I e II Guerras Mundias & Guerra Fria

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1ª E 2ª GUERRAS

MUNDIAIS E GUERRA
FRIA
POR MELQUESEDEQUE SANTANA
INTRODUÇÃO
Algumas guerras mobilizaram o mundo
inteiro, entre elas estão a 1ª e a 2ª
Guerras Mundiais e a Guerra Fria, e
justamente essas serão estudadas nessa
apresentação.
Através da mesma pretende-se entender
os motivos que levaram a estes conflitos,
suas histórias e suas consequências.
1ª GUERRA MUNDIAL
1914-1918
CAUSAS
 Corrida armamentista, já como uma maneira
de se protegerem, ou atacarem, no futuro
próximo.

 O pangermanismo e o pan-eslavismo, que


eram fortes vontades nacionalistas de unir os
povos germânicos e eslavos, respectivamente.

 O revanchismo francês, que era a vontade de


recuperar a região da Alsácia-Lorena, perdida
para a Alemanha na Guerra Franco Prussiana.
CAUSAS
 Alguns países, como Alemanha e Itália
ficaram descontentes com a partilha da
Ásia e da África, ocorrida no final do
século XIX.

 Concorrência comercial entre os países


europeus, principalmente na disputa
pelos mercados consumidores.
INÍCIO
O estopim foi o assassinato de Francisco
Ferdinando, príncipe do império austro-
húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-
Herzegovina) em 28 de junho de 1914. As
investigações levaram ao criminoso, um jovem
integrante de um grupo Sérvio chamado mão-
negra, contrário a influência da Áustria-Hungria
na região dos Balcãs. O império austro-húngaro
não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia
com relação ao crime e, no dia 28 de julho de
1914, declarou guerra à Servia.
FOTO

Ferdinando e sua mulher, Sofia, deixam a


Prefeitura de Sarajevo, em 28 de junho de 1914.
POLÍTICA DE ALIANÇAS

Os países europeus começaram a fazer alianças


políticas e militares desde o final do século XIX. Durante
o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um
lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália,
Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou
para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice
Entente, formada em 1907, com a participação de
França, Rússia e Reino Unido.

O Brasil também participou, enviando para os campos


de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os
países da Tríplice Entente.
DESENVOLVIMENTO
As batalhas desenvolveram-se principalmente
em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas
vezes, centenas de dias entrincheirados,
lutando pela conquista de pequenos pedaços de
território. A fome e as doenças também eram os
inimigos destes guerreiros. Nos combates
também houve a utilização de novas tecnologias
bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e
aviões. Enquanto os homens lutavam nas
trincheiras, as mulheres trabalhavam nas
indústrias bélicas como empregadas.
FIM E CONSEQUÊNCIAS
Em 1917, ocorreu um fato histórico de extrema importância: a entrada dos
Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente,
pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e
França.

Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a


assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de
Versalhes, que impunha a estes países fortes restrições e punições. A
Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada,
perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da
Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países
vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha,
influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.

A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos,


arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes
prejuízos econômicos.
FOTO
Imagens de soldados da
Primeira Guerra Mundial
no centro histórico
dedicado à batalha do
Somme, em Thiepval
(França). A batalha do
Somme foi a mais
sangrenta da guerra, com
mais de um milhão de
baixas, incluindo ao redor
de 400,000 mortos ou
desaparecidos. No dia1 de
julho de 1916, as forças
aliadas, principalmente
britânicas, atacam as
tropas alemãs na frente
do rio Somme para aliviar
a pressão sobre o exercito
francês na frente de
Verdún. Os combates
FOTO
Imagem da
Biblioteca
Internacional de
Documentação
Contemporânea
(BDIC), que
mostra um
soldado francês
sustentando um
crânio humano
no meio de uma
zona de
trincheiras
devastada pelos
bombardeios.
FOTO

Um soldado
francês e outro
alemão mortos
em uma trincheira
após um combate
corpo a corpo.
Fotografia tirada
em 8 de outubro
de 1916.
2ª GUERRA MUNDIAL
1939-1945
CAUSAS
 O expansionismo e o militarismo da Alemanha Nazista, a
ideia de Hitler era construir o “lebensraum”, o “espaço
vital” que os nazistas tanto almejavam.

