UNIDADE 6 - ANTROPOLOGIA - Cópia
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CLAUDIO LEITAO,
claudioleitao@faculdadescearenses.edu.br
A E HISTÓRIA
DO DIREITO
EMENTA: Cultura e identidade. Antropologia e
diversidade cultural. A especificidade da antropologia
jurídica. O indivíduo isolado: carências e necessidades,
UNIDADE
6
egoísmo, pacto social (o estado de natureza), soberania
individual. Estudo das relações étnico-raciais. Os
negros e sua luta no Brasil. A cultura negra e a cultura
indígena. Influência no Brasil. A formação da
sociedade nacional.
CULTURA E
IDENTIDADE.
ANTROPOLO
GIA E
DIVERSIDAD •Para sociologia, CULTURA é o conjunto de aspectos apreendidos pelo ser humano
E CULTURAL. que adquire ao longo de sua convivência. Esses são compartilhados entre os
A indivíduos que fazem parte do grupo de convívio específico, refletem
ESPECIFICID especificamente a realidade social desses sujeitos. Compreende aspectos tangíveis -
ADE DA objetos ou símbolos que fazem parte do seu contexto - quanto intangíveis - ideias,
ANTROPOLO normas que regulam o comportamento, formas de religiosidade. Esses aspectos
GIA constroem a realidade social dividida por aqueles que a integram, dando forma a
JURÍDICA. relações e estabelecendo valores e normas.
•Esses valores são características que são consideradas desejáveis ou indesejáveisno
comportamento dos indivíduos que fazem parte de uma cultura, como por exemplo o
princípio da honestidade que é visto como característica extremamente desejável em
nossa sociedade.
CULTURA E
IDENTIDADE.
ANTROPOLO •As normas são um conjunto de regras formadas a partir dos valores de uma cultura,
GIA E que servem para regular o comportamento daqueles que dela fazem parte. O valor do
DIVERSIDAD princípio da honestidade faz com que a desonestidade seja condenada dentro dos
E CULTURAL. limites convencionados pelos integrantes dessa cultura, compelindo os demais
A integrantes a agir dentro do que é estipulado como “honesto”.
ESPECIFICID •Cultura e diferença As normas e os valores possuem grandes variações nas
ADE DA diferentes culturas que observamos. Em algumas culturas, como no Japão, o valor da
ANTROPOLO educação é tão forte que falhar em exames escolares é visto como
GIA uma vergonha tremenda para a família do estudante. Existe, então, a norma de que
estudar e ter bom desempenho acadêmico é uma das mais importantes tarefas de um
JURÍDICA.
jovem japonês e a pressão social que esse valor exerce sobre ele é tão forte que há
um grande número de suicídios relacionados a falhas escolares. Para nós, no entanto,
a ideia do suicídio motivado por uma falha escolar parece ser loucura. FONTE:
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/conceito-cultura.htm
CULTURA E - O que é valor?
IDENTIDADE. Contudo, antes mesmo de prosseguirmos, convém clarificar a sua noção de base ou, pelo
menos, tentar fazê-lo:1 o que é o valor? Como defini-lo?
ANTROPOLOGIA E Atentemos, num primeiro momento, quanto à origem etimológica da palavra Axiologia: do
DIVERSIDADE grego, o verbo άξιος/a[xioς – o qual pode traduzir-se por "valor", e o substantivo axía, que
CULTURAL. A também significa Valor, e λόγος – logos – que indica estudo ou tratado, a partir do qual se
formou a palavra axiologia, ou ciência do valor, tratado dos valores (Cabanas, 1998, p. 121;
ESPECIFICIDADE Duméry, 2012).
DA Mas, esta abordagem constitui apenas uma aproximação inicial ao conceito; todavia, parece
ANTROPOLOGIA que ainda muito fica por dizer acerca do mesmo. Na verdade, se quisermos tomar para nós
esse experienciar do valor, logo encontraremos um primeiro significado: o da vivência de um
JURÍDICA. valor, em particular. Ou seja, a vivência do valor, independentemente do valor que for, é
experienciado como um fenómeno que se apresenta à consciência como tal e como um
acontecimento que nos é imediatamente dado.
