Cursos EFA-NS Metodologias e Planificação

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CURSOS DE

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS


DE NÍVEL SECUNDÁRIO (EFA-NS)

Escola Secundária de Camões


14 de Setembro de 2009
Dulce Sá Silva
Não é fácil, de facto, “ensinar a aprender”neste
tumulto de mutações a que se assiste, em que o
hoje se desactualiza no mesmo dia.
Não é fácil “ensinar a viver” num mundo de
contradições e de ruptura de valores éticos e
morais.
Não é fácil ainda “ensinar a criar uma identidade
própria” na era da globalização.
Não é fácil, mas vale a pena tentar.
Leão (2007)
 promover um novo sentido para a
aprendizagem escolar

 desenvolver um novo olhar sobre as


práticas pedagógicas
O QUE É UM SER
ADULTO?
(Smith, 2002)
estado biológico
estado legal
estado psicológico
forma de comportamento
um conjunto de papéis sociais
SER ADULTO NO SÉC.
XXI
 No século XXI, o adulto é considerado como um -
estado inacabado,
- sujeito a um contínuo processo de construção e
desenvolvimento

 deixando, a partir dos anos 90, de ser definido como

- o indivíduo equilibrado,
- estável,
- instalado e, consequentemente,
- rotineiro, isto é, um adulto como estado terminado e
estático.
A idade adulta não é uma etapa de
estabilidade e imutabilidade.
ANDRAGOGIA
 A andragogia significa um caminho
educacional que procura compreender o
adulto, em todas as componentes
humanas.
 Procura promover o aluno através da
experiência
assimilação
 “Aprender fazendo”.
 Está ainda muito centrada na postura do
professor.
Malcolm Knowles (1968)

“andragogia como a arte e a ciência de


ajudar os adultos a aprender, em
contraste com a pedagogia como a arte
e a ciência de ensinar crianças”.
Paulo Freire (1996)
“É um desafio lidar com os alunos adultos
com experiência de vida, um vasto
conhecimento do mundo, mas não
encontram trabalho numa sociedade
escolarizada. Como desenvolver um
trabalho educacional inteligente e eficaz
com um aluno tão heterogéneo, sofrido e,
às vezes, desconfiado e desen-
cantado?”
Experiência do
Aluno/Formando

“A experiência, e não a verdade, é o que


dá sentido à educação. Educamos para
transformar o que sabemos, não para
transmitir o que é sabido”.
Jorge Larrosa e Walter Kohan (2002)
Andragogia
“um estilo de vida”
“A andragogia na essência é um estilo de vida,
sustentado a partir de concepções de
comunicação, respeito e ética, através de um alto
nível de consciência e compromisso social”

complementa ainda:

“As regras são diferentes, o mestre (Facilitador) e


os alunos (Participantes) sabem que têm
diferentes funções, mas não há superioridade e
inferioridade, normalmente não é o mesmo o que
acontece na educação com crianças”.
Adriana Márquez (1998)
Paulo Freire

- “ninguém educa ninguém, nem ninguém


aprende sozinho, nós homens (mulheres)
aprendemos através do mundo”.

- “ensinar não é transferir conhecimento, mas


criar as possibilidades para a sua produção
ou a sua construção”.
Ambientes Educacionais
para alunos adultos
 Os adultos querem entender o porquê da
necessidade de aprender uma certa coisa;
 gostam de aplicar o seu conhecimento prévio no
processo de aprendizagem;
 interessam-se mais pela aprendizagem de coisas
que possam aplicar imediatamente e,
 os processos de aprendizagem devem ser
centrados em problemas e não em conteúdos.
Características do
Professor Andragógico

autenticidade habilidades
 aceitação empatia
incondicional entusiasmo
 compreensão clareza
empática
(Knowles et al. 1990 e
(Pereira e Farias, 1984)
Canário, 2003)
O Professor / Facilitador / Motivador
/ Problematizador / Tutor
no ensino de adultos
 Professor como "facilitador".
 Horizontalidade nos papéis em sala de aula.
 Ter em conta a experiência de vida do aluno e
a sua situação.
 Professor necessita ter a humildade suficiente
e situar-se no mesmo plano de aprendizagem
PARTILHA
Gomes e Oliveira (2005) afirmam

(…) se o aprender não fizer sentido


ou não tiver um significado concreto
para o aluno, ele irá procurar algo
mais necessário ou mais divertido
para fazer, como trabalhar ou sair
com os amigos, respectivamente.
Programa GRUNDTVIG
 visa
- melhorar a qualidade e
- reforçar a dimensão europeia da educação
de adultos, através da promoção de diversos tipos
de actividades de cooperação a nível europeu.

