Aula 14 - Métodos de Controle de Pragas 1 Parte Alunos
Aula 14 - Métodos de Controle de Pragas 1 Parte Alunos
Aula 14 - Métodos de Controle de Pragas 1 Parte Alunos
OBJETIVOS
Os mtodos de controle de pragas visam conter o aumento populacional dos insetos
Defesa fitossanitria: impedir ou minimizar os prejuzos relacionados produo agrcola
MTODO LEGISLATIVO
BASEIA-SE EM LEIS, DECRETOS E PORTARIAS FEDERAIS OU ESTADUAIS, QUE OBRIGAM O COMPRIMENTO DE MEDIDAS DE CONTROLE COMO:
1. SERVIO QUARENTENRIO
Previne a entrada de pragas exticas e impede a disseminao das nativas
Execuo:
Servio de Defesa Sanitria Ministrio da Agricultura Vegetal do
Inspecionamento de portos, aeroportos e fronteiras, procurando tratar, destruir ou impedir a entrada de vegetais e animais atacados por pragas quarentenrias
1. SERVIO QUARENTENRIO
DIPTERA
# Anastrepha ludens, frutas diversas; # Anastrepha suspensa, frutas diversas; - Atherigona oryzae, arroz; - Atherigona soccata, sorgo, arroz, trigo e milho; # Bactrocera spp., (exceto B. carambolae), frutas diversas; # Ceratitis rosa, frutas diversas; - Chromatomyia horticola, curcubitceas e hortalias; - Contarinia tritici, trigo; # Dacus spp., frutas diversas e cucurbitceas; - Delia spp. (exceto Delia platura), cereais; - Mayetiola destructor, cereais; - Ophiomyia phaseoli, feijo; - Orseolia oryzivora, arroz; - Orseolia oryzae, arroz e outras gramneas; - Rhagoletis cingulata, Prunus spp. ; # Orseoletis pomonella, frutas diversas; - Sitodiplosis mosellana, trigo; # Toxotrypana curvicauda, mamo;
LEPIDOPTERA
- Agrius convolvuli, citros; - Agrotis segetum, algodo e cucurbitceas; - Anarsia lineatella, Prunus spp., pra; - Amyelois transitella, amndoas, nozes e laranja; - Argyrogramma signata, crucferas, legumes e girassol; - Carposina niponensis, frutas diversas; - Cephonodes hylas, caf; - Chilo partellus, sorgo e milho; - Chilo supressalis, arroz; - Cryptophlebia leucotreta, frutas diversas; # Cydia spp. (exceto C. molesta, C.araucariae e C. pomonella), frutas diversas; # Dyspessa ulula, alho e cebola; - Earias biplaga, algodo e cacau; - Earias insulana, algodo; - Ectomyelois ceratoniae, nozes e sementes; - Eldana saccharina, milho, sorgo, arroz e cana-de-acar; # Erionota thrax, banana e coco; - Helicoverpa armigera, algodo; - Lampides boeticus, feijo e soja; - Leucinodes orbonalis, batata e tomate; - Leucoptera meyricki, caf; - Lobesia botrana, uva, oliva e framboesa; - Mocis repanda, arroz, milho, cana-de-acar e gramneas forrageiras; - Mythimna loreyi, arroz e milho; - Mythimna separata, arroz, milho, sorgo, trigo e cana-de-acar; - Nacoleia octasema, banana e milho; - Ostrinia furcanalis, milho; - Ostrinia nubilalis, milho; - Othreis fullonia, citros, banana e tomate; - Parasa lepida, abacaxi, caf, cacau, coco e outras palmceas; - Pectinophora scutigera, algodo e outras malvceas; - Platynota stultana, polfaga; # Prays citri, citros; - Scirpophaga incertula, arroz; - Sesamia inferens, trigo, triticale, aveia e centeio; - Thaumatopoea pityocampa, Pinus spp;
HYMENOPTERA
- Cephus cinctus, trigo, triticale, aveia e centeio; - Cephus pygmaeus, trigo, triticale, aveia e centeio;
Leptinotarsa decemlineata
Anastrepha ludens
Ceroplastes destructor
As pragas quarentenrias classificadas em A2 no RS: As pragas A2, Cydia pomonella e Sirex noctilio, no RS devero ser objetos de controle e planos de aes preventivas elaboradas pelas Comisses de Defesa Sanitria Vegetal (CDSV) e encaminhados ao Departamento de Defesa e Inspeo Vegetal (DDIV) desta secretaria para aprovao
As CDSV do estados sero tambm responsveis pela apresentao de planos para o estabelecimento de reas livres ou de baixa prevalncia de pragas
Irradiao
Raios gama (contaminao microbiana)
2. MEDIDAS OBRIGATRIAS
Medidas legais que obrigam o controle de determinadas pragas.
Exemplo:
Lei n 2869 (RS) de 25/06/56, que obriga a coleta e queima de galhos de accia negra para diminuir a infestao de do serrador Oncideres impluviata.
2. MEDIDAS OBRIGATRIAS
Exemplo:
Decreto Estadual (SP) n. 19.594 A de 27/07/50, que obriga a destruir os restos da cultura at 15 de julho de cada ano na cultura do algodo para controle da lagarta-rosada (Pectinophora gossypiella).
MTODO MECNICO
OBJETIVO
Consiste na utilizao de medidas de controle que causem a destruio direta dos insetos ou que impeam seus danos.
BARREIRAS
Qualquer prtica que impea ou dificulte o acesso dos insetos planta Exemplos:
Casa de vegetao (produo de mudas)
MTODO FSICO
OBJETIVO
Consiste na aplicao de mtodos de origem fsica para controle de pragas.
TEMPERATURA
Manipular a temperatura, tornando-a letal para os insetos.
