A Parábola Do Juiz Iníquo

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A Parábola do Juiz

Iníquo
O  GRANDE  CEIFADOR

(...)
– No tempo do Mestre, semelhantes entraves não eram menores. A
gloriosa, missão do Senhor ia em meio, quando surgiram várias legiões
de supostos discípulos da Boa Nova, à margem das atividades
evangélicas. Multidões desarvoradas, ao comando de chefes que se
diziam continuadores de João Batista, enxameavam nas bordas do
Jordão, a se dispersarem na Palestina e na Síria.
Capitães da revolta popular contra o domínio romano, “após ouvirem as
lições do Senhor, usavam-lhe a doutrina, criando a discórdia
sistematizada, em nome da solidariedade humana, nos diversos
vilarejos que circulavam o Tiberíades”.
Todos erguiam flamejante verbo, asseverando falar em nome do Divino
Renovador.
(...)
no turbilhão dos conceitos vibrantes e nobres,
alinhavam-se aqueles que, arrecadando dinheiro
para socorro às viúvas e aos órfãos, olvidavam-nos
deliberadamente para enriquecerem a própria
bolsa, e apareciam os oportunistas que, em se
incumbindo da doutrinação referente à
fraternidade, utilizavam-se da frase primorosa e
bem feita, para a realização das mais baixas
manobras políticas.
• Foi por isso que, em certo crepúsculo, quando
a multidão se Congregava em torno do
Mestre, junto às águas, para recolher-lhe a
palavra consoladora e o ensino salutar, Simão
Pedro, homem afeiçoado à rude franqueza,
valendo-se da grande pausa que o Eterno
Benfeitor imprimira à própria narrativa,
quando expunha a parábola do semeador,
interpelou-o, diretamente, indagando:
• – Mestre, e que faremos dos que exploram a idéia do
Reino de Deus? Em muitos lugares, encontramos
aqueles que formam grupos de serviço, em nome da
Boa Nova nascente, tumultuando corações em proveito
próprio. Agitam a mente popular e formulam promessas
que não podem cumprir... (...) Como agir, Senhor? Será
justo nos subordinemos à astúcia dos ambiciosas e à
manha dos velhacos? como relegar o Evangelho à,
dominação de quantos se rendem à vaidade e à avidez
da posse, ao egocentrismo e à loucura?
Jesus meditou alguns instantes e replicou:
– Simão, antes de tudo, é preciso considerar que o crime
confesso encontra na lei a corrigenda, estabelecida.
Quem rouba é furtado, quem ilude os outros, engana
a si próprio, e quem fere será ferido...
– Mas, Senhor – tornou o apóstolo –, no processo em
exame, creio seja necessário ponderar que os males
decorrentes da falsa propaganda são
incomensuráveis......
Não haverá recurso para sustá-los de imediato?
O Excelso Amigo considerou, paciente:
– Se há juízes no mundo que nasceram para o
duro mister de retificar, aqui nos achamos para
a obra do auxílio. Não podemos olvidar que os
verdadeiros discípulos da Boa Nova, atentos, à
missão de amor que lhes cabe, não dispõem
de tempo e disposição para partilhar as
atividades dos irmãos menos responsáveis...
Além disso, baseando-me em sua própria palavra, não
estamos diante de companheiros totalmente esquecidos
da caridade. Disseste que Berequias ben Zelou, pelo
menos, ampara alguns infelizes que lhe cercam a
estrada, e que Aminadab ben Azor, no seio das palavras
insensatas que pronuncia, encaixa ensinamentos e
orações de valia para os necessitados de luz... E se
formos sopesar as esperanças e possibilidades, os
anseios e as virtudes dos milhares de amigos provisórios
que os acompanham, como justificar qualquer sentença
condenatória de nossa parte?
(...)
– Mas... Senhor, Senhor!... em nosso caso, quem colherá
a verdade, separando-a da mentira?
O Mestre sorriu de novo e respondeu:
– Pedro, o tempo e o grande ceifador... Esperemos por
ele, cumprindo o dever que nos compete... A vida e a
justiça pertencem ao Pai e o Pai decidirá quanto aos
assuntos da vida e da justiça...
E porque ninguém lhe opusesse embargo à lição, calou-se
o Mestre para demandar, em seguida, outros ensinos...
Livro Cartas e Cônicas, Humberto de Campos
Lucas
CAPÍTULO 18
A parábola do juiz iníquo
1 E CONTOU-LHES também uma parábola sobre o dever de orar
sempre, e nunca desfalecer,
2 Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus
temia, nem respeitava o homem.
3 Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que
ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu
adversário.
4 E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse
consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
5 Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe
justiça, para que enfim não volte, e me importune
muito.
6 E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.
7 E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que
clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para
com eles?
8 Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando
porém vier o Filho do homem, porventura achará fé
na terra?
NUNCA  DESFALECER

• Não permitas que os problemas externos, inclusive os


do próprio corpo, te inabilitem para os serviço da tua
iluminação.
• Enquanto te encontras no plano de exercício, qual a
crosta da Terra, sempre serás defrontado pela
dificuldade e pela dor.
• A lição dada é caminho para novas lições.
• Atrás do enigma resolvido, outros enigmas aparecem.
• Outra não pode ser a função da escola, senão ensinar,
exercitar e aperfeiçoar.
• Enche-te, pois, de calma e bom ânimo, em todas as
situações.
• Foste colocado entre obstáculos mil de natureza estranha,
para que, vencendo inibições fora de ti, aprendas a
superar as tuas limitações.
• Enquanto a comunidade terrestre não se adaptar à nova
luz, respirarás cercado de lágrimas inquietantes, de gestos
impensados e de sentimentos escuros.
• Dispõe-te a desculpar e auxiliar sempre, a fim de que não
percas a gloriosa oportunidade de crescimento espiritual.
• Lembra-te de todas as aflições que rodearam o espírito
cristão, no mundo, desde a vinda do Senhor.
• Onde está o Sinédrio que condenou o Amigo Celeste
à morte?
• Onde os romanos vaidosos e dominadores?
• Onde os verdugos da Boa Nova nascente?
• Onde os guerreiros que fizeram correr, em torno do
Evangelho, rios escuros de sangue e suor?
• Onde os príncipes astutos que combateram e
negociaram, em nome do Renovador Crucificado?
• Onde as trevas da Idade Média?
• Onde os políticos e inquisidores de todos os matizes,
que feriram em nome do Excelso Benfeitor?
• Arrojados pelo tempo aos despenhadeiros de cinza,
fortaleceram e consolidaram o pedestal de luz, em que a
figura do Cristo resplandece, cada vez mais gloriosa, no
governo dos séculos.
• Centraliza-te no esforço de ajudar no bem comum,
seguindo com a tua cruz, ao encontro da ressurreição
divina. Nas surpresas constrangedoras da marcha, recorda
que, antes de tudo, importa orar sempre, trabalhando,
servindo, aprendendo, amando, e nunca desfalecer.

Livro Fonte Viva.  Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia


Francisco C. Xavier

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