Contentores e Navios Porta -

Contentores

Elaborado por: Ze Luis

Turma C20 (CV4)
INP - 2022
 1. Introdução

Dados os grandes volumes e espécies de carga

movimentados hoje em dia, o contentor, desempenha um
papel muito importante na logistica do seu manuseamento.

O contentor, facilita o processo de manuseamento de

carga e tem como consequência imediata a rapidez no
carregamento e na descarrega, gerando dessa forma, entre
outras vantagens, um melhor controlo da mercadoria,
redução de custos e menor possibilidade de danos.

2
 1.1. Objectivo Geral


Identificar os tipos de contentores e tipos de
navios porta contentores

Turma D20 - INP 3

 1.1.1. Objectivos especifico

 Descrever a origem histórica dos contentores e o seu

papel na logística
 Classificar os contentores ISO quanto a finalidade/uso e
dimensões
 Descrever o papel do contentor na logística actual
 Classificar os tipos de navios de transporte de
contentores (estrutura, e divisão interna).

Turma D20 - INP 4

2. Origem histórica dos contentores

5
 2.1. Conceito - contentor

O contentor deriva do verbo “conter” que vem do latim

“contineo, - ere”, remetendo à sua função principal – conter (e
transportar) mercadoria.

Devido à sua estrutura resistente é muitas vezes apelidado de

“caixa de aço”, sendo utilizado para o transporte de
mercadorias, certificando a sua inviolabilidade e rapidez,
sempre atendendo às condições técnicas e de segurança
normalizadas.

Turma D20 - INP

6
 2.1. Contentor. Cont.

Os contentores podem ser usados, em média, entre 10 a 15

anos, no entanto os seus tempos de vida dependem
essencialmente do seu uso e das condições a que são
sujeitos.

Todos os contentores utilizados para transporte

internacional possuem uma placa CSC (Container Safety
Convention), que possui informações de identificação e
características de resistência, que quando cumpridas
garantem altos níveis de segurança

Turma C20 - INP

7
2.1. Contentor - Placa CSC

Turma C20 - INP

8
 2.2. Histórico

 O contentor, surgiu quando os comerciantes encontravam sérios

problemas no armazenamento de mercadorias, em cada viagem
realizada contava com quebras, deterioração dos recipientes, ou até
mesmo a perda da mercadoria e isso tudo gerava prejuízo nas
transações, sem considerar as condições climáticas e o tempo que cada
viagem levava.

 Pensando em formas de agilizar os processos, nos anos 30, o Malcom

McLean, fundador da companhia Sea-Land, criou o contentor. Portanto,
teve a ideia de armazenar as suas mercadorias em grandes caixas de aço
que conseguissem manter a qualidade dos produtos até chegar no
destino final. 

Turma D20 - INP 9

 2.2. Histórico

Malcom McLean
(1913 - 2001)

Turma D20 - INP 10

 Classificação dos contentores ISO
3.

quanto a finalidade/ uso e dimensões

 O porquê de contentores I.S.O.?

Os contentores I.S.O. são contentores que estão de

acordo com as normas emitidas pela Organização
Internacional para a Normalização ou I.S.O.
(International Standard Organization).

Turma D20 - INP

11
 3.1. Quanto a finalidade/ uso

Cada carga tem requisitos específicos quanto ao tipo de

contentor a usar para o seu transporte. Os vários tipos de
contentores disponíveis são desenhados especialmente para a
mercadoria a transportar.

É responsabilidade do carregador assegurar que esses

requisitos são cumpridos, isto é que a sua mercadoria é
devidamente embalada e estivada no contentor apropriado e
em condições de segurança

Turma C20 - INP

12
3.1. Quanto a finalidade/ uso. Cont.

1. Dry-box 7. Graneleiro
2. Tanque 8. HQ – High
3. Flat Rack Cube
4. Open Top 9. Ventilado
5. Reefer 10. Insulados
6. Plataforma

Turma D20 - INP

13
 3.1.1. Dry

Para qualquer tipo de carga. Possui vários locais para peação de

carga tanto lateralmente quanto no piso e teto. Tipo
convencional, é o mais utilizado entre todos devido à sua
versatilidade para cargas secas, granéis e mesmo carga úmida
ou líquida, desde que devidamente embaladas.

