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Revista Varia Scientia ARTIGOS & ENSAIOS

v. 04, n. 08, p. 91-101

Deniel Frizon1 DESENVOLVIMENTO DO FEIJÃO-GUANDO


Ana Maria Conte e Castro2 (GUANDU) EM DIFERENTES DENSIDADES
DE SOLO ARGILOSO

RESUMO: O experimento foi realizado em um Latossolo Vermelho eutroférrico


em casa de vegetação, com o objetivo de avaliar o efeito da compactação
subsuperficial do solo no crescimento radicular do feijão-guando (Cajanus
cajan (L.) Milsp). Foram montados vasos com 20 cm de diâmetro e 28,5 cm de
altura divididos em três anéis sobrepostos de 10, 3,5 e 15 cm. Os tratamen-
tos foram constituídos por cinco densidades de solo: 1,00, 1,10, 1,20, 1,40 e
1,60 Mg m-3, aplicados a 10 cm de profundidade, sendo o experimento condu-
zido com 5 tratamentos de densidade de compactação do anel intermediário
e 6 repetições em delineamento estatístico inteiramente casualizado. Não
foram observadas influências das camadas compactadas sobre a altura e o
diâmetro da planta. Com referência às variáveis radiculares, não se observa-
ram diferenças significativas para superfície específica, enquanto que — para
comprimento, volume e diâmetro — houve diferenças significativas. Quanto
às profundidades, os maiores valores das variáveis foram no anel de 0 – 10
cm de profundidade, a não ser o diâmetro das raízes, que foi maior no anel
inferior. Outro fator importante está relacionado aos valores semelhantes
entre o anel superior e o inferior, o que resulta na passagem das raízes pelo
anel compactado. O experimento visa demonstrar, portanto, que o feijão-
guando (guandu) é indicado como espécie para descompactação natural do
solo, pois consegue vencer as camadas compactadas de até 1,6 Mg m–3.

PALAVRAS-CHAVE: Compactação; Sistema radicular; Granulometria.

Data de recebimento: 06/09/04. Data de aceite para publicação: 08/12/04.


1
Engenheiro Agrônomo. Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel).
Cascavel-Paraná.
2
Pós-Doutora em Ciências Agrárias. Docente do Centro de Ciências Agrárias da
Universidade Estadual do Oeste do Paraná — Campus de Marechal Cândido Rondon
– Paraná. Endereço eletrônico: acastro@unioeste.br.

91
Desenvolvimento do feijão-guando (guandu) em diferentes densidades de solo argiloso

SUMMARY: This experiment was carried out in vases containing eutroferric


Red Latosols, with the aim to evaluate the effect of sub-soil compaction on
root growth of the species Cajanus cajan (L.) Milsp. The vase had 20 cm of
diameter and 28,5 cm of height, divided in three overlapped rings of 10, 3,5
and 15cm. The treatments consisted of five soil densities – 1,00, 1,10, 1,20,
1,40 and 1,60 Mg m –3 – applied at 10 cm of depth, and the experiment was
carried out with five density treatments of compactation of the intermediary
ring and six repetitions in an entirely randomized statistical delineation.
Influences of the compacted layers on the plant height and diameter were
not observed. Concerning the root variables, significative differences of specific
surface were not observed; nevertheless, significative differences of lenght,
volume and diameter were noticed. Concerning the depth, the biggest numbers
were observed in the ring of 0 – 10 cm of depth, except for the diameter of the
roots, which was bigger in the bottom ring. Another important factor is related
to the similar results between the top ring and the bottom ring, which means
the level-crossing of roots through the compacted ring. The experiment aims
to demonstrate that the “guando” bean (guandu) is indicated as a species for
natural decompression of the soil, since it can overcome the compacted layers
until 1,6 Mg m–3.

KEYWORDS: Soil compactation; Root system; Granulometry.

1. INTRODUÇÃO

A utilização de equipamentos pesados, fruto da mecanização


excessiva, realizada em condições de umidade inadequada, vem
causando sérios problemas de compactação do solo, o que — segundo
Silva et al. (1996) — acarreta prejuízo ao desenvolvimento das plantas.
Por tais motivos, o estudo da compactação do solo é de grande
importância, já que a partir dele podem ser avaliadas as alterações ao
longo do perfil, modificando, por sua vez, boa parte do ambiente físico
no qual as mais diversas culturas são desenvolvidas (ORTOLANI et al.,
1991).
A compactação produzida na superfície do solo dificulta o
desenvolvimento das raízes das plantas, o que resulta em dificuldades
na absorção de água e nutrientes (NOGUEIRA & MANFREDI, 1983).
Segundo VEEN (1981), o fósforo é um elemento que se movimenta no
solo por difusão e a sua absorção é ativa. Os elementos caracterizados
pela reduzida mobilidade no solo têm a absorção prejudicada em áreas
com elevada compactação. De acordo com alguns estudos —

