o gasoso Gases formados pelo gelo seco (CO2)
Na prática
Atividade 1
135
Atividade 2
Aprofundando
seja, perdem ou ganham elétrons, resultando em um conjunto de partículas
carregadas (íons e elétrons livres). Esse estado é extremamente comum
no Universo, compondo cerca de 99% da matéria visível, incluindo estrelas
como o Sol e outros fenômenos astrofísicos.
Resumo
137
Na prática
Atividade 1
Temperatura Temperatura
Substância de de -110 °C -10 °C 50 °C
fusão (°C) ebulição (°C)
Atividade 2
138
AULA 8
d) substâncias puras apresentam fusão e ebulição constante; misturas azeotrópicas pos-
suem apenas ebulição constante, e as eutéticas apresentam apenas a fusão constante.
e) misturas eutéticas e azeotrópicas possuem ponto de ebulição constante, enquanto
substâncias puras apresentam um intervalo de ebulição.
As substâncias puras apresentam temperaturas de fusão e ebuli-
ção constantes. Misturas azeotrópicas também têm a temperatura
de ebulição constante. Por outro lado, misturas eutéticas possuem
Aprofundando a temperatura de fusão constante, mas temperatura de ebulição
variável, de acordo com a composição da mistura.
Y Vapor
210
200 Faixa de temperatura
REPRODUÇÃO/BRASIL ESCOLA
x Líquido
80
Sólido
10
Tempo (min)
A substância retratada no gráfico não é pura, visto que não apresenta temperatura constante no ponto
de ebulição, eliminando a alternativa A. No tempo zero, o material está sólido, eliminando a alternativa B.
A 210 °C, o material está no final de sua ebulição, e não de sua fusão, eliminando a alternativa C.
A transformação de X para Y não altera a constituição do material (fenômeno químico), apenas seu
estado físico, eliminando a alternativa D. A 80 °C ocorre a fusão do material, com a manutenção de uma
temperatura constante durante o processo, correspondente ao ponto de fusão.
139
9
AULA
CIÊNCIAS DA NATUREZA –
AULA DE APROFUNDAMENTO
Na prática
Temperatura da solução
Tempo (minutos) Temperatura da água pura (°C)
salina (°C)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Resolução do experimento 1 (ebulição)
O experimento visou comparar as mudanças nos estados físicos da água pura e da solução salina (água com sal). A água
pura deve começar a ferver a 100 °C e mantém essa temperatura até a mudança do estado para gasoso. Já a solução salina,
por ser uma mistura, ferverá a uma temperatura mais alta devido à "elevação da temperatura de ebulição", um fenômeno que
ocorre quando um soluto, como o sal, é dissolvido na água, dificultando a formação de bolhas de vapor.
Esse fenômeno é uma propriedade coligativa das soluções e tem implicações práticas em processos como o preparo de ali-
140 mentos na indústria. A diferença de temperatura de ebulição entre a água pura e a solução salina demonstra como a adição
de solutos afeta as propriedades físicas do solvente.
Resolução do experimento 2 (fusão): no experimento, observou-se a fusão do gelo em dois recipientes, um com gelo puro e outro com gelo mistu-
AULA 9
rado com sal. Inicialmente, ambos os recipientes tinham gelo a cerca de 0 °C. No recipiente com gelo puro, o gelo derreteu lentamente, mantendo a
temperatura próxima de 0 °C, levando um tempo relativamente longo para se fundir completamente.
Tabela 2 – Observações acerca do experimento
No recipiente com sal, a fusão ocorreu mais rapidamente. O sal reduziu a temperatura de fusão
da água, fazendo com que o gelo derretesse a uma temperatura inferior a 0 °C, acelerando o
processo. Assim, a fusão foi mais rápida e em uma temperatura mais baixa do que no recipiente
Aprofundando
sem sal. Esse fenômeno é denominado depressão do ponto de congelamento, que ocorre,
como no exemplo, com a interferência do sal (soluto) na estrutura cristalina regular das molécu-
las de água (solvente). Dessa maneira, verificamos uma temperatura de fusão menor do que em
relação a água sem o sal, explicando o evento visualizado no experimento.
1 (Mackenzie-SP) Pela análise dos dados da tabela, medidos a 1 atm, podemos afir-
mar que à temperatura de 40 ºC e 1 atm:
Etanol –117 78
141
10
AULA ORGANIZAÇÃO DOS
ELEMENTOS QUÍMICOS –
CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA
Resumo
ID118949_CIE_9AF_A10_oda_4_impresso
H
apresentam este número atômico são o
elemento hidrogênio. REPRODUÇÃO/GODOY; MELO
1
Número Os átomos que, sendo do mesmo elemento,
Atômico (Z) apresentam número diferente de nêutrons,
Representação de um são classificados como isótopos – mesmo
elemento químico. número de prótons.
142
AULA 10
Na prática
Atividade 1
Complete o quadro a seguir com a massa atômica (A) e o número atômico (Z) dos
isótopos do carbono.
No No No Massa No
Notação
de prótons de elétrons de nêutrons atômica (A) atômico (Z)
11
C
6
6 6 5 11 6
12
6
C 6 6 6 12 6
13
6
C 6 6 7 13 6
14
6
C 6 6 8 14 6
Atividade 2
A alternativa D está correta porque ambos os átomos, X e Y, possuem o mesmo número atômico (12),
indicando que pertencem ao mesmo elemento químico. A diferença está no número de massa, visto
que X tem um número de massa 25 e Y tem 24. Como o número de massa é a soma dos prótons e
nêutrons, essa diferença de massa implica que X possui um nêutron a mais que Y, caracterizando-os
como isótopos.
143
Aprofundando
1 (UCS-RS) Isótopos são átomos que apresentam o mesmo número atômico, mas
diferentes números de massa. O magnésio possui isótopos de números de massa
iguais a 24, 25 e 26. Os isótopos do magnésio possuem números de nêutrons, res-
pectivamente, iguais a: (Dado: Mg possui Z = 12)
a) 12, 13 e 14
b) 1, 12 e 12
c) 24, 25 e 26
d) 16, 17 e 18
e) 8, 8 e 8
A alternativa A está correta porque o número de nêutrons é calculado subtraindo o número de massa
de cada isótopo do número atômico (Z = 12). Para o isótopo com número de massa 24, o número de
nêutrons é 24 – 12 = 12; para o isótopo com número de massa 25, o número de nêutrons é 25 – 12 = 13; e
para o isótopo com número de massa 26, o número de nêutrons é 26 – 12 = 14. Portanto, as quantidades
de nêutrons são 12, 13 e 14, respectivamente.
144
11
AULA
GRUPOS DA CLASSIFICAÇÃO
PERIÓDICA
Resumo
1 18
1
2 13 14 15 16 17
3
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
4
PERÍODO
7
REPRODUÇÃO/TODA MATÉRIA
GRUPO
Atividade 1
Utilize a tabela abaixo e siga as orientações de seu professor para descobrir qual o
elemento químico no jogo.
REPRODUÇÃO/SBQ
Para resolver a questão, é preciso identificar as categorias dos elementos Ba, Se e Cl, com base nos seus grupos, na tabela periódica:
Ba (Bário): pertence ao grupo 2 da tabela periódica, que é conhecido
como o grupo dos alcalinoterrosos.
Se (Selênio): pertence ao grupo 16, que é conhecido como o grupo dos calcogênios.
Cl (Cloro): pertence ao grupo 17, que é conhecido como o grupo dos halogênios.
Portanto, a classificação correta é:
Ba: alcalinoterroso
Se: calcogênio
Cl: halogênio
146
AULA 11
Aprofundando
147
12
AULA COMBINAÇÃO DOS ELEMENTOS
QUÍMICOS: SUBSTÂNCIAS
SIMPLES E COMPOSTAS
Resumo
Substâncias puras
Possuem propriedades físico-químicas próprias e constantes.
O₃
O₂
CO₂
148
AULA 12
Exercícios resolvidos
Na prática
Atividade 1
149
Elementos Substâncias Substância
químicos simples composta
H2 MgCl2
C
O2 C6H12O6
P
C(diamante) NO2
Atividade 2
1 2 3 4
Substância pura em 1 e 4.
b) mistura.
Mistura em 2 e 3.
