Teologia Do Novo Testamento Nova

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TEOLOGIA

DO
NOVO TESTAMENTO
TNT – Teologia do Novo Testamento é
o estudo de Deus e suas atividades no
meio de seu povo, baseado nos livros
sagrados do NT, reconhecidos pela
igreja.
O ENSINO DE JESUS DE ACORDO COM OS EVANGELHOS SINÓTICOS

 Não sabemos, com certeza, quantos anos se passaram


até que os primeiros discípulos começassem a
escrever sobre a vida de Cristo (provavelmente 10
anos)

 Eles estavam tão envolvidos na obra da igreja, que


não reservaram a princípio, um tempo para escrever

 Os principais eventos de sua vida e seus ensinos foram


preservados através da tradição oral
MOTIVOS QUE LEVARAM OS DISCÍPULOS A ESCREVER ESSAS
NARRATIVAS

 A gradualdispersão da comunidade cristã de


Jerusalém;

O acréscimo de novos membros para a comunidade


cristã;

O desaparecimento de algumas testemunhas


oculares.
O ENSINO POSTERIOR DOS JUDEUS E A DOUTRINA DE
JESUS
 Tanto os ensinos de Jesus como os dos judeus, tinham suas
raízes históricas no VT.

 Ambos, o escriba e Jesus, não largaram o VT, mas usaram de


forma diferente.

 Para o escriba – O VT era o repositório de regras externas e


distinções aceitas sem limitações.

 Para Jesus – Era a expressão provisional de grandes verdades


espirituais e leis que precisavam ser resgatadas das limitações nas
quais elas tinham sido colocadas e dá a sua verdade e validade
universal.
A IDÉIA JUDAICA DE DEUS
 A idéia da exaltação de Deus sobre o mundo foi levada tão
longe pelos judeus no tempo de Jesus, que para eles, ele
estava quase separado do mundo.

 Deus foi, principalmente, imaginado como juiz,


governador, e seu relacionamento com os homens foi
concebido de modo legal, mais do que de um modo vital.

 O desenvolvimento dessa idéia, exclui a verdade sobre a


graça de Deus, porque a idéia exata da graça de Deus é que
Ele trata os homens, melhor do que eles merecem.
...ESSA CONCEPÇÃO EXERCEU UMA FORTE
INFLUÊNCIA NA RELIGIÃO PRÁTICA
 Deus – distante.

 Seu querer – através da lei e cerimoniais do Pentateuco.

 Prática Religiosa – Estrita obediência a todos os requisitos do


sistema legal.

 Ênfases –
 Aparência da religião;
 Aspectos exteriores da lei;
 Única maneira de agradar a Deus e atrair o seu favor.
ELEMENTOS DE VERDADE

 A transcendência de Deus;

 Sua independência do mundo;

 Sua superioridade em relação ao mundo criado


A IDÉIA DE RELIGIÃO
 A Religião consistia numa série de cerimônias e observâncias,
muitas das quais, não tinham nada a ver com o estado do
coração e da vida.

 Retidão – Obediência aos mandamentos. No seu aspecto


exterior. Exemplo: Jovem rico (Mt. 19. 16 – 22)

 Jesus apresentou uma idéia muito diferente do modo como os


homens podem ser aceitos por Deus. Ele ensinou que confiança
e fé eram o que Deus queria. Esse ensino abre o caminho da
salvação para todas as pessoas fracas, pecadoras.
O ENSINO JUDAICO DO MESSIAS
 Idéia formada daquelas profecias que apresentavam o
Messias como príncipe ou Rei. Relacionavam com os
aspectos políticos.

 Messias – outro Davi que deveria restaurar a


monarquia judaica, com poder e glória, e subjugar as
nações hostis, e governar o mundo conquistado com
insuperável majestade.

 Jesus reivindicou ser o Messias, mas não fez nada que


os judeus esperavam.
O ENSINO JUDAICO DO MESSIAS
 Quando começou ensinar que deveria morrer, seus
contemporâneos ficaram escandalizados. Até mesmo os
discípulos tiveram dificuldades em aceitar essa idéia (Mt. 16:
22)

 A doutrina do sofrimento do Messias não era corrente no


judaísmo pré-cristão. As dores do Messias, no entendimento
dos judeus, não eram sofrimentos pessoais, mas calamidades que
viriam sobre Israel e sobre o mundo, antes e em conexão com a
vinda do Messias. (Is. 53)
JOÃO, O BATISTA
 Durante séculos, a voz viva da profecia mantivera-se
silenciosa. Deus não mais falara diretamente por meio de
uma voz humana a fim de declarar a sua vontade ao seu
povo, de interpretar a razão de ser da opressão dos gentios
sobre Israel, de condenar seus pecados, de clamar por um
arrependimento nacional, de assegurar o julgamento e
libertação quando o povo atendia à voz de Deus.
 Houve duas correntes de vida religiosa:
 A religião dos Escribas, os quais interpretavam a vontade de Deus
estritamente em termos de obediência à Lei, escrita e interpretada
pelos Escribas.
 Os apocalípticos, os quais em acréscimo à Lei, incorporaram suas
esperanças de uma salvação futura nos escritos apocalípticos.