Dirige-se
- às necessidades de ensino e
- de aprendizagem dos intervenientes em
todas as formas de educação de adultos.
DIFERENTES FORMAS DE
ENSINO

 FORMAL
 NÃO - FORMAL
 INFORMAL
V CONFITEA
“A educação das pessoas adultas, uma chave
para o século XXI”.
“educação de adultos abrange a educação
formal e a educação permanente, a
educação não formal e toda a gama de
oportunidades de educação informal e
ocasional existentes numa sociedade
educativa multicultural, em que são
reconhecidas as abordagens teóricas e
baseadas na prática” (UNESCO, 1998, p. 7).
MODALIDADES DE
ENSINO
 cursos Científico-Humanísticos;
 cursos de Aprendizagem;
 cursos de Educação e Formação de Jovens (CEF);
 cursos de Qualificação Inicial Escolar;
 cursos Artísticos Especializados;
 cursos Profissionais;
 cursos Tecnológicos;
 cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA);
 cursos de Ensino Recorrente e
 cursos de Especialização Tecnológica (CET).
Educação de Adultos
Dar resposta aos baixos índices de escolarização
dos portugueses, através da aposta na
qualificação da população.

Quatro vertentes:
- RVCC
- Cursos EFA
- Ensino Recorrente
- Vias de Conclusão do Nível
Secundário de Educação (DL 357/2007)
Os cursos EFA são, actualmente, mais
um instrumento fundamental na
estratégia nacional de qualificação da
população adulta.
Cursos EFA
 Surgiram em 2000

 Modelo aberto e flexível

 Destinados a activos empregados e


também desempregados, maiores de 18
anos.
Cursos EFA
 A criação dos Cursos de Educação e Formação de Adultos (cursos EFA), com
dupla certificação escolar e profissional, foi regulamentada pelo Despacho
Conjunto nº 1083/00, de 20 de Novembro. É aprovado pelo Despacho
Conjunto nº 650/01, de 20 de Julho, alterado pelo Despacho nº 26401/06, de
29 de Dezembro e pelo Despacho nº 11203/07, de 8 de Junho, o modelo de
certificado a atribuir na conclusão dos cursos de EFA e introduz alterações
relativamente ao desenho curricular e às áreas de formação
profissionalizante.

 São vocacionados para públicos adultos pouco qualificados e têm como


objectivo "contribuir, a prazo, para a redução do défice de qualificação
escolar e profissional da população portuguesa, potenciando as suas
condições de empregabilidade".

 São objectivos gerais


 (i) proporcionar uma oferta integrada de educação e formação, com dupla
certificação, escolar e profissional, destinada a públicos adultos com
défice de qualificação escolar e profissional;
 (ii) contribuir para a construção de uma Rede local de Educação e
Formação de Adultos.
TIPOS DE FORMAÇÃO
DOS CURSOS EFA

DUPLA CERTIFICAÇÃO
Escolar (B1, B2, B3 ou ES)
Profissional (Nível 1, 2 ou 3) (4º nível de
qualificação – Portaria nº 782/2009, de 23/7)
Cursos EFA da Escola
Secundária de Camões –
2009/2010
 De dupla certificação:

 Técnicos de Apoio Laboratorial (TAL)


 Técnicos de Agência de Viagens e Turismo (TAVT)
 Técnicos de Museografia e Gestão do Património
(TMGP)
 Técnicos de Informática - Sistemas (TIS - IMSI)
 Técnicos de Apoio à Gestão (TAG)
Documentos de Apoio

 Decreto-Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro


 Portaria nº 230/2008, de 7 de Março
 Guia de Operacionalização de cursos EFA, de
Sandra Rodrigues, Maio de 2009
 Catálogo Nacional de Qualificações
 Referencial de Competências-Chave para a EFA-
NS, Novembro de 2006
 Quadro Europeu Comum de Referência para as
Línguas
COMPONENTES DE
FORMAÇÃO DOS
REFERENCIAIS
 Formação de Base
 Formação Tecnológica PRA

 Formação prática em contexto de


trabalho
Metodologias na
Formação
 Concretização de actividades que
articulem as competências integradas
nas áreas de competências-chave e

 as de saída profissional
com “actividades integradoras”
EQUIPA PEDAGÓGICA

 Conhecer bem os formandos;

 Um domínio efectivo dos Referenciais de


Formação (CNQ) bem como dos Referenciais
das Competências-Chave e dos perfis
profissionais;

 Uma boa relação de trabalho entre si.


COMPONENTE DA
FORMAÇÃO DE BASE

 3 Áreas de Competências-Chave (cf.


