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A influencia da

Missão Artística
Francesa na
arte brasileira
O início do XIX é marcado pela chegada da família real
portuguesa que fugia do conflito entre França Napoleônica e
Inglaterra.1’

Dom João VI e mais uma comitiva de 15 mil


pessoas desembarcaram na Bahia em janeiro de 1808. Em
março do mesmo ano transferiram-se par o Rio de
Janeiro.
Foi realizado uma série de reformas administrativas,
socioeconômicas e culturais, para adaptá-la às necessidades dos
nobres que chegaram.

Sábio trabalhando no seu gabinete no Rio de


Janeiro. Aquarela. 1827. Debret.

Foram criadas as primeiras fábricas e fundadas


instituições como Banco do Brasil, a Biblioteca Real, o Museu
Real e a Imprensa Régia.
Nessa época o Brasil recebe forte influência da cultura
europeia que começa a assimilar e a imitá-la.

O Sapateiro – Debret

Essa tendência europeizante da cultura, se afirma ainda


mais com a chegada da Missão Artística Francesa, oito anos
depois da vinda da família real.
A Missão Artística Francesa chegou ao Brasil em 1816,
organizando a Escola Real das Ciências Artes e Ofícios.

Obra de Grandjean, mas que resiste apenas


em parte, é a fachada da Academia de
Belas Artes, atualmente localizada no
interior do Jardim Botânico (Rua Jardim
Botânico, 1008). Quando a Missão Francesa
veio ao Brasil, pretendia-se implantar o
ensino regular de artes na colônia –
pintura, escultura, arquitetura e ofícios –
para superar o tradicional trabalho colonial
barroco português.

Esta instituição teve seu nome alterado muitas vezes,


até ser transformada, em 1826, na Academia Imperial de
Belas-Artes.
Debret (1768-1848) É certamente o mais conhecido artista
da Missão Artística Francesa.

Auto-retrato de Jean Baptiste Debret

Redenção de Cam. óleo sobre tela. Debret.


(discussão da identidade nacional)

Suas obras que documentam a vida no Brasil durante o


século XIX, são até hoje muito reproduzidos em trabalhos
escolares.
Sagração de D. Pedro I. Aquarela. Debret.

"O Jantar" de Debret


No campo da arquitetura a Missão Francesa desenvolveu o
estilo Neoclássico, abandonando os princípios do Barroco.

Pórtico de entrada do prédio


da Academia Imperial de Belas
Artes.

O arquiteto responsável por essa


alteração na arte de
construir foi Grandjean de Montigny
OS PRIMEIROS ESTUDANTES DA
ACADEMIA
A academia Imperial de Belas Arte abriu seus cursos em novembro de
1826.

Coroação de D. Pedro II, de Manuel de Araújo Porto Alegre. Óleo sobre tela

•Manuel Araújo Porta Alegre, um gaucho, foi um dos primeiros alunos.


•Já em 1827 começou a frequentar as aulas de pintura e arquitetura.
•A partir daí desenvolveu seus inúmeros talentos no desenho, na pintura –
sobretudo como paisagista e na caricatura.
•Foi professor de desenho e pintura, crítico de arte, poeta, escritor e teatrólogo.
•Quase trinta anos depois tornou-se diretor desta instituição e grande incentivador.
A caricatura é principalmente uma forma de desenho que acentua ou
revela, de modo exagerado, certas características de uma pessoa ou situação.

O caricaturista desenhou um homem muito magro que faz uma pequena


refeição e que reproduz a posição e a aparência de um grilo pousado em uma
árvore.
August Müller (1815-1883) Nasceu na Alemanha e veio
para o Brasil
ainda criança.

O moinho de faca.1890, de August Muller

Baronesa de Vassouras. Óleo sobre


tela de August Müller.

Moisés salvo das águas, de Nicolas Antoine Taunay

Sua pintura apresenta temas históricos, retratos e paisagens.


ARTISTAS EUROPEUS INDEPENDENTE DA MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA

Chafariz do Largo do Moura, Rio de Janeiro, 1817


Thomas Ender (Áustria 1793-1875)

Obra de Rugendas.

Além da Missão Francesa outros artistas europeus vieram para o Brasil,


no século XIX, motivados pela paisagem luminosa dos trópicos e pela existência
de uma burguesia rica que desejava ser retratada.

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