150
AULA 12
Aprofundando
151
13
AULA
REAÇÕES QUÍMICAS
(REAGENTES E PRODUTOS)
Resumo
A matéria pode passar por transformações que são classificadas como: químicas e
físicas. Cada uma delas apresenta características distintas que são fundamentais para
sua identificação.
As transformações físicas não provocam alterações na natureza química da matéria,
ou seja, não há alteração das moléculas que compõem a substância.
◉ Exemplos
O gelo é a água em seu estado físico sólido. Suas moléculas podem ser representadas pela
fórmula química H2O. Mesmo depois de alterar o seu estado físico para líquido, as moléculas
de água permanecem as mesmas.
◉ Exemplos
O (NH4)2Cr2O7, dicromato de amônio, é um reagente que, ao ser aquecido, se transfor-
ma nos seguintes produtos: gás nitrogênio (N2), vapor d'água (H2O), e óxido de cromo III
(Cr2O3 ) ; substâncias diferentes do início da reação.
152
AULA 13
Evidências de transformações químicas:
• emissão de luz;
• mudança de cor;
• liberação ou absorção de energia;
• alteração de propriedades organolépticas (exemplo: cheiro);
• formação de gases ou de sólidos.
Na prática
Atividade 1
Atividade 2
Reagentes Produtos
Legenda
C
H
+ +
O
154
14
AULA
LEI DE CONSERVAÇÃO DAS
MASSAS: LAVOISIER
Resumo
155
Exercícios resolvidos
Na prática
Atividade 1
28 g + 6 g = X g
34g = X g
156
AULA 14
Atividade 2
Aprofundando
Resumo
. Joseph Louis Proust (1754-1826) postulou a Lei das proporções definidas, tam-
bém designada por seu nome (lei de Proust). Essa lei descreve que, em uma
reação química, existe uma relação definida e constante entre as massas dos
produtos e as dos reagentes. Com base nesse princípio, podemos prever ma-
tematicamente o comportamento das distribuições de massas de reagentes e
produtos em uma reação química. A relação matemática dada é a proporção.
. Esse princípio é fundamental para estudos moleculares, assim como para aná-
lises de DNA, que requerem uma quantidade muito pequena de reagentes para
que as reações ocorram corretamente.
Exercícios resolvidos
1 Calcule o valor de x, y e z.
158
AULA 15
Cálcio Oxigênio Cal virgem
Experimento 1 6g x 10 g
Experimento 2 y 5,0 g z
Na prática
Atividade 1
Seguindo a lei das proporções constantes, vamos praticá-la na reação a seguir, encon-
trando os valores de W e K.
Experimento 1 12 g 8g 20 g
Experimento 3 W K 80 g
159
Para calcular o valor de W e K:
O valor da massa de cal virgem é 4 vezes maior no Experimento 3 do que no Experimento 1.
Logo, o valor da massa de cálcio é W = 12 g ⋅ 4 = 48 g.
Assim, o valor da massa de oxigênio é K = 8 g ⋅ 4 = 32 g.
Atividade 2
REPRODUÇÃO/TUDO GOSTOSO
Analise novamente a lista de ingredientes do bolo de caneca e responda às perguntas
a seguir:
1 Qual é a relação entre colheres de açúcar e colheres de farinha de trigo para uma
receita de 1 porção de bolo de caneca?
Nesse caso, se as medidas não forem respeitadas, o bolo de caneca não terá textura, sabor ou
aspecto que remetam a um bolo de caneca.
160
AULA 15
Aprofundando
1 (UEL-PR – Adaptada) 46,0 g de sódio reagem com 32,0 g de oxigênio para formar
peróxido de sódio. Quantos gramas de sódio serão necessários para obter 156 g de
peróxido de sódio?
a) 23
Primeiro calculamos a massa de peróxido de sódio do primeiro expe-
b) 32 rimento ao somar 46 g + 32 g, resultando em 78 g de peróxido. No se-
gundo experimento, o problema quer 156 g, sendo esse valor o dobro
c) 92 de 78 g, logo temos que dobrar os valores dos reagentes, resultando
no valor de 92 g para a quantidade de sódio.
d) 69
e) 78
161
16
AULA
REAÇÕES QUÍMICAS
Resumo
Reações químicas são transformações químicas nas quais ocorrem a quebra e a for-
mação de ligações químicas entre os átomos, resultando na formação de novas substân-
cias. As substâncias iniciais são chamadas de reagentes, enquanto as novas substâncias
formadas são chamadas de produtos. As substâncias que atuam em uma reação química
respeitam as leis ponderais – as leis das massas.
• A lei das proporções definidas, ou lei de Proust, estabelece que para uma deter-
minada reação química há uma proporção constante entre reagentes e produtos
dessa reação.
162
AULA 16
Aprofundando
163
17
AULA
ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
E MECÂNICAS
Resumo
Por esse motivo, não é possível a propagação de ondas mecânicas, como o som, pois
elas não podem se propagar no vácuo do espaço. Por outro lado, ondas eletromagnéti-
cas, como a luz e as ondas de rádio, não necessitam de meio material para se propagar,
permitindo que a luz do Sol chegue até a Terra.
164
AULA 17
ADAPTAÇÃO/POLIEDRO
Ilustração esquemática de um movimento de
meio pulso em uma corda, formando uma onda
ADAPTAÇÃO/GETTY IMAGES
165
Na prática
Atividade 1
É esperado que, quando a gota de água caia na água da bacia, seja possível observar uma perturbação
na água em forma de ondas concêntricas, que se deslocam do ponto de contato da gota até as extremi-
dades da bacia. A intensidade e o padrão dessas ondas podem variar dependendo da altura de onde a
gota é deixada cair, com ondas mais intensas e mais visíveis quando a altura é maior. Quando a pedra
é deixada cair, espera-se observar uma perturbação mais acentuada e com maior amplitude, gerando
166
AULA 17
Atividade 2
É esperado que os estudantes notem que, ao manipular o objeto, a luz refrata e se decompõe em seus
diversos espectros, de comprimentos de ondas visíveis, ou seja, apresenta cores distintas, dependendo
Aprofundando
18
AULA
ONDAS: AMPLITUDE E
COMPRIMENTO DE ONDA
Resumo
ID118958_CIE_9AF_A18_ODA1_MA_MI COM USO DE GETTY
As ondas longitudinais são aquelas que se propagam na mesma direção e sentido
do estímulo da onda. Já as ondas transversais são aquelas que se propagam em direção
perpendicular ao sentido de propagação do estímulo da onda.
Tipos de onda
Onda longitudinal Onda transversal
Amplitude Compressão Crista Amplitude
168
AULA 18
Na prática
Atividade 1
Uma vez que o “volume” do som está intimamente relacionado à amplitude da onda sonora, para
aumentar o volume, o operador de som precisaria aumentar a amplitude das ondas sonoras, o que
2 Qual característica da onda você alteraria para que ela ficasse mais grave? Como
seria essa alteração?
O tom está relacionado com o comprimento de onda. Assim, o operador de som deve, então, regular
o aparelho de som para produzir ondas mais longas, que, consequentemente, são percebidas como
169
Atividade 2
Nas águas de Nazaré (Portugal), encontram-se algumas das maiores ondas do planeta,
com alturas de até 28,5 m de altura.
RICHARDALOCK/GETTY IMAGES
Imagem de uma das ondas gigantes de Nazaré (Portugal)
Com base nos seus conhecimentos sobre ondas, escreva, em seu caderno, a qual pro-
priedade das ondas a informação acima se refere?
A altura das ondas de Nazaré refere-se à amplitude das ondas.
170
AULA 18
Aprofundando
171
19
AULA CARACTERÍSTICAS DAS
ONDAS: FREQUÊNCIA,
VELOCIDADE E PERÍODO
Resumo
172
AULA 19
Na prática
Atividade 1
Diapasão f (Hz)
d1 264
d2 352
d3 440
I A onda sonora que tem o maior período é a produzida pelo diapasão d1.
II As ondas produzidas pelos três diapasões, no ar, têm velocidades iguais.
III O som mais grave é o produzido pelo diapasão d3.
a) Apenas I. c) Apenas III. e) I, II e III.
b) Apenas II. d) Apenas I e II.
