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Aula 3 - Doenças Neurodegenerativas

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DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS E

AUTOIMUNES:
PARKINSON,ALZHEIMER,ESCLEROSE
MÚLTIPLA E MISTENIA GRAVIS

Profa. Dra. Maria Carolina Guimarães

DISCIPLINA: NEUROFISIOLOGIA
CURSO: PSICOLOGIA
DEFINIÇÃO
DOENÇAS DEGENERATIVAS DO SNC SÃO CARACTERIZADAS PELA PERDA
IRREVERSÍVEL DE NEURÔNIOS LOCALIZADOS EM DETERMINADAS REGIÕES
CEREBRAIS RESULTANDO EM DISTÚRBIOS CARACTERÍSTICOS DE MOVIMENTO,
COGNITIVOS OU AMBOS

DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER SÃO AS MAIS FREQUENTES, E SEUS


TRATAMENTOS VISAM ATENUAR OS SINTOMAS, JÁ QUE O PROCESSO
NEURODEGENERATIVO CONTINUA A EVOLUIR
DEFINIÇÃO

DOENÇAS AUTOIMUNES DO SNC

DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER SÃO AS MAIS FREQUENTES, ALÉM DA


ESCLEROSE MÚLTIPLA, E SEUS TRATAMENTOS VISAM ATENUAR OS
SINTOMAS, JÁ QUE O PROCESSO NEURODEGENERATIVO CONTINUA A
EVOLUIR
DOENÇA DE PARKINSON
 Distúrbio crônico, progressivo, predominantemente motor e ligeiramente
mais comum no sexo masculino.

 Caracteriza-se pela perda dos neurônios dopaminérgicos na substância


negra e a presença de inclusões intracelulares conhecidas como
corpúsculos de Lewis que expressam o acúmulo de α-sinucleína.

 Alterações estruturais nesta proteína favorecem a sua agregação e o


acúmulo em populações neuronais mais susceptíveis acarretando a morte
dos neurônios.

 Considerada uma proteinopatia (sinucleinopatia), com demência por


corpos de Lewis e a atrofia de múltiplos sistemas.
DOENÇA DE PARKINSON
 As manifestações motoras ocorrem pela perda progressiva dos neurônios
da substância negra, de forma irreversível que reflete na redução da
produção do neurotransmissor DOPAMINA.

 Anos antes das manifestações motoras, podem surgir sintomas como


hiposmia (baixa sensibilidade olfativa), constipação intestinal, depressão e
distúrbios do sono.

 A causa é desconhecida para a maioria dos pacientes.

 Fatores genéticos não desempenham papel dominante na etiologia da


doença. Além disso fatores ambientais (exposição a pesticidas, metais
pesados, desnutrição, obesidade) e o envelhecimento.
SINTOMAS
• Surgem quando há uma redução da ativação dos receptores pós-sinápticos
para dopamina (D1 e D2).

• A acetilcolina antagoniza a neurotransmissão dopaminérgica no corpo


estriado e o desbalanço desses dois neurotransmissores também
contribuem para o agravamento da doença.

• As principais manifestações motoras incluem: tremor de repouso,


bradicinesia, rigidez e anormalidades posturais e de marcha.

• Sinais não motores: distúrbios do sono, hipotensão postural, mudanças


emocionais, depressão, ansiedade, sintomas psicóticos,
comprometimentos cognitivos e demência.
SINTOMAS
• O clássico tremor de repouso tem características clínicas típicas: está
presente quando o membro está em repouso completo e reduz-se quando
há movimento ou ocupa nova posição: não incapacita, acompanhado de
dor ou fadiga.

• A rigidez é uma forma de aumento no tônus muscular, mais bem


observada nos movimentos passivos lentos, com ou ausência de tremor.
FARMACOTERAPIA

• A primeira linha envolve a recuperação da atividade dopaminérgica e o


equilíbrio da neurotransmissão colinérgica com o uso de anticolinérgico
(antimuscarínicos) ou uma combinação entre ambos.

• Oferecem alívio temporário dos sintomas desta doença, mas eles não
interrompem nem revertem a degeneração neuronal causada pela doença.

• FÁRMACOS:

- Aumentam os níveis de DOPA: levodopa, pramipexol, ropinirol,


bromocriptina, pergolida, selegilina, amantadina, entacapona, tolcapona.

- Inibem as ações da Ach no encéfalo: benzotropina, orfenadrina,


prociclidina, triexifenidila.
DOENÇA DE ALZHEIMER
 Doença neurodegenerativa progressiva que pode levar o paciente a um
estado de dependência total e incapacitação devido a deterioração das
funções cognitivas e da memória.

 Perda neuronal e degeneração sináptica, junto ao acúmulo de duas lesões


causadas pelo processamento errado de certas proteínas levanto a
toxicidade.

 Ocorre as seguintes lesões: placas neuríticas e emaranhados


neurofibrilares com progressiva perda de neurônios na região do
hipocampo.

 Apesar da causa ser desconhecida, acredita-se que seja geneticamente


determinada.
DOENÇA DE ALZHEIMER
SINTOMAS
• O quadro clínico pode ser dividido em quatro estágios:

1. Sintomas vagos e difusos: comprometimento da memória, certa


desorientação no tempo e espaço e alterações na personalidade.

