Noções Básicas Tecnicas de Tiro

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Técnicas Militares V

Técnica de Tiro
1. Noções Básicas de Técnica de Tiro

1 / ...
REFERÊNCIA
C 6-40 Vol I e II – Técnica de Tiro de Artilharia de
Campanha

C 6-1 – Emprego da Artilharia de Campanha

C 100 – 25 – Planejamento e Coordenação de Fogos

AVA 2.0

2 / ...
Assuntos
a. Problema técnico fundamental da Art
b. Elementos do tiro de Art
c. Classificação do Tiro de Art
d. Fórmula do milésimo (Paralaxe)
e. Elementos da Trajetória
f. Dispersão no Tiro de Art
g. Tabela Numérica de Tiro
3 / ...
Sumário
1. Introdução
- A Missão da Artilharia

2. Desenvolvimento
a. Problema técnico fundamental da Art
b. Elementos do tiro de Art
c. Classificação do Tiro de Art
d. Paralaxe
e. Elementos da Trajetória
f. Dispersão no Tiro de Art
g. Tabela Numérica de Tiro

3. Conclusão
4 / ...
1. Introdução

5 / ...
Qual a missão da Artilharia
de Campanha ?

6 / ...
Missão da Artilharia de Campanha

A Artilharia de Campanha (Art Cmp) tem por


missão apoiar a força pelo fogo, destruindo e neutralizando
os alvos que ameacem o êxito da operação. Ao cumprir
esta missão, a Art de Campanha realiza as seguintes ações:
- apoia os elementos de manobra com fogos sobre
os escalões avançados do inimigo.
- realiza fogos de contrabateria dentro do alcance de
suas armas.
- dá profundidade ao combate, pela aplicação de
fogos sobre instalações de comando, logística e
comunicações, sobre reservas situados na zona de
ação da Força. 7 / ...
8 / ...
2. Desenvolvimento

9 / ...
Assunto
a. Problema
Técnico
Fundamental da
Artilharia
10 / ...
a. Problema Técnico Fundamental da Art

Como atingir alvos que o atirador da peça não pode ver,


por estarem localizados a 05, 10, 15, 30, 60 e até mesmo
a 80 Km de distância?
Tais alvos devem ainda ser neutralizados no
tempo oportuno e com o projétil e a espoleta
apropriados, independente das condições
meteorológicas.

Como solucionar
esta questão ?
11 / ...
a. Problema Técnico Fundamental da Art

Solução
Técnica do

TIRO INDIRETO

12 / ...
13 / ...
Assunto

b. Elementos do
Tiro de Artilharia

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Elementos essenciais para o cálculo
dos elementos de tiro
- Direção da peça para o alvo.
- Distância da peça ao alvo.
- Desnível do alvo em relação à
peça.
15 / ...
Direção
- Lançamento (Lanç) peça – alvo, todavia as
peças não possuem um instrumento capaz de
apontar para determinado Lanç (ordem técnica).

- Luneta Panorâmica: aparelho de medida de


ângulos utilizado nas peças, as leituras realizadas
por ela são chamadas DERIVAS (Der)

- Central de Tiro (C Tir): transformar Lanç em


Der
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O que é Deriva?

É a graduação lida ou comandada para o


aparelho de pontaria em direção. Caracteriza o ângulo
formado pelo plano de tiro com o plano de visada da
peça. Cada material (obuseiro) possui características
próprias (ângulo no sentido horário ou antihorário)

17 / ...
Distância
- Denomina-se a distância da peça-alvo como
ALCANCE (Alc)
-- Com necessidade de flexibilidade, atirar em vários
alcances diferentes com o mesmo projétil, surgiu a
necessidade de utilizar-se forças propulsoras iniciais
diferentes (Variar a Velocidade Inicial - Vo)

18 / ...
Distância
- Como a força propulsora no tiro de Art vem da Carga
de Projeção (Cg), utiliza-se então diferentes quantidades
da mesma carga com o mesmo projétil ( + Cg = +
Vo = + Alc )

