Eletrostática
Eletrostática
Eletrostática
Eletrostática
Introdução
• A Eletrostática pode ser definida como o ramo da
Eletricidade que estuda as propriedades e o
comportamento das cargas elétricas em repouso, ou
que estuda os fenômenos do equilíbrio da
eletricidade nos corpos que, de alguma forma, se
tornam carregados de carga elétrica ou eletrizados.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• Embora os fenômenos elétricos tenham sido
estudados cientificamente nestes últimos séculos,
um sábio grego chamado Tales de Mileto (640 – 546
A.C.) já havia observado que o âmbar, uma
substância resinosa, quando atritado com a lã,
passava a atrair corpos leves e de pequenas
dimensões.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• Era um fenômeno desconhecido mas o nome
eletricidade já despontava na imaginação destes
adoráveis filósofos curiosos. A propósito, âmbar em
grego significa “élektron”. Muitas outras experiências
e observações passaram, então, a ser feitas por
cientistas e curiosos.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• Exemplos:
a) Atritando-se dois pedaços de vidro em um pedaço
de seda, verificou-se que aproximando-se os dois
pedaços de vidro surgia entre eles uma força de
repulsão.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
b) Atritando-se um pedaço de vidro e um de
borracha em um pedaço de seda, verificou-se que
aproximando-se o vidro da borracha, surgia entre
eles uma força de atração.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• Mas como seria possível explicar estes fenômenos?
Na antigüidade atribuía-se aos objetos qualidades
como almas gêmeas ou incompatíveis ou, então,
dizia-se que era a manifestação dos deuses na
natureza e no mundo dos homens. Para os cientistas
isto não era suficiente. Eles precisavam explicar as
causas medindo-as, comprovando-as
experimentalmente, criando modelos matemáticos,
etc.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• Já, no século XVIII, muitos cientistas curiosos como
Charles Augustin de Coulomb e Benjamin Franklin
chegaram, primeiramente, a algumas conclusões
importantes:
Os corpos podem se eletrizar;
Os fenômenos de atração e repulsão entre corpos
ocorrem devido à existência de cargas elétricas;
A carga elétrica é uma propriedade da matéria e
pode ser positiva (+) ou negativa (-).
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• Após várias experiências, observações, análises e
medidas, eles concluíram que existem três princípios
fundamentais da eletrostática:
• 1) Princípio da Conservação das Cargas Elétricas
Num sistema eletricamente isolado, a soma
algébrica das cargas elétricas positivas e negativas é
constante.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• 2) Princípio da Atração e Repulsão
Cargas elétricas de mesmos sinais repelem-se e de
sinais contrários atraem-se.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• 3) Princípio da Força Eletrostática
Quanto menor a distância entre as cargas elétricas,
maior é a força de atração ou repulsão entre elas.
Eletrostática
Corpos Eletrizados
• A descoberta destes três princípios da eletrostática
foi importante, mas, ainda assim, as causas da
eletrização dos corpos e do surgimento de forças
entre eles não estavam explicadas, assim como não
existia uma forma de medir a intensidade das cargas
elétricas.
• Ora, só seria possível descobrir as causas destes
fenômenos penetrando-se no íntimo ou no átomo da
matéria, descobrindo-se sua estrutura, suas menores
partes.
Eletrostática
Átomo
• Em 1911 o físico neozelandês Ernest Rutherford fez
sua "experiência da dispersão" para suas novas
descobertas sobre a estrutura do átomo e dela surgiu
a base para o modelo de átomo. Dois anos depois,
em 1913, Niels Henrik David Bohr, físico dinamarquês
(1885 – 1962), completou o modelo inicial proposto
por Rutherford, criando uma teoria atômica, cujo
modelo adaptado foi denominado de modelo
planetário.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• O modelo atômico de Bohr tem uma estrutura muito
semelhante à do sistema solar, onde os planetas
giram em torno do Sol, cada um em sua órbita. Ele
representa o átomo com suas três partículas
fundamentais: elétrons, prótons e nêutrons.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Os elétrons são partículas muito leves, têm carga
elétrica negativa e giram em torno do núcleo em
níveis de energia (órbitas ou camadas) bem
definidos.
