O Andar No Espírito
O Andar No Espírito
O Andar No Espírito
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Texto - 5:16-25
• Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência
da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra
a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que,
porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito,
não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas e são:
prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades,
porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas,
bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das
quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não
herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do
Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas
paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também
no Espírito. 2
• A única maneira de vivermos em plena liberdade é andando no Espírito. Todo
crente que nasceu de novo recebeu o Espírito Santo dentro do seu espírito
humano.
• Nosso espírito foi então misturado ao Espírito de Deus de uma forma que não pode
mais ser separado.
• Aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele (I Cor. 6:17).
• Eles tinham começado a vida cristã pelo Espírito, entretanto tinham sido desviados
do Espírito para a lei e consequentemente para a carne.
• Andar na lei nos leva a andar também na carne, o oposto tbm é verdade.
• Alguns dizem que porque estão na graça não precisa fazer, pelo contrário se estou
na graça agora posso fazer. Antes não podia, não era aceito.
• Não existem fórmulas na vida cristã. Tudo o que precisamos é andar no Espírito.
• Essa é uma lição básica crucial. Isso, porém, não é algo que aprendemos
facilmente.
• Muitas vezes durante o dia somos tentados a sair da esfera do Espírito, por isso
precisamos continuamente exercitar o nosso espírito humano a fim de andar no
Espírito Santo.
• A vida cristã é uma vida de permanecer no Espírito.
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• Em Colossenses Paulo nos ensina a maneira prática de
andarmos no Espírito.
• Ele diz: “Perseverai na oração, vigiando com ações de
graças” (Cl. 4:2).
• Em Efésios 6:18 ele reafirma essa verdade dizendo.
• “orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando
com toda perseverança e súplica”.
• Somente com uma atitude constante de oração
podemos andar no Espírito.
• É por isso que Paulo teve ousadia para dizer que se
andarmos no Espírito jamais satisfaremos aos desejos
da carne. 4
O conflito entre a carne e o espírito - 16 a 23
• Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne,
porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja
do vosso querer. Gl. 5:17
• Existem duas forças opostas lutando em ferrenha oposição dentro de
nós. Elas são chamadas de carne e Espírito.
• A carne se refere a aquilo que herdamos de nossos pais, a nossa condição
caída, os desejos da nossa natureza humana distorcida pelo pecado.
• Do outro lado temos o Espírito que é o próprio Espírito Santo.
• Depois que cremos no Senhor ele veio habitar em nós e nos fez ser
novas criaturas.
• A carne é o que trazemos pelo nascimento natural, e o Espírito o que
nos tornamos pelo novo nascimento.
• Quanto mais andarmos no Espírito, mais a carne ficará subjugada, mas
ela não desaparece. Se dermos ocasião ela se levantará novamente.
• Ambos são dois princípios de vida opostos. Vamos ver quais tipos de
comportamento expressam essas duas naturezas. 5
As obras da carne - 18 a 21
• Paulo diz no v.19 que as obras da carne são conhecidas, ou seja, são bem
óbvias.
• Ainda que a carne em si seja invisível, as suas obras são bem conhecidas.
• A lista delas não é exaustiva, pois ele termina falando a respeito de “coisas
semelhantes a estas”.
• Mas a lista abrange quatro áreas diferentes: sexo, religião relacionamentos
e alimentação.
• Primeiramente temos a área relacionada com o sexo: prostituição,
impureza, lascívia.
• A palavra prostituição é “porneia” e poderia ser traduzida como fornicação,
que se refere a relações sexuais entre pessoas que não são casadas.
• Mas ela também pode se referir a qualquer tipo de comportamento
sexual ilícito como adultério, homossexualidade, lesbianismo e relação
sexual com animais, etc.
• A palavra “impureza” poderia ser traduzida por “comportamento anormal”
e “lascívia” por “indecência”, e comportamento indecoroso.
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• Essas três palavras são suficientes para mostrar que todas as ofensas sexuais,
sejam elas públicas ou particulares, “naturais” ou “anormais”, entre pessoas
casadas ou solteiras, devem ser classificadas como obras da carne.
• O segundo grupo é o da religião, que inclui: idolatria e feitiçaria.
• A idolatria é a adoração de outros deuses ou de imagens, enquanto feitiçaria é o
contato com demônios ou entidades.
• Isso mostra que as obras da carne não atingem somente a nós mesmo e nosso
próximo, mas também agridem a Deus.
• O terceiro grupo é a área dos relacionamentos.