-Para facilitar dividiu-se as cargas


de projeção em saquitéis com
numeração diferente

- C Tir: determinar a Cg

19 / ...
Distância
-- O tiro da Art com alcances grandes é indireto (não é tenso, e
sua trajetória é mergulhante, portanto seu alcance pode variar de
acordo com o ângulo do obus em relação ao solo. Chama-se este
ângulo de Alça (A). C Tir: Calcular a A (Tabelas de Tiro)

-C Tir: calcular a A (utilizando as tabelas de tiro)

20 / ...
Desnível
- Quando o alvo está na mesma altitude da peça, a
direção e o alcance são os únicos elementos necessários para
o tiro.
- No entanto poucos se enquadram nesta situação,
sendo então necessário considerar o desnível, chamado de
SÍTIO TOPOGRÁFICO

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Desnível
Devido a influência da gravidade há uma pequena
deformação na trajetória.
Sendo necessária portanto a CORREÇÃO COMPLEMENTAR
DE SÍTIO

Logo, a C Tir deverá calcular a correção total para o


Tiro, que é chamada e Sítio Total (S Tot)

S Tot = S Topo + CC
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Para definirmos qual ângulo a peça irá atirar
devemos somar os seguintes elementos:
– Alça (Obtida da TNT para Det Alc ou RT)
– Sítio Topo (Obtido pelo Desnível)
– Correção Complementar (Obtido do Sitio Topo)
Este ângulo chama-se

ELEVAÇÃO (Elv)
Elv = A + Si Tot
23 / ...
Elv = A + Si Tot

Elv = Alça
+ Sito Topo
+ C Comp Si
24 / ...
TP 01
25 / ...
Assunto

c. Classificação do
Tiro de Artilharia

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c. Classificação do Tiro de Art
Os tiros na Art podem ser classificados de acordo
com aspectos Táticos ou Técnicos (C 100-25 / 1-2):

1. Fogos de Apoio
Táticos 2. Fogos de Contrabateria
3. Fogos de Aprofundamento

1.O efeito procurado


Técnicos 2.A Observação
3.O grau de previsão
4.A Forma
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c. Classificação do Tiro de Art

1.O efeito procurado


Técnicos 2.A Observação
3.O grau de previsão
4.A Forma

28 / ...
Quanto ao efeito procurado
1. Regulação – obter correções para tiros posteriores
2. Neutralização – causar baixas, interromper movimentos e
ações, anular a eficiência combativa do inimigo e força-lo a
abrigar-se
3. Destruição – destruir alvos materiais, só cessam quando após a
destruição dos alvos
4. Interdição – pontes e ou áreas para evitar a sua livre utilização
pelo Ini
5. Inquietação – perturbar o descanso, abater o moral e dificultar
o movimento (menos Munição que Neutralização)
6. Outras Finalidades – Munição especial, cegar o PO, cortina de
fumaça, sinalização, Ilum, balizamento e propaganda 29 / ...
Quanto a observação
1. Observados – Conduzido por observadores terrestres ou
aéreos. Cessa quando o objetivo for atingido

2. Não Observado – Conduzido sem observação, sobre


alvos precisamente localizados. Cessa quando for
consumida a munição prevista (Ex: Dia “D”)
30 / ...
Quanto ao grau de previsão
1. Previstos – Previamente preparados, dispondo o Gp dos
elementos necessários à eficácia; podem ser
desencadeados a horário ou a pedido.

2. Inopinados – Desencadeados com os dados colhidos


após assinalado o alvo. A eficácia normalmente depende
de ajustagem prévia

31 / ...
Quanto à forma
1. Concentração – Conjunto de tiros cujos arrebentamentos
são emassados sobre uma determinada área e num
terreno limitado
2. Barragem – Conjunto de tiros cujos arrebentamentos
ocorrem de forma linear no terreno, aplicados
normalmente nas proximidades da tropa amiga e na
cadência máxima permitida
3. Por Peça – Tiro executado por uma peça sobre um alvo
para o qual foi previamente apontada e sobre o qual
desejamos o efeito de um arrebentamento.

