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TEORIA DO COMÉRCIO

INTERNACIONAL
Professor: Henrique Campos de Oliveira
Conteúdo

1. O SISTEMA INTERNACIONAL

2. A IMPORTÂNCIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

3. TEORIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

4. PONTOS CONCLUSIVOS
2. A importância do comércio internacional

2.1 Ganhos com o comércio internacional

No país:
PNB
Tecnologia CRESCIMENTO
Produtividade +
Emprego e renda DESENVOLVIMENTO

Na empresa:
Qualificação
Estabilidade COMPETÊNCIA
Ampliação +
Economia de escala LONGEVIDADE
Valorização

OLIVEIRA, 2009
2. A importância do comércio internacional

2.2 O comércio internacional e o desenvolvimento econômico

1 MERCADO EXTERNO Vs MERCADO INTERNO

Assimilação e disseminação das


vantagens competitivas

Desenvolvimento de pauta de exportação diversificada com maior valor


agregado.

2 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO;
BEM-ESTAR SOCIAL

OLIVEIRA, 2009
3. Teoria do comércio internacional

3.1 Questões básicas:

•Existem e quais são os ganhos com o comércio internacional?

•Qual o padrão dos fluxos de comércio, que produtos um país deveria importar e
exportar?

•Qual é a quantidade de produtos comercializados internacionalmente ?

•A que níveis de preços os produtos comercializados podem ser exportados e


importados?

BAUMAN et ali, p. 10, 2004


3. Teoria do comércio internacional

3.2 Indicadores do Comércio Internacional de Bens:

A- O Padrão do Comércio ou padrão de vantagem competitiva: Refere-se à


composição ou estrutura da pauta de comercialização do país, quais produtos são
exportados e importados.

B- Quantum: Trata da quantidade dos produtos comercializados


internacionalmente por um país. Pode ser mensurado de diversas formas

C- Termos de Troca: É a razão entre o preço das exportações e das importações


de um país durante um determinado período.

D- Direção de Comércio Exterior: São os vetores dos fluxos comerciais entre os


países.

GONÇALVES, p. 96, 2005


3. Teoria do comércio internacional

Exportações Brasileiras
3. Teoria do comércio internacional

Importações Brasileiras
3. Teoria do comércio internacional
3.2 Indicadores do Comércio Internacional de Bens:
A- O Padrão do Comércio ou padrão de vantagem competitiva do Brasil:
3. Teoria do comércio internacional
3.2 Indicadores do Comércio Internacional de Bens:
A- O Padrão do Comércio ou padrão de vantagem competitiva do Brasil:
3. Teoria do comércio internacional
3.2 Indicadores do Comércio Internacional de Bens:
A- O Padrão do Comércio ou padrão de vantagem competitiva do Brasil:
3. Teoria do comércio internacional
3.2 Indicadores do Comércio Internacional de Bens:
A- O Padrão do Comércio ou padrão de vantagem competitiva do Brasil:
3. Teoria do comércio internacional

3.2 Indicadores do Comércio Internacional de Bens:

Termos de Troca (Ti) do Brasil com o Resto do Mundo em 2011:

Ti = PX = ∑X$/(QX = ∑Xkg)
PM ∑M$/ (QM = ∑Mkg)

PX = ∑X$ = 256.039.574.768 = 0,47 US$/Kg


∑Xkg 544.244.158.158

PM = ∑M$ = 226.233.045.240 = 1,52 US$/Kg


∑Mkg 148.664.684.503

Logo, Ti = 0,31

GONÇALVES, p. 96, 2005


3. Teoria do comércio internacional
3.2 Indicadores do Comércio Internacional de Bens:

Direção de Comércio Exterior:


3. Teoria do comércio internacional

3.2 Indicadores do Comércio Internacional de Bens:

Direção de Comércio Exterior:


3. Teoria do comércio internacional
3.3 - A origem do comércio internacional

Absolutismo + Mercantilismo = Protecionismo

Smith & Ricardo

Vantagens comparativas e absolutas ► Divisão Internacional do Trabalho


Revolução Industrial ► Aumento do Comércio Int.

