12 - Resposta Do Reu

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Direito Processual do Trabalho

Prof. Gerson Treml


 A CLT prevê duas modalidades de respostas:
a) contestação (art. 847) e b) exceção (art.
799).
 A reconvenção prevista no CPC é compatível
com o Processo do Trabalho.

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 Na lição de J.J. Calmon de Passos: “A
contestação está para a defesa, assim como a
inicial está para a ação. Ela é peça mediante a
qual se formaliza o exercício de direito de
defesa do réu, vale dizer, exercita este sua
pretensão à prestação da atividade
jurisdicional”.

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 No Processo do Trabalho o momento para a
apresentação da resposta é a audiência, no prazo
de 20 minutos, de forma oral, após a leitura da
reclamação trabalhista, ou no mesmo prazo
quando esta for dispensada (arts. 846 e 847 da
CLT).
 Inobstante a previsão legal, a praxe trabalhista
consagrou a resposta escrita, a qual foi
incorporada no parágrafo único do art. 847: “A
parte poderá apresentar defesa escrita pelo
sistema de processo judicial eletrônico até a
audiência”.

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 Para Schiavi “A contestação é a peça defensiva
por excelência, onde o reclamado terá a
oportunidade de impugnar a pretensão
aduzida na inicial e também aduzir toda a
matéria de defesa que entende pertinente”.
 Conforme a previsão celetista, o prazo é de
20 minutos para sua interposição oral.
Havendo litisconsórcio passivo, haverá 20
minutos para cada reclamado, conforme
Wagner Giglio.

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 Em sentido oposto, Christóvão Piragibe
Tostes Malta aduz que o prazo de 20 minutos
deverá ser dividido entre os reclamados.
 Na realidade a defesa oral é rara, vez que
consagrada a forma de interposição de defesa
escrita com documentos.

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 A contestação segue dois princípios
fundamentais previstos no CPC com aplicação
analógica ao Processo do Trabalho. São eles:
 a) Princípio da eventualidade da defesa (art.
336 do NCPC);
 b) Princípio da impugnação específica (art.
341 do NCPC).

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 O princípio da eventualidade está consagrado
no art. 336 do CPC com a seguinte redação:
“Compete ao réu alegar, na contestação, toda
a matéria de defesa, expondo as razões de
fato e de direito, com que impugna o pedido
do autor e especificando as provas que
pretende produzir”.

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 Para Schiavi: “O princípio da eventualidade
consiste no ônus do réu em aduzir todas as
defesas tiver contra o processo (atacar
diretamente a relação jurídica processual) e
contra o pedido do autor, a fim de que, na
eventualidade do Juiz não acolher a primeira
alegação, acolha a segunda”.
 As defesas processuais, a serem argüidas
como preliminar, estão elencadas no art. 337
do CPC.

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 A contestação, na lição de Carlos Henrique
Bezerra Leite, “pode ser dirigida: a) contra o
processo ou contra a ação, por nós chamada
de contestação contra o processo; b) contra o
mérito, a qual nós apelidamos de contestação
do mérito”.
 A defesa processual normalmente é argüida
como matéria preliminar, com a previsão do
art. 337 do CPC.

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 Quanto a matéria de mérito, esta pode ser direta
ou indireta.
 Será direta, nos termos de CHBL: “quando o réu
ataca o fato constitutivo do direito alegado pelo
autor, seja pela negativa de sua existência, seja
pela negativa de seus efeitos jurídicos”.
 Será indireta, para Mauro Schiavi “quando não
consistir em negar aos fundamentos do autor.
Também será indireta quando o reclamado, sem
negar a existência do fato constitutivo do direito
do autor, aduzir fatos modificativos, empeditivos
ou extintivos do direito do autor”.

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 A compensação ou a retenção só podem ser
alegadas como matéria de defesa.
 Aduz CHBL: “No processo do trabalho, a
compensação e a retenção também são
consideradas contestação (defesa) indireta do
mérito, uma vez que constituem fatos
modificativos do direito alegado pelo autor”.
 Caso o reclamado não alegue a compensação ou
a retenção na contestação, não poderá fazê-lo
em outro momento em face da preclusão.