 A grande humilhação que a Alemanha sofreu com o Tratado


de Versalhes

 Na década de 1920, a Alemanha encarou uma crise


econômica duríssima, que levou o país à falência. Essa crise
foi agravada com a Crise de 1929, que, por sua vez,
reforçou a crise da democracia liberal e fomentou
movimentos autoritários e fascistas pela Europa. O
fascismo italiano e o nazismo alemão são os grandes
exemplos.
INÍCIO
Os franceses e ingleses reagiram aos movimentos
de Adolf Hitler. Em 1º de setembro ele ordenou a
invasão da Polônia utilizando como justificativa um
suposto ataque polonês na fronteira com a
Alemanha (o ataque foi forjado pelos nazistas). Dois
dias depois, britânicos e franceses responderam à
agressão alemã contra a Polônia com uma
declaração de guerra. Esse foi o início da Segunda
Guerra Mundial.

Os combatentes se dividiram em dois grupos:


aliados, que era composto por Reino Unido, França,
União Soviética e Estados Unidos e eixo, que era
composto por Alemanha, Itália e Japão.
DESENVOLVIMENTO
A Segunda Guerra Mundial pode ser dividida em três fases para
melhor entendimento dos acontecimentos do conflito, a saber:

 Supremacia do Eixo (1939-1941): nessa fase, tornaram-se


notórios o uso da blitzkrieg e a conquista de diversos locais pelas
tropas da Alemanha. Além disso, na Ásia, os japoneses
conquistaram uma série de territórios dominados por britânicos,
franceses e holandeses.

 Equilíbrio de forças (1942-1943): nessa fase, os Aliados


conseguiram recuperar-se na guerra, tanto na Ásia quanto na
Europa, e equilibraram forças com os alemães. Essa fase ficou
marcada pela indefinição de quem ganharia o conflito.

 Derrota do Eixo (1944-1945): nessa fase, o Eixo estava em


decadência. A Itália foi invadida; Mussolini, deposto; os alemães e
japoneses passaram a ser derrotados sucessivamente e ambos os
FOTO

Adolf Hitler e
Benito
Mussolini eram
os líderes da
Alemanha e
Itália,
respectivamen
te. Ambas as
nações
pertenciam ao
Eixo.
DESENVOLVIMENTO
Entre 1939 e 1941, os alemães conquistaram Polônia,
Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica, França,
Iugoslávia e Grécia. Nesse período, as conquistas
aconteciam em uma velocidade assombrosa, com as
forças alemãs passando a dominar grande parte do
continente europeu.

Em 1941, a Alemanha parecia invencível, e os alemães


organizaram o seu plano mais ousado em toda a
guerra: a Operação Barbarossa. Essa operação consistia
em coordenar a invasão do grande adversário dos
alemães na Europa: o bolchevismo soviético. Até esse
momento, ambas as nações estavam em paz, pois, em
1939, haviam assinado um pacto de não agressão, em
que concordavam em não lutar entre si durante um
FOTO

Tropas alemãs em Minsk, Bielorrússia,


durante a Operação Barbarossa.
DESENVOLVIMENTO
A invasão da União Soviética aconteceu em 22 de junho
de 1941, e o plano dos alemães era conquistar o país
em oito semanas. O fracasso dos alemães nesse sentido
destruiu toda e qualquer possibilidade de o fazerem em
longo prazo, pois a Alemanha não tinha recursos e nem
dinheiro para uma guerra de longa duração contra os
soviéticos.

Os alemães tinham três objetivos: Moscou, Leningrado e


Stalingrado. A capital soviética quase foi conquistada
(Moscou) porque os alemães chegaram a poucos
quilômetros dela, mas falharam. Leningrado foi cercada
pelos alemães durante 900 dias e deixada para morrer
de fome – os relatos sobre a fome na cidade mostram o
desespero da população diante da falta de alimento.
DESENVOLVIMENTO
O ponto-chave da Segunda Guerra Mundial aconteceu em uma cidade do
sul da União Soviética (sul da atual Rússia) que fica às portas do Cáucaso e
à beira do rio Volga: Stalingrado. A conquista dessa cidade era crucial para
os alemães garantirem o controle sobre os poços de petróleo do Cáucaso,
além de ser simbólico conquistar a cidade que levava o nome do líder da
União Soviética, Josef Stalin.