BAUMAN et ali, p. 10, 2004; FURTADO, 2000


3. Teoria do comércio internacional
3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

O mecanismo preço-fluxo-espécie de David Hume (1752):

A acumulação do ouro via superávits comerciais acabaria por afetar a oferta


interna de moeda e, assim, elevar o nível de preços e salário internos. A
competitividade das exportações do país superavitário tornava-se comprometida.

BAUMAN et ali, 2004, p. 11


3. Teoria do comércio internacional
3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

Hipóteses básicas:

i- todas as variáveis reais do sistema econômico são determinadas de forma


independente dos fluxos monetários (moeda é neutra);
ii- todos os preços são flexíveis;
iii- os mercados de produtos e de fatores estão estruturados em concorrência
perfeita
iv- para cada país considerado, o estoque de fatores de produção é dado de forma
exógena, e independe de sua remuneração
v- os fatores de produção são móveis entre setores, e imóveis entre países
vi- não há problemas de informação, de forma que a tecnologia de produção está
disponível para todos fabricantes de um produto em um dado país
vii- a estrutura de distribuição de renda é dada e constante
viii- não existem barreiras comerciais nem custos de transporte que afetem o
comércio internacional
iv- Os preços internacionais são dados (hipótese de país pequeno)

.
BAUMAN et ali, 2004, p. 9
3. Teoria do comércio internacional
3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

Modelo Clássico

Tese: A riqueza das nações é conquistada pelo comércio ao permitir


ganho mutuo para os países com base nas suas vantagens absolutas
e/ou comparativas.

Antítese: O comércio é um jogo de soma zero no qual os países competem


entre si para conseguir acumular a quantidade de riqueza maior possível, por
tanto deve tentar exportar o máximo possível e importar o mínimo possível.

Argumentação: Vantagens absolutas e comparativas; custo de oportunidade;


a força de trabalho como fator de produção; produtividade; especialização.

Contribuições: DIT; racionalização no uso dos fatores de produção; trabalho


assalariado.

BAUMAN et ali, 2004.


3. Teoria do comércio internacional

3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

Modelo Clássico

Smith (1776): Vantagem absoluta

Custo de produção em regime autárquico


Custo de produção (h trab./und.) Termo de troca
Interno
Alimento Roupa Alim./Roupa
País A 20 10 2
Resto do Mundo 10 20 1/2

Especialização absoluta:
•País A = Roupa
•Resto do Mundo = Alimento

BAUMAN et ali, , p. 12, 2004


3. Teoria do comércio internacional
3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

Modelo Clássico

O modelo Ricardiano (1817): Produtividade do trabalho e vantagem


comparativa, o modelo 2x2x1.

Tratado de Menthuen (1703)


Fronteiras de produção

Tabela de custo de produção no modelo de Ricardo


Vinho Tecidos Relação de preços
(Vinho/tecido)
Portugal 80 90 80/90 = 0,89
Inglaterra 120 100 120 /100 = 1,2
Especialização relativa com termo de troca entre 0,89 e 1,2:
•Portugal = Vinho
•Inglaterra = Tecido
BAUMAN et ali, p. 14, 2004.
3. Teoria do comércio internacional
3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

Modelo Clássico

Crítica: List (1850)


O livre comércio tende a ser praticado entre nações com poderio econômico
semelhante. O “individualismo cosmopolita” dos clássicos é no mínimo
individualista.

Os Estados precisam praticar o protecionismo “educador” para fortalecer


economicamente a nação para que essa possa competir em pé de igualdade as
demais no jogo do Comércio Internacional.

OLIVEIRA, 2011
3. Teoria do comércio internacional
3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

Modelo Clássico

Crítica: Krugman e Obstfeld:

i- a tendência a especialização fica reduzida ao se considerar mais de um fator


de produção
ii- o protecionismo industrial
Iii- o custo do transporte internacional pode induzir uma economia à
autossuficiência em certos setores.

