Termodinâmica

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TERMODINÂMICA

PROFESSORA CARLA SPERLING


Diagrama de Fases
PONTO CRÍTICO

CURVA DE FUSÃO LÍQUIDO


GÁS

SÓLIDO CURVA DE EBULIÇÃO

PONTO TRIPLO
VAPOR
CURVA DE SUBLIMAÇÃO
• Observe que, conforme a pressão e a
temperatura da substância, ela pode se
apresentar nas fases: sólida, líquida ou vapor.
• Um ponto da curva de fusão representa
as condições de existência das fases sólida e
líquida; da mesma forma, um ponto de
vaporização representa as condições de
coexistência das fases líquida e vapor.
• O ponto T chamado ponto triplo
representa as condições de temperatura e
pressão para as quais as fases sólida, líquida e
vapor coexistem em equilíbrio.
• Ponto triplo da água – t = 0,01ºC e p = 0,6113 kPa
PB

PA

TA TB

AUMENTANDO A PRESSÃO, AUMENTA-SE A TEMPERATURA DE FUSÃO.


PB

PA

TB TA

AUMENTANDO A PRESSÃO, DIMINUI-SE A TEMPERATURA DE FUSÃO.


De A para B – fusão
De D para E – condensação
De B para D – ebulição
De A para D - sublimação
Gás perfeito
• O movimento das moléculas é caótico, regido pelos
princípios da Mecânica Newtoniana;
• Os choques entre as moléculas e as paredes de um
recipiente e entre as próprias moléculas são
perfeitamente elásticos;
• Não existem forças de atração entre as moléculas, e a
força gravitacional sobre elas é desprezível;
• O diâmetro da molécula é desprezível em comparação
com a distância média que percorre entre as colisões.
Equação de Clapeyron
• A equação de Clapeyron relaciona as variáveis da pressão,
do volume e da temperatura, incluindo também o número
de mols e a constante universal dos gases perfeitos:
R = 0,082 atm.l/K.mol
Equação geral dos gases
perfeitos
• A equação geral os gases perfeitos procura relacionar as três
variáveis de estado: pressão, volume e temperatura, numa
transformação de determinada massa gasosa.
Exemplo 1
• Mediu-se a temperatura de 20 L de gás hidrogênio (H 2) e o valor encontrado foi de 27 oC a 700 mmHg. Calcule o
novo volume desse gás, a 87 oC e 600 mmHg de pressão.
ATENÇÃO: TEMPERATURA SEMPRE EM KELVIN!
• T (K) = T (ºC) + 273 T (K) = T (ºC) + 273
T (K) = 27 + 273 T (K) = 87 + 273
T (K) = 300 K T (K) = 360 K

700 . 20 = 600 . V2
300 360

14 000 = 600 . V2
300 360

300 (600 . V2) = 14 000 . 360 180 000 . V2 = 5 040 000

V2 = 5 040 000
180 000 V2 = 28 L
Transformações gasosas
Transformação Como ocorre

Isotérmica Temperatura constante

Isobárica Pressão constante

Isométrica, isocórica ou Volume constante


isovolumétrica
Adiabática Sem troca de calor com o
meio externo
Isotérmica
• Equação:

• Volume e a pressão são inversamente proporcionais, se um aumenta


o outro diminui;
• No gráfico p x v, a transformação é representada por uma curva
hiperbólica – isoterma;
Exemplo 2:
Qual o volume ocupado, a 2 atm de pressão, por certa massa de gás
ideal que sofre transformações isotérmicas conforme o gráfico?
P1 . V1 = P2 . V2

V2 = P1 . V1
P2
2

V2 = 6 . 42
v
2

V2 = 126 cm3
Isobárica
• Equação :

• O volume e a temperatura são diretamente


proporcionais, se um aumenta o outro aumenta;
• Se a temperatura aumenta, é necessário aumentar
o volume do recipiente para manter a pressão
constante.
Exemplo 3
Um gás no estado 1 apresenta volume de 14 L, pressão de 5 atm e temperatura de 300 K.
Qual será o volume do gás em um estado 2 se a temperatura for dobrada à pressão
constante?
• V1= V2
T1 T2