Ex.: Anastrepha ludens: 1,11C por 20 dias ou vapor dgua ou hidrotermia 43,3C por 8 horas.
Oryzophagus oryzae
Euetheola humilis
Atraentes e repelentes
Som imita o som de fmeas (atrao de machos de mosquito) Som imita som de morcego (repelncia de noctudeos)
LUMINOSIDADE
Consiste em se utilizar uma faixa de radiao luminosa (300 a 700 nm) para atrair e capturar insetos
Ex.: Armadilhas luminosas e armadilhas coloridas
MTODO CULTURAL
OBJETIVO
Consiste na utilizao de prticas culturais para controle, baseando-se em conhecimentos ecolgico e biolgico das pragas.
Roadeira
PLANTIO DIRETO
OBJETIVO
Consiste na seleo e utilizao de plantas que, devido a suas caractersticas genticas, so menos danificadas que outras em igualdade de condies
Resistente
Planta que, devido as suas caractersticas genticas, sofre um dano menor do que outras em igualdade de condies
Suscetvel
Planta que sofre um dano maior que outras em igualdade de condies
Mecanismos de Resistncia
Nopreferncia
Plantas menos preferidas para alimentao, abrigo ou oviposio pelas pragas
Repelentes (volteis) Cor do substrato Morfologia da planta
Compactao de folhas Espessura, dureza, textura, serosidade e pilosidade da epiderme
Antibiose
Insetos se alimentam normalmente da planta, mas esta exerce um efeito negativo sobre a sua biologia
Reduo de tamanho Taxa de fertilidade e fecundidade Perodo de oviposio, etc.
Mecanismos de Resistncia
Tolerncia
Planta menos danificada que as demais, sob mesmo nvel de infestao, suportando o ataque do inseto sem afetar sua produo, nem a biologia do inseto
Maior capacidade da planta compensar a rea destruda Maior rea foliar Maior rigidez do colmo, reduzindo a possibilidade de acamamento
Cultivar suscetvel
Planta-armadilha:
Ex.: Diaphania spp.
Plantio intercalar de abobrinha italiana (cultivar caserta) planta-isca, sobra a qual aplicado o inseticida.
MTODO AUTOCIDA
OBJETIVO
Consiste em reduzir o potencial reprodutivo da praga. Baseia-se no princpio da esterilidade.
Modo de ao:
Impedindo a formao de vulos e espermatozides Matando os gametas masculinos e femininos depois de formados Danificando o material gentico dos gametas
RADIAO IONIZANTE
Exemplo: raios X, gama, beta, alfa e nutrons e eltrons acelerados Modo de ao:
Fmea no produz vulos Inativao de machos Incapacidade de acasalar Mutao letal dominante em machos e fmeas
A capacidade inicial de produo semanal prev 200 milhes de machos estreis da mosca do mediterrneo que ataca frutas tropicais, 15 milhes de lagarta enrroladeira
OBJETIVO
Mtodo que se baseia no estudo fisiolgico dos insetos visando o seu controle atravs de seu hbito ou comportamento
Vantagens: no apresentam riscos de intoxicao para o
Agonistas de ecditerides
Metoxifenozide (Mimic), etc.
Outros
3. Infoqumicos
Substancias produzidas por glndulas internas ou externas e lanadas para fora do corpo do inseto para provocar reaes especficas em outro organismo. Ex.: Feromnio
INFOQUMICOS
FEROMNIOS: substncias utilizadas na
comunicao intraespecfica
Percebidos pelo cheiro (substncias volteis) Podem ser percebidos pelo gosto (normalmente substncias lquidas)
Feromnio sexual
SEMIOQUMICOS comunicao em geral a) Aleloqumicos interespecfica Alelomnios favorece o emissor (defesa. Ex. repelentes)
Desencadeadores ao imediata no
comportamento do indivduo
FEROMNIOS: tipos/funes 1. De alarme: sinalizar perigo/ameaa reao: fuga, agresso, inibio da agresso;
2. Disperso: manuteno de um espao mnimo para sobrevivncia (formiga); antiagregao (mdas-frutas); 3. Agregao: manuteno da sociedade de insetos; acasalamento;
4. Sexuais: atrao do sexo oposto. Quando sintticos, so usados no controle de pragas
Feromnio de alarme
abelhas
Feromnio de agregao
Ninfas de percevejo
Feromnio de trilha
Trilha de Formiga
Feromnio de oviposio
Parasitides
Mosca-das-frutas
Feromnio de disperso
pulges
FORMAS DE UTILIZAO
(ARMADILHAS FEROMONAIS)
MONITORAMENTO
Um bom monitoramento auxilia o USO RACIONAL DE INSETICIDA, aumentando a eficincia do controle, aumentando a lucratividade, diminuindo os riscos de contaminao ambiental e humana.
SERRICORNIN
lagarta-rosada
traa-das-crucferas
traa-do-tomate
Rhynchophorus palmarum
(bicudo-das-palmceas)
Migdolus fryatus
Besouro Migdolus
COLETA MASSAL
Captura de insetos no campo capaz de remover um nmero significante de indivduos, reduzindo a populao a nveis economicamente estveis.
Mtodo mais efetivo quando captura-se machos e fmeas 1-700 armadilhas/ha
Migdolus fryatus
Besouro Migdolus
lagarta-enroladeira-da-maa
CONFUNDIMENTO
Visa o rompimento do sistema normal de comunicao, reduzindo a probabilidade de encontros.
Adaptao sensorial e habituao; Mascaramento da pluma de feromnio natural; Trilhas alternativas de feromnio.
Grafolita ou broca-dos-ponteiros (Grapholita molesta - Lepidoptera: Tortricidae) Feromnio aplicado em arvores: confuso sexual