A luta em Stalingrado foi duríssima e estendeu-se de julho de 1942 até


1943. Antes de Stalingrado os alemães haviam conquistado vastos
territórios da União Soviética (os alemães tinham conquistado os Países
Bálticos, Ucrânia, Bielorrússia etc). Em Stalingrado, os alemães sofreram a
derrota que iniciou a virada dos Aliados.

A batalha por Stalingrado resultou na morte de 1 a 2 milhões de pessoas,


e a descrição dessa batalha define-a como um inferno. A cidade foi
arrasada, e os alemães estiveram bem perto de conquistá-la, mas a
resistência dos soviéticos garantiu a derrota dos alemães. Durante essa
batalha, diariamente, milhares de soldados e de munição eram enviados
para as tropas soviéticas. A derrota dos alemães veio logo após a
Operação Urano.
FOTO

Destruição em Stalingrado causada pela


batalha que aconteceu na cidade entre
1942 e 1943
DESENVOLVIMENTO

As tropas alemãs foram empurradas para


fora da cidade e, sem autorização para
recuar, foram cercadas pelos soviéticos.
Nesse momento, o exército, a indústria e a
economia alemã iniciaram seu colapso.
Começava a recuperação dos Aliados na
luta contra os alemães. Outra batalha
importante que selou o destino dos
alemães na União Soviética foi a batalha
travada em Kursk, em 1943.
2ª GUERRA NA ÁSIA
O conflito na Ásia ficou marcado pela luta travada entre japoneses e
americanos no que também ficou conhecido como Guerra do Pacífico. Ao
longo da década de 1930, o Japão também manifestou intenções
expansionistas baseado em um forte militarismo. O resultado direto disso
foi a Segunda Guerra Sino-Japonesa, conflito iniciado em 1937 que se
fundiu com a Segunda Guerra Mundial e, portanto, só teve fim em 1945.

Antes mesmo do início da Segunda Guerra Mundial, os japoneses haviam


participado de uma batalha contra os soviéticos entre junho e agosto de
1939. A Batalha de Khalkhin Gol, como ficou conhecida, foi travada
basicamente por disputas territoriais existentes entre japoneses e mongóis
(apoiados pelos soviéticos).

Os japoneses foram derrotados nessa batalha, o que foi fundamental para


o caminho que os japoneses tomaram em seguida. Com a derrota nessa
batalha, os japoneses passaram a priorizar levar a guerra para o sul da
Ásia, ou seja, para as colônias europeias que ficavam no sudeste asiático,
e contra os Estados Unidos.
FOTO

Em
dezembro
de 1941, os
japoneses
atacaram
os
americanos
de surpresa
em Pearl
Harbor, no
Havaí
2ª GUERRA NA ÁSIA
O ataque a Pearl Harbor é entendido como marco da Guerra no Pacífico e aconteceu
em dezembro de 1941. Por causa desse ataque, os americanos declararam guerra
contra o Japão e iniciaram a sua luta contra o exército e marinha japoneses. Alguns
momentos marcantes da luta travada no Pacífico foram as batalhas de Midway
(vista como a virada dos americanos na luta contra os japoneses), Guadalcanal e
Tarawa, que aconteceram entre 1942 e 1943.

De 1944 em diante a situação do Japão era similar à da Alemanha: o país estava em


ruínas, mas seguia resistindo. No ano final da guerra, batalhas cruciais foram
travadas em Iwo Jima, Okinawa e nas Filipinas, sendo as duas primeiras ilhas
pertencentes ao território japonês. Nessas batalhas ficou evidente que a resistência
promovida pelos japoneses seria realizada até a morte.

