O documento discute o conceito e procedimento de desapropriação no Brasil. A desapropriação ocorre quando o poder público transfere compulsoriamente a propriedade de um terceiro para si, mediante pagamento de indenização, por razões de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social. Existem duas fases no processo: declaratória e executória. A desapropriação pode ocorrer por diferentes motivos e modalidades.
O documento discute o conceito e procedimento de desapropriação no Brasil. A desapropriação ocorre quando o poder público transfere compulsoriamente a propriedade de um terceiro para si, mediante pagamento de indenização, por razões de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social. Existem duas fases no processo: declaratória e executória. A desapropriação pode ocorrer por diferentes motivos e modalidades.
O documento discute o conceito e procedimento de desapropriação no Brasil. A desapropriação ocorre quando o poder público transfere compulsoriamente a propriedade de um terceiro para si, mediante pagamento de indenização, por razões de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social. Existem duas fases no processo: declaratória e executória. A desapropriação pode ocorrer por diferentes motivos e modalidades.
O documento discute o conceito e procedimento de desapropriação no Brasil. A desapropriação ocorre quando o poder público transfere compulsoriamente a propriedade de um terceiro para si, mediante pagamento de indenização, por razões de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social. Existem duas fases no processo: declaratória e executória. A desapropriação pode ocorrer por diferentes motivos e modalidades.
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Dir.
Administrativo III
Desapropriação Prof. Celso Guimarães Carvalho Desapropriação
É o procedimento de direito público pelo qual o Poder Público
transfere para si propriedade de terceiro de forma compulsória, por razões de necessidade pública, utilidade pública ou de interesse social, mediante o pagamento de indenização prévia.
Art. 5º, XXIV, CF - a lei estabelecerá o procedimento para
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição.
A desapropriação é feita por meio de um procedimento
estruturado em duas fases: fase declaratória, em que se declara a existência da necessidade, utilidade pública ou interesse social; fase executória, compreendendo a estimativa, o pagamento da justa indenização e a transferência do bem. Desapropriação
A aquisição promovida pela desapropriação constitui forma
originária de aquisição de propriedade, porque não é derivada de nenhum ato de vontade do anterior proprietário.
Trata-se de instituto que deve ser utilizado em caráter
excepcional, apenas quando presente um dos seguintes pressupostos:
• Utilidade pública – quando a transferência do bem se afigura
conveniente para a Administração. • Necessidade pública – decorrente de situações de emergência, cuja solução exija a desapropriação do bem. • Interesse social – tem o objetivo de neutralizar de alguma forma as desigualdades sociais. Desapropriação - Objeto
Nos termos do art. 2º do Decreto-Lei nº 3365/41, todos os bens
poderão ser desapropriados pelos entes federativos. Ou seja: bens móveis ou imóveis; públicos ou privados; ações, cotas ou direitos relativos ao capital de pessoas jurídicas e outros que tenham valoração patrimonial.
A desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo só se tornará
necessária, quando de sua utilização resultar prejuizo patrimonial do proprietário do solo (art. 2º, §1º do DL 3365/41).
A Constituição Federal de 1988 em seu art. 185 estabelece a
vedação à desapropriação para fins de reforma agrária da propriedade produtiva, bem como pequenas e médias propriedades rurais, desde que seu proprietário não possua outra. Desapropriação - Objeto
Os bens públicos são passíveis de desapropriação, desde que haja
autorização legislativa, sendo que os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados (art. 2º, §2º). Ou seja, a possibilidade expropriatória pressupõe a direção vertical das entidades federativa. Justifica-se tal situação pelo fundamento da preponderância do interesse, no qual está no grau mais elevado o interesse nacional.
