Sociologia Aula 05 Ralé Brasileira

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A Ralé Brasileira

Quem é e como vive

Jessé Souza

EA / UFRGS
Sociologia Aplicada à Administração
Professora: Maria Tereza Flores-Pereira
A Ralé Brasileira

Introdução

Parte I O mito brasileiro e o encobrimento da


desigualdade

Parte II O Brasil além do mito


As mulheres da ralé
Os homens da ralá
A ma-fé institucional
O racismo no Brasil
Desigualdade Social (abissal) Brasileira

• Não (apenas) em de “muito


tempo”.

• Reprodução cotidiana por meios


“modernos” e “simbólicos”.
Quais são e como atuam essas formas
“novas” e “modernas” de reprodução e
legitimação da desigualdade social brasileira?

• Invisibilização da desigualdade social como um problema


social genuinamente brasileiro  O problema
genuinamente brasileiro (mal de origem) seria a
corrupção, sempre do Estado, nunca do Mercado.

• Economicismo = Ideologia dominante do mundo


moderno  Percebe a realidade de classes apenas
economicamente.
Economicismo

Igualdade dos Sujeitos



Mérito (desempenho diferencial)

Renda

Classe
Economicismo

Todos somos Todos temos as


agentes racionais mesmas
homo disposições de
economicus comportamento

Igualdade dos
Sujeitos
Todos temos a
mesma
Responsabilidade
capacidade de
disciplina ...
Autocontrole
Crítica ao Economicismo

Qual sujeito
De que sujeito
não está
na realidade
implicado
estamos
nessa lógica
falando? economicista?
Transforma os miseráveis e sua
“Universaliza” os pressupostos
miséria em algo contingente e
da classe média para todas as
aleatório sendo sua situação de
“classes inferiores” como se as
absoluta privação reversível
condições de vida fosses as
“bastando para isso uma ajuda
mesmas.
passageira e tópica do Estado
Lembrar do Poder para que ele possa ‘andar com
Simbólico de
Bourdieu!
as próprias pernas’” (p.17)

Classe Média e Rica Pobres e Ralé


Gente Sub Gente
Talento Inato Estigma Inato
Nascidos para o sucesso Nascidos para o fracasso
As vitórias são mérito do As derrotas são culpa do
indivíduo indivíduo
Crítica ao Economicismo

Existe um “esquecimento
do social” na construção
das ideias economicistas
(mérito  renda  classe) Existem pré-
que não permite a condições
percepção de que o sociais para o
processo de competição
social não começa na
sucesso
escola, mas sim na supostamente
socialização familiar, que já individual.
está incluída em uma
determinada “cultura de
classe”
Se quisermos tornar visível a gênese e a reprodução
cotidiana da desigualdade social brasileira temos que
avançar para o debate dos fatores não econômicos da
divisão de classes!

Reprodução da Reprodução da D. Social


Desigualdade Social Brasileira

A produção de indivíduos Abandono social e político


(famílias) diferentemente secular (e cotidiano) de
aparelhados para a classes sociais inteiras
competição social desde o (famílias), consentida por
seu “nascimento”. toda a sociedade.
Nossa Luta de Classes
Cotidiana, invisível e silenciosa ...

Classe Alta > Capital Econômico Alto +


Capital Cultural

Classe Média > Capital Cultural Elevado >


Gerar/manter Capital Econômico

Nova Classe Média ou


Nova Classe Trabalhadora

Ralé > Sem Capital Econômico e


Cultural
Ralé

• 1/3 da população brasileira


• “mero” corpo / dispêndio de energia
muscular
• Preço baixo
• Mulheres negras > Homens negros >
Mulheres brancas > Homens brancos
Solução?

• Rever a explicação sociológica da


corrupção como nosso “mal de origem”
• Tirar o problema da desigualdade brasileira
da sua (incrível) invisibilidade social
• Desconstruir a visão economicista de
construção das classes, perceber a
construção social de tal ideologia
• + Sociedade / - Economia
A Ralé Brasileira. Quem é e como vive.

SOUZA, Jessé. A ralé brasileira. Quem é e como


vive. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. p. 15-
26.

TV Senado - Presidente do Ipea fala sobre o


livro "A Ralé brasileira: Quem é e Como Vive"
•https://www.youtube.com/watch?v=h89G2sjaafM

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