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Ebook - Constância à prova de falha

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EBOOK – Constância à prova de falha | Alexandra Trintin

INTRODUÇÃO
Esse material que tem em mãos vai te fazer entender o motivo que não tem
deixado você ser constante na busca a Deus e no preparo. Mas, não só isso, vai te
dar uma diretriz, uma orientação de como ser estável e constante na pregação.

Muitas pessoas começam e não terminam, tentam e desistem, fazem


propósito e não cumprem. E ainda, gastam dinheiro com cursos e mentores para
aprender o óbvio.

A solução é mais simples do que parece. Não encontram resposta porque


não sabem onde procurar. E quando aprendem, não estão dispostas a executar.
Espero que essa não seja a sua realidade. Meu desejo é que tudo que descobrir
aqui seja feito o mais rápido possível, para que você colha os frutos logo.

Eu levei tempo para aprender o que vou compartilhar nesse ebook.


Infelizmente, eu era uma pessoa que toda semana ficava frustrada por conta da
falta de constância em relação as coisas de Deus. Tinha dias que eu orava muito,
lia bastante e outros que eu simplesmente desaparecia das minhas audiências com
o céu.

O sentimento de fracasso e cobrança era muito grande. E quando isso


acontecia na semana que eu tinha que pregar, a avalanche de emoções era
grande. A ponto de eu querer cancelar a pregação. E caso, pela misericórdia, eu
chegava no púlpito, não conseguia nem olhar direito para igreja.

Acontece que eu esperava a vontade chegar. Motivação para orar, estudar.


Sim, eu era guiada pelo querer e não pelo dever. E é claro, no dia a dia as
distrações são grandes a ponto de esfriar nosso coração em relação a Deus. Então,
eu só comparecia em oração quando tinha algo para pedir ou resolver. O que me
deixava pior, porque eu me sentia além de tudo interesseira.

Mas, um dia entendi, a duras penas, que constância é fruto da crença e da


ação. O processo foi dolorido e libertador ao mesmo tempo. Para te poupar de
tudo isso, decidi compartilhar aqui a verdade que me ajudou a vencer a
procrastinação e a instabilidade na minha devoção.

Então, vamos lá, abre o coração e deixa Deus falar.

EBOOK – Constância à prova de falha | Alexandra Trintin


CAPÍTULO 01

CRENÇA
Nosso comportamento é reflexo daquilo que está dentro de nós. Logo, eu
faço aquilo que para mim é uma verdade. A própria Palavra de Deus afirma que
a fé deve ser seguida de obras. Por quê? Porque só fazemos aquilo que de fato
cremos. Então, a primeira etapa no nosso processo de transformação é consertar
nossa crença.

Quando o assunto é pregação, há três crenças que precisam ser avaliadas:


identidade, propósito e chamado. Apesar de ser um assunto muito debatido na
cultura gospel atual, ele tem base bíblica na carta de Paulo a Tito, mais
precisamente no capítulo 1: 1-4.

Paulo começa sua carta a Tito como faz em quase todas as suas epístolas do
Novo Testamento. Ele se identifica, válida sua autoridade apostólica, saúda os
destinatários e dá uma benção. Mas, se olharmos com atenção, veremos que ele
fala também da obra que tinha para fazer e o meio pelo qual a executaria.

Ou seja, ele fala de sua identidade, propósito e chamado.

Identidade
“Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo...” (v. 1).

Paulo se identifica como doulos theou, servo de Deus. Na cultura do Império


Romano a servidão era vista pior que a morte. A servidão era vergonhosa. Mas,
Paulo não via isso como motivo de honra. Ele também se intitula como apóstolo,
termo que se refere a alguém enviado para realizar uma tarefa em nome daquele
que o enviou. Então, ele se apresenta como um servo enviado.

Propósito
“...segundo a fé dos eleitos de Deus e o conhecimento da verdade que é
segundo a piedade, em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode
mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos” (v. 1,2).

Paulo também descreve seu triplo propósito: ganhar, solidificar e encorajar.