• O núcleo é formado por prótons, que têm carga
elétrica positiva, e por nêutrons, que não têm carga
elétrica, ambos com a mesma massa, porém, muito
maior que a do elétron.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Um átomo possui um número máximo de 7 (sete)
órbitas denominadas K, L, M, N, O, P e Q, sendo que
em cada órbita existe um número máximo de
elétrons, distribuídos da seguinte forma:
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
Órbitas Elétrons
K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 8
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• A órbita K é a que fica mais próxima do núcleo,
sendo acompanhada pelas demais na sequência
apresentada no quadro anterior.
• Portanto, o número de órbitas de um átomo está
relacionado ao número de elétrons que ele possui.
• O número de elétrons, prótons e nêutrons de um
átomo define sua estrutura atômica e varia de um
elemento químico para outro.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Na natureza existem aproximadamente 100 tipos
diferentes de átomos que, sozinhos, formam diversos
tipos de materiais.
• Exemplos:
Elemento Símbolo Elétrons Prótons Nêutrons
Hidrogênio H 1 1 0
Oxigênio O 8 8 8
Ferro Fe 26 26 30
Carbono C 6 6 6
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Exemplos:
Elemento Símbolo Elétrons Prótons Nêutrons
Silício Si 14 14 14
Alumínio Al 13 13 14
Cobre Cu 29 29 34
Estanho Sn 50 50 70
Tungstênio W 74 74 110
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Um átomo, no estado em que é encontrado na
natureza, tem um número de elétrons igual ao de
prótons e, portanto, sua carga total é nula, ou seja,
ele é eletricamente neutro.
• Exemplo: O átomo de cobre possui 29 elétrons
distribuídos em vários níveis de energia em torno do
seu núcleo que, por sua vez, possui 29 prótons e 34
nêutrons.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Como o número de elétrons é igual ao de prótons, o
átomo está eletricamente neutro. Os elétrons que se
encontram em órbitas próximas do núcleo, devido à
grande força de atração entre eles e os prótons,
estão fortemente ligados ao átomo enquanto que os
elétrons que se encontram em órbitas mais distantes
estão fracamente ligadas ao átomo.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Isto quer dizer que um átomo pode ter a constituição
de suas últimas órbitas facilmente alterada com a
retirada ou a colocação de elétrons ficando assim,
eletrizado positiva ou negativamente.
• Ionizar um átomo é alterar o número de elétrons de
suas últimas órbitas.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Quando um elétron é retirado de um átomo, este
passa a ser um íon positivo ou cátion, pois o número
de prótons fica maior do que o número de elétrons.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Quando um elétron é colocado em um átomo, este
passa a ser um íon negativo ou ânion, pois o número
de elétrons fica maior do que o número de prótons.
Eletrostática
Corpos Eletrizados
• A mesma análise pode ser feita com os corpos que
são, afinal, constituídos por átomos.
• Um corpo é eletricamente neutro quando tem o
número de prótons igual ao número de elétrons, ou
quando todos os seus átomos forem eletricamente
neutros. Porém, se seus átomos estiverem ionizados,
ele estará eletrizado positiva ou negativamente.
Eletrostática
Corpos Eletrizados
• Conclui-se, portanto, que a carga elétrica de um
corpo, seja ela positiva ou negativa, corresponde a
um múltiplo da carga elétrica do elétron ou do
próton.
Eletrostática
Carga Elétrica Fundamental
• Em 1910, o físico americano Robert Milikan
conseguiu, através de experiências em laboratório,
determinar um valor para a menor carga elétrica.
• Esta carga passou a se chamar carga elétrica
fundamental que equivale à carga do próton
(positiva) e à carga do elétron (negativa) cuja
unidade, no Sistema Internacional, é o Coulomb (C),
em homenagem a este cientista.
Eletrostática
Carga Elétrica Fundamental
carga elétrica do próton
carga elétrica do elétron
• Portanto, a carga elétrica total de um corpo
eletrizado pode ser calculada por:
Eletrostática
Carga Elétrica Fundamental
• onde:
... carga elétrica total do corpo eletrizado
... número de prótons ou de elétrons em excesso
num corpo
... carga elétrica fundamental (próton ou elétron)
Eletrostática
Carga Elétrica Fundamental
• Exemplo: Um corpo eletrizado positivamente tem
uma intensidade de carga elétrica total Q = + 1 C.
