Gesso

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, AGRÁRIAS E DA SAÚDE
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

GESSO: CARACTÉRISTICAS E UTILIZAÇÃO


NA CONSTRUÇÃO CIVIL

DOCENTE: MAURÍCIO DALLASTRA

DISCENTES: EDUARDO JUNI OR GUI A, KARINE SI LVA, TI AGO GOMES.

DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CI VI L I


INTRODUÇÃO
 O gesso é o principal derivado da gipsita, cuja maior reserva encontra-se no Brasil;

 É uma alternativa de material de construção de prática aplicação, rápida


execução, além de possuir muitas propriedades que fazem com que tenha muitas
vantagens com sua utilização;

 O gesso se tornou uma grande alternativa para substituição de outros materiais, por
possuir uma boa resistência, baixo custo e redução de uso de outros materiais que
necessitam quando utilizados materiais convencionais.
GIPSITA
Figura 1 – Campo de exploração de gipsita no Nordeste
Gipso, conhecido como “gesso natural”,
encontra-se em terrenos sedimentares,
depósitos evaporativos originados de antigos
oceanos.

 Ocorre em diversas regiões do mundo e


possui um amplo campo de utilizações. A
gipsita possui alta facilidade de desidratação
e reidratação.
Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE, 2015.
GIPSITA
Figura 2 – Pedra de gipsita

 Dentre os maiores produtores de gipsita,


destacam-se: Estados Unidos, Irã, Canadá,
México e Espanha;

 O Brasil é o país que possui maior reserva


mundial e o Pernambuco é um dos estados
que possuem maior abundância de gipsita.

Fonte: TERRA BRASILIS, [2017?].


PRODUÇÃO
Figura 3 – Ciclo do gesso

Para a utilização como


aglomerantes ou na medicina, o
gesso deve possuir propriedades
adequadas para seu uso
específico.

Fonte: SINDUSGESSO, 2016 apud BISPO, FRÓIS, 2017.


PRODUÇÃO
EXTRAÇÃO DO GIPSO Figura 4 – Extração por rompedores hidráulicos a céu aberto

A gipsita é obtida a partir da lavra subterrânea ou a


céu aberto, utilizando métodos e equipamento
convencionais. É comum o uso de explosivos à base
de nitrato de amônia e óleo combustível.

O acesso a lavra é feito por uma rampa única e são


empregados equipamentos como: rompedores
hidráulicos, mateletes hidráulicos, vagon drill, tratores
de esteira e pás mecânicas. Fonte: SM GESSO, 2013.
PRODUÇÃO
CALCINAÇÃO
É o processo térmico que a gipsita é desidratada.

Quadro 1 – Compostos a partir da calcinação


Temperatura Calcinação Composto originado Características
140ºC à 160ºC Hemidrato Solúvel
Tem presa rápida, pode conter água de
cristalização em baixo teor, com a
160ºC à 200ºC Anidrita III
umidade do ar transforma no
hemidrato
250ºC à 800ºC Anidrita II Baixa velocidade de hidratação
Acima de 800ºC Anidrita I
Fonte: NOLHIER, 1986; CINCOTTO, AGOPYAN & FLORINDO, 1988; SANTOS, 1998 apud
MUNHOZ (2008)
PRODUÇÃO
CALCINAÇÃO
A calcinação da gipsita pode ocorrer por fornos sob pressão atmosférica ou
em autoclaves.

Pressão Atmosférica gesso β Figura 5 – Microscopia eletrônica do hemidrato beta (a) e alfa (b)

Autoclaves gesso α

Fonte: MELO, 2013.


PRODUÇÃO
CALCINAÇÃO – GESSO β
CATAÇÃO MANUAL BRITAGEM MOAGEM CALCINAÇÃO EM FORNOS SOB PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Figura 6 – Forno horizontal tipo marmita

Fonte: PROJETECNET, [2017?].


PRODUÇÃO
CALCINAÇÃO – GESSO β Figura 7 – Gesso tipo A e tipo B

A água de cristalização é liberada formando cristais


malformados e porosos. Dentre os tipos de gesso β,
destacam-se os:

Tipo A – de fundição;
Tipo B – revestimento manual;

Os dois são diferenciados pelo seu tempo de pega, Fonte: INGENOR, 2017.
controlado através da calcinação.
PRODUÇÃO
CALCINAÇÃO – GESSO α Figura 8 – Instalações para produção do gesso alfa

A calcinação ocorre em equipamentos fechados –


autoclave, que pode ser a seco ou a úmido.

Este tipo de gesso caracteriza-se por apresentar


cristais compactos, regulares e resistentes.

Fonte: MUNHOZ, 2008.