A alternativa D está correta, pois a frequência é inversamente proporcional
ao período, o que significa que as menores frequências correspondem aos
maiores períodos. Sendo assim, o diapasão d1 possui o maior período. A
Aprofundando velocidade de propagação das ondas sonoras no ar será a mesma para os
três diapasões, desde que a temperatura do ar se mantenha constante. Além
disso, como sons graves têm baixas frequências, o som mais grave será
produzido por d1, e não por d3.
Resumo
As ondas podem ter interações entre si e com outros elementos do ambiente, sejam
materiais ou não. Destacam-se três interações básicas das ondas:
• Reflexão: é quando a onda incide sobre um obstáculo e volta ao ponto de origem,
ou desviada em ângulo complementar de sua incidência.
• Refração: é o fenômeno observado quando uma onda passa de um meio de pro-
pagação para outro, com propriedades físicas diferentes.
• Difração: é o fenômeno observado quando uma onda contorna um obstáculo ou
quando passa por uma fenda.
174
AULA 20
Na prática
Atividade 1
Atividade 2
175
Aprofundando
1 (UFG 2010) Uma estação de rádio emite ondas médias na faixa de 1 MHz com com-
primento de onda de 300 m. Essa radiação contorna facilmente obstáculos como
casas, carros, árvores etc., devido ao fenômeno físico da:
a) difração. A difração é mais significativa quando o comprimento de onda da radiação
é comparável ao tamanho dos obstáculos. No caso das ondas médias de
b) refração. rádio, com comprimento de onda de 300 metros, elas podem facilmente
c) reflexão. contornar objetos do cotidiano, que são bem menores em comparação ao
comprimento da onda.
d) interferência.
e) difusão.
176
21
AULA
ONDA SONORA:
PROPAGAÇÃO DO SOM
Resumo
Variações de pressão
Compressão Rarefação
U(IKI)TFPR/WIKIMEDIA COMMONS
Vale da onda
177
A intensidade do som está correlacionada com a amplitude das ondas sonoras. Dessa
forma, quanto maior a amplitude, maior a intensidade do som; consequentemente, maior
a energia transportada pela onda sonora.
A seguir, temos uma escala de intensidade de ondas sonoras em decibéis (dB):
ADAPTAÇÃO/GETTY IMAGES
Intensidade sonora
Na prática
Atividade 1
No “Na prática” desta aula, foram construídos telefones de fios. Após experimentar
uma boa conversa utilizando o telefone com fio, responda às questões a seguir:
1 Em qual meio o som se propaga?
Som se propagará ao longo do barbante.
2 O que acontece com a onda sonora quando falamos com uma tonalidade mais
grave?
Ao modularem as suas vozes para uma tonalidade mais grave, a frequência da onda se
tornará menor.
178
AULA 21
Aprofundando
179
PROPRIEDADES DA LUZ:
22
AULA
CORES PRIMÁRIAS DA LUZ
E A COR DOS OBJETOS
Resumo
ESPECTRO VISÍVEL
ADAPTAÇÃO/GETTY IMAGES
COMPRIMENTO DE ONDA
0,000000248 0,124 2,48 4,96 2480 2 480 000 ELÉTRON-VOLTS
ENERGIA
Elaborado especialmente para a aula com imagens © Getty Images.
180
AULA 22
ID118966_CIENCIAS_9AF_AULA22_ODA3
Vermelho
Alaranjado
Amarelo
Verde
Luz Azul
branca
Anil
Elaborado especialmente para aula.
Violeta
Prisma decompondo a luz branca. O prisma funciona da mesma
maneira que as gotas de água da chuva, ao decompor a luz branca
em sete cores
Na prática
Atividade 1
Ao misturar vermelho e azul, surgiu o magenta; ao misturar verde e azul, surgiu o ciano; ao misturar
181
Atividade 2
azul, observa-se que o filtro absorve a cor emitida, não sendo observada cor alguma – ausência de
cor ou cor preta será observada. Ao ligar a lanterna branca com o filtro vermelho, observa-se apenas
a cor vermelha.
Aprofundando
182
23
AULA
AULA PRÁTICA:
PROPRIEDADES DA LUZ
Resumo
A luz visível é uma onda eletromagnética que apresenta propriedades e está su-
jeita a fenômenos físicos, assim como o de qualquer onda. Vamos recordar quais são
esses fenômenos?
Reflexão:
Refração:
A refração é o fenômeno
observado quando uma onda
passa de um meio de propa-
gação para outro, com pro-
REPRODUÇÃO/BLOG DO ENEM
Difração:
A difração é o fenômeno
no qual as ondas podem Imagem de uma paisagem refletindo
contornar obstáculos. na superfície da água
183
REPRODUÇÃO/GETTY IMAGES
Ilustração demonstrando o fenômeno da refração: me-
nino olhando um peixe na água; entretanto, a posição do
peixe é diferente da imagem observada pelo menino
Na prática
Atividade 1
Isso acontece pelo fato de a luz refratar ao passar do meio aéreo para a água e novamente para o ar.
184
AULA 23
Atividade 2
seu caminho.
Aprofundando
185
24
AULA
ESPECTRO
ELETROMAGNÉTICO
Resumo
Atividade 1
ADAPTAÇÃO/GETTY IMAGES
Energia
Comprimento de onda
Espectro eletromagnético
Na prática
Elaborado especialmente para a aula com imagens © Getty Images.
Atividade 1
187
Atividade 2
d) Ultravioleta.
Aprofundando
Ondas emitidas pelos aparelhos de rádio possuem frequências próximas às dos aparelhos eletrôni-
cos, podendo interferir na comunicação.
188
25
AULA
DAS ONDAS DE RÁDIO
AO INFRAVERMELHO
Resumo
189
Na prática
Atividade 1
Qual das seguintes aplicações utiliza raios infravermelhos? Raios infravermelhos são
usados para medir a radia-
a) Comunicação via rádio AM. ção térmica dos objetos,
permitindo a detecção de
b) Detecção de temperatura em termômetros sem contato. temperatura sem contato
c) Transmissão de sinais de TV via satélite. físico. As outras opções
utilizam diferentes tipos
d) Recepção de sinais de GPS. de ondas eletromagnéti-
cas, como ondas de rádio
e) Emissão de sinais de rádio FM. ou micro-ondas.
Aprofundando
1 (ENEM 2014)
Alguns sistemas de segurança incluem detectores de movimento [...] Quando uma
pessoa se aproxima do sistema, a radiação emitida por seu corpo é detectada por esse
tipo de sensor.
WENDLING, M. Sensores. Disponível em: www2.feg.unesp.br. Acesso em: 7 maio 2014. (adaptado)
190
26
AULA
RADIAÇÃO: DO ULTRAVIOLETA
(UV) AOS RAIOS GAMA
Resumo
LUZ ULTRAVIOLETA
INFRAVERMELHO LUZ VISÍVEL ULTRAVIOLETA
ULTRAVIOLETA
UVA UVB UVC A VÁCUO
(3 x 1011 - 4 x 1014)Hz (4,3 x 1014 – 7,5 x 1014)Hz (7,5 x 1014 - 9,5 x 1014)Hz (1,1 x 1015 - 3 x 1015)Hz
Comprimento Grau de
Potenciais efeitos
Raios (nm) / Nível de absorção
em contato com o
UV Frequência energia pela camada
corpo humano
(Hz) de ozônio
191
Comprimento Grau de
Potenciais efeitos
Raios (nm) / Nível de absorção
em contato com o
UV Frequência energia pela camada
corpo humano
(Hz) de ozônio
Alto grau
100 – 280 / Não atingem a
UVC Maior nível (maior parte
1,1 • 1015 – 3 • 1015 superfície terrestre
bloqueada)
Na prática
Atividade 1
Qual das alternativas a seguir descreve corretamente uma diferença entre os raios
gama e os raios X?
a) Os raios gama têm menor poder de penetração do que os raios X.
b) Os raios X são gerados por processos nucleares, enquanto os raios gama são gerados
pela desaceleração de elétrons.
c) Os raios gama são utilizados exclusivamente na medicina, enquanto os raios X são
usados apenas em pesquisas científicas.
d) Os raios X têm frequências mais altas do que os raios gama.
e) Os raios gama são emitidos por processos nucleares, enquanto os raios X são gerados
pela desaceleração de elétrons.
