L Gica Proposicional 10 Ano 2
L Gica Proposicional 10 Ano 2
L Gica Proposicional 10 Ano 2
FILOSOFIA
LÓGICA PROPOSICIONAL
LÓGICA
INSTRUMENTOS LÓGICOS DO PENSAMENTO E DO
DISCURSO
O QUE É A LÓGICA?
A lógica procura responder ao seguinte problema: “O que se segue do quê?”, ou dito de outra forma: “O
que conta como boa razão para o quê, e porquê?” (Priest)
LÓGICA
Disciplina filosófica que estuda a distinção entre argumentos corretos (ou válidos) e
incorretos (ou inválidos), mediante a identificação das condições necessárias à operação
que conduz da verdade de certas crenças à verdade de outras.
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IDENTIFICA AS PROPOSIÇÕES,
DISTINGUINDO-AS DOS ENUNCIADOS.
• a) Valha-me Deus!
• b) Os unicórnios são animais de grande porte.
• c) Não me chateies!
• d) Há pessoas que são extraordinárias.
• e) Há pessoas irónicas.
• f) Os alunos do 10ºA não gostam das aulas de Filosofia.
• g) Os cientistas são exigentes.
• h) Alguns alunos da ESSA não são muito estudiosos.
• i) Há alunos que estudam no Agrupamento de Escolas Nº1 de Abrantes.
• j) Rafaela, cala-te.
• k) Já comeste fruta hoje?
• l) A turma 10º A foi alvo de uma participação disciplinar.
TIPOS DE PROPOSIÇÕES
Proposições Exemplos
que a constituem.
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Exercício
1) Classifica quanto à qualidade e à quantidade as seguintes proposições e atribui a letra correspondente:
a-) O elefante é um animal poderoso
b-) O tigre é indomesticável
c-) O sonho é humano
d-) Há poucas coisas que não gosto
e-) Há exercícios de aeróbica que testam a resistência cardio-vascular
f-) O domingo não é um dia chato
g-) Qualquer ser humano é capaz de um gesto feliz
h-) Não há mentiras que não possam ser perdoadas
ARGUMENTO
Conjunto de proposições
devidamente articuladas
Conclusão
Premissa(s)
(tese)
Indicador de
Nexo lógico
conclusão
Exemplo
Um argumento tem subjacente uma
Os rapazes são giros.
inferência ou raciocínio, uma operação
As cerejas fazem bem à saúde.
que efetua a transição lógica entre
Logo, as férias devem continuar.
proposições.
ARGUMENTO
Indicadores de premissa e de conclusão
Uma vez que é uma atividade física, o Proposição 1 – O desporto é atividade física.
desporto é saudável. Como se sabe, a Proposição 2 – O desporto é saudável.
atividade física é saudável. Proposição 3 – A atividade física é saudável.
Indicador de conclusão
ARGUMENTO
Indicadores de premissa e de conclusão
(continuação)
Indicador de conclusão
ARGUMENTO – A premissa escondida.
1. Atenta no seguinte argumento que nos é apresentado de uma forma
desorganizada.
1.2. Identifica as premissas do argumento. (Que razões são apresentadas para defender a
conclusão?)
1.3. Há alguma premissa implícita (escondida)? (Uma premissa que o autor não chegou
a formular, mas que está subentendida no argumento.)
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ARGUMENTO
Alguns indicadores de premissa Alguns indicadores de conclusão
Porque… Logo…
Pois… Então…
Admitindo que… Por conseguinte…
Pressupondo que… Portanto…
Considerando que… Por isso…
Partindo do princípio de que… Consequentemente…
Sabendo que… Segue-se que…
Dado que… Infere-se que…
Uma vez que… Conclui-se que…
Devido a… É por essa razão que…
Como… Daí que…
Ora… Assim…
Em virtude de… Isso prova que…
ARGUMENTOS DEDUTIVOS E
ARGUMENTOS INDUTIVOS
Argumento dedutivo: argumento em que se pretende que a(s) premissa(s)
garanta(m)/estabeleça(m) a conclusão. Neste tipo de argumentos, pretende-se alcançar uma
verdade particular a partir de premissas que estabeleçam uma verdade mais geral ou
abrangente. (Lógica formal).
