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Autor:
Renato Lira
24 de Janeiro de 2024
Sumário
Desastres em massa........................................................................................................................................ 3
Lista de Questões.......................................................................................................................................... 43
Gabarito .......................................................................................................................................................... 49
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Polícia Científica-PR (Perito Oficial Criminal - Área 11) Conhecimentos Específicos - 2024 (Pós-Edital)
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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Iniciaremos nosso Curso de Odontologia Legal em teoria e questões, voltado para provas objetivas e
discursivas de concurso público na área pericial.
Sei o quanto é difícil encontrar um material direcionado especificamente para a área de Odontologia Legal
e, mais ainda, para concursos de odontolegista e de perito criminal que a abordam. Assim, busquei
selecionar e produzir da melhor forma um material que atenda essa demanda.
Vou mostrar para você que a Odontologia Legal é fantástica e que com o direcionamento certo, iremos
chegar na aprovação.
A estrutura e o conteúdo produzido nesse curso é para que você tenha total segurança e uma preparação
completa, sem necessidade de consultar outros materiais didáticos.
Adianto logo que é fundamental resolver questões anteriores para conhecermos como a matéria é cobrada
pelas bancas. Além de que você verá que muitas questões são semelhantes entre si, ou até mesmo idênticas.
Essas observações são importantes pois permitirão que possamos organizar o curso de modo focado, voltado
para acertar questões objetivas e discursivas.
Vamos nessa?
APRESENTAÇÃO PESSOAL
Agora, uma breve apresentação pessoal. Meu nome é Renato Lira! Sou graduado e mestre em Odontologia
pela Universidade Federal do Ceará (UFC), doutorando em Odontologia pela Universidade de Brasília (UnB),
especialista em Odontologia Legal pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em Antropologia
Forense e Direitos Humanos pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Direito e Perícia Forense
pela Faculdade de Tecnologia Darcy Ribeiro (FTDR).
Estou envolvido na área pericial desde a época de faculdade. Trabalho como Perito Criminal na Polícia Civil
do Distrito Federal. Já trabalhei na Seção de Crimes Contra a Pessoa, Seção de Perícia de Biometria e
Audiovisuais e, no momento, estou na Seção de Odontologia Legal.
Quanto à docência, já fui instrutor de Curso de Formação de Peritos Criminais e da Força Nacional. Tutor em
Curso de Especialização em Segurança Pública. Professor de graduação em Odontologia na disciplina de
Odontologia Legal e de especialização também em Odontologia Legal.
Caso queiram entrar em contato, deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Será
um prazer e honra orientá-los!
E-mail: prof.renatolira@gmail.com
Instagram: @prof.renatolira
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DESASTRES EM MASSA
1 - Considerações Iniciais
Chegou a vez de falarmos sobre Desastres em Massa. Tema muuuuuito legal de se estudar, mas que,
infelizmente, tem pouca frequência nas provas de concursos.
No entanto, você, querido aluno, vai estar preparadíssimo caso alguma questão sobre esse tema caia na sua
prova. Depois você paga o churrasco e convida o prof., tá beleza?
Estudaremos sobre o Conceito de Desastre de Massa e suas Classificações. Além disso, há a parte referente
ao Plano de Contingência e, para finalizar, já que não podia faltar, a Importância da Odontologia na
Identificação de Vítimas de Desastres! Para os íntimos, a famosa DVI (Disaster Victim Identification).
Assim, leia essa aula até que o assunto esteja bem compreendido, e estude bem as questões que estou
trazendo.
Vamos lá!
2 - Desastres em Massa
2.1 – Conceitos
Os desastres podem ser definidos como a consequência de um evento adverso, súbito, que pode ser
provocado pelo homem ou pela própria natureza. Eventualmente, os desastres causam danos humanos,
materiais e ambientais, o que, por consequência, causam prejuízos econômicos e sociais.
Essa classificação acontece porque, mesmo que um evento qualquer tenha como consequência grandes
prejuízos, se este for solucionado prontamente, sem a necessidade de ações de gerenciamento ou de
procedimentos especiais, não será considerado um desastre.
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No entanto, se um evento possui poucos prejuízos e danos, mas, em contrapartida, a capacidade de resposta
do local do evento ocorrido for insuficiente, ou seja, o local tiver pouca infraestrutura e/ou poucos
profissionais capazes de atender o evento, esta pode ser considerada uma situação bem crítica, podendo
seu resultado ser configurado como um desastre.
Assim, o que podemos tirar de toda essa explicação? Essa é fácil! O que pode ser considerado desastre para
uma cidade/local, pode muito bem não ser considerado para outra. Tudo vai depender da capacidade de
resposta do local do evento ocorrido e do resultado da situação adversa.
Agora que já aprendemos o conceito de Desastre, compreender o que é Desastre em Massa é mamão com
açúcar. Isso porque Desastre em Massa nada mais é que evento cuja quantidade de mortos e/ou danos é
muito maior que a capacidade operacional de resposta do local do evento.
(INSTITUTO AOCP/ITEP-RN – 2021) Em dois acidentes rodoviários que ocorreram em diferentes locais do
estado, morreram 17 e 8 vítimas, respectivamente. A equipe de Identificação de Vítimas de Desastres foi
acionada para ambos os acidentes, mas, após um diagnóstico inicial, considerou como desastre apenas
aquele acidente com 8 vítimas, no qual acabou atuando. Qual foi o motivo dessa decisão?
a) A equipe não poderia atender aos dois chamados simultaneamente.
b) O acidente com 17 vítimas foi considerado decorrente das forças da natureza.
c) O acidente com 8 vítimas, sabidamente, era um local de crime.
d) O acidente com 8 vítimas superou a capacidade de resposta das equipes locais, enquanto o outro não.
e) Os corpos do acidente com 17 vítimas puderam ser reconhecidos por familiares.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. O que define um desastre é a capacidade de resposta.
A alternativa B está incorreta. O enunciado deveria trazer mais informações sobre os acidentes, porque não
necessariamente o acidente rodoviário tem causa somente humana, pois pode haver forças da natureza
atuando.
A alternativa C está incorreta. Não há informações suficientes para se determinar se houve um crime.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
A alternativa E está incorreta. Não há informações suficientes para afirmar.
• Incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria/RS, 27 de janeiro de 2013 - 242 mortos e 636 feridos.
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• Colisão do Voo 3054 da TAM, no Aeroporto de Congonhas/SP, 17 de julho de 2007 - 199 vítimas
fatais.
• Rompimento da Barragem B1, da Empresa Vale, em Brumadinho/MG - com 270 vítimas fatais,
estando, até o momento, 9 desaparecidas.
(CESPE/PC-PB - 2009) Pelo menos 20 presos morreram carbonizados na madrugada desta quinta-feira em
uma cadeia pública de Ponte Nova, a 180 quilômetro de Belo Horizonte. Segundo a polícia, o fogo começou
após uma briga. Presos teriam cercado detentos rivais e colocado fogo em colchões. Uma equipe de
legistas da capital deve chegar ainda nesta quinta-feira a Ponte Nova para fazer exames de DNA e de
arcada dentária para a identificação dos corpos.
Internet <oglobo.globo.com> (com adaptações).