Isso se deve ao fato de que os raios gama são produzidos durante processos nucleares, como a desin-
tegração radioativa de núcleos atômicos e as reações nucleares, e são caracterizados por suas altas
energia e frequência, que resultam da transição de um núcleo atômico excitado para um estado de
menor energia. Em contraste, os raios X são gerados principalmente pela desaceleração de elétrons,
que são desviados por um núcleo atômico em um tubo de raios X. Embora ambos tenham alta energia,
suas origens são distintas. Portanto, a alternativa E descreve corretamente a diferença entre esses dois
tipos de radiação.
192
AULA 26
Aprofundando
193
27
AULA
AULA PRÁTICA:
ONDA MECÂNICA
Resumo
194
AULA 27
LEONARDO BORGES/AUTOSSUSTENTÁVEL
Usina Ondomotriz em Pecém, Ceará
195
A seguir, observe os quadros dos ODS:
REPRODUÇÃO/GTSC A2030
Na prática
Atividade 1
Com base nas simulações utilizadas em aula e pensando nas propriedades e compor-
tamentos de onda observados nos experimentos qual aplicação, com o uso de ondas,
você utilizaria para um desenvolvimento mais sustentável? Qual aplicação, com o uso
de ondas, você utilizaria para um desenvolvimento mais sustentável?
Resposta pessoal.
196
AULA 27
Atividade 2
Elaborem possíveis aplicações e usos de ondas mecânicas que possam promover o de-
senvolvimento sustentável (utilizem os conceitos de frequência e amplitude).
Propostas de redução da quantidade de fontes emissoras de som em veículos com motor à combustão.
Redução de aparatos que possam ter efeito de reflexão das ondas sonoras para os ouvintes.
Aprofundando
1 (UFSCAR 2016) Um homem adulto conversa com outro de modo amistoso e sem
elevar o nível sonoro de sua voz. Enquanto isso, duas crianças brincam emitindo
gritos eufóricos, pois a brincadeira é um jogo interessante para elas. O que distin-
gue os sons emitidos pelo homem dos emitidos pelas crianças:
a) é o timbre, apenas.
b) é a altura, apenas.
c) são a intensidade e o timbre, apenas.
d) são a altura e a intensidade, apenas.
e) são a altura, a intensidade e o timbre.
197
28
AULA
DESASTRES COM
RADIAÇÃO IONIZANTE
Resumo
COMPRIMENTO DE ONDA
0,000000248 0,124 2,48 4,96 2480 2 480 000 ELÉTRON-VOLTS
ENERGIA
Elaborado especialmente para a aula com imagens © Getty Images.
198
AULA 28
Radiação ionizante
Elétron livre
Elétron
Próton
Nêutron
ADAPTAÇÃO/GETTY IMAGES
A radiação ionizante incide sobre
o átomo e remove o elétron.
Radiação Alfa
α
Radiação Beta
β
Raio-X
Х
Raio Gama
γ
Nêutron
ADAPTAÇÃO/GETTY IMAGES
199
Uma das principais referências nos estu-
dos da radioatividade foi a cientista polonesa
Marie Skłodowska-Curie (1867-1934). Ela foi
ganhadora de dois prêmios Nobel: em 1903,
de Física, e, em 1911, de Química.
Seus estudos foram fundamentais para
a descrição da radiação, de elementos quí-
micos radioativos e de equipamentos de
utilidade para a saúde, como máquinas por-
táteis de radiografia, utilizadas na Primeira
Guerra Mundial.
REPRODUÇÃO/WIKIMEDIA COMMONS
Marie Curie e seu marido, Pierre Curie,
foram responsáveis por descrever elementos
radioativos como o polônio e o rádio.
Mas, infelizmente, a constante exposição
à radiação dos materiais, que lhe renderam
tanto sucesso, também foi responsável por lhe
Marie Curie (1867-1934)
causar leucemia, um tipo de câncer que afeta
as células da medula óssea.
Catarata
Efeitos a
longo prazo Cancro
Efeitos estocásticos
(tardios) Leucemia
ADAPTAÇÃO/GETTY IMAGES
200
AULA 28
Na prática
Atividade 1
(ENEM 2012) A falta de conhecimento em relação ao que venha a ser um material ra-
dioativo, e de quais os efeitos, as consequências e os usos da irradiação, pode gerar o
medo e a tomada de decisões equivocadas, como a apresentada no exemplo a seguir.
"Uma companhia aérea se negou a transportar material médico, por este portar um
certificado de esterilização por irradiação.”
Física na Escola, v. 8, n. 2, 2007. (adaptado)
201
Aprofundando
1 (UFSM 2019) Relacione as radiações naturais alfa, beta e gama com suas respecti-
vas características:
1 alfa (α);
2 beta (β);
3 gama (γ).
• Têm alto poder de penetração, podendo causar danos irreparáveis ao ser humano;
• São partículas leves, com carga elétrica negativa e massa desprezível;
• São radiações eletromagnéticas semelhantes aos raios X, não têm carga elétrica
nem massa;
• São partículas pesadas, de carga elétrica positiva, que, ao incidirem sobre o corpo
humano, causam apenas queimaduras leves.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
a) 1, 2, 3, 2
b) 2, 1, 2, 3
c) 1, 3, 1, 2
d) 3, 2, 3, 1
e) 3, 1, 2, 1
202
GEOGRAFIA
1
AULA DAS GRANDES NAVEGAÇÕES À
GLOBALIZAÇÃO: A GEOGRAFIA
E SUA RELEVÂNCIA
Resumo
204
AULA 1
Na prática
Atividade 1
3 Segundo alguns autores, a globalização teve seu início nas Grandes Navegações.
Quais fatores evidenciam essa afirmação?
Durante as Grandes Navegações, as trocas comerciais entre diferentes regiões do mundo foram acentuadas.
Especiarias e outros produtos eram buscados além-mar, sobretudo por expedições de países europeus. Chás, teci-
dos, porcelanas e outros itens também eram comercializados, impactando não somente a economia, mas a cultura
também. Instaurou-se um modelo de colonização de exploração em continentes como América, Ásia e África, no
qual, muitas vezes, a cultura do colonizador era imposta aos povos originários, como no caso da catequização dos
povos indígenas no Brasil, além disso, ocorreu o extermínio de muitos povos da região e, consequentemente, de
suas culturas e tradições. Houve, em alguns países da América, a escravização de pessoas negras, trazidas à força
do continente africano. As manifestações culturais dessas pessoas foram subjugadas e muitas vezes proibidas.
Para conseguir manter viva algumas manifestações culturais, por vezes, elas acabavam se misturando com a
cultura do colonizador, o que resultou em uma grande diversidade cultural nesses países.
205
Aprofundando
1 (ENEM 2013)
Multinacionais japonesas instalam empresas em Hong-Kong
E produzem com matéria-prima brasileira
Para competir no mercado americano
[...]
Pilhas americanas alimentam eletrodomésticos ingleses na Nova Guiné
Gasolina árabe alimenta automóveis americanos na África do Sul
[...]
Crianças iraquianas fugidas da guerra
Não obtêm visto no consulado americano do Egito
Para entrarem na Disneylândia
ANTUNES, A. Disponível em: http://www.radio.uol.com.br. Acesso em: 3 fev. 2013. (fragmento)
A letra da canção retrata a integração e facilidade de fluxos econômicos e de produtos, além das dificul-
dades, barreiras e seletividade nos fluxos populacionais.
206
2
AULA HEGEMONIA EUROPEIA
E DEMARCAÇÕES:
ORIENTE E OCIDENTE
Resumo
Diversidade
Economia
cultural e
Oeste Leste capitalista e
religiosa,
religião cristã
tradições locais
207
Na prática
Atividade 1
Considerando a localização do país no mundo, o Brasil é classificado como ocidental por estar no
Ao considerar questões sociais e culturais, o Brasil também é visto como um país ocidental devido
à forte influência europeia em sua religião, cultura e nos modelos econômicos e políticos adotados.