 Alguns eruditos têm interpretado a comunidade de Qumran


como um movimento escatológico profético. No sentido real
da palavra, a comunidade de Qumran foi um movimento
legalista. Além do mais, acresce o fato de que não tinham
mensagem para Israel, mas retiraram-se por decisão espontânea
para o deserto, a fim de obedecer à Lei de Deus e aguardar a
vinda do Reino.
JOÃO, O BATISTA
 A situação de João, vista no seu conjunto, foi realizada
segundo os moldes da tradição profética. Ele anunciou que
Deus iria agir decisivamente na história para manifestar o seu
poder real.

 As notícias do surgimento de um novo profeta incitaram


multidões de pessoas para o rio Jordão, onde ele estava
pregando (Mc. 1: 5), a fim de ouvir sua mensagem e submeter-
se às suas exigências. Depois de muito tempo, Deus havia
suscitado um novo profeta para declarar a vontade divina ao
povo (Mt. 14:15, Mc. 11:32).
JOÃO, O BATISTA
 A crise iminente. A proclamação que João fez da iminente
atividade divina no Reino, envolveu dois aspectos. Um duplo
batismo deveria acontecer: com o Espírito e com fogo (Mt.
3:11 – Lc. 3:16). Marcos menciona apenas o Batismo com o
Espírito Santo (Mc. 1:8).

 Interpretações:
 João anunciou apenas um batismo de fogo.
 “A idéia de Batismo com Espírito Santo é vista como um acréscimo cristão à
luz da experiência do Pentecostes”.
 Batismo do PNEUMA.
 “Não se trata do Espírito Santo, mas, sim, do sopro flamejante do Messias que
destruirá seus inimigos”. Is. 11:4.
.
JOÃO, O BATISTA
 João anunciou um único Batismo que inclui dois elementos:
 A punição dos ímpios;
 A purificação dos justos.

 Batismo: Justos com Espírito Santo.


 “fogo refere-se ao caráter do Espírito Santo que atua para
purificar os justos”. Tem o efeito de: (1) limpar, purgar o bem; (2)
Destruir o mal.

 O significado do duplo batismo com Espírito e com fogo é descrito com


mais precisão através da seleção e moagem do grão de trigo; o trigo será
ajuntado em lugar próprio, mas a palha será queimada com fogo (Mt. 3:11 -
12; Lc. 3:17).
JOÃO, O BATISTA
 Outros há que encontram o fundo histórico do batismo de
João no batismo judaico dos prosélitos.

 Pontos semelhantes entre o Batismo de João e o de


Prosélitos (Atos 2. 11):
 Em ambos os ritos, o candidato era imerso ou imergia-se
completamente na água;
 Ambos os casos, os envolviam um elemento ético, pelo fato de a
pessoa batizada fazer um rompimento total com a sua maneira
primitiva de viver e dedicar-se a uma nova vida;
 Em ambos os casos, o rito era de iniciação, introduzindo a Pessoa
batizada em uma nova comunhão;
 Ambos os ritos, em contrastes às abluções judaicas comuns, eram
realizados de uma vez por todas.
JOÃO, O BATISTA

 Principais diferenças:
O batismo de João tinha um caráter escatológico;
 O batismo de prosélitos era administrado somente aos gentios; o
batismo de João era aplicado aos judeus.
 Qualquer que seja o fundamento histórico, João dá um novo
significado ao rito de imersão, por chamar o povo ao
arrependimento.
JOÃO, O BATISTA
 O significado do ministério de João é explicado por Jesus em
uma difícil passagem encontrada em Mt. 11:2 e 12, 13.

 O menor do Reino é maior do que João (Mt. 11:11).

 Concluímos que Jesus quis dizer que João é o maior dos


profetas. Com ele, a era da lei e dos profetas tinha chegado
ao fim. À partir de João, o Reino de Deus está operando no
mundo, e o menor desta era nova, desfruta e conhece
bênçãos maiores que as desfrutadas por João, porque
participa de uma nova comunhão pessoal com o Messias.
O REINO DE DEUS
 O Reino de Deus constituiu-se na mensagem central de
Jesus. (Mc. 1:14, 15).
 Jesus aguardava uma consumação escatológica iminente do
Reino, a qual envolveria a sua própria ressurreição e
parousia.

 O Reino de Deus é o domínio real de Deus, que tem dois


momentos:
 um cumprimento das promessas do VT na missão histórica de Jesus
 e uma consumação ao fim dos tempos, inaugurando a era vindoura.
O REINO DE DEUS NO JUDAÍSMO
 Se bem que a expressão “o Reino de Deus” não ocorra no VT,
a idéia verifica-se em toda a extensão da atividade profética.
Deus é, freqüentemente referido como Rei, tanto de Israel (Êx.
15:18; II Rs. 19:15)