OLIVEIRA, 2011
3. Teoria do comércio internacional
3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

Mudança de paradigma (1945-1990)

PÓS-GUERRA ► BIPOLARIZAÇÃO:
•Hegemonia dos EUA no bloco capitalista
•Investimentos em infraestruturas
•Centro e periferia

OLIVEIRA, 2009
3. Teoria do comércio internacional
3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

Modelo Neoclássico

Questões propostas pelos neoclássicos


Se o comércio existe em função das diferenças em custos comparativos, então
o que explica essas diferenças?
Por que as funções de produção diferem entre países?
Por que supor custos constantes?
Por que considerar apenas um fator de produção, quando os processo
produtivos eram crescentemente dependentes de capital?

Modelo do Tipo 2x2x2


2 países
2 produtos
2 fatores de produção (trabalho e capital)

BAUMAN et ali, p. 18, 2004.


3. Teoria do comércio internacional
3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

Modelo Neoclássico

Pressupostos
i- há dois fatores de produção
ii- não há restrições ao comércio nem custos de transporte
iii- existe concorrência perfeita nos mercados de bens e de fatores de produção
iv- as funções de produção são idênticas entre países, distintas entre setores, e
apresentam rendimentos constantes de escala
v- as condições de demanda são idênticas
vi- há diferenças na intensidade de emprego de cada fator por parte de cada
setor, e o setor que é intensivo em trabalho em um país também é no outro
país
vi- os fatores de produção são totalmente móveis entre os setores, e imóveis
entre países; e seus preços, totalmente flexíveis
vii- os produtos e os fatores são homogêneos em ambos os países.

BAUMAN et ali, p. 17-18, 2004.


3. Teoria do comércio internacional
3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

Modelo Neoclássico

Teorema de Hecksher-Ohlin:
Cada país tem vantagens comparativas no produto cujo processo produtivo
emprega de forma intensiva o fator de produção abundante naquele país.
Assim, cada país exportará o produto intensivo em seu fator abundante. O
comércio internacional substitui a migração internacional dos fatores.

BAUMAN et ali, p. 19-20, 2004.


3. Teoria do comércio internacional
3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

Modelo Neoclássico

Teorema de Hecksher-Ohlin-Stolper-Samuelson (H-O-S)


Qualquer interferência no comércio internacional para elevar o preço local do
produto importado necessariamente beneficiará o fator de produção usado
intensivamente no setor em concorrência com o produto importado.

Ex:País com exportação de alimento (intenso em força de trabalho) e


importação de manufatura (intenso em capital). Ao impor barreiras na
importação de manufatura, os produtores de manufatura locais buscaram
técnicas de produção que usem mais a força de trabalho e menos capital. O
aumento na relação L/K na produção do manufaturado reduz o produto
marginal do trabalho, o que força a redução do preço do trabalho. Logo, a
renda do trabalhador acaba sendo afetada negativamente.

BAUMAN et ali, p. 26, 2004.


3. Teoria do comércio internacional
3.4 A teoria “pura” do comércio internacional

Modelo Neoclássico

Críticas e ressalvas:
A equalização de preço dos fatores só pode ocorrer se houver alguma
proximidade entre as dotações de fatores nos dois países.

A maior parte do comércio internacional acontece entre países industrializados


e esse comércio é predominantemente de produtos manufaturados.

Os estruturalistas!

BAUMAN et ali, 2004.


3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

A- Modelo Focado na disponibilidade (Kravis – 1956)

Tese: O comércio é relativamente limitado aos produtos não-disponíveis


originalmente no país.

Tipos de limitação: Física; Econômica.

Variáveis explicativas: barreiras comerciais; custo de transporte; as políticas


das grandes empresas.

Críticas: difícil averiguação empírica e remete ao contexto específico da


década de 50 quando havia barreiras mais expressivas

BAUMAN et ali, p. 30, 2004.


3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

B- Modelos baseados na demanda interna

Tese: Os países com grande mercado interno podem se especializar na


produção e na exportação de produtos que se beneficiam de rendimentos
crescentes de escala, enquanto países pequenos têm mais chance de competir
em produtos padronizados. Os tipos e características dos produtos
manufaturados consumidos em um país são específicos à própria estrutura
industrial e ao nível de renda per capita do país.