Os soldados japoneses, de fato, lutaram até a morte – pouquíssimos renderam-se


aos americanos. Além da doutrinação imposta aos soldados, a rendição na cultura
japonesa era vista de forma vergonhosa, sendo assim, os soldados lutavam até ser
mortos ou, em casos extremos, cometiam o seppuku – um ritual de suicídio no qual
uma adaga é enfiada nas entranhas.

Após a rendição dos nazistas, os Aliados exigiram na Declaração de Potsdam, em


julho de 1945, a rendição incondicional dos japoneses; caso contrário, eles
enfrentariam a sua própria destruição. Os japoneses não aceitaram se render e, em
FIM
Nesse ano também (1943), britânicos e americanos ampliaram seus
esforços na luta contra os alemães. A partir dos esforços dos Estados
Unidos e da Inglaterra, as tropas alemãs foram expulsas do norte do
continente africano. Depois, os Aliados debateram a respeito das
possibilidades de um ataque contra os alemães na Normandia. Esse
plano, no entanto, foi adiado, e americanos e britânicos optaram por
invadir a Sicília.

Com o desembarque de tropas aliadas na Sicília, iniciou-se a


reconquista da Itália, e os alemães foram obrigados a reforçar as
defesas no norte italiano. Foi na frente de batalha travada na Itália,
inclusive, que as tropas brasileiras lutaram entre 1944 e 1945. A partir
de 1944, a situação da Alemanha na guerra era caótica, e mais
derrotas ocorreram.

Em junho de 1944, britânicos e americanos lideraram no dia 6 o


desembarque de tropas conhecido como Dia D. Essa operação fazia
parte dos planos de reconquista da França (ocupada pelos alemães
desde 1940). No Dia D, foram mobilizados cerca de 150 mil soldados,
FOTO

No mapa, pode-se identificar as cinco


praias designadas para o desembarque
das tropas dos Aliados.
FOTO
O Dia D foi
um dos dias
mais
marcantes
da Segunda
Guerra
Mundial e
ocorreu em 6
de junho de
1944.
FIM
Na virada de 1944 para 1945, a situação da Alemanha
era desesperadora. Nos primeiros meses de 1945, os
alemães acumularam grande parte de suas perdas em
toda a Segunda Guerra Mundial. Na virada do ano, foi
travada a última ofensiva dos alemães na Batalha das
Ardenas, que tinha como objetivo recuperar territórios na
França e Bélgica. A campanha foi um fracasso e serviu
para enfraquecer as tropas alemãs que ainda resistiam
no front oriental.

Uma consequência direta da derrota nas Ardenas foi a


perda de territórios na Polônia, quando os soviéticos
conseguiram avançar do rio Vístula para o rio Oder e ficar
à beira da fronteira com a Alemanha. Além disso, os
soviéticos avançaram pelo Leste Europeu conquistando
FIM
Foram mortas aproximadamente 70 milhões de pessoas.

A batalha final no cenário de guerra europeu foi travada em


Berlim, capital alemã, onde foi organizada a resistência final dos
nazistas em uma situação tão desesperadora que havia tropas
compostas por velhos e crianças. O ataque a Berlim foi realizado
apenas pelos soviéticos e, logo após as tropas do Exército
Vermelho entrarem no Reichstag (Parlamento alemão), Hitler e
sua esposa (Eva Braun) cometeram suicídio. O comando da
Alemanha foi transmitido para Karl Dönitz, e os alemães
renderam-se oficialmente no dia 8 de maio de 1945.

No cenário asiático, a guerra teve fim oficialmente no dia 2 de


setembro de 1945, quando os japoneses assinaram sua rendição
incondicional aos americanos. A rendição japonesa foi resultado
direto do lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima, em
6 de agosto, e Nagasaki, em 9 de agosto.
CONSEQUÊNCIAS
Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo passou por
intensas e radicais transformações. Logo após a guerra já
estava predefinido o cenário que caracterizaria o mundo
pelas décadas seguintes: o da bipolarização do período da
Guerra Fria. O Leste Europeu foi ocupado pelas tropas do
Exército Vermelho, e toda essa região ficou sob a influência
do comunismo soviético.