14
 3.1.2. Contentor tanque

 Destinados a transportar líquidos, produtos tóxicos, inflamáveis e gases

voláteis de grande capacidade, à prova de corrosão e de vazamento e até
com controle de temperatura.

Turma D20 - INP

15
 3.1.3. Contentor “flat-rack”

 Projetados para contentorização ou unitização de cargas que seriam

transportadas avulsas: Cargas compridas ou de formas irregulares e,
principalmente, são um instrumento de redução de tempo para carga e
descarga destas peças. Os “flat-rack” viabilizam a utilização de navios
celulares para o transporte de cargas onde normalmente seriam
impraticáveis.

Turma D20 - INP

16
 3.1.4. Contentor “Open Top”

 Contentor com o teto aberto, destinado ao acondicionamento de cargas

irregulares ou que só possam ser carregados por cima. A proteção da
carga é feita por uma lona fixada ao topo do contentor.

Turma C20 - INP

17
 3.1.5.. Contentor “Reefer”

 Contentor revestido de aco inox ou aluminio, especializado

para transporte de cargas perecíveis, podendo ser ventilado
ou refrigerado (– 25ºC e + 25ºC).

Turma C20 - INP

18
 3.1.6. Contentor “Plataforma”

 Para cargas com excesso de pesos de dimensões, cargas

compridas, largas, altas, sem formas regulares ou com
problemas de acondicionamento.

Turma D20 - INP

19
 3.1.7. Contentor graneleiro

 Totalmente revestido e muito utilizado para o transporte de

commodities, especialmente grãos, como malta e sementes.

Turma D20 - INP

20
 3.1.8. Contentor HQ

Para qualquer tipo de carga. Possui vários locais para

peação de carga tanto lateralmente quanto no piso e teto.
Tipo convencional, é o mais utilizado entre todos devido à
sua versatilidade para cargas secas, granéis e mesmo carga
úmida ou líquida, desde que devidamente embaladas.

Turma C20 - INP 21

 3.1.9. Contentor ventilados

 Para cargas perecíveis que precisam de renovação do ar para

preservarem suas características. Os ventiladores criam uma
espécie de efeito chaminé, que aspira o ar fresco pela
ventilação inferior e expele o ar saturado pela superior,
preservando a qualidade da carga.

Turma C20 - INP 22

 3.1.10. Contentor Insulados

São altamente separados e resfriados por ar circulante gelado

no controle de temperaturas. São iguais aos refrigerados, a
diferença é que os insulados dependem de um clip-on para
funcionar (máquina de refrigeração que é acoplada ao
container insulado).
Chão de Alumínio;
Portas de Aço Reforçadas;
Revestimento de Aço Inoxidável;
Encaixe para Clip-on.

Turma C20 - INP 23

 3.2. Quanto a dimensoes

As dimensões de cada contentor do mesmo tipo podem

variar ligeiramente, dependendo de vários factores.

As primeiras normas internacionais foram emitidas em

1965 pela ISO (International Standards Organization).

Em 1979 a ANSI (American National Standards

Institute) alargou as normas incluindo as alturas de 9’ e 9
½

Turma C20 - INP

24
3.2.1. Quanto a dimensoes

Turma C20 - INP

25
3.2.2. Quanto a dimensoes

Turma C20 - INP

26
 3.3. Identificação de Contentor

Dada a velocidade nas operações, os contentores, por exigência dos usuários,

autoridades governamentais e da computação, possuem siglas e numerações
que os identificam com rapidez, através dos softwares. Por recomendação do
ISO:

 Código do proprietário: 4 letras, sendo a última letra

sempre a letra “U”.
 Número de série: 6 algarismos arábicos
 Código de dígito: 1número arábico
 Peso máximo e tara (quilograma e libra).