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 Conforme a Súmula 48 do TST: “A compensação
só poderá ser argüida com a contestação”; já a
Súmula 18 do TST prevê: “A compensação na
Justiça do Trabalho está restrita à dívidas de
natureza trabalhista”.
 Comentando as referidas Súmulas, aduz
Francisco Antonio de Oliveira: “Em não se
configurando a compensação matéria de ordem
pública, poderá ser objeto de renúncia. Assim,
não sendo invocada em defesa, preclusa estará a
oportunidade de argüição”.

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 O princípio da contestação específica está
expresso no art. 341 do CPC que assim está
redigido: “ Incumbe também ao réu
manifestar-se precisamente sobre as
alegações de fato constantes da petição
inicial, presumindo-se verdadeiras as não
impugnadas,”.
 Para Calmon de Passos: “manifestar-se
especificamente é manifestar-se indicando
com exatidão, particularizando, mencionando
especialmente, etc”.

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 Pelo princípio em comento, não é permitida a
contestação genérica ou por negação geral, vez
que cabe ao réu impugnar um a um os fatos
narrados pelo autor.
 Segundo Schiavi: “Não pode, por exemplo,
simplesmente dizer, o reclamante nunca foi
empregado ou que nunca realizou horas extras.
Deve declinar se o autor prestou serviços ou não e
se prestou qual era a modalidade de trabalho.
Quanto à jornada, deve decliná-la em defesa, ou
fazer menção à jornada dos cartões ponto, sobre a
existência ou não de horas extras pagas, etc”.

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 Não se aplica a regra da impugnação
especifica nas exceções do art. 341 do CPC:
◦ I – se não for admissível a seu respeito a confissão
(art. 341, I, do CPC);
◦ II – se a petição inicial não estiver acompanhada de
instrumento público que a lei considerar da
substância do ato (art. 341, II, do CPC);
◦ III – Se estiverem em contradição com a defesa em seu
conjunto (art. 341, III, do CPC).
 A regra da impugnação específica não se aplica
ao advogado dativo, ao curador especial e ao
órgão do Ministério Público.

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 A CLT não trata da matéria, razão pela qual aplica-se o
art. 337 do CPC, no que couber: “Incumbe ao réu, antes
de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade
da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III -
incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição
inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa
julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte,
defeito de representação ou falta de autorização; X -
convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade
ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de
outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII -
indevida concessão do benefício de gratuidade de
justiça”.

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 Inexistência ou nulidade de citação: No processo
do trabalho, denomina-se notificação e, em
regra, é realizada pelo correio.
 Segundo Sérgio Pinto Martins: “A notificação
pode ser depositada na caixa do correio ou
simplesmente entregue na portaria do prédio do
demandado, não havendo necessidade de ser
pessoal”.
 Entre a notificação e a audiência deve haver um
prazo mínimo de 5 dias (art. 841), exceto entes
de direito público – 20 dias (Dec-Lei 769/69)

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 Segundo a Súmula nº 16 do TST: “Presume-se
recebida a notificação 48 (quarenta e oito)
horas depois de sua regular expedição. O seu
não-recebimento ou a entrega após o
decurso desse prazo constituem ônus de
prova do destinatário”.
 Segundo Francisco Antonio de Oliveira: “A
prova é documental e poderá ser obtida nos
correios”.

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 Litispendência: Ocorre quando se reproduz
ação que está em curso, com as mesmas
partes, pedido e causa de pedir.
 Aduz Schiavi: “São requisitos da
litispendência além da presença das mesmas
partes, pedido e causa de pedir, que a
demanda já esteja em curso, não havendo o
trânsito em julgado da decisão”.

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 Coisa julgada: Ocorre quando se repete ação já decidida
por sentença da qual não caiba mais recurso.
 Ensina Bezerra Leite: “Entendemos inexistir
litispendência (ou coisa julgada) entre ação individual e
ação coletiva, seja pela ausência de identidade de
partes, seja pela diversidade de pedidos. Ademais, a
coisa julgada na ação individual produz efeitos inter
partes, não beneficiando, nem prejudicando terceiros
(CPC, art. 506); na ação coletiva, a coisa julgada
produzirá efeitos erga omnes, quando se tratar de
tutela de interesses difusos ou individuais homogêneos,
ou ultra partes, na hipótese de tutela de interesses
coletivos strictu sensu (CDC, arts. 103 e 104).