As potências dos Aliados reuniram-se em 1945 e debateram


a respeito das mudanças territoriais que aconteceriam no
mapa europeu. Assim, a Alemanha, por exemplo, perdeu
territórios para os soviéticos (a chamada Prússia Oriental
passou a ser da União Soviética e atualmente é conhecida
como Oblast de Kaliningrado e fica na atual Rússia). Vale
mencionar também que a Alemanha foi ocupada por tropas
britânicas, americanas, francesas e soviéticas.
CONSEQUÊNCIAS
Após a Segunda Guerra, foram criados tribunais que julgaram os
crimes de guerra cometidos por alemães e japoneses. Pessoas que
estiveram diretamente envolvidas com o Holocausto e com os
massacres cometidos pelo Japão na Ásia foram julgadas no
Tribunal Militar Internacional de Nuremberg e no Tribunal
Internacional para o Extremo Oriente.

Após o final da Segunda Guerra Mundial, foi criada a Organização


das Nações Unidas, conhecida como ONU e responsável pela
manutenção da paz entre as nações. A intenção de uma
organização como a ONU é evitar que outro conflito como a
Segunda Guerra Mundial aconteça.

Por fim, uma consequência direta da bipolarização do mundo, com


os soviéticos representando um modelo e os americanos
representando outro, foi a criação de um plano de reconstrução da
Europa Ocidental financiado pelos Estados Unidos: o Plano
GUERRA FRIA
1947-1991
CAUSAS
A União Soviética buscava implantar o socialismo em outros
países para que pudessem expandir a igualdade social,
baseado na economia planificada, partido único (Partido
Comunista), igualdade social e falta de democracia. Enquanto
os Estados Unidos, a outra potência mundial, defendia a
expansão do sistema capitalista, baseado na economia de
mercado, sistema democrático e propriedade privada.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o contraste entre o


capitalismo e socialismo era predominante entre a política,
ideologia e sistemas militares. Apesar da rivalidade e
tentativa de influenciar outros países, os Estados Unidos não
conflitou a União Soviética (e vice-versa) com armamentos,
pois os dois países tinham em posse grande quantidade de
armamento nuclear, e um conflito armado direto significaria
o fim dos dois países e, possivelmente, da vida em nosso
CAUSAS
Com o objetivo de reforçar o capitalismo, o presidente dos
Estados Unidos, Harry Truman, lança o Plano Marshal, que era
um oferecimento de empréstimos com juros baixos e
investimentos para que os países arrasados na Segunda Guerra
Mundial pudessem se recuperar economicamente. A partir
desta estratégia a União Soviética criou, em 1949, o Comecon,
que era uma espécie de contestação ao Plano Marshall que
impedia seus aliados socialistas de se interessar ao
favorecimento proposto pelo então inimigo político.

A Alemanha por sua vez, aderiu o Plano Marshall para se


restabelecer, o que fez com que a União Soviética bloqueasse
todas as rotas terrestres que davam acesso a Berlim. Desta
forma, a Alemanha, apoiada pelos Estados Unidos, abastecia
sua parte de Berlim por vias aéreas provocando maior
insatisfação soviética e o que provocou a divisão da Alemanha
em Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental.
INÍCIO
Em 1949, os Estados Unidos juntamente com seus
aliados criam a Otan (Organização do Tratado do
Atlântico Norte) que tinha como objetivo manter alianças
militares para que estes pudessem se proteger em casos
de ataque. Em contra partida, a União Soviética assina
com seus aliados o Pacto de Varsóvia que também tinha
como objetivo a união das forças militares de toda a
Europa Oriental.

