2 Corintios Exegese Cap 12

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2 Coríntios

3
As Glórias no sofrimento Cristão
2 Coríntios 12:1-10

Os falsos apóstolos diziam que ele não tinha experiências tão


arrebatadoras quanto eles nem credenciais suficientes para o
apostolado. Diziam que Paulo tinha interesses inconfessos em seu
trabalho pastoral e não tinha estatura espiritual para confrontar os
crentes face a face, como fazia em suas cartas.
Quatro verdades são aqui destacadas:

1) as visões de Paulo;
2) os sofrimentos de Paulo;
3) as credenciais de Paulo ;
4) a terceira visita de Paulo à igreja.

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As Visões de Paulo

Os crentes de Corinto tinham constrangido Paulo e o que estava


em jogo era o evangelho e não propriamente a reputação do
apóstolo, Paulo destaca suas próprias experiências e põe na mesa
suas credenciais, desbancando, assim, as pretensões soberbas de
seus opositores. 2Co 12:11
Alguns pontos acerca das visões de Paulo:
Em primeiro lugar, a procedência das visões. 2Co 12:1
Paulo teve várias visões ao longo do seu ministério:
• A primeira delas foi no caminho de Damasco, onde viu o Cristo
glorificado. Ali sua vida foi transformada. At 9:3-4,22:6-11

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As Visões de Paulo

• Paulo teve ainda outras visões, como em Jerusalém. At 22:17-21


• em Trôade. At 16:8-10
• Em Corinto. At 18:9-11
• E novamente em Jerusalém. At 23:11
Das muitas visões e revelações que Paulo havia recebido, ele agora
seleciona uma que lhe acorrera quatorze anos antes.
Antes de Paulo enfrentar os sofrimentos mais angustiantes por
amor a Cristo, o Senhor o arrebatou ao paraíso para mostrar-lhe as
glórias do céu e falar-lhe palavras Indizíveis. 2Co 12:1-6
Paulo faz questão de relatar esse fato extraordinário na terceira
pessoa, para não chamar demasiada atenção para si mesmo. Não
fazia dessa visão a plataforma do seu ministério. 2Co 12:1
6
As Visões de Paulo

A grandeza das visões:


Paulo foi arrebatado ao terceiro céu. Essa expressão deve significar
o céu mais elevado, onde está a presença de Deus. O terceiro céu
corresponde ao “paraíso ”, o céu dos céus, onde Deus habita em
glória. O terceiro céu é definido por Paulo como o paraíso, lugar de
bem-aventurança eterna, dentro das próprias cortes celestes.
Lc 23:43 Ap 2:7
O céu não é uma imaginação fantasiosa, mas uma realidade
inegável.
A palavra paraíso deriva do termo avéstico pairi-daeza (uma
área/jardim murada), composto por pairi- (ao redor). Ester 1:5-7
7
As Visões de Paulo

O apóstolo Paulo conclui seu relato. 2Co 12:5-6


Os falsos apóstolos estavam cheios de orgulho por causa de suas
experiências, mas Paulo, de forma radicalmente diferente, não
aplaude a si mesmo. Ele gloria-se das visões, mas não de si mesmo.
Ele gloria-se nas suas fraquezas, e não nas suas experiências
arrebatadoras. Paulo não está construindo monumentos ao seu
próprio nome. Não está recrutando fãs para si mesmo. Ele não
busca glória para seu próprio nome. Paulo tinha tão pouca intenção
de explorar esse acontecimento que durante quatorze anos
guardou-o como um segredo, até que lhe foi arrancado à força.
2Co 12:1-2 Fp 2:5-11

8
Os sofrimentos de
Paulo

Depois da glória vem a dor, depois do êxtase vem o sofrimento.


Paulo faz uma transição das visões celestiais para o espinho na
carne. 2Co 12:7-10
Que contraste gritante entre as duas experiências do apóstolo!
Passou do paraíso à dor, da glória ao sofrimento. Provou a bênção
de Deus no céu e sentiu os golpes de Satanás na terra. Passou do
êxtase à agonia, o sofrimento é inevitável. 2Co 12:7
Não há vida indolor.
É impossível passar pela vida sem sofrer. O sofrimento é inevitável.
O sofrimento de Paulo é tanto físico quanto espiritual.