14 L_= __V2__
300 K 600K

300 . V2 = 14 . 600

V2 = 8400/300

V2 = 28 L
Isocórica
• Equação:
=
* Pressão e temperatura são diretamente
proporcionais – se a pressão aumenta, a temperatura
aumenta
Exemplo 4:
Um gás no estado 1 apresenta volume de 14 L, pressão de 5 atm e
temperatura de 300 K. Qual será a pressão do gás em um estado II se o
volume permanecer igual a 14 L, mas a temperatura passar para 273 K?
Pinicial = Pfinal
Tinicial Tfinal
Pfinal = Pinicial . Tfinal
Tinicial
Pfinal = 5 atm . 273 K
300 K
Pfinal = 4,55 atm
Um gás realiza trabalho quando seu volume varia.
TRABALHO • Se o volume aumenta, o trabalho é positivo e
realizado “pelo gás”;
• Se o volume diminui, o trabalho é negativo e
realizado “sobre o gás”;

= p . ∆V ∆V = variação de volume

• Em transformações isocóricas - ∆V = 0, o
trabalho é nulo.
Gráficos p x ∆V
Trabalho = valor da área
Exemplo 6
• O gráfico a seguir representa uma O trabalho é igual ao valor da
transformação gasosa. Calcule o área;
trabalho realizado e diga se é A área é de um trapézio:
sobre o gás ou pelo gás. A=
τ=
τ = (4 x 105) x (-3)/2
τ = -12 x 105/2
τ = -6 x 105 Joule
B Realizado sobre o gás pois o
b volume reduz

h
Áreas principais
Energia interna
• A energia interna de um gás é a soma das energia cinéticas médias
das suas partículas;
• Está associada a temperatura do gás
Equação – energia interna
Temperatura sempre em Kelvin!
Variação da energia interna
• Ao variar a temperatura de um gás, varia também a sua energia
interna;
• Equação:

• Transformações isotérmicas
∆T = 0, ∆U = 0
Primeira Lei da Termodinâmica
• Conservação de energia

• Equação

• Onde: Q = calor trocado


τ = trabalho
∆U = variação de energia interna
Lembrando:
• Trabalho:
τ = p . ∆V onde p = pressão e ∆V = variação de volume
SE A TRANSFORMAÇÃO FOR ISOCÓRICA, ∆V = 0, τ = 0
Se o trabalho for realizado “pelo gás” = positivo (expansão)
Se o trabalho for realizado “sobre o gás” = negativo (compressão)

• Energia Interna:
∆U = 3/2 n.R.∆T onde n = número de mols, R = constante e ∆T = variação de
temperatura
SE A TRANSFORMAÇÃO FOR ISOTÉRMICA, ∆T = 0, ∆U = 0
Calor
• Transformações adiabáticas não trocam calor
Q=0
Então:
τ = -∆U ou -τ = +∆U

Se:
• Perde calor, Q = negativo
• Ganha calor, Q = positivo
• Calor
SE A TRANSFORMAÇÃO FOR ADIABÁTICA, Q = 0
Se o gás recebe calor = Q positivo
Se o gás perde calor = Q negativo
Q = τ + ∆U
Exemplo 7:
• Certo gás diatômico e ideal recebe 12 J de
Transformação isocórica:
calor de uma fonte externa durante uma τ=0
transformação isocórica. Considerando que o Então:
gás não cede qualquer quantidade de energia
em forma de calor para suas vizinhanças, a Q = 0 + ∆U
variação da energia interna do gás, durante 12 = ∆U
essa transformação, é de:
a) +6,0 J ∆U = 12 J
b) -12,0 J
c) +12,0 J
d) +24,0 J
e) -24,0 J
Exemplo 8:
1) Suponha que um sistema passe de um estado a outro, trocando
energia com a sua vizinhança. Calcule a variação de energia interna do
sistema nos seguintes casos:
a) O sistema absorve 100 cal de calor e realiza um trabalho de 200 J.
Q = τ + ∆U 100 cal x 4,18 = 418 J
418 = 200 + ∆U
∆U = 218 J
• b) O sistema absorve 100 cal de calor e um trabalho de 200 J é
realizado sobre ele.
Q = τ + ∆U
418 = -200 + ∆U
∆U = 618 J

• c) O sistema libera 100 cal de calor para a vizinhança e um trabalho de


200 J é realizado sobre ele.
Q = τ + ∆U
-418 = -200 + ∆U
∆U = -218 J
FÍSICA, 2° Ano do Ensino Médio
Transformações cíclicas e o ciclo de Carnot

TRANSFORMAÇÃO CÍCLICA ou
FECHADA
Uma transformação gasosa será chamada de CÍCLICA
OU FECHADA, quando o estado final dessa
transformação coincide com o seu estado inicial.