Turma D20 - INP

27
 3.4. Operadores da linha de Contentores

Existem cerca de 300 grupos que empregam cerca de 4.650

navios e que em Dez. 2001 representavam 6.3 milhões TEUs.
19 desses operadores estão envolvidos em linhas Leste-
Oeste (Transatlantico, Transpacifico, Asia-Europa).

O maior operador é a Maersk-Sealand que opera uma

capacidade de 725,000 TEU, representando 11.8% da
capacidade activa total em TEUS.
O próximo é a P&O Nedlloyd com 6.2% da capacidade total.

Turma D20 - INP

28
 4. Papel de Contentor na logistica

A logística está presente em todos os negócios, não

importa o tamanho, grande, media ou pequena empresa.

O objectivo da logística consiste em garantir o produto

certo, na quantidade adequada, no momento e no lugar
certo, de forma a maximizar a eficiência e a eficácia do
sistema de operações (Sobral e Peci, 2008).

Turma D20 - INP

29
 4. Papel de Contentor na logistica.
Cont.

Na logistica, o contentor desempenha um papel importante,

por ser um dos grandes responsáveis da globalização
económica.

O Contentor facilitou bastante o movimento de crescentes

volumes de mercadorias, a baixos custos e a grandes
distâncias, vencidas sobretudo pelo transporte marítimo.

O Contentor é cada vez mais utilizado para transporte de

cargas por proporcionar maior segurança, rapidez e
inviolabilidade.
Turma D20 - INP
30
 5.

Tipos de navios de transporte de

5.

contentores (estrutura e divisao interna)

Quem trabalha com logística de manuseamento de

contentor, direta ou indiretamente, precisa conhecer os
diferentes tipos de navios de transporte de contentores,
para saber qual é a ocasião ideal para contratar cada um.

Afinal, em quais situações deve-se contar com um navio

de carga? Para quais finalidades/uso e dimensoes ele é
mais adequado?

Turma C20 - INP

31
5.1. Tipos de navios

Turma C20 - INP

32
 5.

(5.1.1. Conceito)

Designados por navios porta-contentores.

São navios que transportam

as mercadorias dentro de
contentores, uma técnica que
se chama de contentorização
sendo também usado o termo
carga unitizada. Esses navios,
geralmente sao chamados de
navios celulares
Turma C20 - INP
33
 5.1.2. Navio porta - contentor

Primeiro navio para transporte de contentores:

 O primeiro navio porta-contentores foi o “Ideal X”,

que operou de 1956 ate 1965.
 Era um navio tanque convertido, cujo convés foi
reforçado para transportar 58 contentores.
 A ideia partiu de Malcom McLean, em 1960, que foi
comprada pela Maersk em 1999
Turma C20 - INP
34
 5.2. Estrutura Fisica dos navios
porta - contentores

Um navio porta-contentores é um navio concebido

especial e exclusivamente para o transporte de carga
contentorizada, logo a sua estrutura física é desenhada
de forma a facilitar a movimentação de contentores.

Turma D20 - INP

35
 5.2. Estrutura Fisica. Cont.

A capacidade de um navio pode ser mencionada de 2

formas:
Peso (valor máximo de TEU)
Unidades (número máximo de contentores).

Por norma, o navio pode atingir a sua capacidade (peso)

antes de atingir a sua capacidade em TEUs (unidade –
QTY de contentores), sendo assim o navio é raramente
carregado com o seu peso máximo.

Turma C20 - INP

36
 5.2.1. TEU e FEU

 A unidade de medida utilizada para dimensionar

contentores é o TEU (twenty-feet equivalent unit), sendo
que 1 TEU corresponde a 20 pés, podendo esta medida ser
representada na forma de 20’.
 Existem vários tipos de contentores devido aos requisitos
das diferentes cargas que podem transportar. Os mais
comuns, designados padrão, são os contentores de 20’ e 40’
de comprimento, isto é, 1 e 2 TEU respetivamente.
 2 TEU equivale a 1 FEU (fourty-feet equivalent unit).