Esta forma fenomenológica2 de proceder para a determinação que buscamos do sentido da
palavra valor revela-nos, igualmente, outra característica importante: para além do valor
constituir, primeiramente, um fenómeno que aparece à nossa consciência, num outro
momento, ele é experienciado como algo de "valioso", ao qual foi atribuída uma preferência
maior no seu grau de importância face aos demais.
Portanto, o ato de valoração – que é feito por um sujeito que não pode deixar de valorar, 3
pois, valorar é existir – é, por um lado, subjetivo e relacional e, por outro lado, objetivo e
material, porquanto esse valor advém de um objeto que possui um determinado conjunto de
qualidades que não foram indiferentes ao sujeito que as apreciou.
(Vide artigo: https://doi.org/10.1590/S0100-512X2014000200002 )
CULTURA E - O que é cultura?
IDENTIDADE.
ANTROPOLOGIA E
DIVERSIDADE
Das inúmeras concepções de cultura, temos
CULTURAL. A que esta é o somatório de bens que dão
ESPECIFICIDADE
DA siginificado a sociedade e promovem a um
ANTROPOLOGIA grupo uma identidade cultural.
JURÍDICA.
O INDIVÍDUO
ISOLADO:
CARÊNCIAS E
NECESSIDADES,
EGOÍSMO,
PACTO SOCIAL
(O ESTADO DE
NATUREZA),
SOBERANIA
INDIVIDUAL.
Jusnaturalismo e Juspositivismo
O INDIVÍDUO Direito pressuposto e Direito Posto
ISOLADO: Direito advindo da natureza humana X
CARÊNCIAS E
NECESSIDADES, Direito posto através de normas coercitivas e
EGOÍSMO, impostas pelo Estado
PACTO SOCIAL
(O ESTADO DE
NATUREZA), - Diversas correntes do Jusnaturalismo
SOBERANIA
INDIVIDUAL.
O INDIVÍDUO Thomas Hobbes (1588-1689)
ISOLADO:
O filósofo e teórico político inglês era
CARÊNCIAS E
NECESSIDADES, um monarquista convicto. Em defesa à monarquia em um
EGOÍSMO, período de crise política na Inglaterra, ele publicou o seu mais
PACTO SOCIAL conhecido livro: Leviatã, ou Matéria, forma e poder em um
(O ESTADO DE Estado eclesiástico e civil. A palavra leviatã designa uma
NATUREZA), criatura marinha do imaginário antigo (descrita inclusive em
SOBERANIA passagens do Antigo Testamento) que seria um monstro
INDIVIDUAL. gigantesco protetor dos peixes e animais marinhos menores.
Isso tem a ver com o modo como Hobbes concebia a sociedade
e o Estado: um monstro violento e gigantesco que existia para
proteger os cidadãos.
O INDIVÍDUO A concepção de Estado, para Hobbes, é pautada na ideia de que deve
ISOLADO: haver uma forte concentração de poder estatal a fim de tornar o
CARÊNCIAS E convívio suportável. Isso seria necessário porque o ser humano em seus
NECESSIDADES, estado de natureza era, segundo Hobbes, violento e cruel, sendo o ser
EGOÍSMO, humano natural uma espécie de lobo do próprio homem.
PACTO SOCIAL Os impulsos de violência do ser humano em seu estado natural levavam-
(O ESTADO DE no à convivência difícil regida pelo medo, pela desconfiança e pelo caos.
NATUREZA), O Estado seria a criação necessária para controlar esse modo de vida
SOBERANIA caótico por meio da força e da concentração da violência.
INDIVIDUAL. Uma curiosidade sobre o livro Leviatã é que ele foi escrito e publicado
em inglês, ao contrário das obras de intelectuais da época, que eram
publicadas em latim. A intenção de Hobbes, ao publicar o seu escrito em
defesa do Estado monárquico em uma língua de maior acesso à
população da Inglaterra, era conseguir um maior alcance, para que mais
pessoas pudessem ler e, consequentemente, aceitar a monarquia que se
encontrava em crise no século XVII.
O filósofo e teórico político inglês John Locke (1632-
1704), ao contrário de Hobbes, era contra a monarquia.
Locke foi um defensor do parlamentarismo, forma de
governo adotada na Inglaterra no fim do século XVII, e
também é considerado o “pai” do liberalismo político e
um dos “ancestrais” do liberalismo econômico.