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MIELNICZUK et al. (1985); e CASTRO & LOMBARDI NETO (1992) —, a


resistência mecânica do solo à penetração de raízes pode limitar o
crescimento do sistema radicular e a produtividade das plantas.
Constata-se, portanto, que, para diminuir a proporção de áreas
compactadas, devem ser observados alguns cuidados: a) seleção de
máquinas mais leves, com sistemas rodantes de baixa pressão; b)
análise e adoção de umidade ideal do solo; c) conteúdo adequado de
matéria orgânica do solo; d) definição de modelos de tráfego para cada
situação, visando concentrar os danos em menor área (cf. FENNER,
1999).
Para SILVA et al. (1996), a recuperação de solos fisicamente
degradados pode ser feita quando se utilizam plantas que produzem
raízes profundas, com crescimento inicial rápido e agressivo. Para
recuperar e manter as características físicas do solo é preciso manter
elevada e constante a sua atividade biológica, com um aporte abundante
e contínuo de compostos orgânicos. Isso é possível através da adoção
de práticas de manejo do solo que incluam sistemas de rotação de
culturas com espécies vegetais que apresentem sistema radicular
agressivo e elevada produção de biomassa, contribuindo, desse modo,
para diminuir os efeitos da compactação.
A densidade do solo é afetada por cultivos que alteram a estrutura
e, por conseqüência, o arranjo e o volume dos poros. Essas alterações
interferem em algumas propriedades físico-hídricas importantes dos
solos, o que desencadeia mudanças na aeração, na retenção de água,
na disponibilidade de água às plantas e na resistência do solo à
penetração (cf. TORMENA et al., 1998 a,b).
Com a introdução da mecanização na agricultura, segundo
MORAES & TAMBURÚS (1993), surgiram fatores favoráveis e
prejudiciais ao desenvolvimento das plantas. Dentre os fatores
desfavorpáveis, destacam-se a erosão, a desagregação e a compactação
do solo.
O método mais utilizado para eliminar camadas compactadas do
solo é a utilização de escarificadores que, por meio de hastes, penetram
e se movimentam dentro da camada, conseguindo quebrá-las,
favorecendo o melhor desenvolvimento das raízes. Outra alternativa
para reduzir a compactação refere-se ao uso da rotação de culturas
com espécies que tenham sistema radicular vigoroso, tendo em vista,
principalmente, sua capacidade de crescer em solos com altas
resistências à penetração (cf. SILVA & ROSOLEM, 2001).
Vários autores, entre eles BORGES et al. (1988), citam que o
aumento na resistência mecânica dos solos diminui o espaço de

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Desenvolvimento do feijão-guando (guandu) em diferentes densidades de solo argiloso

exploração das raízes, resultando em baixa produção de matéria seca


das plantas cultivadas. A resistência do solo à penetração tem sido o
atributo físico priorizado em trabalhos que estudam o efeito da
compactação no crescimento das plantas, por estar diretamente
relacionada ao crescimento das plantas (cf. IMHOFF et al., 2000). Em
geral, 2MPa é o valor crítico aceito como impeditivo ao crescimento
radicular (cf. TORMENA et al., 1998a).
CARDIM et al. (2002) relatam que a produtividade de uma área
agrícola está diretamente relacionada com a compactação do solo, sendo
que o conhecimento dos níveis de compactação, a várias profundidades,
garante melhores resultados no processo de descompactação deste solo.
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o crescimento radicular e da
parte aérea do feijão-guando — ou, simplesmente, do “guandu” —, em
diferentes níveis de compactação de solo, na camada entre 10 e 13,5
cm de profundidade.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado sob cultivo protegido com irrigação