Com base nessas informações, assinale a opção correta.
a) Caso a superfície da cabeça esteja completamente carbonizada, o exame odontológico será infrutífero.
b) Caso o número de mortos tenha superado a capacidade operacional instalada, ocorreu um desastre de
massa.
c) Caso sejam encontradas fraturas cranianas nos cadáveres, é correto concluir que ocorreram traumatismos
contundentes, pérfuro-contundentes ou corto-contundentes.
d) Os dentes coletados para exame genético devem ser mantidos a baixa temperatura em solução de
hipoclorito de sódio.
e) Pode-se afirmar que o instrumento ou meio empregado foi ação térmica ou energia térmica.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Estando somente a superfície da cabeça carbonizada, os dentes permanecem
íntegros para a realização do exame odontológico.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Definição clara e objetiva de desastre de massa.
A alternativa C está incorreta. A ação do calor no crânio pode gerar fraturas cranianas.
A alternativa D está incorreta. O hipoclorito não é indicado para armazenamento de tecidos para fins de
exames genéticos.
A alternativa E está incorreta. Instrumento só se aplica a energia mecânica (cinética).
Os Desastres em Massas podem ser classificados com base em duas principais divisões: Quanto à Origem
do Evento e Quanto à População Envolvida.
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Quanto à Origem, o desastre poderá ser classificado em: Natural, Não Natural e Misto.
Os Desastres de origem Natural consistem em eventos ocorridos por força da natureza sem a interferência
humana (terremoto, maremoto, enchentes etc.).
Os Desastres de origem Não Natural abrangem os diversos eventos ocasionados pela interferência humana,
seja por ação ou seja por omissão do ser humano (queda de avião, terrorismo, acidentes em instalações
industriais).
Os Desastres de origem Mista, por sua vez, consistem na combinação dos dois eventos, como por exemplo
as inundações ou enchentes, que são fenômenos da natureza, porém são intensificados pela ação humana.
Quanto à População Envolvida, o desastre poderá ser classificado em: Aberto, Fechado e Misto.
Desastres com população em Aberto são os desastres cujo número exato de vítimas é desconhecido, uma
vez que não existia registros previamente conhecidos. Podemos citar como exemplo o Tsunami que ocorreu
na Indonésia em 2004. À época, a quantidade de pessoas que estavam na localidade não era conhecida, e,
por conta disso, não se tem, até hoje, o número exato de vítimas.
Desastres com população Fechada são aqueles que possuem um número fechado e exato de vítimas, como
por exemplo uma queda de aeronave, que existe uma lista prévia de passageiros e membros da tripulação
embarcados, podendo-se saber exatamente a quantidade de vítimas do evento.
Por fim, os Desastres que são considerados com população Mista envolvem as duas situações anteriores,
pois, de certa forma, é possível saber previamente o número exato de uma certa quantidade de vítimas, no
entanto pode existir vítimas que sejam desconhecidas. Um exemplo claro disso foi o rompimento da
barragem da Vale de Brumadinho - MG, que a empresa passou a lista exata dos funcionários que estavam
no local, porém não havia informações suficientes dos habitantes que estavam na localidade,
impossibilitando saber, precisamente, quantas vítimas foram ao total.
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NATURAL
DOS DESASTRES
CLASSIFICAÇÃO
ORIGEM NÃO NATURAL
MISTA
ABERTA
VÍTIMAS FECHADA
MISTA
(INSTITUTO AOCP/ITEP-RN – 2021) Os desastres em massa podem ser classificados de diferentes maneiras,
quanto à população e quanto à origem. Analise a seguinte situação: Um incêndio, que teve origem em
problemas elétricos, atingiu um shopping center em pleno horário de funcionamento e causou dezenas de
mortes de pessoas que estavam em seu interior. Diante desse desastre, temos as seguintes afirmações:
a) em relação à população, ele é considerado um desastre fechado;
b) em relação à origem, ele é considerado um desastre não natural (b).
a) (a) está errada e (b) está correta.
b) (a) e (b) estão corretas.
c) (a) está correta e (b) está parcialmente correta.
d) (a) e (b) estão erradas.
e) (a) está correta e (b) está errada.
Comentários:
A afirmação (a) está incorreta. Como não uma lista de controle das pessoas que se encontravam no shopping,
estamos diante de um desastre aberto.
A afirmação (b) está correta.
Com isso, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
Outra classificação que devemos estudar é a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (COBRADE),
que nada mais é do que a classificação oficial de desastres adotada no Brasil.
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Tal classificação colabora com situações específicas, como o ato de decretar situação de emergência e o
estado de calamidade pública. Portanto, é um instrumento legal para fundamentar tais atos, pois foi
instituído pela Instrução Normativa nº 01, de 24 de agosto de 2012, pelo Ministério da Integração Nacional.
Nessa classificação, os desastres são divididos em dois grandes grupos: Desastres Naturais e Desastres
Tecnológicos.
GEOLÓGICOS
HIDROLÓGICOS
DESASTRES
METEOROLÓGICOS
NATURAIS
CLIMATOLÓGICOS
COBRADE
BIOLÓGICOS
DESASTRES RELACIONADOS
A SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS
DESASTRES RELACIONADOS
DESASTRES A PRODUTOS PERIGOSOS
Vou deixar a classificação mais detalhada aqui embaixo. Assim, você pode dar uma lida e
ter uma noção de como os desastres são classificados. Caso queira uma leitura mais
minuciosa ainda, sugiro acessar a instrução normativa (é um documento público!).
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• Geológicas:
o terremoto
▪ tremor de terra
▪ tsunami
o emanação vulcânica
o movimento de massa
▪ quedas, tombamentos e rolamentos
• blocos
• lascas
• matacães
• lajes
▪ deslizamentos
• deslizamentos de solo e/ou rocha
▪ corridas de massa/ subsidências e colapsos
• solo/lama
• rocha/detrito
o erosão
▪ erosão costeira/marinha
▪ erosão de margem fluvial
▪ erosão continental
• laminar
• ravinas
• boçorocas
• Hidrológicas:
o inundações
o enxurradas
o alagamentos.
• Meteorológicas:
o sistemas de grande escala/escala regional
▪ ciclones
• ventos costeiros (mobilidade de dunas)
• marés de tempestade (ressaca)
▪ frentes frias/zonas de convergência
o tempestades
▪ tempestade local/convectiva
• Tornados
• Tempestades de raios
• Granizo
• Chuvas intensas
• Vendaval
o Temperaturas extremas
▪ Onda de calor
• Friagem
• Geadas
▪ Onda de frio
• Climatológicas:
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o Seca
▪ Estiagem
▪ Seca
▪ Incêndio Florestal
• Incêndios em Parques, Áreas de Proteção Ambiental e Áreas de Preservação
Permanente Nacionais, Estaduais ou Municipais
• Incêndios em áreas não protegidas, com reflexos na qualidade do ar
▪ Baixa umidade do ar
• Biológicas:
o Epidemias
▪ Doenças infecciosas virais
▪ Doenças infecciosas bacterianas
▪ Doenças infecciosas fúngicas
o Infestações/Pragas
▪ Infestações de animais ==a0730==
▪ Infestações de algas
• Marés vermelhas
• Cianobactérias em reservatórios
▪ Outras infestações
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▪ Transporte marítimo
▪ Transporte aquaviário
• Desastres relacionados a incêndios urbanos
o Incêndios urbanos
▪ Incêndios em plantas e distritos industriais, parques e depósitos
▪ Incêndios em aglomerados residenciais
• Desastres relacionados a obras civis
o Colapso de edificações
o Rompimento/colapso de barragens
• Desastres relacionados a transporte de passageiros e cargas não perigosas
o Transporte rodoviário
o Transporte ferroviário
o Transporte aéreo
o Transporte marítimo
o Transporte aquaviário
Agora que aprendemos tanto o conceito de desastre quanto suas classificações, já deu para perceber que na
ocorrência de eventos dessa magnitude é imprescindível que se coloque em ação diversas equipes de
diferentes áreas para trabalharem juntos, não é mesmo?