Entre os aliados da Otan destacam-se: Estados Unidos,


Canadá, Grécia, Bélgica, Itália, França, Alemanha
Ocidental, Holanda, Áustria, Dinamarca, Inglaterra,
Suécia, Espanha. E os aliados do Pacto de Varsóvia
destacam-se: União Soviética, Polônia, Cuba, Alemanha
Oriental, China, Coreia do Norte, Iugoslávia,
FOTO

Países membros da OTAN (tons de azul) e


do Pacto de Varsóvia (tons de vermelho).
DESENVOLVIMENTO
Polarização: por meio de dois blocos, um sob influência americana e outro
sob influência soviética, foi a grande marca da Guerra Fria. Com isso,
americanos e soviéticos possuíam uma retórica agressiva contra seu
adversário e tinham aliados estratégicos. Houve uma tentativa de alguns
países de realizarem uma política externa independente, sem que fosse
necessário aliarem-se a algum dos dois países.

Corrida armamentista: a disputa entre as duas nações e a procura por


mostrar-se como força hegemônica motivaram ambos a investirem
pesadamente no desenvolvimento de armas de destruição em massa, as
bombas nucleares e termonucleares.

Corrida espacial: a disputa entre as duas nações manifestou-se também na


área tecnológica e, entre 1957 e 1975, concentrou-se na exploração do
espaço.

Interferência estrangeira: os dois países realizaram, ao longo dos anos de


Guerra Fria, uma série de interferências em nações estrangeiras como
forma de garantir seus interesses. O Brasil, por exemplo, foi alvo disso
FOTO

Representação da polarização política,


ideológica, social e econômica da época,
também conhecida como mundo bipolar
DESENVOLVIMENTO
Revolução Chinesa: a China foi um dos locais influenciados pela ideologia
comunista e, desde a década de 1920, o país vivia uma guerra civil travada
por nacionalistas (apoiados pelo EUA) e comunistas (apoiados pela URSS).
Depois do fim da 2ª Guerra, a guerra civil retomou, e os comunistas
conseguiram se impor e conquistaram o poder do país em 1949. O avanço
do comunismo pela China alarmou os americanos e fez com que pesados
investimentos dos EUA fossem destinados a locais como Japão e Coreia do
Sul.

Guerra da Coreia: esse foi o primeiro grande conflito, depois da Segunda


Guerra Mundial, e aconteceu entre 1950 e 1953. Esse conflito foi resultado
da divisão da Península da Coreia, feita por americanos e soviéticos, em
1945. O norte, governado por comunistas, e o sul, governado por um
governo capitalista.

A tensão desenvolvida entre os dois lados, entre 1945 e 1950, levou os


norte-coreanos a invadirem a Coreia do Sul. O objetivo era reunificar a
Coreia sob um governo comunista. Os soviéticos participaram do conflito às
escondidas, e os americanos entraram no conflito já em 1950. O conflito foi
encerrado sem vencedores e a península permanece dividida até hoje.
FOTO

Representação da Guerra da Coreia, conflito que


dividiu a Coreia em duas, a do Norte e a do Sul
CRISE DOS MÍSSEIS EM
CUBA
O momento de maior tensão em toda a Guerra Fria ficou
conhecido como Crise dos Mísseis e aconteceu em
Cuba, em 1962. Cuba havia passado por uma revolução
nacionalista, em 1959, e um tempo depois aliou-se com
os soviéticos por causa dos embargos americanos. Em
1962, os soviéticos resolveram instalar uma base de
mísseis em Cuba e deu início à crise diplomática.

Os mísseis instalados em Cuba não representavam séria


ameaça aos americanos, mas prejudicavam a imagem
do presidente John F. Kennedy. Com isso, o governo
americano ameaçou os soviéticos de guerra, caso os
mísseis soviéticos não fossem retirados. Duas semanas
depois, os soviéticos retiraram os mísseis de Cuba e, em
troca, os americanos retiraram mísseis da Turquia.
GUERRA DO VIETNÃ
A Guerra do Vietnã aconteceu entre 1959 e 1975 e
foi um dos momentos mais tensos dos EUA na
Guerra Fria. Nessa guerra, Vietnã do Norte e
Vietnã do Sul travavam um conflito aos mesmos
moldes do que havia acontecido na Coreia. Os
americanos, em socorro aos sul-vietnamitas,
invadiram o país e passaram a lutar contra o
Vietnã do Norte.