• Nessa parte são incluídas inimizades, porfias (contenta, brigas e disputa), ciúmes,
iras (acesso de raiva), discórdias (desunião), dissensões (divisões ferozes), facções
(falsas doutrinas) e invejas.
• O quarto grupo é o da alimentação. Que envolve bebedices e glutonaria que é
traduzido como “farras” na Bíblia na NTLH.
• Paulo diz que se um crente falha em andar no Espírito ele não herdará a
recompensa do reino.
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O fruto do Espírito - 22 e 23
• O que a carne faz é chamado de obras, mas o que o Espírito gera é
chamado de frutos, porque procede de vida.
• O fruto do Espírito é demonstrado na forma de nove itens, porém ele
possui outros itens como a humildade (Ef. 4:2 e Fp. 2:3), misericórdia (Fp.
2:1), piedade (II Pe. 1:6), justiça (Rm. 14:17 e Ef. 5:9), pureza (Mt. 5:8) e
muitas outras virtudes.
• Assim como a carne é tudo aquilo que herdamos de Adão, o fruto do
Espírito é tudo aquilo que temos em Cristo quando somos cheios dele.
• Essas virtudes descrevem o comportamento do filho de Deus.
• O primeiro grupo inclui amor, alegria e paz.
• É interessante que as obras da carne são muitas, mas o fruto do Espírito é
singular, indicando que todo fruto do Espírito é o amor.
• Paulo diz claramente: “Mas o fruto do Espírito é amor...” Isso mostra que
todos os frutos se derivam do amor.
• O segundo grupo temos longanimidade, benignidade e bondade.
Longanimidade é a paciência que exercemos para com aqueles que nos
irritam. 8
• Benignidade é uma atitude que assumimos de sempre procurar ver o melhor nas
pessoas e nas circunstâncias.
• E bondade é a disposição de sempre procurar o melhor para o outro.
• O terceiro grupo é fidelidade, mansidão e domínio próprio. A fidelidade mostra o
quanto o filho de Deus é confiável.
• A mansidão é a maior expressão da humildade (Mt. 11:29) e o domínio próprio é o
autocontrole.
• A Palavra de Deus não nos desafia a lutar contra a carne, mas ordena que
andemos no Espírito.
• Porque quando andamos no Espírito espontaneamente vencemos os desejos da
carne.
• Essas virtudes não são naturais, mas espirituais. Antes de nos convertermos todos
nós manifestávamos, em alguma medida, algumas dessas virtudes.
• Tínhamos um pouco de paz, alegria, bondade, etc.
• O grande problema é que precisávamos de exercer um grande esforço para
manifestar tais virtudes e eram apenas manifestações exteriores.
• Hoje, o Espírito é residente em nós e faz com que esses frutos se manifestem de
maneira espontânea em nós, basta inclinarmos para Ele.
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O caminho da vitória - 24 e 25
•E os que são de Cristo Jesus crucificaram a
carne, com as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos no Espírito, andemos também no
Espírito. Gl. 5:24-25
•Paulo diz que os que são de Cristo fazem duas
coisas: eles crucificaram a carne e eles andam
no Espírito.
•Essas são, portanto, as duas condições para
experimentarmos vitória em nossa vida cristã.
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1º) Devemos crucificar a carne
• O verbo crucificar no grego está no tempo aoristo (passado
indeterminado, aoristo = sem limite), indicando que isso é algo que nós
fizemos de uma vez por todas no momento da nossa conversão.
• No momento em que cremos em Cristo estamos nos identificando com a
sua morte.
• Dessa forma nós declaramos que a nossa velha natureza, o nosso velho
homem juntamente com os seus desejos pecaminosos foi crucificado
juntamente com Cristo.
• Isso acontece porque a nossa fé vem acompanhada de arrependimento do
nosso estilo de vida antigo.
• Uma vez que já crucificamos a carne devemos mortificá-la diariamente.
• Devemos a cada dia tomar a nossa cruz e rejeitar toda ocasião do pecado
em nossas vidas.
• O grande segredo da santidade está no grau do nosso arrependimento.
• Uma vez que eu sei que a carne já foi crucificada eu preciso me considerar
como morto.
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• É exatamente isso que Paulo diz em Gálatas 2:19-20.
• Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo
vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho
de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.
• Esse é simplesmente o padrão de Deus para a vida de todo crente. A vida
cristã é caracterizada por duas substituições:
• A primeira foi na Cruz quando Cristo morreu em meu lugar.
• A segunda deve ocorrer no meu dia-a-dia quando Cristo vive em meu lugar
conquistando por mim a vitória sobre o pecado e me levando a fazer a
vontade de Deus.