 Em toda a extensão do judaísmo, a vinda do Reino de Deus foi


aguardada como sendo um ato de Deus, talvez utilizando agentes
humanos para derrotar os ímpios, inimigos de Israel, disperso
num todo vitorioso sobre os seus inimigos, em sua terra
prometida, unicamente sob o domínio de Deus: o Reino
Escatológico. É a vinda do Reino de Deus (Mt. 6:10) que o
assinalará o fim da era presente e inaugurará a Era
Vindoura. Herdar a vida eterna e a entrada no Reino de Deus
é sinônimo de entrar e pertencer à Era Vindoura.
O REINO DE DEUS NO JUDAÍSMO
 A Vinda do Reino de Deus significará a destruição total
e final do diabo e seus anjos (Mt. 25:41), a formação de
uma sociedade redimida, que não se mistura com o mal
(Mt. 13:36-43), comunhão perfeita com Deus no
banquete messiânico ( Lc. 13:28, 29). Neste sentido, o
Reino de Deus é sinônimo para uma Era Vindoura.
O REINO DE DEUS NO JUDAÍSMO
Cristo universalizou o conceito, o judaísmo, com sua
visão bem particularista, entendia o estabelecimento do
Reino como a Soberania de Israel sobre os seus
inimigos políticos e nacionais. Jesus afirmou que
Israel “o filho do reino” natural, será rejeitado no
Reino e seu lugar será tomado pelos outros (Mt.
8:12). O indivíduo precisa receber a presente
proclamação do Reino com uma atitude completamente
de dependência, como a de uma criança, para entrar e
pertencer ao Reino escatológico (Mc. 10:15).
O REINO DE DEUS NO JUDAÍSMO
 Jesus considerou seu ministério como um cumprimento
da promessa do VT na história, próxima da consumação
apocalíptica (Lc. 4:21; Mt. 11:2-6). Por toda a extensão
dos Evangelhos Sinópticos, a missão de Jesus é
repetidamente interpretada como o cumprimento das
promessas do Velho Testamento. Uma das afirmações
mais fortes encontra-se em Mateus 12:28.
O REINO DE DEUS NO JUDAÍSMO
 O poder real de Deus, atacando o domínio de Satanás e
libertando os homens do poder do mal, se fez presente (Mt.
12:29)

 Em outras palavras, o reino de Deus, nos ensinos de Jesus,


tem uma dupla manifestação: ao fim dos tempos, destruir a
Satanás; e na missão de Jesus, aprisionar a Satanás. Antes da
destruição final de Satanás, os homens podem ser libertados do
seu poder...

 A palavra aprisionamento é uma metáfora, e designa uma vitória


sobre Satanás, de tal forma, que o seu poder é freado. Cullmann
afirma que Satanás está realmente preso, com uma corda bem
longa. Satanás não está desprovido de poder, mas seu poder está
enfraquecido
O REINO DE DEUS NO JUDAÍSMO
 Os inimigos do Reino de Deus são considerados, não como
nações hostis e ímpias, como o foram no VT, mas, sim,
como poderes espirituais malignos

 A mensagem de Jesus é que, na sua própria pessoa e missão,


Deus invadiu a história humana e triunfou sobre o mal, muito
embora a libertação final venha ocorrer apenas na consumação
dos tempos.
O DEUS DO REINO
 “Basiléia Tou Theou” - A ênfase recai sobre a terceira palavra,
não na primeira; trata-se do Reino de Deus. Se o Reino
significa o domínio de Deus, então todo o aspecto do Reino
deve ser derivado do caráter e ação de Deus.

