História Do Direito em Roma pt01

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Antiguidade Clássica:

História do Direito em Roma


Parte I


História do Direito
1º Período

Profª Dra Cíntia Braga


“A importância do Direito Romano para o mundo atual não
consiste só em ter sido, por um momento, a fonte ou origem
do direito: esse valor foi só passageiro. Sua autoridade
reside na profunda revolução interna, na transformação
completa que causou em todo nosso pensamento jurídico, e
em ter chegado a ser, como o Cristianismo, um elemento da
Civilização Moderna.” (Von Ihering)

Fonte: CASTRO, Flávia L. HISTÓRIA DO DIREITO GERAL E BRASIL. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.
Senatus: vem da palavra senis, que quer dizer
ancião. No final da realeza, o senado era composto
por trezentos membros, que eram conselheiros do
rei. Durante esse período, o Senado não tinha
poder, aconselhava quando solicitado, mas o rei
não era obrigado a seguir seus conselhos.
Comícios Curiatos: eram reuniões de todos os
homens considerados como “povo”, ou seja, os
patrícios e os clientes, ficando de fora os plebeus e
os escravos.

Fonte: CASTRO, Flávia L. HISTÓRIA DO DIREITO GERAL E BRASIL. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.
“Quando da fundação da República (Res + Publicae = coisa do povo), os
romanos decidiram pulverizar o poder executivo para as mãos de muitos,
com mandatos curtos, um ano, na maior parte dos casos, assim evitando
que alguém pudesse ter um poder exacerbado nas mãos.
Somente o Senado permanecia vitalício, entretanto sua função primordial
durante esse período foi a de cuidar de questões externas. Contudo, devido
à temporariedade do mandato dos cargos executivos da política
republicana frente à vitaliciedade do senado, acabava possuindo uma
autoridade permanente, tornando-se o centro do Governo.
Estes que detinham o poder executivo em Roma Republicana eram
chamados Magistrados e cada qual tinha sua função específica. Eles eram
divididos entre os Magistrados Ordinários e os Extraordinários. Os
Ordinários – que mais nos interessam neste estudo – (Cônsules, Pretores,
Edis, Questores) eram permanentes e eram eleitos anualmente. Os
Extraordinários, como os censores, eram temporários e somente eram
escolhidos quando havia necessidade”.

Fonte: CASTRO, Flávia L. HISTÓRIA DO DIREITO GERAL E BRASIL. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.
Em Sobre as leis, Cícero afirma que a lei é fonte de virtude para os cidadãos e mecanismo que
consolida as forças do Estado. Ela é vista, ao mesmo tempo, como instrumento valorativo que
define o justo e o injusto, por um lado, e ato de poder, que manda e proíbe, por outro. Sua
autoridade colocar-se-ia, de modo inovador, acima do direito, num modelo novamente parecido
com o nosso, obrigando o juiz a julgar conforme seus preceitos.
Sua força decorre de ela derivar do direito natural, sendo expressão racional da vontade dos
deuses e, por isso, colocando-se num patamar acima dos homens. Mas quem seria capaz de fazer
leis que correspondam à vontade dos deuses? Numa resposta platônica, Cícero afirma que os
sábios são capazes de identificar a vontade divina, pois essa vontade se manifesta pela razão.
O sábio torna-se uma pessoa ética e identifica, graças à razão, os preceitos que devem constar nas
leis. Quanto à ética, ela decorre do comportamento virtuoso e leva à felicidade. A novidade de
Cícero está na definição da grande virtude a ser buscada: HONESTIDADE
A honestidade consiste na soma de quatro fatores:

1. Conhecimento;
2. Senso de justiça;
3. Força de caráter;
4. Moderação das paixões

Para Cícero, portanto, o ser humano deve agir eticamente. Para tanto, deve ser honesto. Isso exige
usar seu conhecimento para controlar as paixões e demonstrar senso de justiça e força de caráter,
não prejudicando os demais, respeitando o bem público e demonstrando boa-fé.

Fonte: https://direito.legal/filosofia-do-direito/18-roma-cicero/
Lei das XII Tábuas
(450 A.C.)