RCC-NS): Em regime co-docência
“par pedagógico”

 Cidadania e Profissionalidade (CP)


 Sociedade, Tecnologia e Ciências (STC)
 Cultura, Língua e Comunicação (CLC)
“áreas gémeas”
ELEMENTOS COMUNS E
TRANSVERSAIS ÀS ÁREAS DO
REFERENCIAL (RCC-NS)

 Dimensões das Competências


 Núcleos Geradores
 Domínios de Referência para a Acção
 Temas / Conteúdos / Unidades de
Competência
 Critérios de Evidência
 Elementos de complexidade
DIMENSÕES das
Competências

CLC STC CP

Cultural - Cultura Social - Sociedade Social


Linguística - Língua  Tecnológica -  Cognitiva
Comunicacional - Tecnologia  Ética
Comunicação  Científica - Ciência
Núcleos Geradores /
UFCD
CP CP = 8 UC STC CLC STC = CLC = 7
(Ref. Formação) (Ref. CC) (Ref. Formação) (Ref. Formação) UC
(Ref. CC)
1. Liberdade e 1. Direitos e Deveres 1. Equipamentos – 1. Equipamentos – 1. Equipamentos e
responsabilidade 2. Complexidade e princípios de impactos culturais e Sistemas Técnicos
democráticas Mudança funcionamento comunicacionais (EST)
2. Processos sociais de 3. Reflexividade e 2. Sistemas ambientais 2. Culturas ambientais 2. Ambiente e
mudança Pensamento Crítico 3. Saúde – 3. Saúde – língua e Sustentabilidade
3. Reflexão e crítica 4. Identidade e comportamentos e comunicação (AS)
4. Processos Alteridade instituições 4. Comunicação nas 3. Saúde (S)
identitários 5. Convicção e Firmeza 4. Relações económicas organizações 4. Gestão e Economia
5. Deontologia e Ética 5. Redes de informação 5. Cultura, (GE)
princípios éticos 6. Abertura Moral e comunicação comunicação e 5. Tecnologias de
6. Tolerância e 7. Argumentação e 6. Modelos de media Informação e
mediação Assertividade urbanismo e 6. Culturas de Comunicação (TIC)
7. Processos e técnicas 8. Programação mobilidade urbanismo e 6. Urbanismo e
de negociação 7. Sociedade, mobilidade Mobilidade (UM)
8. Construção de tecnologia e ciência - 7. Fundamentos de 7. Saberes
projectos pessoais e fundamentos cultura língua e Fundamentais (SF)
sociais comunicação
(Língua estrangeira –
iniciação)
(Língua estrangeira –
continuação)
Formação de Base
Para cada área de Competência-Chave
 CP – 8 UFCD
 STC – 7 UFCD
 CLC – 7 UFCD

As competências de cada UFCD estão


definidas a partir de 4 Domínios de
Referência para a Acção (DRA)
Domínios de Referência

 DR1 – Contexto Privado


 DR2 – Contexto Profissional
 DR3 – Contexto Institucional
 DR4 – Contexto Macro-Estrutural
Elementos de
Complexidade
Cada DR tem 3 elementos de comple-
xidade:
 Identificação (Tipo I)
 Compreensão (Tipo II)
 Intervenção (Tipo III)
DOMÍNIO
DE REFE- COMP
RÊNCIA
para a
Acção
AVALIAÇÃO /
CERTIFICAÇÃO
 PRA

 Registo da avaliação dos formandos –


documentos próprios, criados pelas
equipas pedagógicas / mediadores.

 Informação registada na plataforma SIGO.


Concluindo…
 Despertar a vontade de aprender
 Os alunos adultos, ao retornar à escola, vêm à
procura de novas perspectivas e com intuito de
melhorar o seu nível de escolaridade e na
expectativa de arranjar um emprego e melhorar de
vida. Estarão à espera de uma mediação
transformadora (Carlos Gimenez, 2008)?
 Nós, educadores andragógicos, temos de ajudar
os alunos adultos a não desistirem de si…
 Os princípios e a metodologia andragógicos situam-
se como uma possibilidade de repensar o fazer do
professor

possibilita ao educador superar a


viciada fragmentação do ensino, e talvez procurar
uma actuação mais adequada à condição adulta.

 Nenhuma teoria consegue encerrar-se em si mesma.

 O professor não pode deixar de conhecer os


fundamentos e as finalidades da(s) teoria(s) a que(m)
se propõe aplicar.
DAR UM NOVO SENTIDO
À ESCOLA

Assumindo novas expressões, mais


adequadas às experiências dos alunos,
para que estes encontrem uma signi-
ficação existencial sobre a sua
permanência no espaço educativo.

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