 No Judaísmo, o Reino de Deus também foi interpretado


como o governo soberano de Deus sobre todos. Ele nunca
cessou de ser Deus, cuja providência real subentende, em
última análise, toda a existência humana. Tanto o presente
como o futuro, revelam o Reino de Deus, pois o presente e o
futuro formam o cenário da atuação redentora de Deus.
O DEUS DO REINO
 O DEUS QUE BUSCA
 Em certo sentido, o Deus do judaísmo pós-exílio não era o mesmo
do Velho Testamento. O Deus dos profetas estava em constante
atividade na história, tanto para julgar como para salvar o seu povo;
o Deus do judaísmo pós-exílio havia se retirado do mundo perverso.
 Em Jesus, Deus tomara a iniciativa de procurar o pecador, a fim
de trazer os homens perdoados para a bênção de seu reino. Em
resumo, ele era o Deus que busca.
 Este mesmo fato estava incorporado na Missão de Jesus.
Quando ele foi criticado pelos fariseus por violar os seus
padrões de justiça e associar-se com os pecadores (Mc. 2:15-17).
A grande verdade a respeito de Jesus buscando o pecador é
afirmada com extensão nas três parábolas de Lucas 15.
O DEUS DO REINO
 O DEUS QUE CONVIDA
O Deus que busca também é o Deus que convida. Jesus descreveu
a salvação escatológica em termos de um banquete ou festa para
a qual muitos foram convidados (Mt. 22:1 e ss)
 Jesus conclamou os homens ao arrependimento, mas a intimação foi
também um convite.
 Deus está buscando os pecadores: ele os está convidando a entrar
no Reino e participar da bênção messiânica; ele está solicitando
deles uma resposta favorável à sua oferta graciosa.
O DEUS DO REINO
 O DEUS PATERNAL
 Deus busca pecadores, convidando-os a que se submetam ao seu
domínio, para que possa ser seu pai. Existe uma relação
inseparável entre o Reino de Deus e a Sua Paternidade. (Mt.
13:43)
 Deus busca os homens, não porque ele seja o seu Pai, mas porque,
assim fazendo, pode haver a possibilidade de tornar-se seu Pai.
 O significado de Deus como Pai foi investigado por Joachim
Jeremias. Jesus usou a palavra aramaica ABBA para dirigir-se a
Deus, e também ensinou os seus discípulos a fazerem o mesmo
(Rm. 8:15)
 Abba representa a nova relação de confiança e intimidade que Jesus
conferiu aos homens.
O DEUS DO REINO
 O DEUS QUE JULGA
 Enquanto Deus busca o pecador e oferece-lhe a dádiva do Reino,
permanece um Deus de justiça retributiva àqueles que rejeitam sua
oferta graciosa.
 Bultmann fala de Deus como alguém que se aproxima dos homens,
como “o que exige”. Quando confrontado pela pessoa de Jesus, o
indivíduo confronta-se com o juízo de Deus e precisa tomar uma
decisão. O resultado será ou a salvação do Reino ou o julgamento.
(Mt. 25:34, 41)
O REINO E A IGREJA
 Se a missão de Deus foi, como defendemos, a de
inaugurar uma era de cumprimento como evento
antecipado de uma consumação escatológica, e, se num
sentido real, o Reino de Deus, em sua Missão, invadiu a
História humana, ainda que de um modo inesperado,
segue-se que aqueles que recebem a proclamação do
Reino são considerados, não apenas o povo que iria
herdar o Reino escatológico, mas como o povo do
Reino já no tempo presente e, conseqüentemente, em
algum sentido da palavra, a Igreja.
O REINO E A IGREJA
 Jesus e Israel. No exame a que nos propomos, certos
fatos são cruciais. Em primeiro lugar, Jesus não veio
assumir o ministério com o propósito evidente de
anunciar um novo movimento, quer dentro, quer fora
de Israel. Ele veio como Judeu, para o povo judaico.
Durante toda sua vida viveu como um judeu. Sua
missão foi a de proclamar ao povo de Israel que Deus
estava agindo naqueles dias, a fim de cumprir as suas
promessas e conduzir Israel a seu verdadeiro destino.
O REINO E A IGREJA
 O Segundo fato, é que Israel como um todo, rejeitou
tanto a Jesus como a sua mensagem a respeito do
Reino. Se bem que as razões para a rejeição de Jesus por
parte dos judeus sejam complexas, J. M. Robinson acha
que o centro da controvérsia entre Jesus e as autoridades
judaicas encontra-se no seguinte: sua rejeição do Reino
proclamado por Jesus, e do arrependimento que tal
proclamação requeria.
O REINO E A IGREJA
 Um terceiro fato é de igual importância. Embora
Israel, como um todo, se recusasse a aceitar a oferta
do Reino feita por Jesus, um grupo substancial
respondeu pela fé. Ser discípulo de Jesus, não era a
mesma coisa que ser discípulo de um rabino judaico.
Os rabinos exigiam lealdade dos seus discípulos para
com a Torah, não para consigo mesmo; Jesus oferecia
tão somente a sua própria pessoa. Jesus exigiu que
seus discípulos se rendessem, sem reservas à sua
autoridade. Conseqüentemente, eles não se tornaram
apenas discípulos, mas também douloi (escravos)
O REINO E A IGREJA
 Conclui-se que, uma vez que Jesus proclamou a salvação
messiânica, que ofereceu a Israel a possibilidade de
arrependimento, esse destino foi realmente cumprido
naqueles que receberam sua mensagem. Os recipientes
da salvação messiânica tornaram-se o verdadeiro
Israel e os representantes da nação como um todo. Os
discípulos de Jesus são os recipientes da salvação
messiânica, o povo do reino, o verdadeiro Israel.
O REINO E A IGREJA
 Mateus 16:18,19. Neste texto, verifica-se consistentemente o
ensino de Jesus. A idéia de edificar um povo é uma idéia do
VT. Acresce o fato de que ekklesia é um termo bíblico que
designa Israel como o povo de Deus. Significado da Rocha, a
qual este povo deve estar fundado:

 Interpretações:
 A rocha é o próprio Cristo (Lutero).
 É a fé que Pedro exerceu em Cristo (Calvino).
 A rocha é Pedro, confessando a Jesus como o Cristo (Cullmann).
O REINO E A IGREJA
 Algumas considerações importantes sobre o Reino e a Igreja.

 Examinaremos agora a relação específica existente entre o


Reino e a Igreja. A Igreja é a comunidade do Reino, mas
nunca o próprio Reino. Os discípulos de Jesus pertencem ao
Reino, como o Reino lhes pertence; mas eles são o Reino.
 Reino: Reinado dinâmico ou domínio soberano de Deus, a esfera na
qual tal soberania é experimentada.
 Igreja: Comunidade do Reino, Sociedade composta por seres
humanos.
O REINO E A IGREJA
 Algumas considerações importantes sobre o Reino e a
Igreja.
 “A Igreja não é o Reino”
 O Novo Testamento não iguala os crentes com o Reino.
 
