O Método Da Psicanálise

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O Método da Livro: O que é a

Psicanálise: para
Psicanálise iniciantes ou não.
Fábio Hermann, 2015.
Psicanálise
•Método interpretativo
•Forma de Tratamento
•Conhecimento/Teoria
• Três sentidos
• Acordo entre os interlocutores

Comunicação: • Definição de um campo, com delimitações,


como se dá? foco do assunto a ser tratado.

• Hermann fala da noção de Rotina - redução


consensual dos sentidos do discurso.
• Catarse: Palavra advinda do grego, significa a reação
emotiva, purgação ou descarga emocional que se
produzia no espectador que assistia a uma tragédia;

Da Catarse à • Método Catártico: consistia em reproduzir, sob estado


Associação hipnótico, a cena onde ocorreu o evento traumático do
passado, que causou os sintomas histéricos;
Livre
• A ab-reação: Assim que o evento traumático fosse
localizado pelo paciente, dentro da história remontada
através do método catártico. Freud então se utilizava de
sugestões hipnóticas para ajudá-lo a descarregar o afeto
suprimido anteriormente no passado e que não pôde ser
externado.
“Está Chovendo”

Convite à
Estado do Clima/Tempo proximidade/aconcheg
o
• Viola as regras da comunicação;

Atenção • Contraria os consensos do discurso;

Flutuante • Não é preciso anotar cada palavra dita pelo


paciente, mas sim atentar-se para as mudanças
no discurso e suas conexões.
• Permite ao analista apontar aquilo que
“conscientemente” não tem o menor sentido.

Atenção
Flutuante
• “Casa, mais consultório, mais piada, mais sonho,
mais trabalho. O que isso me comunica?”
• Trata-se do “processo de decifração de sentidos
fora da rotina e as intervenções nela baseadas,
que ajudam o paciente a romper o limite dos
Intepretação assuntos que pensava poder tratar em
separado”(Hermann, 2015)
Psicanálitica
• Campo/Inconsciente: é o que dá sentido ao que
diz ou delimita.

O que se faz ao interpretar é romper os


limites impostos pela rotina do dia a dia
aos significados do paciente.
Tal interpretação é tanto do analista como
do paciente.
“Está Chovendo”

Convite à
Estado do Clima/Tempo proximidade/aconcheg
o

Quem dá sentido é o inconsciente. É o paciente que diz o que


significa dizer “Está chovendo”
• A Atenção Flutuante é a contrapartida da Associação
Livre. (Freud, 1914)
• “Assim como o paciente deve relatar tudo o que sua
auto observação possa detectar, e impedir todas as
Associação objeções lógicas e afetivas que procuram induzi-lo a
fazer uma seleção dentre elas, também o médico
Livre deve colocar-se em posição de fazer uso de tudo o
que lhe é dito para fins de interpretação e identificar
o material inconsciente oculto, sem substituir sua
própria censura pela seleção de que o paciente abriu
mão.”(Freud,)

A atenção flutuante está para o profissional assim como a associação livre para o paciente
• Mantendo uma escuta flutuante, o analista
também deixa seu inconsciente associar
Atenção livremente e não tenta memorizar ou selecionar
trechos do discurso do analisando que,
Flutuante e conscientemente, lhe pareçam importantes de
Associação destaque. É este julgamento que é dispensado na
técnica, afinal, quando selecionamos o que
Livre escutar, nos arriscamos a não saber nada além
do que já sabemos, ou além do que pensamos
que já sabemos. (Souza e Coelho, 2012)
“Está Chovendo”

Quem dá sentido é o inconsciente. É o paciente que diz o que


significa dizer “Está chovendo”

Desejo – As palavras tem muitos sentidos,


Convite à mas agora depois de interpretá-las, o
proximidade/aconcheg paciente já não sabe ao certo o que pensar.
Ou, porque estou pensando nisso, naquilo?
o Nesse estado de confusão, aparece algo, que
de hábito, está coberto, bem coberto.
Aparece aquilo que faz o paciente sentir,
pensar e fazer. A princípio é tido como uma
“força maior que a minha” que me leva.
Mas essas estranhas forças que nos
impulsionam e se manifestam sem que a
gente se dê conta, chamamos de desejo.
• Hermann, 2015 diz que o desejo “é uma espécie
de matriz, que permite (e obriga) alguém possuir
certo repertório de emoções e não outro
qualquer. Interpretando, o analista vai
O Desejo compondo, com seu paciente, o esboço lento do
desenho de seu desejo. Fundamentalmente, por
romper o campo da rotina e assim propiciar um
espaço em que o desejo se pode mostrar, ainda
que de forma indireta e parcial”
Quadro e Moldura
Em Psicanálise

Moldura Quadro
• Divã • Associação Livre
• Frequência de Sessões • Atenção Flutuante
• Pagamento • Transferência
• Diferentes teorias (Freud, Lacan, • Inconsciente
Ferenczi)
• Nas relações intersubjetivas, investimentos
pulsionais, também nomeados de afeto,
acham-se presentes desde o início.
• Para Freud (1996a), existem duas formas de
investimento pulsional. Uma parte deles é
consciente, dirigida para a realidade e a
personalidade consciente faz uso desta parte
Transferência da pulsão nos diversos relacionamentos.
• Ao mesmo tempo, existe outra parte de
investimento pulsional, ligado a ideias
reprimidas, retidas e impedidas de chegarem
ao sistema consciente, portanto inconscientes,
que se afasta da realidade e busca satisfação a
partir da fantasia.
• Estes impulsos ligados a ideias reprimidas
estão fora da consciência, mas estão presentes
nas maneiras como o indivíduo estabelece
relações afetivas. Assim, a cada nova
aproximação de se relacionar com outras
pessoas, já estarão presentes ideias
Transferência antecipadas, decorrentes de investimentos
pulsionais inconscientes. A este fenômeno,
Freud nomeia de transferência e reforça que é
um processo universal, presente em todas as
relações humanas.