Imagine uma queda de avião bem no meio de uma floresta inabitada, nesse caso, teríamos minimamente
que solicitar ajuda das equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Militar, Polícia Civil, Médicos,
órgãos de Perícia, Forças Armadas...e tantos outros quanto preciso forem.
Por isso, diz-se que, em desastres em massa, é necessário um trabalho multidisciplinar de diversas agências
para atender eventos desse tipo. As funções devem ser organizadas hierarquicamente, respeitando as
atribuições e limites legais dos componentes das equipes, organizando as atividades em prol de um bem
comum.
Nesse sentido, alguns procedimentos, padrões e ferramentas de planejamento devem ser utilizados no
momento de resposta a um desastre, com o intuito de realizar as funções corretamente e de ter uma equipe
multidisciplinar trabalhando de forma eficaz, integrada e sinérgica.
Muito embora a literatura proponha diversos métodos e protocolos de atuação para eventos de desastre,
você há de concordar comigo que cada evento é único e que, dependendo da situação, tais protocolos
devem ser adaptados para cada caso, correto?
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Pois bem, sabendo disso, neste material farei um apanhado geral das metodologias adotadas, de forma
simples, para que você possa entender como funcionam as operações em um Desastre. Dentre as
metodologias mais utilizadas e que podem, eventualmente, cair na sua prova, falaremos sobre o Plano de
Contingência, Sistema de Comando de Incidentes (SCI) e alguns procedimentos padrões adotados para o
Gerenciamento De Local De Desastre.
Começaremos pelo Plano de Contingência, que nada mais é que um plano cuja sua estrutura apresenta
estratégias de operação e ações que ajudarão a controlar uma situação de emergência e a minimizar as
suas consequências negativas. O objetivo é preparar as entidades civis e governamentais para agir de
maneira estratégica e eficaz quando um desastre ocorrer.
Em suma, o Plano de Contingência visa orientar órgãos estaduais e municipais no desenvolvimento de ações
e estratégias de monitoramento, preparação e resposta às situações adversas, mostrando o passo a passo
de como identificar desastres, as maneiras de mitigar os riscos associados aos eventos e quais são as medidas
possíveis a serem tomadas, observando o tipo de acidente, tempo, lugar e efeito sobre a população.
Não é por acaso que estou falando do plano de contingência em primeiro lugar, mas simplesmente porque,
via de regra, esse plano tem caráter preventivo e alternativo, assim, ele deve ser elaborado antes que
qualquer evento possa ocorrer, preparando os envolvidos para operações de emergências e resposta aos
desastres, para que o evento tenha o menor impacto possível.
Uma das características do Plano de Contingência é sua capacidade de trazer uma visão geral das
organizações que podem estar envolvidas em desastres, além de elencar a responsabilidade de cada uma
no evento e apresentar as situações em que o plano deverá ser utilizado.
Portanto, quando, porventura, ocorrer algum evento, os órgãos responsáveis pela operação deverão analisar
variáveis que compõem o desastre, como o local, a extensão do evento, o número de vítimas e uma
estimativa do dano causado, e, com isso, acessar o plano de Contingência para estabelecer as ações e as
competências necessárias para atuar operacionalmente no desastre.
(INSTITUTO AOCP/ITEP-RN – 2021) Em um desastre em massa, existe uma ferramenta que auxilia o
trabalho coordenado e integrado e permite uma visão geral das organizações envolvidas na resposta, bem
como suas responsabilidades. Trata-se do
a) planejamento operacional.
b) plano de contingência.
c) plano de ação de resposta aos desastres.
d) diagnóstico inicial.
e) plano de ação tático-operacional
Comentários:
O Plano de Contingência é um plano cuja sua estrutura apresenta estratégias de operação e ações que
ajudarão a controlar uma situação de emergência e a minimizar as suas consequências negativas. O objetivo
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é preparar as entidades civis e governamentais para agir de maneira estratégica e eficaz quando um desastre
ocorrer.
Com isso, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
Já deu para perceber que quando acontece um desastre, muitos órgãos e entidades participam da operação,
não é mesmo? Assim, você tem que concordar comigo que é necessário que haja um nível de integração
entre os profissionais muito grande, visando a segurança e a otimização das funções, senão vira uma bagunça
e ninguém vai saber o que fazer diante do evento ocorrido, não é?
Por conta disso, a Defesa Civil e diversos outros órgãos e entidades utilizam o Sistema de Comando de
Incidentes (SCI). O SCI é uma plataforma que gerencia, de forma padronizada, todos os tipos de eventos, e
que permite a seu usuário adotar uma estrutura organizacional integrada, que auxilia nas complexas
demandas de incidentes dessa magnitude, independente das barreiras jurisdicionais.
O SCI garante uma integração dos envolvidos na operação por meio de um Plano de Comunicação, definindo
várias formas de contato a depender das necessidades do evento. Por conta disso, é essencial que todas as
pessoas envolvidas nas operações conheçam bem o sistema, de forma a conseguirem atuar conforme o
planejamento.
• Resguardar a segurança das equipes que participam das operações do incidente, bem como de todas
as pessoas envolvidas ou atingidas pelo evento;
• Cumprir os objetivos táticos definidos para o desenvolvimento das ações;
• Possibilitar o uso eficiente dos recursos disponibilizados.
Também é importante saber que, no SCI, existe o papel do Comandante do Incidente. Como o próprio nome
diz, ele que comanda a operação, formando a equipe necessária, coordenando e delegando as funções de
acordo com as demandas do evento. As funções são: comando, segurança, informação pública, ligação,
planejamento, operações, logística, administração/finanças.
Alguns estados do Brasil utilizam o SCI de forma adaptada, de acordo com as demandas e peculiares de cada
estado. Contudo, mesmo utilizando a ferramenta de maneira diferente, os princípios básicos de
gerenciamento e coordenação de atividades se mantêm.
Já falamos de Plano de Contingência e SCI, mas é importante também apresentar para vocês, de modo geral,
todos os passos das providências e procedimentos necessários a serem tomadas dentro de um local de
desastre.
Antes de tudo, é necessário definir a jurisdição e a competência de apuração dos eventos, ou seja, é preciso
averiguar com os órgãos competentes de quem é a responsabilidade de atuar nesse caso (Estadual, Federal,
Internacional).
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Tão logo se consiga definir as respectivas competências, deve-se convocar as diferentes equipes, que
deverão agir de forma coordenada e integrada, desempenhando cada uma sua função dentro de seus
limites e especialidades, com o objetivo de sempre conservar as provas, preservar indícios e coletar restos
mortais.
Para isso, os profissionais envolvidos possuem responsabilidades e funções bem definidas no momento da
operação:
Com uma equipe bem definida e suas funções determinadas, o que fazer? O primeiro passo consiste em
providenciar de imediato o estabelecimento um cordão de isolamento na área do evento. A distância de
isolamento e preservação do local deverá ser realizada levando em conta a característica do local e o tipo de
acidente, podendo variar de 100 a 200 metros, sendo uma prioridade porque garante a segurança da equipe
e de terceiros.