Ou seja, a obra que tinha para realizar era ganhar as almas, fazer com que a fé
adquirida gerasse um comportamento e ajudar os irmãos a perseveraram. Veja
que há uma progressão nessa obra: ganha, edifica e encoraja. Ações que estão
interligadas.

EBOOK – Constância à prova de falha | Alexandra Trintin


Chamado
“mas, a seu tempo, manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada
segundo o mandamento de Deus, nosso Senhor” (v. 3).

Então, ele diz o meio pelo qual Deus o usaria para cumprir essa obra: a
pregação. Ou seja, por meio da proclamação da mensagem que ele
carregava. Com base no que Paulo diz nesses textos, podemos definir tais conceitos
da seguinte forma:

Identidade é o conjunto de habilidades e experiências que temos.


Propósito é a obra que precisa ser realizada.
Chamado é o meio pelo qual iremos realizar a obra.

Talvez, esteja pensando: “Mas, é justamente isso que não sei”. Não se
preocupe, vamos aprender agora como descobrir nossa identidade, propósito e
chamado. Mas, para isso, vai precisar num primeiro momento responder as
seguintes questões abaixo.

Para definir sua identidade, é preciso refletir sobre suas reais habilidades.

· No que você é bom?


· Quais são tuas principais características?
· Gosta de ler?
· De falar?
· De ouvir?
· De ajudar?
· De cantar?
· O que gosta de fazer?

Todo mundo é bom em alguma coisa, algo nos destaca, é nosso. E


geralmente, essa característica foi alimentada por alguma experiência que tivemos.
Então, olhe para tuas vivências e responda:

· Quais são tuas experiências?


· As marcas que carrega?
· O histórico que tem?
· Quais são tuas vivências?
· Qual é tua história?
· Você se envergonha delas?
· Tenta apagá-las?

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· Ou entende que tudo que passou contribuiu para ser quem você se
tornou?

Entenda, tua história de vida te diferencia!!! Se você foi uma pessoa que sofreu
maus tratos, provavelmente, é muito cuidadoso para lidar com pessoas hoje e pode
ser um excelente líder por conta disso. Se Jesus te tirou do mundo, tem uma
tendência a ser humilde, porque sabe de onde veio. Nas mãos de Deus, tudo se
torna um diferencial. Então, veja os frutos e não fique colocando atenção nos
espinhos.

Faça agora um inventário das habilidades que tem, se tiver dificuldade de


identificar sozinho, peça ajuda de pessoas próximas (que sejam sinceras).

Já para definir Propósito, precisa pensar sobre as inclinações naturais que tem,
por exemplo:
· O que na igreja te chama mais atenção quando não funciona bem?
· No que você repara?
· O que mais te irrita no andamento do culto?
· Qual é a maior deficiência que você identifica na obra?

Todas essas respostas podem apontar para seu propósito. Os erros que você
repara é um sinal de que Deus quer te usar para de alguma forma consertar.

Liste aqui o que você quer ver melhorado na igreja? E como você tem se
preparado para melhorar isso?

Agora, para definir teu chamado, observe:

· O que você faz hoje na igreja ou pelo menos o que gostaria muito de
fazer?
· Por qual causa teu coração arde?
· No que você gasta horas e não vê o tempo passar?
· O que você faz que te dá alegria?

Nosso chamado está muito ligado àquilo que temos alegria em fazer, que
não percebemos o tempo passar. Esteja atento às tarefas que executa “sorrindo”,
elas podem ser um indício do que foi chamado para fazer.

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Escreva aqui no que você é comprometido? Ou seja, o que você faz que
ninguém precisar mandar.

Quando uma pessoa não tem real consciência de quem é, qual sua missão
e o meio que deve utilizar para realizá-la, encontra sérias dificuldades para se
manter estável e constante.

É por isso que muitos falham em suas rotinas de busca a Deus e de preparo.
Elas não têm certeza de quem são, o que tem para fazer e como fazer. São levadas
pelas circunstâncias da vida, são dominadas pela agenda, pelos imprevistos.

E a tendência é ficar cada vez pior, porque em tempos de internet em que só


se mostra o lado bonito da vida, começamos a nos comparar e querer imitar outras
pessoas. Mas, esquecemos que elas têm uma identidade, propósito e chamado
diferente do nosso.