O comércio tende a ser mais intenso entre países de mesmo nível de renda

Críticas: não fica claro qual é a fonte de vantagem comparativa que determina
o comércio em países em desenvolvimento com estruturas regressivas de
distribuição de renda. O padrão de consumo não reflete o padrão do estrato de
renda correspondente à maior parte da população.

BAUMAN et ali, p. 30, 2004.


3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

C- Modelo focado nas diferenças tecnológicas

Posner (1961): o comércio internacional é causado por mudanças técnicas que


afetam apenas algumas indústrias.

Argumento:
Com as “Economias Dinâmicas de Escala” quando ocorre progresso técnico, os
custos unitários de produção da empresa caem ao longo do tempo.

Há o “hiato de resposta externa”: período de tempo entre a utilização de uma


inovação por uma empresa no exterior e o momento em que o novo produto
torna-se competitivo com os produtos nacionais.

As vantagens comparativas passam a ser definidas não mais por diferenças no


estoques de fatores, como no modelo H-O, mas por diferenças na distribuição
do investimento entre indústrias e o “gap” tecnológico.

BAUMAN et ali, p. 31, 2004.


3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio:

C- Modelo focado nas diferenças tecnológicas

Posner (1961):
Crítica: O modelo é incapaz de prever o vetor e a intensidade do comércio
internacional ao focar em excesso no processo de imitação e desconsidera os
efeitos da mobilidade do capital.

BAUMAN et ali, p. 18, 2004.


3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

C- Focado nas diferenças tecnológicas

O modelo de Vernon (1966) ou do ciclo do produto:


Diferentemente de Posner, cujo modelo enfatiza o tempo levado para uma
inovação representar uma vantagem comparativa que beneficia um país.
Vernon destaca o processo de transição de um produto diferenciado para um
produto padronizado em um horizonte de tempo de quatro instantes.

BAUMAN et ali, p. 32, 2004.


3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

C- diferenças tecnológicas

O modelo de Vernon (1966) ou do ciclo do produto

O país
desenvolvido A é
inicialmente
exportador de um
novo produto com
posição
monopolística no A produção do
mercado produto em alguns
A produção de terceiros países países desloca as
passa a ser competitiva no exportações do país
próprio mercado de A A em alguns
mercados

A produção externa
passa a ser
competitiva em
terceiros mercados,
reduzindo ainda mais
BAUMAN et ali, p. 33, 2004. as exportações de A
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

C- diferenças tecnológicas

O Característica do Ciclo do Produto Vernon (1966):


Características Produto Novo Produto Padronizado

Produção Produção em pequena Produção em grande


escala quantidade
Tecnologia Técnicas sendo criadas/ Poucas variações
adaptadas
Tipo de mão-de-obra Cientistas e engenheiros Trabalhadores pouco
qualificados
Tipo de mercado Mercado de vendedores Mercado de compradores
com informação limitada com informação facilmente
disponível

BAUMAN et ali, p. 32, 2004.


3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

D- Modelo focado nos ganhos de escala e concorrência imperfeita

Principal característica: possui um embasamento teórico mais sólido distinto


do empiricismo presente nas demais modelos focados na tentativa de explicar
as lacunas proveniente do modelo neoclássico.

Ohlin, já nos anos 30, reconhecia que economias de escala poderiam ser
fontes adicionais de definição dos fluxos de comércio, mas não considerava
que sua importância superasse à dotação relativa de fatores de produção

Esse modelo permite derivar teoricamente explicações convincentes para a


existência de intercâmbio entre dois países de produtos considerados
semelhantes.
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

D – Modelos focados nos ganhos de escala e concorrência imperfeita


Economia de escala: uma variação de um ou mais fatores de produção
corresponderá a um aumento da produção mais do que proporcional àquela
variação.