32 / ...
Assunto

d. Fórmula do
Milésimo
(Paralaxe)

33 / ...
Definição do Milésimo

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Fórmula do Milésimo

Mil = f (m) x 1,0186


D (Km)
35 / ...
Aplicações

36 / ...
Cálculo do Sítio

0,1 Km

4 Km

Valor do Sítio Topográfico = 25’’’ 37 / ...


Assunto

d. Elementos da
Trajetória

38 / ...
Elementos da Trajetória

39 / ...
Elementos da Trajetória

ORIGEM : é a posição do centro de gravidade no


momento em que deixa a boca do tubo. 40 / ...
Elementos da Trajetória

Linha de Tiro : é o prolongamento do tubo quando a


peça esta apontada 41 / ...
Elementos da Trajetória

Linha de Sítio : é a linha que une a origem a um


determindo ponto no terreno, normalmente o alvo. 42 / ...
Elementos da Trajetória

Alça Sito Topo C Comp Si


43 / ...
Elementos da Trajetória

Elv
44 / ...
Elementos da Trajetória

Ponto de Queda: é o ponto no qual a trajetória encontra


de novo o plano horizontal que passa pela boca da peça
45 / ...
Elementos da Trajetória

Ponto de Incidência : é o ponto no qual o projétil atinge o


solo ou obstáculo 46 / ...
Elementos da Trajetória

Vértice: É o ponto mais elevado na trajetória


47 / ...
Elementos da Trajetória

Flecha: É a altura do vértice em relação ao plano horizontal


que passa pela boca da peça. 48 / ...
Elementos da Trajetória
Derivação Linear

É comprimento da linha que se inicia no Ponto de Queda e


atinge o plano de tiro (vertical) perpendicularmente.

Derivação Angular

É o ângulo segundo o qual é vista, da peça, a derivação


linear. À derivação angular, dá se comunmente o nome de
derivação 49 / ...
Elementos da Trajetória
(Peculiaridades Tiro Tempo)

50 / ...
Assunto

e. Dispersão no
tiro de Artilharia

51 / ...
Uma peça realizou vários disparos em
condições aparentemente idênticas, a mesma
munição, os mesmos elementos de tiro, no mesmo
lugar e em horários próximos. Os pontos de
incidência, em vez de se superporem, distribuem-
se numa superfície de forma ligeiramente elíptica e
de eixo maior na direção de tiro.

O que aconteceu?
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Ocorreu a DISPERSÃO dos tiros, que foi ocasionada
por falhas inerentes ao tiro (humanas e do material) e pela
mudança de condições da qual o homem não pode
controlar (condições meteorológicas) , porém pode avaliar,
calcular e minimizar seus efeitos.
Erros do Operador não
são dispersão

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Com o intuito de mensurar essas condicionantes
e minimizar seus efeitos no tiro criou-se a balística, que é
a ciência que estuda o movimento dos projéteis,
especialmente das armas de fogo, seu comportamento
no interior destas e também no seu exterior, como a
trajetória, impacto, marcas, explosão, etc., utilizando-se
de técnicas próprias e conhecimentos de física e
química.

54 / ...
A Balística interna trata dos fatores que afetam o
movimento dos projéteis antes que estes deixem a
boca da peça, a soma de todos esses valores
determinam a velocidade inicial (Vo), a direção e a
altura que a granada deixa a boca da peça.

A Balística externa trata dos fatores que afetam


aquele movimento após o projétil ter deixado a
boca da peça.

