Merleau Ponty
Merleau Ponty
Merleau Ponty
TEORIAS DA PERSONALIDADE
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BIOGRAFIA
• Maurice Merleau-Ponty, nasceu no dia 14 de março de 1908 em Rochefort-sur-Mer, localizada no sudoeste da França. O mesmo faleceu
repentinamente de embolia em 3 de maio de 1961, em Paris, com apenas 53 anos;
• Seguiu a religião Católica até o ano de 1930, deixando-a e mostrando desgostoso com muitas das atitudes de elementos da hierarquia da Igreja.
• Realizou seus estudos na École Normale Superieure de Paris (Escola Normal Superior de Paris), graduando-se em Filosofia no ano de 1931, e
tendo um grande contato com aqueles que com ele formariam a “geração existencialista” dos anos 40 e 50;
• Em 1934 lecionou no Liceu de Chartres e no ano de 1935 lecionou na École Normale Superieure;
• Durante os anos de 1939 e 1940, Merleau-Ponty foi mobilizado como oficial do 5º Regimento de Infantaria para a II Guerra Mundial, servindo
durante um ano como oficial do exército francês e, depois, ensinou durante quatro anos no Liceu Carnot, participando da resistência contra a
ocupação do regime nazista;
• Em 1941, Merleau-Ponty se aproximou de Jean-Paul Sartre, entrando em um grupo de resistência chamado Socialismo e Liberdade;
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BIOGRAFIA
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TEORIAS
NOÇÕES DE GESTALT
• A crítica ao objetivismo cientifico e ao subjetivismo filosófico permeia toda a filosofia de Maurice Merleau-Ponty, avaliando grandemente
as consequências que a noção de “Gestalt” acarretaria, e apontando a falha da escola de Berlim por não tê-la desenvolvido plenamente,
devido a manter-se dentro de uma ontologia objetivista.
• No entrelaçamento entre o visível, invisível e a linguagem entre o homem e mundo, a noção de Gestalt irá desviar-se de toda a definição
exterior e negativa a tomá-la por um todo que não se reduz a soma de suas partes. Com isso, Merleau-Ponty não a considera como uma
essência nem como uma ideia intemporal ou a-espacial. Ela não se fixa num lugar objetivo, mas sim, em uma região, domínio em que ela
domina onde reina, onde é onipresente sem que se possa jamais dizer: “está aqui, é transcendência.”
• A teoria da Gestalt rejeita a noção de sensação e nos leva a não distinguir o signo e a sua significação, o sentir e o julgar (Merleau-Ponty,
1966). Para Merleau-Ponty, o que há de profundo na Gestalt não é a ideia de significação, mas sim a ideia de estrutura, que configura a
junção de uma ideia e de uma existência indiscerníveis, o arranjo contingente pelo qual os materiais passam, diante de nós, a ter um sentido,
a inteligibilidade no estado nascente (Merleau-Ponty, 1942/2006c, p. 319). A noção de Gestalt naturalmente desenvolvida faz da natureza e
da ideia uma unidade.
• A crítica ao prejuízo do mundo objetivo e a reconquista do campo fenomenal, operadas por Merleau-Ponty (1945/2005) na Fenomenologia
da Percepção, trazem alguma luz sobre o papel ocupado pela psicologia da Gestalt no seu pensamento.
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TEORIAS
NOÇÕES DE PSICANÁLISE
• É observado que o interesse de Merleau-Ponty pela psicanálise, se deu desde “A estrutura do Comportamento”. De fato, a psicanálise, assim
como a psicologia da Gestalt, teve um papel positivo nos esforços de Merleau-Ponty com vistas à superação do dualismo cartesiano e à
explicitação da expressividade do sensível e da nossa pertença à natureza.
• Por ora, partindo da afirmação de Merleau-Ponty (2000) de que uma das mais significativas intuições da psicanálise refere-se à nossa
arqueologia, esperamos destacar o que o filósofo francês considera como um apagamento das antinomias entre corpo e espírito na
psicanálise freudiana, a partir das suas considerações sobre a sexualidade na Fenomenologia da Percepção.
• Freud foi um autor importante para a revisão da noção de sexualidade. Segundo Merleau-Ponty (1945/2005), esta noção que durante muito
tempo esteve atrelada a automatismos corporais reencontrou na psicanálise as relações e as atitudes que anteriormente passavam por
relações e atitudes de consciência.
• Com efeito, o filósofo francês tende a considerar a sexualidade de um homem como uma organização em que está projetada sua maneira de
ser em relação ao mundo, em relação ao tempo e em relação aos outros homens. A redescoberta do corpo próprio operada por Merleau-Ponty
revela-nos um modo de existência ambíguo. Visão, motricidade, sexualidade, entre outros, não são processos em terceira pessoa e sim,
funções que se cruzam e se confundem em um drama único
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TEORIAS
TEORIA DA PERCEPÇÃO
• A teoria da percepção em Merleau-Ponty (1945/1994) também se refere ao campo da subjetividade e da historicidade, ao mundo dos objetos
culturais, das relações sociais, do diálogo, das tensões, das contradições e do amor como amálgama das experiências afetivas. Sob o sujeito
encarnado, correlacionamos o corpo, o tempo, o outro, a afetividade, o mundo da cultura e das relações sociais.
• A experiência perceptiva é uma experiência corporal. De acordo com Merleau-Ponty, o movimento e o sentir são os elementos chaves da
percepção.
• Ao considerar a perspectiva neurofisiológica da percepção, Merleau-Ponty refletiu a respeito da organização do movimento, refletindo sobre a
unidade dos processos sensórios-motores expressos na experiência corpórea e a reflexão sobre a circularidade característica desse processo.