Quantos prótons em excesso existem neste corpo?
• Sendo: e
• Então:
Eletrostática
Carga Elétrica Fundamental
• O número de prótons em excesso corresponde, na
realidade, ao número de elétrons retirados dos
átomos do corpo.
• Como a unidade Coulomb refere-se a valores muito
pequenos dada a ordem de grandeza da carga
elétrica fundamental (10-19), é muito comum o uso
de seus submúltiplos:
Eletrostática
Carga Elétrica Fundamental
Submúltiplo Unidade Valor
milicoulomb mC
microcoulomb μC
nanocoulomb nC
picocoulomb pC
Eletrostática
Condutores e Isolantes
• Existem materiais condutores e isolantes nos três
estados da matéria: sólidos, líqüidos e gasosos.
Porém, em eletricidade, os condutores mais
utilizados são os sólidos, principalmente os metais e,
no caso dos isolantes, os três têm grande aplicação.
Portanto, a definição do condutor ficará restrita aos
metais.
Eletrostática
Condutores
• Os materiais condutores são aqueles que conduzem
facilmente eletricidade.
• No caso dos metais, seus átomos, além de possuírem
poucos elétrons na última camada, estes encontram-
se fracamente ligados ao núcleo. Assim, ao
receberem qualquer quantidade de energia, mesmo
muito pequena como o calor à temperatura
ambiente, eles se libertam dos átomos tornando-se
elétrons livres, podendo movimentar-se facilmente
conduzindo eletricidade.
Eletrostática
Condutores
• Os metais, pela sua estrutura atômica, são excelentes
condutores de eletricidade. Apresentam um número
bastante reduzida de elétrons na última camada de
valência e se desprendem do átomo com uma certa
facilidade. São exemplos de condutores: ferro,
alumínio, cobre, latão, prata, aço, estanho, níquel,
ouro, platina, etc.
Eletrostática
Condutores
Eletrostática
Condutores
• Uma importante propriedade do condutor é que,
quando eletrizado, os elétrons livres distribuem-se
na sua superfície externa pois, devido à repulsão
mútua entre eles e por poderem se movimentar
facilmente, eles buscam o maior afastamento
relativo possível entre si.
Eletrostática
Condutores
Eletrostática
Isolantes
• Os materiais isolantes são aqueles que não
conduzem eletricidade ou o fazem com muitíssima
dificuldade.
• Isto se justifica pelo fato de os isolantes possuírem
pouquíssimas cargas livres, que podem ser elétrons
ou íons dependendo se são sólidos, líquidos ou
gasosos.
Eletrostática
Isolantes
• Seus átomos têm grande dificuldade em ceder ou
receber os elétrons livres das últimas camadas de
valência.
• São exemplos de isolantes: borracha, plástico, papel,
ar seco, porcelana, vidro, madeira, água pura,
cerâmica, óleo, silicone, PVC, etc.
Eletrostática
Isolantes
Eletrostática
Isolantes
• Quando o isolante estiver eletrizado, devido à
dificuldade das cargas elétricas se locomoverem em
seu interior, estas permanecerão no local, pois a
força de repulsão não é suficiente para causar o
afastamento entre elas.
Eletrostática
Isolantes
Eletrostática
Processos de Eletrização
• Pelo que pode ser observado e intuído, todo corpo
eletrizado é aquele que possui um número de
elétrons diferente do número de prótons.
• Existem três processos fundamentais para se
eletrizar um corpo: atrito, contato e indução.
Eletrostática
Eletrização por Atrito
• Dois corpos e isolantes, diferentes e
eletricamente neutros, quando atritados entre si, o
calor produzido pode fazer com que o corpo perca
elétrons para o corpo . Assim, quando separados,
fica eletrizado positivamente com carga (falta
de elétrons) e fica eletrizado negativamente com
carga (excesso de elétrons).
Eletrostática
Eletrização por Atrito
• Na eletrização por atrito, os corpos ficam , portanto,
eletrizados com a mesma intensidade de carga
elétrica em módulo, porém, com sinais contrários, ou
seja, . Porém, a carga total continua
sendo nula, conforme o princípio da conservação de
cargas elétricas, isto é, .