Transferência de um afeto vivido anteriormente para uma relação atual.


• A transferência abre a possibilidade de
o paciente representar para o analista a
sua história, não apenas relatando o
que viveu, mas revivendo novamente
os afetos sentidos em fase anterior,
como uma forma de atualizar os
impulsos eróticos ocultos. Neste
Transferência reviver, se as resistências forem
superadas, abrese uma possibilidade de
mudanças profundas, pois permite uma
nova compreensão das demandas de
amor. Para Kupermann (2008), a
transferência; sua instalação, manejo e
destino; passa a ser o modus
operandi da clínica.
• Freud em vários de seus artigos,
destaca a importância da transferência
e de seu manejo no processo analítico.
Em 1914, no artigo Recordar, Repetir e
Elaborar descreve que o objetivo da
análise é superar as resistências devido
à repressão.
• Destaca que existem casos em que o
Transferência paciente não consegue se recordar do
material que foi reprimido, mas, ao
invés disso, expressa o reprimido a
partir da atuação. Esta repetição seria a
sua maneira de recordar. Repete, na
vida atual e na relação com o analista,
os seus sintomas, suas inibições, seus
traços patológicos de caráter (FREUD,
1996h).
• O que está em questão é uma força
Repetição atual e não apenas um
acontecimento do passado.
como
Transferência e • A partir desta observação, Freud se
questiona sobre a possibilidade de
Resistência se correlacionar a compulsão à
repetição com a transferência e com
a resistência.
• Ele percebe que a transferência é
um fragmento da repetição e
quanto maior for a resistência, mais
extensivamente a atuação
substituirá o recordar.
• A transferência cria, assim, uma região
intermediária entre a doença e a vida real,
através da qual a transição de uma para
outra é efetuada.
• A nova condição assumiu todas as
características da doença, mas representa
uma doença artificial, que é, em todos os
Manejo da pontos, acessível à nossa intervenção.
Trata-se de um fragmento de experiência
real, mas um fragmento que foi tornado
Transferência possível por condições especialmente
favoráveis, e que é de natureza provisória.
• A partir das reações repetitivas exibidas na
transferência, somos levados ao longo dos
caminhos familiares até o despertar das
lembranças, que aparecem sem dificuldade,
por assim dizer, após a resistência ter sido
superada. (FREUD, 1996h, p. 170).
• Para que o analisando supere suas resistências, é
importante que o analista vá as revelando aos
poucos, dando tempo suficiente para que este
possa se familiarizar com as mesmas e, num
próximo passo, poder elaborá-las. Uma revelação
Manejo da precoce pode resultar em um aumento da
resistência e não sua superação.
Transferência
• “Esta elaboração das resistências pode, na
prática, revelar-se uma tarefa árdua para o
sujeito da análise e uma prova de paciência para o
analista. Todavia, trata-se da parte do trabalho
que efetua as maiores mudanças no paciente e
que distingue o tratamento analítico de qualquer
tipo de tratamento por sugestão”. (FREUD, 1996h,
p. 171).
• A fantasia como obstáculo ao alcance da
verdade

• “[...] adquiri uma noção segura da


estrutura da histeria. Tudo remonta à
reprodução de cenas |do passado|. A

Fantasias
algumas se pode chegar diretamente, e a
outras, por meio de fantasias que se
erguem à frente delas. As fantasias
provêm de coisas que foram ouvidas, mas
só posteriormente entendidas, e todo o
material delas, é claro, é verdadeiro. São
estruturas protetoras, sublimação dos
fatos, embelezamento deles e, ao mesmo
tempo, servem para o alívio pessoal.”
(Masson, 1985/1986, p.240, grifo nosso)
• A fantasia como componente da verdade
do sujeito. Aparecem nas falas dos
pacientes.
• “Os muitos sentidos das palavras
humanas, se tomados em conjunto,

Fantasia –
poderiam levar-nos para quase qualquer
lugar. Sucede, porém, que durante uma
sessão eles se cruzam e descruzam,

Compondo determinando pontos de convergência ou


nós, para onde se encaminham porções
consideráveis dos sentidos marginais do

a Verdade discurso. A essas malhas damos o nome


de fantasias. Seguimo-las através dos fios,
interpretamo-las ao reconhecê-las,
produzindo uma sensação de ter
completado algo que faltava, para uma
inteligência diversa do material, que inclui
agora seu “sentido geral
inconsciente””(Hermann,2015, p.11 )

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