É fácil notar que um gás,


quando realiza uma
transformação cíclica,
também recebe trabalho
do meio, sendo o trabalho
total a soma desses
trabalhos parciais. Cada
vez que o gás retornar ao
seu estado inicial dizemos
que a transformação Observe nesse caso que o gás
ocupa um vi, tem uma Ti e exerce
completou UM CICLO. uma pi. Assim após receber um
trabalho o gás volta às condições
FÍSICA, 2° Ano do Ensino Médio
Transformações cíclicas e o ciclo de Carnot

CÁLCULO DO TRABALHO NUMA TRANSFORMAÇÃO CÍCLICA

p p p
A A A

B B B

TAB TAB TAB

O V O V O V
Imagem: A curva fechada do gráfico acima representa uma transformação
cíclica
Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/transformacoes-
ciclicas.htm
No diagrama de pressão x volume, a transformação cíclica é
representada por uma curva fechada. Nesse caso, o
trabalho do ciclo é dado numericamente pela ÁREA INTERNA
DA CURVA que representa o ciclo.
FÍSICA, 2° Ano do Ensino Médio
Transformações cíclicas e o ciclo de Carnot

IMPORTANTE

Quando o ciclo estiver orientado no SENTIDO P


HORÁRIO, isto indica que o trabalho realizado

http://www.geocities.ws/adrianodovalle/termodina
pelo gás é maior que o recebido. Dessa forma A B
T
ciclo no sentido horário indica   0.

Quando o ciclo estiver orientado no SENTIDO

Imagem: sentido da transformação


ANTI-HORÁRIO, isto indica que o trabalho V
realizado pelo gás é menor que o recebido.
Dessa forma ciclo no sentido anti-horário indica P
  0.
A B
T
Como na transformação cíclica U=0, pela 1ª lei da
Termodinâmica Q = . Por exemplo, se o gás recebe

mica.pdf
50 J de calor do ambiente durante o ciclo, ele realiza

Fonte:
sobre o ambiente um trabalho de 50 J. V
FÍSICA, 2° Ano do Ensino Médio
Transformações cíclicas e o ciclo de Carnot

EXEMPLOS P(N/m²)
30
A B

8. (PUC-SP) Uma amostra de gás ideal sofre o 10


processo termodinâmico cíclico representado no C D
gráfico a seguir. Ao completar um ciclo, o trabalho, TAB
em joules, realizado pela força que o gás exerce nas
paredes do recipiente é:
0 0,1 0,3
a) + 6 b) + 4 c) + 2 d) - 4 e) - 6
V(m³)
9. Um gás sofre uma transformação cíclica ABCDA, P(N/m²)
conforme indicado no diagrama p x V. 6.105 A B
a) Sendo TA = 300 K a temperatura no estado
representado pelo ponto A, determine as 2.105
temperaturas em B, C e D. C D
b) Calcule o trabalho que o gás troca com o meio TAB
exterior ao percorrer o ciclo. Neste ciclo o gás
realiza ou recebe trabalho do meio exterior?
0 0,1 0,3

V(m³)
FÍSICA, 2° Ano do Ensino Médio
Transformações cíclicas e o ciclo de Carnot

10. A figura representa uma transformação p(atm)


4,0
C
cíclica ABCA sofrida por um gás perfeito.
Determine:
1,0
a) o trabalho realizado em cada transformação;
b) o trabalho do ciclo;
c) a quantidade de calor correspondente ao ciclo. B A

0 10 40 V(l)
11. Um gás perfeito descreve o ciclo ABCDA como
indica a figura ao lado. Calcule, para o ciclo:
a) o trabalho realizado; p(atm)
B
3 A
b) a quantidade de calor;
c) a variação de energia interna.