Tipos de economia de escala:


i- Internas à firma: cada firma pode obter custos médios mais baixos se produzir
em escala crescente.
ii- Externas à firma: o custo médio de cada firma depende do tamanho da
indústria a que pertence; uma expansão da firma não altera seus custos médios
se a indústria não se altera.
iii- Internacionais: o custo médio da firma depende do tamanho da indústria em
nível mundial.
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

D- Modelo focado nos ganhos de escala e concorrência imperfeita

Pressupostos:
i- dois fatores de produção (capital e trabalho)
ii- dois tipos de produtos (manufaturados e alimentos)
iii- dois países
iv- concorrência monopolística
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

D- Ganhos de escala e concorrência imperfeita

Krugman (1986): A existência de economias de escala está associada a uma


estrutura de mercado monopolista (cada firma tem algum poder relativo no
mercado, mas a existência de ganhos atrai novos competidores, reduzindo as
margens de lucro e o grau de imperfeição da concorrência)
Há possibilidades para a existência de intercâmbio, mesmo em situações de
semelhança na dotação de fatores.

A abertura do mercado da outra economia amplia o tamanho do mercado


percebido por cada firma. Com esse mercado ampliado, passam a operar os
ganhos derivados das economias de escala, reduzindo os custos de produção
para todos os itens fabricados
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

D- Ganhos de escala e concorrência imperfeita

Triplo efeito positivo:

Aumento na escala de produção

Maior variedade de produtos disponíveis para o consumo

Os benefícios afetarão a todos os indivíduos do sistema, aumentando o nível


de bem-estar social em proporções maiores do que o previsto pelos modelos
convencionais.
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

D- Ganhos de escala e concorrência imperfeita

Decorrências de uma estrutura de mercado monopolista e com economia


de escala:
As empresas privilegiam o aumento da venda em detrimento do lucro, o que
reduz o preço. Com a elevação da produção, o níveis de preço se igualam ao
custo marginal da produção. As empresas focadas na produção acabam por
lucrar mais que as demais firmas, consolidando o seu mercado consumidor
com efeitos sobre a pauta de comércio e sobre o equilíbrio comercial.

É possível, também, a existência de cartéis para determinação de preços. Esse


comportamento será tanto mais fácil quanto mais nacional for o cartel. No nível
internacional, o trafego de informações entre empresas é mais complexo, bem
como os mecanismos de punição são mais insulados.
3. Teoria do comércio internacional

3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

D- Ganhos de escala e concorrência imperfeita

Formas de ampliação do comércio internacional com economias de


escala e concorrência imperfeita:

Inter-indústria
vs
intra-indústria
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

D- Ganhos de escala e concorrência imperfeita

Razões para justificar a eficiência da troca intra-indústria:


i- existência de fornecedores especializados
ii- criação de um mercado comum de trabalho
Iii- transbordamento de conhecimento
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

E- O modelo de Porter

Tese: a vantagem competitiva das nações é resultante da capacidade


estratégica e produtiva das empresas.

Oliveira(2011) destaca que para Porter (2001) não se deve perguntar “por que
algumas nações tem êxito e outras fracassam na competição internacional?
Mas sim “por que uma nação se torna base para competidores internacionais
bem-sucedidos numa indústria?
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

E- O modelo de Porter
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

E- O modelo de Porter

Três ambientes de competitividade:


i- empresarial - firma
ii- estrutural - indústria
iii- sistêmico - país
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

E- O modelo de Porter

A estratégia das empresas devem ser pautadas em cinco pontos:


1- ameaça de novos entrantes
2- concorrência efetiva
3- ameaça de novos produtos ou serviços
4- poder de barganha dos fornecedores
5- poder de barganha dos consumidores
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

E- O modelo de Porter

2-Condições de
1-Condições fatoriais
demanda

4- Estruturas, estratégia O modelo do diamante 3- Indústria correlatas


e rivalidade de nacional de apoio
empresas

5- Estado 6- Acaso
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

E- O modelo de Porter

i- As condições fatoriais
Recursos humanos; físicos; conhecimento; capital; infraestrutura

ii- Condições da demanda: quali-quanti interna e externa

iii- As indústrias correlatas de apoio: clusters – proximidade de


fornecedores: eficiência no acesso ao insumo; facilidade na coordenação de
estratégias; estimulo à inovação e aperfeiçoamento contínuo

iv- A estrutura, estratégia e a rivalidade das empresas: a competitividade


prove competências às empresas para o mercado externo. Tanto monopólio
quanto oligopólios tendem a não estimular a construção de vantagens
competitivas
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