• O sangue de Jesus já eliminou todos os nossos pecados, mas Deus quer
algo mais, ele quer resolver a questão daquilo que somos (natureza).
• Todos nós éramos como um limoeiro que só produzia frutos azedos de
morte.
• Pelo sangue da cruz, o Filho de Deus eliminou todos aqueles frutos de
morte. 12
• Agora éramos um limoeiro limpo, mas ainda continuávamos com a mesma
natureza de limoeiro.
• O que ele fez então? Ele nos incluiu nele. Nós éramos limoeiro e ele
videira.
• Quando nós limoeiro, fomos enxertados nele, videira, um milagre
aconteceu, a nossa natureza foi mudada.
• O limoeiro enxertado no tronco da videira passou a receber a seiva de
vida e, em lugar de produzir limões azedos de morte passou a produzir
uvas, frutos de vida.
• O sangue pode tirar os meus pecados, mas não pode mudar a minha
natureza. É necessário a Cruz para me crucificar.
• O sangue trata com o pecado, mas a Cruz trata com o pecador. Todos nós
nascemos pecadores.
• A maneira como nos tornamos pecadores é pelo nascimento. Como
podemos então deixar de ser pecadores?
• O raciocínio é simples, desde que nos tornamos pecadores pelo
nascimento, a única maneira de sermos livres é pela morte.
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• Mas como podemos morrer? Devemos nos matar? É claro que não!
• Precisamos apenas reconhecer que já estamos mortos.
• Quando Cristo morreu fomos incluídos na sua morte. “Sabendo isso, que
foi crucificado com ele (Jesus) o meu Velho homem...” (Rm. 6:6).
• A lógica de Deus é muito simples: "Um morreu por todos, logo todos
morreram..." (II Cor 5:14).
• Existe uma grande verdade: "Cristo morreu por você!" Mas há outra
verdade igualmente grande: "Você morreu com Ele!"
• Ele morreu para que você pudesse morrer.
• Quando estas verdades são reveladas no espírito, então podemos
experimentar a realidade da plena libertação da escravidão do pecado.
• O fruto do Espírito não pode ser o resultado de um grande esforço
pessoal.
• Não é uma questão de nos violentarmos para tentar ser aquilo que não
somos.
• Não é uma questão de maquiagem ou de mudança exterior, mas é uma
questão de mudança íntima no coração. 14
• É verdade que o sangue nos purifica dos pecados, mas Deus quer
mais que pecadores perdoados.
• Deus quer filhos que se pareçam com ele e tragam dentro de si a
sua natureza, e assim, a manifestem ao mundo.
• Muitos buscam se parecer com filhos de Deus através dos esforços
da lei e da religião. Mas Ele planejou um milagre.
• E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas
antigas já passaram; eis que se fizeram novas (II Cor 5:17).
• Todas as vezes que o inimigo quiser fazer você pecar fique parado,
não faça coisa alguma, apenas volte-se para o Senhor que habita em
você e diga:
• “Senhor eu me entrego a ti agora, eu me rendo em tuas mãos. Eu
não posso vencer pelo meu esforço próprio, mas eu creio que tu já
venceste por mim e que agora vais manifestar contra o Diabo a tua
vitória”. 15
2º - Devemos andar no Espírito
• A segunda condição é andar no Espírito. Ele faz duas afirmações: devemos
ser guiados pelo Espírito (verso 18) e devemos andar no Espírito (verso 16
a 25).
• Lembre-se que a carne possui obras, mas virtudes do Espírito são frutos.
Não é difícil perceber a diferença entre obras e frutos.
• A obra depende do meu esforço, mas o fruto é algo que fluirá
espontaneamente enquanto estou vivendo no Espírito.
• Isso não significa contudo, que devemos ter uma submissão passiva ao
controle do Espírito.
• Não vivemos passivamente, pelo contrário, nós temos de “andar” de
maneira deliberada no caminho da verdade (sentir - dízimo e ofertas).
• O Espírito é o caminho e é também aquele que nos guia no caminho.
• O verbo usado para “andar” no verso 25 poderia ser traduzido literalmente
por “estar alinhado”.
• Isso significa que deliberadamente nós andamos de acordo com o
caminho que o Espírito estabelece para nós. É preciso exercer disciplina
para andarmos no Espírito. 16
• A disciplina se torna mais visível quando nos envolvemos na oração e na
meditação da Palavra de Deus, na comunhão com os irmãos na célula e nos
cultos da Igreja.