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CAPÍTULO 02

AÇÃO
Uma vez adquirida consciência da nossa real identidade, propósito e
chamado, é preciso ganhar responsabilidade. A crença sem ação é vazia. É como
fé sem obras, é morta. Pode-se dizer que o mais alto nível de maturidade cristã é
quando vivemos o que cremos. A ortodoxia e ortopraxia, nomes tão populares entre
teólogos.

Não podemos ficar no campo de uma busca por identidade, propósito e


chamado apenas sem partir para ação. Dizer e não fazer não tem valor nenhum.

A maioria das pessoas paralisam nisso: esperam a vontade chegar para fazer
o que precisa ser feito. No ministério não é diferente. Esperam a vontade de orar,
de ler a Bíblia, de estudar. E quando ela não vem, não são responsáveis para
assumir suas obrigações.

Sim, utilizei um termo forte: responsabilidade. Porque é isso que falta mesmo.
“Meninos fazem o que querem, homens fazem o que tem que ser feito” é um dos
jargões populares mais verdadeiro de nossa geração.

A maioria das pessoas que tem chamado para pregar se comportam como
crianças mimadas que só fazem o querem na hora que querem. Não são
responsáveis quando o assunto é se aperfeiçoar na pregação.

São preguiçosos, guiados pelo hedonismo, pela carne. Mas, querem


resultados no púlpito como se fossem proativos e guiados pelo espírito. Quando
tem escala não se preparam, não leem a Bíblia diariamente, só entram em oração
quando tem algo para pedir. Além disso, são bons em desculpas. Estão sempre
justificando a falta de preparo: “Não tenho dinheiro”; “não tenho tempo”; “não
tenho capacidade”.

Recurso
Vamos pensar um pouquinho naquilo que saí da nossa boca. Deus nunca
deixa de prover o que precisamos, então, é só fazer ajustes no orçamento que é
possível investir no ministério. Deixar de comprar uma coisa aqui, outra ali já
garante 5 pães e dois peixinhos em nossa mão, depois é só entregar para Cristo
que Ele mesmo é quem faz a multiplicação. Para colhermos benção, precisamos
plantar as sementes.

EBOOK – Constância à prova de falha | Alexandra Trintin


· Economize;
· Aperte um pouco o cinto;
· Renuncie a alguma vontade;
· Caso não tenha uma fonte de renda, ore e peça a Deus sabedoria
de como cria-la. Nem todos fazem um trabalho formal de carteira
assinada, há muitos empreendedores que conseguem renda com
horários mais flexíveis. Tudo é possível, desde que tenha vontade.

Tempo
O tempo costuma ser acusado também como responsável pela nossa falta
de preparo. Dizer que não temos tempo é o mesmo que assumir publicamente um
atestado de preguiça e de falta de sabedoria. E antes que fique bravo comigo, deixe
eu explicar melhor.

Durante os dias, temos uma lista de tarefas para realizar e exercemos


diferentes papeis: pais, cônjuges, filhos, servos, profissionais e a lista é grande. Há
muitas coisas que precisam ser feitas e, na maior parte do tempo, nos sentimos
frustrados por achar que não estamos dando conta. Ouvir de alguém que para
pregar é preciso se preparar o mesmo que receber mais carga nos ombros.

Acontece que nosso fardo fica pesado quando não temos sabedoria para
lidar com todos os papeis que temos. Dizemos sim para tudo e todos e deixamos
de lado o que realmente importa. Entenda, o fardo é leve, se está cansado é porque
está se movendo pela tua agenda e não pela de Deus.

· Aprenda a dizer não;


· Priorize o que realmente é importante;
· Viva de acordo com a agenda de Deus e não dos homens.

Capacidade
A terceira desculpa universal é aquela que tem um ar de humildade, mas no
fundo é um reflexo da falta de identidade e possivelmente da preguiça que domina
a pessoa.

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Se a capacidade fosse um pré-requisito para se preparar, não seria preciso
estudar não acha? Porque então, dão a justificativa que não tem capacidade de
aprender, quando o propósito do aprendizado é a capacitação?