Entretanto, ao considerar a visão eurocêntrica, tanto o Brasil quanto outros países da América do
Sul e da América Central não apresentam o mesmo nível de desenvolvimento dos países ocidentais
europeus. Por conta disso, alguns autores chamam essa região de "extremo ocidente", pois,
apesar de partilhar valores com a Europa, esses valores e/ou sua intensidade não são completa-
mente comparáveis aos da Europa. Ainda como exemplo, temos a Austrália, que é considerada uma
nação ocidental, apesar de estar no hemisfério sul e oriental, enquanto o Brasil não é considerado
208
AULA 2
2 Pense em elementos do seu cotidiano que têm origem na cultura oriental.
Considere alimentos, tecnologia, vestuário, tradições ou práticas que você co-
nhece. Quais desses elementos você identificou em seu dia a dia? Explique
como esses elementos chegaram ao Brasil ou ao Ocidente e como são
utilizados atualmente.
Os estudantes devem identificar e explicar elementos do cotidiano que têm origem na
cultura oriental.
Exemplos na alimentação:
Chá – Originado na China, foi trazido ao Ocidente através das rotas comerciais, como a Rota da
Seda. No Brasil, o consumo de chá é comum, embora diferentes culturas no país prefiram tipos varia-
culturas, incluindo a brasileira. Chegou ao Brasil através dos colonizadores e escravizados africanos,
Especiarias – Como canela, gengibre e pimenta, que vieram da Índia e outras regiões asiáticas. Essas
especiarias foram trazidas por comerciantes europeus durante as grandes navegações e se tornaram
Exemplos na tecnologia:
Papel – Invenção chinesa; o papel chegou ao Ocidente através de trocas culturais e comerciais. É
Bússola – Também de origem chinesa, foi indispensável para as grandes navegações europeias.
209
3 Na sua opinião, essas influências culturais ainda são percebidas como orientais
ou já foram completamente integradas à cultura ocidental? Justifique sua resposta
com exemplos discutidos em sala.
Resposta pessoal. Alguns estudantes podem argumentar que muitos desses elementos culturais
orientais foram completamente integrados à cultura ocidental. Por exemplo, o uso do papel pode ser
visto como parte da vida cotidiana ocidental, sem que muitos reconheçam suas origens orientais.
Outros podem argumentar que certas influências ainda são percebidas como orientais, como o uso
de especiarias em pratos típicos asiáticos ou a prática de artes marciais, que são frequentemente
Aprofundando
1 (ENEM 2014)
O cidadão norte-americano desperta num leito construído segundo padrão originá-
rio do Oriente Próximo, mas modificado na Europa Setentrional antes de ser transmitido
à América. Sai debaixo de cobertas feitas de algodão cuja planta se tornou doméstica na
Índia. No restaurante, toda uma série de elementos tomada de empréstimo o espera.
O prato é feito de uma espécie de cerâmica inventada na China. A faca é de aço, liga feita
pela primeira vez na Índia do Sul; o garfo é inventado na Itália medieval; a colher vem de
um original romano. Lê notícias do dia impressas em caracteres inventados pelos antigos
semitas, em material inventado na China e por um processo inventado na Alemanha.
LINTON, R. O homem: uma introdução à antropologia. São Paulo: Martins, 1959. (adaptado)
3
AULA
PODER E INFORMAÇÃO
NA PALMA DA MÃO
Resumo
A cartografia é uma ferramenta poderosa que, ao longo da história, tem sido usada
para construir identidades e conquistar poder.
Os mapas evoluíram desde blocos de argila – como o Ga-Sur – até mapas produzi-
dos em papel, que buscavam representar detalhadamente o mundo conhecido ou imagi-
nado por quem os elaborava.
Atualmente, as técnicas e tecnologias envolvidas na produção de mapas evoluíram.
Além dos mapas impressos, as representações espaciais ganharam modernas e precisas
versões digitais.
Ainda assim, não se pode afirmar que os mapas são representações neutras. Eles in-
fluenciam a forma de ver e interpretar o mundo, revelando perspectivas e pontos de vista
específicos na maneira como os territórios e áreas são representados.
Na prática
Atividade 1
Com base nas pesquisas realizadas e nos principais pontos levantados, cada grupo
deverá criar seu próprio mapa, fazendo uma releitura do mapa que foi atribuído e pes-
quisado. O objetivo é refletir identidades culturais e geográficas que não foram abor-
dadas no mapa selecionado.
211
212
AULA 3
Aprofundando
REPRODUÇÃO/ENEM
A projeção de Mercator, uma das mais utilizadas em todo o mundo, altera a forma dos continentes, priorizando manter a área
proporcional. Em alguns continentes, isso é mais notável, como os que estão próximos aos polos. Além disso, por ser um mapa
baseado em uma forma cilíndrica, mantém ângulos retos, facilitando a coordenação e a visualização.
213
4
AULA
HEGEMONIA EUROPEIA E O
SISTEMA COLONIAL – PARTE 1
Resumo
A partir das conquistas europeias nos séculos XV e XVI, foram estabelecidas colônias
em várias partes do mundo, incluindo as Américas, a África e partes da Ásia. Por meio do
Pacto Colonial, as metrópoles submetiam as colônias ao fornecimento de matérias-primas
com exclusividade e, em troca, exportavam produtos manufaturados.
Com o avanço dessas políticas, a Inglaterra se fortaleceu como potência colonial dos
séculos XVIII e XIX, dominando rotas comerciais de algodão, chá e especiarias; e estabe-
leceu colônias em todos os continentes. Isso permitiu a acumulação de grandes riquezas,
consolidando sua hegemonia global.
A Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra no final do século XVIII, trouxe novas
demandas para as metrópoles europeias, como a necessidade de mais matérias-primas e
novos mercados consumidores. As independências na América Latina levaram as potên-
cias europeias a buscar novos territórios, especialmente na África e na Ásia.
Colonialismo Neocolonialismo
214
AULA 4
Na prática
Atividade 1
Noah, um menino belga de 14 anos, criou uma petição para pedir a derrubada das
estátuas do rei Leopoldo II, da Bélgica. O monarca ficou historicamente conhecido pela
cruel colonização que promoveu no então Estado Livre do Congo. Filho de congoleses,
Noah se sente menosprezado "porque são pessoas de minha origem e comunidade que
foram mortas“ [...].
CRIANÇA se mobiliza para derrubar estátua de rei que massacrou o Congo. UOL Notícias, 25 jun. 2020.
"Pode-se derrubar todos os monumentos do mundo, mas isso não muda necessa-
riamente o que aconteceu. Nós ainda somos obrigados a ter esse passado na memória",
diz David Blight, professor de história da Universidade de Yale, especialista em estudos
sobre afro-americanos e a guerra civil, em entrevista à BBC Mundo [...].
LISSARDY, G. Derrubar todos os monumentos do mundo não muda o que aconteceu, diz vencedor do Pulitzer.
BBC Brasil, 25 jul. 2020.
Debata com seus colegas a sua opinião sobre a retirada, manutenção ou recontextua-
lização de monumentos históricos. Baseie sua discussão nos trechos dos dois textos e
no conteúdo abordado em aula. Em seguida, responda às questões.
1 Escreva sobre um monumento em sua cidade ou no Brasil que representa o pas-
sado colonial ou escravagista.
O estudante deve identificar um monumento que tenha conexão com o passado colonial ou es-
cravagista. Exemplos: estátua de Dom Pedro I no Rio de Janeiro, monumentos a bandeirantes em
São Paulo, ou estátuas de figuras ligadas ao período escravagista, como o Monumento ao Barão do
Rio Branco.
215
2 Esse monumento deve ser mantido, removido ou recontextualizado? Justifique
sua resposta.
O estudante deve escolher uma das opções e justificar sua escolha.
3 Caso você opte pela remoção, para onde o monumento deve ser levado e o que
deve ser feito com ele? Se preferir mantê-lo, como ele pode ser recontextualizado?
