3 - Fontes Do DT

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DIREITO DO TRABALHO I

Prof. Guilherme Sampieri Santinho


Prof: Maysa Maria Faracco

1
FONTES DO DIREITO DO
TRABALHO
CONCEITO:

O significado de fontes se refere a origem , ou seja de onde surgem as


normas jurídicas.

Segundo Evaristo de Moraes Filho (Introdução ao Direito do


Trabalho): “Em sentido amplo, na linguagem comum e no direito,
fonte significa aquilo de onde se origina alguma coisa, de onde parte,
jorra, nasce alguma coisa, que começa a existir e não existia antes”;

Dentre os critérios mais utilizados para classificar as doutrinas temos:


fontes materiais e fontes formais.
CLASSIFICAÇÃO:

FONTES MATERIAIS:

São os elementos que inspiram a formação da norma jurídica ,


compreendem os fenômenos sociais que contribuem para a
formação da lei.

podemos dizer que são os fatores econômicos, sociológicos,


políticos e filosóficos, destacadamente, entre outros, que acabam
por determinar o surgimento, o conteúdo, a orientação e o
movimento das normas jurídicas.
CLASSIFICAÇÃO:

FONTES FORMAIS:
“são os meios de revelação e transparência da norma jurídica – os
mecanismos exteriores estilizados pelos quais as normas ingressam,
instauram-se e cristalizam-se na ordem jurídica.” Delgado, Maurício Godinho. Curso de Direito do
Trabalho. 3ª ed., São Paulo: LTr, 2004, p. 141.
É a forma pela qual ela exterioriza a sua existência.

Nas palavras de Evaristo, “fontes formais são os processos de manifestação


da norma jurídica, pelos quais se reconhece sua positividade”. Como exemplo,
teríamos a lei (Constituição, lei, decreto, tratados internacionais, etc), os
costumes, as normas coletivas (sentença normativa, convenção coletiva e
acordo coletivo) e outros.
SUBDIVISÃO DAS FONTES FORMAIS:
Monistas – segundo a qual as fontes formais derivam de um único centro
de positivação. Só o Estado seria a fonte do direito, porque só ele emitiria
comandos com coerção/sanção;

Pluralistas – sustenta a possibilidade da ordem jurídica formal emanar de


vários centro de positivação e não somente do Estado. Há distintos centros
de positivação jurídica (costume, CCT e outros).
MATÉRIA DE CONCURSO:

“Expressão do pluralismo jurídico presente no sistema normativo brasileiro, as


greves são consideradas fontes materiais do direito do trabalho, mesmo quando
declaradas abusivas pelo Poder Judiciário. Comente.” (AGU – Procurador Federal )
RESPOSTA:

• Se admite que fonte material é o dado social, vale dizer, a realidade, “os fatores e
elementos que determinam o conteúdo da norma jurídica”, é inegável que a
greve é fonte material do direito do trabalho, posto que foi, justamente, por
conta de movimentos dessa espécie, conjuntamente com outros fatores
relevantes da relação capital e trabalho, que, no século XVIII, surgiram as
primeiras leis do que se convencionou chamar de Direito do Trabalho Moderno.

• A questão da abusividade da greve não impede essa conclusão, porquanto a


realidade não se limita a produzir fatos que estão de acordo com o ordenamento
jurídico. Em outras palavras, também acontecimentos considerados ilegais,
imorais ou contrários aos costumes de uma determinada sociedade, podem – e
muitas vezes vão – servir de motivação, início, ou causa, para o surgimento do
Direito
CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES
FORMAIS:
FONTES HETERÔNOMAS:

Produção das normas é feita por pessoas diferentes dos destinatários. Ex.:
Constituição, leis, sentença normativa, etc.;
O comando normativo vem de fora.

FONTES AUTÔNOMAS:

Os destinatários participam da elaboração das normas. Ex.: CCT, ACT,


costume, etc.
FONTES FORMAIS
HETERÔNOMAS:
Constituição Federal –é a principal fonte.