Eletrostática
Eletrização por Atrito – Experimento Eletrostático
• Um exemplo deste processo corresponde ao
experimento de que se segura um bastão de vidro
por uma das extremidades e se atrita a outra com
um pano de lã. Ao final do processo somente a
extremidade atritada do bastão de vidro estará
eletrizada. Isto significa que as cargas elétricas em
excesso (cargas positivas) localizam-se em
determinada região e não se espalham pelo bastão.
Eletrostática
Eletrização por Atrito – Experimento Eletrostático
• Repetindo-se essa última experiência com um bastão
metálico, segurando-o por meio de um cabo de
vidro, o bastão se eletriza e as cargas em excesso
espalham-se por sua superfície. Já o pano de lã ficará
eletricamente negativo uma vez que os elétrons que
se encontravam na superfície de contato do bastão
de vidro passaram para o pano de lã.
Eletrostática
Eletrização por Contato
• Neste processo de eletrização, aparecem dois
conceitos importantes: equilíbrio eletrostático e
potencial elétrico. Para melhor compreensão destes
conceitos e deste processo de eletrização, será feita
uma analogia com a hidrostática.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Hidrostático
• O sistema apresentado é conhecido pelo nome de
vasos comunicantes. Este sistema é formado por dois
vasos e de volume diferentes e interligados por
um condutor hidráulico no qual existe um registro
que pode permitir ou não a comunicação entre eles.
• Inicialmente o vaso contém água até a altura e o
vaso encontra-se vazio, ou seja, . O registro
está fechado.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Hidrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Hidrostático
• Abrindo-se o registro, a água flui do vaso para o
vaso numa velocidade proporcional à diferença de
altura , ou seja, a velocidade diminui
à medida que a diferença de altura da água dos vasos
diminui.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Hidrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Hidrostático
• Quando a diferença de altura é nula ,o
fluxo da água cessa fazendo com que o sistema entre
em equilíbrio hidrostático, isto é, nos dois vasos a
altura da água é a mesma .
• Nota-se também que no equilíbrio hidrostático,
embora a altura da água seja a mesma nos dois
vasos, a quantidade de água não é a mesma, mas
proporcional aos seus volumes.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Hidrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato
• Um fenômeno semelhante ocorre no processo de
eletrização por contato entre um corpo condutor
eletrizado e outro corpo condutor eletricamente
neutro. Através do contato físico, se um corpo está
eletrizado positivamente (com falta de elétrons), ele
recebe elétrons do corpo neutro, eletrizando-o
positivamente.
Eletrostática
Eletrização por Contato
• Porém, se um corpo está eletrizado negativamente
(com excesso de elétrons), através do contato físico,
ele doa elétrons para o corpo neutro, eletrizando-o
negativamente.
• O potencial elétrico é uma grandeza associada a
um corpo carregado eletricamente, cujo valor
depende da quantidade de cargas elétricas, das
dimensões do corpo e das características do meio
onde ele se encontra.
Eletrostática
Eletrização por Contato
• A transferência de cargas elétricas entre dois
condutores em contato físico só existe enquanto
houver diferença de potencial elétrico, sendo que, ao
atingirem o mesmo potencial, o sistema entra em
equilíbrio eletrostático, mesmo que suas cargas finais
sejam diferentes entre si.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
• Sejam dois corpos e com dimensões diferentes,
estando carregado inicialmente com uma carga
elétrica e potencial elétrico e inicialmente
neutro e . Os corpos, nestas
condições, são considerados isolados. A eletrização
do corpo , por contato, ocorre da seguinte forma:
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
• Colocando os corpos e em contato, o corpo ,
carregado positivamente (com falta de elétrons) ou
com potencial elétrico positivo, atrai elétrons do
corpo que estava inicialmente neutro ou com
potencial elétrico nulo. Os corpos, nestas condições,
são considerados em contato.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
• O fluxo de elétrons de para começa em alta
velocidade devido à diferença de potencial elétrico
entre eles e decresce até parar, quando o sistema
entra em equilíbrio eletrostático, ou seja, seus
potenciais elétricos se igualam . Nestas
condições os corpos se encontram em equilíbrio
eletrostático.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
• Quando os corpos são novamente isolados um do
outro, verifica-se que o corpo ficou com uma carga
final (menor do que a carga inicial) e que o
corpo carregou-se com uma carga positiva ,
sendo , em função das dimensões dos
corpos e serem diferentes. Nestas condições os
corpos retornam à condição de corpos isolados.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
• Na eletrização por contato, apesar de as cargas
iniciais e finais de cada corpo serem diferentes entre
si, a carga total do sistema permanece a mesma em
qualquer momento do processo de eletrização,
conforme o princípio da conservação de cargas
elétricas, ou seja, .
