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6. Carboidratos

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Bioquímica Básica

Prof. MSc. Daniel Menezes


Carboidratos
Recapitulando...
 Compostos: conjunto de moléculas iguais formadas elementos diferentes (+1)
 Compostos inorgânicos: ausência de carbono ligado a um hidrogênio
• Água e sais minerais
 Compostos orgânicos: presença de carbono ligado a um hidrogênio
• Carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas e ácidos nucleicos.
Carboidratos
 Biomoléculas orgânicas compostas por carbono, hidrogênio e oxigênio
 Principal funções:
 Fornecer energia para as atividades celulares
 Papel estrutural e funcional (formação de componentes celulares)

Molécula de glicose
Carboidratos
 Classificação estrutural
 Monossacarídeos: Açúcares simples, como glicose, frutose e galactose, que são fundamentais
para a obtenção de energia. São as unidades básicas de carboidratos, com fórmula geral
(CH₂O)n
 Dissacarídeos: Formados pela união de dois monossacarídeos.
 Ex: sacarose (glicose + frutose); lactose (glicose + galactose)
 Hidrolisados para absorção (ex: lactose)
 Polissacarídeos: Estruturas complexas de múltiplos monossacarídeos
 Ex: amido (reserva energética nas plantas), glicogênio (reserva energética nos animais) e
celulose (papel estrutural nas plantas).
 Devido ao seu tamanho, os polissacarídeos são digeridos mais lentamente, proporcionando
uma liberação gradual de glicose
Glicose

Glicogênio – polímero de glicose


Lactose
Produção de energia por carboidratos
 Glicose
 Principal carboidrato utilizado pelas células para produzir energia.
 Distribuída para as células de diversos tecidos, especialmente os músculos e
o cérebro, que dependem dela para funcionamento adequado.
 A glicose é processada através de vias metabólicas fundamentais:
 Glicólise: A glicose é quebrada no citoplasma da célula, produzindo piruvato e gerando
pequenas quantidades de ATP (energia).
 Ciclo de Krebs: Se houver oxigênio disponível, o piruvato (produto da glicólise) entra nas
mitocôndrias e é oxidado no ciclo de Krebs, liberando mais energia.
 Fosforilação oxidativa: O NADH (moléculas portadoras de elétrons) gerado na glicólise e
no ciclo de Krebs é utilizado na cadeia respiratória para produzir grandes quantidades de
ATP.
Digestão e absorção de carboidratos
 Ingestão de carboidratos pela alimentação
 Carboidratos maiores são convertidos a monossacarídeos na
absorção pelo TGI
• Glicose, frutose e galactose
• Frutose e galactose são convertidas em glicose no fígado
• Glicose é a moeda de carboidrato no corpo humano
• Os níveis de glicose séricos representam o balanço metabólico
orgânico
• Entrada e saída da corrente sanguínea
Insulina
 É o principal hormônio que afeta os níveis de glicose no sangue
 Entendimento de suas ações é importante para entender o diabetes
 É uma pequena proteína sintetizada nas células beta das ilhotas de
Langerhans (pâncreas)
 Ativa vias e processos envolvidos na captação e estocagem de
combustíveis metabólicos
 Sinaliza o estado alimentar
 A maior parte dos tecidos não é capaz de captar glicose na ausência
de insulina
Diabetes mellitus
 Mellitus: “mel”
 Grupo de doenças (síndrome) metabólicas representados por
hiperglicemia, que podem ser causados por:
 Defeitos na secreção ou ação da insulina (“falta” de insulina)
e/ou
 Receptores de insulina defeituosos (resistência a insulina)
 Desordem endócrina mais comumente encontrada na prática clínica
Diabetes mellitus
 Preocupante problema de saúde pública no mundo inteiro
 ~14 milhões de diabéticos no Brasil com previsão para ~23 milhões em 2040
 Complicações do paciente crônico:
• Sobrecarga do sistema de saúde pública: complicações renais e hepáticas
• Amputações – sistema previdenciário
 Importância do profissional de saúde para conscientização sobre a doença
 Hábitos de vida modernos influenciam na prevalência e incidência
 Comodidade na alimentação e trabalho (sedentarismo)
 Alimentação desbalanceada
Diabetes mellitus
 Classificação do diabetes:
 Tipo I: deficiência de insulina por destruição autoimune das células beta-
pancreáticas
• Cerca de 15% dos casos de diabetes
• Mais comum em jovens (entre 9 a 14 anos)
• Predominante no norte europeu
 Tipo II: perda progressiva da secreção de insulina + resistência a insulina
• Cerca de 85% dos casos de diabetes
• Qualquer idade (40 e 80 anos é mais comum)
• Mundialmente distribuída, baixa prevalência em áreas rurais
Classificação do diabetes
 Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)
Diabetes mellitus
 Classificação do diabetes:
 Tipo I: deficiência de insulina por destruição autoimune das células beta-
pancreáticas
• Agudo, sintomático
• Peso baixo ou normal
• Cetose comum
• Insulina baixa ou ausente
• Anticorpos contra células da ilhota de Langerhans presentes
• Peptídeo C ausente (marcador da síntese da insulina)
• Tratamento insulínico
Diabetes mellitus
 Classificação do diabetes:
 Tipo II: perda progressiva da secreção de insulina + resistência a insulina
• Lento, progressivo, usualmente assintomático
• Associado a ganho de peso / obesidade
• Cetose incomum (condições de estresse)
• Insulina presente, mas usualmente insuficiente
• Anticorpos contra células da ilhota de Langerhans ausentes
• Peptídeo C presente (marcador da síntese da insulina)
• Tratamento com agentes hipoglicêmicos orais
Complicações do diabetes mellitus
 Microangiopatias
 Anormalidades nas paredes
de pequenos vasos
sanguíneos, sendo sua
característica mais
proeminente o espessamento
da membrana basal. Está
associada com descontrole
glicêmico
Complicações do diabetes mellitus
 Microangiopatias
 Retinopatia diabética
• Pode levar à cegueira,
devido à hemorragia
advinda da proliferação de
vasos na retina, e
maculopatia, como
resultado de exsudatos
dos vasos ou edema
afetando a mácula
Complicações do diabetes mellitus
 Microangiopatias
 Nefropatia diabética
• Nos estágios iniciais, há
hiperfunção dos rins, associada
com uma aumentada TFG,
aumento do tamanho
glorumelar e microalbuminúria.
Nos estágios tardios, há
aumentada proteinúria e um
declínio marcante na função
renal, resultando em uremia.
Complicações do diabetes mellitus
 Microangiopatias
 Neuropatia diabética
• Danos em vasos sanguíneos nervosos e o próprio
metabolismo anormal de glicose nas células nervosas
• Exemplo: Úlceras neuropáticas nos pés (“pé diabético”)
• Danos isquêmicos e pele desidratada
Complicações do diabetes mellitus
 Macroangiopatias
 Aterosclerose acelerada
 Danos ao revestimento interno das
artérias. Processo de
aterosclerose mais acelerada em
comparação com pessoas sem
diabetes
• Doença arterial coronariana
• Doenças vasculares periféricas
• Doenças cerebrovasculares
Por hoje....

daniel.menezes@faculdadecosmopolita.edu.br

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