Todos os homens são mortais. Analisa a validade dos
argumentos
Sócrates é homem.
dedutivos.
Logo, Sócrates é mortal.
Argumento indutivo: argumento em que se pretende que a(s) premissa(s) apoie(m)/suporte(m)
a conclusão. Neste tipo de argumentos, as premissas apresentam casos particulares que
apresentam um padrão, uma lei geral, que permite chegar a conclusões universalizáveis. (Lógica
informal)
Cada um dos cães que observei até hoje ladrava. Analisa
Logo, todos os cães ladram. essencialmente a
validade dos
argumentos não
dedutivos.
VALIDADE E VERDADE
PROPOSIÇÕES
VERDADE FALSIDADE
VALIDADE INVALIDADE
ARGUMENTOS
VALIDADE
VALIDADE A validade traduz uma certa relação entre os valores de
verdade das premissas e o valor de verdade da conclusão.
NÃO
DEDUTIVA
DEDUTIVA
VALIDADE E VERDADE – ARGUMENTOS DEDUTIVOS
ARGUMENTOS
DEDUTIVOS
Se as premissas
forem verdadeiras e
Num argumento dedutivo válido é logicamente impossível que
a conclusão falsa,
as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. então o argumento
é inválido.
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Quadrado Lógico da Oposição
Este quadro mostra de forma simples as várias oposições que se podem estabelecer entre as proposições.
Proposições contrárias ( A - E): São proposições universais que diferem só pela qualidade.
Ex. : Todos os homens são racionais (A) e Nenhum homem é racional (E).
Proposições subcontrárias ( I - O): São proposições particulares que diferem só pela qualidade.
Ex. Alguns homens são racionais (I) e Alguns homens não são racionais (O).
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Quadrado Lógico da Oposição - regras
Regra das Contrárias - Duas proposições contrárias não podem ser ambas verdadeiras.
Regra das Contraditórias - Duas proposições contraditórias não podem ser nem verdadeiras
nem falsas ao mesmo tempo.
Regra da Subcontrárias - Duas proposições subcontrárias não podem ser ambas falsas.
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Exercícios – Quadrado Lógico da Oposição
1. Se a proposição “Todos os biólogos são cientistas” for verdadeira, qual é o valor de verdade
da proposição “Alguns biólogos são cientistas”?
1.1. Identifica a relação de oposição entre as duas proposições.
3. Sendo a proposição “Ninguém tira férias em agosto” falsa, podemos inferir a verdade da sua
contrária? Justifica.
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Exercícios 2 – Quadrado Lógico da
Oposição
1. Se a proposição “Todos os filósofos são japoneses” for a verdadeira, qual é o valor de
verdade de “Alguns filósofos são japoneses”?
3. Duas proposições com a forma “Algum A é B” e “Algum A não é B” podem ser ambas falsas
na mesma circunstância? Porquê?
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LÓGICA
PROPOSICIONAL
Proposições Complexas (conectores)
PROPOSIÇÃO
Exemplos Exemplos
As casas são brancas. As casas são amarelas. As casas são brancas ou as casas são amarelas.
Gertrudes é arquiteta. Paulo é engenheiro. Gertrudes é arquiteta e Paulo é engenheiro.
Deus existe. O mundo foi criado por Deus. Se Deus existe, então o mundo foi criado por ele.
Eu sou jogador de futebol. Eu não sou jogador de futebol.
CONECTIVAS/OPERADORES VEROFUNCIONAIS
Dicionário
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Formalização em Lógica Proposicional
(indicadores)
Indicadores de condicionalização ou implicação Indicadores de bicondicionalização ou equivalência
P→Q P↔Q
Se P, então Q P se e só se Q
Se P, Q P se e somente se Q
P implica Q P no caso e apenas no caso de Q
Uma vez que P, Q P quando e só quando Q
Dado P, Q P na condição e apenas na condição de Q
Sempre que P, Q P equivale a Q
Quando P, acontece Q
No caso (na condição) de P, Q
Q se P
Q, desde que P
Q só se P
Q, somente desde que P
P, a não ser que Q
A não ser que Q, P
P, a menos que Q
P, salvo se Q
P, exceto se Q
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Exercícios
(Formalizar proposições com uma conectiva)
2. A vida tem sentido, se Deus existir. (Se Deus existe, então a vida tem sentido)
P: Deus existe Q: a vida tem sentido P → Q (condicional)
(P Q) → R (certo)
Se Deus existir e a vida não for P: Deus existe.
absurda, então o ser humano Q: A vida é absurda.