Opinião 1 (Manter): o estudante pode argumentar que o monumento deve ser mantido como parte
da memória histórica, servindo como um lembrete das injustiças passadas e um ponto de partida
para discussões educativas. Critérios: a resposta deve incluir uma justificativa que considere a im-
portância da preservação da memória histórica, mesmo que dolorosa, e como isso pode contribuir
Opinião 2 (Remover): o estudante pode defender a remoção do monumento, alegando que ele
glorifica figuras que cometeram atos opressores e que sua presença perpetua o trauma das co-
munidades afetadas. Critérios: a resposta deve apresentar argumentos sobre a sensibilidade das
vítimas e a necessidade de reavaliar os símbolos públicos, propondo a remoção como uma forma de
reparação histórica.
apresentado para refletir criticamente o passado. Critérios: a resposta deve explorar como a recon-
textualização pode transformar o monumento em uma ferramenta educativa que oferece uma visão
216
AULA 4
Aprofundando
1 (UNESP 2022)
Estátuas famosas da cidade de São Paulo como a do bandeirante Borba Gato, em
Santo Amaro, na Zona Sul, e a de Bartolomeu Bueno da Silva, no Parque Trianon, na
Avenida Paulista, ganharam um “adereço macabro” nas últimas semanas.
Com o objetivo de ressignificar a história das figuras que elas representam, um grupo
de manifestantes colocou caveiras em frente a essas estátuas e as fotografou. As fotos
viralizaram nas redes sociais.
Bandeirantes como Borba Gato desbravaram territórios no interior do país e captura-
ram e escravizaram indígenas e negros. Isso quando não os matavam em confrontos que
acabaram por dizimar etnias, segundo historiadores.
VIEIRA, B. M. Crânios são colocados ao lado de monumentos de bandeirantes para ressignificar história de SP.
G1, 27 out. 2010. (adaptado)
217
5
AULA
HEGEMONIA EUROPEIA E O
SISTEMA COLONIAL – PARTE 2
Resumo
O neocolonialismo, iniciado no final do século XIX, marcou uma nova fase de domina-
ção europeia sobre a África e a Ásia, com potências como Reino Unido, França, Alemanha
e Bélgica expandindo seu controle sobre vastos territórios. A corrida por recursos natu-
rais e novos mercados consumidores levou à partilha desses continentes, com fronteiras
arbitrárias sendo traçadas sem consideração pelas complexas divisões étnicas, culturais e
sociais preexistentes.
Neocolonialismo europeu (século XIX)
Mar Wai-Hai-Wei
Me (GB)
CHINA
TUNÍSIA diterrâneo Kiaut-Cheu
MARROCOS (ALE)
30° N
ARGÉLIA LÍBIA
SAARA EGITO Chandernagor
ESPANHOL Macau FORMOSA
Diu ÍNDIA
(POR) BIRMÂNIA Hong Kong TRÓPICO DE CÂNCER
Yanaon Kuang-Tcheu (GB)
Damão (FRA) (FRA)
ÁFRICA OCIDENTAL FRANCESA (POR) SIÃO
SUDÃO
ANGLO-EGÍPCIO
ERITREIA
Áden GOA INDOCHINA
FILIPINAS OCEANO
Socotora Pondicherry (EUA)
GÂMBIA (GB) (FRA) Mar
GUINÉ
PORTUGUESA
SOMÁLIA FRANCESA
(GB) Mahé
Karikal da PACÍFICO
NIGÉRIA (FRA)
ÁFRICA
SOMÁLIA
(FRA) China
SERRA LEOA ETIÓPIA BRITÂNICA
EQUATORIAL
DO OURO
CAMARÕES
UGANDA ÁFRICA ITALIANA
ÁFRICA EQUADOR
EQUATORIAL ORIENTAL SUMATRA 0°
CONGO BRITÂNICA BORNÉU
FRANCESA Célebes
BELGA ÍNDIAS HOLANDESAS
ÁFRICA
ORIENTAL
ALEMÃ
OCEANO JAVA
OCEANO TIMOR
ANGOLA
ÍNDICO
ATLÂNTICO RODÉSIA
DO NORTE
MOÇAMBIQUE
RODÉSIA
ÁFRICA DO SUL
DO SUDOESTE MADAGASCAR
ALEMÃ BECHUANALÂNDIA TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
(NAMÍBIA) Potências dominadoras
SUAZILÂNDIA Grã-Bretanha
Holanda
Portugal
N
NO NE Itália
O L
Espanha
SO SE
S
Bélgica
600 km
0°
218
AULA 5
Na África do Sul, por exemplo, o neocolonialismo britânico impôs a língua inglesa e
aprofundou a segregação racial, culminando no regime de apartheid, que separou a po-
pulação com base na cor de sua pele por décadas.
Economicamente, a herança do neocolonialismo perpetuou a dependência dos
países africanos e asiáticos a diferentes tipos de monoculturas e à exportação de pro-
dutos primários, que possuem baixo valor agregado. Exemplos disso incluem a Costa do
Marfim, na África, maior produtora de cacau, e a Indonésia, na Ásia, maior produtora de
óleo de palma. Esses países são vulneráveis às flutuações de preços do mercado global
e têm as suas terras destinadas à exportação de produtos agrícolas, o que compromete a
segurança alimentar de suas populações.
Esses exemplos destacam como o neocolonialismo não só redefiniu as fronteiras e
economias das nações afetadas, mas também reforçou desigualdades sociais em muitos
países colonizados.
Na prática
Atividade 1
Com base nos dados e resultados obtidos na pesquisa realizada pelo seu grupo sobre
um conflito ou guerra pós-colonial recente em um país da África ou da Ásia, responda
as questões a seguir.
219
3 Qual foi o conflito e quem estava envolvido nele?
Espera-se que os alunos identifiquem o conflito, os grupos ou países envolvidos.
do neocolonialismo.
220
AULA 5
Aprofundando
221
6
AULA
TRANSFORMAÇÕES
TERRITORIAIS E
CONFLITOS – PARTE 1
Resumo
Entre os principais motivos que levaram à eclosão da Primeira Guerra Mundial estão
as disputas territoriais e a formação de alianças militares entre as grandes potências eu-
ropeias, que estavam em busca de expandir suas influências e proteger seus interesses.
Na América Latina, a política imperialista dos Estados Unidos, consolidada pela
Doutrina Monroe, afastou a possibilidade de novos domínios europeus na região, aumen-
tando a hegemonia estadunidense.
Na Ásia, a disputa territorial foi intensificada tanto por potências europeias quanto
pelo Japão.
Na Europa, o sentimento nacionalista, que reforçava a identidade de pertencimento
a uma nação, colocou os interesses de alguns Estados nacionais acima de outros, acir-
rando ainda mais as rivalidades entre os países europeus. O assassinato do arquiduque
Francisco Ferdinando da Áustria, em 1914, em Sarajevo, foi o estopim que desencadeou a
Primeira Guerra Mundial. Esse evento catalisou as tensões acumuladas e levou as potên-
cias europeias a entrarem em guerra, utilizando as alianças militares.
Ao final do conflito, ocorreram transformações territoriais significativas em diversas
partes do mundo, incluindo o fim de impérios, a reconfiguração colonial (com novos
domínios e independências), fragmentações territoriais, surgimento de novos Estados e
início da ascensão de novas potências. Dessa forma, a Primeira Guerra Mundial não só
remodelou territórios, mas também redefiniu o poder hegemônico mundial.
222
AULA 6
Na prática
Atividade 1
Após explorar o site GeaCron, que oferece um Atlas Histórico Mundial Interativo desde
3000 a.C., você e seus colegas investigaram as transformações territoriais ocorridas
entre 1900 e 1930.
Durante essa investigação, foram observados a formação de novos Estados, o cres-
cimento e declínio de impérios, processos de independência, a manutenção de colô-
nias e a fragmentação de territórios. A comparação das fronteiras antes e depois da
Primeira Guerra Mundial permitiu compreender o impacto desse conflito na reconfigu-
ração geopolítica dos continentes.
Com base nas informações levantadas durante a navegação, responda às questões
a seguir.
1 Quais impérios desapareceram ao final da Primeira Guerra Mundial?
Exemplos: Império Austro-Húngaro, Império Otomano, Império Alemão e o Império Russo.
