Fisioterapia pélvica (1)
Fisioterapia pélvica (1)
Fisioterapia pélvica (1)
Título: A fisioterapia pélvica como abordagem terapêutica no Sistema Único de Saúde: percepção de
profissionais da rede pública.
Autor: Sara Regina Stein, Fernanda Vicenzi Pavan, Erica Feio Carneiro Nunes, Gustavo Fernando Sutter Latorre.
Ano: 2018.
Objeto do estudo: A pesquisa investigou o conhecimento e a prática de profissionais de saúde (médicos e enfermeiros)
em relação à fisioterapia pélvica no tratamento de disfunções do assoalho pélvico no contexto da rede pública de saúde.
Metodologia: Estudo transversal e exploratório, utilizando um questionário misto com questões abertas e fechadas.
Principais resultados: O estudo evidencia a importância da fisioterapia pélvica como ferramenta terapêutica essencial
para melhorar a qualidade de vida de pacientes com disfunções do assoalho pélvico. No entanto, ressalta-se que
desafios como a falta de serviços especializados e barreiras no encaminhamento precisam ser enfrentados.
É fundamental que políticas públicas e programas de capacitação sejam fortalecidos para ampliar o acesso à
fisioterapia pélvica no SUS
1) Há quanto tempo você é formada e qual a base salarial Escolhemos uma profissional da fisioterapia pélvica,
da sua profissão (fisioterapia pélvica)? por isso, selecionamos perguntas referentes a sua
área.
2) Quais são os sinais mais comuns de disfunções do
assoalho pélvico que as pessoas costumam ignorar? Levamos em consideração as questões mais comuns
da profissão, suas habilidades e especialidade.
3) Você trabalha em conjunto com outros profissionais de
saúde, como ginecologistas e urologistas, para um
atendimento mais integrado?
O estudo foi realizado em Timbó, Santa Catarina, com 13 profissionais da atenção primária, e
destaca tanto avanços no entendimento da fisioterapia pélvica quanto barreiras estruturais e
institucionais que limitam sua prática no sistema público de saúde.
Discussão
A pesquisa revelou que, embora a maioria dos profissionais entrevistados reconheça o papel da
fisioterapia pélvica no manejo de disfunções como incontinência urinária, prolapsos genitais e
disfunções sexuais, a atuação desses profissionais é limitada por fatores estruturais. Enquanto
médicos possuem maior autonomia para encaminhamentos, enfermeiros enfrentam restrições que
comprometem a agilidade no atendimento. Além disso, constatou-se que grande parte do
conhecimento sobre fisioterapia pélvica é adquirido informalmente, por meio de contatos com
fisioterapeutas, ao invés de formações sistemáticas. Essa lacuna evidencia a necessidade de maior
integração interdisciplinar e capacitação nas equipes de saúde da família.
Outro ponto importante levantado pelo estudo é a carência de serviços especializados na rede
pública. Apesar de a fisioterapia pélvica ser uma abordagem de baixo custo, alta eficácia e
recomendada como primeira linha de tratamento para algumas condições, sua implementação ainda
é insuficiente. Isso compromete a integralidade do cuidado no SUS, sobretudo para pacientes com
disfunções complexas do assoalho pélvico.
Conclusão
O estudo evidencia a importância da fisioterapia pélvica como ferramenta terapêutica essencial para
melhorar a qualidade de vida de pacientes com disfunções do assoalho pélvico. No entanto, ressalta-
se que desafios como a falta de serviços especializados e barreiras no encaminhamento precisam
ser enfrentados.
É fundamental que políticas públicas e programas de capacitação sejam fortalecidos para ampliar o
acesso à fisioterapia pélvica no SUS. A integração dessa especialidade nos protocolos de saúde
pública pode promover um cuidado mais eficaz e humanizado, além de reduzir custos com
tratamentos invasivos.