 “O reino cria a Igreja”
 A Igreja não é senão o resultado da vinda do Reino de Deus ao
mundo por intermédio da missão de Jesus Cristo.
 A parábola da rede que é lançada ao mar instrui quanto ao caráter da

Igreja e sua relação com o Reino. O Reino é comparado a uma ação


semelhante ao lançamento da rede ao mar. Em seu movimento, ela
apanha peixes bons e peixes ruins; e quando a rede é puxada para a
praia, os peixes devem ser escolhidos. A igreja é a rede de pescar.
O REINO E A IGREJA

Algumas considerações importantes sobre


o Reino e a Igreja.
“A Igreja dá testemunho do Reino”
a) A escolha dos doze
b) A missão dos Setenta

É missão da Igreja testemunhar do evangelho do

Reino no mundo. Israel já não é mais testemunha


do Reino; a Igreja assumiu seu lugar.
O REINO E A IGREJA
 Algumas considerações importantes sobre o Reino e
a Igreja.
“A Igreja é a agência do Reino”
 Os discípulos são agentes instrumentais do Reino. (Mt.
10:8; Lc. 10:17). Muito embora o poder que eles
demonstraram tenha sido um poder que lhes fora
outorgado por delegação, o mesmo poder do Reino
operou através da instrumentalidade deles, por meio de
Jesus.
 A verdade está implícita na declaração de que as portas

do Hades não prevaleceriam contra a Igreja (Mt.


16:18).
O REINO E A IGREJA
 Algumas considerações importantes sobre o Reino e
a Igreja.
 “A Igreja - A Guardadora do Reino”
 O conceito rabínico tinha Israel como o guardador do Reino.
CONCLUINDO

O Reino cria ou origina a Igreja, opera


através da Igreja e é proclamado no mundo
através da Igreja. Não pode haver Reino sem
que haja também uma Igreja – formada por
aqueles que reconhecem a soberania de Deus
– e não pode haver igreja sem que haja
também o Reino de Deus; mas eles devem
permanecer como dois conceitos distintos um do
outro: o domínio e governo de Deus e a
comunhão existente entre os homens.
A IGREJA PRIMITIVA
TERCEIRA PARTE (Ladd)
Atos dos Apóstolos
INTRODUÇÃO
 Lucas seleciona, das fontes de informação que lhe foram
disponíveis, na forma escrita e oral, aquilo que lhe pareceu
serem os eventos mais importantes, ao descrever a expansão
da Igreja, desde uma pequena comunidade judaica em
Jerusalém, até uma congregação gentílica na cidade que era a
capital do Império Romano.
 Nos primeiros sermões em Atos, Lucas parece ter sido capaz
de nos dar um quadro extraordinariamente precioso da
teologia em desenvolvimento, dos cristãos primitivos.
 Concluímos, então, que podemos usar os primeiros capítulos
de Atos como uma fonte confiável para a teologia da Igreja
em Jerusalém.
A RESSURREIÇÃO
 Os discípulos de Jesus se apegaram firmemente à esperança
do breve estabelecimento do Reino de Deus. (Esperança
Messiânica)

 Discutiam entre si sobre quem teria o status mais elevado no


Reino (Mt. 18: 1);
 A mãe de dois discípulos procurou influenciar Jesus para que
desse preferencia aos seus filhos no Reino (Mt. 20: 21);
 Após a celebração da páscoa continuam insistindo sobre reino
teocrático terreno (At. 1: 6);
 A frase da aclamação dada a Jesus ao entrar em Jerusalém (Mc.
11: 10)
A RESSURREIÇÃO
 A morte de Jesus abalou todas essas esperanças.
 Seus discípulos o abandonaram e fugiram (Mc. 14: 50);
 Alguns seguidores observaram a crucificação a distancia (Lc. 23:
49);
 Alguns voltaram a pescar...........
 Os discípulos não ousaram mostrar as suas faces, a menos que
estivessem dispostos a sofrer o destino de seu Mestre;
 É isto que Paulo quer dizer com as palavras:
 “Nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e
loucura para os gregos.” (I. Co. 1: 23)
A RESSURREIÇÃO
 Em poucos dias, no entanto, tudo isto mudou. Aqueles
galileus desiludidos começaram a proclamar uma nova
mensagem em Jerusalém.
 Afirmavam que Jesus era de fato o Messias (At. 2: 36);
 Afirmavam que sua morte tinha sido vontade e plano de Deus (At.
2: 23);
 Afirmavam que Aquele que os judeus tinham assassinado era o
autor da vida (At. 3: 15);
 Afirmavam que Ele era o cumprimento da promessa do Antigo
Testamento (At. 3: 21).
A RESSURREIÇÃO
 Qual foi a causa desta radical transformação, tanto na
conduta dos discípulos como em sua atitude para com Jesus?
 A resposta é: Jesus ressuscitou dentre os mortos.