 Esta lei foi um dos resultados da luta por igualdade levada a cabo pelos
plebeus em Roma.
 A escola tradicionalista atribui ao tribuno da plebe, Gaio Arsa a criação
de uma magistratura no ano de 461 a. C. encarregada de fazer redigir
uma forma de lei que diminuísse o arbítrio dos cônsules.
 Em contrapartida, a lei escrita traria uma menor variação nos
julgamentos que envolvessem Patrícios e Plebeus, já que, sendo os juizes
de origem patrícia, a tendenciosidade de seus julgamentos ficava óbvia.
 Teria sido enviados a Grécia uma comissão coma missão de estudar as
leis de Sólon. Dois anos depois foi nomeada uma magistratura
extraordinária composta por dez membros, os decênviros ( = dez varões
) que teria redigido a posteriormente nomeada Lei das XII Tábuas.
 TÁBUA PRIMEIRA
 Do chamamento a Juízo



10. Depois do meio-dia, se apenas uma parte comparecer, o pretor decida a favor da que está presente.

 TÁBUA SEGUNDA
 Dos julgamentos e dos furtos

 10. Se alguém se conformar (ou se acomodar, transigir) com um furto, que a ação seja considerada
extinta.

 TÁBUA TERCEIRA
 Dos direitos de crédito

 l. Se o depositário, de má fé, praticar alguma falta com relação ao depósito, que seja condenado em
dobro.
 5. Esgotados os 30 dias e não tendo pago, que seja agarrado e levado à presença do magistrado.

 TÁBUA QUARTA
 Do pátrio poder e do casamento

 l. É permitido ao pai matar o filho que nasceu disforme, mediante o julgamento de cinco vizinhos.
 TÁBUA QUINTA
 Das heranças e tutelas
 1. As disposições testamentárias de um pai de família sobre os seus bens, ou a tutela dos
filhos, terão a força de lei.


 
TÁBUA SEXTA
Do direito de propriedade e da posse
 6. A mulher que residir durante um ano em casa de um homem, como se fora sua esposa,
será adquirida por esse homem e cairá sob o seu poder, salvo se se ausentar da casa por
três noites.

 TÁBUA SÉTIMA
 Dos delitos
 16. Se alguém proferir um falso testemunho, que seja precipitado da rocha Tarpéia.
 18. Se alguém matar o pai ou a mãe, que se lhe envolva a cabeça e seja colocado em um
saco costurado e lançado ao rio.

 TÁBUA OITAVA
 Dos direitos prediais

 1 . A distância entre as construções vizinhas deverá ser de dois pés e meio.


 TÁBUA NONA
 Do direito público
 1. Que não se estabeleçam privilégios em lei. (Ou que não se façam
leis contra indivíduos).


TÁBUA DÉClMA
Do direito sacro

 14. Não é permitido enterrar ouro com o cadáver; mas se seus dentes
são presos com ouro, pode-se enterrar ou incinerar com esse ouro.
 TÁBUA DÉCIMA PRIMEIRA
 1 . Que a última vontade do povo tenha força de lei.

 TÁBUA DÉCIMA SEGUNDA


 4. Se um escravo cometer um furto, ou causar algum dano, sabendo-
o patrono, que seja obrigado esse patrono a entregar o escravo, como
indenização, ao prejudicado.

 Fonte: http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/12tab.htm
O Direito Romano
O Direito Romano é uma criação típica deste povo, o que eles criaram a
possibilidade de hoje estarmos habitando países que se intitulam “Estados de
Direito”. Como um todo o Direito Romano é o conjunto de normas vigentes em
Roma da Fundação (século VIII a.C.) até Justiniano no século VI d.C. Para os
romanos, a definição de Direito passava por seus mandamentos, que são: “viver
honestamente, não lesar ninguém e dar a cada um o que é seu” (iuris praecepta
sunt haec: honete vivere, alterum non ladere, suum cuique tribuere).Esse direito
foi fruto de séculos de trabalho e bom senso, antes de tudo.
O pragmatismo romano encontrou no Direito um centro inesgotável para
desenvolver-se dentro dos parâmetros que eles mesmos consideravam como
essenciais. “Um simples olhar a um manual de Direito Romano revela-nos seu
espírito: proteção do indivíduo, autonomia da família, prestígio e poder do pater
familias, valorização da palavra empenhada etc.”

Fonte: CASTRO, Flávia L. HISTÓRIA DO DIREITO GERAL E BRASIL. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.

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