controlada, no Núcleo de Estações Experimentais da Unioeste –
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Campus de Marechal
Cândido Rondon-PR), cujas coordenadas geográficas são 24º46’ Latitude
Sul e 54º22’ Longitude Oeste. O clima predominante na região é o
subtropical úmido, com temperaturas médias que variam de 15 a 28
ºC durante o ano (cf. IAPAR, 2003). O experimento foi conduzido de 28
de janeiro a 21 de março de 2002. O solo utilizado é classificado como
Latossolo Vermelho distrotroférrico. Nas Tabelas 1 e 2, apresentadas a
seguir, constam os resultados obtidos nas análises química e
granulométrica feitas do tipo de solo coletado, ambas realizadas na
camada de 0-20 cm.
Para confeccionar os vasos foi utilizado o mesmo solo no anel
superior, intermediário e inferior. Este solo foi corrigido com base na
análise química e na exigência da cultura. Para adubação, utilizou-se
fósforo, na forma de fosfato monoamônico (MAP), na dose de 1,3 g kg-1
de solo. Para obter as densidades em estudo utilizou-se um conjunto
compactador composto por um círculo de madeira de diâmetro pouco
inferior aos anéis, composto por uma haste de ferro e massa de
aproximadamente 7,2 kg lançado de uma determinada altura, por

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quantas vezes fosse necessário para acomodar uma massa conhecida


de solo em um anel de volume conhecido, proporcionando a compactação
desejada, segundo os tratamentos.

TABELA 1 - Características químicas do solo

TABELA 2 - Análise granulométrica do solo

O anel compactado (3,5 cm) foi unido aos demais anéis (superior
e inferior) por fita adesiva, com uma pequena faixa dobrada
internamente, para evitar a passagem de raízes que eventualmente
encontrem menor resistência à penetração entre o solo e a parede do
vaso, como ocorrido no trabalho de DELAVALE & OTTATTI (1994),
enquanto que nos anéis inferiores e superiores as densidades foram
padronizadas para 1,0 Mg m-3. Nos anéis intermediários de 3,5cm
foram realizados 5 tratamentos, com 6 repetições, totalizando 30 vasos,
amostrados aos 45 dias após a emergência (DAE): - Tratamento 1 (solo
do anel intermediário com densidade de 1,0 Mg m-3); - Tratamento 2

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(solo com densidade de 1,1 Mg m-3); - Tratamento 3 (solo com densidade


de 1,2 Mg m-3); Tratamento 4 (solo com densidade de 1,4 Mg m-3); e
Tratamento 5 (solo com densidade de 1,6 Mg m-3).
Foram utilizadas sementes de feijão-guando da cultivar IAPAR
43 – ARATÃ, oriundas do IAPAR de Palotina (município localizado na
região Oeste do Paraná). No experimento foram semeadas três
sementes por vaso, a uma profundidade de dois centímetros. Depois da
emergência, foi realizado um desbaste, permanecendo uma planta em
cada vaso utilizado. Os vasos receberam água conforme as exigências
da planta. Como atividades de acompanhamento, foram realizadas
avaliações do diâmetro do caule e da altura da planta aos 23, 30, 37 e
45 dias após emergência (DAE). Aos 45 DAE, realizaram-se avaliações
do sistema radicular e massa seca da parte aérea.
Para cada planta foram realizadas avaliações semanais,
verificando o diâmetro do caule (mm) com o uso do paquímetro digital,
feito no nível do solo, a altura (cm) de cada planta com o auxílio de uma
trena, feito do nível do solo até a ponta da folha mais alta. Antes de se
proceder à retirada do sistema radicular de cada anel, foi cortada a
parte aérea de cada planta. As partes aéreas foram secadas em estufa
por 48 horas com temperatura constante de 65ºC, determinando-se,
posteriormente, a massa seca (g) da parte aérea de cada planta.
Para cada anel foi separado o solo do sistema radicular da parte
aérea e procedeu-se à limpeza. Para a avaliação das variáveis
radiculares, foi tomada uma amostra da matéria verde, conservada
em solução de 75% de água e 25% de álcool, em geladeira para as
análises posteriores — realizadas na Faculdade de Ciências Agrárias
da UNESP - Campus de Botucatu —, num total de 90 amostras.
As variáveis foram avaliadas no Software Win Rhizo, obtendo-se:
comprimento (cm), diâmetro médio (cm), volume (cm3), superfície
específica (cm2 cm-3). A massa seca (g) foi determinada através de
secagem em estufa a 65ºC, até peso constante. Os dados foram
submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo
teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 3, são apresentados as variáveis da parte aérea do


feijão-guando nos diferentes tratamentos e nas 4 épocas amostradas
(28/fev, 7/mar, 14/mar e 21/março). Para os tratamentos (densidades),

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não houve diferenças estatísticas significativas entre as variáveis de


altura, diâmetro do caule e massa seca foliar, concordando com os
resultados de FOLONI (1999). Em relação às épocas de avaliação, houve
diferença estatística significativa tanto de altura quanto de diâmetro,
pois, como se observa na Tabela 3, assim as plantas tiveram seu
crescimento em ordem crescente de valores.

