Unidade e Multicelularidade. Mecanismos de Evolução
Unidade e Multicelularidade. Mecanismos de Evolução
Unidade e Multicelularidade. Mecanismos de Evolução
EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
Unidade e multicelularidade
DOS PROCARIONTES AOS EUCARIONTES
Seres procariontes
Seres eucariontes
DOS PROCARIONTES AOS EUCARIONTES
Como?
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DOS PROCARIONTES AOS EUCARIONTES
DOS PROCARIONTES AOS EUCARIONTES
Modelo autogénico
Modelo autogénico
Modelo autogénico
Modelo autogénico
Esta hipótese é apoiada pelo facto de as membranas dos organitos das células eucarióticas atuais
manterem a mesma posição da membrana plasmática: a face voltada para o interior dos organitos
é semelhante à face externa da membrana plasmática e a face voltada para o citoplasma
é semelhante à face interna da membrana plasmática.
DOS PROCARIONTES AOS EUCARIONTES
Modelo autogénico
Mas a suposta origem comum do material genético do núcleo e dos organelos não é apoiada
pelas observações – o DNA mitocondrial e cloroplastidial possuem uma organização diferente
do DNA nuclear, ou seja, possuem material genético próprio, podendo gerir todas as suas
atividades metabólicas de forma autónoma.
DOS PROCARIONTES AOS EUCARIONTES
Modelo endossimbiótico
Modelo endossimbiótico
Modelo endossimbiótico
Essa relação de simbiose era benéfica para ambas as células (a célula hospedeira conferia
proteção, suporte e nutrientes, enquanto que as células englobadas especializaram-se em alguns
processos metabólicos), tornando-se numa relação obrigatória culminando numa evolução para
células eucarióticas.
DOS PROCARIONTES AOS EUCARIONTES
Modelo endossimbiótico
Modelo endossimbiótico
Hipótese Autogénica
Hipótese Endossimbiótica
ORIGEM DA MULTICELULARIDADE
• Volvox – colónia esférica de algas verdes com células biflageladas que, unindo-se
por alongamentos citoplasmáticos e bainhas gelatinosas, formam uma esfera oca.
ORIGEM DA MULTICELULARIDADE
• A organização em colónias permite que as células da colónia se especializem,
conseguindo assegurar de modo mais eficaz a sua função. Tal é benéfico para os
indivíduos que tiram proveito desta relação íntima de cooperação.
ORIGEM DA MULTICELULARIDADE
• A Volvox não é um organismo multicelular,
uma vez que é constituída por várias células
estruturalmente independentes. As diversas
células são semelhantes, não tendo ocorrido
diferenciação.
• Do ponto de vista funcional, as células
reprodutoras apresentam uma especialização
em relação às restantes.
• Existe uma coordenação parcial em que os
indivíduos asseguram funções diferentes
como, por exemplo, as células mais
periféricas são as impulsionadoras do
movimento rotacional da colónia.
• A interdependência e a especialização
crescente dos organismos coloniais traduz
um aumento de complexidade e pode, ao
longo de um processo evolutivo, estar na
base da multicelularidade.
• A pluricelularidade implica uma maior
organização e diferenciação celular.
MULTICELULARIDADE
Vantagens da multicelularidade
Teoria criacionista
Teoria da geração
FIXISMO espontânea
Teoria catastrofista
Após a criação (ou surgimento) das espécies, estas mantêm-se inalteradas ao longo do tempo.
FIXISMO E EVOLUCIONISMO
Teoria criacionista
Teoria da geração
FIXISMO espontânea
Teoria catastrofista
Teoria criacionista – Defende que os seres vivos foram criados por ato divino.
Teoria da geração espontânea – Defende que os seres vivos se poderiam formar a partir de matéria não
viva. Após o seu surgimento, os seres vivos manter-se-iam imutáveis.
Teoria catastrofista – Defende que catástrofes locais eliminaram as formas de vida nesses locais. Estas
regiões poderiam ser repovoadas por novas espécies provenientes de outros locais, o que explicaria a
sucessão de estratos rochosos com conteúdo fossilífero diferente. As catástrofes poderiam ser globais e,
nestes casos, o repovoamento seria feito por novo ato de criação divina.
