Echinodermata

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DO MAR – LABOMAR


CURSO: OCEANOGRAFIA

FILO ECHINODERMATA
DISCIPLINA: Oceanografia biológica III

Profa.: Dra. Cristina de Almeida Rocha-Barreira

Apresentação: André Porfírio

Junho/ 2019
Fortaleza - Ceará
Filo Echinodermata

• Grego, echinos = espinhos, derma = pele;


• Cerca de 7.000 espécies (329 no Brasil),
marinhas, desde a faixa entre marés até
profundidades de 10.700 m;
• Cerca de 13.000 espécies extintas.
Filo Echinodermata

• Bentônicos;
• Comensais;
• Em mar profundo
correspondem a até
95% da biomassa;
• Deuterostômios:
- Celomados;
- Enterocélicos.
Filo Echinodermata
Endoesqueleto

Localizado sob a epiderme e composto de


pequenas placas calcárias (ossículos) incrustadas
na derme (camada de tecido conjuntivo
colagenoso).
Filo Echinodermata
Endoesqueleto

Cada ossículo é um único cristal e está separado


dos seus vizinhos por tecido vivo, o que permite
crescimento sem muda (ossículos constituídos por
calcita).
Filo Echinodermata
Endoesqueleto

Espinhos e tubérculos da superfície do corpo


são projeções dos ossículos.
Endoesqueleto

• Ossículos
articulados uns com
os outros:

– Estrelas-do-mar
(Asteroidea).

– Ofiúros
(Ophiuroidea).
Endoesqueleto

• Ossículos fundidos
(suturados):

– Ouriços-do-mar
(Echinoidea).

– Bolachas-da-praia
(Echinoidea).
Endoesqueleto
• Ossículos
microscópicos
dispersos na
derme:
– Holotúrias
(Holothuroidea).
Endoesqueleto
• Com placas
esqueléticas
fundidas no
cálice mas
articuladas no
restante do
corpo:
– Crinóides
(Crinoidea).
Tecido Conectivo Mutável

• Podem alterar voluntária e rapidamente


a rigidez do próprio tecido conectivo.

• Mudança na viscosidade de fibras


colágenas do tecido conectivo ocorre
sem o gasto de energia envolvido na
contração muscular.
Tecido Conectivo
Mutável
Simetria Radial Pentâmera

• Secundariamente radiais => ancestral


bilateral.
• Corpo geralmente pode ser dividido em cinco
partes dispostas ao redor de um eixo central.
Sistema Vascular Aqüífero (SVA)
• Sistema de canais e reservatórios que
atuam no transporte interno e na
movimentação dos pés ambulacrais.
Sistema Vascular Aqüífero
• Os pés ambulacrais dos Asteroidea e Echinoidea
estão conectados a uma ampola = reservatório de
água do mar que pode ser contraído para estender
o pé ambulacral.

• Funções dos Pés


Ambulacrais:
– Respiração.
– Excreção.
– Coleta de alimentos.
– Tentáculos
sensoriais.
– Locomoção.
Sistema Vascular Aqüífero

• Ponta dos pés ambulacrais se fixa


ao substrato por meio de uma
ventosa (sucção).
Sistema Vascular Aqüífero (SVA)
• O SVA abre-se para o exterior através
dos pequenos poros do madreporito
(ossículo poroso especializado).
Madreporito de Pisaster ochraceus
Sistema Vascular Aqüífero
• Nos Asteroidea o madreporito localiza-se na
superfície aboral, e leva ao canal pétreo, que desce
até o canal circular localizado em torno da boca.

• Canais radiais partem do canal circular, para o


interior de um sulco ambulacral de cada raio.
Sistema Vascular Aqüífero
• Também ligam-se ao canal circular:
– Corpos de Tiedemann
– Vesículas de Poli
Sistema Vascular Aquifero
• Corpos de Tiedemann (4 ou 5 pares)
funcionam como nódulos linfáticos,
removendo e destruindo bactérias e
outras partículas estranhas do SVA.
Sistema Vascular Aquifero

• Vesículas de Poli (de 1 a 5);


função, provavelmente, de
armazenamento de fluido.
Pápulas
• Projeções da parede corporal entre os espinhos.
• Funções: trocas gasosas e excreção.

• Parede fina de cada pápula compõe-se


internamente de peritônio e externamente de
epiderme. O líquido celomático circula no
interior de cada pápula.
Transporte Interno
• Transporte interno realizado com a
colaboração em graus variados do
Sistema Hidrovascular e do Sistema
Hemal, ambos derivados do celoma.