Além disso, é essencial estabelecer um ponto de controle de acesso à área delimitada, pois isso possibilita
proteger as provas do desastre, evitando que pessoas que não estejam autorizadas entrem e modifiquem o
local, ou mesmo acabem sendo vítimas adicionais do desastre.
Posteriormente, deverá ser realizado o atendimento dos feridos no local pela equipe de emergência, se for
o caso. Obviamente que essa ação depende do tipo de acidente ocorrido e do tempo decorrido desde o início
do evento até o momento que a equipe chega, pois se esse tempo for muito longo, as chances de existirem
sobreviventes serão remotas.
Nas situações em que não houver vítimas com vida, as equipes devem voltar-se para os restos materiais,
procedendo de forma íntegra, conjunta e multidisciplinar para, posteriormente, atuarem na identificação
humana. Para essa etapa é importante dividir previamente a área demarcada pelo cordão de isolamento em
setores, pois facilitará a identificação dos corpos e fragmentos coletados e darão auxílio às equipes de busca.
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Essa divisão pode ser realizada a partir do método de localização por quadriculado, que consiste
simplesmente em dividir a área isolada em setores. Quando se encontra algum resto mortal ou fragmento
em algum desses setores, a evidência deverá ser coletada e identificada com numerais cardinais (1, 2, 3...etc).
Se, porventura, existirem mais de uma equipe, por exemplo equipe A, equipe B, deverá ser identificado da
seguinte forma: A1, A2... B1, B2....
As operações de busca de evidências (restos ou fragmentos humanos) torna-se um pouco mais complicada
quando temos desastres com envolvimento de grandes energias, como por exemplo explosões ou acidentes
aéreos, pois os corpos estarão bem fragmentados e dispersos, sendo, portanto, necessário vasculhar e
procurar retalhos e fragmentos de pele mesmo longe do local do evento.
Quando todos os corpos tenham sido retirados, pode ser necessária ainda uma outra busca, agora um pouco
mais detalhada. Essa segunda busca é conhecida como "operação pente-fino", que poderá encontrar alguns
fragmentos corpóreos e demais objetos pessoais que podem auxiliar na identificação da vítima.
Tendo em mão todo o material recolhido, este deverá ser encaminhado diretamente para uma Central de
Identificação, cujo objetivo é, como o próprio nome diz, identificar os corpos ou fragmentos a partir de
método científico. A instalação dessa Central de Identificação deverá ser realizada nas proximidades do
desastre, com o intuito de facilitar o transporte e, consequentemente, reduzir o tempo de análise.
Assim, podemos resumir, de forma geral, as etapas das operações do gerenciamento de um local de desastre.
ESCOLHA DA
ISOLAMENTO E ATENDIMENTO AOS
EQUIPE DE
PRESERVAÇÃO DO FERIDOS /BUSCA DE
RECUPERAÇÃO E
LOCAL SOBREVIVENTES
IDENTIFICAÇÃO
PROCURA DE
MARCAÇÃO DE
IDENTIFICAÇÃO DAS RESTOS OU
LOCALIZAÇÃO POR
EVIDÊNCIAS FRAGMENTOS
QUADRICULADO
MORTAIS
ENCAMINHAR PARA
EQUIPE DE
IDENTIFICAÇÃO
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(CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE - 2016) Assinale a opção correta acerca do planejamento operacional para
assistência em casos de acidentes de massa.
a) O coordenador técnico tem a função de gerenciar o planejamento e a execução da ação necessária para a
cobertura do desastre.
b) O odontolegista é o responsável por centralizar todas as ações administrativas, operacionais e sociais.
c) O coordenador técnico deve estabelecer tratamentos psicossociais demandados para apoio às vítimas e
seus familiares.
d) No planejamento operacional, devem-se seguir protocolos predeterminados e ações treinadas, sem
admitir variações em cada caso para evitar insucesso.
e) O supervisor geral é responsável pelas áreas de atuação multidisciplinares necessárias para a cobertura
do acidente.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
A alternativa B está incorreta. Essa é a função do coordenador técnico.
A alternativa C está incorreta. Não é atribuição do coordenador técnico.
A alternativa D está incorreta. Protocolos devem ser determinados e podem ser alterados para se adequar
à situação.
A alternativa E está incorreta. Não há a função "supervisor geral".
No tópico anterior mencionamos que os restos ou fragmentos mortais, depois de coletados, devem ser
encaminhados até um local específico onde se procedem os exames de identificação. E aí que chegamos na
parte mais interessante para a Odontologia Legal, em que o Odontolegista pode assumir papel de
protagonista realizando a identificação humana mediante análise, estudo e comparação de arcos
dentários.
A Identificação de Vítimas de Desastres, também conhecida como DVI (do inglês Disaster Victim
Identification), configura-se como um dos processos mais importantes dentro do tema de Desastres em
Massa. Com isso, o Guia da INTERPOL foi elaborado a partir de experiências de desastres na comunidade
internacional, a fim de estabelecer um protocolo que possa ser usado mundialmente na identificação
humana.
O guia divide o processo em quatro fases e, cada uma delas, é composta por atividades em sequências que
vão permitir a identificação das vítimas.
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Antes de estudarmos as fases de DVI bem como os métodos de Identificação, é necessário saber que a
Identificação Humana é o processo de determinar a identidade de uma pessoa, para isso, deve-se cumprir
um conjunto de procedimentos e diligências com o intuito de estabelecer uma identidade.
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
A INTERPOL classifica os métodos de identificação em dois grupos: Primários e Secundários. Esses métodos
de identificação usados em casos de desastres devem ser cientificamente sólidos, confiáveis, aplicáveis em
condições de campo e capazes de serem implementados dentro de um período razoável de tempo.
Os métodos primários são mais confiáveis, isso porque cada um deles consegue estabelecer a identificação
por si só, ou seja, são métodos seguros que conseguem sozinhos levar a uma conclusão de identificação.
Exemplo de métodos primários são: papiloscopia; odontologia forense e genética forense.
ATENÇÃO
Hoje em dia, os números de série exclusivos de implantes médicos também podem ser confiáveis
identificadores, em termos de prova de identidade, sendo também considerados como métodos primários.
Os métodos secundários, isoladamente, não são considerados confiáveis para levar a uma conclusão de
identificação. Por conta disso, esses métodos têm caráter complementar e apenas auxiliam no processo de
identificação. Exemplos de métodos secundários são: informações médicas medicina legal, antropologia
forense; e vestes, objetos pessoais e documentos vinculados.
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Informações Médicas
As informações médicas, como o próprio nome diz, referem-se a toda e qualquer informação advinda de
exames ou prontuários médicos capazes de identificar o indivíduo a partir de características particulares,
quais sejam.
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É aqui que a Antropologia Forense, ramo da Medicina Legal, por meio da análise a morfologia óssea, bem
como suas repercussões, auxilia o processo de identificação humana ao filtrar os corpos, dividindo-os por
sexo, idade, por exemplo (os detalhes estão na Aula 3).
A percepção e análise dos objetos e pertences que possam estar atrelados ao corpo da vítima podem auxiliar
e agilizar bastante a identificação das vítimas. Pois, normalmente, os familiares passam informações no
momento da descrição da pessoa desaparecida e, quando a equipe de busca encontra algo que bata com a
descrição, é possível confrontar as duas informações para se chegar à identidade da vítima.
Obviamente esse método não é 100% seguro, uma vez que roupas são comercializadas para qualquer um,
podendo seu uso ser comum. Porém, é inegável que pode auxiliar no processo de identificação.