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Fatores que Causam a dispersão
Condições do tubo: variações no peso, grau de umidade interna,
temperatura da peça, munição, carga de projeção, assentamento da
granada na câmara, aquecimento do tubo tiro a tiro.
Balística Interna
Condições do Reparo: folgas no mecanismo de elevação e direção,
reações do reparo após cada tiro (assentamento da peça).
Balística Interna
Condições da trajetória: resistência do ar, diferenças de peso,
velocidade e forma do projétil, velocidade e direção do vento,
densidade e temperatura do ar, rotação e curvatura da terra

Balística Externa
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Balística Interna

Movimento de projeção: É a força necessária para empurrar o projétil através


do tubo e ejetá-lo pela boca da peça. A deflagração de uma carga de projeção,
contida ou não em um estojo, produz, normalmente, a requerida expansão dos gases
para a projeção da granada. Exercendo força em todas as direções, os gases são
contidos pelo tubo e lançam o projétil para frente e a peça para a retaguarda.

Movimento de rotação: É imposto ao projétil pela ação de estrias espiraladas


chamadas raias. Ao segui-las durante seu percurso forçado dentro do tubo assume o
movimento de rotação, girando entorno do próprio eixo.

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Balística Interna
- Tipos da Carga de projeção (velocidade de queima)
-Temperatura da carga de projeção(+Temperatura = +Velocidade = +Alc)
-Pressão do gás
-Pico de pressão
-Densidade de carregamento (Pos Cg na Câmara, Assentamento não
uniforme)
-Usura (Erosão dos gases, Entalhe ou usura, Abrasão ou usura mecânica,
Estado dos cheios)
-Encobreamento (resíduo da cinta de forçamento no tubo)
-Condicionamento do tubo ( aquecimento do tubo até que as diferenças
de temperatura interna e externa se estabilizem na cadência de tiro
-Óleo ou umidade no tubo

58 / ...
Eliminação de fatores estranhos

1. Separação das munições por lote

2. Temperatura da pólvora (afastar munição do solo, proteger de


umidade e sujeira, preparação uniforme e progressiva dor tiros,
aferir periodicamente a temperatura da Cg)

3. Uniformidade de assentamento dos projétil e colocação da carga de


projeção

4. Limpeza apropriada do tubo e judiciosa seleção de cargas para


diminuir a usura do tubo.

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TP 03
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Desvio Provável

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d (desvio provável)

Direção de Tiro

ALVO
Curto Longo

25% dos impactos

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ALCANCE

63 / ...
DPA
O valor do DPA para uma determinada carga de determinado
material varia com o alcance.

Valor aproximado do DPA para tiros mergulhantes:

DPA = 1/200 x Alc (Aprox)

Com o intuito de permitir uma correta condução do tiro, de


modo a ter certeza que ao acrescentar/subtrair um determinado valor a
uma A essa correção terá a máxima probabilidade de alongar/encurtar
no sentido desejado o tiro anterior, criou-se o GARFO.

GARFO = 4 DPA

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DIREÇÃO

65 / ...
DPD
Assim como o DPA o valor do DPD para uma determinada carga
de determinado material varia com o alcance e tem seus valores
aproximados nas Tabelas de Tiro.

Valor aproximado do DPD para tiros mergulhantes:

DPD = + 0,5’’’ (Aprox)

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DPC e DPVtc

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TP 05
68 / ...
Assunto

f. Tabela
Numérica de Tiro

69 / ...
A Tabela Numérica de tiro são repositórios de informações
que permitem conhecer os principais elementos das trajetórias dos
diversos projéteis que podem ser atirados de uma determinada boca
de fogo ensaiada em um determinado modelo. Cada tabela traz uma
notícia sobre o modo de ser empregada e, em geral, compreendem
os elementos adiante especificados:
1. informações complementares
2. quadros (que são propriamente a tabela)
Pode-se obter por exemplo a alça, o evento, o sítio total,
entre outros.
Cada material possui a sua tabela específica, bem como o
mesmo material pode possuir tabelas diferentes, sendo necessária
muita atenção para escolhar qual tabela é a correta, pois somente a
mudança do modelo da carga de projeção requer a mudança de
tabela (155 – M3, M4, M4A1, M4A2). 70 / ...
Dúvidas

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