A corte portuguesa muda-se para o Brasil em 1808 devido à ameaça de Napoleão. Isso eleva o Brasil de colônia a reino, abrindo sua economia e fundando instituições importantes. No entanto, tensões políticas levam D. João VI a retornar a Portugal em 1821, desencadeando o processo de independência do Brasil.
A corte portuguesa muda-se para o Brasil em 1808 devido à ameaça de Napoleão. Isso eleva o Brasil de colônia a reino, abrindo sua economia e fundando instituições importantes. No entanto, tensões políticas levam D. João VI a retornar a Portugal em 1821, desencadeando o processo de independência do Brasil.
A corte portuguesa muda-se para o Brasil em 1808 devido à ameaça de Napoleão. Isso eleva o Brasil de colônia a reino, abrindo sua economia e fundando instituições importantes. No entanto, tensões políticas levam D. João VI a retornar a Portugal em 1821, desencadeando o processo de independência do Brasil.
A corte portuguesa muda-se para o Brasil em 1808 devido à ameaça de Napoleão. Isso eleva o Brasil de colônia a reino, abrindo sua economia e fundando instituições importantes. No entanto, tensões políticas levam D. João VI a retornar a Portugal em 1821, desencadeando o processo de independência do Brasil.
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A VINDA DA CORTE PORTUGUESA PARA O BRASIL:
UM REI PORTUGUÊS É ACLAMADO NOS TRÓPICOS.
“CHEGADA DA FAMÍLIA REAL DE PORTUGAL” – PINTURA DE GEOFF HUNT - 1999
Em 1807, os planos de expansão do imperador francês Napoleão Bonaparte estavam em franco desenvolvimento. Em sua pretensão de conquistar a Europa, acabou desafiando a Inglaterra. A França napoleônica decretou, então, o Bloqueio Continental, que consistia em impedir os navios ingleses de ancorar nas cidades portuárias no continente europeu. A partir de julho de 1807, Napoleão ameaçou o invadir o território português caso D. João não rompesse com a Inglaterra. Nesse meio tempo, a Inglaterra tentava convencer D. João a mudar a sede do reino para o Brasil. Para alguns conselheiros esta era a ocasião para formar um imenso império luso-brasileiro no Atlântico, transferindo a sede do governo português para o Rio de Janeiro, capital do Vice-Reinado do Brasil. D. João VI e D. Carlota Joaquina D. João VI com a nobreza portuguesa se prepara para a viagem ao Brasil. “
“Chegada do príncipe D. João à Igreja do Rosário”
Pintura de Armando Viana de 1937.
Com a chegada da corte ao Brasil, foram tomadas
medidas que mudaram totalmente a posição que o Brasil ocupava no Império Português. Ainda em Salvador em 1807, D. João assina a Carta Régia, que determinou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas, que ordenava que todas as mercadorias fossem admitidas nas alfândegas do Brasil, pagando 24% sobre o seu valor. Essa medida rompeu o monopólio dos portugueses sobre o comércio colonial. Os comerciantes locais ficaram muito satisfeitos, pois se abriu a possibilidade de negociarem diretamente com outros mercados. Os grandes prejudicados foram os comerciantes de Portugal, que perderam a exclusividade na intermediação entre os mercados colonial e europeu. ASSINATURA DE DOIS TRATADOS COM A INGLATERRA: O DE ALIANÇA E AMIZADE E O DE COMÉRCIO E NAVEGAÇÃO. Em troca da escolta à família real, os ingleses exigiram, entre outras coisas, ter acesso privilegiado ao mercado consumidor do Brasil. A abertura dos portos em 1808 já tinha significado uma concessão aos ingleses. Estes dois tratados apontavam mais privilégios para os ingleses, já que estipulava um imposto de apenas 15% sobre os produtos ingleses, menos que os produtos portugueses, que foram taxados em 16% e os demais países pagariam 24% de imposto. Lisboa passou a receber ordens do Rio de Janeiro e o Rio de Janeiro a comandar administração de todas as regiões do Brasil. Porém, a unidade dos territórios portugueses na América era precária e cada capitania um país em potencial. Não existia um sentimento de “nacionalidade brasileira”. Os habitantes sentiam-se , ao mesmo tempo, portugueses do Brasil e paraenses,maranhenses, pernambucanos, baianos, mineiros ou paulistas. Mais do que um Brasil, havia Brasis. O BRASIL É ELEVADO A CONDIÇÃO DE REINO UNIDO A PORTUGAL E ALGARVES. (16-12-1815)