9
Os sofrimentos de
Paulo

O espinho na carne O que seria esse espinho na carne de Paulo?


Há muitas ideias e nenhuma resposta conclusiva. Calvino acreditava
que o espinho na carne eram as tentações espirituais. Lutero
achava que eram as perseguições dos judeus. A palavra grega
skolops, “espinho ”, só aparece aqui em todo o Novo Testamento.
Trata-se de qualquer objeto pontiagudo. Era a palavra usada para
estaca, lasca de madeira ou ponta do anzol. O que era esse espinho
na carne de Paulo? Muitas respostas têm sido dadas.
A maioria dos estudiosos concorda que esse termo skolops deve ser
interpretado literalmente; isto é, Paulo suportava dor física, sendo
inclinados a pensar que esse espinho na carne era uma deficiência
Visual. At 9:9 Gl 4:13-15 Gl 6:11 Rm 16:22 At 23:1-5
10
A oração não atendida

A oração não atendida .2Co 12:8-10


Assim como Jesus orou três vezes no Getsêmani para Deus afastar-
lhe o cálice, e o Pai não o atendeu, mas enviou um anjo para o
consolar, Paulo orou também três vezes para Deus tirar o espinho
de sua carne, porém, a resposta de Deus não foi a suspensão do
espinho e sim a força para suportá-lo. Deus nem sempre nos livra
do sofrimento, mas nos dá graça para enfrentá-lo vitoriosamente.
Paulo orou na aflição: orou ao Senhor, orou com insistência e
especificamente e, mesmo assim, Deus lhe disse não. Lc 22: 41:44
Quando entendemos o propósito de Deus na nossa vida,
aprendemos com o sofrimento. Rm 5:1-11 Rm 8:28 Sl 34:17-22

11
A oração não atendida

Para evitar a arrogância. 2Co 12:7


O espinho na carne impediu que Paulo inchasse ou explodisse de
orgulho diante das gloriosas visões e revelações do Senhor. O
sofrimento nos põe no nosso devido lugar. Ele quebra nossa altivez
e esvazia toda nossa pretensão de glória pessoal. E o próprio Deus
quem nos matricula na escola do sofrimento.
O propósito de Deus não é a nossa destruição, mas nossa
qualificação para o desempenho do ministério. O fogo da prova não
pode chamuscar sequer um fio de cabelo da nossa cabeça, ele só
queima as nossas amarras. O fogo das provas nos livra das amarras,
e Deus nos livra do fogo.
Para gerar dependência de Deus. 2Co 12:8 Sl 20 Jo 16:33
12
A oração não atendida

Para mostrar a suficiência da Graça 2Co 12:9


A graça de Deus é melhor do que a vida. A graça de Deus é que nos
capacita a enfrentar vitoriosamente o sofrimento. A graça de Deus
é o tônico para a alma aflita, o remédio para o corpo frágil, a força
que põe de pé o caído. 2Co 12:9-10
Quando sou humilde reconhecendo a minha fraqueza , a Graça de
Deus vem e me torna forte para vencer o sofrimento.
A força ciente de que é forte, na verdade, é fraqueza, mas a
fraqueza ciente de que é fraca, na verdade, é força...o poder de
Deus revela-se nos fracos, Paulo pediu para Deus substituição, mas
Deus lhe deu transformação. Deus não removeu sua aflição, mas
lhe deu capacitação para enfrentá-la vitoriosamente. Deus não deu
explicações para Paulo, mas disse: “A minha graça te basta ” . 13
A oração não atendida

O poder de Deus é suficiente para o cansaço físico.


Paulo suportou toda sorte de privações físicas: fome, sede e nudez.
Suportou todo tipo de perseguição: foi açoitado, apedrejado,
fustigado com varas e preso. Enfrentou todo tipo de perigos: de
rios, de mares, de desertos, no campo, na cidade, entre
estrangeiros, entre patrícios e até no meio de falsos irmãos.
Enfrentou toda sorte de pressões emocionais: preocupava-se dia e
noite com as igrejas. Mas, o poder de Deus o sustentou em todas
essas circunstâncias. Fp 4:11-13
O sofrimento é pedagógico .2Co 12:9
A vida é a professora mais implacável: primeiro dá a prova e,
depois, a lição. Se Deus não remove o espinho é porque ele está
trabalhando em nós para, depois, trabalhar por meio de nós. 14
2Co 1:3-11
A oração não atendida

Deus nos conforta em nossas adversidades .


