Lixo Eletronico
Lixo Eletronico
Lixo Eletronico
Introdução
Lixo Eletrônico ou Resíduo Eletrônico é o nome dado aos resíduos resultantes da rápida obsolescência de equipamentos eletrônicos. É todo e qualquer
equipamento eletrônico descartado pelas pessoas por terem sido substituídos por versões mais novas, ter algum defeito ou apenas não são mais
utilizados.
O método de conscientização a ser utilizado é a apresentação das causas e consequências que o acumulo dos metais pesados que fazem parte da
constituição dos componentes e resíduos eletrônicos tanto para o meio ambiente quanto para a saúde humana, bem como o resultado da exploração
ambiental e humana necessária para manter esse ciclo compulsivo em ação.
Os Perigos Do Lixo Eletrônico
Computador, monitor e TV
Mercúrio de tela plana
Danos no cérebro e fígado
Quando esses resíduos são descartados em lixões, tornam-se um sério risco para o meio ambiente, pois possuem em suas composições metais pesados
altamente tóxicos, tais como Mercúrio (Hg), Berílio (Be), Cádmio (Cd) e Chumbo (Pb). Em contato com o solo, estes produtos contaminam os lençóis freáticos;
se queimados, poluem o ar por formarem a dioxina, a substancia mais tóxica produzida pelo homem. Além disso, causam doenças graves em catadores que
sobrevivem da venda de materiais coletados nos lixões.
Os sintomas provocados por esses elementos vão desde um simples mal estar, dor de cabeça e enjôo chegando até mesmo a alucinações, psicoses ou morte.
FÁBRICA DE RECICLAGEM DE LIXO ELETRÔNICO EM MANAUS
A Oi e a empresa Descarte Ambipar planejam construir em Manaus, até o final de 2014,
uma fábrica de reciclagem de lixo eletroeletrônico. O anúncio foi feito durante coletiva
em Americana, interior de São Paulo, onde funciona a primeira fábrica deste porte.
De acordo com o diretor de Tesouraria e Relações Internacionais da Oi, Bayard Gontijo,
a proposta tenta viabilizar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que deve se
tornar obrigatória a partir do segundo semestre do ano que vem. Além de Manaus,
estão previstas unidades no Rio Grande do Sul, Pernambuco, Goiás e Rio de Janeiro,
em municípios a serem definidos. A fábrica em funcionamento em Americana deve
passar por uma ampliação.
Com a unidade em Manaus será possível recolher uma média de 150 toneladas por mês
de lixo eletroeletrônico. Indicadores mais recentes da Suframa mostram que até
setembro as empresas do Polo Industrial de Manaus produziram 148,04 milhões de
CD's; 18,57 milhões de aparelhos celulares; além de 9,11 milhões de televisores
modelo LCD.
Gontijo comentou que a Oi já adota uma política de sustentabilidade desde 2009, no qual realiza a coleta seletiva de aparelhos, baterias e acessórios nas
180 lojas próprias. Ele afirmou que a parceria com a 'Descarte Ambipar' possibilitará o recolhimento de lixos de grande porte, como micro-ondas, geladeira.
Investimento
Do financiamento de R$ 10 milhões a ser feito ao longo de seis anos para implantação das fábricas de reciclagem, Manaus deve receber um aporte de R$ 2
milhões, de acordo com o presidente da Descarte Certo, Lucio Di Domenico. Serão gerados 120 postos de empregos diretos na cidade. Em todo o País, as
novas unidades devem gerar em torno 5 mil empregos diretos e indiretos.
O projeto de implementação funcionará em quatro fases: a primeira será o mapeamento de todas as ações, como forma de "olhar de dentro para fora",
antes de estender o serviço ao público externo; a segunda será credenciar todos os pontos de venda da prestadora; e a partir da terceira fase será possível
oferecer os serviços de coleta para o mercado. A quarta e última fase visualiza a Pesquisa & Desenvolvimento, na qual serão criados índices de
sustentabilidade para mensurar esta problemática no país.