PRODUÇÃO
CALCINAÇÃO – GESSO α
Autoclavagem a seco: é feito a catação manual. Em seguida, é feito uma
lavagem e segue para a etapa de calcinação a seco. O minério é moído e
ativado pela adição de produtos químicos.

Autoclavagem a úmido: a gipsita é moída e britada antes da calcinação. Forma-


se uma polpa com 45% de gipsita e 55% de água é formada e aquecida em
tanque de preparação a 75ºC, por um sistema de serpentinas de óleo. Logo em
seguida, a polpa que foi aquecida alimenta a autoclave, com temperatura de
108º à 120ºC, onde é feito a adição de químicos.
PRODUÇÃO
Figura 9 – Fluxograma de produção

Fonte: RESEARCHGATE, 2017 .


PROPRIEDADES
Figura 10 – Montagem de parede drywall com isolamento acústico

ISOLAMENTO TÉRMICO E ACÚSTICO

Figura 9 – Lã de vidro (a) e Lã de rocha (b)

Fonte: GYPCENTER, 2017.

Fonte: SPEEDDRY, 2016.


PROPRIEDADES
ADERÊNCIA E TRABALHABILIDADE Figura 11 – Pasta de gesso

 Boa aderência com outros substratos;


 Endurecimento rápido;
 Ótimo acabamento;
 Fácil trabalhabilidade

Fonte: AVITO, 2017.


PROPRIEDADES
RESISTÊNCIA MECÂNICA

 Proporcional a relação entre água-gesso, na medida que aumenta a


porosidade;

Uso de aditivos pode influenciar a resistência.


APLICAÇÕES
Figura 12 – Tipos de adição

Além da construção civil, pode ser aplicado


em:

 Indústrias de cimento – cimento Portland;

Fonte: ABCP, 2017.


APLICAÇÕES
Indústria de cerâmica – produção de moldes;
Figura 13 – Moldes de gesso

Fonte: FAZ FÁCIL, 2017.


APLICAÇÕES
Área médico-odontológica – imobilização e próteses;
Figura 14 – Utilização de gesso na área da saúde

Fonte: BIOPOINTS, 2016.


APLICAÇÕES
Figura 15 – Principais aplicações do gesso e gipsita
 Indústrias de plástico e papel – carga
mineral e diluente na fabricação e de
enxofre;
 Indústrias de vidro – fonte de cálcio;
 Além de outras utilizações como giz
escolar, correção de solo, indústria
automobilística, fabricação de fósforo,
indústria eletrônica, fabricação de cerveja,
etc.

Fonte: MELO, 2012.


APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL
PRÉ-MOLDADOS
O gesso de fundição é utilizado para produção de pré-moldados de gesso
simples ou como placas de gesso cartonado (drywall).
Figura 16 – Pré moldado de gesso Figura 17 – Drywall

Fonte: OLX, 2017. Fonte: O ESTADO, 2017.


APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Figura 19 – Tipos de Drywall
PRÉ-MOLDADOS
Figura 18 – Drywall

Fonte: GLOBAL, 2017.

 Standar (ST): feitas apenas de gesso, aditivos e cartão;


 Resistentes a umidade (RU): o gesso recebe tratamento com
hidrofugantes;
 Placas reforçadas (RF): o gesso recebe o reforço de fibra de vidro.
Fonte: ALFA, 2015.
APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Figura 20 – Reboco a base de gesso

REVESTIMENTOS
Utilizado para paredes e tetos com
aplicação manual, geralmente
como substituição de rebocos ou
massas para acabamento.

Fonte: SALINAS REVESTIMENTOS, [2017?].


APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL
DECORAÇÃO
Na arquitetura de interiores o gesso possui duas funções: decorativa e rebaixamento de
teto
Figura 21 – Sancas de gesso

Fonte: MEGA MAXIMUS, 2015.


VANTAGENS E DESVANTAGENS
VANTAGENS
 Propriedades já citadas (resistência, isolamento térmico e acústico, aderência e
trabalhabilidade;
 Pode ser empregado sob forma de pasta, argamassa ou chapas, sem função estrutural;
 Material fácil de cortar, perfurar, pregar ou aparafusar;
 Proporciona rapidez na execução dos serviços, resultando em uma elevada
produtividade;
 Boa plasticidade produz superfície endurecida lisa, proporcionando excelente
acabamento;
 Baixo custo.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Figura 22 – Manchas no gesso
DESVANTAGENS
 Limitação a uso interno;
Umidade amolece o gesso, provoca
manchas, fungos e corrosão;
É relativamente barato, porém as despesas
com transporte chegam até 100% do preço
do material, mas ainda assim, esse material é
bastante viável economicamente.