(IDECAN/PEFOCE – 2021) A Interpol elaborou e atualiza o Guia de Desastres de Massa (DVI GUIDE:
INTERPOL, 2014). Esse instrumento estabelece a categorização dos métodos de identificação em desastres
em massa. Assinale a alternativa que indique um método primário de identificação.
a) datiloscopia.
b) a idade aproximada do indivíduo.
c) estudos de antropologia.
d) análise do ácido ribonucleico.
e) tatuagens.
Comentários:
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
A alternativa B está incorreta. Não é nem um método...
A alternativa C está incorreta. Secundário.
A alternativa D está incorreta. Cuidado ao ler esse item. Não é a análise do RNA que é feita.
A alternativa E está incorreta. Secundário.
As fases do processo de DVI são realizadas por grupos independentes, mas que realizam suas funções de
maneira integrada e em consonância com as demais equipes.
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As fases são as seguintes, de maneira resumida (de acordo com o Guia de DVI da Interpol, 2018):
Fase 1 - Local
No local do desastre, é necessário seguir uma sequência de procedimentos para assegurar a preservação
dos vestígios, senão o processo de identificação humana fica prejudicado.
São 9 atividades principais que devem ser realizadas no Local do desastre, e que serão detalhadas uma a
uma na tabela a seguir1.
1
Machado CEP, Costa KA, Vidal MM, Bezerra TP. A perícia em locais de desastres em massa. In:Velho JA, Costa KA,
Damasceno CTM. Locais de crime: dos vestígios à dinâmica criminosa.1st Ed.São Paulo: Millenium Editora, 2013. p:511-554.
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AJUSTE DO
Verificar a área do isolamento e, se necessário, ajustá-la para melhorar o
3 PERÍMETRO E
trabalho da operação.
ISOLAMENTO
Conversar com o responsável das operações e analisar os potenciais riscos
do local, com o intuito de dirimi-los. São exemplos de riscos que devem ser
REAVALIAÇÃO DOS
4 avaliados nesta etapa: fogo, gases tóxicos, desabamentos, deslizamentos,
RISCOS
animais e insetos perigosos ou peçonhentos, contaminação química, riscos
biológicos, radioativos etc…
A partir das informações coletadas nas etapas anteriores, deverão ser
levantados os recursos necessários para a operação de identificação e
LEVANTAMENTO DE vítimas, entre esses: recursos humanos, equipamentos de proteção
5
RECURSOS individual, material para acondicionamento de corpos e pertences, recursos
para documentação, meio de transporte dos corpos, local de
armazenamento temporário, entre outros.
Com base em todas as informações levantadas nas etapas anteriores, deverá
DEFINIÇÃO DO
6 ser realizado um Plano de Ações, em conjunto com a coordenação local do
PLANO DE AÇÃO
desastre, contendo responsáveis, objetivos, prazos entre outros.
O time de busca é composto por 6 principais funções:
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Vestígio vinculado são aqueles que estão ligados de maneira física ao corpo, não levantando dúvidas sobre
a relação do objeto com o corpo. Um exemplo claro é um anel, brinco, entre outros. Fique atento que os
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vestígios vinculados levam a mesma numeração do corpo, e não deverão ser removidos do corpo, a menos
que exista algum risco de perda do vestígio no momento do transporte.
Os vestígios não vinculados são aqueles que estão ao redor do corpo, mas não fisicamente ligados ao corpo.
Como exemplo temos chave, bolsa, documentos, entre outros. Por não sabermos exatamente se o objeto
pertence de fato ao corpo que está próximo, o vestígio não vinculado deverá receber numeração de forma
independente, mas deverá ser incluído nas fichas de recuperação do cadáver, para possibilitar,
eventualmente, uma vinculação futura.
Nesta fase acontecem os exames nos corpos ou fragmentos de corpos e vestígios vinculados, a fim de
encontrar dados passíveis de comparação. Esses exames são realizados no necrotério, podendo ser um
necrotério montado momentaneamente no local do desastre ou no IML da região que ocorreu o evento.
É para o necrotério que os restos mortais são levados e sugere-se que o corpo seja retirado do seu local de
armazenamento apenas uma vez, devendo proceder todos os exames em sequência. Sugere-se a seguinte
sequência de exames:
RADIOGRAFIA
FOTOGRAFIA
EXAMES PAPILOSCÓPICOS
NECROPSIA
EXAMES DE DNA
EXAMES ANTROPOLÓGICOS
EXAMES ODONTOLÓGICOS
Na fase Ante Mortem coletam-se dados de referência, com o intuito de realizar cruzamento com dados
contidos no corpo. Os modos de coleta desses dados normalmente envolvem entrevistas com familiares ou
pessoas próximas, fazendo uso de um formulário padronizado.
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Existe um formulário AM, elaborado pela INTERPOL, que sugere a coleta das seguintes informações nas
entrevistas.
Fase 4 - Reconciliação
Momento em que os dados ante mortem são confrontados com os dados post mortem, em busca de
confluências ou discordâncias. Pode parecer a etapa mais simples, no entanto, se houver muitos dados a
serem confortados, pode se tornar muito complexa e demorada.
Mesmo já havendo um rígido controle de qualidade dos dados nas fases anteriores (AM e PM), aqui esse
controle é mais uma vez revisado. Assim, há a garantia de que os confrontos se deem de maneira uniforme.
O Body Identification Information & Guidelines (2017) da American Board of Forensic Odontology (ABFO)
divide os possíveis resultados em:
Após a confirmação dos resultados, esses são encaminhados para serem avaliados pelo Comitê de
Identificação, que possui a função de formalizar as identificações das vítimas.
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c) Na fase de confronto.
d) Na fase de local.
e) No comitê de identificação.
Comentários:
Após a confirmação dos resultados (obtidos após às fazes de local, PM, AM e confronto), esses são
encaminhados para serem avaliados pelo Comitê de Identificação, que possui a função de formalizar as
identificações das vítimas.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão.
Diante de tudo que estudamos sobre os desastres e buscas de restos ou fragmentos humanos, deu para
perceber que muitos dos vestígios e restos recolhidos pelas equipes de buscas podem estar associados à
área odontológica, como por exemplo: fragmentos do crânio, da maxila, da mandíbula e seus respectivos
elementos dentais.
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Na maioria dos casos, a atuação do Odontolegista permite reduzir o tempo de identificação, bem como
possibilita a economia de recursos, quando comparada com, por exemplo, o alto custo e as dificuldades
técnicas de um exame de tentativa de extração de material genético (DNA).
O papel desempenhado pelo Odontologista nos exames dentais Post Mortem são completamente essenciais
e objetivos para atender aos requisitos da identificação humana. Os exames que um Odontolegista deve
fazer precisam investigar presença de fraturas dentais, restaurações, aparelhos e bandas ortodônticas,
implantes, tratamentos endodônticos, próteses fixas e removíveis, bem como qualquer outra
característica capaz de individualizar a vítima.
Os procedimentos necessários para a identificação que um odontolegista deve realizar podem ser resumidos
nos seguintes:
Dissecação
A dissecação vai permitir uma melhor visualização da cavidade oral para obtenção da radiografia e do
próprio exame visual. Recomenda-se realizar a dissecação de acordo com a Técnica de Luntz, explicada a
seguir:
• Incisão em formato de “V”: são feitas duas incisões a partir das comissuras labiais: a superior, indo
até o arco zigomático, expondo o côndilo mandibular (cavidade glenóide do osso temporal), e a
inferior, atingindo o ângulo da mandíbula.