A resposta que Deus deu a Paulo não era a que ele esperava nem a
que ele queria, mas era a que ele precisava. Deus respondeu a
Paulo que ele não o havia abandonado. Ele não sofria sozinho. Deus
estava no controle da sua vida e operava nele. Precisamos
compreender que Deus está conosco. Que ele está no controle. Que
ele é soberano, bom e fiel. Jó entendeu isso: Jó 42:1-2 Sl 23:4
A graça de Deus é suficiente nas horas de sofrimento .
Deus não deu a Paulo o que ele pediu, deu-lhe algo melhor, melhor
que a própria vida: a sua graça. A graça de Deus é melhor que a
vida; pois por ela enfrentamos o sofrimento vitoriosamente. O que
é graça? E a provisão de Deus para cada uma das nossas
necessidades. O nosso Deus é o Deus de toda a graça 1Pe 5:9-11 15
A oração não atendida

Nossa alegria não se baseia na natureza de nossas circunstâncias


O que determina a vida de um indivíduo não é o que lhe acontece,
mas como reage ao que lhe acontece. Não é o que as pessoas lhe
fazem, mas como ele responde a essas pessoas. Há pessoas que são
infelizes tendo tudo; há outras que são felizes nada tendo.
A felicidade não está fora de nós, mas dentro de nós. Há pessoas
que pensam que a felicidade está nas coisas: casa, carro, trabalho,
renda.
Mas Paulo era feliz mesmo passando por toda sorte de
adversidades. 2Co 11:24-31 2Co 12:10 2Co 4:14-18

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As credenciais de Paulo
2Co 12:11-13

Ele as apresenta não porque tem prazer em enaltecer-se, mas


porque foi constrangido a isso pela igreja.
Os coríntios comparavam Paulo com os falsos apóstolos e davam
mais valor a estes (12.11). Em vez de elogiar Paulo, os coríntios
elogiam seus opositores. Os coríntios não ajudaram Paulo
financeiramente, mas sustentavam esses falsos obreiros. Paulo,
com firmeza, diz que nesse ponto a igreja de Corinto havia sido
inferior a todas as demais, e ele pede perdão à igreja pela injustiça
de não ter cobrado deles seu sustento (12.13).

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As credenciais de Paulo

As credenciais de Paulo são apresentadas no meio da igreja com


toda persistência por meio de sinais, prodígios e poderes
miraculosos (12.12). Paulo foi chamado por Cristo para o
apostolado e enviado por Cristo aos gentios.
O próprio Senhor autenticou seu apostolado por meio de sinais,
prodígios e poderes miraculosos. O poder para a operação desses
sinais e maravilhas estava em Deus. Esses milagres foram feitos não
para o engrandecimento de Paulo, mas para a glória de Cristo e
promoção do evangelho.
O milagre não é o evangelho, mas abre portas para o evangelho.
O milagre não tem poder de transformar os corações, mas prepara-
os para o evangelho transformador.
18
A terceira Viagem de Paulo a Corinto
2Co 12:14-21

Depois que Paulo expõe suas credenciais, mostra a determinação


de fazer sua terceira visita à igreja de Corinto.
As duas visitas anteriores foram: a visita missionária pioneira e a
visita “dolorosa ” . A terceira visita planejada por Paulo é mencionada
nesse capítulo três vezes (12.14,20,21). Nessa visita Paulo estava
disposto a confrontar e repreender firmemente a igreja.

Qual o propósito da terceira viagem?


Em primeiro lugar , demonstrar que buscava o bem espiritual dos
crentes, e não o dinheiro deles (12.14). Paulo é enfático: Os falsos
mestres buscavam o dinheiro do povo, e não o bem espiritual do
povo. Não pastoreavam o rebanho, mas se serviam dele. O vetor do
ministério deles era o lucro, e não a edificação do povo. 19
A terceira Viagem de Paulo a Corinto
2Co 12:14-21

Paulo é totalmente diferente desses obreiros fraudulentos. Ele não


anda atrás de dinheiro.
Como pai espiritual dos crentes de Corinto, entesoura para eles. Diz
Paulo: “[...] não devem os filhos entesourar para os pais, mas os
pais, para os filhos” (12.14 ).