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 Incompetência absoluta: São as competências
em razão da matéria e funcional.
 Aduz Mauro Schiavi: “Ao contrário da
competência em razão do lugar que deve ser
invocada por meio de exceção (arts. 799 e
seguintes do CPC), a competência absoluta
deve ser invocada em preliminar de
contestação”.
 O art. 800 com a redação da Reforma
Trabalhista, traz o procedimento da exceção
territorial.
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 Da perempção: A perempção no Processo do
Trabalho está prevista no art. 732 da CLT que
prevê: “Na mesma pena do artigo anterior
incorrerá o reclamante que, por 2 (duas)
vezes seguidas, der causa ao arquivamento
de que trata o art. 844”.
 A pena do artigo anterior (art. 731 da CLT) é
a perda do direito de apresentar reclamatória
trabalhista pelo prazo de seis meses.

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 Inépcia da inicial: Prevista no art. 330, § 1º
do CPC: “Considera-se inepta a petição inicial
quando: I - lhe faltar pedido ou causa de
pedir; II - o pedido for indeterminado,
ressalvadas as hipóteses legais em que se
permite o pedido genérico; III - da narração
dos fatos não decorrer logicamente a
conclusão; IV - contiver pedidos
incompatíveis entre si”.

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 Carência da ação: Configura-se na ausência
das condições da ação, a saber: Interesse de
agir e Legitimidade processual.
 A carência de ação pode ser reconhecida de
ofício pelo juiz.

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 Conexão: Segundo o art. 55 do CPC,
reputam-se conexas duas ou mais ações
quando lhe for comum o pedido ou a causa
de pedir.
 Aduz Sérgio Pinto Martins que “Havendo
conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a
requerimento da qualquer das partes, pode
ordenar a reunião de ações propostas
separadamente, com a finalidade de serem
decididas simultaneamente”.

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 Após as preliminares e antes do mérito, devem
ser argüidas as questões prejudiciais ao mérito.
 Segundo Sérgio Pinto Martins: “Antes de se
discutir o mérito do feito, podem ser discutidas
prejudiciais do próprio mérito, que vêm após
as preliminares do art. 337 do CPC”.
 São prejudiciais as alegações de prescrição ou
de decadência, que caso acolhidas, dispensam
o exame das questões de fundo, prejudicando
a análise do mérito.

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 Segundo o art. 342 do CPC: “Depois da
contestação, só é lícito ao réu deduzir novas
alegações quando: I - relativas a direito ou a
fato superveniente; II - competir ao juiz
conhecer delas de ofício; III - por expressa
autorização legal, puderem ser formuladas
em qualquer tempo e grau de jurisdição”.

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 Segundo Schiavi: “o fato que embasa o direito
superveniente pode pré-existir à contestação,
mas o reclamado somente deve ter tido
ciência após a apresentação da defesa”.
 As matérias que o juiz pode conhecer de
ofício são as matérias de ordem pública.
 Havia intensa polêmica sobre a aplicação do
art. 219 § 5º do CPC/73 na seara laboral, ou
seja, se o juiz trabalhista pode conhecer de
ofício a prescrição.

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 Embora a reforma trabalhista não tenha
tratado especificamente sobre a prescrição
geral, contém disposição específica sobre a
possibilidade de reconhecimento de ofício da
prescrição intercorrente, no art. 11-A, § 2º,
in verbis: “A declaração da prescrição
intercorrente pode ser requerida ou declarada
de ofício em qualquer grau de jurisdição”.

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 A reconvenção é uma das modalidades de
resposta do réu (art. 343 do CPC).
 Pode ser escrita ou verbal, mas deve observar os
requisitos da inicial trabalhista (art. 840 da CLT).
 Segundo Bezerra Leite: “a reconvenção é uma
ação que o réu propõe, em face do autor, dentro
do mesmo processo em que o primeiro é
demandado, buscando a tutela jurisdicional em
que se resguarde um direito seu que alega ter
sido lesado ou ameaçado de lesão pelo autor”.

