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Aula 1 Introdução á Profissão

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Prof.ª: Patricia Oliveira; Esp.

- Intensivista e Estomaterapeuta
Introdução a Profissão
Historia da Enfermagem
A profissão Enfermagem surgiu com a evolução e o desenvolvimento das práticas de
saúde no decorrer do tempo. A saúde de forma instintiva foi o primeiro método de
assistência, garantindo ao homem a manutenção da sobrevivência. Com relação à
Enfermagem, fatos que remetiam à época eram questões que envolviam a prática de
partos domiciliares por pessoas sem conhecimento técnico. Muitas vezes esses
partos eram realizados por mulheres.

A Enfermagem foi uma prática leiga, Trata-se do período medieval, onde a assistência
era desenvolvida por religiosos, e que ocorreu do século V ao XIII. Esse período serviu
para que fossem aceitos pela sociedade conceitos inerentes à profissão, como
obediência e espírito de serviço, que dão à Enfermagem perfil de sacerdócio, e não de
profissão.

Em hospitais religiosos, enclausurada, a Enfermagem permaneceu desorganizada por


muito tempo, o que se agravou após a Santa Inquisição e a Reforma Religiosa. Os
hospitais passam a ser local de aglomeração de pessoas de todos os tipos, onde
doentes dividem o mesmo espaço em leitos coletivos.
Introdução a Profissão
Historia da Enfermagem

O Ministro da Guerra da Inglaterra convida Florence


Nightingale para atuar junto aos feridos em combate
na guerra da Crimeia.

Florence Nightingale teve papel fundamental na


história da Enfermagem e para a construção de
conceitos que são utilizados até os dias atuais. Filha
de ingleses, nascida em 12 de maio de 1820, em
Florença, na Itália, tinha firmeza em seus propósitos e
dominava o inglês, o francês, o italiano, o grego e o
latim, o que lhe dava grande habilidade para
conversar e negociar com políticos e oficiais do
Exército.
Introdução a Profissão
Historia da Enfermagem
Estudou as atividades das Irmandades Católicas em Roma,
com o desejo de ser enfermeira. Sempre envolvida em
atividades religiosas que a levavam a obter maior
conhecimento acerca da profissão, se preparava para sua
maior e mais importante jornada. Em 1854, Inglaterra, França
e Turquia declaram guerra à Rússia: a Guerra da Crimeia. O
cenário era de completo caos, os soldados estavam em total
abandono e a mortalidade entre os hospitalizados chegava a
40%. Florence e mais 38 voluntárias, entre leigas e religiosas
de diversos hospitais, partiram para Scutari. Algumas
dessas mulheres não se adaptaram ou eram indisciplinadas
e foram despedidas; mesmo assim, a mortalidade caiu de
40% para 2%.
Introdução a Profissão
Historia da Enfermagem
Durante a guerra, Florence contrai tifo e retorna da
Crimeia em 1856, passando a ter uma vida inválida.
Passa a dedicar-se a trabalhos intelectuais e recebe
um prêmio do governo inglês pelos trabalhos
desenvolvidos. Graças a esse prêmio, consegue iniciar
a Escola de Enfermagem, em 1859, que certamente
mudou o destino da Enfermagem. Com disciplina
rigorosa, a escola fundada no Hospital Saint Thomas
serviu de modelo para escolas fundadas
posteriormente. Com aulas ministradas por médicos, o
curso tinha duração de um ano e o regime militar era
característica da escola nightingaleana. Em 13 de
agosto de 1910, Florence morre, mantendo o acesso
ao ensino da Enfermagem, que deixa de ser tratado
como atividade empírica e passa à ocupação
assalariada, passando a atender a necessidade da mão
de obra nos hospitais e se estabelecendo como prática
social específica e institucionalizada.
Introdução a Profissão
Historia da Enfermagem
No Brasil...
A Enfermagem se organiza a partir do período colonial e termina no século XIX.
Desenvolvida por um grupo praticamente de escravos, a profissão surge como mera
prestação de cuidados aos doentes e geralmente era realizada nos domicílios. No que
diz respeito à saúde dos brasileiros, vale ressaltar a importância do padre José de
Anchieta, que foi além dos ensinamentos de catequese e atendia aos necessitados,
atuando em atividades de médico e enfermeiro. Foram registrados pelo padre escritos
sobre clima, doenças e ervas.