A Guerra do Vietnã foi cara para a economia


americana e custou milhares de vidas ao seu
exército, que se retirou do país, em 1973,
derrotados. Em 1976, o país foi unificado sob
GUERRA DO AFEGANISTÃO DE 1979

Esse é o conhecido “Vietnã dos


soviéticos”. Os soviéticos invadiram o
Afeganistão, em 1979, em apoio do
governo comunista daquele país contra os
rebeldes fundamentalistas islâmicos que
atuavam, sobretudo, no interior afegão. Ao
longo de dez anos de conflito, os
soviéticos lutaram em vão contra as forças
rebeldes. Exauridos economicamente, os
soviéticos retiraram-se do Afeganistão, em
1989.
ALEMANHA NA GUERRA
FRIA
A Alemanha foi um local de extrema importância durante
a Guerra Fria, porque ali a polarização manifestou-se de
forma intensa. O país foi dividido em zonas de influência,
no fim da 2ª Guerra, e elas resultaram no surgimento de
duas Alemanhas: a Alemanha Ocidental, aliada dos EUA,
e a Alemanha Oriental, aliada da URSS.

Essa divisão também foi refletida em Berlim que, a partir


de 1961, foi dividida por um muro construído pelo
governo da Alemanha Oriental, em parceria com a União
Soviética. Os comunistas queriam colocar fim a evasão
de população da Alemanha Oriental para Berlim
Ocidental. O Muro de Berlim permaneceu de pé por 28
anos e foi o símbolo da polarização causada pela Guerra
Fria.
DESENVOLVIMENTO
Ao longo dos anos da Guerra Fria, americanos e soviéticos
procuraram garantir sua influência sobre seu bloco e para isso
criaram grupos que realizaram a cooperação econômica,
política e militar entre seus aliados.

Plano Marshall e Comecon: o Plano Marshall, como citado, foi


criado pelos EUA para financiar a reconstrução da Europa e
conter o avanço do comunismo. Os soviéticos, em represália,
criaram o Conselho para Assistência Econômica Mútua, o
Comecon, que garantia apoio econômico aos países do bloco
comunista.

Otan e Pacto de Varsóvia: a Organização do Tratado do


Atlântico Norte (Otan) foi criado como uma aliança militar
entre os países alinhados aos Estados Unidos, em 1949. O
Pacto de Varsóvia, por sua vez, criado em 1955, visava a
FIM
A partir da década de 1970, a economia da União Soviética começou
a entrar em crise. A crise foi resultado da falta de ações do governo
soviético para dinamizar a economia do país, que já demonstrava
estar em atraso tecnológico e econômico em relação às grandes
potências mundiais, e os indicadores sociais do país começaram a
cair.

A disparada no valor do petróleo criou um clima de falsa


prosperidade, que impediu que reformas na economia soviética
acontecessem. O envolvimento do país na Guerra do Afeganistão e o
acidente nuclear que aconteceu em Chernobyl, em 1986, contribuíram
para o fim da URSS, pois impuseram pesados gastos a um país com
uma economia já fragilizada.

O último presidente soviético, Mikhail Gorbachev, começou a realizar


reformas (Glasnost e Perestroika) de abertura do país para o Ocidente,
sobretudo na economia, e essas levaram ao desmantelamento da
União Soviética. Quando Gorbachev renunciou, em 25 de dezembro
FOTO

A abertura da URSS aconteceu durante o


governo de Mikhail Gorbachev.
FIM
No lado americano morreram cerca de 500 mil, no lado
russo cerca de 20 milhões de soviéticos foram mortos.

A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas


repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do
socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro
de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas.

No começo da década de 1990, o então presidente da


União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do
socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas
econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o
sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de
embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo
vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países
FOTO
Multidão em
frente o Muro
de Berlim
enquanto
guardas da
fronteira da
Alemanha
Oriental
derrubam parte
da barreira,
criado um novo
ponto de
travessia entre
Berlim
Ocidental e
CONSEQUÊNCIAS
 Reunificação da Alemanha

 Formação de novos blocos econômicos

 Derrota do socialismo

 Ascensão do capitalismo em todo o mundo

 Grande desenvolvimento e avanço tecnológicos

 Modificação do mapa-múndi, com o surgimento


CONSEQUÊNCIAS
No Brasil, a Guerra Fria também trouxe
consequências marcantes. Uma delas foi o
rompimento de relações diretas com a URSS
e, consequentemente, o aumento da
dependência com os Estados Unidos.