P ( Q → R) (errado)
é feliz. R: O ser humano é feliz.
Âmbito dos operadores/conectivas
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REGRAS PARA A CONSTRUÇÃO DE “fbfs”
(fórmulas bem formadas)
RF1) f - S: Toda a letra proposicional é uma fbf (simples).
RF2) f - ¬: Para qualquer sequência P de símbolos, se P é uma fbf, o resultado de prefixar ¬ a P é uma fbf
(composta).
RF3) f - ∧: Para quaisquer sequências P e Q de símbolos, se P e Q são fbfs, o resultado de escrever (, seguido
por P, seguido por ∧, seguido por Q, seguido por ), é uma fbf (composta).
RF4) f - ∨: Para quaisquer sequências P e Q de símbolos, se P e Q são fbfs, o resultado de escrever (, seguido
por P, seguido por ∨, seguido por Q, seguido por ), é uma fbf (composta).
RF5) f - →: Para quaisquer sequências P e Q de símbolos, se P e Q são fbfs, o resultado de escrever (, seguido
por P, seguido por →, seguido por Q, seguido por ), é uma fbf (composta).
RF6) f - ↔: Para quaisquer sequências P e Q de símbolos, se P e Q são fbfs, o resultado de escrever (, seguido
por P, seguido por ↔, seguido por Q, seguido por ), é uma fbf (composta).
RF7) f !: Nada é uma fbf a não ser que o seja pelas regras anteriores.
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EXERCÍCIOS (fórmulas bem formadas)
1. Quais das seguintes sequências são fbfs?
a) p l) (¬q → r)
b) (q m) ¬(p ∧ q) ∨ ¬(r → s)
c) (r) n) (¬(p ∧ p) ∧ (q → (r ∨ ¬r)))
d) ¬(s) o) (p ∧ q ∨ r)
e) ¬(¬p) p) (p ↔ ¬(q ↔ r))
f) (p → q) q) ((¬p ∧ q) → r)
g) (q → s( r) (p ↔ ((p ↔ q)))
h) (s → (q → s)) s) (p → ¬q ∧ r)
i) ((r → t) → u) t) (¬(¬p ∧ ¬q))
j) ((p ∧ q) ∨ (r → (s ↔ t))) u) (¬s → (¬t ↔ (u ∧ (r ∨ r)))
k) ¬(p → r)
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EXERCÍCIOS (correção)
1. Quais das seguintes sequências são fbfs?
a) p l) (¬q → r)
b) (q m) ¬(p ∧ q) ∨ ¬(r → s)
c) (r) n) (¬(p ∧ p) ∧ (q → (r ∨ ¬r)))
d) ¬(s) o) (p ∧ q ∨ r)
e) ¬(¬p) p) (p ↔ ¬(q ↔ r))
f) (p → q) q) ((¬p ∧ q) → r)
g) (q → s( r) (p ↔ ((p ↔ q)))
h) (s → (q → s)) s) (p → ¬q ∧ r)
i) ((r → t) → u) t) (¬(¬p ∧ ¬q))
j) ((p ∧ q) ∨ (r → (s ↔ t))) u) (¬s → (¬t ↔ (u ∧ (r ∨ r)))
k) ¬(p → r)
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9.Exercícios: Formalizar proposições complexas com duas ou
mais conectivas
a) P ˅ Q
P:O carro é veloz.
Q:O condutor é inexperiente.
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2) Traduz a seguinte fórmula para linguagem natural,
tendo em conta o respetivo dicionário:
b) R ↔ (¬ Q ˄ ¬ P)
P:Está a fazer vento.
Q:Está a chover.
R: A susana vai à praia.
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3) Traduz a seguinte fórmula para linguagem natural,
tendo em conta o respetivo dicionário:
(P ∨ Q) → ¬ R
P: A baleia é um cetáceo.