FIXISMO E EVOLUCIONISMO
Dados biogeográficos
Dados geológicos
EVOLUCIONISMO
Dados de estudos sociais
Atualmente, os evolucionistas defendem que todos os seres vivos tiveram um ancestral comum.
FIXISMO E EVOLUCIONISMO
Dados biogeográficos
Dados geológicos
EVOLUCIONISMO
Dados de estudos sociais
Dados biogeográficos – Estudos de algumas espécies em diferentes ilhas mostraram que os seres,
embora diferentes entre si, apresentavam algumas características semelhantes, indicando uma origem
comum.
Dados geológicos – Tal como em relação aos processos geológicos, também nos seres vivos se deverá
aplicar a Lei do Uniformitarismo e das Causas atuais. – “O presente é a chave do passado” – os
fenómenos geológicos do passado serão o resultado de processos idênticos aos que se observam no
presente.
FIXISMO E EVOLUCIONISMO
Dados biogeográficos
Dados geológicos
EVOLUCIONISMO
Dados de estudos sociais
Dados de estudos sociais – Estudos em populações humanas mostraram que o crescimento destas é
condicionado pelos recursos disponíveis.
Dados da seleção artificial – O cruzamento de entre indivíduos selecionados permite obter descendência
com as características pretendidas.
MECANISMOS DE EVOLUÇÃO
Lamarquismo
O lamarquismo baseia-se em duas leis:
Lei do uso
e do desuso O uso de um órgão desenvolve-o
e o desuso atrofia-o ou fá-lo
desaparecer.
Jean-Baptiste Lamarck
1744-1829
Lei da herança
dos carateres
adquiridos Os indivíduos transmitem as
características adquiridas por uso
e desuso aos seus descendentes.
MECANISMOS DE EVOLUÇÃO
Lamarquismo
As características do meio
provocam nos indivíduos a
necessidade de se adaptar.
Para se adaptarem, os indivíduos usam
ou não usam, alguns órgãos (lei do uso e
do desuso), o que provoca o
desenvolvimento ou atrofia desse órgão.
As características adquiridas pelo
uso ou desuso são transmitidas
aos descendentes (lei da herança
dos carateres adquiridos).
Cada nova geração tem
esta característica mais
acentuada.
MECANISMOS DE EVOLUÇÃO
Lamarquismo
Inicialmente as girafas tinham o pescoço
curto e alimentavam-se de ervas. Com a
escassez de alimento ao nível do solo, as
girafas tiveram necessidade de chegar ao
alimento, agora mais alto, esticando o
pescoço.
Ao longo da vida, cada girafa alongou um
pouco seu pescoço devido ao facto de o ter
esticado (lei do uso e do desuso).
O alongamento do pescoço foi transmitido à
descendência (lei da herança dos caracteres
adquiridos).
Em cada geração, o pescoço foi crescendo
um pouco mais. Essa alteração foi
transmitida aos descendentes, até que o
pescoço das girafas atingiu a dimensão que
tem atualmente.
MECANISMOS DE EVOLUÇÃO
Darwinismo
O Darwinismo baseia-se em quatro ideias:
Darwinismo
Darwinismo
Na população inicial de girafas existiam
animais com diferentes tamanho de
pescoço (variabilidade intraespecífica).
Com a escassez de alimento a níveis
mais baixos, as girafas com pescoço mais
longo tinham acesso a mais alimento e
viviam mais tempo (sobrevivência do
mais apto) e podiam reproduzir-se mais.
Os seus descendentes tinham também
pescoço longo.
Por seleção natural, as girafas de
pescoço curto foram sendo eliminadas
até que deixaram de existir e toda a
população passou a ser constituída por
girafas de pescoço longo.
MECANISMOS DE EVOLUÇÃO
Populações são conjuntos de indivíduos da mesma espécie que se reproduzem entre si.
Perspetiva lamarquista:
O flamingo alimentava-se em águas de pouca
profundidade.
Quando o alimento escasseou aí, teve de
recorrer a águas mais profundas, o que lhe
criou a necessidade de ter pernas mais altas.
O esticar permanente das patas, fez com que
estas aumentassem de tamanho (lei do uso e
do desuso).
Em cada geração foram surgindo indivíduos
com patas cada vez mais longas, característica
esta que foram transmitindo aos seus
descendentes (lei da transmissão dos
carateres adquiridos), chegando, assim, à
forma atual.