 Se bem que o derramamento do Espírito Santo, no dia de


Pentecostes, seja descrito como o evento que deu nascimento
a Igreja como uma comunidade autoconsciente, a
transformação dos discípulos, em um grupo de pregadores
ousados de Jesus como o Messias e o agente da salvação, foi
causada pela ressurreição dele dentre os mortos.
A RESSURREIÇÃO
 De fato, a ressurreição é o centro da mensagem cristã
primitiva. O primeiro sermão que foi registrado constituiu de
uma proclamação do fato e do significado da ressurreição
(At. 2: 14 – 36)

 A função primária dos apóstolos era dar testemunho da


ressurreição de Jesus (At. 1: 22; 4: 33);

 Foi o testemunho persistente da ressurreição que causou a


primeira reação oficial da parte dos líderes religiosos contra a
nova seita (At. 4: 1- 2; 5: 27 – 28);
A RESSURREIÇÃO
 A ressurreição é um fato.
 “E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa
pregação, também é vã a vossa fé” (I Co. 15: 14)
 Se a ressurreição de Cristo não é realidade, então não temos
segurança que Deus é o Deus vivo, pois a morte é a palavra final.
A fé é inútil, porque o objeto dessa mesma fé não vindicou-se a si
próprio como o Senhor da vida.
 Nosso entendimento da ressurreição de Cristo é uma questão
muito mais ampla do que a própria ressurreição; envolve a
natureza da fé cristã como um todo, a natureza de Deus e de sua
obra redentora.
A RESSURREIÇÃO
 Há vários fatos que são confirmados pelos evangelhos:
 Primeiro: Jesus foi morto;
 Segundo: a esperança dos discípulos morrem junto
 Terceiro: o desânimo e frustração dos discípulos foram
abruptamente transformados em confiança e certeza. Algo
aconteceu...
 Quarto: o túmulo vazio (I Co. 15: 1 – 34)
 Quinto: a fé na ressurreição.
 Algo aconteceu para dar origem a fé na ressurreição de Jesus
demonstrada pelos discípulos.
 Não foi a fé dos discípulos que criou as histórias da ressurreição;
 Foi o evento da ressurreição que deu origem a fé; (eles haviam perdido a

fé...)
 O FATO CRIOU A FÉ.

 As aparições do Cristo ressurreto e a palavra de suas testemunhas foram os

elementos que em primeiro lugar deram origem a fé.


A RESSURREIÇÃO
 Quanto a natureza da ressurreição:
PAULO, O APÓSTOLO
IV PARTE (Ladd)
Teologia Paulina
INTRODUÇÃO
 Paulo era um homem de três mundos:
 Judaico;
 Criado em lar judeu, segundo os costumes estritos do Judaísmo (Fp. 3: 5 –
6; Rm. 9: 3, 11: 1)
 Grego – romano;
 Nascido na cidade grega de Tarso, mas sua família mudou-se para
Jerusalém. E, lá, recebeu sua educação na escola rabínica do famoso rabino
Gamaliel (At. 22: 3)
 Paulo era conhecedor da língua grega, e suas metáforas literárias refletem

mais a vida urbana do que um ambiente rural. Há deveras, elementos, no


pensamento de Paulo, que só podem ter vindo deste ambiente grego;
 No entanto, o uso, que faz, de termos gregos não implica na apropriação das

ideias religiosas da Grécia. Palavras como mistério (mysterion) e perfeito


(teleios) pertencem ao mundo das religiões de mistério; mas Paulo as usa de
modo distinto.
 Cristão.
INTRODUÇÃO
 Paulo como Judeu:
 A ascendência Judaica nasce das hipóteses teológicas de Paulo:
 Era um monoteísta inflexível (Gl. 3: 20);
 Rejeitava severamente o paganismo (Cl. 2: 8);

 Rejeitava a imoralidade (Rm. 1: 26);

 Rejeitava a idolatria (I Cor. 10: 14, 21);

 Mencionava o V.T. como a Sagrada Escritura (Rm. 1: 2);

 A Palavra de Deus divinamente inspirada (II Tm. 3: 16);

 Afirmou a Lei como espiritual, santa, justa e boa (Rm. 7: 12 – 14);

 Participava da esperança judia da vinda do Messias;

 Como um rabino judeu zeloso, estava entusiasmado em exterminar este

novo movimento religioso que exaltava a memória de Jesus de Nazaré;