Fonte: DICAS DA LUCY, 2017.


UTILIZAÇÃO DE POLÍMEROS COMO ADITIVOS
 Polímeros Baixo custo, podem ser de origem animal ou sintética;

 Podem ter a função de retardadores ou aceleradores de pega, espessantes ou


redutores de água, fluidificantes e impermeabilizantes;
 Os aceleradores aumentam a solubilidade do hemidrato acelerando o processo
de hidratação;
 Os retardadores, como o bórax e o ácido cítrico, podem ampliar o período de
indução causando o deslocamento da curva de hidratação.
MANUSEIO DE RESÍDUOS
COLETA: devem ser coletados e
armazenados em local específico nos Figura 23 – Resíduos de gesso em caçamba

canteiros, separados de outros materiais


como madeira, metais, papéis, plástico,
restos de alvenaria e lixo orgânico.

ARMAZENAGEM: o local de armazenagem


dos resíduos de gesso na obra deve ser seco.
A armazenagem pode ser feita em baia com
piso concretado ou em caçamba. Fonte: GREEN IN COMPANY, 2017.
MANUSEIO DE RESÍDUOS
TRANSPORTE: deve obedecer às regras
estabelecidas pelo órgão municipal Figura 24 – Transporte de gesso

responsável por meio ambiente e limpeza


pública, inclusive no que diz respeito à sua
adequada documentação.

DESTINAÇÃO: A Associação Drywall mantém


em seu site a relação atualizada de empresas
capacitadas a receber resíduos de gesso em
operação nas principais capitais brasileiras. Fonte: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2009.
RECICLAGEM
Figura 25 - Fluxograma da reciclagem do gesso

Há três setores de reaproveitamento:

Indústria cimenteira;
Setor agrícola;
Indústria de transformação de gesso.

Fonte: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2009.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
O gesso como vimos é um produto muito versátil, com fácil
trabalhabilidade, elevada aderência, boa aparência, textura fina, baixa
retração e boas propriedades térmicas e acústicas, além de baixo custo e com
isso podendo ser amplamente utilizados na construção civil, com benefícios em
relação aos outros produtos normalmente adotados para os mesmos fins.

Por fim, concluímos que o gesso possui características que o tornam um


bom substituto em diversas áreas da arquitetura, mas com área de atuação bem
definida, podendo ser empregado em área interna e seca com vantagens em
relação aos demais materiais, mas na área externa não tendo a mesma eficácia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALTAR, C. A. M.; BASTOS, F. F.; LUZ, A. B. Gipsita. CETEM: Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: <http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/1079/2/21.GIPSITA%20ok.pdf>. Acesso em 15 out. 2017.

BISPO, V. M. S.; FRÓIS, M. R. A aplicabilidade do gesso no processo de industrialização da construção civil. In: Encontro de Iniciação Científica – ETIC. v. 13. n. 13. 2017. Disponível em:
m<http://intertemas.toledoprudente.edu.br/revista/index.php/ETIC/article/viewArticle/6068>. Acesso em: 18 out. 2017.

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assusta-moradores-em-santarem.html>. Acesso em: 30 out. 2017.

INACIO, E. Materiais de construção. [2014?]. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgNxgAC/materiais-construcao?part=2#comments>. Acesso em: 29 out. 2017

MELO, D. C. P. Processo de calcinação da gipsita/resíduo em um forno rotativo contínuo para a produção de gesso beta reciclável. UFPE: Pernambuco, 2012. Disponível em:
<http://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11783>. Acesso em: 29 out. 2017.

______, R. A. D. P. Estudo do efeito de aditivos nas propriedades do gesso alfa produzido em meio aquoso. UFPE: Pernambuco, 2013. Disponível em: <http://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10363>. Acesso
em: 22 out. 2017.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Resíduos de gesso na construção civil. DRYWALL, 2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/18018FE8/Cartilha_Residuosgesso.pdf>. Acesso em 13
out. 2017.

MUNHOZ, F. C. Utilização do gesso para fabricação de artefatos alternativos, no contexto de produção mais limpa. UNESP: Bauru, 2008. Disponível em:
<https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/136699/000563958.pdf?sequence=1>. Acesso em: 14 out. 2017.

ROCHA, C. A. L. O gesso na indústria da construção civil: considerações econômicas sobre utilização de blocos de gesso. UFPE: Pernambuco, 2007. Disponível em:
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SM GESSO. Gesso: a fórmula do sucesso. 2013.1 imagem, color. Disponível em: <http://www.smgesso.com.br/gesso-formula-sucesso/>. Acesso em 19 out. 2017.

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