2. Maior deterioração nos déficits de memória, dificuldade para realizar


tarefas simples e coordenar movimentos, distúrbios de linguagem,
agitação e alteração grave na capacidade de aprendizado.

3. Comprometimento de todas as funções cognitivas e paciente


dependente.

4. Paciente restrito ao leito, com incontinência urinária e fecal, mudo e com


infecções recorrentes.
FARMACOTERAPIA
• Não existe cura e o tratamento é direcionado na intervenção das
alterações cognitivas, do humor e dos sintomas psicológicos e
comportamentais visando reduzir a progressão da doença.

• Tratamentos atuais visam melhorar a transmissão colinérgica no SNC ou


evitar ações excitotóxicas resultantes da superestimulação dos receptores
NMDA glutamato em certas áreas do cérebro.

• FÁRMACOS:

- Inibidores da acetilcolinesterase: donepezila, galantamina, rivastigmina e


tacrina.

- Antagonistas do receptor NMDA: memantina.


ESCLEROSE MÚLTIPLA
 Acomete cerca de 3 milhões de pessoas no mundo, normalmente com
idades entre 20-50 anos, com incidência cerca de duas vezes maior em
mulheres.

 Anticorpos e células sanguíneas brancas do sistema imune atacam a


mielina, provocando inflamação e lesão na bainha e, eventualmente nos
axônios dos neurônios que ela envolve.

 A desmielinização (perda de mielina) leva ao vazamento de K⁺ pelos canais


voltagem dependentes, hiperpolarização e incapacidade na condução de
potenciais de ação.

 A condução dos impulsos nervosos é prejudicada com manifestações de


sintomas característicos.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
SINTOMAS
• Incluem fraqueza muscular, fadiga, redução da coordenação, fala arrastada
ou visão turva, distúrbios urinários e alterações sensoriais.

• Sintomas exacerbados pelo aumento da temperatura ambiental ou


corporal.

• Na maioria das vezes, sintomas transitórios aparecem subitamente, duram


cerca de poucas semanas ou meses e desaparecem gradualmente.

• Novos episódios podem acontecer após anos, e não há recuperação


completa.

• Na forma progressiva não se observa períodos remissivos da doença.


DIAGNÓSTICO E FARMACOTERAPIA
• O diagnóstico é feito quando ocorrem múltiplos episódios, com os
sintomas separados no tempo e no espaço.

• Testes de condução nervosa detectam a condução lenta nas vias sensoriais


e motoras.

• Análise do líquido cerebrospinal detecta a presença de bandas oligoclonais


indicativas de inflamação imunológica anormal de mielina.

• Avaliação por ressonância magnética (MRI) detecta múltiplas placas


(escleróticas) em diversas regiões do encéfalo.

• Apesar de não ter cura, fármacos como o beta-interferon e os


corticosteroides, que inibem a resposta imune, reduzem a gravidade e
lentificam a progressão da doença.
MIASTENIA GRAVIS
 Doença autoimune na qual o sistema imunológico produz anticorpos
contra os receptores nicotínicos da junção neuromuscular e a transmissão
neuromuscular fica prejudicada.

 Com menos receptores, os efeitos depressores da transmissão sináptica


levam a falha da transmissão neuromuscular durante um esforço contínuo,
sendo essa fadiga a característica da doença.

 Inicialmente as unidades motoras pequenas, como os músculos oculares,


demonstram o problema.

 Disparos rápidos dos neurônios motores para produzir movimentos


rápidos dos olhos finalmente levam a liberação de menos acetilcolina
(atraso entre a produção e a liberação).
MIASTENIA GRAVIS
 Com a falta da acetilcolina pelo atraso, os anticorpos se ligam aos
receptores e impedem a ligação da acetilcolina, levando a contrações
musculares mais fracas.

 Os anticorpos ligados aos receptores nicotínicos parecem acionar uma


resposta imune e a degeneração da placa motora muscular.

 Com a produção de mais anticorpos, mais unidades musculares se tornam


envolvidas o que pode levar a uma fraqueza muscular generalizada,
incluindo prejuízo da musculatura respiratória.
DIAGNÓSTICO E FARMACOTERAPIA
• Estimulação elétrica e teste para anticorpos circulantes são usados no
diagnóstico da doença. O cloreto de edrofônio, inibidor da enzima que
degrada acetilcolina (acetilcolinesterase) tem sido usado como auxiliar no
diagnóstico.

• Tratamentos para diminuir a produção de anticorpos, normalmente


exacerbada pelo timo, incluem a remoção do timo (timectomia) e o uso de
imunossupressores como os corticosteróides (prednisona).

• Anticolinesterásicos (inibidores da colinesterase) também são utilizados,


pois inibem a enzima que hidrolisa a acetilcolina na junção neuromuscular,
mantendo suas concentrações mais elevadas e permitindo maior
estimulação da placa motora.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CLARK, M. A. et al. Farmacologia ilustrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. ISBN
9788565852692.

Resumo: Doença de Alzheimer | Ligas - Sanar Medicina

Alzheimer — Ministério da Saúde (www.gov.br)

Doença de Parkinson (DP): definição, fisiopatologia e mais! - Sanar Medicina

RAFF, H; LEVITZKY, M. .Fisiologia médica: uma abordagem integrada. Porto Alegre:


AMGH, 2012. ISBN 978-85-8055-148-8

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