Finlândia. Além desses, em 1922, várias nações se uniram para compor um único bloco de países,
223
4 O que aconteceu com algumas colônias na África e na Ásia?
As colônias do continente africano, que estavam sob o domínio alemão, foram repartidas principal-
mente entre os aliados, com destaque para o Reino Unido, a França e a Bélgica. Na Ásia, algumas
colônias, especialmente no Oriente Médio, foram colocadas sob mandatos da Liga das Nações. O
por exemplo, não interferiu diretamente nas colônias estabelecidas, mas limitou a expansão europeia
Aprofundando
1 (IFCE 2005) Este país foi criado numa região da Europa, chamada Bálcãs, após a
Primeira Guerra Mundial. Territorialmente, foi organizado em seis repúblicas que
abrigavam as etnias majoritárias. Trata-se, portanto, da:
a) Hungria. A Iugoslávia se formou a partir de povos que ocupavam a região da Sérvia,
b) Sérvia. Croácia, Eslovênia, Bósnia e Herzegovina, Macedônia e Montenegro.
c) Letônia.
d) Iugoslávia.
e) Eslovênia.
224
7
AULA
TRANSFORMAÇÕES
TERRITORIAIS E
CONFLITOS – PARTE 2
Resumo
225
Na prática
Atividade 1
Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e a União Soviética usaram di-
versos recursos de propaganda para alcançar diferentes públicos e reforçar seu papel na
guerra contra o nazismo. Considerando isso, responda às questões a seguir.
1 Analisando a imagem a seguir, é correto afirmar que o "general inverno russo" der-
rotou sozinho a Alemanha nazista? Qual o propósito dessa narrativa?
LE PETIT JOURNAL/WIKIPÉDIA
Não é correto afirmar que o "general inverno russo" sozinho tenha derrotado a Alemanha nazista.
Embora o clima tenha sido um fator determinante, a resistência soviética, o contra-ataque militar e a
coordenação dos Aliados foram decisivos. Essa narrativa simplificada minimiza o esforço conjunto e
226
AULA 7
2 Analise a imagem a seguir e indique qual era o público-alvo. Justifique sua resposta.
rante a Segunda Guerra Mundial. O objetivo era que as mulheres sentissem que também estavam
contribuindo para o esforço de guerra, mesmo não estando em combate, como muitos homens
daquela época.
e de moldar a percepção pública tanto interna quanto externamente. As imagens eram usadas para
227
Aprofundando
1 (PUCSP 2018) Observe o gráfico e assinale a alternativa que apresenta uma inter-
pretação CORRETA dos dados.
Número de mortes por país durante a Segunda Guerra Mundial
228
8
AULA
GUERRA FRIA
Resumo
229
Na prática
A próxima aula será prática, então, com base nos seus conhecimentos sobre a
Guerra Fria, faça um mapa mental que o auxilie e facilite seus estudos para esse próximo
desafio! Para fazer uma boa pesquisa sobre o tema, siga estes passos:
1 Trabalhe os seguintes tópicos:
• Causas da Guerra Fria;
• Ordem mundial bipolar;
• Conflitos indiretos;
• Corridas armamentista e aeroespacial;
• Cortina de Ferro e Muro de Berlim;
• Pactos e acordos.
3 Faça anotações resumidas: não copie todo o conteúdo. Faça resumos curtos e
claros para cada tema.
6 Organização das informações: agora que você já fez a pesquisa, é hora de orga-
nizar as informações em um mapa mental. Use o quadro em branco do material
impresso para desenhar e conectar as principais ideias da Guerra Fria.
230
231
AULA 8
Aprofundando
1 (ENEM 2013)
Embora o aspecto mais óbvio da Guerra Fria fosse o confronto militar e a
cada vez mais frenética corrida armamentista, não foi esse o seu grande im-
pacto. As armas nucleares nunca foram usadas. Muito mais óbvias foram as
consequências políticas da Guerra Fria.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia. das Letras,
1999. (adaptado)
A Guerra Fria foi marcada pela formação de uma ordem mundial bipolar, com duas superpotências, os
Estados Unidos e a União Soviética, liderando blocos ideológicos opostos: o capitalismo e o socialismo,
respectivamente. Essa divisão afetou profundamente as relações internacionais e moldou os conflitos
geopolíticos ao longo do século XX.
232
9
AULA
Resumo
A Guerra Fria, iniciada após a Segunda Guerra Mundial, estabeleceu uma nova ordem
mundial bipolar. De um lado, os Estados Unidos, que seguiam uma política e economia
capitalista, e do outro a URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que, além
de uma política e de um modelo econômico socialista, abarcava não apenas um país, mas
quinze nações, distribuídas pela Europa e pela Ásia.
A Guerra Fria, que leva esse nome pois nunca houve um embate direto entre os
principais países envolvidos, foi responsável por algumas corridas, com destaque para a
armamentista, a tecnológica e a espacial. Durante décadas, EUA e URSS apresentaram
avanços significativos nessas três áreas. O avanço bélico, principalmente em armamen-
tos nucleares, gerava um sentimento de tensão e vigilância constante, não somente entre
EUA e URSS, mas em todo o mundo.
Na prática
233
1- 6- 11 -
2- 7- 12 -
3- 8- 13 -
4- 9- 14 -
5- 10 - 15 -
Aprofundando
234
AULA 9
2 (IFSP 2017) Após o fim da Segunda Guerra Mundial, iniciou-se uma corrida econô-
mica armamentista e espacial entre americanos e soviéticos, a fim de influenciar
um maior número de países com seu modelo econômico.
235
10
AULA
ORIENTE MÉDIO
Resumo
236
AULA 10
A combinação de divisões religiosas, étnicas e disputas por recursos naturais, espe-
cialmente o petróleo, faz do Oriente Médio uma das regiões mais complexas e geoestra-
tegicamente importantes do mundo.
Na prática
Atividade 1
Vamos criar uma nuvem de palavras sobre o Oriente Médio. Para isso preencha o
quadro com os principais termos representativos dessa região. Considere aspec-
tos naturais, econômicos e a diversidade cultural e histórica abordados na aula para
sua elaboração.
1 No quadro a seguir, elabore uma nuvem de palavras com os principais termos re-
presentativos do Oriente Médio vistos na aula.
237
Aprofundando
Houve uma redução de 158 milhares de barris importados da Arábia Saudita, em 1990, para 60 em 2002.
Em compensação, a produção interna aumentou 20%, de 1990 para 2002.
238
11
AULA
Resumo
239
Na prática
Atividade 1
temente dividido entre a Turquia, o Irã, o Iraque e a Síria. Em 1923, durante a assinatura do Tratado
de Lausanne, o Estado curdo, previsto em acordos anteriores, não foi reconhecido. Desde então, os
curdos lutam pelo reconhecimento e pela autonomia do seu povo e por um Estado próprio.
Os EUA exercem influência direta na região há algumas décadas, desempenhando papel impor-
tante em conflitos como Israel e Palestina. Além de oferecer apoio financeiro e militar a Israel, o
país também apoiou a Turquia contra os curdos e também se envolveu em conflitos diretos, como
os ocorridos no Golfo na década de 1990, além de outras intervenções em países como Iraque, Irã
e Afeganistão.
240
AULA 11
3 Do que o Irã foi acusado diversas vezes? Explique a origem dessa acusação.
O Irã foi acusado diversas vezes de deter armamentos nucleares, disfarçados de atividades nucle-
ares comuns. Durante a década de 1950, com o apoio dos EUA e de outros países europeus, o Irã
esse programa deveria ter sido encerrado, porém o país decidiu mantê-lo. O Irã rejeita as acusações
e declara que apenas faz pesquisas com fins civis, como a medicina e a energia elétrica.
Aprofundando
1 (ENEM 2023) Escrito durante a Primeira Guerra Mundial, o seguinte trecho faz
parte da carta enviada pelo secretário do exterior britânico Sir Arthur James
Balfour ao banqueiro Lord Rotschild, presidente da Liga Sionista, em 2 de novem-
bro de 1917. A carta ficou conhecida como Declaração Balfour:
241
12
AULA
ÍNDIA
Resumo
242
AULA 12
Na prática
Atividade 1
Após estudar sobre a Caxemira, vamos fazer um estudo de caso, que nos permitirá
conhecer, com mais detalhes, a questão sobre a região.
Tema: Caxemira: desafios para a resolução do problema.
Objetivo: identificar uma solução possível para a questão da Caxemira.
1 Em sala de aula, formem grupos de até três pessoas. Depois, elaborem perguntas
sobre o tema a ser pesquisado. Considerem as dificuldades, os problemas e os
aspectos relacionados às possíveis soluções para a região da Caxemira. Registrem
tanto as perguntas formuladas quanto as respostas pesquisadas para desenvolver
esse estudo de caso.