Tal medida assegurou a permanência da
corte no Rio de Janeiro e soou como uma opção pela parte americana do império luso-brasileiro, demonstrando que não havia mais uma posição de subordinação do Brasil em relação a Portugal. AS TRANSFORMAÇÕES DO BRASIL DURANTE O PERÍODO JOANINO. No período joanino criou-se o Banco do Brasil e a Casa da Moeda, fundo-se o Jardim Botânico, organizou-se a Academia Militar, a Escola de Belas Artes e a Biblioteca Real (futura Biblioteca Nacional). Instalou-se também o primeiro curso superior no Brasil: a Escola de Cirurgia da Bahia. Liberou-se a tipografia, antes proibida, permitindo que se criassem jornais e de editassem livros. Assim, a Gazeta do Rio de Janeiro foi o primeiro jornal a ser editado no Brasil, em Setembro de 1808. “Um dia da Corte no Rio” – Caricatura do inglês A.P.D.G. de 1826 Palácio da Quinta da Boa Vista, residência de D. João no RJ. Paço Imperial, sede do governo português durante o Período Joanino. O BRASIL VISTO PELOS VIAJANTES Neste momento, o período Joanino, um grupo de artistas foi convidado para vir ao Brasil divulgar os aspectos louváveis da cultura francesa, tida na época como o ideal de civilização. Esta “missão artística francesa”, como ficou conhecida, foi constituída de artistas como Jean-Baptiste Debret, os irmãos Taunay, Joachim Lebreton e o arquiteto Grandjean de Montigny, que haviam servido ao governo de Napoleão e caíram em desgraça após a derrota do imperador. “Uma Família Brasileira” - Aquarela de Henry Chamberlain - 1817 “O mercado de escravos” – Gravura do inglês Henry Chamberlain – 1822. “Cena de Rua (Patrão e Escravo)” Debret (1829) “Quitandeira da Lapa” Aquarela de Henry Chamberlain - 1817 Esta sociedade era ao mesmo tempo multicultural e mestiça. Mas estava dividida em duas metades inimigas, unidas pela violência: os homens livres e os escravizados. O homem livre era branco; o homem negro era escravo. Essa dualidade não se desmentia pelo fato de haver negros nascidos livres ou que tenham adquirido a liberdade. Até prova em contrário, um negro era visto como escravo. Mas não foram só os franceses. Naturalistas de várias partes do mundo estiveram aqui para estudar a exuberante flora e fauna, deixando abundantes registros sobre o Brasil. Estes relatos de viagens e o material iconográfico deixado por eles são, até hoje, valioso para o conhecimento do Brasil deste período. A VOLTA DE D. JOÃO VI PARA PORTUGAL EM 1821.
Portugal, desde a transferência da família
real para o Brasil, estava sendo governado por um Conselho inglês que prestava contas a D. João VI. O descontentamento começou a crescer no país. A perda do monopólio do comércio brasileiro e de diversos privilégios portugueses foi desastrosa para a economia portuguesa. Em 1820, iniciou-se na cidade do Porto um processo revolucionário que apresentou duas exigências básicas: o retorno imediato de D. João VI para a Europa e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. A Assembleia teria a incumbência de elaborar uma Constituição que pusesse fim ao absolutismo do rei. A Revolução do Porto representou em Portugal o início da passagem do absolutismo para a ordem liberal, que acabou por interferir diretamente na independência brasileira. Isso porque as Cortes tentaram reduzir novamente o território brasileiro à condição de colônia e acabaram desencadeando o processo que daria fim ao domínio português na América. Tendo em vista o que estudamos, podemos afirmar que o estabelecimento da Corte portuguesa no Rio de Janeiro é o marco inicial da emancipação política do Brasil. “A coroação de D. Pedro I”- Gravura de Debret de 1834.