20
A terceira Viagem de Paulo a Corinto
2Co 12:14-21

Em segundo lugar, demonstrar sua prontidão em gastar-se em


favor da alma dos crentes (12.15). “Eu de boa vontade me gastarei
e ainda me deixarei gastar em prol da vossa alma. Se mais vos amo,
serei menos amado ? ” .
Paulo era como uma vela; estava pronto a brilhar com a mesma
intensidade até o fim. Ele não buscava conforto, mas o bem
espiritual dos crentes. Ele não corria atrás de benefícios pessoais,
mas lutava para ver os crentes sendo enriquecidos na graça.
Paulo já havia declarado seu amor aos crentes de Corinto (6.11,12)
e pedido a eles um retorno mais expressivo desse amor (6.13).
Agora, espera, nessa visita, ser mais amado pelo povo, uma vez que
dedica a ele amor tão acendrado.
21
A terceira Viagem de Paulo a Corinto
2Co 12:14-21

Em terceiro lugar , demonstrar que seus cooperadores eram tão


íntegros financeiramente como ele (12.16-18). Os falsos mestres
acusavam Paulo de explorar a igreja por meio de seus
colaboradores (12.16,17,18), apropriando-se de parte da coleta
levantada para os pobres da Judéia. Mas Paulo os refuta dizendo
que seus colaboradores, longe de explorarem a igreja, seguiram em
suas mesmas pisadas, pois tinham andado no mesmo espírito.
Paulo mandou Tito a Corinto três vezes: primeiro, para resolver o
assunto do pecador que se arrependeu (2.13; 7.6,13); depois, para
começar a operação da coleta do dinheiro para os santos em
Jerusalém (8.6); e, por último, para completar a tarefa de reunir os
fundos (8.16,17,18,22).
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A terceira Viagem de Paulo a Corinto
2Co 12:14-21

Em quarto lugar, demonstrar sua preocupação com o estado


espiritual dos crentes (12.19-21). Paulo teme encontrar os crentes
despreparados espiritualmente nessa visita. Havia duas áreas
vulneráveis na vida dos crentes de Corinto: A área dos
relacionamentos (12.20). Paulo teme que haja entre os crentes
contendas, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho e
tumulto. Todos esses pecados listados em pares estão ligados à área
dos relacionamentos. A igreja de Corinto era um amontoado de
gente, mas não uma família unida. Eles não agiam como um corpo,
em que cada membro coopera com o outro. Ao contrário, estavam
agindo antropofagicamente, devorando uns aos outros pelas
contendas e intrigas.
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Conclusão

Em segunda aos coríntios o apóstolo conta suas lutas mais


renhidas e suas aflições mais agônicas. Nenhum outro livro do
Novo Testamento retrata uma angústia emocional, física, e
espiritual com tanta profundidade e amplitude. Ela está cheia, do
começo ao fim, de sofrimento que se transforma em júbilo,
fraqueza que se transforma em força e derrota que se transforma
em triunfo.
2Coríntios nos dá coragem para vencer o desânimo. Dá-nos
incentivo para repartir livremente com os outros e nos lembra que
devemos buscar forças em Cristo. A fonte do consolo é esta
gloriosa verdade: “A minha graça te basta, porque o poder se
aperfeiçoa na fraqueza”
DICIONÁRIO

Fustigado: batido; desancado; escadeirado; espancado;


maltratado; percutido; sovado
Autoridade: uma das palavras gregas para autoridade é
exousia , cujo significado é poder, liberdade ou direito de
escolher, agir, possuir ou controlar.

A palavra σκὸλοψ - A palavra grega skolops, “espinho ”, só aparece


aqui em todo o Novo Testamento. Era a palavra usada para
estaca, lasca de madeira ou ponta do anzol.

30/11/2015 25
Bibliografia

Bíblia Português, Bíblia offline JFA, Mr Rocco Team, 2011.


Livro, 2Coríntios: o triunfo de um homem de Deus diante das
dificuldades, Hernandes Dias Lopes. — São Paulo: Editora
Hagnos, 2008.

Site wikepedia, acessado em 03/10/2018


https://pt.wikipedia.org/wiki/Para%C3%ADso

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