Turma C20 - INP

37
 5.2.2. Maior porta - contentor

HMM Algeciras

Fabricado pela Daewoo Shipbuilding na coreano do sul, em

2020
Mede 400 metros de comprimento por 61 metros de largura e
pesa 228 mil toneladas
Capacidade de carga de 231.964 contentores
Velocidade de 22 nós (motor com 82 mil cavalos) e tanque
de combustível com 12 milhões de litros de capacidade.

Turma C20 - INP

38
5.2.3. Tipos de navios porta -
contentores

Turma C20 - INP

39
 5.2.3.1. Feeder

São navios menores, de primeira e segunda geração,

possuindo, portanto, no máximo, 215 metros de
comprimento, 25 metros de largura e calado de 11 metros,
podendo chegar a 2.000 TEU’s de capacidade

Outras
Caracteristicas:
Proa protegido

S/ gruas ou c/
gruas montadas à
borda 40
 5.2.3.2. Feedermax

Este navio ee do segmento dos navios Feeder e Handy. O

Feedermax, Feeder e Handy, navegam maioritariamente nos
tráfegos short sea e sao vulgarmente conhecidos como
navios alimentares ou de cabotagem.
A diferenca com o Feeder e Handy ee que este tem maior
capacidade do que Feeder.

Turma C20 - INP

41
 5.2.3.3. Handy
Handysize:
10.000<DWT<30.000
L=150m B=23 H=8

Handymax:
15.000 < DWT < 50.000
L=170m B=20m H=9m

Turma D20 - INP

42
5.2.3.4. Navios Panamax

Turma D20 - INP

43
 5.2.3.4. Navios Panamax. Cont.

Os navios Panamax subdividem nas seguintes classes:

Sub Panamax
Panamax
Post-Panamax

Os dois primeiros possuem até 32 metros de largura, o que

os possibilita atravessarem do Pacífico para o Atlântico ou
vice-versa pelo Canal do Panamá.

Turma D20 - INP

44
 5.2.3.5. Navios Post-Panamax

Os navios Post-Panamax são de capacidade de carga

superior, com largura acima de 32 metros.

Esses navios não atravessam o Canal do Panamá e só

realizam as rotas do Atlântico ou Pacífico. São os navios
que realizam as operações dos grandes portos
concentradores de carga (Campos, 2004).

Turma C20 - INP

45
 5.3. Divisão Interna dos navios

O espaço do navio onde são alocados os contentores é

dividido em secções longitudinais, designadas por bays

Por sua vez, cada bay está dividida em secções

transversais e verticais, designadas pilhas e filas
respetivamente

Os contentores podem ser alocados a slots, posições

referenciadas por 3 índices: bay, pilha e fila. Considerando
apenas os contentores mais comuns, sabe-se que em cada
slot podem ser alocados 2 contentores de 20’ de
comprimento ou 1 contentor de 40’ de comprimento.
Turma C20 - INP
46
5.3.1. Divisão interna dos Poroes

47
5.3.2. Peacao dos contentores

48
 6. Referências Bibliografica

 http://www.transcinco.com/pt/go/contentores--tipos-e-dimensoes
 Matos (2016). Otimização da Estiva de Navios Porta-Contentores: Um
Caso de Estudo do Porto da Figueira da Foz. Dissertacao apresentada
a Universidade de Aveiro Departamento de Matemática, como requisito
à obtenção do grau de Mestre em Matemática e Aplicações
 https://exlcomex.com/tipos-de-container
 http://www.multicargo.pt/blog/transporte-maritimo-qual-tipo-contentor-
melhor-se-adapta-as-suas-necessidades
 https://www.conexos.com.br/quais-sao-os-tipos-de-containers/

Turma D20 - INP

49
Marion (2009):
Um agente de navios e
de carga, sem
conhecimentos solidos
sobre sua area de
actuacao, é como um
barco, em alto-mar, sem
bussola,totalmente a
deriva (p.28).

Turma D20 - INP

50