O estudo de caso visa desenvolver nos estudantes um olhar mais crítico e técnicas de pesquisa, de
243
2 Após essa pesquisa, façam uma análise das respostas e produzam, ao final, um
relatório sobre a Caxemira.
Não há gabarito, pois o relatório será único, baseado no desenvolvimento de cada grupo. Diferentes
pontos podem impactar a resolução da questão da Caxemira. A ideia da proposta é instigar os estu-
dantes para que eles possam ampliar seus olhares sobre o tema.
Aprofundando
EURÁSIA
Resumo
Eurásia
245
Na prática
Atividade 1
Apesar de ser uma resposta pessoal, que dependerá do conflito escolhido, há algumas expectativas
1. Confronto na região do leste europeu do oeste da Rússia. A Rússia se sente ameaçada pela apro-
ximação do ocidente com os países da região. Além disso, pode-se citar questões como a anexação
de territórios, sob a alegação que a tomada desses territórios visa à manutenção da paz na região.
2. A própria Rússia é um dos atores principais, assim como a União Europeia que está envolvida di-
retamente no conflito a partir de ações como sanções econômicas impostas visando, assim, pressio-
3. Um conflito armado sempre influencia na tensão dos países da região e ao redor do mundo. A
Rússia, por exemplo, tem um forte poderio militar, incluindo armas nucleares que aumenta a atenção
ao conflito.
246
AULA 13
Aprofundando
A URSS se tornou uma potência mundial, sendo, anos mais tarde, uma das principais lideranças, ao
lado dos Estados Unidos, durante a Guerra Fria e a ordem mundial bipolar.
247
14
AULA
ÁSIA
Resumo
248
AULA 14
Na prática
Atividade 1
Atualmente, apenas treze países, mais o Vaticano, reconhecem Taiwan como uma
nação autônoma, apesar de ter uma economia forte, um presidente e poder militar.
Pensando nisso, responda:
1 Como a ilha de Taiwan é designada, segundo a China?
De acordo com a China, “Taiwan é uma província rebelde”. Apesar de ter presidente, sistema político
próprio, e até mesmo Exército, nunca apresentou formalmente uma declaração de independência.
Taiwan e outras regiões, como o Tibete, e impede que países estabeleçam relações diplomáticas ou
até veículos. Atualmente, Taiwan responde por mais da metade de toda a produção mundial dessa
tecnologia. Caso passe a estar totalmente sob o domínio do governo chinês, isso poderia impactar
negativamente os investimentos dos EUA em diversos setores. Além disso, Taiwan faz parte de uma
área estratégica, junto com o Japão e a Coreia do Sul, cujos interesses e modelos econômicos e polí-
ticos estão mais alinhados aos dos EUA do que aos da China.
249
4 Como a China utiliza sua influência para frear o reconhecimento de Taiwan como
uma nação por outros países?
Resposta esperada: além da política de “Uma China”, que impede países que reconheçam Taiwan
como uma nação de fazer negócios com a China, o governo chinês aumentou seu poder militar na
Aprofundando
1 (FUVEST 2023)
A China enviou ontem navios de guerra e dezenas de caças para Taiwan, em reta-
liação a uma reunião entre a presidente da ilha, Tsai Ing-Wen, e o presidente da Câmara
dos Deputados do EUA, Kevin McCarty, na Califórnia.
O Estado de São Paulo, 08/04/2023. (adaptado)
250
AULA 14
d) com apoio soviético, Taiwan conseguiu independência do território chinês no final
da década de 1960. Após o fim da Guerra Fria, tornou-se uma potência tecnológica,
o que ampliou o interesse geopolítico chinês na retomada desse território.
e) Taiwan é reconhecido como país independente pelos EUA e tem emergido na
rota dos conflitos entre os governos estadunidense e chinês, o que pode ser in-
terpretado como indício do deslocamento do eixo geopolítico do mundo para o
sudeste asiático. Após a Guerra Civil chinesa, Taiwan foi considerada uma província rebelde.
Por ter governo e decisões próprias, essa autonomia permitiu que a ilha
tivesse uma proximidade ao governo estadunidense, aumentando a tensão
2 (UNESP 2018) na região.
Kim Jong-un atravessou o paralelo 38 que divide a Península Coreana às 9h28, hora
local desta sexta-feira, e se tornou o primeiro governante do Norte a pisar no Sul desde
o fim da Guerra da Coreia, em 1953. Do outro lado da fronteira, ele foi recebido por Moon
Jae-in, o presidente eleito em 2017 com uma plataforma que defende a coexistência pa-
cífica e a cooperação entre os dois lados separados em zonas de influência comunista e
capitalista depois da Segunda Guerra.
TREVISAN, C. Em encontro histórico na Coreia do Sul, Kim fala em "novo capítulo" e "era de paz". Estadão, 26 abr.
2018. (adaptado)
TREVISAN C. “EM ENCONTRO HISTÓRICO NA COREIA DO SUL, KIM FALA EM ‘NOVO CAPÍTULO’ E ‘ERA DE PAZ’ ".
ESTADÃO. DISPONÍVEL EM: HTTPS://INTERNACIONAL.ESTADAO.COM.BR, 26 ABR, 2018 - ADAPTADO.
252
ANEXOS
90° 15°W 0° 15°E 30°E 45°E 60°E 75°E 90°E 105°E 120°E 135°E 150°E 165°E 180° 165°W
254
90° 15°W 0° 15°E 30°E 45°E 60°E 75°E 90°E 105°E 120°E 135°E 150°E 165°E 180° 165°W
K ol y m a
CÍRCULO POLAR ÁRTICO CÍRCULO POLAR ÁRTICO l ym a
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CÍRCULO POLAR ÁRTICO CÍRCULO POLAR ÁRTICO
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RÚSSIA A l da n
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60°N RÚSSIA na 60°N
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OCEANO
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TRÓPICO DE CÂNCER Nanning BANGLADESH
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Fonte: ENVIRONMENTAL SYSTEMS RESEARCH INSTITUTE. ArcGIS Data and Maps. Redlands: ESRI, 2021.
Ásia político
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30°E 45°E 60°E 75°E 90°E 105°E 120°E 135°E 150°E 165°E 180°
± PROJEÇÃO DE ROBINSON
53
0 400 800 km
± PROJEÇÃO DE ROBINSON
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120°E 135°E 150°E 165°E 180° 165°W 150°W
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Fonte: ENVIRONMENTAL SYSTEMS RESEARCH INSTITUTE. ArcGIS Data and Maps. Redlands: ESRI, 2021.
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0 400 800 km
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59
255
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^
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Rostov-on-Don
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0 200 400 km
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PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA
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0 200 400 km
±
ESCALA 1:22 000 000
PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA
0 200 400 km
PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA
Fonte: ENVIRONMENTAL SYSTEMS RESEARCH INSTITUTE. ArcGIS Data and Maps. Redlands: ESRI, 2021.
Fonte: ENVIRONMENTAL SYSTEMS RESEARCH INSTITUTE. ArcGIS Data and Maps. Redlands: ESRI, 2021.
256
93
Brasil político
±±
70°W 60°W 50°W 40°W
70°W 60°W 50°W 40°W
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MATO GROSSO BAHIA !
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MINAS GERAIS
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60°W SÃO
50°W
PAULO
50°W
40°W
40°W
30°W
30°W
São Paulo
Projeção Policônica
Meridiano de Referência: -54º W. Gr
Projeção
Paralelo Policônica0º
de Referência:
Meridiano de Referência: -54º W. Gr
Paralelo de Referência: 0º
SÃO PAULO
São Paulo Fonte: IBGE. Malha municipal
digital 2021. Rio de Janeiro,
!
H
2021. Disponível em: https://
São Paulo www.ibge.gov.br/geociencias/
organizacao-do-territorio/
malhas-territoriais/15774-malhas.
html?=&t=acesso-ao-produto.
Acesso em: jan. 2022.
257
Anotações
HISTÓRIA – CIÊNCIAS – GEOGRAFIA
LIVRO DO ESTUDANTE
ANOS FINAIS – ENSINO FUNDAMENTAL – 1° BIMESTRE