• Fluidos movem-se nestes sistemas por


ação ciliar e bombeamento muscular.
Transporte Interno
• Sistema Hemal é mais desenvolvido nos
Holothuroidea, onde apresenta um
arranjo bilateral, e nos Crinoidea.
Transporte Interno

• Nos demais
táxons, o
sistema hemal
tem um arranjo
radial e
geralmente é
paralelo ao
sistema
Hidrovascular.
Excreção
• Sistema excretor ausente.

• Excreção de produtos nitrogenados,


principalmente amônia, ocorre por difusão
através das paredes finas das pápulas e dos
pés ambulacrais.

• Regulação osmótica quase que


completamente ausente => táxon
exclusivamente marinho.
Excreção
• Alguns excretas podem ser
capturados por celomócitos que
migram pelo epitélio das pápulas
ou dos pés ambulacrais até o
exterior.
Trocas Gasosas

• A maioria utiliza processos externos


como superfícies de trocas gasosas:
pápulas, pés ambulacrais e brânquias.

• Órgãos internos presentes nos


Ophiuroidea (bursas) e Holothuroidea
(árvores respiratórias).
Sistema Nervoso
• Pentâmero composto de um anel nervoso
circum-oral e cinco nervos radiais que se
originam do anel nervoso e se estendem,
cada um, ao longo de um ambúlacro.

• Nervo Radial
– Sistema Ectoneural: sensorial na epiderme.
– Sistema Hiponeural: motor, no epitélio
celômico.

•Grupos de células nervosas


podem se tornar centros
coordenadores temporários.
Reprodução
• Sexos geralmente separados.

• Fertilização externa.

• Desenvolvimento geralmente
planctônico, com uma larva ciliada
filtradora com simetria bilateral.

• Larva adota uma forma (e um


nome) particular em cada um dos
táxons de Echinodermata, mas é
sempre bilateralmente simétrica.
Holothuroide
Asteroide a
a Echinoide
a

Ophiuroide
a

Asteroide
a Crinoide
Classificação
• Sobreviveram apenas
cinco dos 24 táxons
(classes) do Filo
existentes durante o
Paleozóico.

Crinoidea
Eleutherozoa
Asteroidea
Ophiuroidea
Echinoidea
Holoturoidea
Asteroidea
• Latim, aster = raio
+ grego, eidos =
forma.
• Estrelas-do-mar
(cerca de 1.800
espécies, 64
registradas para o
Brasil).
• De 1 cm a 1 m de
comprimento,
maioria entre 12 –
24 cm de
comprimento.
Asteroidea
• Corpo geralmente achatado, emitindo
5 braços na maioria das espécies (mas
algumas espécies possuem 40 ou
mais braços).
• Bases dos braços não
são nitidamente
demarcadas do corpo
que forma um disco
central.

• Superfície corporal
pode apresentar-se lisa,
granulada ou com
espinhos bem visíveis.
Asteroidea

• Animais vágeis, com a boca e os sulcos


ambulacrais direcionados para baixo
(superfície oral).
Asteroidea
• As margens dos sulcos ambulacrais são
protegidas por espinhos móveis
capazes de se fechar sobre o sulco.
Paxilas
• Tipo especializado de ossículo, que
cobre a superfície aboral de muitos
Asteroidea que se enterram no
sedimento.
Pedicelárias

• Latim, pediculus =
pequeno pé.

• Ossículos especializados,
compostos e articulados
que formam minúsculos
apêndices em forma de
mandíbulas
freqüentemente
encontrados na superfície
aboral de algumas
estrelas-do-mar.
Pedicelárias

• Matam pequenos
organismos que
venham a fixar-se na
superfície do corpo.
Tais organismos e o
sedimento são varridos
pelos cílios do epitélio
superficial.

• Podem estar ligadas à


glândulas de veneno.
Alimentação
• A maioria das estrelas são carnívoras ou
necrófagas. Algumas vertem o estômago
sobre as suas presas.
Ophiuroidea
• Grego: ophis =
serpente + eidos =
forma.

• Ofiúros, cerca de
2.000 espécies (101
registradas para o
Brasil).
Ophiuroidea
• Algumas formas comensais (corais,
esponjas, crinóides e equinóides).
Ophiuroidea
• Corpo composto pelos braços e pelo
disco central.
• Disco
geralmente
com 1 a 3 cm
de diâmetro
(até 12 cm).

• Pedicelárias
e pápulas
ausentes.
Braços
• Extremamente
longos, saindo
precisamente do
disco oral.