INTRODUÇÃO
 Paulo, o cristão:
 Três fatos mais característicos em sua missão apostólica:
 Proclamou o Cristo (Messias), que havia antes sido perseguido por ele;
 Estava convicto de que era sua missão particular levar o evangelho aos gentios;
 Pregou a justificação pela fé em contraste e sem levar em consideração os labores da
lei.
 Essa inversão completa de opinião não ocorreu como uma transformação
gradual, mas quase que instantaneamente, na experiência do caminho de
Damasco.
 Experiência que foi relatada em três ocasiões em Atos (9: 1 – 9; 22: 6 – 16; 26: 12 –
18)
 A “conversão” não é a melhor palavra para descrever a experiência de Paulo. Ele foi
convertido de um entendimento de retidão para outro – de sua própria retidão de
obras para a retidão de Deus pela fé (Rm. 9: 30 ss). A aparição de Jesus provou que
a proclamação cristã estava correta.
 Foi esta certeza que trouxe a Paulo a convicção de que Cristo era o fim da lei, como
caminho da retidão (Rm. 10: 4). Assim toda a essência da teologia de Paulo – Jesus
como o Messias, o Evangelho para os gentios, a justificação pela fé contra os feitos
da lei – está contida em sua experiência no caminho de Damasco.
INTRODUÇÃO
 O centro da teologia paulina:
 Haverá algum conceito unificador, a partir do qual a teologia de Paulo
possa se desenvolver?
 As soluções para esse problema têm, geralmente, se centralizado tanto
na justificação pela fé como na experiência mística de se estar em
Cristo. No entanto, não é nem um, nem outro.
 O centro unificador é, pelo contrário, a obra redentora de Cristo como o centro
da história da redenção. O tema básico do Kerigma de todo o Novo Testamento
é que o cumprimento da redenção histórica, que começou com a vinda de
Cristo está chegando. A teologia de Paulo é a exposição dos novos fatos
redentores; a característica comum, em todas as suas ideias teológicas, é o seu
relacionamento com o ato histórico de Deus da salvação em Cristo. O
significado de Cristo é a inauguração de uma nova era de salvação. Na morte e
ressurreição de Cristo, as promessas da salvação messiânica do Velho
Testamento se cumpriram, mas dentro da era antiga. O novo veio do alicerce do
antigo; mas o novo também está destinado a transformar o antigo. Portanto, a
mensagem de Paulo é tanto de uma escatologia realizada como futurística.
AS FONTES DO PENSAMENTO DE PAULO
 As epístolas de Paulo não são nem tratados teológicos nem
produções literárias formais, e, sim, uma correspondência
“aliteraria”, viva, pessoal, escrita com um sentimento profundo
as congregações cristãs, que, em sua maioria, foram fundadas
pelo próprio Paulo.
 A Epístola aos Romanos é a única que não foi escrita para lidar
com uma necessidade local particular.

 TERMINAR DEPOIS...
O HOMEM SEM CRISTO.
O HOMEM SEM CRISTO
 Ele sempre foi interpretado contra o pano de fundo do dualismo
helenístico, que envolvia um dualismo cosmológico e bastante
associado a um dualismo antropológico.
 Dualismo cosmológico:
 Terreno
 Divino
 Dualismo antropológico:
 Corpo
 Alma
 Sua alma pertencia ao plano divino e seu corpo ao plano terreno;
 No pensamento gnóstico grego, este dualismo é aprofundado até o ponto
onde a matéria é considerada como o reino do mal. Assim, a redenção, tanto
em Platão como no pensamento gnóstico, consistia na fuga da alma do reino
da matéria e do corpo, para alçar voo ao mundo da realidade suprema;
 Os gregos não tinham ideia de um deus criador. Em Platão, o Demiurgo
“criou” o mundo, mas o fez apenas impondo uma forma a matéria já
existente.
O HOMEM SEM CRISTO
 A estrutura básica de seu pensamento não é um dualismo
cosmológico, mas escatológico. Paulo está ciente de se encontrar
em um intervalo entre as duas eras. Toda a obra da redenção
por parte de Deus caminha em direção a realização perfeita
do Reino de Deus no Século Vindouro e inclui toda a criação.
 A visão de Paulo, da criação é tipicamente hebraica, e não grega. Deus
é o criador de todas as coisas no mundo (Ef. 3: 9; Cl. 1: 16). Não há
lugar no pensamento de Paulo para um demiurgo grego;
 Paulo nunca encara a criação como má, porque ela é a matéria em
contraste com o espírito. Em si, a criação não tem um objetivo, mas
está sujeita a um gigantesco circulo de vaidade, que leva a morte (Rm.
8: 20).
O HOMEM SEM CRISTO
 O MUNDO. Nesta conexão, é instrutivo estudar a visão paulina
do mundo (kosmos). Kosmos é uma palavra grega que não tem
equivalente nem em hebraico nem em aramaico;

 O Velho Testamento, fala de “céu e terra” ou o “tudo” (Sl. 8: 6,


15; 44: 24). Contudo, o termo hebraico “olam”, que é
estritamente uma palavra temporal que significa “século”,
ganhou novas nuanças do contato de pensadores judeus com o
mundo helenístico.

 Este é o embasamento para o intercambio de “aion” e “cosmos”


