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AULA_08_AINES

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FARMACOLOGIA

MÉDICA I
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ – CAMPUS IGUATU
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO MÉDICA - IDOMED

Anti-inflamatórios não
esteroidais (AINEs)
Ana Cristina Silva de Miranda
Vanessa Guerreiro

IGUATU/CE – 04/2024
OBJETIVO

Identificar o mecanismo de ação dos AINEs, relação entre estrutura e


atividade dos grupos de substâncias, bem como os princípios da utilização
terapêutica das drogas

CONTEÚDO
• Inflamação
• AINES: conceito, mecanismo de ação, segurança e eficácia, usos
terapêuticos
INFLAMAÇÃO
Resposta protetora, gerada por uma
agressão ao tecido

Acúmulo de fluidos e leucócitos

Destruir, diluir e isolar agentes lesivos

Resposta gerada por mediadores


químicos
INFLAMAÇÃO
É uma resposta essencial frente a determinados
estímulos nocivos, seja ela causada por um agente físico,
químico ou biológico (infecção).

• 3 fases distintas (mediadas por diferentes mecanismos):


• fase aguda, caracterizada por vasodilatação local e aumento da permeabilidade
capilar;
• fase subaguda, que consiste na infiltração de leucócitos e células fagocitárias;
• fase proliferativa crônica, na qual ocorre degeneração tissular e fibrose.

• ↑produção de prostaglandinas (PGs), sintetizadas pelas enzimas ciclooxigenases


(COX) após estímulo inflamatório no tecido
SINAIS DA INFLAMAÇÃO
MEMBRANA CELULAR FOSFOLIPIDICA

FOSFOLIPASE A2
Estimulo lesivo Enzima que, quando ativada pelo estimulo lesivo,
libera o ácido araquidônico da membrana celular
para o citoplasma.

Ác. araquidônico

COX-1 e COX-2
Enz. transforma o ácido araquidônico nos
mediadores inflamatórios.

MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO
CICLOXIGENASES
Enzima constitutiva (maioria dos
COX 1
tecidos e células)
Produção de prostaglandinas

COX 2
Processos inflamatórios
Induzida: TNF-α, IL-1
Inibida: glicocorticóides

COX 3
Cérebro e coração
Variante da COX-1 (+30 aa)
Cérebro
Rins constitutiva
Ossos
PROSTAGLANDINAS

Alprostadil (disfunção eréctil); lubiprostona (constipação); misoprostol (protetor gástrico/indução do parto)


Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)
• Grupo de compostos muito heterogêneos (várias estruturas químicas);

• Analgésicas, anti-inflamatórias e antipiréticas

• Função: reduzir o grau de inflamação nos tecidos;

• Derivados do ácido salicílico e outros que o sucederam (salicilato-similes) – 1ª


molécula a ser isolada (atividade antipirética e analgésica)✓em 1828;de
Prevenção
efeitos
cardiovasculares
• Indicados para dores brandas e moderadas; ✓ Vários eventos Antiinflamatório
adversos e‘
• NÃO dependência; analgésico

• Eficácia e segurança – seletividade relativa das enzimas COX-1 e COX-2;

• Bem absorvidos oralmente;


Analgésicos
não
opioides

AINES

Dores Ácido
brandas e salicílico e
moderadas derivados
AINEs
• derivados do ácido salicílico (ácido acetilsalicílico [AAS], diflunisal e
salsalato);

• ácido propiônico (ibuprofeno, fenoprofeno, flurbiprofeno, cetoprofeno,


naproxeno e oxaprozina)

• ácido acético (diclofenaco, etodolaco, indometacina, cetorolaco,


nabumetona, sulindaco e tolmetina)

• ácido enólico (meloxicam e piroxicam)

• fenamatos (ácido mefenâmico e meclofenamato)

• inibidor COX-2 seletivo (celecoxibe).


Mecanismo de ação
Atuam inibindo a síntese das PGs.

Não inibe outros mediadores químicos


MEMBRANA CELULAR FOSFOLIPIDICA

FOSFOLIPASE A2
Estimulo lesivo Enz. que quando ativada pelo estimulo lesivo
libera o ácido araquidônico da membrana celular
para o citoplasma.