• Muito móveis e
quebradiços,
sendo capazes de
autotomizar com
posterior
regeneração.
Alimentação
• Necrófagos, carnívoros ou consumidores
de detritos no sedimento ou em
suspensão, a maioria usa mais de um
modo de alimentação, mas um é
geralmente predominante.
Trocas Gasosas

• Trocas gasosas através de 10 bolsas


denominadas bursas.
Echinoidea
• Grego echinos, espinhos + eidos = forma.
• Cerca de 900 espécies (105 registradas para o Brasil).
Echinoidea
• Corpo sem braços. No lugar destes,
apresentam cinco zonas ambulacrais,
aonde os pés ambulacrais com ampolas e
ventosas, emergem entre pequenas placas
esqueléticas.
Echinoidea

• Alimentam-se de algas
e animais incrustados
que são raspados ou
mastigados por meio de
movimentos complexos
de um aparelho
chamado de Lanterna
de Aristóteles que
contém cinco dentes
que se projetam
através da boca.
Echinoidea

• Ossículos do esqueleto são placas calcárias


achatadas, fusionadas entre si, formando um
rígido esqueleto interno ou carapaça que
apresenta zonas ambulacrais intercaladas com
zonas inter-ambulacrais.
Echinoidea

• Superfície do corpo coberta por espinhos


móveis encaixados sobre tubérculos da
carapaça, apresentando também,
pedicelárias para impedir a fixação de
organismos.
Ouriços-do-mar
• Ao redor do
periprocto,
existem cinco
grandes placas
genitais, cada
uma contendo
um gonóporo.
CONSUMO HUMANO
Echinoidea Irregulares
• Bolachas-da-praia.

• Eixo oral-aboral encurtado.

• Simetria bilateral.
Dendraster excentricus
Holothuroidea
• Grego holothourion = pólipos marinhos.
• Pepinos-do-mar; cerca de 1.200 espécies
(32 registradas para o Brasil).
Holothuroidea
• Maioria das espécies
entre 6 e 30 cm de
comprimento e
coloração pardacenta
(menores com poucos
milímetros; maiores com
até 2 m de
comprimento).
• Até 90% da biomassa
bentônica de mares
profundos.
Holothuroidea

• Sem braços e
com o eixo oral-
aboral muito
alongado.
Holothuroidea
• Simetria bilateral
secundária;
– Lado “dorsal” com
duas zonas longitudinais
de pés ambulacrais sem
ventosas e com função
tátil e respiratória.
– Lado”ventral” com 3
zonas longitudinais de
pés ambulacrais com
ventosas, usados na
locomoção.
Holothuroidea

• Esqueleto reduzido a ossículos microscópicos


com parede corporal muscular com estrutura
coriácea, sem espinhos ou pedicelárias.
Holothuroidea
• Extremidade oral
rodeada por 10 a 30
tentáculos retráteis
que representam pés
ambulacrais modificados
ao redor da boca.
Árvores respiratórias

• Estruturas
ramificadas
tubulares
que
resultam de
evaginações
da parede
da cloaca e
estendem-se
pelo celoma.
Túbulos de Cuvier

• Cachos de evaginações tubulares na base da


árvore respiratória na parede da cloaca,
presente em alguns Holothuroidea. Podem ser
regenerados.
Túbulos de Cuvier
Holothuroidea
• Mecanismo de defesa: se exteriorizam
em um emaranhado de fios adesivos e
tóxicos.
Reprodução
• Metamorfose final ocorre
antes do animal ir para o
fundo.

• Maioria com fertilização


externa, alguns incubam
os ovos sobre o corpo,
poucas formas vivíparas.
CONSUMO HUMANO
Crinoidea
• Grego: krinen = lírio + eidos =
forma. 700 spp, 22 registradas
no Brasil.
• Lírios-do-mar: pedunculados;
sésseis; cerca de 100 espécies
de águas profundas.
• Penas-do-mar
(Comatulida): sem
pedúnculos; móveis; cerca de
600 espécies de águas rasas.
Crinoidea

• Mantém a condição corporal


considerada primitiva para
os equinodermes
• Cada braço com numerosos ramos laterais
(pínulas).
• Corpo globoso (cálice) permanentemente ou
temporariamente preso ao substrato através
de um pedúnculo aboral não contrátil.
Crinoidea
• Os sulcos
ciliados de
todos os
braços
convergem
para a boca
no centro da
superfície
oral.
• Alimento
transportado
pelos cílios.
Crinoidea
• Os crinóides não
pedunculados
(plumas-do-mar) e se
fixam apenas no
último estágio de
larva. Em seguida o
cálice fica livre e eles
passam a poder
rastejar ou nadar
movimentando os
braços.
Reprodução

• Regeneração
(sobrevivência à
predação).

• Crinóides de águas
frias (muitas formas
da Antártica) incubam
os ovos em
invaginações
saculares das paredes
dos braços adjacentes
às gônadas.

• Os ovos entram na
câmara de incubação.
Obrigado pela atenção.

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