Ebook - Constância à prova de falha
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INTRODUÇÃO
Esse material que tem em mãos vai te fazer entender o motivo que não tem
deixado você ser constante na busca a Deus e no preparo. Mas, não só isso, vai te
dar uma diretriz, uma orientação de como ser estável e constante na pregação.
CRENÇA
Nosso comportamento é reflexo daquilo que está dentro de nós. Logo, eu
faço aquilo que para mim é uma verdade. A própria Palavra de Deus afirma que
a fé deve ser seguida de obras. Por quê? Porque só fazemos aquilo que de fato
cremos. Então, a primeira etapa no nosso processo de transformação é consertar
nossa crença.
Paulo começa sua carta a Tito como faz em quase todas as suas epístolas do
Novo Testamento. Ele se identifica, válida sua autoridade apostólica, saúda os
destinatários e dá uma benção. Mas, se olharmos com atenção, veremos que ele
fala também da obra que tinha para fazer e o meio pelo qual a executaria.
Identidade
“Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo...” (v. 1).
Propósito
“...segundo a fé dos eleitos de Deus e o conhecimento da verdade que é
segundo a piedade, em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode
mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos” (v. 1,2).
Então, ele diz o meio pelo qual Deus o usaria para cumprir essa obra: a
pregação. Ou seja, por meio da proclamação da mensagem que ele
carregava. Com base no que Paulo diz nesses textos, podemos definir tais conceitos
da seguinte forma:
Talvez, esteja pensando: “Mas, é justamente isso que não sei”. Não se
preocupe, vamos aprender agora como descobrir nossa identidade, propósito e
chamado. Mas, para isso, vai precisar num primeiro momento responder as
seguintes questões abaixo.
Para definir sua identidade, é preciso refletir sobre suas reais habilidades.
Entenda, tua história de vida te diferencia!!! Se você foi uma pessoa que sofreu
maus tratos, provavelmente, é muito cuidadoso para lidar com pessoas hoje e pode
ser um excelente líder por conta disso. Se Jesus te tirou do mundo, tem uma
tendência a ser humilde, porque sabe de onde veio. Nas mãos de Deus, tudo se
torna um diferencial. Então, veja os frutos e não fique colocando atenção nos
espinhos.
Já para definir Propósito, precisa pensar sobre as inclinações naturais que tem,
por exemplo:
· O que na igreja te chama mais atenção quando não funciona bem?
· No que você repara?
· O que mais te irrita no andamento do culto?
· Qual é a maior deficiência que você identifica na obra?
Todas essas respostas podem apontar para seu propósito. Os erros que você
repara é um sinal de que Deus quer te usar para de alguma forma consertar.
Liste aqui o que você quer ver melhorado na igreja? E como você tem se
preparado para melhorar isso?
· O que você faz hoje na igreja ou pelo menos o que gostaria muito de
fazer?
· Por qual causa teu coração arde?
· No que você gasta horas e não vê o tempo passar?
· O que você faz que te dá alegria?
Nosso chamado está muito ligado àquilo que temos alegria em fazer, que
não percebemos o tempo passar. Esteja atento às tarefas que executa “sorrindo”,
elas podem ser um indício do que foi chamado para fazer.
Quando uma pessoa não tem real consciência de quem é, qual sua missão
e o meio que deve utilizar para realizá-la, encontra sérias dificuldades para se
manter estável e constante.
É por isso que muitos falham em suas rotinas de busca a Deus e de preparo.
Elas não têm certeza de quem são, o que tem para fazer e como fazer. São levadas
pelas circunstâncias da vida, são dominadas pela agenda, pelos imprevistos.
AÇÃO
Uma vez adquirida consciência da nossa real identidade, propósito e
chamado, é preciso ganhar responsabilidade. A crença sem ação é vazia. É como
fé sem obras, é morta. Pode-se dizer que o mais alto nível de maturidade cristã é
quando vivemos o que cremos. A ortodoxia e ortopraxia, nomes tão populares entre
teólogos.
A maioria das pessoas paralisam nisso: esperam a vontade chegar para fazer
o que precisa ser feito. No ministério não é diferente. Esperam a vontade de orar,
de ler a Bíblia, de estudar. E quando ela não vem, não são responsáveis para
assumir suas obrigações.
Sim, utilizei um termo forte: responsabilidade. Porque é isso que falta mesmo.
“Meninos fazem o que querem, homens fazem o que tem que ser feito” é um dos
jargões populares mais verdadeiro de nossa geração.
A maioria das pessoas que tem chamado para pregar se comportam como
crianças mimadas que só fazem o querem na hora que querem. Não são
responsáveis quando o assunto é se aperfeiçoar na pregação.
Recurso
Vamos pensar um pouquinho naquilo que saí da nossa boca. Deus nunca
deixa de prover o que precisamos, então, é só fazer ajustes no orçamento que é
possível investir no ministério. Deixar de comprar uma coisa aqui, outra ali já
garante 5 pães e dois peixinhos em nossa mão, depois é só entregar para Cristo
que Ele mesmo é quem faz a multiplicação. Para colhermos benção, precisamos
plantar as sementes.
Tempo
O tempo costuma ser acusado também como responsável pela nossa falta
de preparo. Dizer que não temos tempo é o mesmo que assumir publicamente um
atestado de preguiça e de falta de sabedoria. E antes que fique bravo comigo, deixe
eu explicar melhor.
Acontece que nosso fardo fica pesado quando não temos sabedoria para
lidar com todos os papeis que temos. Dizemos sim para tudo e todos e deixamos
de lado o que realmente importa. Entenda, o fardo é leve, se está cansado é porque
está se movendo pela tua agenda e não pela de Deus.
Capacidade
A terceira desculpa universal é aquela que tem um ar de humildade, mas no
fundo é um reflexo da falta de identidade e possivelmente da preguiça que domina
a pessoa.
A pessoa que estuda reconhece sua limitação. A insegurança em achar que não
vai dar conta de aprender pode ter um fundo emocional. Alguma experiência
traumática ou falta de conhecimento sobre quem é. Eu, particularmente, era
chamada de faísca atrasada. Eu destoava dos meus irmãos. Cheguei a pensar que
não tinha capacidade para aprender. Mas, descobri que ele tem um QI acima da
média e o meu é normal. Então, a comparação que faziam comigo não era justa,
era desigual.
Talvez, você se compare com alguém que admira, talvez tenha ouvido frases
que te machucaram. Mas, entenda, tudo se trata de identidade, saber quem é em
Cristo, qual é o propósito que ele confiou em tuas mãos ajuda muito quando o
assunto é capacitação.
E vamos combinar uma coisa, se Ele te chamou, sabia o que estava fazendo
não acha? Ou será que Ele errou e se enganou? Com certeza não. Apenas confie
e faça tua parte, prepare-se.
· Para de se comparar;
· Não alimente pensamentos ruins a teu respeito;
· Confie! Deus sempre sabe o que faz;
· Entenda: chamado não é o mesmo que preparo.
O Paulo que começou era diferente daquele que encerrou sua carreira. Ele foi
aperfeiçoado. Sabe por quê? Porque o preparo nunca teve fim na vida do apóstolo.
Até em seus últimos dias de vida, de dentro de uma prisão, pediu seus livros e
pergaminhos (II Timóteo, 4:13). Afinal de contas, por que Paulo queria estudar de
uma prisão se sabia que iria morrer? Bom, a essa altura do livro, você já sabe a
resposta.
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