TABELA 3 - Variáveis da parte aérea das plantas de feijão-guando em


diferentes densidades do solo (Mg m-3) e em quatro épocas

Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem significativamente


pelo teste de Tukey 1 e 5 %. “ns” = não significativo; “*” = significativo pelo teste de
Tukey 5%; “**” = significativo pelo teste de Tukey 1%.

Na coleta final dos dados, quando foi avaliada a massa seca da


parte aérea, foi constatado que os crescentes níveis de compactação
do solo não afetaram a variável estudada. Resultados semelhantes
foram observados por SILVA & ROSOLEM (2001) ao relatarem que a
influência da compactação do solo sobre a parte aérea das plantas está
ligada à deficiência de água e nutrientes. Sendo assim, numa condição
de vasos, não faltando água e nutrientes, seus efeitos não serão
esperados.
Para as variáveis de sistema radicular pode-se notar que, para
superfície específica, não houve diferenças significativas entre os

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Desenvolvimento do feijão-guando (guandu) em diferentes densidades de solo argiloso

diferentes tratamentos. Porém, observou-se diferenças significativas


com relação a outras variáveis como comprimento, volume, diâmetro
e massa seca do sistema radicular (cf. Tabela 4).
Para o comprimento, as compactações nas densidades de 1,2 e
1,4 Mg m3 foram semelhantes, porém, estatisticamente, não diferiram
das demais. Quando foram avaliados o volume, o diâmetro e a massa
seca radicular, observou-se que os resultados mais expressivos foram
encontrados na densidade de 1,6 Mg m3, que não diferiu de densidades
menores, mostrando, mais uma vez, que o maior nível de compactação
não foi suficiente para conter o crescimento do sistema radicular do
feijão-guando, ou o tempo de realização do experimento foi curto para
tal resposta, como no trabalho de SILVA & ROSOLEM (2001) para as
culturas de feijão-guando, tremoço e mucuna.
Para BORGES (1998), as raízes se desenvolvem melhor em pontos
de menor resistência oferecidos pelo solo, razão pela qual ocorreram
modificações na morfologia da raiz, como redução no comprimento e
aumento no diâmetro, quando estes encontram restrições ao
crescimento (BORGES, et al., 1988). Portanto, já era esperado que as
modificações nas raízes ocorressem no presente trabalho.
Quanto às diferentes profundidades, o que se pode observar é
que, para as variáveis de superfície específica, comprimento e volume
radiculares, houve maiores valores no primeiro anel, ou seja, com a
profundidade 0–10 cm, sendo que o diâmetro e a massa seca radicular
tiveram o mesmo comportamento estatístico. Outros resultados
observados foram os valores semelhantes entre o anel superior e o
inferior, o que determina que a raiz ultrapassou a camada compactada
em todos os tratamentos e se desenvolveu no anel inferior, mostrando
a agressividade do sistema radicular do feijão-guando, como pode ser
observado no trabalho de SILVA (1998), no qual está demonstrado que
a densidade de 1,60 Mg m-3, por exemplo, não impediu o desenvolvimento
radicular da aveia, do feijão-guando, do milheto, da mucuna preta, do
sorgo e do tremoço azul, demonstrando o potencial destas culturas de
adubação verde no processo de descompactar tais camadas.

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Deniel Frizon - Ana Maria Conte e Castro

TABELA 4 - Superfície específica, comprimento, volume, diâmetro e


massa seca radiculares das plantas de guandu em diferentes
densidades do solo (Mg m-3) e em diferentes profundidades (cm)

Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna, não diferem significativamente


pelo teste de Tukey 1 e 5 %. ns = não significativo *,** = significativo pelo teste
de Tukey à 5 e 1%.

4. CONCLUSÕES

De acordo com as condições experimentais da pesquisa, pode-se


concluir que: 1) O diâmetro do caule e a altura das plantas de feijão-
guando não sofreram influência da densidade do solo entre 1,0 a 1,6
Mg m-3; 2) Para todas as variáveis radiculares, no anel compactado,
houve menor concentração de raízes; 3) O feijão-guando é indicado
como espécie para descompactação natural do solo pela comprovação
de que consegue vencer as camadas compactadas de até 1,6 Mg m-3.

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Desenvolvimento do feijão-guando (guandu) em diferentes densidades de solo argiloso

5. REFERÊNCIAS

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