E- O modelo de Porter

v- O estado: ator de segunda importância na geração de competitividade


internacional. Pode atuar com um catalisador na geração de vantagens
competitivas, mas não é variável determinante.

vi- O acaso: fatores exógenos à empresa tais como guerras, crises, surtos de
demanda, etc.
3. Teoria do comércio internacional
3.5 Explicações alternativas para os fluxos de comércio

E- O modelo de Porter

Cinco elementos que justificam as fragilidades dos países periféricos:


i- grande dependência de fatores básicos
ii- desconhecimento da demanda e dos concorrentes;
iii- baixa integração vertical
iv- baixa cooperação empresarial
v- forte paternalismo estatal
3. Teoria do comércio internacional
3.6 Teoria do comércio estratégico

Fitche (1800) O Estado Comercial Fechado:


É necessário criar uma nação fechada através de planejamento (estado
dirigido) tanto da questão puramente comercial, proibição aduaneira, quanto em
aspectos relativos à conversibilidade da moeda e necessidade de um território
mínimo à autossuficiência econômica.
3. Teoria do comércio internacional
3.6 Teoria do comércio estratégico

List (1850):
Hipótese: Diferentemente de Fichte, o protecionismo não é um fim em si
mesmo, mas uma etapa necessária para equiparar a nação à concorrência
internacional.

Pressuposto: O resultado da liberdade geral de comércio não seria uma


república universal, mas pelo contrário, uma sujeição total das nações menos
adiantadas à supremacia da potência industrial, comercial e naval atualmente
dominante.
3. Teoria do comércio internacional
3.6 Teoria do comércio estratégico

List (1850).

Argumento:
“Uma nação que troca produtos agrícolas por artigos manufatureiros
estrangeiros é um individuo com um braço só, sustentado por um braço
estrangeiro”

A defesa da doutrina liberal pelos países industrializados significa “chutar a


escada!”

Prescrição:
O protecionismo educador!

O estado deve atuar, por meio de políticas comerciais, para promover o


desenvolvimento das forças produtivas nacionais!
3. Teoria do comércio internacional
3.6 Teoria do comércio estratégico

List (1850).

Limitações e contradições:
Pró-colonialista: incapacidade dos países de clima tropical se desenvolverem, a
única solução seria ser colônia agroexportadora dos países de clima
temperado.
3. Teoria do comércio internacional
3.6 Teoria do comércio estratégico

Prebisch (1950)

Crítica ao liberais:
A relação econômica entre centro e periferia é pautada por uma reprodução
das condições de subdesenvolvimento devido a divisão internacional do
trabalho promulgada pela doutrina liberal e essa relação só tende a aprofundar
o fosso entre esses países.

Pressupostos empíricos:
A relação econômica entre centro e periferia tendia a uma deterioração dos
termos de troca devido a:
i- baixa elasticidade-renda dos produtos exportados pela periferia;
ii- alta elasticidade-renda dos produtos importados;
iii- inelasticidade-preço da oferta dos produtos primários;

Ler citação na página 10 em Oliveira (2007)!


3. Teoria do comércio internacional
3.6 Teoria do comércio estratégico

Prebisch (1950)

Argumento:
As economias periferias eram constituídas de um modelo macro econômico de
três setores básicos:
i- setor econômico de subsistência
ii- setor exportador de bens primários
iii- indústria nascente

Tese:
Desenvolver seria reduzir o abismo entre os setores arcaicos e modernos.

Devir:
Necessidade da industrialização deliberada, organizada e orientada pelo
Estado nacional. Mesmo quando superado o estágio de indústria nascente.
4. Pontos conclusivos
i. O debate sobre o Comércio Internacional não é recente, é um dos
pontos mais antigos na economia

ii. Não há uma única estrutura lógica que der conta de tema tão
complexo

iii. Os clássicos representaram a grande ruptura do paradigma em


relação ao Comércio Internacional.

iv. Os teóricos do comercio internacional estratégico contribuíram,


significativamente, com a retomada da importância do estado como
ator importante.

v. As teoria contemporâneas de cunho liberal permitem uma abordagem


menos abstrata e aprimoram a consistência analítica e prática das
teorias sobre o Comércio Internacional.

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