• Sempre que nos envolvemos nas coisas espirituais teremos necessidade de
disciplinar nossa vontade natural para se submeter à vontade do Espírito.
• Para toda necessidade nossa a provisão está no Espírito Santo, somente por meio
do Espírito Santo podemos ter comunhão com Deus.
• A vida do próprio Deus está em nosso espírito e é por isso que devemos andar
no espírito.
• A ordem é, ande no Espírito, mas muitos cristão sinceros pensam que o padrão
de Deus é primeiramente não satisfazer a carne para depois andar no Espírito.
• Mas nada poderia estar mais equivocado. Não temos de vencer a carne para
sermos espirituais, mas sim, sermos espirituais para vencermos a carne.
• Se andamos no Espírito não haverá lugar para provisão da carne. Se andamos na
dependência do Espírito, então naturalmente vencemos a carne, sem esforço. 17
A lei do Espírito
• Em Romanos 8 Paulo fala dessa mesma verdade de Gálatas usando uma
terminologia diferente.
• Ali ele diz que no mundo espiritual existem duas leis: a lei do Espírito da
vida e a lei do pecado e da morte.
• Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado
e da morte. Rm. 8:2
• Somente estando debaixo da lei do Espírito experimentamos na prática a
libertação da lei do pecado.
• Podemos ilustrar essas duas leis usando duas leis da natureza: a lei da
gravidade e a lei da propulsão aerodinâmica.
• Na natureza existe uma lei que abrange a todos, a lei da gravidade.
• Esta lei me prende ao chão e se eu pular de algum lugar esta lei me
empurra para baixo.
• A lei da gravidade é como a lei do pecado, sempre nos empurra para
baixo.
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• Existe, no entanto, uma outra lei maior do que a lei da gravidade, é a lei
da propulsão.
• Os aviões voam por causa da lei da propulsão. Quando um avião está
voando a lei da gravidade continua existindo, mas não pode atingi-lo,
porque ele está debaixo de uma lei superior.
• O avião é como o Espírito, se eu estou nele a lei do pecado não me atinge,
se porém eu sair de dentro do avião imediatamente a lei da gravidade entra
em ação e eu caio.
• Se eu deixo de andar no espírito imediatamente eu entro na esfera da lei
do pecado.
• O cristianismo não é difícil de ser vivido, mas precisamos entender que tudo
depende do Espírito operar em nós e não de esforçar-nos.
• Por outro lado é trabalhoso ser um cristão quando se vive com tanto
esforço. Você fica se esforçando para ser o que não é.
• É como tentar fazer a água correr para cima, o esforço não muda isso.
• Muitos irmãos tentam viver a vida cristã nesse nível tão difícil. Pensam que
a força de vontade deve ser a base de sua vida.
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• Tentam vencer a força de gravidade se segurando em algum galho lá em
cima, mas quando a força acaba o final é a queda em baixo.
• Tentar ser um cristão debaixo da lei da gravidade é algo muito penoso.
• Todo aquele que usa a força de vontade para ser um cristão pode ser um
entre dois tipos de pessoas.
• A primeira possibilidade é que ele nunca nasceu de novo, por isso ele
precisa se esforçar tanto.
• Muitos membros de igreja não são de fato nascidos de novo, mas fingem
que são.
• Eles cantam corinhos como os outros, falam alguns “Aleluias” e chegam
até a pregar o evangelho, ainda que com muita indisposição e relutância.
• Quando eles abrem a boca não percebemos coisa alguma. Não estou
falando de conhecimento, mas vida! Do evangelho prático de Jesus.
• Estão fingindo que são cristãos e por isso dependem de um grande
esforço próprio. 20
• A segunda possibilidade é que ele tenha de fato nascido de
novo e é filho de Deus.
• Porém ele ainda não creu na lei do Espírito para viver por
ela.
• Ele tem a vida de Deus, mas não vive por ela.
• Ele ainda não ouviu o evangelho da graça por completo e
por isso não conhece a completa provisão de Deus.
• Ele ainda vive caindo em pecado e se sente muito fraco.
• Por ser sincero sempre se esforça um pouco mais com o
objetivo de fazer a vontade de Deus e de vencer o pecado,
mas tudo é vão.
• Temos apenas de caminhar pela lei do Espírito que
naturalmente a vida se manifestará em nós de forma
vitoriosa.
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A operação prática da lei do Espírito
• Como a lei do Espírito opera de maneira prática?
• Vamos supor que haja um pecado em sua vida que constantemente o
assedia e parece derrotá-lo frequentemente.