em Paulo. Ef. 2: 2, combina as duas palavras, para falar do
“curso deste mundo.”
O HOMEM SEM CRISTO
 Paulo usa cosmos com uma variedade de significados:
 Primeiro, para designar o Universo – a totalidade de tudo o que existe (Rm.
1: 20; Ef. 1: 4; I Cor. 3: 22);
 Segundo, referindo-se a terra habitada, a moradia do homem, o cenário da
história (I Tm. 6: 7);
 Terceiro, refere-se a humanidade, a totalidade da sociedade humana que
habita a terra (I Cor. 4: 13);
 Quarto, quando a humanidade é encarada em relação a Deus, a palavra
cosmos adquire um sentido que está ausente nos versículos precedentes. A
humanidade, em comparação com Deus, é vista como decaída,
naufragada no pecado, e, portanto, como hostil e em rebelião contra
Deus (Ef. 2: 2; I Cor. 1: 20 ss). Encarado deste ponto de vista, o mundo
permanece sob o julgamento de Deus (I Cor. 11: 32) e está necessitado de
reconciliação (II Cor. 5: 19);
 Quinto, há um uso de cosmos que é mais amplo que o homem e que inclui
todo o complexo das relações humana terrestres, aonde a totalidade das
atividades humanas estão incluídas, como casamento, compra e venda, etc. (I
Cor. 7: 29 – 31; Gl. 6: 14)
O HOMEM SEM CRISTO
 PODERES ESPIRITUAIS. Um elemento importante no
pensamento de Paulo, sobre a natureza da era antiga, é a
convicção de que ele estava sobre o domínio dos poderes
sobrenaturais do mal. Paulo tinha em mente tanto bons como
maus espíritos.
 Os anjos são vistos como seres espirituais engajados no serviço de
Deus (Gl. 3: 19; I Cor. 4: 9);
 Menciona os demônios, anjos caídos em ligação com a idolatria (I
Cor. 8: 4 – 6; 10: 19 – 21);
 O arqui-inimigo de Deus, contudo, é um espírito mau, que as vezes é
chamado de Diabo (Ef. 4: 27), mas geralmente de Satanás (Ef. 2: 2).
Contudo a sentença de Satanás está assegurada; Deus o esmagará sob
os pés dos santos (Rm. 16: 20).
O HOMEM SEM CRISTO
 ADÃO. Paulo vê os homens fora de Cristo não apenas como
constituindo o mundo que está escravizado aos poderes
sobrenaturais do mal; ele os vê também como pecadores
responsáveis, quer sejam judeus ou gentios.

 A fonte do pecado origina-se em Adão. Esta bastante claro que


Paulo acreditava no “pecado original” no sentido em que o
pecado de Adão constituía todos os homens pecadores (I Cor.
15: 21). A raça inteira é uma com Adão, e seu pecado e morte é
o pecado e morte da raça inteira / solidariedade da raça (Rm. 5:
12).
O HOMEM SEM CRISTO
 REVELAÇÃO NATURAL. Visto que Adão trouxe o pecado e
a morte para os homens, eles são culpados porque são eles
mesmos pecadores. Os homens que não conheceram a revelação
da Lei serão tidos como responsáveis perante Deus, pois todos
os homens tem acesso a algum conhecimento de Deus. A
natureza invisível de Deus, isto é, seu poder e deidade eternos,
podem ser vistos no mundo criado (Rm. 1: 21)
O HOMEM SEM CRISTO
 CONSCIÊNCIA. Não apenas tem os homens a
responsabilidade de cultuar a Deus, tem também a
responsabilidade de fazer o bem, por causa da consciência. Deus
implantou, em todos os homens, um instinto que lhes dá o senso
do que é certo e o que é errado (Rm. 2: 14 – 15).
 Paulo não quer dizer que a consciência é um guia infalível, em
todas as questões, ou que a consciência é um guia igual a Lei.
Ele apenas quer dizer que todos os homens têm consciência, o
que lhes dá um senso de valores morais, e que os pagãos serão
responsabilizados diante de Deus por tal conhecimento.
O HOMEM SEM CRISTO
 PECADO. A natureza do pecado pode ser vista a partir de um
estudo de diversas palavras usadas por Paulo:
 A palavra mais profundamente teológica para pecado é asebeia, traduzida
como impiedade em Rm. 1: 18.
 O pecado mais fundamental dos gentios é a sua recusa em cultuar a Deus
como Deus; todo o mal (adikia) nasce da perversão do culto;
 O pecado também falta a marca (harmatia) da vontade de Deus. Esta é a
palavra que Paulo mais comumente usa para designar pecado;
 Outros termos para pecado:
 Parabasis – transgressão – quebra deliberada da lei ou moralidade (Rm. 2: 23)
 Anomia –iniquidade – desdém e violação da lei (Rm. 6: 19)
 Paraptoma – transgressão – indicando lapsos individuais (Rm. 4: 25)
 Parakoe – desobediência – (Rm. 5: 19)
 Tanto para os gentios como para os judeus, a raiz do pecado não se
encontra nos atos pecaminosos, mas numa vontade pervertida, rebelde.
Isto encontro apoio na visão de Paulo, do homem como “carne” – o
homem em oposição rebelde a Deus.
O HOMEM SEM CRISTO
 LEI. A naturez

 CONTINUAR DEPPIS
 PAGNA 379

 PODE SER QUE NÃO PRECISE...


A PESSOA DE CRISTO.
A PESSOA DE CRISTO
 CRISTO, O MESSIAS. A grande diferença entre Saulo, o
fariseu, e o apóstolo Paulo era sua avaliação da pessoa de Jesus.
Em Paulo, Christós tornou-se exclusivamente um nome próprio.
 A formula mais simplificada, “Jesus, o Messias”, desapareceu
completamente, enquanto “Jesus Cristo” e a expressão completa
“Nosso Senhor Jesus Cristo” são frequentemente usadas.
 Paulo fala pouco sobre o Reino de Deus como sobre o messiado
de Jesus, mas ambas são doutrinas fundamentais em seu
pensamento. Provavelmente, a razão deve ser no fato de que as
cartas de Paulo serem dirigidas à audiência dos gentios, em vez
de aos judeus.

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