Fonte: http://www.lasalle.edu.br/upload/segundoano.pdf
1
D C
0 1 3 V(l)
Segunda Lei da Termodinâmica
• É impossível construir uma máquina térmica que, operando em
ciclos, transforme em trabalho todo o calor a ela fornecido.
Q1 = Q2 + τ
ONDE
Q1 = CALOR ABSORVIDO DA FONTE QUENTE
Q2 = CALOR LIBERADO PARA A FONTE FRIA
τ = TRABALHO
RENDIMENTO DE UMA MÁQUINA
TÉRMICA:
h = /Q1
Como  = Q1 – Q2
Temos:
 = 1 – Q2/Q1
Exemplo 12:
Uma máquina térmica recebe 1000 J de uma fonte de calor e realiza um
trabalho de 400 J. Determine a quantidade de calor liberada para a
fonte fria e o rendimento da máquina.
Q2 = Q 1 – τ
Q2 =1000 – 400
Q2 = 600 J

η=
η = 400/1000 = 0,4 x 100 = 40%
Exemplo 13:
Suponha que em uma máquina a vapor, em cada ciclo, a fonte quente
ceda uma quantidade de calor igual a 100 calorias à máquina e esta
realize um trabalho de 84 J. Considere 1 cal = 4,18 J. (a) Qual é o
rendimento da máquina térmica? (b) Qual é a quantidade de calor que
ela rejeita em cada ciclo para a fonte fria?
a) η = /Q1 100 cal = 418 J
= 84/418
= 0,20 = 20%
b) Q2 = Q1 – τ
Q2 = 418 – 84 Q2 = 334 J
14. Sabe-se que o calor de combustão do óleo diesel é de 45 x 103 J/g,
isto é, cada 1 g deste óleo libera 45 x 103 J de energia térmica, ao ser
totalmente queimado. Considerando esta informação e supondo que o
motor a diesel, referido no exercício anterior, consuma 10 g/s de
combustível, determine a potência desenvolvida por este motor.
10 gramas a cada segundo = 45 x 103 x 10 = 450 000 J

Pot = 450 000 J/1 segundo = 450 000 Watt


Ciclo de Carnot
• “Nenhuma máquina térmica que opere entre duas fontes de
calor às temperaturas T1 e T2, pode ter maior rendimento
que uma máquina de Carnot operando entre estas mesmas
fontes.”

• Ciclo com duas transformações isotérmicas intercaladas por


duas transformações adiabáticas.
Ciclo de Carnot - equações
•=

Como:
=1–

Fica: =1–
Exemplo 15:
Um inventor afirma que inventou uma máquina que extrai 25 x 106 cal
de uma fonte à temperatura de 400 K e rejeita 10 x 106 cal para uma
fonte a 200 K, entregando-nos um trabalho de 54 x 106 J. Você investiria
dinheiro na fabricação dessa máquina?
Será mesmo que a máquina é capaz de realizar um trabalho
de 54 x 106 J?
Máximo rendimento:
η= 1 – = 1 – 200/400 = 1 – 0,5 = 0,5 = 50%
Rendimento proposto pelo problema:
Q1 = 25 x 106 x 4,18 = 104 x 106 J
η= /Q1 = 54 x 106/104 x 106 = 0,52 = 52% maior que o máximo!?
Exemplo 16:
Uma máquina térmica opera segundo o ciclo de Carnot com temperaturas
de 27ºC e 67ºC em suas fontes fria e quente. O rendimento dessa
máquina térmica, em porcentagem, é aproximadamente igual a: a)
80%. b) 57%. c) 13%. d) 90%.
Referências
• professormaycon.meshfriends.com/mysite
• http://www.fisica.ufpb.br/~romero/
• www.brasilescola.com › Física
• www.mundoeducacao.com.br › Física
• www.infoescola.com/fisica
• Bonjorno e Clinton. Física História e Cotidiano. São
Paulo: FTD, 2005.
• www1.educacao.pe.gov.br
• Material SAS
• Nussenzveig. M. H. Curso de Física Básica. Vol. 2. 4
ed. São Paulo: Edgard Blucher Ltda, 2002.

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