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A precisão da Radiografia é tanta que permite identificar fragmentos de arco, mesmo que
de um dente só, desde que este tenha uma característica singular (canal, restauração, etc.).
Odontograma
Após a dissecação e dos exames radiográficos, as condições dentárias deverão ser escritas de maneira
detalhada no Odontograma. Recomenda-se analisar minuciosamente dente a dente, iniciando pelo
hemiarco superior direito (18-11), e na sequência, o hemiarco superior esquerdo (21-28), hemiarco inferior
esquerdo (38-31) e, por fim, o hemiarco inferior direito (41-48), utilizando-se da notação dentária
preconizada pela FDI (Federação Dentária Internacional).
• restaurações dentais,
• dentes perdidos,
• próteses,
• patologias atuais,
• anatomia singular [e.g., toro],
• estimativa de idade e
• referências para eventual reconhecimento de sexo ou de grupo étnico.
Esses achados somados com as informações Ante Mortem da vítima, como por exemplo prontuários e
radiografias anteriores, podem ser confrontados e, em caso positivo, podem trazer informações da
identificação da vítima.
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Ossadas
É bastante comum que o trabalho do odontolegista seja requisitado em casos de ossadas envolvidas em
desastres, valas comuns ou cemitérios clandestinos.
Para esses casos, Vanrell2 estabelece o seguinte protocolo de limpeza para ossos:
Os ossos cranianos fraturados podem ser colados com cola de pistola elétrica ou com cera
sete, muito usada pelos cirurgiões-dentistas, preenchendo-se espaços vazios, o que
permite a sua reconstituição.
Posteriormente, ocorre:
2 VANRELL, J. P. Odontologia Legal e Antropologia Forense. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
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• Exame clínico, detalhado das arcadas dentárias, documentando todos os acidentes e intercorrências
odontológicas. Desenhos, ilustrações e fotografias podem ser realizados
• Exame exclusivo (especial) dos tratamentos odontológicos
Para a realização da análise dos ossos, o local recomendado é o Serviço de Antropologia Forense do IML ou,
nas faculdades, o Setor de Odontologia Legal.
A fim de viabilizar exames genéticos, em que tecidos moles não foram coletados anteriormente, ossos ou
dentes (preferencialmente molares) podem ser recolhidos para eventuais confrontos.
Outra lista desenvolvida por Vanrell3 é a de uma lista de controle (check-list) voltada para a Odontologia
Forense:
Examinar e fotografar os ossos e o conjunto que o acompanha da forma tal qual foram
encaminhados
Buscar dados, lesões ósseas ou sinais no crânio que ajudem a estabelecer a causa mortis
médica, quando possível
3 VANRELL, J. P. Odontologia Legal e Antropologia Forense. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
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Montar laudo com linguagem clara e explicativa, ilustrado com fotografias, croquis e
gráficos, no número necessário, mas sem excessos
(INSTITUTO AOCP/ITEP-RN – 2021) Em estudo realizado no Brasil, foi verificado que, em casos de desastres
aéreos, a perícia odontolegal contribuiu para a identificação das vítimas em 44% dos casos,
fundamentalmente porque
a) é um método primário de identificação.
b) é um método mais rápido e fácil que os outros.
c) existia dados ante mortem disponíveis.
d) tem muito dentista no Brasil.
e) resiste melhor a condições adversas como politraumatismos e carbonização.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Apesar do item conter uma informação correta, não é a resposta.
A alternativa B está incorreta. Não há como garantir que sempre será rápido e fácil.
A alternativa C está incorreta. Não há como confirmar essa informação.
A alternativa D está incorreta. Apesar do item conter uma informação correta, não é a resposta.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (FCC/PC-BA - 2014) Desastres em massa são eventos infortunísticos que exigem ação de diversas
equipes de trabalho. Com relação ao gerenciamento de um desastre, é correto afirmar:
a) Em casos de grandes queimados, a identificação odontológica não possui metodologia disponível para
auxiliar o caso.
b) As cabeças nunca devem ser embrulhadas por plásticos e bandagens elásticas antes da remoção do corpo,
em casos de grandes queimados.
c) Em caso de grande número de corpos, deve-se evitar a requisição de caminhões frigoríficos para que não
haja assédio da mídia gravada.
d) A identificação visual é a mais confiável, visto que as pessoas que melhor conheciam o de cujus eram os
próprios familiares.
e) Dentre as metodologias para proceder à identificação de restos humanos temos: identificação visual,
impressões digitais ou identificação de pegada, identificação odontológica e perfil do DNA.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Lógico que a identificação odontológica pode contribuir com o caso.
A alternativa B está incorreta. O plástico e as bandagens podem aderir aos corpos por conta da temperatura
e possível derretimento. Apesar do plástico e das bandagens poderem aderir aos corpos, por conta da
temperatura, e do possível derretimento desses elementos, dizer nunca é "forçar a barra".
A alternativa C está incorreta. Os caminhões são necessários para preservar os corpos que ultrapassam a
capacidade normal.
A alternativa D está incorreta. Não existe identificação visual, sendo mero reconhecimento em que não há
critério científico.
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c) ossos após a lavagem, não podem ser escovados devido ao risco de interferência no processo de
identificação.
d) ossos devem ser mantidos fora do alcance do sol ou de locais quentes após a retirada dos tecidos moles.
e) ossos cranianos fraturados podem ser colados com cola de pistola elétrica para a reconstituição.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Os crânios devem ser enviados ao odontolegista e os demais ossos ao setor
de Antropologia Forense.
A alternativa D está incorreta. Após a remoção dos tecidos moles, é recomendado a secagem ao sol ou em
estufas.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Nenhum desses são considerados métodos de identificação primário.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Os métodos primários são odontologia forense,
impressões digitais e genética forense.
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Comentários
Comentários
A alternativa A está incorreta. "Identificação dental positiva" está dizendo que todos os corpos devem ser
identificados pela odontologia forense... esse resultado não pode ser garantido.
A alternativa D está incorreta. No local do acidente é inviável a realização de radiografias dentárias de todos
os corpos.
A alternativa E está incorreta. Não cabe à equipe de odontolegal identificar os sacos plásticos.
6. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE - 2016) Assinale a opção correta com relação ao exame odontológico
post mortem realizado no local do desastre em massa.
a) identificação, coleta e preservação da evidência dental
b) identificação humana de corpos desconhecidos
c) controle de qualidade com revisão de todas as radiografias post mortem
d) dissecção facial para a obtenção do acesso à arcada
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Comentários
A alternativa B está incorreta. A identificação humana não costuma ser feita no local.
A alternativa C está incorreta. Mais uma etapa que não é realizada no local...
A alternativa E está incorreta. E mais uma... Todas as opções incorretas são costumeiramente realizadas fora
do local do desastre.
7. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE - 2016) Assinale a opção correta no que se refere às arcadas dentárias
como instrumento na identificação humana em casos de desastre em massa.
a) Em razão de sua especificidade técnica, a identificação dental humana só pode ser realizada por
odontolegistas.
b) A identificação por marcas de diferenciação e arcada dentária são técnicas simples, porém de alto custo.
c) A melhor fonte para obtenção de amostras de DNA não degradadas em desastres de massa são os ossos
e dentes.
d) A análise dos arcos dentais fica prejudicada em condições extremas de alterações de pressão, temperatura
e umidade.
e) Na comparação com o exame de DNA, o método odontológico apresenta maior tempo de trabalho em
função da coleta de dados ante mortem.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Entendo que a banca quis dizer que um cirurgião-dentista qualquer não seria
capaz de realizar... e ele consegue.