O estado de natureza, segundo Locke, era um período
de plena igualdade entre todas as pessoas. Todos eram
regidos pela lei natural, que garantia a posse sobre
qualquer bem natural, inclusive sobre o mesmo bem, sem
restrições. Essa lei natural de igualdade irrestrita gerava,
segundo o pensador, problemas quando as pessoas
queriam a mesma posse. A saída defendida por ele foi a
instituição de um estado civil, com leis e normas sociais
que regulamentariam a posse e impediriam os conflitos.
A sociedade civil e o pacto social seriam,
portanto, necessários para regulamentar a posse
de bens, e o Estado era uma instituição que
deveria obedecer a certos limites, principalmente
quando se trata da propriedade. Para Locke,
o Estado não deveria ter extrema força, como
pensou Hobbes, e deveria agir em conformidade
com os limites do direito à propriedade.
A sociedade civil e o pacto social seriam,
portanto, necessários para regulamentar a posse
de bens, e o Estado era uma instituição que
deveria obedecer a certos limites, principalmente
quando se trata da propriedade. Para Locke,
o Estado não deveria ter extrema força, como
pensou Hobbes, e deveria agir em conformidade
com os limites do direito à propriedade.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
O pensador suíço é uma espécie de contratualista crítico do
contratualismo. Para Rousseau, era no estado de natureza que o ser
humano encontrava-se plenamente livre de qualquer amarra
institucional que o privaria de sua liberdade natural. O ser humano
era amoral em seu estado de natureza. Desconhecendo a moral, ele
desconheceria também a maldade. A maldade somente passou a ser
praticada intencionalmente quando o ser humano descobriu de vez o
que era certo e o que era errado, ou o que era o bem e o mal.
•Para Rousseau, o Estado civil havia sido criado de maneira
ilegítima, de modo que a sociedade civil baseada na propriedade
privada era um meio de corrupção do ser humano. O pensador suíço
defendia uma reformulação da sociedade, a fim de que a vontade
geral fosse atendida em um governo que realmente quisesse
estabelecer o bem social e não simplesmente atender aos privilégios
de uma classe dominante.
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS. OS
NEGROS E SUA LUTA NO BRASIL. A CULTURA NEGRA
E A CULTURA INDÍGENA. INFLUÊNCIA NO BRASIL. A
FORMAÇÃO DA SOCIEDADE NACIONAL.
Coco Dub (Afrociberdelia) (Bonus Track)
Chico Science, Nação Zumbi
- Racismo no Brasil.
https://youtu.be/dU-hqu7aqj4
- Racismo institucionalizado no Brasil. Necropolitica. Estigmas e estereótipos
- Obstáculos a inserção do negro no mercado de trabalho e no ensino superior.
CONSTITUICAO FEDERAL
Estudo das Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
relações étnico- I - independência nacional;
raciais. Os negros II - prevalência dos direitos humanos;
e sua luta no III - autodeterminação dos povos;
Brasil. A cultura IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
negra e a cultura VI - defesa da paz;
indígena. VII - solução pacífica dos conflitos;
Influência no VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
Brasil. A IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
formação da Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
sociedade política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma
nacional. comunidade latino-americana de nações.
ART. 5º, XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito
à pena de reclusão, nos termos da lei;
GENOCIDIO – LEI 2889/56
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou
Estudo das religioso, como tal: (Vide Lei nº 7.960, de 1989)
relações étnico- a)b) matar membros do grupo;
causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
raciais. Os negros c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição
e sua luta no física total ou parcial;
Brasil. A cultura d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;
negra e a cultura Será punido:
Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da letra a;
indígena. Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra b;
Influência no Com as penas do art. 270, no caso da letra c;
Brasil. A Com as penas do art. 125, no caso da letra d;
Com as penas do art. 148, no caso da letra e;
formação da Art. 2º Associarem-se mais de 3 (três) pessoas para prática dos crimes mencionados no artigo
sociedade anterior: (Vide Lei nº 7.960, de 1989)
Pena: Metade da cominada aos crimes ali previstos.
nacional. Art. 3º Incitar, direta e publicamente alguém a cometer qualquer dos crimes de que trata o art. 1º:
(Vide Lei nº 7.960, de 1989)
Pena: Metade das penas ali cominadas.
§ 1º A pena pelo crime de incitação será a mesma de crime incitado, se este se consumar.
§ 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço), quando a incitação for cometida pela imprensa.