Em 1832, criou-se a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e a escola de parteiras da


Faculdade de Medicina diplomou, em 1833, a ilustre Madame Durocher, a primeira
parteira formada no Brasil. No início do século XX, têm início as teses médicas sobre
Higiene Escolar e Infantil, abrindo novos olhares diante dos resultados positivos que
foram obtidos. Porém, esses estudos não refletiram na Enfermagem, e no tempo do
império raros nomes se destacaram, mas o de Anna Nery merece menção especial.
Introdução a Profissão
Historia da Enfermagem
Anna Justina Ferreira nasceu em 13 de dezembro de
1814, na cidade de Cachoeira, no estado da Bahia.
Enviuvou de Isidoro Antonio Nery aos 30 anos. Teve
dois filhos, um, médico militar e o outro, oficial do
Exército, que foram convocados pelo serviço militar
para atuarem na Guerra do Paraguai, em 1864.

Anna Nery não suporta a separação dos filhos e


escreve ao presidente, colocando-se à disposição da
nação. Autorizada, parte para os campos de batalha
onde mais dois de seus irmãos também lutavam. Não
mede esforços para ajudar os feridos e improvisa
hospitais para realizar os atendimentos. Volta ao
Brasil após cinco anos e é recebida com
condecorações, e tem uma imagem pintada e
colocada no Paço Municipal. Morreu no Rio de
Janeiro em 20 de maio de 1880.
Introdução a Profissão
Historia da Enfermagem
O Departamento Nacional de Saúde Pública, criado pela Reforma
Carlos Chagas (1920), executa ações nas atividades de Saúde Pública
no Brasil.
Foi criada a Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras no Rio
de Janeiro, que serviu para a formação de pessoal na área de
Enfermagem, visando atender às atividades de saúde pública e aos
hospitais militares e civis. De fato, esta escola de Enfermagem foi a
primeira escola de Enfermagem brasileira, criada pelo Decreto Federal
nº 791, de 27 de setembro de 1890, e que hoje se denomina Escola de
Enfermagem Alfredo Pinto, pertencente à Universidade do Rio de
Janeiro (UNI-RIO).
Introdução a Profissão
Historia da Enfermagem
Em fins de 1908, foi instalada e organizada no Brasil a Cruz Vermelha
Brasileira, tendo o médico Oswaldo Cruz como primeiro presidente. Sua
atuação na Primeira Grande Guerra Mundial lhe rendeu destaque com a
colaboração na estruturação dos postos de atendimento durante a epidemia de
gripe espanhola, enviando a diversas instituições e domicílios socorristas
profissionais. Sua participação foi de suma importância também durante as
secas do nordeste e as inundações nos estados da Bahia e Sergipe. Até os dias
atuais dedica-se à formação de voluntários.
Introdução a Profissão
Historia da Enfermagem
primeiras escolas de Enfermagem no Brasil, que inicialmente serviram de modelo e
que até hoje continuam suas atividades, formando profissionais na área da
Enfermagem:

• Escola de Enfermagem Alfredo Pinto: Fundada em 1890, é a mais antiga do Brasil. Dirigida por
enfermeiras diplomadas, foi reorganizada por uma das pioneiras da Escola Anna Nery, Maria
Panphiro;

•Escola da Cruz Vermelha do Rio de Janeiro: foi criada para atender as necessidades da
população que sofreu com a Primeira Guerra Mundial. Iniciou suas atividades em 1916 com o
curso de socorrista. Uma curiosidade é que seus diplomas eram oficializados pelo Ministério da
Guerra e não por uma instituição educacional;
Introdução a Profissão
Historia da Enfermagem
• Escola Anna Nery: iniciou sua primeira turma, composta por 14 alunas, nas dependências
de um internato próximo ao Hospital São Francisco de Assis, que serviria de campo de estágio.
Um surto de varíola acometeu a cidade do Rio de Janeiro em 1923, onde alunas enfermeiras
dedicaram-se voluntariamente ao combate à doença. Logo foi possível observar uma redução do
índice de mortalidade quando comparado a epidemias anteriores. Raquel Haddock Lobo foi
primeira diretora brasileira da Escola Anna Nery. Pioneira da Enfermagem moderna no Brasil,
participou da Primeira Grande Guerra na Europa e integrou-se à Cruz Vermelha Francesa.