A alternativa D está incorreta. Os arcos dentais resistem bem em todas essas situações.
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b) a utilização de documentos padronizados de identificação é suficiente para uma resposta adequada frente
a qualquer situação de crise.
c) o processo completo e preciso de identificação dos corpos e das evidências é realizado integralmente nas
dependências do Instituto Médico Legal.
d) a identificação dos cadáveres que tenham sido fragmentados é postergada até que o exame completo das
partes e dos fragmentos esteja finalizado.
e) a facilidade de obtenção de registros realizados em prontuários é a maior vantagem do método
odontológico.
Comentários
A alternativa C está incorreta. Não necessariamente é realizado somente nas dependências dos IMLs.
A alternativa E está incorreta. A obtenção e qualidade dos registros é a maior dificuldade do método.
Comentários
A alternativa B está incorreta. Não só tratamentos, mas a própria morfologia pode ser usada.
A alternativa C está incorreta. Palatoscopia não é utilizada por causa da dificuldade em se ter registros ante
mortem.
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10. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - 2017) A respeito do uso das metodologias de identificação humana nos
casos de desastre em massa, analise as afirmativas.
I. Para proceder à identificação de restos humanos, a metodologia de identificação visual não deve ser
utilizada por não apresentar confiabilidade.
II. A técnica de identificação datiloscópica nem sempre é possível pelo fato de nem sempre existirem
impressões ante mortem disponíveis, além disso, o fogo tem o poder de destruir as impressões digitais.
III. A metodologia de perfil do DNA (ácido desoxirribonucleico) apresenta elementos mais confiáveis
para a identificação.
Comentários
A afirmativa I está incorreta. Ter cuidado na leitura do item. Aqui a banca fala da identificação visual com
fins de filtrar os corpos para posterior identificação. Exemplo: quando possível, separar homens das
mulheres; adultos e crianças etc.
A afirmativa II está correta. Em corpos carbonizados, as impressões digitais muitas vezes não estão
disponíveis.
A afirmativa III está correta. Quando se trata de fragmentos corporais, comuns em desastres, é provável que
apenas a genética consiga determinar a identificação.
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III. Embora auxilie nos procedimentos, a radiografia não é uma técnica precisa.
Comentários
Comentários
A alternativa A está incorreta. Mais uma vez, a identificação visual sendo utilizada como filtro...
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a) Para ser definido como um desastre em massa, o evento deve envolver vítimas de diferentes
nacionalidades.
b) O Guia de Desastres em Massa da INTERPOL (DVI GUIDE: INTERPOL, 2014) classifica os métodos de
identificação de vítimas em primários e secundários.
c) Legalmente, qualquer cirurgião dentista pode participar do processo de identificação de vítimas em caso
de desastres em massa.
d) Um desastre em massa se define por qualquer situação onde o número de vítimas é maior do que a
capacidade local de gerenciamento.
Comentários
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. Não há esse requisito, basta que o evento supere a
capacidade de gerenciamento do local.
14. (IESES/IGP-SC - 2017) 69. No que se refere aos métodos utilizados na identificação de vítimas de
desastres em massa (DVI), analise as sentenças:
I. Métodos primários são aqueles que, quando aplicados conforme os parâmetros preconizados
internacionalmente, uma vez obtida a identificação positiva, são efetivos por si só, dispensando a
aplicação de outro método para confirmação.
II. A importância dos métodos primários de identificação é diminuir o universo de busca nos casos de
vítimas de desastre em massa, para então aplicar-se um método secundário de identificação.
III. A INTERPOL considera a Reconstrução Facial Forense um método de identificação primário para
vítimas de desastres em massa
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A afirmativa III está incorreta. A reconstrução facial forense é uma técnica auxiliar, mas não identifica e nem
é considerada pela INTERPOL.
Comentários
A alternativa A está incorreta. A garantia da não perda de evidências dentais é a utilização de sacos plásticos
nas cabeças com elásticos.
A alternativa D está incorreta. Não há reunião dessas equipes. O confronto é feito por uma equipe diversa.
16. (IESES/IGP-SC - 2017) Frari et al. (2008) publicaram um estudo que apresentou uma proposta de
protocolo para exames odontológicos em vítimas de desastres em massa que obteve sucesso na
identificação de 75 das 99 vítimas do acidente ocorrido em São Paulo com o voo da TAM. Com relação
aos procedimentos necessários para a identificação por exames odontológicos nestas situações,
assinale a alternativa INCORRETA:
a) Deve-se evitar tentar colar ossos fraturados para reconstrução das peças.
b) Em cadáveres carbonizados torna-se necessário dissecar para possibilitar a visualização da cavidade bucal
e a obtenção de radiografias.
c) Todo material ósseo e dentário deverá ser armazenado, caso seja necessário realizar exame de DNA.
39
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d) Examinar e fotografar os ossos e o conjunto que o acompanha na forma como foram encaminhados.
Comentários
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. A colagem visa melhorar a análise dos ossos.
17. (FADESP/CENTRO DE PERÍCIAS-PA - 2019) Desastres em massa quase sempre vêm seguidos de
profunda comoção pública e existe uma grande expectativa da sociedade pela localização e
identificação das vítimas. Nessas fatalidades os exames osteológicos e dos arcos dentários podem ser
utilizados. Com relação a esses exames, é INCORRETO afirmar que
a) deve-se manusear as peças com todo o cuidado, para serem fotografadas e radiografadas, nos casos em
que os dentes estão calcinados.
b) todos os detalhes dos elementos dentários são anotados minunciosamente, dente a dente, após exames,
radiografias e registro por fotografias.
c) a odontologia legal permite acelerar o tempo de identificação de vítimas na maioria dos casos.
d) algumas vezes é necessário o contato com o profissional que realizou procedimentos odontológicos na
vítima, para que qualquer dúvida na identificação seja sanada.
e) a odontologia legal, quando aplicada, representa queda nos custos operacionais da identificação, se
comparada com extração de material genético.
Comentários
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. Nos casos de calcinação, deve-se evitar o manuseio.
As fotografias e radiografias são prioridade antes de qualquer manuseio.
18. (INSTITUTO AOCP/ITEP-RN – 2021) o realizar uma análise comparativa entre um odontograma (ante
mortem - AM) encaminhado pelo dentista de uma vítima e uma radiografia panorâmica (post mortem
- PM) obtida do cadáver no IML, o odontolegista verificou a seguinte situação:
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AM RAm OM
36
PM RRc MOD
AM RRc MIV
21
PM Ip / PrF
Com base nos achados odontológicos, na conclusão do laudo, ele respondeu que
a) não se trata do mesmo indivíduo, pois as características são divergentes.
b) a identificação foi positiva, pois não há incompatibilidade.
c) as características são convergentes, podendo tratar-se do mesmo indivíduo.
d) trata-se do mesmo indivíduo, pois existem divergências explicáveis.
e) não se pode excluir a possibilidade de ser o mesmo indivíduo, pois existem divergências explicáveis.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Os procedimentos anteriores realizados podem ter sido trocados por outros.
A alternativa B está incorreta. Há divergências. Por isso não se pode afirmar a identificação positiva.
