AULA 03 - Emergências Psiquiátricas
AULA 03 - Emergências Psiquiátricas
AULA 03 - Emergências Psiquiátricas
SAÚDE MENTAL E
PSIQUIÁTRICA
Prof. R. Zafriel S. Menezes
Enfermeiro pelo Centro Universitá rio
INTA – UNININTA
Pó s-graduando em Enfermagem e Saú de
Coletiva pela UNIFAVENI
AULA 03
• Emergências psiquiátricas
• Tipos de contenção e práticas de contenção no
leito.
Emergência psiquiátrica: O que é?
Emergências psiquiátricas são situações em que existe um risco
significativo de morte ou injúria grave para o paciente ou para terceiros
e que necessita de uma intervenção terapêutica imediata.
Os principais motivos de atendimento em emergências psiquiátricas
costumam ser agitação psicomotora, comportamento agressivo e
tentativa ou ideação suicida.
Diagnósticos mais comuns
Os diagnósticos mais comuns de serem encontrados são os
transtornos de humor, esquizofrenia e dependência de álcool.
Pacientes que se apresentam em crise nas emergências psiquiátricas
geralmente são pessoas com intenso sofrimento emocional e físico, por
isso, frágeis, com várias expectativas e fantasias, frequentemente
irreais, que influenciam suas respostas ao tratamento.
Primeira avaliação:
Estabilização do quadro: identificar um sintoma alvo no paciente a ser
abordado e controlado;
Hipótese diagnóstica: detectar, mesmo que provisoriamente, uma
possível causa para a situação de emergência que o paciente se encontra;
Excluir causas orgânicas, como encefalopatia, trauma
cranioencefálico, distúrbio metabólico e doenças da tireoide.
Encaminhamento: após estabilização do quadro e controle de riscos, o
médico deverá encaminhar adequadamente o paciente para internação
hospitalar, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), ambulatório, entre
outros.
Estratégia geral para avaliação do paciente nas
emergências psiquiátricas
• Autoproteção: Estar atento para riscos de violência iminente; prestar
atenção à segurança do ambiente físico (acesso a porta e objetos no
recinto); dispor outras pessoas nas imediações; desenvolver uma
aliança com o paciente.
• Prevenção de danos: Prevenir auto ferimento e suicídio; prevenir
violência contra terceiros;
• Descartar a possibilidade de psicose iminente.
Estratégia geral para avaliação do
paciente nas emergências psiquiátricas
A prevalência de transtornos psiquiátricos é alto na população e, portanto,
é elevada a frequência de urgências/emergências psiquiátricas, seja em
serviços especializados ou gerais, ou mesmo em locais como enfermarias
gerais.
Amigos, familiares e vizinhos, frequentemente ficam assustados e
confusos sobre o que fazer no caso de uma emergência psiquiátrica,
porque, normalmente, não sabem onde procurar ajuda ou a quem
procurar. O atendimento a estes casos, em condições ideais, exige equipe
treinada e bem formada, além de local com características específicas.
Infelizmente, estas condições nem sempre estão presentes nos serviços
gerais.
Continuidade do Tratamento
• Uma vez transferido para um hospital psiquiátrico, o paciente será
medicado e estabilizado da agudização do transtorno mental.
• O tratamento geralmente inclui medicações específicas, reuniões com
psiquiatra, reuniões multidisciplinares, psicoterapia em grupo e
individual, fisioterapia, terapias especiais e reuniões familiares.
TIPOS DE CONTENÇÃO
A contenção do paciente psiquiátrico normalmente acontece após um
surto, ou uma própria emergência.
É realizada de forma humanizada e segura, afim de proteger a
integridade física e mental do paciente e dos profissionais que estão
prestando socorro.
São tipos de contenção:
• Contenção Física (manual)
• Contenção Química (medicamento)
• Contenção Mecânica (faixas, camisa de força)
• Escolta.
CONTENÇÃO FÍSICA
• O uso da contenção física, embora ainda seja considerado um tabu por
muitos profissionais da saúde, pode ser feito de maneira humanizada,
respeitando a dignidade do paciente, ao mesmo tempo que facilita o
diagnóstico e o tratamento e previne que o paciente cause danos a si
mesmo ou à equipe médica.
• É importante lembrar que a contenção física tem indicações precisas e
jamais deve ser utilizada por conveniência ou como método de
punição. Ademais, deve ser desfeita tão logo seja possível, o que
costuma ocorrer após o manejo farmacológico adequado dos sintomas
de agitação e/ou agressividade.
CONTENÇÃO QUÍMICA
A contenção química é o uso de medicamentos com o propósito de aliviar ou
manejar sintomas ou comportamentos associados a condições subjacentes.
As principais indicações do manejo farmacológico são comportamento violento ou
agressivo, pânico ou ansiedade intensos e reações extrapiramidais, como distonia e
acatisia.
As três classes de medicações tradicionalmente utilizadas são:
• Antipsicóticos típicos (Clorpromazina, Levomepromazina, Haloperidol);
• Benzodiazepínicos (Diazepam, Clonazepam, Lorazepam, Midazolam);
• Antipsicóticos atípicos (Olanzapina, Ziprasidona, Risperidona, Aripiprazol).
CONTENÇÃO MECANICA
A Contenção Mecânica é usada para
pacientes que apresentam quadro de
inquietação e possível agitação
psicomotora.
ESCOLTA
Utilizado normalmente em pacientes extremamente agressivos ou que
são internados por ordem judicial.
Neste caso há um profissional de segurança para dar suporte ao
profissional de saúde.
DÚVIDAS?