Eletrostática
Eletrização por Indução
• Para a análise deste processo de eletrização, é
importante explicitar algo essencial em eletricidade.
• O planeta Terra comporta-se como um condutor de
grandes dimensões eletricamente neutro ou com
potencial elétrico nulo, com capacidade de fornecer
ou receber elétrons infinitamente, sem, no entanto,
perder estas características
Eletrostática
Eletrização por Indução
• Por isso é possível a utilização de pára-raios como
receptores de descargas atmosféricas ou sistemas de
aterramentos para proteção de instalações elétricas.
• Em eletricidade, Terra é o nome genérico de um pólo
eletricamente neutro ou com potencial elétrico nulo
tomado como referência nos circuitos elétricos, cujos
símbolos mais utilizados são apresentados:
Eletrostática
Eletrização por Indução
• onde:
• Mas, como
Eletrostática
Energia Potencial Elétrica
• Tem-se que:
ou
ou
e
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Mas, como a carga distribui-se numa área , pode-
se, também, calcular a capacitância em função da
densidade superficial de cargas . Assim:
• ou ainda,
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Portanto:
ou ou
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• É importante verificar que, qualquer que seja a
expressão, a capacitância de um capacitor de placas
paralelas depende das características do dielétrico
presente entre as placas e é sempre diretamente
proporcional à área das placas e inversamente
proporcional à distância entre elas.
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Para a eletrostática, o ar tem características próximas
às do vácuo e, portanto, tanto o valor da constante
eletrostática como da permissividade absoluta
podem ser utilizados para o ar.
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Se o capacitor possuir uma área de e uma
distância entre placas de , tendo o ar como
dielétrico, irá possuir uma pequena capacitância e
precisará de uma altíssima tensão para uma carga
que também será muito pequena.
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Ora, esta alta tensão gera um campo elétrico
altíssimo levando, fatalmente, a uma ruptura da
rigidez dielétrica do ar entre as placas do capacitor,
fazendo com que o ar se ionize e se torne um
condutor, criando um arco voltaico entre as placas,
ou seja, curto-circuitando-as, danificando o
capacitor.
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Fenômeno semelhante ocorre durante as descargas
atmosféricas ou raios. Quando uma nuvem carrega-
se positivamente pelo atrito com o ar, estando o
pára-raios conectado à terra, se a ddp e o campo
elétrico entre eles tornar-se muito elevados, a rigidez
dielétrica do ar se rompe e o pára-raios começa a
enviar elétrons para a nuvem tentando neutralizar a
sua carga. Por conclusão imediata: “o raio sobe”.
Eletrostática
Influência do Dielétrico
• Muitos circuitos elétricos necessitam de grandes
capacitâncias. Para isso, pode-se aumentar a área
das placas do capacitor e diminuir a distância entre
elas. No entanto, aumentar muito a área das placas
implica na construção de capacitores muito grandes.
Eletrostática
Influência do Dielétrico
• Por outro lado, diminuir muito a distância entre as
placas facilita a ruptura do dielétrico. Uma forma de
se resolver este problema é utilizar outros tipos de
dielétricos, ou seja, isolantes que fazem com que o
campo elétrico entre as placas diminua. Ora, a
diminuição do campo elétrico faz diminuir a tensão
entre as placas que, por sua vez, aumenta a
capacitância do capacitor. Assim:
Eletrostática
Influência do Dielétrico
a)
b)
Eletrostática
Influência do Dielétrico
• A tabela a seguir mostra vários isolantes
normalmente utilizados como dielétricos na
construção de capacitores. O valor significa a
constante dielétrica do material em relação à do
vácuo:
Eletrostática
Influência do Dielétrico
• tem-se que:
Eletrostática
Associação Série de Capacitores
• Dividindo-se os dois lados da equação por , tem-se:
• tem-se que:
Eletrostática
Associação Paralela de Capacitores
• Dividindo-se os dois lados da equação por , tem-se: