Proteção Do Sistema Elétrico de Potência - Aula 5

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Proteção do

Sistema Elétrico
de Potência
Prof. Msc. Wemerson Rocha Ferreira
Unidade 2:
Proteção dos sistemas de
transmissão
Seção 2:
Proteção de linhas de
transmissão (LT)
Unidade 2 – Seção 2

No que consiste o sistema de


Transmissão?
Unidade 2 – Seção 2

http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-sin/mapas
Unidade 2 – Seção 2

Nesse contexto, os principais equipamentos que compõem


o sistema elétrico - transformadores, linhas de
transmissão (LTs), geradores e barramentos – devem ser
protegidos de forma segura e confiável, a fim de evitar um
severo desabastecimento de energia aos consumidores
finais.

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Unidade 2 – Seção 2

Nesse contexto, os principais equipamentos que compõem


o sistema elétrico - transformadores, linhas de
transmissão (LTs), geradores e barramentos – devem ser
protegidos de forma segura e confiável, a fim de evitar um
severo desabastecimento de energia aos consumidores
finais.

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Unidade 2 – Seção 2

Falemos sobre as LTs...


Unidade 2 – Seção 2

Os sistemas de transmissão de energia, sendo as linhas de


transmissão seus elementos de base, podem ser
entendidos como o corredor de escoamento da energia
produzida nas unidades geradoras (hidroelétricas,
termoelétricas, nucleares, solares, eólicas, etc.) até as
subestações de potência que alimentam os centros
consumidores.

Sem eles, a energia elétrica pode até ser gerada, mas,


infelizmente, não poderia ser utilizada nos centros urbanos,
visto que, em sua maioria, a energia é produzida e
despachada a partir de regiões distantes desses centros.
Unidade 2 – Seção 2

Face ao exposto, podemos atentar à importância da


proteção das linhas de transmissão (LTs), pois, sem
sombra de dúvidas, a perda de uma única LT, em
decorrência, por exemplo, de um curto-circuito, é capaz de
impactar severamente o fornecimento de energia para
milhares de consumidores.

Em resumo, a proteção de LTs é necessária e os


engenheiros de proteção devem ser capazes de elaborar
esquemas de proteção cada vez mais robustos e
confiáveis.
Unidade 2 – Seção 2

Classificações das LTs


Unidade 2 – Seção 2

As linhas de transmissão podem ser classificadas em


diferentes níveis de tensão (Procedimentos de REDE do
ONS):
Unidade 2 – Seção 2

Faltas susceptíveis às LTs


Unidade 2 – Seção 2

As linhas de transmissão de grandes extensões são


susceptíveis às incidências de defeitos devido aos
seguintes eventos mais significativos:

Defeitos que motivam


curtos-circuitos
Descargas
atmosféricas Queimadas

Vandalismos LTs Vendavais


Unidade 2 – Seção 2

As linhas de transmissão de grandes extensões são


susceptíveis às incidências de defeitos devido aos
seguintes eventos mais significativos:

Defeitos que motivam


curtos-circuitos
Descargas
atmosféricas Queimadas

Disjuntores
uarda

Para

LTs
-
raio
-g

Vandalismos Vendavais
Cabos

s
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As linhas de transmissão são os elementos de um


sistema elétrico que mais estão expostos às intempéries
e ao vandalismo, o que as submetem a defeitos
temporários, na maioria dos casos, mas também a defeitos
permanentes.

As proteções das linhas de transmissão devem utilizar, a


princípio, relés muito rápidos.
A utilização desses relés na proteção de linhas depende da
transmissão de dados entre os dois terminais que estão a
quilômetros de distância, envolvendo custos adicionais
elevados com aplicação de equipamentos e meios
transmissores das informações, tais como onda portadora
(carrier).
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A proteção de linhas de transmissão com relés de


sobrecorrente, funções 50 e 51 e dos relés de distância
depende de informações locais, isto é, dos terminais nos
quais estão instalados, que muitas vezes são insuficientes
para satisfazer aos requisitos mínimos de proteção e
seletividade.

Com o surgimento da tecnologia digital e o barateamento


das redes de fibra ótica, a proteção das linhas de
transmissão alcançou um estágio de desempenho
elevado.
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Independentemente do nível de tensão, as proteções mais


utilizadas nos terminais das linhas de transmissão são:

• Função 21: proteção de distância.


• Função 21N: proteção de distância de neutro.
• Função 27: proteção contra subtensão.
• Função 32P: direcional de potência ativa.
• Função 46: desbalanço de corrente de sequência
negativa.
• Funções 50: proteção instantânea de fase.
• Funções 50N: proteção instantânea de neutro.
• Função 50BF: proteção contra falha de disjuntor.
• Função 51: proteção temporizada de fase.
• Função 51N: proteção temporizada de neutro.
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Independentemente do nível de tensão, as proteções mais


utilizadas nos terminais das linhas de transmissão são:

• Função 59: proteção contra sobretensão.


• Função 67: proteção direcional de fase.
• Função 67N: proteção direcional de neutro.
• Função 79: religamento
• Função 85: proteção auxiliar de carrie (bloqueio de
abertura do disjuntor).
• Função 86: bloqueio de segurança.
• Função 87L: proteção diferencial de linha
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Proteção de LT usando relés de


sobrecorrente
Unidade 2 – Seção 2

A proteção contra sobrecorrente protege as LTs de


correntes extremamente elevadas causadas por curtos-
circuitos.

SIMPPLICIDADE X PRATICIDADE X BAIXO CUSTO


Unidade 2 – Seção 2

A proteção usando relés de sobrecorrente baseia-se no fato


de que, na ocorrência de uma falta, a magnitude da
corrente no instante imediatamente posterior ao curto-
circuito (corrente de pós-falta) é muito superior à magnitude
da corrente no instante anterior à falta (corrente de pré-
falta).

Portanto, essa simples característica pode ser facilmente


ajustada nesses relés, uma vez que assume-se que o fluxo
da corrente de falta seguirá em uma única direção.
Unidade 2 – Seção 2

Para assegurar uma ampla proteção contra faltas em LTs,


em geral, emprega-se um conjunto de quatro relés, um
para cada fase, e outro para o condutor neutro fortemente
aterrado.

Esse último relé torna a proteção contra curtos-circuitos


fase-terra mais rápida e sensível (CAMINHA, 1977).
Unidade 2 – Seção 2

A coordenação dos relés de sobrecorrente é de suma


importância, haja vista que o princípio operativo básico é
garantir que os relés dentro da zona de proteção da LT
sob falta operem primeiro face aos relés de retaguarda
nas zonas adjacentes.

Parâmetros básicos dos relés de sobrecorrente (primários


ou de retaguarda):

 tempo de operação;
 intensidade da corrente de falta que flui pela LT;
 e/ou a combinação de ambos.
Unidade 2 – Seção 2

Dessa forma, o processo de ajuste desses relés não se altera,


portanto, os ajustes da corrente limiar e da alavanca de
temporização devem sempre ser levados em consideração.
Unidade 2 – Seção 2

Relembramos que o processo de ajuste mostrado na


Seção 1.1 é baseado em curvas tempo-corrente
clássicas, porém, os manuais dos relés aplicados na
proteção de LTs podem mostrar gráficos diferentes, como
ilustra a Figura 2.10.
Unidade 2 – Seção 2

A interpretação é bem simples, pois esses gráficos apenas


englobam tempos de operação distintos, de modo a
permitir a coordenação seletiva.

Por exemplo, a coordenação entre um relé instantâneo e


um de tempo inverso assegura que o relé instantâneo
sempre atuará primeiro na eliminação da falta, assim, o relé
de tempo inverso deve, obrigatoriamente, aguardar um
dado intervalo de tempo para que possa eventualmente
atuar.
Unidade 2 – Seção 2

A proteção de sobrecorrente de uma linha de transmissão pode


ser considerada como proteção básica e é empregada
praticamente para todos os níveis de tensão, desde que
associada a outros tipos de proteção de primeira linha, tais
como proteção de distância, proteção direcional e proteção
diferencial.
Unidade 2 – Seção 2

Proteção de LT usando relés


direcionais de corrente
Unidade 2 – Seção 2

Por que usamos proteção direcional de


corrente?

Quando a direção da corrente de falta se torna


importante?

Essas e outras questões frequentemente emergem sobre a


proteção de LTs usando relés direcionais de corrente.
Unidade 2 – Seção 2

Quando um sistema de potência é composto de uma única


linha de transmissão conectando duas subestações, em
que a fonte de geração é aplicada em somente uma
subestação, não há necessidade de utilização de relés
direcionais de sobrecorrente, pois a corrente flui somente
no sentido da geração para carga.

Se, no entanto, for instalada na outra subestação uma


segunda fonte de geração, é obrigatória a instalação de
relés direcionais de sobrecorrente nas duas
extremidades da linha de transmissão, já que o fluxo de
corrente pode ocorrer nos dois sentidos.
Unidade 2 – Seção 2

Inferir a direção da corrente de falta na zona de proteção de


uma LT é extremamente importante para evitar que outros
relés que se encontram em zonas adjacentes atuem sem a
devida necessidade.

Em muitos casos práticos, a proteção direcional é aplicada


em sistemas elétricos radiais que apresentam múltiplos
geradores, contudo, existem sistemas elétricos mais
complexos que não envolvem múltiplos geradores e são
formados por LTs paralelas ou LTs com topologia em
anel.
Unidade 2 – Seção 2

Devemos analisar esses sistemas para compreender o


motivo pelo qual a proteção direcional é necessária.

LT com topologia
LTs paralelas
em anel
conectadas a
conectada a único
único gerador
gerador
Unidade 2 – Seção 2

Devemos analisar esses sistemas para compreender o


motivo pelo qual a proteção direcional é necessária.

LT com topologia
LTs paralelas
em anel
conectadas a
conectada a único
único gerador
gerador
Unidade 2 – Seção 2

A Figura 2.11 mostra o diagrama unifilar de duas LTs


paralelas conectadas a um único gerador.
Unidade 2 – Seção 2

Caso a proteção de sobrecorrente seja aplicada, se um curto-


circuito ocorrer em qualquer uma das LTs, a corrente de falta
flui tanto pela LT onde aconteceu a falta como pela LT em
que não há falta.
Para uma melhor compreensão, vamos analisar o caso em
que um curto-circuito se produz na 2 LT protegida pela Zona
2.
Unidade 2 – Seção 2

Como contornar esse problema de modo


a assegurar o suprimento de energia
para a carga mesmo se ocorrer uma falta
em uma das LTs?
Unidade 2 – Seção 2

Pois bem, a solução é relativamente simples e está


respaldada no emprego de relés direcionais responsáveis
pela atuação dos disjuntores D2 e D4.

Se a direção da corrente de curto-circuito for ajustada nos


relés de tal modo que ela aponte para fora da zona de
proteção, somente os disjuntores da zona requerida irão
operar.

Claramente, D2 não irá operar quando a corrente de falta


apontar na direção da Zona 1.
Unidade 2 – Seção 2

Sem perda de generalidade, a mesma análise pode ser feita


para uma falta na Zona 1, em que ficará evidente que o
disjuntor D4 não irá operar caso ele seja comandado por um
relé direcional ajustado de tal modo que a corrente de falta
aponte na direção da Zona 2.
Unidade 2 – Seção 2

Por inspeção, podemos observar que os relés associados


aos disjuntores D1 e D3 não precisam ser direcionais, pois,
para qualquer curto-circuito que ocorrer em uma das LTs, não
há inversão da direção da corrente de falta vista por esses
relés.
Unidade 2 – Seção 2

A proteção direcional é mais onerosa que a clássica proteção de


sobrecorrente, pois a mesma exige o emprego de
transformadores de instrumentação de tensão (TPs).

Por esta razão, a proteção de LTs usando relés direcionais de


corrente deve ser elaborada quando absolutamente necessária.
Unidade 2 – Seção 2

Devemos analisar esses sistemas para compreender o


motivo pelo qual a proteção direcional é necessária.

LT com topologia
LTs paralelas
em anel
conectadas a
conectada a único
único gerador
gerador
Unidade 2 – Seção 2

Devemos analisar esses sistemas para compreender o


motivo pelo qual a proteção direcional é necessária.

LT com topologia
LTs paralelas
em anel
conectadas a
conectada a único
único gerador
gerador
Unidade 2 – Seção 2

Outro exemplo em que a proteção direcional deve ser


aplicada está relacionado com sistemas elétricos que
apresentam um único gerador e as LTs formam uma
topologia em anel, como ilustra a Figura 2.12.
Unidade 2 – Seção 2

Quais disjuntores devem ser


comandados por relés direcionais?
Unidade 2 – Seção 2

Outro exemplo em que a proteção direcional deve ser


aplicada está relacionado com sistemas elétricos que
apresentam um único gerador e as LTs formam uma
topologia em anel, como ilustra a Figura 2.12.
Unidade 2 – Seção 2

Sem perda de generalidade, a análise pode ser expandida


para os demais disjuntores/relés presentes no sistema,
todavia, deve-se atentar que, na condição de regime
permanente, o fluxo de carga se dá sempre no sentido do
gerador para as cargas presentes no sistema.
Unidade 2 – Seção 2

Nos sistemas em anel fechado é obrigatório o uso de relés


direcionais de sobrecorrente nas extremidades das linhas de
transmissão, independentemente do número e da localização
das subestações.
Unidade 2 – Seção 2

Devemos analisar esses sistemas para compreender o


motivo pelo qual a proteção direcional é necessária.

LT com topologia
LTs paralelas
em anel
conectadas a
conectada a único
único gerador
gerador
Unidade 2 – Seção 2

De forma geral, devem ser utilizados relés direcionais de


sobrecorrente sempre que o fluxo de corrente possa ocorrer
nos dois sentidos de uma linha de
transmissão.
Unidade 2 – Seção 2

Mais precisamente, para definir a aplicação de um relé


direcional, na proteção de linhas de transmissão, devem-se
utilizar os seguintes critérios básicos:

 Proteção instantânea: quando a corrente inversa for


superior a 80% da corrente que deve fluir no sentido
normal.
 Proteção temporizada: quando a corrente inversa for
superior a 25% da corrente que flui no sentido normal.
Unidade 2 – Seção 2

Proteção de LT usando relés de


distância
Unidade 2 – Seção 2

Os relés de distância respondem a fasores de tensão e


corrente que fornecem uma impedância relativa ao
comprimento da LT entre a posição de alocação do relé e
o provável ponto onde ocorreu a falta.

Na medida que os sistemas de elétricos se tornam mais


complexos e a corrente de falta varia com as mudanças na
geração e na configuração do sistema, torna-se difícil a
aplicação de relés de sobrecorrente para todas as
contingências, contudo, a configuração do relé de
distância tende a ser constante para uma ampla gama
de variações do sistema.
Unidade 2 – Seção 2

Em essência, existem quatro tipos de relés de distância:

 “mho” ou de admitância;
 de impedância;
 de reatância; e
 quadrilaterais.

São caracterizados pela forma geométrica que delimita a


região de falha no plano complexo.
Unidade 2 – Seção 2

Se atentarmos com cuidado, podemos observar que os


fasores de tensão e corrente utilizados pelo relé de
distância também podem ser empregados no cálculo da
direção do fluxo de potência do curto-circuito (±PCC
±jQCC).
Unidade 2 – Seção 2

Por essa razão, a proteção de LTs usando relés de distância


pode empregar a correlação entre o valor da impedância e
o sentido do fluxo de potência associado ao curto-circuito,
como mostra a Figura 2.13.
Unidade 2 – Seção 2

Como é realizada a coordenação de um


esquema de proteção usando relés de
distância?
Unidade 2 – Seção 2

A resposta para essa questão é relativamente simples, para


tanto, vamos considerar a Figura 2.14 (a).

Com esse exemplo, podemos ver claramente a proteção de


retaguarda usando relés de distância.
Unidade 2 – Seção 2

A Figura 2.14 (b) ilustra as três zonas de proteção no plano


R-X, assumindo que o relé no início da Zona 1 seja de
admitância.
Unidade 2 – Seção 2

A figura geométrica usada no plano R-X garante uma maneira


eficiente de inferir uma falta, mesmo na presença de erros
associados aos transformadores de instrumentação.

Caso o valor da impedância se localize dentro da figura


geométrica, o relé deve operar.
Unidade 2 – Seção 2

A figura geométrica usada no plano R-X garante uma maneira


eficiente de inferir uma falta, mesmo na presença de erros
associados aos transformadores de instrumentação.

Caso o valor se localize na fronteira ou fora da figura


geométrica, o relé não deve atuar.
Unidade 2 – Seção 2

A figura geométrica usada no plano R-X garante uma maneira


eficiente de inferir uma falta, mesmo na presença de erros
associados aos transformadores de instrumentação.

Se o valor da impedância estiver muito distante da figura


geométrica, isso caracteriza uma condição normal de operação.
Unidade 2 – Seção 2
Unidade 2 – Seção 2
Unidade 2 – Seção 2
Unidade 2 – Seção 2

Outros tipos de proteção de LTs

Relé Piloto (85)


Unidade 2 – Seção 2

O relé piloto é usado para proteger linhas de transmissão


quando se deseja que toda a linha, e não apenas partes
dela, como faz o relé de distância, tenha uma proteção
extremamente rápida.

Esta característica é particularmente desejável em sistemas


elétricos interconectados, pois, busca-se uma rápida
abertura tanto do disjuntor próximo da falta como do
disjuntor acionado remotamente em um dado ponto do
sistema.

Em certo sentido, o emprego do relé piloto assegura que


nenhuma falta é uma falta “muito distante” que não possa
ser rapidamente eliminada.
Unidade 2 – Seção 2

A título meramente informativo, dois tipos de esquemas de


proteção envolvendo relés pilotos são comumente
empregados:

Sistema de Sistema de
comparação comparação
direcional de fases
Unidade 2 – Seção 2

A título meramente informativo, dois tipos de esquemas de


proteção envolvendo relés pilotos são comumente
empregados:

Sistema de Sistema de
comparação comparação
direcional de fases
Unidade 2 – Seção 2

No caso do esquema de comparação direcional, os relés


alocados em ambas as extremidades da linha se
comunicam, assim, caso haja a uma falta, o relé “mestre”
aciona remotamente o relé “escravo”, de modo a mitigá-la o
mais rápido possível.

Os relés pilotos também computam fasores de tensão e


corrente no ponto em que foram alocados, assim, nesse
esquema, a determinação do sentido e localização da falta
é realizada por meio do cálculo distância-direcional
(como mostrado para os relés de distância e direcional).
Unidade 2 – Seção 2

No entanto, o esquema de comparação direcional exige o


prévio conhecimento dos fasores de tensão, assim, esse
esquema pode ter sua operação comprometida em função
da compensação da linha.
Unidade 2 – Seção 2

A título meramente informativo, dois tipos de esquemas de


proteção envolvendo relés pilotos são comumente
empregados:

Sistema de Sistema de
comparação comparação
direcional de fases
Unidade 2 – Seção 2

A título meramente informativo, dois tipos de esquemas de


proteção envolvendo relés pilotos são comumente
empregados:

Sistema de Sistema de
comparação comparação
direcional de fases
Unidade 2 – Seção 2

No esquema de comparação de fases, os ângulos de fase


das correntes nas extremidades de uma linha são
comparados para determinar se a soma algébrica de todas
as correntes que entram e saem da linha de transmissão é
aproximadamente igual a zero.

Um esquema particionado de comparação de fases


compara o ângulo de fase de cada uma das três correntes
de um sistema trifásico, contudo, um sistema combinado
utiliza um único parâmetro derivado de todas as correntes.
Unidade 2 – Seção 2

Claramente, neste último caso, os requisitos do canal de


comunicação são substancialmente reduzidos.

Adicionalmente, o esquema de comparação de fases é


particularmente adequado na proteção de linhas de
transmissão com compensação série capacitiva, pois, a
comparação de fases é feita apenas para correntes, ou
seja, não é necessária nenhuma informação sobre o ângulo
da tensão.
Unidade 2 – Seção 2

A título meramente informativo, dois tipos de esquemas de


proteção envolvendo relés pilotos são comumente
empregados:

Sistema de Sistema de
comparação comparação
direcional de fases
Unidade 2 – Seção 2

Ambos os esquemas estão intimamente relacionados com o


princípio da proteção diferencial, contudo, emprega-se um
canal de comunicação remoto para tal.

Independentemente do esquema de comparação, é de


suma importância comentar que a proteção usando relés
pilotos se torna totalmente ineficiente se o canal de
comunicação falhar.
Unidade 2 – Seção 2

Situação-problema 1
Unidade 2 – Seção 2

Você é o profissional da divisão de proteção de uma


empresa do setor elétrico nacional e recebeu a tarefa de
analisar e descrever em que circunstâncias um relé de
distância irá operar para proteger LTs, uma vez que seu
plano complexo R-X é dado pela Figura 2.9.
Unidade 2 – Seção 2

Pois bem, de acordo com a teoria apresentada, você com


certeza irá expor o princípio operativo do relé da seguinte
forma:

 o relé empregado é do tipo impedância, pois a


delimitação da região de falta no plano complexo é
dada por um círculo centrado na origem.

Adicionalmente, temos 3 círculos concêntricos, ou seja, a


proteção do relé abrangerá 3 zonas consecutivas, sendo
cada zona responsável por uma LT.
Unidade 2 – Seção 2

Pela figura, pode-se inferir que o relé é alocado no início da


LT, entre os barramentos A-B, sendo responsável pela
proteção de 80% da mesma, assim, como consequência,
ele deverá atuar instantaneamente caso um curto-circuito
ocorra dentro dessa zona.

Se uma falta ocorrer até a metade do comprimento da LT


entre os barramentos B-C, ou seja, na Zona 2, o relé deve
esperar um tempo t2 para operar.

Da mesma forma, caso um curto-circuito se origine em até


50% do comprimento da LT entre os barramentos C-D
(Zona 3), o relé deverá operar apenas no instante t3.
Unidade 2 – Seção 2

A parte cinza do gráfico indica claramente que o relé de


distância apresenta um elemento direcional, ou seja, ele
deve atuar somente quando o fluxo de potência do curto-
circuito apontar na direção da Zona 1 para a Zona 3,
assumindo uma região limitada de valores de impedância.

Como conclusão, você deve informar que a análise do


plano apresentado leva em consideração a coordenação
seletiva da proteção de 3 LTs usando um relé de distância
tipo impedância com elemento direcional.
Unidade 2 – Seção 2

Para fomentar a compreensão, a Figura 2.17 mostra as


zonas de proteção e o sentido de atuação do relé.
Unidade 2 – Seção 2

Situação-problema 2
Unidade 2 – Seção 2

Múltiplas LTs em paralelo são comumente aplicadas quando


se deseja transmitir grandes blocos de energia entre
unidades geradoras e centros de consumo com elevada
densidade de carga.
Unidade 2 – Seção 2

Sabendo disso, a empresa do setor de geração e


transmissão de energia para qual você trabalha lhe atribuiu
a tarefa de elaborar o esquema de proteção das LTs do
sistema elétrico mostrado no diagrama unifilar da Figura
2.18.
Unidade 2 – Seção 2

O sistema é formado por três LTs em paralelo que interligam


duas unidades geradoras (G1 e G2) a dois centros de carga
(L1 e L2).

A empresa pede que você faça uma análise de custo-


benefício da proteção das LTs de modo a minimizar os
custos de implantação e, ao mesmo tempo, maximizar a
confiabilidade e segurança do sistema.
Unidade 2 – Seção 2

Analisando atentamente a Figura 2.17, você pode observar


que, caso um curto-circuito se produza na Zona 1, parte da
corrente de falta irá fluir pelas LTs 2 e 3 em direção à Zona
1.

Da mesma forma, se ocorrer um curto na Zona 2, parte da


corrente de falta fluirá pelas LTs 1 e 3 em direção à Zona 2.

Portanto, sem perda de generalidade, o mesmo efeito


ocorre quando uma falta se origina na Zona 3.
Unidade 2 – Seção 2

Claramente, você pode constatar que os relés associados


aos disjuntores D2, D4 e D6 devem ser necessariamente
direcionais.

Se pelo menos um deles não for direcional, a proteção


como um todo fica comprometida.

No caso dos relés associados aos disjuntores D1, D3 e D5,


eles não precisam ser direcionais, pois, independentemente
da LT que apresente uma falta, não há inversão na direção
do fluxo da corrente de curto-circuito.
Unidade 2 – Seção 2

Portanto, na análise de custo-benefício, você pode relatar


essa característica de que os relés dos disjuntores D1, D3 e
D5 podem ser de sobrecorrente, sendo necessário apenas
TCs, ou seja, menos equipamentos de proteção a serem
adquiridos.

Como conclusão, um sistema de proteção formado por 3


relés de sobrecorrente e 3 relés direcionais irá minimizar os
custos de implementação e, concomitantemente, irá
maximizar a confiabilidade do sistema.

Salienta-se que, independentemente da quantidade de LTs


em paralelo, a análise aqui apresentada não perde sua
generalidade.

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