A pessoa que estuda reconhece sua limitação. A insegurança em achar que não
vai dar conta de aprender pode ter um fundo emocional. Alguma experiência
traumática ou falta de conhecimento sobre quem é. Eu, particularmente, era
chamada de faísca atrasada. Eu destoava dos meus irmãos. Cheguei a pensar que
não tinha capacidade para aprender. Mas, descobri que ele tem um QI acima da
média e o meu é normal. Então, a comparação que faziam comigo não era justa,
era desigual.
Talvez, você se compare com alguém que admira, talvez tenha ouvido frases
que te machucaram. Mas, entenda, tudo se trata de identidade, saber quem é em
Cristo, qual é o propósito que ele confiou em tuas mãos ajuda muito quando o
assunto é capacitação.
E vamos combinar uma coisa, se Ele te chamou, sabia o que estava fazendo
não acha? Ou será que Ele errou e se enganou? Com certeza não. Apenas confie
e faça tua parte, prepare-se.

· Para de se comparar;
· Não alimente pensamentos ruins a teu respeito;
· Confie! Deus sempre sabe o que faz;
· Entenda: chamado não é o mesmo que preparo.

Grandes pregadores têm consciência de quem realmente são e costumam ser


responsáveis com suas obrigações. Eles estudam mesmo quando estão sem
vontade, oram mesmo quando não tem muito o que dizer, se preparam mesmo
quando são elogiados. Eles não se acomodam com os resultados. Estão em
constante busca e aperfeiçoamento. Resultado? Ficam cada vez melhores no que
fazem.

O Paulo que começou era diferente daquele que encerrou sua carreira. Ele foi
aperfeiçoado. Sabe por quê? Porque o preparo nunca teve fim na vida do apóstolo.
Até em seus últimos dias de vida, de dentro de uma prisão, pediu seus livros e
pergaminhos (II Timóteo, 4:13). Afinal de contas, por que Paulo queria estudar de
uma prisão se sabia que iria morrer? Bom, a essa altura do livro, você já sabe a
resposta.

EBOOK – Constância à prova de falha | Alexandra Trintin


CONCLUSÃO
A constância na busca a Deus é possível quando a crença interior reflete uma
ação no exterior. Mas, se tuas ações têm sido instabilidade, falta de foco, de
responsabilidade, é preciso rever o que está dentro de você e consertar. Uma vez
feito isso, passe a agir de acordo com a restauração que recebeu.

Deus tem grandes coisas para realizar por meio de você.

Se você quiser se preparar para o ministério da pregação, faça parte do meu


Batalhão. Participe da próxima turma da Jornada do Pregador.

Para maiores informações, só clicar no link abaixo.

https://alexandratrintin.com.br/ajornadadopregador3

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QUEM É ALEXANDRA TRINTIN
Alexandra Trintin largou o funcionalismo público, para se dedicar ao ensino
bíblico. Tornou-se uma das grandes especialistas em pregação no Brasil quando
o assunto é formação de pregadores bíblicos e relevantes. Doutoranda em
Teologia com ênfase em Homilética, está entre as quatro pessoas no país com
essa formação. Além de mestrado em análise de discurso religioso (estrutura) e
duas especializações em Hermenêutica e uma em Liderança religiosa. Seu
diferencial não está apenas no currículo, mas na sua experiência enquanto
pregadora. Há 25 anos prega a Palavra de Deus e como ninguém sabe os
desafios que todo aquele que toma uma posição enfrenta. Para Alexandra,
homilética não é apenas técnica ou ciência, mas um meio para alcançar vidas, já
que por meio dela é possível comunicar a Palavra de Deus com clareza,
sabedoria e autoridade. É com essa certeza que nasceu a maior comunidade de
pregadores do país: o Batalhão da Jornada, que já conta com muitos soldados
que estão dispostos a entregar tudo que tem de melhor pela causa de Cristo, é
exatamente assim, que ela define seus alunos – soldados.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Comentário bíblico de Swindoll, I e II Timóteo e Tito. Editora Hagnos
(pg 303-308).

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