• Para Merleau-Ponty, a abordagem fenomenológica da percepção identifica-se com os movimentos do corpo e redimensiona a compreensão de
sujeito no processo de conhecimento.
• O filósofo afirma que: Não é o sujeito epistemológico que efetua a síntese, é o corpo; quando sai de sua dispersão, se dirige por todos os meios
para um termo único de seu movimento, e quando, pelo fenômeno da sinergia, uma intenção única se concebe nele. Deste modo, é fato que a
percepção está relacionada à atitude corpórea.
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INFLUÊNCIAS
CONSCIÊNCIA
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INFLUÊNCIAS
CONSCIÊNCIA
• Merleau-Ponty afirma que tudo aquilo que sabemos sobre o mundo, mesmo por ciência, sabemos a partir da nossa própria visão ou de uma
experiência do mundo. O universo da ciência é construído sobre o mundo-vivido e, se queremos pensar a própria ciência com rigor, apreciar
exatamente seu sentido e seu alcance, precisamos, primeiramente, despertar essa nossa experiência de mundo.
• Para Merleau-Ponty, a consciência está ininterruptamente voltando-se para o mundo e buscando, através da essência, um contato mais direto
e profundo com a existência e o próprio mundo.
• Esta intencionalidade ou qualidade de consciência de dirigir-se ao mundo a fim de apreendê-lo, se manifesta na motricidade. É a motricidade
que nos permite lançar ao mundo e captar o seu sentido.
• Assim, o corpo não é objeto, nem poderia ser. Pela mesma razão, a consciência não é pensamento. O que se apresenta é sempre outra coisa
além do que é, sem fechamento. Alcançar esse significado é o objetivo proposto pela fenomenologia e por isso metodologicamente
indagamos ao fenômeno: ‘o que é isto?’ Pois o significado não está aqui, nem lá, mas nessa relação que permite que o significado apareça,
que o fenômeno se revele. Por isso dizemos ‘ir-à-coisa-mesma’, numa revelação eidética daquilo que se mostra à uma consciência
intencional. Daí aponta-se para a possibilidade vivencial de conhecer o corpo, ou seja, habitá-lo numa existência (Dasein) é a possibilidade
primeira de ir ao encontro do que se revelará como essência, não transcendental, mas existencial.
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INFLUÊNCIAS
CONSCIÊNCIA + PERCEPÇÃO
“A cada momento em que somos postos em contato direto com o outro, o encontro de nossas perspectivas, dos nossos
olhares são potencialmente capazes de modular as realidades de ambos, (1999, p. 471): “quando meu olhar cruza com
um outro olhar, eu reefetuo a existência alheia em uma espécie de reflexão”, o que enfim significa dizer que “homem é
o espelho do homem”.
• Assim que algo se revela frente à consciência humana, o Homem inicialmente o observa e o percebe em completa conformidade com sua
forma, do ponto de vista da sua capacidade perceptiva.
• A base do conhecimento está, portanto, na capacidade de perceber o que nos cerca, o que implica também o processo de dar significado ao
que foi captado pelos sentidos, para que se possam realizar as necessárias conexões entre os objetos perceptíveis, o que torna possível vê-los
como um todo.
• O sentir sempre comporta uma referência ao corpo. O sentir é então esta comunicação com o mundo: ele é o tecido intencional que o esforço
de conhecimento procurará decompor.
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PRINCIPAIS OBRAS
Obra feita na última década de A obra não foi acabada, então seus Nessa obra o autor foca no
vida de Merleau-Ponty, descreve escritos póstumos foram realizados questionamento do modo como o
o discurso sobre a filosofia da pelo filósofo Claude Léfort. O livro nosso corpo sente, enxerga e se
expressão. Nela, afirma que o tinha o objetivo de fundar uma comunica com o mundo exterior.
homem é essencialmente teoria a partir de uma nova ideia de Os textos indagam a relação entre
expressivo, mesmo antes de falar, expressão, da análise, do uso do a percepção, e pintura e outras
corpo e das formas de linguagem.
por meio de seu silêncio, gestos e formas de expressão.
comportamento.
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OBRAS CEZZANE
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OBRAS APRESENTADAS
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Slide de imagem e citação
““A palavra não é desprovida de sentido, já que atrás dela existe uma operação categorial, mas ela não tem esse
sentido, não o possui, é o pensamento que tem um sentido, e a palavra continua a ser um invólucro vazio (...), a
linguagem é apenas um acompanhamento exterior do pensamento”
(Merleau-Ponty, 1945∕1994, p. 241)
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ALUNAS:
Camila Ribas
Maria Luisa Otoboni
Mariana Mallon
Marília Bertinato
Melina Veiga
Melissa Caires
Paola Machado
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REFERÊNCIAS:
• http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672009000100008
• http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/zKAYNwEuwTEPFYK_2015-3-3-14-12-55.pdf
• http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/1805
• https://scholar.google.com.br/scholar?q=merleau+ponty+gestalt&hl=pt-BR&as_sdt=0&as_vis=1&oi=scholart
• http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/zKAYNwEuwTEPFYK_2015-3-3-14-12-55.pdf
• http://www.laifi.com/laifi.php?id_laifi=685&idC=7545#
• Merleau-Ponty1 Ana Regina de Lima Moreira Universidade Federal do Rio Grande do Norte
• http://www.periodicos eletronicos.ufma.br/index.php/fenomenolpsicol/article/viewFile/2141/
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