Leis : é toda regra de direito geral, abstrato e permanente , tanto as leis


complementares , ordinárias como as leis delgadas, e as medidas
provisórias. Compete privativamente a União legislar no âmbito laboral
( Art 22, I CF) e de forma complementar os Estados (Art. 22 parágrafo único
CF)

Tratados e Convenções; Tanto os tratados como as convenções da OIT são


considerados como fonte formal, mas antes, dependem de ratificação ,
para que passem a integrar o ordenamento jurídico de cada país.
FONTES FORMAIS
HETERÔNOMAS:
Atos Administrativos: Art. 84 da CF , esse é o poder regulamentar
que a Adm. Pública estabelece normas jurídicas com
características de lei.

Sentenças Normativas: São as decisões dos tribunais regionais do


trabalho (TRT) ou do TST (Tribunal Superior do Trabalho) no
julgamento dos dissídios coletivos; Art 868 da CLT. Art 114 P. 2º da
CF.
FONTES FORMAIS HETERÔNOMAS:
DIVERGÊNCIA DOUTRINÁRIA!!!!

Jurisprudência:

Doutrinadores Tradicionais: negam a possibilidade de ser considerada fonte do direito do


trabalho, pois entendem que a jurisprudência deriva de casos concretos não tendo caráter
de generalidade, impessoalidade e abstração, inerentes das normas jurídicas.
Doutrinadores Modernos: entendem que por ser um conjunto de decisões dos tribunais
de forma reiterada e similar deve ser incluir nas fontes do direito.
“No âmbito justrabalhista, o simples exame de certas súmulas de jurisprudência uniforme
do Tribunal Superior do Trabalho demonstra a clara qualidade de comando geral, impessoal
e abstrato de que se revestem tais súmulas”.( Mauricio Godinho Delgado)
Art. 8 da CLT
FONTES FORMAIS AUTÔNOMAS:

Decorrem da atuação direta dos próprios destinatários da norma.


São elas:

Convenção Coletiva de Trabalho


Acordo Coletivo
Costume
Regulamento Interno de Empresas
FONTES FORMAIS AUTÔNOMAS:

Convenção Coletiva de Trabalho: É fruto da negociação Coletiva entre sindicatos de


categoria profissional e categoria econômica , que geram normas de autodisciplina.
Art. 611 da CLT , Art 7º , XXVI da CF.

Acordo Coletivo: é resultado também de negociação coletiva porém , mais restrita ,


onde se estabelece normas e condições de trabalho que devem ser respeitadas por
seus próprios destinatários. Art 611 § 1º da CLT e Art 7º , XXVI da CF.

Costume: Os usos e costumes, na sua reiterada aplicação pela sociedade, é que


origina a norma legal. Ex: décimo terceiro salário (Lei 4.090/62); a integração das
horas extras em outras verbas (férias, décimo terceiro salário, FGTS, DSR, aviso
prévio etc); Arts. 8°, 458 e 460 da CLT e Art 5°da Lei 5.889/73 (Lei do Trabalho Rural).
FONTES FORMAIS AUTÔNOMAS:

Regulamento de Empresas: Geralmente, o regulamento da


empresa é elaborado unilateralmente pelo empregador, mas é
possível a participação do empregado na sua elaboração. Pelo fato de
serem estabelecidas condições de trabalho no regulamento, este vem
a ser uma fonte normativa do Direito do Trabalho, pois suas cláusulas
aderem ao contrato de trabalho.

Observação: “Regulamento Empresarial – A posição desse instituto como


fonte formal de regras justrabalhistas é curiosa. Seus dispositivos integrantes
têm aparente qualidade de regra jurídica, uma vez que são gerais, abstratos e
impessoais; mas o Direito do Trabalho do país, mediante sua maciça
jurisprudência, tem lhe negado tal natureza e respectivos efeitos. (Mauricio
Godinho Delgado)

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