19. (UFMT/POLITEC-MT – 2022) Em caso de identificação de um cadáver pela arcada dentária, é correto
afirmar quanto a sua validade:
a) É preciso confirmar a identificação por auto de reconhecimento familiar.
b) Existe a necessidade de se confirmar a identificação pela análise de DNA.
c) Deve-se considerar como identificação positiva.
d) Existe a necessidade de se confirmar a identificação pelas impressões digitais.
e) Somente checar a identificação por fotografias e documentos é suficiente.
Comentários:
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A alternativa B está incorreta. Não há necessidade de outra confirmação por outro método primário.
A alternativa D está incorreta. Não há necessidade de outra confirmação por outro método primário.
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LISTA DE QUESTÕES
1. (FCC/PC-BA - 2014) Desastres em massa são eventos infortunísticos que exigem ação de diversas
equipes de trabalho. Com relação ao gerenciamento de um desastre, é correto afirmar:
a) Em casos de grandes queimados, a identificação odontológica não possui metodologia disponível para
auxiliar o caso.
b) As cabeças nunca devem ser embrulhadas por plásticos e bandagens elásticas antes da remoção do corpo,
em casos de grandes queimados.
c) Em caso de grande número de corpos, deve-se evitar a requisição de caminhões frigoríficos para que não
haja assédio da mídia gravada.
d) A identificação visual é a mais confiável, visto que as pessoas que melhor conheciam o de cujus eram os
próprios familiares.
e) Dentre as metodologias para proceder à identificação de restos humanos temos: identificação visual,
impressões digitais ou identificação de pegada, identificação odontológica e perfil do DNA.
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6. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE - 2016) Assinale a opção correta com relação ao exame odontológico
post mortem realizado no local do desastre em massa.
a) identificação, coleta e preservação da evidência dental
b) identificação humana de corpos desconhecidos
c) controle de qualidade com revisão de todas as radiografias post mortem
d) dissecção facial para a obtenção do acesso à arcada
e) exame clínico para a realização da documentação dos achados
7. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE - 2016) Assinale a opção correta no que se refere às arcadas dentárias
como instrumento na identificação humana em casos de desastre em massa.
a) Em razão de sua especificidade técnica, a identificação dental humana só pode ser realizada por
odontolegistas.
b) A identificação por marcas de diferenciação e arcada dentária são técnicas simples, porém de alto custo.
c) A melhor fonte para obtenção de amostras de DNA não degradadas em desastres de massa são os ossos
e dentes.
d) A análise dos arcos dentais fica prejudicada em condições extremas de alterações de pressão, temperatura
e umidade.
e) Na comparação com o exame de DNA, o método odontológico apresenta maior tempo de trabalho em
função da coleta de dados ante mortem.
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d) a identificação dos cadáveres que tenham sido fragmentados é postergada até que o exame completo das
partes e dos fragmentos esteja finalizado.
e) a facilidade de obtenção de registros realizados em prontuários é a maior vantagem do método
odontológico.
10. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - 2017) A respeito do uso das metodologias de identificação humana nos
casos de desastre em massa, analise as afirmativas.
I. Para proceder à identificação de restos humanos, a metodologia de identificação visual não deve ser
utilizada por não apresentar confiabilidade.
II. A técnica de identificação datiloscópica nem sempre é possível pelo fato de nem sempre existirem
impressões ante mortem disponíveis, além disso, o fogo tem o poder de destruir as impressões digitais.
III. A metodologia de perfil do DNA (ácido desoxirribonucleico) apresenta elementos mais confiáveis
para a identificação.
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III. Embora auxilie nos procedimentos, a radiografia não é uma técnica precisa.
14. (IESES/IGP-SC - 2017) 69. No que se refere aos métodos utilizados na identificação de vítimas de
desastres em massa (DVI), analise as sentenças:
I. Métodos primários são aqueles que, quando aplicados conforme os parâmetros preconizados
internacionalmente, uma vez obtida a identificação positiva, são efetivos por si só, dispensando a
aplicação de outro método para confirmação.
II. A importância dos métodos primários de identificação é diminuir o universo de busca nos casos de
vítimas de desastre em massa, para então aplicar-se um método secundário de identificação.
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III. A INTERPOL considera a Reconstrução Facial Forense um método de identificação primário para
vítimas de desastres em massa
16. (IESES/IGP-SC - 2017) Frari et al. (2008) publicaram um estudo que apresentou uma proposta de
protocolo para exames odontológicos em vítimas de desastres em massa que obteve sucesso na
identificação de 75 das 99 vítimas do acidente ocorrido em São Paulo com o voo da TAM. Com relação
aos procedimentos necessários para a identificação por exames odontológicos nestas situações,
assinale a alternativa INCORRETA:
a) Deve-se evitar tentar colar ossos fraturados para reconstrução das peças.
b) Em cadáveres carbonizados torna-se necessário dissecar para possibilitar a visualização da cavidade bucal
e a obtenção de radiografias.
c) Todo material ósseo e dentário deverá ser armazenado, caso seja necessário realizar exame de DNA.
d) Examinar e fotografar os ossos e o conjunto que o acompanha na forma como foram encaminhados.
17. (FADESP/CENTRO DE PERÍCIAS-PA - 2019) Desastres em massa quase sempre vêm seguidos de
profunda comoção pública e existe uma grande expectativa da sociedade pela localização e
identificação das vítimas. Nessas fatalidades os exames osteológicos e dos arcos dentários podem ser
utilizados. Com relação a esses exames, é INCORRETO afirmar que
a) deve-se manusear as peças com todo o cuidado, para serem fotografadas e radiografadas, nos casos em
que os dentes estão calcinados.
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b) todos os detalhes dos elementos dentários são anotados minunciosamente, dente a dente, após exames,
radiografias e registro por fotografias.
c) a odontologia legal permite acelerar o tempo de identificação de vítimas na maioria dos casos.
d) algumas vezes é necessário o contato com o profissional que realizou procedimentos odontológicos na
vítima, para que qualquer dúvida na identificação seja sanada.
e) a odontologia legal, quando aplicada, representa queda nos custos operacionais da identificação, se
comparada com extração de material genético.
18. (INSTITUTO AOCP/ITEP-RN – 2021) o realizar uma análise comparativa entre um odontograma (ante
mortem - AM) encaminhado pelo dentista de uma vítima e uma radiografia panorâmica (post mortem
- PM) obtida do cadáver no IML, o odontolegista verificou a seguinte situação:
AM RAm OM
36
PM RRc MOD
AM RRc MIV
21
PM Ip / PrF
Com base nos achados odontológicos, na conclusão do laudo, ele respondeu que
a) não se trata do mesmo indivíduo, pois as características são divergentes.
b) a identificação foi positiva, pois não há incompatibilidade.
c) as características são convergentes, podendo tratar-se do mesmo indivíduo.
d) trata-se do mesmo indivíduo, pois existem divergências explicáveis.
e) não se pode excluir a possibilidade de ser o mesmo indivíduo, pois existem divergências explicáveis.
19. (UFMT/POLITEC-MT – 2022) Em caso de identificação de um cadáver pela arcada dentária, é correto
afirmar quanto a sua validade:
a) É preciso confirmar a identificação por auto de reconhecimento familiar.
b) Existe a necessidade de se confirmar a identificação pela análise de DNA.
c) Deve-se considerar como identificação positiva.
d) Existe a necessidade de se confirmar a identificação pelas impressões digitais.
e) Somente checar a identificação por fotografias e documentos é suficiente.
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GABARITO
1. E 8. D 15. B
2. E 9. E 16. A
3. B 10. C 17. A
4. B 11. D 18. E
5. C 12. C 19. C
6. A 13. A
7. C 14. A
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