• Escola de Enfermagem Carlos Chagas: dirigida por Laís Netto dos Reys, foi inaugurada em
julho de 1933 a primeira escola a funcionar fora da capital da república e a diplomar religiosas no
Brasil. Foi criada pelo Estado por meio do decreto 10.925 de 07 de junho do mesmo ano, por
iniciativa do doutor Ernani Agrícola, diretor da saúde pública de Minas Gerais;

• Escola de Enfermagem Luisa de Marillac: a mais antiga escola religiosa do Brasil, fundada
e dirigida pela Irmã Matilde Nina. Essa escola representou uma evolução da Enfermagem nacional
por possibilitar não somente a formação de religiosas de todas as congregações, mas também de
jovens estudantes;
Introdução a Profissão
Historia da Enfermagem
• Escola Paulista de Enfermagem: quando, em 1939, as Franciscanas Missionárias de Maria fundaram-
na, levaram não somente o pioneirismo da renovação da Enfermagem à capital paulista, mas também
ao início do curso de pós-graduação em Enfermagem obstétrica, que, por sua vez, originou tantos
outros que ainda hoje são ministrados por todo o país;

• Escola de Enfermagem da USP: pertencente à Universidade de São Paulo e fundada em 1944, com a
participação da Fundação de Serviços de Saúde Pública (FSESP), a Escola de Enfermagem da USP
teve sua primeira turma formada em 1946 sob a direção da Sra. Edith Franckel, que era
superintendente do serviço de enfermeiras do Departamento de Saúde do Estado de São Paulo.
Introdução a Profissão
ABEn
Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn Sociedade civil sem fins lucrativos
que congrega enfermeiras e técnicos em enfermagem, fundada em agosto de 1926,
sob a denominação de "Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas
Brasileiras".
É uma entidade de direito privado, de caráter científico e assistencial regida pelas
disposições do Estatuto, Regulamento Geral ou Regimento Especial em 1929, no
Canadá, na Cidade de Montreal, a Associação Brasileira de Enfermagem, foi
admitida no Conselho Internacional de Enfermeiras (I.C.N.). Por um espaço de
tempo a associação ficou inativa.
Em 1944, um grupo de enfermeiras resolveu reerguê-la com o nome Associação
Brasileira de Enfermeiras Diplomadas. Seus estatutos foram aprovados em 18 de
setembro de 1945. Foram criadas Seções Estaduais, Coordenadorias de
Comissões.
Ficou estabelecido que em qualquer Estado onde houvesse 7 (sete) enfermeiras
diplomadas, poderia ser formada uma Seção. Em 1955, esse número foi elevado a
10 (dez). Em 1952, a Associação foi considerada de Utilidade Pública pelo Decreto
nº 31.416/52. Em 21 de agosto de 1964, foi mudada a denominação para Associação
Brasileira de Enfermagem - ABEn, com sede em Brasília, funciona através de
Seções formadas nos Estados, e no Distrito Federal, as quais, por sua vez, poderão
subdividir-se em Distritos formados nos Municípios das Unidades Federativas da
União.
Introdução a Profissão
ABEn
-Finalidades da ABEn: Congregar os enfermeiros e técnicos em enfermagem,
incentivar o espírito de união e solidariedade entre as classes; Promover o
desenvolvimento técnico, científico e profissional dos integrantes de Enfermagem do
País; Promover integração às demais entidades representativas da Enfermagem, na
defesa dos interesses da profis- Realizações da ABEn:

- Congresso Brasileiro em Enfermagem: Uma das formas eficazes que a ABEn utiliza
para beneficiar a classe dos enfermeiros, reunindo enfermeiros de todo o país nos
Congressos para fortalecer a união entre os profissionais, aprofundar a formação
profissional e incentivar o espírito de colaboração e o intercâmbio de conhecimentos.
Introdução a Profissão
ABEn
- Revista Brasileira de Enfermagem: A Revista Brasileira de
Enfermagem é Órgão Oficial, publicado bimestralmente e
constitui grande valor para a classe, pois trata de assuntos
relacionados à saúde, profissão e desenvolvimento da
ciência. A idéia da publicação da Revista surgiu em 1929,
quando Edith Magalhães Franckel, Raquel Haddock Lobo e
Zaira Cintra Vidal participaram do Congresso do I.C.N. em
Montreal, Canadá. Numa das reuniões de redatoras da
Revista, Miss Clayton considerou indispensável ao
desenvolvimento profissional a publicação de um periódico
da área. Em maio de 1932 foi publicado o 1º número com o
nome de "Anais de Enfermagem", que permaneceu até 1954.
No VII Congresso Brasileiro de Enfermagem foi sugerida e
aceita a troca do nome para "Revista brasileira de
enfermagem"- ABEn (REBen). Diversas publicações estão
sendo levadas a efeito: Manuais, Livros didáticos, Boletim
Informativo, Resumo de Teses, Jornal de Enfermagem.
Introdução a Profissão
Cofen /Coren
Sistema Cofen/Coren’s-