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 Na lição de Fredie Didier Júnior: “reconvenção é
a demanda do réu contra o autor no mesmo
processo em que está sendo demando. É o
contra-ataque que enseja o processamento
simultâneo da ação principal e da ação
reconvencional, a fim de que o juiz resolva as
duas lides na mesma sentença”.
 Há uma cumulação objetiva de ações (principal
e reconvencional) no mesmo processo.
 Não é cabível na execução e nas cautelares.

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 Segundo Bezerra Leite: “Há quem sustente o
descabimento da reconvenção no processo do
trabalho. O principal argumento repousa na
previsão expressa da compensação e da retenção
como matérias típicas de defesa, e não de
reconvenção, razão pela qual não haveria omissão
da CLT a respeito, impedindo, assim, a aplicação
subsidiária do CPC”.
 Manoel Antonio Teixeira Filho defende que o
silêncio da CLT sobre a reconvenção foi proposital,
não sendo possível aplicá-la no processo do
trabalho”.

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 Por outro lado ensina Schiavi: “A reconvenção
disciplinada no Código de Processo Civil (art.
343) é compatível com o Processo do Trabalho,
por omissão da CLT e compatibilidade com os
princípios que regem o Direito Processual do
Trabalho (art. 769, da CLT). (...) a doutrina
majoritária e a jurisprudência consagraram a
possibilidade de reconvenção no Processo do
Trabalho, uma vez que esta possibilita a máxima
eficiência da jurisdição trabalhista, e atende aos
princípios da economia processual e acesso à
Justiça do Trabalho”.

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 A Justiça do Trabalho admite a reconvenção no
processo trabalhista. Nesse sentido:
“RECONVENÇÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
DO TRABALHO. É competente a Justiça do
Trabalho para apreciar e julgar a reconvenção,
cuja matéria nela versada decorre da relação de
emprego”. (TRT 12ª Região. Processo nº 05043-
2009-016-12-00-8, Rel. Juíza Águeda Maria L. Pereira
- Publicado no TRTSC/DOE em 16-04-2012)

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 São requisitos para admissibilidade da
reconvenção:
◦ a) que o juiz da causa principal não seja
absolutamente incompetente para a reconvenção;
◦ b) haver compatibilidade dos ritos procedimentais;
◦ c) haver processo pendente: litispendência;
◦ d) haver conexão entre a reconvenção e a ação
principal ou com o fundamento de defesa.

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 Na esfera processual civil a reconvenção deve
ser proposta no mesmo prazo da defesa. Desta
forma, no processo do trabalho, deverá ser
apresentada em audiência, de preferência em
peça apartada da contestação.
 Recebendo-a, o juiz deverá adiar a audiência,
para oportunizar ao reclamante (reconvindo)
defesa.
 Pode o reclamante renunciar ao prazo de
defesa e oferecer resposta oral na própria
audiência.

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 Se o reclamante (reconvindo) não apresentar
resposta, aplica-se a confissão ficta.
 Segundo Schiavi: “A compensação, na esfera
processual trabalhista, conforme o art. 767, da
CLT, deve ser arguida em contestação, mas se
o crédito do reclamado superar o do
reclamante, este poderá propor a
reconvenção”.

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 Importante a lição de Sérgio Pinto Martins: “Se,
por acaso, fosse indeferida liminarmente a
reconvenção, qual seria o recurso cabível? Para
nós nenhum. A decisão que indefere a
reconvenção é, no caso, uma decisão
interlocutória, dela não cabendo qualquer
recurso (§ 1º do art. 893, da CLT). A parte
prejudicada poderia ingressar com ação própria,
ou aguardar o momento adequado para fazer
suas observações no recurso da decisão
definitiva, incluindo, então, como preliminar, a
discussão do indeferimento da reconvenção”.

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 Mauro Schiavi diz que a “a ação e a reconvenção
devem ser julgadas na mesma sentença (...) na
parte dispositiva da sentença trabalhista, deve o
juiz abrir um parágrafo dizendo sobre a
procedência, improcedência, ou procedência em
parte do pedido ou dos pedidos formulados na
reconvenção, bem como as condições para o
cumprimento”.
 Bezerra Leite aduz que “tendo em vista o caráter
imperativo da norma em questão, é nula a
sentença que julga apenas a ação principal,
deixando de julgar a reconvenção”.