AINES

Ác. araquidônico
AINES
COX-1
COX-1 e COX-2
Enz. transforma o ácido araquidônico nos
mediadores inflamatórios.
Eventos gástricos adversos
Complica a terapia com
AINES MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO
Mecanismo de ação
Mecanismo de ação
EFEITOS TERAPÊUTICOS
AINES
Diminuindo
a síntese
DOR Inibição das PGs (PGE 2sensibiliza as terminações nervosas à ação da bradicinina, da
histamina e de outros mediadores químicos)
Efetivo contra dor de leve a moderada intensidade
Ação
Dores originadas da inflamação e lesão tecidual
analgésica
Exemplos:
• Dor de dente
• Artrite reumatóide
• Dor muscular
• Cefaléia (↓ efeito vasodilatador das PGs sobre a vasculatura cerebral)
• Sem efeito indesejável no SNC
EFEITOS TERAPÊUTICOS
AINES
FEBRE ✓ Inibição das PGE2
✓ Não influenciam o aumento da temperatura causado por
Ação resposta ambiental ou ao exercício físico
antipirética
AAS, ibuprofeno e naproxeno devem ser evitados em
pacientes com < 20 anos, infecção viral – Sindrome de Reyer
(pode causar hepatite fulminante com edema cerebral levando a óbito)

Recomendação de uso - Paracetamol


EFEITOS TERAPÊUTICOS
AINES
inflamação Inibição das PGs
Modula os aspectos da inflamação
Inibem a inflamação da artrite – mas não evita o avanço da doença.

Ação
antinflamatória
AINES
CLASSIFICAÇÃO

• inibidores não-seletivos da COX


• inibidores seletivos da COX-2.
EFEITOS TERAPÊUTICOS
AAS

• Ação antipirética, analgésica e antinflamatória


• doses altas - efeito anti-inflamatório
• doses baixas – analgésico e efeitos cardiovasculares
✓ cardiovasculares (75 a 100mg)
• rapidamente absorvido via oral
• metabolização no fígado, eliminação rins
• evitar o uso em pacientes com gota
• inibição irreversível da COX1 - plaqueta

Uso: AR, osteoartrite, cefaleia, gota, mialgia, entre outros.


Efeitos adversos
AINES
menor dosagem eficaz e pelo menor tempo possível.

TGI: dispepsia até sangramento.


SANGRAMENTO
ÚLCERAS

PGI2 → inibe a secreção de ácido gástrico


PGE2 e a PGF2 → estimulam
AINE a síntese de muco protetor no estômago e no intestino
delgado s
Efeitos adversos
AINES
SANGRAMENTOS
TXA2 → aumenta a aglutinação das plaquetas
PGI2 → reduz.
AAS é suspenso ou não é administrado por pelo menos uma semana antes de uma cirurgia

RINS:
PGE2 e PGI2 - responsáveis pela AINEs
manutenção do fluxo sanguíneo renal

pode resultar na retenção de sódio e água

causar edema em alguns pacientes


Podem diminuir o efeitos dos anti-hipertensivos
Efeitos adversos
AINES
EFEITOS CARDÍACOS:
AAS → alto grau de seletividade pela COX-1
mostraram efeito protetor cardiovascular provavelmente devido à
redução na produção de TXA2

Fármacos com maior seletividade relativa → COX-2

associados ao aumento do risco de eventos cardiovasculares

possivelmente por diminuir a produção de PGI2 mediada pela COX-2.