Histórico: Criação- Em 12 de julho de 1973, através da Lei 5.905, foram criados os


Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, constituindo em seu conjunto
Autarquias Federais, vinculadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. O
Conselho Federal e os Conselhos Regionais são Órgãos disciplinadores do exercício da
Profissão de Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem. Em cada Estado existe
um Conselho Regional, os quais estão subordinados ao Conselho federal, que é sediado
no Rio de Janeiro e com Escritório Federal em Brasília.
Introdução a Profissão
Cofen /Coren
Direção: Os Conselhos Regionais são dirigidos pelos próprios inscritos, que formam
uma chapa e concorrem a eleições. O mandato dos membros do COFEN/CORENs é
honorífico e tem duração de três anos, com direito apenas a uma reeleição. A
formação do plenário do COFEN é composta pelos profissionais que são eleitos pelos
Presidentes dos CORENs.
Finalidade: O objetivo primordial é zelar pela qualidade dos profissionais de
Enfermagem e cumprimento da Lei do Exercício Profissional. O Sistema
COFEN/CORENs encontra-se representado em 27 Estados Brasileiros, sendo este
filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros em Genebra.

- Competências:
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN): Normatizar e expedir instruções, para
uniformidade de procedimento e bom funcionamento dos Conselhos Regionais;
Esclarecer dúvidas apresentadas pelos CORENs; Apreciar Decisões dos COREns;
Aprovar contas e propostas orçamentárias de Autarquia, remetendo-as aos Órgãos
competentes; Promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional;
Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei.
Introdução a Profissão
Cofen /Coren
Conselho Regional de Enfermagem (COREN): Deliberar sobre inscrições no
Conselho e seu cancelamento; Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional,
observando as diretrizes gerais do COFEN; Executar as instruções e resoluções do
COFEN; Expedir carteira e cédula de identidade profissional, indispensável ao
exercício da profissão, a qual tem validade em todo o território nacional; Fiscalizar e
decidir os assuntos referentes à Ética Profissional impondo as penalidades cabíveis;
Elaborar a proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento interno,
submetendo-os a aprovação do COFEN; Zelar pelo conceito da profissão e dos que a
exercem; Propor ao COFEN medidas visando a melhoria do exercício profissional;
Eleger sua Diretoria e seus Delegados a nível central e regional; Exercer as demais
atribuições que lhe forem conferidas pela Lei 5.905/73 e pelo COFEN.

Sistema de Disciplina e Fiscalização: O Sistema de Disciplina e Fiscalização do


Exercício Profissional da Enfermagem, instituído por lei, desenvolve suas atividades
segundo as normas baixadas por Resoluções do COFEN.
Introdução a Profissão
Cofen /Coren
O Sistema é constituído dos seguintes objetivos:

a) Área disciplinar normativa: Estabelecendo critérios de orientação e aconselhamento para o


exercício da Enfermagem, baixando normas visando o exercício da profissão, bem como atividade
na área de Enfermagem nas empresas, consultórios de Enfermagem, observando as peculiaridades
atinentes à Classe e a conjuntura de saúde do país.

b) Área disciplinar corretiva: Instaurando processo em casos de infrações ao Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem, cometidas pelos profissionais inscritos e, no caso de empresa,
processos administrativos, dando prosseguimento aos respectivos julgamentos e aplicações das
penalidades cabíveis; encaminhando às repartições competentes os casos de alçada destas.

c) Área fiscalizatória: Realizando atos e procedimentos para prevenir a ocorrência de Infrações à


legislação que regulamenta o exercício da Enfermagem; inspecionando e examinando os locais
públicos e privados, onde a Enfermagem é exercida, anotando as irregularidades e infrações
verificadas, orientando para sua correção e colhendo dados para a instauração dos processos de
competência do COREN e encaminhando às repartições competentes, representações.

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