Cap. 05 - Filosofia Cristã [Patrística e Escolástica]

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Filosofia Cristã

Patrística e Escolástica
Filosofia Cristã ou
Medieval

A Filosofia Cristã ou Medieval


divide-se em dois grandes
períodos:

1) Patrística: do séc. I ao
séc. VIII d.C.

2) Escolástica: do séc. VIII ao


séc. XIV d.C.
Patrística
Séc. I d.C – XIV d.C.
Início e término da
Patrística

A Patrística é um período da
Filosofia Cristã (ou Medieval)
que tem:

• início no séc. I, com as cartas de São João e


São Paulo;
• e término no séc. VIII, com o segundo
Concílio de Nicéia.
Surgimento da Patrística

A Patrística é um período
filosófico que está totalmente
fundamentado no surgimento
de uma nova religião: o
cristianismo.

Portanto, o surgimento do cristianismo fez


com que um novo modo de fazer filosofia
fosse criado, distanciando-se assim da então
conhecida Filosofia Antiga Pagã (Grega).
Surgimento da Patrística
A Patrística tem este nome
porque seu pensamento foi obra
não só dos dois apóstolos
intelectuais (Paulo e João), mas
também dos chamados Padres
da Igreja.

Os Padres da Igreja foram os primeiros líderes


espirituais e políticos do cristianismo após a
morte dos apóstolos.
Principais filósofos da
Patrística

Os nomes mais importantes da Patrística


foram:
Justino, Tertuliano, Orígenes, Clemente
de Alexandria, Eusébio de Cesaréia,
Santo Ambrósio, São Gregório Nazianzo,
São João Crisóstomo, Santo Agostinho e
Boécio.
Características da
Patrística

A Patrística foi o resultado do esforço feito


pelos dois apóstolos intelectuais (Paulo e
João) e pelos primeiros Padres da Igreja...

...com o objetivo de conciliar a nova


religião cristã com o pensamento
filosófico grego antigo (pois somente com
tal conciliação seria possível convencer os
pagãos da nova verdade cristã e convertê-los
a ela).
Características da
Patrística

A fonte teórica fundamental e


principal da Patrística foi o
pensamento de Platão.

Com a teoria das Ideias de


Platão, os Padres da Igreja
puderam legitimar alguns
dogmas cristãos como o mundo
espiritual, o paraíso (céu) e a Busto de
imortalidade da alma etc. Platão
Características da
Patrística

Portanto, a filosofia Patrística


está relacionada:
• à tarefa religiosa de
evangelização;
• e à defesa da religião
cristã contra os ataques
teóricos e morais que
recebiam dos filósofos gregos
antigos.
Ideias introduzidas pela
Patrística

A Patrística introduziu ideias desconhecidas


para o filósofos greco-romanos antigos:
• ideia de criação do mundo a partir do nada;

• concepção de pecado original do homem;

• concepção de Deus como trindade e unidade;

• ideia de encarnação e morte de Deus (Jesus


Cristo, a única verdade existente);
• noção de juízo final, fins dos tempos,
ressurreição dos mortos e vida eterna.
Santo Agostinho e Boécio

Com Santo Agostinho e


Boécio, a Patrística
também introduziu as
ideias de Consciência
Moral, Mal Moral e
Livre-Arbítrio...

...pois é pelo fato do homem ser dotado da


liberdade de escolha entre o bem e o mal é que ele
se torna o único responsável pela existência do mal
moral no mundo.
Características da
Patrística
Para impor as ideias cristãs, os Padres da Igreja
as transformaram em dogmas, isto é, em
verdades e decretos inquestionáveis revelados
por Deus.

Com isso, surge uma distinção desconhecida até


então pelos filósofos gregos antigos entre:
• verdades sobrenaturais, reveladas por Deus
através da fé;
• verdades naturais, fruto do intelecto
humano e da razão.
O ponto central da
Patrística
Portanto, o grande tema da Patrística é o da
possibilidade ou impossibilidade de conciliar a
razão com a fé, surgindo três posições principais:
• Os que julgavam fé e razão irreconciliáveis e a fé
como superiora à razão;
• Os que julgavam fé e razão conciliáveis, mas
subordinavam a razão à fé;
• Os que julgavam fé e razão irreconciliáveis, mas
afirmavam que cada uma tem o seu campo de
conhecimento e que, por isso, não devem se
misturar.
Escolástica
Séc. VIII d.C – XIV d.C.
Início e término da
Escolástica

A Escolástica é um segundo
período da Filosofia Cristã (ou
Medieval) que tem:

• início no séc. VIII, com o surgimento do Sacro


Império Romano de Carlos Magno (baixa Idade
Média);
• e término no séc. XIV, com o surgimento do
Renascetismo.
Surgimento da
Escolástica
O nome Escolástica provém:

• tanto do esforço de
criação das primeiras
escolas e universida-
des em torno catedrais
e mosteiros;

• como também pelo hábito do ensino da


filosofia cristã em tais escolas e universidades.
Características da
Escolástica
A Escolástica é o período em que a Igreja
Romana dominava a Europa, ungia e coroava
reis, organizava as Cruzadas à Terra Santa
(Jerusalém) e criava as primeiras universidades
medievais.

O Papa Leão III


coroando Carlos Magno
Características da
Escolástica

Conservando e discutindo os mesmos


problemas da Patrística, a Escolástica
acrescentou outros, tendo como influências
fundamentais, além de Platão, também as
ideias de Aristóteles e Santo Agostinho.

É neste período que surge a


Filosofia Cristã ou a teologia
propriamente dita.
Temas abordados pela
Escolástica
• A diferença e separação entre infinito (Deus) e finito
(homem e mundo);
• A diferença entre razão e fé (em que a primeira deve
se subordinar à segunda);
• A diferença e separação entre corpo (matéria) e alma
(espírito);
• A hierarquia dos seres no Universo, pelo qual os
superiores governam e dominam os inferiores (Deus,
serafins, arcanjos, anjos, homens, animais, vegetais,
minerais etc.);
• A subordinação do poder temporal do reis e barões ao
poder espiritual dos papas e bispos.
Características da
Escolástica

Outra característica marcante da Escolástica foi


o método por ela inventado para expor as ideias
filosóficas, conhecido como Disputa.

Figura que representa o


método da Disputa nas
Universidades Medievais
Método da Disputa na
Escolástica

Segundo o método da Disputa,


apresentava-se uma tese e esta
deveria ser defendida ou
refutada com argumentos tirados
da Bíblia, de Platão, Aristóteles ou
de outros Padres da Igreja
(particularmente Pedro Lombardo).

Representação da Disputa: uma


tese apresentada pelo professor
para a Disputa dos alunos.
Método da Disputa na
Escolástica

Desta maneira, uma ideia


era considerada como
tese verdadeira ou falsa
dependendo da força e da
qualidade dos argumentos
encontrados nos vários
autores importantes.
O Princípio da Autoridade na
Escolástica
Por causa do método da Disputa é que se costuma
dizer que na Idade Média o pensamento estava
subordinado ao princípio da autoridade:

uma ideia só é considerada verdadeira se for


baseada nos argumentos de uma autoridade
reconhecida, como a Bíblia, Platão, Aristóteles,
Padres da Igreja, santos, papas etc.

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