Domenico também comentou que a instalação das empresas nessas regiões poderão impulsionar a redução no preço da taxa de serviço, cujo valor
comporta o frete. Hoje, os preços são qualificados em três categorias, a de pequeno porte, como descarte de ferro de passar, a R$ 39,90; a de médio, como
microondas, a R$ 69,90 e a de grande porte, como geladeiras, acima de R$ 139,90.
O que fazer com o nosso lixo eletrônico
O Brasil é o país emergente que mais gera lixo eletrônico por pessoa. E ainda estamos longe de
saber lidar com o problema
Nunca os brasileiros renovaram com tanta rapidez os modelos de seus televisores, computadores, aparelhos de som e outros
eletrônicos. Como consequência, surge um problema: ao adquirir um novo, o que fazer com o antigo? Quem não joga direto no
lixo geralmente entrega para algum catador. Livra-se do problema doméstico, mas cria um ainda maior para o meio ambiente,
já que esses produtos contêm uma série de metais e componentes químicos tóxicos. Enquanto o consumo aumenta,
impulsionado pelo crescimento econômico, as políticas públicas para o descarte desse tipo de lixo não evoluem na mesma
intensidade. Segundo um relatório da ONU, o Brasil é o país emergente que mais gera lixo eletrônico de computador por
pessoa. “É preciso um trabalho de conscientização, além de um programa de metas e de multas para quem não cumpri-las”,
defende Ronylson Freitas , 30 anos, diretor da empresa Reciclo Ambiental e da recente Associação Brasileira das Empresas de
Reciclagem de Eletroeletrônicos. Enquanto isso não acontece, o problema só vem aumentando.
Existem hoje no Brasil cerca de 15 empresas de reciclagem de lixo eletrônico com licenciamento ambiental que dão a destinação correta aos materiais.
Localizadas principalmente no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo, essas unidades são as responsáveis por fazer a coleta e a separação dos
materiais e pelo envio para a reciclagem. Engenheiro ambiental da empresa gaúcha GR2 Gestão de Resíduos, localizada em Santa Maria, Gilson Pioverzan Júnior,
35 anos, diz que a quantidade de material reciclada é muito pequena se comparada com a que se produz, embora o interesse seja crescente – impulsionado pela
criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). “O serviço ainda não é economicamente atrativo para as empresas”, afirma. A Reciclo Ambiental, por
exemplo, trabalha utilizando somente 10% de sua capacidade instalada, que é de 150 toneladas por mês.
CONSCIÊNCIA
Também ainda são poucos os municípios que compraram a ideia. Pompeia, em São Paulo, é um deles. Há dois anos a prefeitura decidiu educar a população e oferecer solução ao
problema. Foi feita campanha em outdoor, rádio, jornal e folhetos, além de palestras nas escolas. Lojas de eletrônicos viraram postos de coleta e a cidade já ofereceu destinação
correta a 15 toneladas de eletrônicos. “Temos de cuidar bem do lugar em que vivemos. Ou então vamos tomar sopa de metal no futuro”, afirma Jomar Stradelli, 55 anos, secretário
de Meio Ambiente. O município, no entanto, ainda é exceção. Iniciativas mais comuns no País são os grandes mutirões periódicos. Para Gustavo Fonseca, 24 anos, diretor da empresa
americana de soluções para reciclagem TerraCycle, o problema está aí: a população ainda não sabe para onde levar esses produtos. “Nos EUA, por exemplo, existe uma indústria
parecida com a das latinhas de alumínio para o lixo eletrônico. O Brasil não tem essa cadeia formada, a sociedade tem que ir atrás”, diz. As empresas têm até 2014 para se adaptar à
PNRS, mas quem quiser se antecipar deve pesquisar as alternativas disponíveis em cada cidade. Eletrônico inútil é lixo perigoso e tem que ser tratado como tal.
Um dos sites par a coleta do lixo eletrônico
Os Vilões dos Eletrônicos