EXERCÍCIO
Perspetiva darwinista:
Existiam, nas populações originais de fla
mingos, indivíduos com diferentes tamanhos de
patas (variabilidade intraespecífica).
Com a escassez de alimento em águas menos
profundas, os flamingos que possuíam estes
membros mais desenvolvidos tinham acesso
mais fácil ao alimento, isto é, eram os mais
aptos, e por isso, sobreviviam melhor (seleção
natural) e reproduziam-se mais (reprodução
diferencial).
Deste modo, aumentaram o seu número na
população relativamente ao número de
flamingos de patas curtas. Por esta razão, os
flamingos de patas mais compridas foram-se
tornando mais abundantes em relação aos de
membros mais curtos, que acabaram por
desaparecer.
EXERCÍCIO
Perspetiva neodarwinista:
Devido a mutações e à reprodução sexuada
(com meiose e fecundação), existia nas
populações de flamingos variabilidade
genética que se manifestava nos diferentes
tamanhos de patas.
Com a escassez de alimento em águas mais
baixas, os flamingos que possuíam patas mais
compridas tinham acesso mais fácil ao alimento
e por isso, sobreviviam melhor e
reproduziam-se mais.
Deste modo, aumentaram o seu número na
população relativamente ao número de
flamingos de patas curtas. Por esta razão, os
flamingos de patas mais compridas foram-se
tornando mais abundantes em relação aos de
membros mais curtos, que acabaram por
desaparecer.
ARGUMENTOS A FAVOR DO EVOLUCIONISMO
Paleontologia
Os fósseis, ao revelarem espécies inexistentes
atualmente, contrariam a ideia da imutabilidade.
Paleontologia
O registo fóssil permitiu
reconstituir linhas evolutivas a
partir
de ancestrais comuns –
séries filogenéticas.
Atualmente, as árvores
filogenéticas recorrem a dados
adicionais, como as análises
de DNA ou de proteínas.
ARGUMENTOS A FAVOR DO EVOLUCIONISMO
Biogeografia
O estudo que Darwin
desenvolveu sobre os
tentilhões das diferentes ilhas
Galápagos foi crucial para
o desenvolvimento
da sua teoria.
Anatomia comparada
Estruturas
homólogas
Estruturas
análogas
Estruturas
vestigiais
ARGUMENTOS A FAVOR DO EVOLUCIONISMO
Anatomia comparada
Baleia Sapo Cavalo Leão Humano Ave
Os órgãos (ou estruturas) homólogos são órgãos anatómica e fisiologicamente idênticos, com
a mesma sequência e origem embrionária.
A sua existência evidencia evolução a partir de ancestral comum–, resultante da adaptação
a diferentes ambientes – evolução divergente .
ARGUMENTOS A FAVOR DO EVOLUCIONISMO
Anatomia comparada
Os órgãos ou estruturas análogas são órgãos que, embora desempenhem funções semelhantes,
são anatomicamente diferentes e com origem embrionária distinta.
Resultam de evolução convergente. Seres com origens diferentes adaptaram-se a ambientes
semelhantes.
ARGUMENTOS A FAVOR DO EVOLUCIONISMO
Anatomia comparada
Cóccix Apêndice
Os órgãos vestigiais são estruturas atrofiadas, sem papel evidente. Apesar de terem perdido ou
diminuído a sua função num determinado grupo de seres vivos, noutros grupos surgem
desenvolvidas e funcionais.
Conclui-se assim que estes órgãos deverão ter sido funcionais no passado mas, por evolução,
tornaram-se desnecessários.
O cóccix e o apêndice são exemplos de estruturas vestigiais no ser humano.
ARGUMENTOS A FAVOR DO EVOLUCIONISMO
Embriológicos
PEIXE ANFÍBIO RÉPTIL AVE MAMÍFERO
Citológicos e bioquímicos
Todos os organismos são formados por células, sendo a célula a sua unidade estrutural e funcional,
o que revela a existência de um padrão comum em todos os seres vivos (logo, uma origem comum).
Também em termos bioquímicos há unidade. Por exemplo, o código genético é o mesmo na
generalidade dos seres vivos e o DNA tem a mesma estrutura molecular em todos eles.
A semelhança das proteínas e da sequência dos nucleótidos do DNA revelam também
a proximidade evolutiva dos seres vivos.