O uso de AINE, exceto AAS → é desaconselhado em pacientes com doença cardiovascular estabelecida.
Pacientes com doença cardiovascular nos quais o tratamento com AINEs não pode ser evitado → naproxeno parece ser o menos prejudicial.
O uso de AINEs deve ser limitado à menor dosagem e à menor duração possíveis
Efeitos adversos
AINES
OUTROS EFEITOS

ASMA – CAUTELA – LEUCOTRIENOS


SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) → cefaleia, zumbidos e tonturas.
ALERGIA → urticária, broncoconstrição e angioedema.
CHOQUE ANAFILÁTICO fatal é raro.
AINES

INTERAÇÕES FARMACOLOGICAS
80 – 90% LIGADO AS PROTEÍNAS
VAFARINA, FENITOINA OU ACIDO VALPRÓICO
AINES
TOXICIDADE
LEVE (salicilismo): náuseas, vômitos, cefaleia, confusão
mental, tontura e zumbidos (zunidos e ruídos auriculares).

DOSES ELEVADAS - INTOXICAÇÃO GRAVE: agitação,


delírio, alucinação, convulsão, coma, acidose respiratória e
metabólica e até morte por insuficiência respiratória.

CRIANÇAS: particularmente suscetíveis à intoxicação por


salicilatos. A ingestão de apenas 10 g de AAS pode levar
crianças a óbito.
AINES
GESTAÇÃO

✓ risco à gestação
✓ primeiros dois trimestres.
• paracetamol é o fármaco preferido para efeito antipirético ou
analgésico durante a gestação.
✓ terceiro trimestre
• devem ser evitados devido ao risco de fechamento prematuro do
ducto arterioso (anormalidade funcional importante na vida fetal,
podendo evoluir com insuficiência cardíaca (IC), hidropisia fetal e
até óbito)
Paracetamol
✓ Inibe a síntese das PGs no SNC - antipiréticas e
analgésicas
✓ Não afeta a função plaquetária nem aumenta o tempo de
sangramento.
✓ O paracetamol não é considerado um AINE.
✓ Usos: substituto adequado para os efeitos analgésicos e antipiréticos dos
AINEs em pacientes com problemas ou riscos gástricos
✓ prolongamento do tempo de sangramento não é desejável
✓ não necessitam da ação anti-inflamatória dos AINEs.
✓ analgésico/antipirético de escolha para crianças com infecções virais ou varicela, pois o
AAS oferece risco de síndrome de Reye.
Paracetamol
✓ Metabólito liga-se ao glutationa hepático (antioxidante).

✓ Hepatopatas (hepatites, cirrose, etilistas, metas hepáticos) queda da


reserva de glutationa.
✓ Restrição em hepatopatas (metabolito altamente reativo causando lesão no fígado)

✓ Efeitos Adversos:
✓dosagens terapêuticas normais - é praticamente livre de efeitos adversos
significativos.
✓Doses altas: necrose hepática, uma condição muito grave e potencialmente
fatal
✓pacientes com doença hepática, hepatite viral ou história de alcoolismo
correm mais riscos de hepatotoxicidade induzida pelo paracetamol.
CELECOXIBE
Inibidor seletivo da COX-2 – reversivelmente

Uso: tratamento de AR, osteoartrite, dor leve a moderada


Absorvido via oral, biotransformado no fígado, excreção fezes e
urina

Uso: Paciente com risco aumentado de sangramento gástrico e


sem risco vascular simultâneo.
Efeitos adversos: Cefaleia, dispepsia, diarreia e dor abdominal
• Risco: ↑ doenças e complicações cardiovasculares
Controle especial: RESOLUÇÃO nº 79, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2008
Coxibes: Fármacos vendidos sob controle especial
Recomendações em idosos:
✓ AINEs não devem ser primeira escolha
✓ Risco CV, renal e GI
Hipertensão arterial:
✓ Medir e monitorar a PA após algumas semanas de início do AINE
✓ Se houver aumento de PA após introdução do AINE, a dose do
antihipertensivo ou AINE deve ser modificada
ANTIINFLAMATÓRIOS , ANALGÉSICOS E
ANTIPIRÉTICOS.
✓ AAS 100, 500 mg
✓ Diclofenaco Potássio 50 mg.
✓ Diclofenaco Sódio 50 mg.
✓ Dipirona
✓ 500 mg. comp.
✓ 500 mg/ml. gotas
✓ Ibuprofeno 300 mg.
✓ Nimesulida 100 mg.
✓ Paracetamol 500 mg comp. e gotas.

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