• Vamos imaginar que você tem grande dificuldade com a ira e a impaciência.
• Você percebe que facilmente fica irado e perde a paciência.
• Nesses momentos você fala o que não deve, num tom áspero.
• Você sabe que isso é errado e, pelo fato de você ser um cristão sincero,
você então procura se controlar cada vez que se relaciona com outras
pessoas.
• Você procura usar sua força de vontade dizendo: “hoje eu vou me
controlar para não estourar com ninguém”.
• Você se refreia por uma ou duas horas sem qualquer espontaneidade, fica
angustiado clamando misericórdia a Deus e pedindo vitória o tempo todo.
• Todavia, continuar agindo assim é extremamente desgastante por isso
você acaba caindo novamente.
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• Por exemplo: Você sabe que é justamente em casa, com sua esposa, que
você mais fica irado, então no seu caminho de volta para casa você ora:
• “Senhor estou indo para casa e não tenho interesse em me esforçar
para ser coisa alguma, sei o tipo de pessoa que eu sou, mas também
creio que a lei do Espírito me libertou da lei do pecado e da ira. Eu creio
na palavra do Senhor!”
• Se você orar assim não precisa chegar em casa e ficar o tempo todo
clamando por misericórdia e declarando que está morto. Não!
• Você simplesmente se esquecerá de sua oração. Você sentirá um
completo descanso e espontaneidade.
• Sua esposa fala alguma coisa que poderia irritá-lo, mas você percebe que
não se esforçou nenhum pouco para ficar calmo.
• Porquê? Porque foi a operação da lei do Espírito que manifestou a
libertação na sua vida. Eu não tenho sangue de barata, pastor!
• Na verdade você que diz isso ainda não experimentou depender do E.S.
• Ser cristão deve ser algo espontâneo e não um constante esforço para
ser aquilo que não é. 23
• Qualquer pecado deve ser vencido desta maneira, não pelo esforço
da alma, mas pela operação do Espírito.
• Infelizmente existe muito fingimento e representação na vida dos
crentes e eles chamam isso de vitória.
• Muitos estão por ai apenas desempenhando um papel de cristão, a
vida deles tornou-se uma representação.
• No momento em que você tem revelação da lei do Espírito a primeira
coisa que você faz é renunciar a toda força da carne.
• Há muitos cristãos representando pensando que se representarem
bem serão bons cristãos.
• A representação é uma das coisas mais prejudiciais à vida cristã.
• Quando vivemos pela lei do Espírito nós nos tornamos espontâneos.
• Quando uma pessoa comete pecado ela não tem que se esforçar para
isso, é algo totalmente natural, não há necessidade de usar a força de
vontade. 24
• Da mesma forma deve acontecer com os frutos do Espírito, eles
devem nascer espontaneamente.
• A Palavra de Deus diz em João 15 que Jesus é a videira e nós somos
os ramos da videira.
• Como ramo da videira eu não tenho de fazer nenhum esforço no
sentido de possuir a natureza da videira.
• E nem tão pouco tenho de me esforçar para dar os frutos, pois se
estou na videira naturalmente as uvas irão nascer em mim que sou
ramo.
• Isto não é apenas uma bela ilustração é a mais pura realidade.
• Se os frutos do Espírito não se manifestarem espontaneamente
não adianta usar o recurso do esforço próprio.
• Vai ser algo falso e sem naturalidade. Qualquer um percebe quando
alguém está se esforçando para ser humilde.
• Se eu tenho que me esforçar para ser alguma coisa é porque eu
ainda não sou aquilo. Se eu sou, serei espontaneamente. 25
• Para manifestar o fruto do Espírito muitas vezes não há necessidade nem
mesmo de oração, mas apenas de fé.
• Eu devo crer firmemente que o Espírito da vida está em mim e, portanto
também está em mim a capacidade de amar, perdoar, ser bondoso,
pacífico, benigno e tudo o mais.
• Antes eu era escravo da lei do pecado e da morte e por isso eu pecava
espontaneamente, errava sem qualquer esforço para isso.
• Mas, em Cristo, a lei do Espírito da vida me libertou daquela lei do pecado e
eu agora posso fazer a vontade de Deus espontaneamente, sem qualquer
esforço também.
• É importante que lembremos que a lei do pecado não deixou de existir e,
na verdade ela se manifestará sempre que eu sair dos domínios da lei do
Espírito.
• Lembre-se da ilustração da lei da gravidade e da propulsão.
• Nunca devemos sair de dentro do “avião do Espírito” e desta forma não
serviremos a vontade da carne. 26