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 Leciona Mauro Schiavi: “Nos ritos sumário (Lei
5.584/70) e sumaríssimo (Lei 9.057/00) a
reconvenção não se mostra cabível em razão
dos princípios da celeridade que envolve os
ritos processuais destes procedimentos. Não
obstante, por aplicação analógica do art. 31
da Lei 9.099/95, admite-se o pedido
contraposto, que é articulado no próprio bojo
da contestação desde que se fundamente nos
mesmos fatos objeto da controvérsia”.

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 A CLT prevê a possibilidade de manejo de
exceções, ao dispor expressamente em seu
artigo 799: “Nas causas da jurisdição da
Justiça do Trabalho somente podem ser
opostas, com suspensão do feito, as
exceções de suspeição ou incompetência. §
1º As demais exceções serão alegadas como
matéria de defesa”.
 Das decisões sobre exceções não caberá
recurso, salvo se terminativas do feito.

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 O art. 800 da CLT, com a redação dada pela
Reforma Trabalhista, demonstra que a exceção
continua sendo o caminho para a impugnação da
incompetência territorial, de forma diversa do
que ocorre no Processo Civil, no qual tal
impugnação ocorre em preliminar de
contestação. Dispõe referido artigo: “Art.
800. Apresentada exceção de incompetência
territorial no prazo de cinco dias a contar da
notificação, antes da audiência e em peça que
sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á
o procedimento estabelecido neste artigo”.

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 § 1o Protocolada a petição, será suspenso o
processo e não se realizará a audiência a que
se refere o art. 843 desta Consolidação até
que se decida a exceção.
 § 2o Os autos serão imediatamente
conclusos ao juiz, que intimará o reclamante
e, se existentes, os litisconsortes, para
manifestação no prazo comum de cinco dias.

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 § 3o Se entender necessária a produção de
prova oral, o juízo designará audiência,
garantindo o direito de o excipiente e de suas
testemunhas serem ouvidos, por carta
precatória, no juízo que este houver indicado
como competente.
 § 4o Decidida a exceção de incompetência
territorial, o processo retomará seu curso,
com a designação de audiência, a
apresentação de defesa e a instrução
processual perante o juízo competente.

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 Mauro Schiavi ao comentar o novel
dispositivo aponta: “O art. 800, da CLT altera
a sistemática da exceção de incompetência
territorial na Justiça do Trabalho, rompendo
os princípios da unicidade e concentração do
processo do trabalho, visando a facilitar o
acesso à justiça pelo reclamado, mas, por
outro lado, pode provocar a demora
significativa na tramitação do feito”.

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 CLT. Art. 801: “O juiz, presidente ou juiz
classista, é obrigado a dar-se por suspeito, e
pode ser recusada, por algum dos seguintes
motivos, em relação à pessoa dos litigantes:
 a) inimizade pessoal;
 b) amizade íntima;
 c) parentesco por consangüinidade ou
afinidade até o terceiro grau civil;
 d) interesse particular na causa”.

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 Art. 801. Parágrafo único. “Se o recusante
houver praticado algum ato pelo qual haja
consentido na pessoa do juiz, não mais
poderá alegar exceção de suspeição, salvo
sobrevindo novo motivo. A suspeição não
será também admitida, se do processo
constar que o recusante deixou de alegá-la
anteriormente, quando já a conhecia, ou que,
depois de conhecida, aceitou o juiz recusado
ou, finalmente, se procurou de propósito o
motivo de que ela se originou”.

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 CLT. Art. 802: “Apresentada a execução de
suspeição, o juiz ou Tribunal designará
audiência dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, para instrução e julgamento da
exceção”.

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 CLT. Art. 802. “§ 1º Nas Juntas de Conciliação e
Julgamento e nos Tribunais Regionais, julgada
procedente a exceção de suspeição, será logo
convocado para a mesma audiência ou sessão,
ou para a seguinte, o suplente do membro
suspeito, o qual continuará a funcionar no feito
até decisão final. Proceder-se-á da mesma
maneira quando algum dos membros se declarar
suspeito. § 2º Se tratar de suspeição de Juiz de
Direito, será este substituído na forma da
organização judiciária local”.

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