Q: A baleia é um cefalópode.
R: A baleia é um peixe.
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4) Traduz a seguinte fórmula para linguagem natural,
tendo em conta o respetivo dicionário:
¬P∧¬Q
P: O polvo é peixe.
Q: O polvo é carne.
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Conectores ou operadores verofuncionais
Formas proposicionais e operadores verofuncionais
Proposições
Disjunção
simples
Negação Conjunção Condicional Bicondicional
inclusiva exclusiva
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Tabelas de verdade e avaliação de
proposições
O modo como cada operador verofuncional
determina o valor de verdade das proposições em
que ocorre é representado numa tabela de verdade, Valores de
ou seja, num diagrama que mostra todos os valores verdade
de verdade possíveis para uma determinada fórmula possíveis das
proposicional. proposições
simples
Há um padrão relativamente fixo para elaborar
tabelas de verdade. Se seguirmos esse padrão, elas
serão de fácil leitura; se não o seguirmos, serão
caóticas. Ao construirmos uma tabela de verdade,
para que todas as combinações possíveis Valores de verdade resultantes das
(circunstâncias ou casos) sejam tidas em operações efetuadas com os
consideração, importa saber: operadores verofuncionais.
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Tabelas de verdade e avaliação de
proposições
→ Se a fórmula for constituída por uma única proposição simples,
teremos duas combinações possíveis (2¹, isto é, dois valores de verdade
– V e F – e uma proposição).
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Tabelas de verdade e avaliação de
proposições
→ Quando a fórmula incluir três proposições simples,
teremos oito combinações possíveis (2³).
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Tabelas de verdade e avaliação de
proposições
Tautologia
Chamam-se tautológicas as fórmulas em que a proposição composta é verdadeira para todas e cada uma
das circunstâncias possíveis, independentemente do valor de verdade atribuído às frases atómicas. Trata-
se de uma proposição verdadeira, cuja verdade depende inteiramente da sua forma lógica. Exemplo:
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Tabelas de verdade e avaliação de
proposições
Contradição
Uma fórmula diz-se contraditória se, e apenas se, resultar falsa em todas
as atribuições de valores de verdade às suas letras.
Designam-se contraditórias as fórmulas em que a proposição composta é falsa para todas e cada uma das
circunstâncias possíveis, independentemente do valor de verdade atribuído às frases atómicas. Ou seja, uma
fórmula é contraditória unicamente no caso de não existir nenhuma circunstância possível que a torne verdadeira.
Trata-se de uma falsidade lógica, isto é, de uma proposição cuja falsidade se pode determinar exclusivamente por
meios lógicos. Exemplo:
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Tabelas de verdade e avaliação de
proposições
Contingência
Uma fórmula diz-se contingente se, e apenas se, existem atribuições de valores de verdade às letras que a
tornam verdadeira e outras atribuições que a tornam falsa.
Denominam-se contingentes as fórmulas que tenham o valor V em pelo menos uma circunstância e, simultaneamente, o valor F em pelo
menos uma circunstância.
Exemplo:
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EXERCÍCIOS (Formalização e Tabelas de Verdade)
1. Formaliza as seguintes proposições.
2. Constrói uma tabela de verdade e classifica-as semanticamente (tautologia, contradição ou
contingência).
a) Se hoje é quarta-feira, então hoje não é quarta-feira.
b) Se hoje não é quarta-feira, então hoje é quarta-feira.
c) Hoje é ou não é quarta-feira.
d) Os unicórnios existem e não existem.
e) Se Icabod estuda no Balliol College ou Icabod é rico, então Icabod é rico.
f) Se não fizeres o trabalho, não passas de ano.
g) Vou à reunião, a menos que surja algum imprevisto.
h) Vou à praia, só se estiver Sol.
i) Se Smith ou Jones assaltaram o banco, e não foi o Smith, então foi o Jones.
j) Se é verdade que Deus existe só se não há mal no mundo, e há mal no mundo, então Deus não existe.
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Formalização de argumentos - exemplo 1
• Representação canónica:
1. Se Deus existe, então não há mal no mundo.
2. Há mal no mundo.
3. Logo, Deus não existe.
• Dicionário:
◦ P = “Deus existe”.