Prevalece o entendimento jurisprudencial da preponderância de
interesses, conforme o STJ “o Município não pode desapropriar bens de propriedade de empresa pública federal, sem a prévia autorização do Presidente da República, mesmo que não sejam utilizados diretamente na prestação de serviço público” (REsp 214.878). Desapropriação - Competência
A competência para legislar sobre o tema desapropriação está
prevista no art. 22, II, do texto constitucional, sendo privativa da União, o que não podemos confundir com a competência material para a realização da desapropriação.
A competência material para desapropriar é concorrente e
dependerá do campo de atuação de cada ente e do fundamento utilizado pelo Administrador. De forma geral, todos os entes políticos têm competência para desapropriar, além das pessoas jurídicas da Administração Indireta e dos demais que exercem função delegada em nome do Estado (art. 3o, Decreto--Lei n. 3.365/41). Desapropriação - Competência
A declaração da desapropriação (fase declaratória) é da
competência dos entes políticos e pode ser realizada por Decreto do Chefe do Poder Executivo, de qualquer ordem política. Exceção: DNIT, ANM e ANEEL.
Competência executória (fase executória) - Os concessionários
de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato (DL 3365/41, art. 3º). Desapropriação - Modalidades
Desapropriação comum – A desapropriação ordinária poderá ter
como fundamento uma das hipóteses elencadas no art. 5º XXIV da CF: necessidade pública, utilidade pública ou interesse social.
Nos casos ordinários a indenização deve ser prévia, justa e em
dinheiro. Dentro dos caso comuns a lei explicita algumas hipóteses tratadas em seguir. Desapropriação - Modalidades
Desapropriação por zona – A desapropriação poderá abranger a
área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em consequência da realização do serviço.
Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá
compreendê-las, mencionando-se quais as indispensáveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda (DL 3365/41, art. 4º).
Trata-se de medida importante para que o poder público realize a
captura da mais valia (valorização dos imóveis) resultante dos investimentos públicos realizados. Desapropriação - Modalidades
Desapropriação para urbanização ou reurbanização – ocorre
quando o Poder Público pretende criar ou alterar planos de urbanização, só sendo possível a implementação mediante a expropriação. (art. 5º, i, DL 3365/41; art. 44 Lei 6766/79)
Desapropriação por interesse social – art. 2º Lei 4132 -
Considera-se de interesse social: I - o aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado sem correspondência com as necessidades de habitação, trabalho e consumo dos centros de população a que deve ou possa suprir por seu destino econômico; II - a instalação ou a intensificação das culturas nas áreas em cuja exploração não se obedeça a plano de zoneamento agrícola; III - o estabelecimento e a manutenção de colônias ou cooperativas de povoamento e trabalho agrícola. Desapropriação Sancionatória
A desapropriação sancionatória também pode ser denominada
desapropriação extraordinária, em razão da forma de indenizar, e terá como fundamento a prática de uma ilegalidade, o que decorrerá de um interesse social cumulado com o descumprimento da função social da propriedade ou, ainda, de condutas ligadas ao tráfico ilícito de entorpecentes, conforme previsão do texto constitucional.
Desapropriação confisco – Art. 243. As propriedades rurais e
urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. Desapropriação Sancionatória
Função Social da Propriedade Rural – Competência exclusiva da
União (art. 184, CF): “Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.”
Função social da propriedade rural: (art. 9º e seguintes da Lei n.
8.629/93: a) aproveitamento racional e adequado; b) utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; c) observância das disposições que regulam as relações de trabalhos; d) exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Desapropriação Sancionatória
Função Social da Propriedade Urbana – Competência
Municipal (art. 182, §4º, III, CF) – Possibilidade de desapropriação sanção em títulos da dívida pública ao proprietário do solo urbano que não cumprir a função social da propriedade urbana estabelecida pelo Plano Diretor.
Pode o poder público municipal exigir de proprietário de imóvel
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que proceda o parcelamento, edificação ou utilização compulsório, sob pena de sucessivamente ocorrer o IPTU progressivo no tempo e, por fim, a desapropriação. OBRIGADO!