Além disso, durante esse período, ocorria em


nosso país a Ditadura Militar. Esse clima de
tensão contribuiu para a perseguição de
comunistas em solo brasileiro. Além disso, os
EUA financiaram fortemente o avanço dos
militares em nosso país.
QUADRO COMPARATIVO
Guerras 1ª Guerra Mundial 2ª Guerra Mundial Guerra Fria

Datas 1914-1918 1939-1945 1947-1991

Alianças Tríplice Aliança: Itália, Aliados: Reino Unido, França, URSS e Capitalismo: EUA
Império Austro- EUA. Socialismo: URSS
Húngaro e Alemanha. Eixo: Alemanha, Itália e Japão.
Tríplice Entente:
França, Rússia e Reino
Unido.
Estopins Morte de Francisco Invasão da Polônia pela Alemanha Não há
Ferdinando

Fases Paz armada, guerra de Vitórias do Eixo, derrotas do Eixo Alta tensão,
movimento, coexistência
trincheiras

Brasil Presidente: Venceslau Presidente: Getúlio Vargas. Apoio com Presidentes: 17 ao


Brás. Apoio logístico à 25 mil soldados aos Aliados todo. Quebra dos
Tríplice Entente acordos com a
Rússia e
fortalecimento das
relações com os
CONCLUSÃO
Com esta apresentação foi possível realizar
uma análise sobre três grande guerras da
história humana, apontando a influência
histórica, política, econômica e social das
mesmas.
Conclui-se que qualquer guerra não é
positiva para nenhum dos envolvidos, a
guerra é na verdade uma forma de homens
sem coragem ordenarem a morte de
milhões de pessoas.
Nada justifica uma guerra e nada é capaz
REFERÊNCIAS
ABRANTES, Beatriz. Guerra Fria: o que é, resumo e características!
Stoodi, 2019. Disponível em: <
https://www.stoodi.com.br/blog/2019/06/18/guerra-fria-o-que-e-
resumo-e-caracteristicas/>. Acesso em: 5 de abr. de 2020, às 14:17.

AS 15 imagens que resumem a Primeira Guerra Mundial. El País,


2018. Disponível em: <
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/11/album/1541942101_34998
4.html#foto_gal_1>. Acesso em: 5 de abr. de 2020, às 12:22.

FOTOS: Há 100 anos, o assassinato de Francisco Ferdinando. G1,


Globo, 2014. Disponível em: <
http://g1.globo.com/mundo/fotos/2014/06/fotos-ha-100-anos-o-
assassinato-de-francisco-ferdinando.html#F1260129>. Acesso em: 5
de abr. de 2020, às 12:03.

GUERRA Fria. Só História, Virtuous Tecnologia da Informação, s.d.


Disponível em: < http://www.sohistoria.com.br/ef2/guerrafria/>.
REFERÊNCIAS

NEVES, Daniel. Guerra Fria. Brasil escola, s.d. Disponível em: <
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/guerra-fria.htm>. Acesso em:
5 de abr. de 2020, às 13:47.

NEVES, Daniel. Segunda Guerra Mundial. Brasil escola, s.d.


Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-
guerra-mundial.htm>. Acesso em: 5 de abr. de 2020, às 12:34.

PRIMEIRA Guerra Mundial. Só História, Virtuous Tecnologia da


Informação, s.d. Disponível em:
<http://www.sohistoria.com.br/ef2/primeiraguerra/>. Acesso em: 4 de
abr. de 2020, às 23:05.

QUEDA do Muro de Berlim: o dia em que o mundo mudou. O Globo,


Globo, 2019. Disponível em: <
https://oglobo.globo.com/mundo/queda-do-muro-de-berlim-dia-em-
que-mundo-mudou-24070411>. Acesso em: 5 de abr. de 2020, às

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