◦ Q = “Há mal no mundo”.
• Formalização:
1. (P → ¬Q)
2. Q
3. ¬P
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Inspetor de circunstâncias (ou tabelas de
validade)
Consiste num dispositivo gráfico com uma sequência de tabelas de verdade que
mostra o valor de verdade de cada premissa e da conclusão em todas as
circunstâncias possíveis (ou, por outras palavras, em todas as possíveis combinações
de valores de verdade).
Se existir pelo menos uma circunstância em que todas as premissas são verdadeiras e
a conclusão é falsa, então o argumento é inválido. Caso contrário, o argumento é
válido.
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Inspetor de circunstâncias (ou tabelas de
validade)
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Exemplo 2
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Exercícios – inspetores de circunstância
Verifica a validade dos seguintes argumentos recorrendo aos inspetores de circunstância
(tabelas de validade).
Argumento 1: O realismo moral não consegue explicar a diversidade moral no mundo. Mas se o
realismo moral é verdadeiro, então ele consegue explicar a diversidade moral no mundo. Deste
modo, o realismo moral não é verdadeiro.
Argumento 2: Se a ética depende da vontade de Deus, então algo só é bom porque é desejado por
Deus. Mas não é verdade que algo só é bom porque é desejado por Deus. Assim, a ética não
depende da vontade de Deus.
Argumento 3: Se os animais não-humanos sentem dor ou prazer, então eles são dignos de ter
estatuto moral. Ora, os animais não-humanos são dignos de ter estatuto moral. Logo, os animais
não-humanos sentem dor ou prazer.
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Formas de inferência válida (argumentos)
Modus ponens: Exemplo Formalização
Algumas afirmação do
formas de antecedente na
segunda premissa Se está sol, então vou à praia. P→Q
inferência e do Está sol. P
válida consequente na Logo, vou à praia. Q
conclusão.
Exemplo Formalização
Exemplo Formalização
Se viajar, então aprendo novas coisas.
Silogismo Se aprendo novas coisas, então torno- P→Q
hipotético me melhor pessoa. Q→R
Logo, se viajar, então torno-me melhor P → R
pessoa.
Exemplo Formalização
Leis de De
Morgan: Não é verdade que fumo e que tenho
indicam-nos (P Q)
saúde.
P Q
que de uma Negação Logo, não fumo ou não tenho saúde.
conjunção da
conjunção Exemplo Formalização
negativa
podemos Não fumo ou não tenho saúde.
inferir uma PQ
Logo, não é verdade que fumo e que
(P Q)
disjunção tenho saúde..
de
negações, e Exemplo Formalização
que de uma
disjunção Não é verdade que há sol ou chuva. (P Q)
negativa Logo, não há sol e não há chuva. P Q
Negação
podemos da
inferir uma disjunção Exemplo Formalização
conjunção
Não há sol e não há chuva.
de PQ
Logo, não é verdade que há sol ou
negações. (P Q)
chuva.
Exercícios – Formas de inferência válidas
1. O que é o modus ponens?
2. Que forma de inferência é usada neste exemplo: (rq), q r?
3. Uma inferência com a forma (pq) (p q) é válida ou inválida?
4. Que forma de inferência é usada neste exemplo: ((p q) r), (p q) r?
5. Como se nega “Florbela não gosta de Raimundo ou anda preocupada”?
6. “Se sei que penso, então penso. Se penso, então existo.” Que conclusão podemos daqui retirar
usando o silogismo hipotético?
7. “Se duvido, então penso.” Que conclusão podemos daqui retirar usando a contraposição?
8. Temos três premissas: (p q), (q r) e (r s). Podemos inferir validamente (p s)? Como?
9. Temos três premissas: (p (q r)), p e q. Podemos inferir validamente r? Como?
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Falácias formais
Formas argumentativas inválidas
Exemplo Formalização
Falácia da
afirmação do Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. P→Q
consequente Dizes-me sempre a verdade. Q
Logo, és meu amigo. P
Exemplo Formalização
Falácia da
negação do Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. P→Q
antecedente Não és meu amigo. P
Logo, não me dizes sempre a verdade. Q